História
Os movimentos rurais e urbanos na República Velha
Um velho desafio brasileiro
A importância da reforma
agrária para o futuro do país
“A má distribuição de terra no Brasil tem razões históricas, e
a luta pela reforma agrária envolve aspectos econômicos,
políticos e sociais. A questão fundiária atinge os interesses de
um quarto da população brasileira que tira seu sustento do
campo, entre grandes e pequenos agricultores, pecuaristas,
trabalhadores rurais e os sem-terra. Montar uma nova
estrutura fundiária que seja socialmente justa e
economicamente viável é dos maiores desafios do Brasil. Na
opinião de alguns estudiosos, a questão agrária está para a
República assim como a escravidão estava para a Monarquia.
De certa forma, o país se libertou quando tornou livre os
escravos. Quando não precisar mais discutir a propriedade da
terra,
terá alcançado
nova Alibertação.”
APONTE OUTROS
PROBLEMAS
QUE AFETAM
POPULAÇÃO URBANA E
RURAL BRASILEIRA NA ATUALIDADE.
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Os movimentos rurais e urbanos na República Velha
Antônio Vicente Mendes Maciel
(1855 – 1897) Beato e líder
messiânico que na década de
1870 vagava pelo sertão baiano
construindo e recuperando
igrejas e muros de cemitérios.
Em 1893 liderou a fundação do
arraial de Canudos.
Antônio Conselheiro criticava:
As diferenças sociais;
A má distribuição das terras;
http://www.cce.ufsc.br/~nupill/
literatura/sertoes.html
 A cobrança de impostos;
O casamento civil;
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http://www.klepsidra.net/klepsi
dra3/euclides.html
O conflito de Canudos mobilizou
ao todo mais de dez mil soldados
oriundos de dezessete Estados
brasileiros, distribuídos em quatro
expedições militares. Em 1897, na
quarta incursão, os militares
incendiaram o arraial, mataram a
população e degolaram os
prisioneiros. Calcula-se que
morreram ao todo mais de 25 mil
pessoas, culminando com a
destruição total da povoação.
A Guerra de Canudos deu origem a
um dos clássicos da literatura
brasileira, o livro Os sertões, de
Euclides da Cunha, e inspirou o
filme de longa-metragem Canudos,
de Sérgio Rezende, entre outros
filmes.
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MOVIMENTO RURAL MESSIÂNICO –
CONTESTADO (1912 - 1916)
CABOCLOS ARMADOS
PARANÁ
E SANTA CATARINA
x
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SOLDADOS FEDERAIS
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Os movimentos rurais e urbanos na República Velha
A região
denominada
“Contestado”
abrangia
cerca de
40.000
Km2 entre
os atuais
http://br.geocities.com/joatan
74/sc/contestado.html
estado de
Santa Catarina e Paraná, disputada por ambos, uma
vez que até o início do século XX, a fronteira não havia sido demarcada.
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http://br.geocities.com/joatan74/
sc/contestado.html
BEATO JOSÉ MARIA
Uma companhia norte-americana, a Brazil
Railway, que construiu a estrada de ferro
São Paulo - Rio Grande, recebeu do
governo, como parte do pagamento, terras
em uma faixa de quinze quilômetros de
cada lado da ferrovia. Essa empresa
deveria colonizar a área com imigrantes,
mas o seu principal interesse era a
exploração da floresta nativa, rica em
pinheiros e imbuias.
A população que morava nessas terras
como posseiros foi expulsa, e essa gente
veio a se unir aos quase 8 mil
trabalhadores da estrada de ferro que
haviam sido recrutados nas grandes
cidades e que, após o término da
construção, se viram completamente
abandonados. Sob a liderança do Beato
José Maria, o povo se uniu para lutar pela
posse da terra, por uma sociedade mais
justa, orientada por princípios religiosos.
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NOTÍCIA 01
A cidade quer ficar nova e torna-se um canteiro de obras (1904)
Em outubro, os cariocas estão tontos. Toneladas de pedras se amontoam no
porto, o centro da cidade lembra uma área bombardeada, Oswaldo Cruz vacina
todo mundo. A música mais tocada do ano, a polca Rato, Rato, de Casemiro
Rocha e Cláudio Costa, satiriza a caçada aos ratos comandada pelo Dr. Oswaldo
Cruz, para acabar com a peste bubônica. Oswaldo Cruz deixou a tranqüilidade da
direção do Instituto Manguinhos, a chamado de Rodrigues Alves, para sanear o
turbulento Rio de Janeiro.
Indiferentes às criticas, as autoridades seguem em frente. Dar um jeito no Rio de
Janeiro é a meta do presidente Rodrigues Alves, que chamou o engenheiro
Pereira Passos para a prefeitura. Pereira Passos convoca dois engenheiros,
Francisco Bicalho, encarregado de reconstruir o porto, e Paulo de Frontin, que
fica com o centro. Em fevereiro, foi lançada a pedra fundamental da avenida
Central. Para construí-la, é preciso derrubar casas e cortiços: é o "bota-abaixo",
com exércitos de demolidores explodindo habitações e removendo entulho.
100 ANOS de República: um retrato ilustrado da história do Brasil. Vol.II (1904-1918). São
Paulo, Editora Nova Cultural Ltda., 1989.
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NOTÍCIA 02
Inimigos ironizam a campanha contra a febre amarela (1903)
Só no ano passado a febre amarela matou quase mil pessoas no Rio de
Janeiro - principalmente no verão, quando os ricos se refugiam nos
casarões de Petrópolis e cercanias, deixando a capital entregue aos
ratos, mosquitos e aos pobres.
De acordo com o novo plano de saneamento da cidade, o cientista
Oswaldo Cruz promete mudar esse panorama - e garante que tal
doença não é transmitida por contágio ou infecção, mas por um
mosquito rajado, o Stegomia fasciata, que prolifera em águas
paradas. Tendo em mãos um plano idêntico ao que já executam em
São Paulo os médicos Adolfo Lutz e Emílio Ribas, ele reuniu seus 85
homens - tinha perdido 1200 - e mandou-os percorrer quintais,
jardins, varejar porões, lacrar caixas-d’água nos telhados, jogar
querosene em alagados e entrar em residências, perseguindo
mosquitos.
"Lá vai o mosquiteiro-mor", diziam as pessoas zombando do Dr.
Carneiro de Mendonça, chefe do batalhão. O próprio cientista Cruz foi
apelidado de "o czar dos mosquitos". Não demorou para que a
zombaria se tornasse hostilidade. Adversários do governo já duvidam
das teses de Cruz e acusam-no de invadir a propriedade privada.
100 ANOS de República: um retrato ilustrado da história do Brasil. Vol.I (18891903). São Paulo, Editora Nova Cultural Ltda., 1989.
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Os movimentos rurais e urbanos na República Velha
MOVIMENTO URBANO – REVOLTA DA VACINA (1904)
www.unificado.com.br
Charge publicada em jornal da época,
intitulada "o espeto obrigatório“.
No início do século XX, o Rio de
Janeiro já era lindo, mas a falta
de saneamento básico e as
péssimas condições de higiene
faziam da cidade um foco de
epidemias, principalmente febre
amarela, varíola e peste. Estas
pragas tropicais deram à capital
do país o triste apelido de
"túmulo de estrangeiros". Com
medidas impopulares e
polêmicas, Oswaldo Cruz, além
de ter sido o responsável pela
estruturação da saúde pública
no Brasil, foi quem saneou o
Rio, apesar da oposição da
mídia e da manifestação
popular, que ficou conhecida
como "Revolta da Vacina".
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Mestre-sala dos mares
João Bosco e Aldir Blanc
JOÃO CÂNDIDO
O ALMIRANTE
NEGRO
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Há muito tempo / Nas águas da Guanabara /
O Dragão do Mar reapareceu, / Na figura de
um bravo feiticeiro / A quem a história não
escreveu.
Conhecido como o Navegante Negro, / Tinha a
dignidade de um mestre-sala / E ao acenar
pelo mar, na alegria das regatas, / Foi saudado
no porto / Pelas mocinhas francesas, / Jovens
polacas e por batalhões de mulatas.
Rubras cascatas / Jorravam das costas dos
santos / Entre cantos e chibatas, / Inundando
o coração / Do pessoal do porão / Que, a
exemplo do feiticeiro, / Gritava então:
Glória aos piratas, / Às mulatas, / Às sereias, /
Glória à farofa / À cachaça, / Às baleias...
Glória a todas as lutas inglórias / Que através
da nossa história / Não esquecemos jamais. /
Salve, o Navegante Negro, / Que tem por
monumento / As pedras pisadas no cais.
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Registros da "Revolta da Chibata.
No início do século XX, a
posição da Marinha brasileira
entre as mais bem equipadas
organizações navais do mundo
contrastava com o
comportamento escravista
adotado internamente, que
distanciava os superiores dos
marinheiros, estes negros em
sua grande maioria. Um dos
símbolos dessa relação era a
chibata, utilizada como
punição disciplinar aos
subordinados, que, aliada às
péssimas condições de vida
dos marujos a bordo, promovia
unânime e crescente
descontentamento entre eles.
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A Revolta da Chibata foi o
estopim da insatisfação dos
marinheiros, e ocorreu à
bordo do encouraçado Minas
Gerais, durante uma de suas
viagens ao Rio de Janeiro.
Depois de presenciarem o
açoite em um soldado, os
demais tripulantes
desencadearam um motim
vitimando o comandante e
outros oficiais.
A situação agravou-se com a adesão de outros navios, que, reunidos na Baia de
Guanabara, voltaram seus canhões para a capital da República.
O líder da revolta, João Cândido, redigiu uma carta reivindicando a extinção dos
castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram
da revolta. Diante do pânico e da exposição a que a população do Rio de Janeiro
ficou submetida, o presidente Hermes da Fonseca cedeu aos ultimatos.
Economia e transformações
sociais na república velha
 Encilhamento e funding loan marcam o
período de endividamento e crise
financeira;
 A supervalorização do café e a queda da
procura no mercado mundial fazem o
produto necessitar de maior
intervenção governamental;
 Com a necessidade de investir capital,
muitos começam a financiar a vida
urbana, através de pequenas
indústrias;
 Trabalho infantil e feminino, péssimos salários
e condições de habitação;
 Ás péssimas condições de vida dos
trabalhadores industriais, soma-se, no Brasil,
a mentalidade escravista que ainda persistia;
 Os trabalhadores eram imigrantes que
chegavam ao longo do início do século XX;
 Os imigrantes socialistas e anarquistas, muito
politizados, passaram a liderar movimentos
operários;
 As sociedade de auxílio mútuo foram se
transformando em sindicatos, passando a ser
mais agressivos, organizando greves.
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MOVIMENTO TENENTISTA – “ OS 18 DO FORTE DE COPACABANA “ (1922)
A marcha dos 18 do Forte de
Copacabana
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O primeiro movimento
tenentista ocorreu em 5 de
julho de 1922 e ficou
conhecido como a Revolta
do Forte de Copacabana.
Os militares que lideraram
esse movimento eram
contrários à candidatura
do mineiro Artur
Bernardes (representante
dos interesses das oligarquias cafeicultoras de Minas Gerais e São Paulo
na disputa eleitoral daquele ano para a Presidência da República). Mas a
oficialidade rebelde foi derrotada por forças militares fiéis ao governo.
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MOVIMENTO TENENTISTA – “COLUNA PRESTES” (1925-27)
/www.historianet.com.br
A “Coluna Prestes"
de 1925 a 27 foi o
ponto culminante
de um movimento
militar, denominado
de Tenentismo.
Esse movimento
armado visava
derrubar as
oligarquias que
dominavam o país
e, posteriormente,
desenvolver um
conjunto de
reformas
institucionais, com
o intuito de eliminar
os vícios da
República Velha.
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CANGAÇO
REVOLTA DA
CHIBATA
CONTESTADO
REPÚBLICA VELHA
REVOLTA DA
VACINA
CANUDOS
COLUNA
PRESTES
OS 18 DO FORTE
DE COPACABANA
APONTE AS SEMELHANÇAS ENTRE OS MOVIMENTOS RURAIS E
URBANOS QUE FAZEM PARTE DA ATUAL REALIDADE BRASILEIRA E OS
OCORRIDOS DURANTE A REPÚBLICA VELHA.
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