Anais do VIII Seminário de Iniciação Científica e V Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
10 a 12 de novembro de 2010
Vida Pública e Privada - O diário Íntimo de Altino Arantes e
a escrita Auto - referente
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS
Lorrainy do Espírito Santo MELO 1
Robson Mendonça PEREIRA2
Este artigo tem como fundamento a transcrição e análise do Diário Íntimo de
Altino Arantes, constituído de 15 volumes, redigido no período que vai de maio de 1916
a abril de 1920, correspondendo à passagem do autor pela presidência do Estado de São
Paulo.3
Na abertura do primeiro volume, Altino deixa claro ao leitor que se trata de um
“caderno de anotações íntimas absolutamente reservado”. Esta manifestação de restrição
na publicidade de sua escrita auto-referente constitui um subterfúgio para a intimidade
que esconde o verdadeiro desejo de seu autor de reescrever sua personalidade na
história.
Porém a escrita auto-referente ou escrita de si de atores políticos é de alta
importância para determinadas especulações acerca dos bastidores da história política,
podendo ser examinado de forma minuciosa por se tratar de um tipo de documentação
raríssima e pouco usual na pesquisa historiográfica brasileira.
O diário Íntimo de Altino Arantes constitui então um tipo específico de escrita
autobiográfica que mantêm características distintas em relação a outros tipos de
correspondência privada. Altino relata toda sua trajetória a frente do governo paulista,
sendo possível detectar aspectos de sua personalidade, atos, desejos, sentimentos, o
1
Bolsista PIBIC-AF/CNPq. Graduando de História pela UnUCSEH/UEG.
Pesquisador-líder. Professor do curso de História da Unidade de Ciências Sócio-Econômicas e
Humanas, Universidade Estadual de Goiás (UEG) – 75.110-390 – Anápolis – Goiás – Brasil.
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O original manuscrito do Diário Íntimo de Altino Arantes (intitulado Meu diário. Registro intimo de
factos e impressões), encontra-se no acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo (AESP), dividido
em três lócus integrantes do Arquivo Privado Altino Arantes (APAA), perfazendo um total de quinze
volumes encadernados. O primeiro compreende o período de 1º/5/1916 a 31/10/1917 (AESP. APAA.
Lócus: AP91.01.001), o segundo, de 1º/11/1917 a 6/3/1919 (AESP. APAA. Lócus: AP92.01.001) e, por
fim, o terceiro, de 8/3/1919 a 6/3/1924 (AESP. APAA. Lócus: AP93.01.001).
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círculo de amizades, os locais e os eventos freqüentados. Expressa certa dimensão de
sua vida privada, momentos de introspecção e inquietude diante dos eventos cotidianos
da vida pública e no mundo recôndito das relações familiares e pessoais
PALAVRAS-CHAVES
Diário Íntimo, São Paulo, Modernização, Escrita auto – referente
Introdução
Como demonstra Ângela de Castro Gomes, a escrita de si, surge na Europa
ocidental durante o século XVIII, quando pessoas denominadas “comuns” passaram a
produzir escritas próprias e relatos do cotidiano. A repercussão e difusão desse tipo de
escrita se deram durante o século XIX, com o surgimento do indivíduo, sujeito
moderno, que podia expressar sua personalidade e suas opiniões de maneira autônoma
sem a mediação da autoridade.
Maria Helena Machado aponta para aspectos análogos ao afirmar que a raridade desse
tipo de fonte histórica se daria em uma sociedade “pouco afeita às letras em geral, e
menos ainda à valorização do registro pessoal e da reflexão íntima” vindo “apenas
tardiamente, em tempos mais modernos, via psicanálise (...), vulgarizar-se a escrita do
diário” (MAGALHÃES, 1998, p.21).
Como modalidade de escrita autobiográfica, prevalece a memória, juntamente
com as confissões e correspondências. Em alguns momentos, nota-se que tal escrita é
fundamental para se obter um vínculo com a realidade, seria como observar o autor
perante a sociedade, suas afinidades e seus pontos fracos com o exterior, e a
individualidade.
Tal fonte é de extrema importância, visto que há uma remição do passado, a
história e memória, a temporalidade, a demarcação dos fatos ocorridos, possibilita saber
a verdade dos fatos:
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A escrita de si assume a subjetividade de seu autor como dimensão integrante de
sua linguagem, construindo sobre ela a “sua verdade”. [...] O que passa a importar para
historiador é exatamente a ótica assumida pelo registro e como seu autor a expressa, isto
é, o documento não trata de “dizer o que houve”, mas de dizer o que o autor diz que viu,
sentiu e experimentou, retrospectivamente, em relação a um acontecimento (GOMES,
2004, p.14).
Gomes deixa claro ainda que tais registros de memória individual constituam
uma das características mais centrais da sociedade individualista, que tem o anseio de
separar sua vida privada da pública, a laica da religiosa, porém de toda forma é o triunfo
do indivíduo consigo mesmo (2004, p.13), e também da subjetividade, da importância
do “eu” (esta dimensão privada assume contornos próprios na realidade brasileira da
Primeira República. Esta privacidade só pode ser praticada no âmbito da elite
oligárquica, ainda que de maneira restrita, pois são poucos os que praticam uma escrita
de si.
Contardo Calligaris defende a idéia de que ato autobiográfico é algo que surge
naturalmente com a história, pois ela é ao mesmo tempo uma fuga da tradição social e a
inserção a uma nova realidade individualista e feita de suas próprias escolhas e atos.
(CALLIGARIS, 1998, pp. 20-1).
E dentro desse contexto no diário intimo de Altino Arantes, de uma maneira
ampla observamos o intenso desenvolvimento da cidade de São Paulo nos anos 1910,
que se expressa também no comportamento social, nas modificações políticas e no
planejamento urbano. Em vários trechos de seu diário, Altino descreve tais
modificações. O texto enfatiza o processo de modernização, ancorado, sobretudo na
produção cafeeira, que dá a São Paulo um caráter de transformação visível no enorme
crescimento econômico, na expansão ferroviária, industrial e bancária, no crescimento e
urbano moderno acelerado, que se vislumbra no surgimento de palacetes, edifícios da
vários pavimentos, avenidas, viadutos. De uma forma geral há um alargamento das
diretrizes relacionadas à acumulação de capital, desenvolvendo assim diversas
mudanças na riqueza da cidade, no modo de viver urbanamente e na sua dinâmica
interna, algo que moldou a Belle Époque paulistana. Um período que deixou uma
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hipótese no ar: a cidade de São Paulo teria a despeito destas mudanças aspectos
provincianos ou já conteria dentro de si a futura metrópole?
É este contexto problematizador do processo de modernização paulistano,
revelado pelo Diário Íntimo de Altino Arantes, que pretendo discutir.4 A necessidade de
romper com o tradicionalismo, com determinados hábitos rurais, devido ao predomínio
do café, todo o processo migratório que São Paulo vivenciou que de uma forma ou de
outra, contribuiu para que a cidade passasse por um processo de mudança. Para que tais
fins de modernização fossem implementados seria necessário também, o rompimento da
elite com tudo aquilo que rememorasse o passado ou o que era denominado de atraso
(persistência do mundo colonial).
O cosmopolitismo era o ideal de civilização, que assumiria a partir de então um
caráter europeizante que, todavia fugia dos padrões brasileiros da época. O problema
central aqui é que a elite brasileira do período – principalmente a elite política –
mantinha um enorme vínculo com a grande propriedade, lastro de seu poder que se
estendia a dominação pessoal por meio do favor, substituto do sistema escravista na
ordem social.
O déficit social persistia, mas a marcha compulsória rumo à modernidade não
podia ser retida. Escamotear o “atraso” com a inoculação de elementos do imaginário
europeizado, considerados agentes do progresso, afigurava-se como a melhor maneira
de apressar essa marcha. E se, embora com menor intensidade, já era possível seguir o
exemplo dos países europeus em termos de produção econômica e industrial, por que
não imitá-los, inclusive, no seu cosmopolitismo, importando os símbolos que dariam à
classe dirigente nacional a aparência de moderna ansiosamente almejada?
(CAMARGOS, 2001, p.26).
Segundo Berman a modernidade é uma oscilação entre a vida, e seu espaço de
tempo, é a descoberta de um horizonte mais amplo, que também não deixa de ser um
crescimento individual e que logo cria uma ambigüidade que leva ao capitalismo. Sem o
capitalismo a modernidade perderia o motor da "revolução perpétua", quer dizer,
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A redação de diários íntimos manifesta um desejo de emancipação do indivíduo das teias da tradição,
experiência moderna que no contexto brasileiro ainda ficava restrita às elites letradas; no seu diário,
Altino capta esta dimensão da modernidade cultural paulistana: assisti films nos cinematógrafos, vai ao
Teatro Municipal assistir peças declamadas em francês e óperas em italino, freqüenta a residência do
Senador Freitas Valle, verdadeiro centro cultural e salão de artes.
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deixaria de ser modernidade. Chegamos aqui ao lado menos claro e mais problemático
do pensamento de Berman: modernidade como uma ameaça radical a toda sua história e
uma variedade de tradições próprias. (BERMAN, 1986, p.15)
Contudo a dualidade perante tal mudança do tradicional para moderno persiste.
Ao final do século XIX, São Paulo cidade pacata e modesta, logo se transformou em
enorme centro dinâmico da economia e do mundo financeiro paulista, símbolo da
modernização e civilidade urbana. No decorrer das primeiras décadas do século 20, a
Paulicéia foi se adaptando a um estilo urbano, uma metrópole crescia, e traçava relações
sociais em um espaço fragmentado. Inovações e modificações foram sendo absorvidas e
experimentadas, como a difusão pela publicidade e a propaganda de estilo norteamericano a difundir o uso elitista dos modernos automóveis fabricados por Henry
Ford.
Mas não se trata aqui de analisar as relações comerciais que surgiam com a
publicidade, e sim de refletir sobre seu relacionamento com a ordenação e os usos dos
espaços públicos e com as formas de sociabilidade que neles se engendravam, com o
objetivo de compreender o ambiente no qual circularam os anúncios e os fatores sociais
presentes
Sendo assim, o diário íntimo uma valiosa fonte, foi fundamental neste estágio da
pesquisa, proporcionando uma visão mais clara e assídua do contexto histórico dos anos
1910, relatado por um ator privilegiado que teve grande influência na modificação e
dinamização do Estado de São Paulo.
Não somente a Cidade de São Paulo, como também diversos Estados do Brasil, a
partir da segunda metade do século XIX, o processo de modernização de difundiu,
como o Rio de Janeiro e Salvador [Buenos Aires – Paris – modelos de modernidade
urbana], a priori tal forma de dinamização de uma determinada modernização não se
deu da mesma forma e com os mesmo eixos centrais, porem obtiveram transformações
profundas com o surgimento de serviços públicos, a movimentação do capital, comércio
importador e exportador, entre outras.
No Rio de Janeiro os aspectos característicos da belle époque se destacam o
financeiro e o político em meados de 1898, criada por Campos Sales. Em São Paulo o
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crescimento da cafeicultura. Aspectos esse que fizeram que o Brasil com o esforço das
elites a criação de Cidades modernas, espelhadas no modelo europeu.
No entanto, assim como a elite paulistana, envolvida em uma metamorfose
particular própria, a elite carioca conciliou mudanças generalizadas com a preservação
de uma hierarquia social. Como resultado, realizou-se uma evolução sob os auspícios da
elite: as mudanças ameaçaram escapar a seu controle e subverter a ordem social, a elite
carioca, assim como a paulista, retirou-se para os bastidores. A elite carioca, como se
verá, incluía republicanos e abolicionistas, profissionais liberais e empresários, mas
nenhum jacobino. (NEEDELL JEFFREY ).
E dentro desse contexto de mudança do tradicional para moderno, São Paulo se
destaca na questão social, as mudanças que ocorreram a partir de então, século XX, o
modo de vida, a forma de se vestir, os lugares freqüentados. Dando destaque a Villa
Kyrial, lugar onde se difundia a arte, a literatura, o lazer, a intelectualidade, a política,
freqüentado pela elite paulista, como Freitas Valle, Altino Arantes entre outros. Em seu
diário intimo Altino Arantes, cita várias vezes sua assídua e constante presença na Villa,
como também o seu cotidiano cultural, político e pessoal.
Visitei a Exposição dos Aliados, na Rua de São bento, a convite do
Comitê “France-Amérique”, que me acompanhou na inspeção das
impressionantes gravuras. A pedido do Dr. Tibiriçá e por se tratar de
uma obra de beneficência em favor dos cegos da guerra, autorizei o
Dr. Oscar a adquiri uma delas para o Estado. À noite, fui
cumprimentar o Cyro, pelo seu aniversário, que hoje passa, na Villa
Kyrial. Havia lá muita gente, muitas flores e muita e muita alegria.
Demorei-me pouco por isso; não por egoísmo, mas para não
perturbar-lhes o prazer com a minha invencível tristeza, com a minha
perene saudade de um passado que revive obediente, a cada lar feliz
que se me depara... 5
Conjurei-a, porém, com a minha tolerância evangélica e tive a
calma necessária para impedir
que ela fizesse segunda
explosão, quando à noite, no Teatro Municipal, num dos
intervalos da “Vie Boheme” o nosso exuberante Rodolfo entrou6
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me pelo camarote presidencial, anunciando, numa triunfal
alegria, que o Juiz seccional acabara de lhe informar que as salas
da Delegacia Fiscal estavam entulhadas de armários para serem
despachados para os diferentes municípios do interior!...6
A cidade de São Paulo vivia um processo de “transição” / “passagem” entre
uma urbe provinciana e uma metrópole - ainda não era uma coisa nem outra - o diário
escrito nos anos 1910, período justamente deste processo de “transição”, demonstra esta
experiência vivida por Altino. Já não é uma cidade tão provinciana – Uma agenda
cultural para São Paulo.
O que estava em jogo, diante das luzes e novidades das exposições, era o
confronto entre as expectativas diferenciadas que esse eventos suscitavam. O mesmo
valia para a cidade de São Paulo. Ao mesmo tempo que as alusões à tão propalada
modernidade excitavam os ânimos, criavam certas desconfianças,
________________________________________________________________
5 Neste trecho de 16 de Agosto de 1917 Altino Arantes relata, um pouco de sua vida social, e administrativa. Uma aliada a
outra, algo que era característico da Villa Kyrial, o lazer e os negócios.
6 Arquivo do Estado de São Paulo (AESP). Arquivo Privado de Altino Arantes (APAA) – Lócus: AP91.01.001.
– Volume 5 [16 de agosto de 1917 a 28 de setembro de 1917].
causadas pela omissão de novos problemas que vinham a reboque . Em São Paulo assim
como em todo o mundo, as diferentes visões sobre modernidade retratavam o embate
entre a imposição de uma cultura homogeneizante – a cultura do exibicionismo burguês,
nas palavras de Hardman – e a realidade de sociedade complexas e multifacetadas.
(PADILHA, 107)
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Objetivos da pesquisa
Objetivos Gerais
Nosso objetivo geral é analisar os registros sobre os aspectos culturais da capital
paulista no Diário Intimo de Altino Arantes, redigido durante sua passagem pelo
governo na década de 1910. Analisar uma possível relação entre a mudança no
panorama físico da cidade e sua correspondente evolução cultural.
Objetivos Específicos
A) Utilizar do diário como uma fonte suprema para identificar a existência de um
discurso envolvendo a política, a vida pública e privada de Altino Arantes;
B) Analisar a imagem de Altino Arantes, utilizando o diário, uma vez que no mesmo há
a existência de um ideário de vida vivido e a ser vivido;
C) Analisar os aspectos de modernização que ocorreram na Cidade de São Paulo
durante o período, tanto nos setores sociais como na estrutura física da Cidade.
MATERIAL E MÉTODOS
O objeto da pesquisa claramente se enquadra na perspectiva da Nova História Cultural,
pois abordamos aspectos relacionados à intimidade (escrita autobiográfica) e aos
registros da vivência cotidiana de fenômenos culturais no espaço urbano.
Os registros do Diário Íntimo de Altino Arantes são de suma importância para
compreensão do universo recôndito da Belle Époque paulistana e sua elite (política e
cultural), uma vez que se trata de uma escrita auto-referente que contribui para a
historiografia da Primeira República. Juntamente com a subjetividade presente como a
existência de cartas e etc. Um material riquíssimo, que nos permite uma investigação
assídua, para compreender o imaginário e a vivência da época.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Contudo, no decorrer da pesquisa, chegamos a tal conclusão que juntamente com
administração de Altino Arantes na Cidade de São Paulo nos anos 10, a modernidade da
cidade foi um fato riquíssimo. Ela se desenvolveu seguindo os moldes de cidades como
Buenos Aires, porem, São Paulo não deixou de seguir seus próprios preceitos. Tanto no
aspecto físico, quanto cultural, social, a cidade São Paulo se modernizou, deixando de
ser aquela cidade pacata e provinciana, sendo o que é hoje uma das maiores cidades
metropolitano do mundo. E a importância de tal fonte, para a historiografia brasileira.
Fontes
Arquivo do Estado de São Paulo (AESP). Arquivo Privado de Altino Arantes (APAA) –
Lócus: AP92.01.001
Lócus: AP91.01.001 – Diário escrito por Altino Arantes durante seu período na
presidência de São Paulo, relatando todos os seus acontecimentos [período: 01/05/1916
a 31/10/1917 – volumes 1, 3 e 5 - Atuação de Altino Arantes no Governo de São Paulo fotocópia] - Título original: Meu diario – Registro intimo de factos e impressões
(redigido ao correr da penna, sem preoccupação litteraria de qualquer especie, e
destinado a meu uso pessoal e exclusivo).
Lócus: AP92.01.001 – Diário escrito por Altino Arantes durante seu período na
presidência de São Paulo, relatando todos os seus acontecimentos [período: 1918/1919
– volume 9 - Atuação de Altino Arantes no Governo de São Paulo - fotocópia].
Bibliografia
BERMAN, Marshall. Modernidade - ontem, hoje e amanhã. In: BERMAN, Marshall.
Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade Tradução de Carlos
Felipe Moíses, Ana Maria L. Ioriatti. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
CALLIGARIS, Contardo. Verdades de Autobiografias e Diários Íntimos. In: Estudos
Históricos. CEPEDOC/FGV, v.11, n.21, Rio de Janeiro, 1998.
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CAMARGOS, Márcia. Villa Kyrial: crônica da belle époque paulistana. 2.ed. São
Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2001.
GOMES, Ângela de Castro. Escrita de si, escrita da história. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2004.
PADILHA, Maria. A cidade como espetáculo: publicidade e vida urbana na São Paulo
nos anos 20 / Márcia Padilha. São Paulo: Annablume 2001.
PEREIRA, Robson Mendonça. Washington Luís e a modernização de Batatais. São
Paulo: Annablume/Fapesp, 2005.
SEVCENKO, Nicolau. Orfeu extático na metrópole. São Paulo: sociedade e cultura nos
frementes anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Anápolis, de
de 2010.
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