ESTÁGIO SUPERVISONADO II: PREPARAÇÃO PARA A DOCÊNCIA E CONFRONTO ENTRE TEORIA E PRÁTICA Viviane Paiva dos Santos Estudante do Curso de Geografia UEPB, autora, e-mail: [email protected] Evyllaine Matias Veloso Ferreira Estudante do Curso de Geografia UEPB, co-autora, e-mail: [email protected] 1. INTRODUÇÃO O estágio descrito neste artigo foi realizado na E.E.E.F.M. Félix Araújo, (Estadual da Liberdade) localizada na cidade de Campina grande – PB, durante o turno da noite, na turma do segundo ano do ensino médio, no período de Agosto a Novembro de 2011. Durante este período foram realizadas atividades de observação, regência, participação e colaboração em algumas atividades escolares, estas serão relatadas em detalhes no decorrer deste trabalho. O estágio tem por objetivos levar o estudante de licenciatura a vivenciar diferentes dimensões da atuação escolar, promovendo a articulação entre a teoria vista na universidade e a prática, buscando soluções para os vários desafios encontrados ao exerce a atividade de professor, elaborar um projeto de pesquisa, visando propiciar melhores condições de ensino aprendizagem geográfica, compreender a importância do planejamento no ensino, preparar e apresentar planos e propostas de avaliação e exercer a regência. A prática é de suma importância para que através desta possa-se ter consciência da realidade escolar dos professores e dos alunos, durante a observação e o período de regência adquire-se um pouco de experiência, que ajudará na formação docente. O estágio visa levar o graduando a confrontar a relação entre teoria e prática, pois a competência profissional é baseada nos conceitos adquiridos durante a vida acadêmica, profissional e pessoal. A partir do estágio supervisionado em Geografia o licenciado pode obter um maior domínio de instrumentos teóricos e práticos necessários ao desempenho de suas Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 1 funções, isso se torna possível graças às duas fases que compõem o estágio. Procura-se através desta experiência favorecer a vivência e promover o desenvolvimento no campo profissional, auxiliando os futuros professores, pois como a prática do estágio estes podem desenvolver habilidades, hábitos e atitudes pertinentes ao exercício da docência, dessa forma os estagiários podem atuar posteriormente com maior segurança e visão crítica em seu campo de trabalho. Este artigo apresenta a base teórica construída a partir das aulas na universidade e as atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado, em seguida, um breve relato do confronto entre estas duas etapas. 2. TEORIA: O ALICERCE PARA A FORMAÇÃO ACADÊMICA O estudante de licenciatura tem grandes responsabilidades, educar, ensinar e formar cidadãos, durante o período de prática pedagógica e de estágio supervisionado a universidade tenta preparar o graduando para exercer sua função, preparando-o para exercer seu papel como professor. Graças ao estágio nas escolas o estudante de licenciatura tem a primeira experiência e através deste processo relaciona a teoria e a prática. A teoria vista na universidade é de extrema importância para a formação acadêmica. A partir do estágio tem-se uma aproximação com a realidade escolar, e percebese que a parte teórica não é dispensável, pelo contrario é essencial, e a junção de teoria e prática possibilita um leque de alternativas para os professores que estão iniciando sua função como professores/educadores. Pimenta e Gonçalves (1990) consideram que a finalidade do estágio é propiciar ao aluno uma aproximação á realidade na qual atuará. A geografia está em toda parte, e faz parte do cotidiano dos alunos como nenhuma outra ciência, cabe ao professor de Geografia estreitar e relacionar o conteúdo da ciência geográfica com o cotidiano dos alunos. Por tanto cabe a Universidade proporcionar aos graduandos esta oportunidade, pois é na academia que a ciência é discutida, polemizada e ajustada à realidade. Sobre isso confirma Cavalcanti: Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 2 Construir uma idéia que a geografia é uma ciência para a vida cotidiana. Isso significa dizer que seus conhecimentos são reflexões sobre a vida de cada um e que ela está ligada, portanto, às diferentes praticas espaciais levadas a cabo individual ou coletivamente. Esse é o ponto de ligação entre a geografia acadêmica e a geografia escolar; (2008, p.46). Seguindo esta perspectiva pode-se construir um entendimento para a vida, onde a geografia possa situar-se no dia a dia dos alunos e que cada experiência de mundo destes, possa se juntar ao conteúdo, transformando a disciplina em algo mais crítico e reflexivo, para que assim o conhecimento passado para o aluno não sirva apenas para que ele passe em um concurso, vestibular, ou mesmo em uma simples prova da escola. Desta forma reforça Kaercher: É preciso mostrar aos nossos alunos que podemos entender melhor o mundo em que vivemos se pensarmos o espaço como um elemento que ajuda a entender a lógica, não raro absurda, do mundo. Mostrar que sabemos Geografia não é sabermos dados ou informações atuais ou compartimentadas, mas, sim, relacionarmos as informações ao mundo cotidiano de nossos alunos. (2006, p.224). Com os conceitos usados pela geografia pode-se aumentar os laços dos alunos com a comunidade e também contribuir para a melhoria das relações entre, alunosalunos, escola-comunidade, alunos- professores. A partir deste olhar, surge á concepção de Escola Cidadã, que Maocir Gadotti (2003, p.06) define como um espaço que contribui “para criação de condições que viabilizem a cidadania, através da socialização da informação, da discussão, da transferência, gerando uma nova mentalidade, uma nova cultura [...].” Com isto o papel do educador passa de mero conhecedor de conhecimento, para cumprir um papel transformador da sociedade contribuindo para a construção de sujeitos comprometidos com os valores humanos, ainda segundo Kaercher, (2006): [...] talvez a principal tarefa de um professor de geografia não seja a de ensinar Geografia, mas realçar um compromisso que ultrapassa, ou seja, fortalecer os valores democráticos e éticos, a partir de nossas categorias centrais (espaço, território, estado...) Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 3 e expandirmos cada vez mais o respeito ao outro, ao diferente. (p.224). A escola é um ambiente em que as mais diversas culturas e pessoas se relacionam e transmitem seus saberes, conhecimentos e experiências. No ambiente escolar, ninguém é obrigado a saber tudo, a partir das relações existentes na escola a sempre uma troca de informações, o professor ensina mais também aprende com seus alunos, os alunos aprendem uns com os outros, é preciso haver principalmente o respeito entre ambas as partes, para que assim o aluno tenha liberdade de errar e aprender com seus erros tenha o direito de discordar e também criticar, de expor sua opinião e suas reflexões. É preciso ensinar os alunos a pensarem, a expressar sua opinião a cerca de um determinado assunto sem ter medo de errar, os alunos precisam sentir prazer em frequentar a escola não por obrigação, mais por satisfação. A escola tem o papel de ensinar os alunos com qualidade preparando-os para as exigências do mundo contemporâneo. De acordo com Pimenta (2011, p. 92) “Precisa de condições para que a partir da análise e valorização das praticas existentes que já apontam para formas de inclusão, se criem novas praticas de aula, de gestão e de trabalho dos professores e dos alunos, formas coletivas e currículos interdisciplinares.” Cada pessoa é diferente e tem um tempo diferente de aprendizagem por isso à necessidade do professor conhecer seu aluno. O aluno aprende algo, seja na escola, seja vendo TV ou mesmo conversando com outras pessoas, algumas informações servirão para escola como conhecimento didático e outras servem para formar sua personalidade como indivíduos, mas esta separação não é tão explicita, tudo está relacionado, a partir do momento que o professor passa a se importar com seus alunos, ele passa a enxergar também o que seu aluno aprende fora dos muros da escola e consegui entender se isso esta ajudando ou atrapalhando seu aprendizado escolar. Segundo Hoffmann (2007, p.31) “Todos aprendem todos os dias, de jeitos diferentes, coisas diferentes, com pessoas diferentes, em tempos diferentes.” É preciso compreender cada aluno individualmente, todos nós somos capazes de aprender, se acharmos um modo de trabalhar com as diferenças de cada um, o ambiente Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 4 escolar ficara mais leve e mais atrativo para os alunos mais dispersos, por isso precisamos focar no entendimento do individual e não do coletivo. Sobre isto Jussara Hoffmann (2007, p.42-55) coloca: Educa-se e forma-se para a vida, compreendendo cada aluno naquilo que lhe é próprio, que vem alcançando em relação aos objetivos de estudo e alem deles, de diferente, de inusitado, de criativo. A escola não é um concurso entre melhores e piores. Todos aprendem e são capazes de fazer o melhor se confiarem em si próprios e nos seus professores. Mas essa confiança exige o abraço, o bater palmas, o sorriso do outro com quem convive. Não surge a obrigação, nem se desenvolve a partir do sentimento precoce de fracasso e de humilhação diante dos outros. A questão maior é a quantidade de problemas que existem a cerca da educação, para mudar o atual sistema educacional do Brasil, são necessárias varias mudanças, algo que também pode ser visto como dificuldade é o descontentamento dos profissionais da educação, a realidade do sistema escolar do nosso país causa decepção, é algo que sempre surpreende, pois quando visto em telejornais ou quando discutido na faculdade tenta-se imaginar como é, porém infelizmente chega a ser pior, quase sempre, encontram-se profissionais descontentes com a profissão, com o salário e com a situação do sistema escolar. Por estes motivos a profissão de professor tornou-se mais que uma profissão, tornou-se uma verdadeira missão. Missão de ensinar, trabalhar e formar cidadãos conscientes, diante de uma sociedade cheia de desigualdade e com um sistema educacional deficiente. Infelizmente este quadro não será mudado em curto prazo, espera-se que um dia esta realidade mude, e a educação, assim como os profissionais sejam valorizados. Porém mesmo diante das dificuldades, é gratificante ser professor, participar da formação de cidadãos. Portanto mesmo diante das dificuldades deve-se abraçar esta causa, esta profissão e tentar fazer o melhor na sala de aula. Talvez seja utópico esse pensamento de mudar o sistema educacional em nosso país, mas como futuros professores se faz necessário que se cobre, dos órgãos Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 5 governamentais mudanças e investimentos na educação. A sociedade muitas vezes não valoriza o profissional da educação, é preciso perceber que sem educação não se chega a lugar algum, pois a educação é a base de uma sociedade desenvolvida que respeita seu povo, sua cultura e mantém seus valores. 3. O ESTÁGIO: CONFRONTO ENTRE TEORIA E PRÁTICA O Estágio Supervisionado em Geografia II realizou-se na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Félix Araújo, (Estadual da Liberdade) localizada na Rua Severino Pimentel, S/N no Bairro da Liberdade na Cidade de Campina Grande – PB. A escola oferece o ensino fundamental a 2ª fase do ensino fundamental, o ensino médio do 1° ao 3° ano e o EJA. (ver foto 1) Foto 1: Frente de Escola Estadual Félix Araújo Fonte: Viviane Paiva, Novembro de 2011 A escola tem uma boa estrutura física, pois conta com sala de vídeo, sala de professores (ver foto 2), sala de informática, biblioteca, sala de mecanografia, laboratório de ciências (ver foto 3) cantina, sala de jogos, 17 salas de aula (ver foto 4),entre outros. Foto2: Sala dos Professores Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 6 Fonte: Viviane Paiva, Novembro de 2011 Foto 3: Laboratório de ciências Fonte: Viviane Paiva, Novembro de 2011 Foto4: Corredor que dá acesso a algumas salas de aula Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 7 Fonte: Viviane Paiva, Novembro de 2011 A Escola Félix Araújo é muito bem estruturada, na parte física e na parte organizacional, conta com 86 professores e 60 funcionários em atividade, somando um total de 146 colaboradores, além dos professores, diretores, merendeiras, vigias, a escola conta com o apoio do SOE (serviço de orientação educacional) que tem entre seus componentes uma psicóloga e uma orientadora educacional. Durante o período de estágio, algumas atividades foram realizadas, a primeira ida à escola se deu para conhecer o local, o professor regente e definir a turma que o estagiário permaneceria. A direção da escola não colocou nenhum empecilho na presença dos estagiários, determinada as turmas, fez o reconhecimento e a primeira apresentação, a turma chamou atenção pelo pequeno número de alunos, o professor regente, Ruberval de Souza, seguiu com sua aula normalmente proporcionando o inicio da fase de observação. As observações se deram durante duas terças (dia da semana no qual se realizava o estágio), neste período notou se que a turma era pouco participativa, talvez pelo pequeno número de alunos, pelo turno, e também pelo fato que a maioria dos estudantes trabalha durante o dia, estando assim de certa forma cansados durante a noite, porém o professor tentava aproveitar o pouco tempo disponível para passa o conteúdo de forma Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 8 rápida e de fácil compreensão para os alunos. Durante o período de observação a turma se manteve calma, pois se tratava de uma turma de alunos bem comportados, apenas um ou dois se mostraram brincalhões alguns se mostraram um pouco dispersos, sem muito interesse pelo assunto ou pela aula, mais o professor tentava cativá-los. Após este período iniciou-se o período de regência. Uma das aulas mais importante é a primeira, pois é o primeiro contato verdadeiro do estagiário com a turma, como havia poucos alunos, cerca de quinze, (matriculados havia cerca de 25 mas muitos já tinham desistido), isto de certa forma facilitou o domínio, o tempo de aula durante a noite é mais curto, dura cerca de 30 minutos, porém algumas vezes o tempo de aula era de apenas 20 minutos, pois os primeiros 10 minutos usa-se para organizar a turma e colocar a presença na caderneta. Apesar de ter sido a primeira aula, o andamento se deu muito bem, os alunos prestaram atenção desde a apresentação até os últimos minutos de aula. Após as apresentações iniciou-se a aula, utilizando o material fornecido pelo professor regente, todos os alunos prestavam bastante atenção, para quebrar o silêncio foi pedido para que um dos alunos continuasse com a leitura, a princípio nenhum dos alunos se dispôs, mais com um pouco de insistência, uma das alunas que estava sentada mais a frente aceitou fazer a leitura, em seguida deu se continuidade com a explicação do assunto, nos cinco minutos restantes da aula, foi passado um exercício de fixação para a turma. Outra aula que merece destaque foi à aula que o professor supervisor foi observar, esta foi segunda aula ministrada na turma. No decorrer desta aula os alunos foram mais participativos do que na primeira aula, fato que ajudou bastante. O assunto desta aula se referia à continuação do anterior, este assunto se correlacionava com a história do Brasil. A observação do professor supervisor é de grande importância porque trás uma maior cobrança ao estagiário, pois este sente a responsabilidade de mostrar ao supervisor como está sua preparação, seus métodos e seu desenvolvimento como professor frente há uma sala de aula de um colégio público. As aulas seguintes ocorreram da mesma forma que a primeira, havia sempre poucos alunos entre 12 e 15 no máximo, alguns participavam através de leitura e Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 9 questionamentos, e o restante da turma fica prestando atenção. Outra atividade bastante relevante no estágio foi à aplicação de exercícios para fixação do conteúdo, atividade habitual do professor regente, a qual eu também adotei para minhas aulas, porém alguns dos alunos, como o professor regente avisou com antecedência, não faziam, por falta de tempo ou por outro motivo desconhecido, mesmo sabendo que estas atividades contariam para composição da nota. Após o termino do material fornecido pelo professor regente, foi pedido aos alunos que eles realizassem uma pesquisa e levassem para sala de aula na próxima semana, sobre a processo de Urbanização do Brasil, foi preparado um material para complementar a pesquisa deles, no dia determinado alguns tinham feito a pesquisa outros não, após distribui o material que havia sido preparado iniciou-se a aula, foi pedido para que cada um falasse um pouco sobre o que havia descoberto com sua pesquisa sobre a Urbanização do Brasil, alguns responderam, outros não, talvez por timidez, em seguida aproveitando o interesse pelo assunto, pois a maioria estava interessada em saber como havia acontecido o processo de urbanização, iniciaram-se as explicações. O resultado foi positivo, pois tê-los mandado pesquisar sobre o assunto estimulou a curiosidade deles, levando-os a prestar mais atenção na aula. Durante o período de regência foi possível observar o processo de avaliação e o preenchimento da caderneta com a nota dos alunos e o registro de aulas. Durante as aulas do estágio, as aulas foram expositivas e dialogadas com participação dos alunos, através de leitura, questionamentos, e exposição de suas opiniões. Ao final de algumas aulas passavam-se exercícios de fixação de conteúdo. Os recursos utilizados no decorrer das aulas foram principalmente o quadro branco e o pincel, uma xerocópia do assunto (retirada de um determinado livro, o qual não foi informado pelo professor regente). Em outra ocasião para melhor aproveitamento da aula foi levado à sala um material extra retirado da internet para auxiliar na compreensão do assunto pelos alunos. Foi possível observar o período de avaliações para nota, o professor regente não faz prova/teste, o método adotado é a avaliação contínua, pois usa os exercícios passados no decorrer das aulas como atividade para Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 10 nota, com a adoção deste método é possível ajudar os alunos, porém foi notado durante o período de acompanhamento que mesmo assim muitos alunos acabam se prejudicando por não fazerem estas atividades. Para reposição/recuperação de notas o professor regente passa algum trabalho de pesquisa para ser feito em casa e entregue em uma determinada data. Este não é um método de avaliação convencional, mais é uma opção que diante da situação se torna mais viável para os alunos e também para o professor. 4. O CONFRONTO DE IDEIAS: RESULTADOS OBTIDOS Após o período de docência é possível perceber que há uma grande divergência entre a teoria vista na universidade e a prática, os teóricos estudados, transmitem uma educação e um processo de ensino utópico, diferente da realidade encontrada nas escolas. A prática docente é um grande desafio para os graduandos, com o estágio é possível o primeiro contato, mas para que se obtenham resultados verdadeiros é necessária a prática diária, para que haja o desenvolvimento de métodos adequados. Percebe-se que a prática leva a perfeição, o ditado é antigo, mais muito verdadeiro. No estágio tenta-se fazer o melhor, pois como futuros professores, busca-se aprimorar os conhecimentos, testar os métodos e relacionar a teoria e a prática diante da turma, porém percebe-se que esta tarefa se tornará mais fácil com a prática continua. O estágio é um período de experiência, que ajuda bastante na formação dos licenciados. Mesmo com pouca experiência, o graduando em licenciatura busca estratégias, métodos e maneiras de transformar suas aulas, durante o estágio quer fazer o melhor, dar aulas dinâmicas, com vários recursos e fazer com que os alunos aprendam e gostem de suas aulas, ás vezes os resultados são alcançados outras vezes não, mas isto faz parte do desenvolvimento, pois é no estágio em enfrentamos a realidade que nos espera após a formação acadêmica. Embora a prática a princípio esteja distante do que os teóricos propõem este não é um fator que desestimula, pelo contrário, é um incentivo para tentar o aperfeiçoamento, para que com a prática continua se possa, um dia alcança ao menos os Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 11 primeiros degraus das teorias propostas. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio é fundamental, para se iniciar os conhecimentos acerca da sala de aula, o estagiário pode ter noção de seu controle e domínio sobre a sala de aula, pode perceber que o professor precisa sempre se reinventar e usar diferentes métodos para cativa e manter seus alunos sempre interessados nas aulas, também nota-se que apesar das dificuldades que apareçam, é preciso sempre manter o interesse pela profissão escolhida, parece clichê mais é necessário ensinar com amor, pois os empecilhos são vários. A interação com o professor regente é enriquecedora, pois proporciona vivenciar um pouco da realidade do cotidiano escolar e participar da realização de algumas atividades. A experiência do estágio auxilia na formação do profissional da área da educação, na formação acadêmica e fornece subsídios para uma atuação efetiva, democrática e transformadora, pois através do estágio, encara-se a realidade e aprofunda-se a relação com a escola e com os alunos. O estágio leva os estudantes de licenciatura ao seu primeiro contato com uma sala de aula está é uma pequena amostra do que será a realidade após a formação acadêmica. Após o estágio supervisionado o estagiário se torna mais crítico, pois passa a conhecer um pouco da realidade de sua área de atuação profissional, a partir do estágio ele interage com outros professores com os alunos e com toda a escola, possibilitando que este conheça seu ambiente de trabalho, o estágio cumpre seus objetivos e proporciona uma fase de autoconhecimento aos estagiários. O estágio é um processo que agrega alguns fatores fundamentais para a formação acadêmica, pois este proporciona uma serie de benefícios aos estagiários tais como: inserção no trabalho, vínculo com a área de trabalho, aperfeiçoamento, treinamento, desenvolvimento profissional, atualização de conhecimentos, aprendizagem social e crescimento cultural. Campina Grande, REALIZE Editora, 2012 12 Seria muito mais difícil sair da universidade, para sala de aula sem a experiência do estágio, pois não haveria um preparo para a realidade, pois na universidade os autores estudados costumam ser um tanto utópicos, mascarando a realidade do atual sistema escolar e das salas de aula, por este e outros motivos o estágio é de suma importância para a formação acadêmica. 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia escolar e a cidade: ensaios sobre o ensino de geografia para a vida urbana cotidiana. São Paulo: Editora Papirus. 2008. CAVALCANTI, Lana de Souza. Ensino de Geografia e Diversidade: construção de conhecimentos geográficos escolares e atribuição de significados pelos sujeitos do processo de ensino. IN: CASTELLAR, Sonia, (org.). Educação geográfica: Teorias e Praticas. São Paulo: Editora Contexto. Ed. 2ª. 2007. GADOTTI, Moacir. Escola cidadã, cidade educadora: projetos e práticas em processo. V Fórum de Educação CEAP. 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