UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - CCET
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
AMANDA GIL CARDOSO DE LIMA
LARISSA BRITO DA SILVA
ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE UMA UNIDADE HABITACIONAL
CONVENCIONAL VERSUS UNIDADE HABITACIONAL SUSTENTÁVEL COM
SELO CASA AZUL
BELÉM
2013
AMANDA GIL CARDOSO DE LIMA
LARISSA BRITO DA SILVA
ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE UMA UNIDADE HABITACIONAL
CONVENCIONAL VERSUS UNIDADE HABITACIONAL SUSTENTÁVEL COM
SELO CASA AZUL
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da
Universidade da Amazônia – UNAMA, como
requisito para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil,
Orientador: Prof. M.Sc. André Clementino de
Oliveira Santos.
BELÉM
2013
AMANDA GIL CARDOSO DE LIMA
LARISSA BRITO DA SILVA
ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ENTRE UMA UNIDADE HABITACIONAL
CONVENCIONAL VERSUS UNIDADE HABITACIONAL SUSTENTÁVEL COM
SELO CASA AZUL
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da
Universidade da Amazônia – UNAMA, como
requisito para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil,
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
ANDRÉ CLEMENTINO DE OLIVEIRA SANTOS, Prof. M.Sc. em Engenharia de
Produção/PUC-RJ) (ORIENTADOR)
________________________________________
LUIZ EMERSON LIMA DA SILVA, Esp. Gestão Ambiental/UFPA – PA e
Gerenciamento e Gestão da Qualidade na Industria da Construção Civil/UFPA
(CAIXA ECONOMICA FEDERAL).
________________________________________
FRANCISCO CÉSAR BARROS, Esp. Tecnologia da informação – (CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL).
Apresentado em: 10/12/2013.
Conceito: ______________________
BELÉM
2013
“Para conseguir grandes coisas, é necessário
não apenas planejar, mas também acreditar;
não apenas agir, mas também sonhar.”
Anatole France – Escritor Francês.
AGRADECIMENTOS
À Deus, por fazer-se presente em minha vida e me guiar por esta caminhada.
Aos meus pais, Rosane e Sérgio, que durante toda a minha vida estiveram ao meu
lado, apoiando e incentivando-me a buscar meus sonhos, sem vocês eu não seria
nada, essa vitória é nossa.
À minha irmã e melhor amiga Cássia, que se tornou meu porto seguro, me ajudando
a seguir em frente nos momentos de dificuldade.
À minha família, por ser tão família, tão minha.
Ao meu orientador, Mestre André Clementino de Oliveira Santos, por toda a
paciência e dedicação. Por ter me aceitado como orientanda e me guiado nesse
trabalho.
Aos Mestres e Professores que conheci nesta Universidade, enriqueceram meu
intelecto, dividindo comigo seus conhecimentos e experiências.
A todos os Engenheiros, Arquitetos, Técnicos, Estagiários, Pedreiros, Carpinteiros,
Ferreiros, Encanadores, Betoneiros e Serventes que me ajudaram a progredir como
profissional.
Ao meu namorado, Yuri Andrade, que foi de fundamental importância, por toda
dedicação, apoio e principalmente paciência, obrigada por permanecer ao meu lado,
nos momentos mais difíceis.
A minha amiga e colega de trabalho, Larissa Brito, pela amizade, companheirismo,
paciência e motivação durante todos esses anos, obrigada, sem você essa vitória
não seria possível.
Aos amigos, pela compreensão nos meus momentos de ausência e pelas infinitas
demonstrações de carinho.
AMANDA GIL CARDOSO DE LIMA
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS, por me guiar, me proteger e pelas oportunidades que me
foram dadas na vida. A Ele, dirijo minha maior gratidão, por fazer de mim uma
pessoa abençoada.
Agradeço aos meus pais, Luis Carlos e Eliane, com imenso carinho, orgulho,
admiração e respeito, por este momento de felicidade e realização. Vocês me deram
a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade. Proporcionaram-me uma infância
maravilhosa, cheia de alegrias e diversão, e uma vida acadêmica e adulta repleta de
ensinamentos e responsabilidades, que levarei por toda a minha vida. Obrigada por
sempre estarem ao meu lado, sendo compreensivos, amorosos e dedicados.
Ao meu irmão, Luis Gustavo, aos meus familiares, e aos meus amigos pela
companhia constante, pelas palavras de incentivo, pelos momentos de alegria,
carinho, cuidado e amizade e, por torcerem sempre por mim.
Ao meu namorado, Vitor, por ser meu grande companheiro, por me proteger e
me dar força. Seu amor, carinho, incentivo, paciência e dedicação foram primordiais
para esta conquista.
Ao meu orientador, Mestre André Clementino de Oliveira Santos, pelos
ensinamentos, amizade e paciência na condução deste trabalho.
À minha amiga e companheira de TC, Amanda Gil por acreditar em mim e em
nossa competência em realizar este trabalho, além de compartilhar momentos bons
e difíceis desde o começo do curso. Obrigada pelo carinho, força e por me fazer rir
diversas vezes.
À Universidade da Amazônia, por ter sido minha segunda casa durante estes
cinco anos. Aos Mestres e Professores que conheci graças a esta Universidade e
que dividiram seus conhecimentos e suas experiências comigo.
Aos colegas de curso, pelos cinco anos em que estivemos juntos, pelas
experiências trocadas e por todos os momentos alegres que passassem juntos.
O meu muito obrigado a todos aqueles que direta ou indiretamente
contribuíram na minha formação para que este sonho pudesse hoje ser realizado.
Larissa Brito da Silva
RESUMO
O estudo apresentado consiste em analisar a implantação e desenvolvimento da
sustentabilidade em empreendimentos habitacionais em construção no município de
Vizeu, localizado no Nordeste do Estado do Pará. Trata-se de um conjunto
habitacional que conta com 496 unidades habitacionais de baixa renda construídos
com recursos do Minha Casa Minha Vida, programa do Governo Federal Brasileiro,
que conta com gerenciamento do Ministério das Cidades e operacionalizado pela
Caixa Econômica Federal. O estudo apresenta um comparativo entre a implantação
de uma unidade habitacional convencional e uma unidade habitacional sustentável
de acordo com as exigências do projeto Selo Casa Azul. Como resultado, o
desenvolvimento do trabalho possibilitou analisar os custos envolvidos, sua
instalação e operação desse sistema e sua viabilidade.
Palavras-chave: Sustentabilidade; Análises de Custo; Caixa Econômica Federal;
Casa de baixa renda.
VII
ABSTRACT
The present study consists of analyzing the implementation and development of
sustainability in housing projects under construction in the municipality of Vizeu,
northeastern state of Pará. This is a housing estate that includes 496 low-income
houses built with funds of the Minha Casa Minha Vida program of Brazilian Federal
government, which includes management of the Ministry of Cities and is operated by
the Caixa Economica Federal. The study compares the implementation of a
conventional housing unit and a sustainable housing unit according to the project
requirements of Selo Casa Azul. As a result, the development of work has enabled
analyzing the costs involved, its installation and operation of this system and its
feasibility.
Keywords: Sustainability, Cost Analysis; Caixa Econômica Federal; Low-income
Houses.
VIII
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO
1.1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
1.2. JUSTIFICATIVA
1.3. HIPÓTESE
1.4. OBJETIVOS
1.4.1. Objetivo Geral
1.4.2. Objetivos Específicos
2. REFERENCIAL TÉORICO
2.1. SUSTENTABILIDADE
2.2. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
2.3. SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE E SUA CERTIFICAÇÃO
3. PROJETO SELO CASA AZUL – CAIXA ECONOMICA FEDERAL
3.1. SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO – SELO CASA AZUL
3.1.1. Pré-requisitos gerais de projetos
3.1.2. Categorias e critérios
3.2. CRITÉRIOS SELECIONADOS
3.2.1. Qualidade Urbana
3.2.1.1. Qualidade do Entorno – Infraestrutura
3.2.1.2. Qualidade do Entorno – Impactos
3.2.2. Projeto e Conforto
3.2.2.1. Paisagismo
3.2.2.2. Local para coleta seletiva
3.2.2.3. Equipamentos de Lazer Sociais e Esportivos
3.2.2.4. Desempenho Térmico – Vedações
3.2.2.5. Desempenho Térmico – Orientação do Sol e Ventos
3.2.2.6. Ventilação e Iluminação Natural de Banheiros
3.2.3. Eficiência Energética
3.2.3.1. Lâmpadas de Baixo Consumo – Áreas Privativas
3.2.3.2. Dispositivos Economizadores – Áreas Comuns
3.2.3.3. Sistema de aquecimento solar
3.2.3.4. Medição Individualizada – Gás
3.2.4. Conservação de Recursos Materiais
3.2.4.1. Qualidade de Materiais e Componentes
3.2.4.2. Componentes Industrializados ou pré-fabricados
3.2.4.3. Formas e Escoras Reutilizáveis
3.2.4.4. Gestão de RCD
3.2.4.5. Cimento de Alto Forno e Pozolânico
3.2.4.6. Pavimentação com RCD - Resíduos de Construção e Demolição
3.2.4.7. Facilidade de Manutenção da Fachada
3.2.4.8. Madeira Plantada ou Certificada
3.2.5. Gestão da Água
3.2.5.1. Medição Individualizada
XI
XII
XIII
XIV
15
15
15
17
17
17
17
18
18
20
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25
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30
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34
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35
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37
38
38
39
39
40
40
41
41
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43
44
44
45
46
46
3.2.5.2. Dispositivos Economizadores – Bacia Sanitária
3.2.5.3. Dispositivos Economizadores – Arejadores
3.2.5.4. Dispositivos Economizadores – Registro Regulador de Vazão
3.2.5.5. Aproveitamento de Águas Pluviais
3.2.5.6. Retenção de Águas Pluviais
3.2.5.7. Infiltração de Águas Pluviais
3.2.5.8.Áreas Permeáveis
3.2.6. Práticas Sociais
3.2.6.1. Educação para gestão de RCD
3.2.6.2. Educação Ambiental dos Empregados
3.2.6.3. Orientação aos Moradores
3.3. VERIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS CRITÉRIOS DO SELO
3.3.1. Uso da logomarca Selo casa Azul da CAIXA
4. ESTUDO DE CASO
4.1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO
4.1.1 Localização e acesso à área
4.1.2 O terreno estudado
4.1.3. Lotes
4.1.4. Sistema Viário
4.1.5. Ajardinamento e Arborização
4.1.6. Área de lazer
4.2. ORÇAMENTOS
4.3. ANÁLISE DE VIABILIDADE
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXOS
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47
48
49
50
51
52
53
53
53
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57
57
57
58
58
58
59
59
62
70
73
76
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mapa de localização do empreendimento e entorno imediato
31
Figura 2: Mapeamento de fatores de risco
33
Figura 3: Exemplo de dispositivo economizador, arejador
47
Figura 4: Componentes economizadores
49
Figura 5: Logomarcas do SCA
56
Figura 6: Grau de envolvimento do setor
66
XI
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Comparativo dos itens adicionados no novo orçamento
60
Gráfico 2: Comparativo dos serviços apresentados nos orçamentos
61
Gráfico 3: Preocupação da População em relação ao aquecimento global
68
XII
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Níveis de gradação do Selo Casa Azul
26
Tabela 2: Limites de avaliação e localidades para o selo nível bronze.
27
Tabela 3: Orçamento Resumido sem o SCA
59
Tabela 4: Orçamento Resumido com o SCA
60
Tabela 5: Comparativo dos valores adicionais
61
Tabela 6: Comparativo de gastos e lucros
65
Tabela 7: Visão do consumidor
66
XIII
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT
ACV
ART
BREEAM
CASBEE
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Análise do Ciclo de Vida
Anotação de Responsabilidade Técnica
Building Research Establishment Environmental Assessment Method
Comprehensive Assessment Sytem for Building Efficient
CBCS
CEF
CMMAD
Conselho Brasileiro de Construção Sustentável
Caixa Econômica Federal
Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e
CNUMAD
Desenvolvimento
CO2
Dióxido de Carbono
CP
Coeficiente de Permeabilidade
CTE
Centro de Tecnologia de Edificações
DATec
Documento de Avaliação Técnica
DOF
Documento de Origem Florestal
GBTool
Green Building Tool
IP
Índice Pluviométrico
KPa
Quilo pascal
LEED
Leadership in Energy and Environmental Design
MCMV
Minha Casa Minha Vida
NBR
Norma Brasileira
OUT
Outubro
PBQP-H
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Hábitat
PGRCC
Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civi
R$
Reais
RCD
Resíduos de Construção e Demolição
RSD
Resíduos Sólidos Domiciliares
SCA
Selo Casa Azul
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção
SINAPI
Civil
SINAT
Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores
SINDUSCON Sindicato da Indústria da Construção Civil
TBL
Triple Bottomline
XIV
15
1.
INTRODUÇÃO
1.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
As empresas não estão sensíveis à questão ambiental, ou seja, elas investem
em projetos que não levam em consideração técnicas que não agridam o meio
ambiente, o que em longo prazo, trará consequências não só aos ecossistemas,
mas também, às gerações futuras. Com relação a esse aspecto, a construção civil
tem uma importância significativa em face da grande demanda do setor.
Para Cunha e Guerra (2000), os impactos ambientais são, na grande maioria,
causados pelo avanço das novas tecnologias, com o rápido crescimento da
população
e
infraestrutura,
as
necessidades
pois o
de
crescimento
novas
construções,
desordenado
que
principalmente
vem ocorrendo
de
sem
infraestrutura adequada para recebê-lo, contribuiu bastante para vários danos
ambientais observados atualmente.
Outros dados importantes sobre o impacto da construção civil no meio
ambiente foram destacados na revista "Notícias da Construção" do SINDUSCON-SP
(Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), podendo-se
destacar:

Geração de 35 a 40% de todo resíduo produzido na atividade humana;

A construção e reforma dos edifícios produzem anualmente perto de 400 kg
por habitante, volume quase igual ao do lixo urbano;

A produção de cimento gera de 8 a 9% de todo o CO2 emitido no Brasil,
sendo 6% somente na descarbonatação do calcário.
Por essas razões que a implantação desse tipo de projetos no âmbito da
construção civil, é de grande importância para a preservação de recursos naturais,
não só durante a execução e manutenção, mas como também, durante o uso dos
mesmos.
1.2. JUSTIFICATIVA
Segundo Laurimar Coelho, em reportagem publicada no site da Revista
Techné, tem se que: “Ser sustentável no Brasil não é fácil. Muitos consumidores
16
duvidam da reputação e da qualidade dos produtos e serviços sustentáveis... acham
que tudo o que é sustentável é mais caro e não tem ampla oferta no mercado, além
de desconhecerem os critérios que os tornam verdes. No Brasil, apenas 29% das
empresas desenvolvem alguma ação de modo a organizar uma rede de
fornecedores socialmente responsáveis e 31% possuem políticas para efetivar
"compras verdes”. Pesquisas realizadas por empresas de consultoria especializadas
no segmento de construções sustentáveis mostram que empreendimentos verdes
reduzem em até 30% o consumo de energia, em 50% o consumo de água, em 35%
a emissão de CO2 e em até 90% o descarte de resíduos, além de garantir um
ambiente interno mais saudável e produtivo”.
“A China é mesmo um país de contrastes e muitas contradições. Ao mesmo
tempo em que acrescenta quase 2 bilhões de metros quadrados de área construída
por ano, em obras imponentes de todos os tipos, submete ainda mais da metade de
sua população, de 1,3 bilhão de habitantes, a sobreviver com dois dólares por dia.
São 700 milhões de pessoas nessa situação. Outros 90 milhões vivem com ainda
menos, um dólar ao dia, de acordo com o Banco Mundial. E a base da pirâmide
econômica chinesa, cerca de 120 milhões de trabalhadores, não recebe benefícios
trabalhistas. Mas o número de ricos chineses, daqui a apenas três anos, deverá ser
equivalente à soma atual das populações do Brasil, Argentina e Venezuela. A classe
média já chega a 100 milhões de pessoas e deverá ter 400 milhões em poucos
anos. Com tanta gente e tanto progresso, a questão ambiental preocupa o mundo. A
China emite quase 14% dos gases que poluem a atmosfera e consome 34% do
petróleo do planeta, o que tem tornado péssima a qualidade do ar das grandes
cidades chinesas.” (REVISTA NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO – Página 20, Edição Nº
62/Ano 6).
Observa-se que a partir do estudo comparativo de custos que será realizado
entre uma habitação convencional e outra habitação sustentável, poderá concluir se
a certificação SCA encarece ou não o custo total do empreendimento. Caso essa
certificação realmente eleve o valor final do projeto, vale ressaltar que após a
entrega do imóvel de acordo com a CEF (2012), a certificação promove a redução
de pelo menos 30% no consumo de energia e 40% no consumo de água.
Além de diminuir os custos fixos mensais, ainda há a racionalização dos
recursos naturais, sendo assim, com o passar dos anos essa economia mensal
acaba por compensar o valor gasto na execução do projeto, onde trará novas
17
diretrizes no modo de se construir, fazendo com que a sociedade obtenha ações
cada vez mais sustentáveis.
1.3. HIPÓTESE
O
custo
de
uma
unidade
habitacional
sustentável
não
onera
significativamente os orçamentos da obra, onde se devem incentivar as construtoras
a adotarem projetos habitacionais que minimizem os impactos ambientais.
1.4. OBJETIVOS
1.4.1. Objetivo Geral
Este trabalho tem como o objetivo principal comparar o custo da implantação
de uma unidade habitacional convencional com uma unidade habitacional
sustentável.
1.4.2. Objetivos Específicos
Vários exemplos de que o mundo está à beira de um colapso ambiental já
podem ser notados em diversos locais do planeta. E para minimizar esses impactos
uma solução seria uma padronização na forma de pensar sobre os problemas
mundiais.
-
Analisar
os
orçamentos
de
uma
unidade
habitacional
convencional e uma unidade habitacional sustentável;
-
Identificar a variação percentual de custo entre os dois tipos de
unidade habitacional;
-
Analisar os possíveis benefícios que podem beneficiar o
empresário, se o mesmo aderir e se enquadrar no projeto SCA.
18
2. REFERENCIAL TÉÓRICO
Neste
capítulo
serão
apresentadas
referenciais
teóricos
sobre
sustentabilidade, certificações, Selo Casa Azul e características essenciais para a
composição deste projeto.
2.1. SUSTENTABILIDADE
O Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo alcançar o
atendimento às necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das
gerações futuras em atender suas próprias necessidades, embora largamente
difundido, ainda vem sendo pouco empregado na indústria da construção civil.
Segundo Colaço (2008), podem-se definir as cinco dimensões de um
desenvolvimento sustentável da seguinte forma:
- Sustentabilidade Social: criação de um processo de desenvolvimento
sustentado por uma civilização com maior equidade na distribuição de renda e de
bens, de modo a reduzir a diferença entre os padrões de vida de grupos sociais.
- Sustentabilidade econômica: alcançada através da gestão e utilização mais
eficientes dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos e
privados.
- Sustentabilidade ecológica: alcançada através do aumento da capacidade
de utilização dos recursos, limitação do consumo dos combustíveis fósseis e dos
produtos facilmente esgotáveis e não renováveis, redução da geração de resíduos e
da poluição, bem como reutilização e reciclagem dos recursos limitados.
- Sustentabilidade espacial: dirigida para obtenção de uma configuração e
distribuição tipo rural e urbana mais equilibrada e uma melhor e mais planejada
distribuição geográfica dos grupos sociais, do patrimônio a edificar e da localização
das novas atividades econômicas.
- Sustentabilidade cultural: procura por raízes endógenas de processos de
modernização e de sistemas agrícola integrados, que facilitem a geração de
soluções especificas para o local, o ecossistema, a cultura e área.
Existem diversas definições para o desenvolvimento sustentável. Segundo
John (2010), todas apontam para o fato de que o desenvolvimento da humanidade
nos últimos 250 anos, permitiu enormes ganhos em relação à expectativa e
19
qualidade de vida, porém vem alterando significativamente o equilíbrio do planeta e
ameaça a sobrevivência da espécie.
No meio acadêmico é consenso que a sobrevivência do planeta requer
profundas transformações na sociedade industrial, com alterações nos padrões
tecnológicos de produção, hábitos de consumo e até mesmo raízes culturais. É
também consenso que a transformação da cadeia produtiva da construção é
fundamental neste processo. A sustentabilidade já é o principal motor da inovação
tecnológica em todos os setores, inclusive o da construção. Aqueles, empresas e
profissionais, que se posicionarem na vanguarda colherão os principais benefícios.
Está fartamente comprovado que as fontes de energia usualmente utilizadas,
além de outras atividades do homem, estão em conflito com os sistemas naturais da
Terra. Pode-se identificar nas notícias diárias: encolhimento de florestas, erosão de
solos, expansão de desertos, aumento constante dos níveis de dióxido de carbono
(CO2), queda de lençóis freáticos, aumento da temperatura, tempestades mais
destrutivas, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, morte de recifes de
coral e o início da maior extinção de plantas e animais desde o desaparecimento dos
dinossauros, há 65 milhões de anos. Essas tendências, que assinalam uma relação
cada vez mais conturbada entre a tecnologia e o ecossistema da Terra, estão
causando prejuízos econômicos cada vez maiores e colocando em risco a
sustentabilidade do planeta.
Com o passar dos anos, esta situação poderá subjugar as forças mundiais do
progresso e levar ao declínio econômico. Um dos grandes desafios da atual geração
é conseguir reverter essas tendências, antes que a deterioração ambiental induza a
um declínio econômico de longo prazo, como ocorreu com tantas outras civilizações
anteriores.
No Brasil, a dificuldade em preservar o meio ambiente é agravada pelos
grandes desafios que o setor da construção civil ainda deve enfrentar em termos de
déficit habitacional e infraestrutura para transporte, comunicação, abastecimento de
água, saneamento, energia, atividades comerciais e industriais (DEGANI, 2010).
Para Aulicino (2008) a construção civil é a principal responsável pelas
modificações na paisagem natural, uma vez que é fornecedora de toda a
infraestrutura para o desenvolvimento das atividades humanas.
De acordo com Araújo (2009), a etapa de construção de um edifício responde
por uma parcela significativa dos impactos negativos causados ao meio ambiente,
20
principalmente os consequentes às perdas de materiais e à geração de resíduos e
os referentes às interferências na vizinhança da obra e nos meios físico, biótico e
antrópico do local onde a construção é edificada.
2.2. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Desde o final do último milênio, cada vez mais tem aumentado a preocupação
com meio ambiente em quase todo o mundo. As armas nucleares usadas na
Segunda Guerra Mundial (1939/45) levaram o mundo a pensar coletivamente e, com
seu término, a criação da Organização das Nações Unidas – ONU foi uma das
manifestações dessa preocupação. Seu surgimento veio corroborar com a ideia de
um planeta mais seguro e em paz, onde todas as nações pudessem viver em
harmonia (CAMARGO, 2003). Contudo, além do risco das armas nucleares, foram
identificados outros potenciais impactos globais.
Tal atenção começou a ser manifestada por volta de 1968, quando ocorreu
uma série de protestos estudantis – inicialmente na França, e depois em todo o
mundo ocidental – contra o modelo de desenvolvimento socioeconômico do
capitalismo industrial (CAMARGO, 2003).
Na década de 1960, emergiu o ambientalismo, o qual teve como objetivo
principal chamar a atenção para as consequências devastadoras que o
desenvolvimento tecnológico de então poderia provocar em relação ao planeta e ao
ser humano (CASTELNOU, 2010).
O despertar ecológico intensificou-se a partir de então, especialmente com as
crises do petróleo de 1972 e 1975, as quais apontaram para a fragilidade do modelo
energético em que o progresso ocidental se assentava. Somou-se a isto o estudo da
ONU sobre as possíveis mudanças climáticas, que levantaram novamente as
questões ambientais como fundamentais para o quadro contemporâneo. Aos
poucos, o ecologismo – em que se priorizava essencialmente a preservação da
natureza, em uma atitude conservacionista ao extremo – transformou-se em
ambientalismo, no qual já se incluía a ideia de um desenvolvimento equilibrado,
unindo sociedade e meio ambiente. A conscientização ambiental disseminou-se,
embora
não
de
forma
uniforme
e
global,
passando-se do
conceito
de
“ecodesenvolvimento” para o de “desenvolvimento sustentável”, surgido em meados
da década de 1980 (CASTELNOU, 2010).
21
Em 1987, o Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial Sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD e publicado posteriormente com o
título Our Common Future (“Nosso Futuro Comum”), apresentou uma nova
perspectiva sobre o desenvolvimento mundial, que passaria a ser designado como
“sustentável”. Esse novo modelo de desenvolvimento deveria “satisfazer as
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
suprir suas próprias necessidades” (BRUNDTLAND, 1992).
Em 1992, como a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD, no Rio de Janeiro (RJ), a qual ficou
mundialmente conhecida como ECO’92, passou-se a considerar não somente a
preservação ambiental, mas também a equidade social e econômica, o que fez
fortalecer o chamado “desenvolvimento socioambiental”. A partir de então,
consideram-se também os direitos humanos juntamente com os aspectos da
sustentabilidade. No atual movimento sócio ambientalista, percebe-se que a questão
do desenvolvimento sustentável deve ser tratada de modo diferenciado em países
ricos e países pobres ou subdesenvolvidos.
Um fruto da ECO’92 foi a publicação da Agenda 21, que, mais que um
documento, constitui-se numa proposta de planejamento participativo, o qual procura
analisar a situação de cada país, região ou município, visando planejar o futuro de
forma sustentável.
Depois da Agenda 21, o termo “ecodesenvolvimento”, primeiramente usado
na Conferencia de Estocolmo, em 1972, passou a incorporar a questão da
sustentabilidade com ênfase nos aspectos regionais, através do estimulo à utilização
de recursos e práticas locais, preferindo-se a expressão “desenvolvimento
sustentável”. Segundo Sachs (2008), desenvolvimento sustentável corresponderia a
uma abordagem fundamentada na harmonização de objetivos econômicos,
ambientais e sociais. Esses três pilares da sustentabilidade recebem o nome de
Triple BottomLine – TBL. Logo, ao se falar em sustentabilidade deve-se sempre
entender que esta se refere, minimamente, a três esferas do desenvolvimento
sustentável: a esfera econômica, a esfera ambiental e a esfera social.
22
2.3. SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE CONSTRUÍDO E SUA CERTIFICAÇÃO
As atividades de construção civil são consideradas como aquelas que mais
consomem os recursos naturais do planeta, sendo responsáveis por uma parte
significativa das emissões dos gases do efeito estufa. Sabe-se que ela utiliza 40%
da matéria-prima em nível global (JODIDIO, 2009).
Edwards (2004) indica que 50% de todos os recursos mundiais destinam-se à
construção; 45% da energia gerada é utilizada para aquecer, iluminar e ventilar
edifícios e 5% para construí-los; 40% de toda a água utilizada no mundo destina-se
a abastecer as instalações sanitárias e outros usos dos edifícios; 60% da melhor
terra cultivável que se deixa de utilizar para a agricultura é usada para a construção
e 70% da madeira mundial é empregada na construção de edifícios.
Soma-se a tudo isto o fato de as emissões de gás carbônico (CO2) terem
aumentado acentuadamente desde a Revolução Industrial (1750-1830), sofrendo um
acréscimo considerável na industrialização dos séculos XIX e XX; e hoje atingirem
índices alarmantes apesar dos acordos internacionais – como aquele firmado em
1992, no Rio de Janeiro (RJ) – e da melhoria dos conhecimentos e da tecnologia
acerca da eficiência energética dos edifícios. De qualquer forma, os métodos
construtivos tradicionais usados em grande parte do planeta não produzem os níveis
de poluição de um edifício moderno, e isto acabou inspirando alguns arquitetos e
engenheiros que procuravam utilizar as suas próprias técnicas construtivas para
produzir estruturas que fossem simultaneamente duráveis e verdadeiramente
sustentáveis, buscando novos caminhos para a construção civil (JODIDIO, 2009).
Tanto para a arquitetura como para a engenharia civil, o conceito de
sustentabilidade é complexo. Basicamente, grande parte do desenho sustentável
está relacionada à economia de energia através do uso de técnicas como a da
Análise do Ciclo de Vida– ACV, que tem o objetivo de manter o equilíbrio entre o
capital inicial investido e o valor das atividades a longo prazo. No entanto, projetar
de forma sustentável também significa criar espaços que sejam saudáveis,
economicamente viáveis e sensíveis as necessidade sociais (EDWARDS, 2004).
De acordo com Wines (2000), a arquitetura do novo milênio tem a missão de
resgatar os frágeis fios da conectividade com a natureza, perdida por mais de um
século. Já Yeang (1999) observa que para se projetar e construir é preciso estudar e
analisar holisticamente o ecossistema em que irá se inserir a construção, a fim de
23
poder compreender detalhadamente todos seus componentes e processos, assim
como a sua suscetibilidade a alterações e intervenções previstas no projeto.
Além desses fatores, para uma construção ser considerada sustentável, ela
devia incluir, também, os aspectos sociais que se estendem desde o projeto,
pensando-se na mão-de-obra do entorno até o canteiro de obras com
responsabilidade social (SANTOS, 2009).
Logo, conclui-se que para se obter uma construção mais sustentável vários
fatores são envolvidos, os quais precisam ser analisados tanto isolada como
integralmente. Diante dessa complexidade, a sustentabilidade na construção
necessita de uma análise pluridimensional e interdisciplinar, o que nem sempre
acontece, recaindo em situações de obras que, na maioria das vezes, falham em
alguns aspectos (em que se mostram nitidamente insustentáveis).
O objetivo dos sistemas de certificação ambiental é avaliar o desempenho da
construção e o funcionamento dos edifícios de modo a fornecer indicações aos
especialistas sobre as diversas áreas analisadas, tais como a sua localização, o seu
uso eficiente da água, o seu uso eficiente da energia, a qualidade ambiental interna,
entre outras (VALENTE, 2009).
De acordo com Silva (2003),
“o primeiro sinal da necessidade de se avaliar o desempenho de
edifícios veio exatamente com a constatação de que mesmo os países
que acreditavam dominar os conceitos de “Green building” não
possuíam meios para verificar o quão “verdes” eram de fato seus
edifícios”.
Ressalta-se que é importante não apenas construir sustentavelmente, mas
também comprovar que a obra de fato segue tais pressupostos, principalmente após
a ocupação dos usuários. Trata-se de uma garantia para o cliente, para o mercado e
uma maneira de se propagar com credibilidade, associando a publicidade com as
novas construções (SILVA, 2003).
De acordo com Valente (2009) existem órgãos certificadores que visam
certificar a etapa de construção, eles são reconhecidos pelo mercado nacional ou
internacional, e acreditados junto às grandes entidades normalizadoras.
A necessidade de se encontrar parâmetros mais objetivos para se aferir o
grau de sustentabilidade das construções fez com que surgissem vários sistemas de
24
avaliação em todo o mundo, atendendo a uma demanda por critérios de medição e,
por fim, de certificação.
O primeiro sistema de avaliação ambiental foi lançado em 1990 no Reino
Unido,
denominando-se
Building
Research
Establishment
Environmental
Assessment Method– BREEAM, o qual serviu de base para outras metodologias de
certificação orientadas para o mercado, como: o HKBEAM (Hong Kong), o
Leadership in Energy and Environmental Design – LEED (EUA), o Green Star
(Austrália) e o Comprehensive Assessment Sytem for Building Efficient- CASBEE
(Japão) (FOSSATI, 2008).
Além desses métodos, existem sistemas centrados no desenvolvimento
metodológico e na fundamentação científica (orientados para pesquisa) como o
Building Environmental Performance Assessment Criteria e o Green Building Tool –
GBTool (SILVA, 2003).
O sistema de certificação brasileiro mais difundido é odenominado de Alta
Qualidade Ambiental - AQUA, porém também são usados para análise de
edificações nacionais o GBTool, já que o Brasil faz parte da criação dessa
metodologia; e o conhecido Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal - CEF, ao
qual iremos aprofundar neste estudo.
25
3. PROJETO SELO CASA AZUL – CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Segundo Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente da Caixa Econômica
Federal “Com o Selo Casa Azul CAIXA, busca-se reconhecer os projetos de
empreendimentos que demostrem suas contribuições para a redução de impactos
ambientais, avaliados a partir de critérios vinculados aos seguintes temas: qualidade
urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais,
gestão da água e práticas sociais. Ao se projetar uma habitação, é necessário
aproveitar ao máximo as condições bioclimáticas e geográficas locais, estimular o
uso de construções de baixo impacto ambiental, garantir a existência de áreas
permeáveis e arborizadas, adotar técnicas e sistemas que propiciem ouso eficiente
de água e energia, bem como realizar a adequada gestão de resíduos. A habitação
também deve ser duradoura e adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos
usuários, criando um ambiente interior saudável e proporcionando saúde e bemestar aos moradores.”
Através
do
empreendimentos
Selo
Casa
habitacionais,
Azul,
é
possível
podendo-se,
dessa
classificar
forma,
projetos
de
reconhecer
os
empreendimentos que utilizem conscientemente os recursos naturais, valendo-se de
soluções mais eficientes aos problemas encontrados no dia-a-dia tanto da
construção do empreendimento, como da vida dos seus habitantes.
“O Selo se aplica a todos os tipos de projetos de empreendimentos
habitacionais propostos à CEF para financiamento ou nos programas de repasse.
Podem se candidatar ao Selo as empresas construtoras, o Poder Público, empresas
públicas de habitação, cooperativas, associações e entidades representantes de
movimentos sociais.” GUIA CEF. Selo Azul Boas Práticas para Habitação mais
Sustentável.” (CEF, 2010).
3.1. SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO – SELO CASA AZUL
O método utilizado pela CEF para a concessão do SCA, se baseia no
atendimento aos critérios pré-estabelecidos no GUIA, existem três níveis de
gradação do Selo Casa Azul, cada um está relacionado ao número mínimo de
critérios atendidos, os quais serão verificados durante a análise de viabilidade
técnica do empreendimento.
26
Tabela 1: Níveis de gradação do Selo Casa Azul
Fonte: (CEF, 2010).
A adesão ao Selo é voluntária, então para obtê-lo, é necessário que o
empreendedor manifeste interesse, para que dessa forma o projeto possa vir a ser
analisado sob a ótica deste instrumento.
3.1.1. Pré-requisitos gerais de projetos
A CEF exige um conjunto de documentos e requisitos fundamentais para seus
financiamentos e programas para geração de empreendimentos sustentáveis. Dessa
forma, o proponente deve apresentar os documentos obrigatórios: projetos dados
pela Prefeitura, alvarás, licenças, declaração de viabilidade de atendimento das
concessionárias de água e energia, dentre outros documentos que são necessários
a regulamentação do projeto e da execução do mesmo; o projeto deve, também,
estar de acordo com as regras dos programas operacionalizados pela CEF de
acordo com a linha de financiamento ou produto de repasse. Todo e qualquer projeto
candidato ao Selo deve estar de acordo com as regras da Ação Madeira Legal e ter
o Documento de Origem Florestal (DOF) apresentado até o fim da obra (CEF, 2010).
O Selo também faz exigências em relação à acessibilidade, de acordo com o
Guia Selo Casa Azul: o projeto deve prever o atendimento à NBR 9050, além de
atender ao percentual mínimo de unidades habitacionais adaptadas, conforme
legislação municipal ou estadual. No caso de ausência de legislação específica, os
empreendimentos devem contemplar o percentual mínimo de 3% de unidades
habitacionais adaptadas (CEF, 2010).
27
3.1.2. Categorias e critérios
São ao todo cinquenta e três critérios avaliativos, divididos em seis categorias
que estabelecem o tipo de classificação do projeto como mostra o Quadro 1 e 2. E
os níveis de gradação e pontuação mínimas podem ser vistos na Tabela 1.
Outro quesito importante é a apresentação até o final da obra, do Documento
de Origem Florestal (DOF) e a declaração informando o volume as espécies e a
destinação final das madeiras utilizadas na obra (CEF, 2010).
Tabela 2: Limites de avaliação e localidades para o selo nível bronze.
Fonte: (CEF, 2010).
28
Quadro 1: Resumo Categorias, critérios e classificação.
Fonte: (CEF, 2010).
29
Quadro 2: Categorias, Critérios e Classificações (continuação).
Fonte: (CEF, 2010).
3.2. CRITÉRIOS SELECIONADOS
Para que o empreendimento obtenha o Selo Ouro, devem-se selecionar, além
dos dezenove critérios obrigatórios, mais doze critérios, chamados de critérios de
livre escolha. Os critérios foram escolhidos com base nas informações sobre a
região, atendendo às necessidades do entorno e dos futuros moradores. Abaixo
estão listados e explicados os critérios obrigatórios e os critérios opcionais.
30
3.2.1. Qualidade Urbana
3.2.1.1. Qualidade do Entorno – Infraestrutura
Este critério tem como objetivo proporcionar aos moradores qualidade de
vida,
considerando
a
existência
de
infraestrutura,
serviços,
equipamentos
comunitários e comércio disponíveis no entorno do empreendimento. (CEF,2010).
Seguindo o guia (CEF, 2010), é necessário que os itens listados abaixo,
façam parte da malha urbana onde o empreendimento será executado:

Rede de abastecimento de água potável;

Pavimentação;

Energia Elétrica;

Iluminação Pública;

Esgotamento sanitário com tratamento no próprio empreendimento ou em
ETE da região;

Drenagem;

Uma linha de transporte público regular, com pelo menos uma parada
acessível por rota de pedestres de, no máximo, um quilômetro de extensão;

Dois pontos de comércio e serviços básicos acessíveis por rota de pedestres
de, no máximo, um quilômetro de extensão. Caracteriza atividades de
comércio e serviços básicos a existência de mercado/feira livre (obrigatório),
farmácia (obrigatório), padaria, lojas de conveniência, agência bancária, posto
de correios, restaurantes e comércio em geral.

Uma escola pública de ensino fundamental acessível por rota de pedestres
de, no máximo, 1,5 quilômetros de extensão;

Um equipamento de saúde (posto de saúde ou hospital) a, no máximo, 2,5
quilômetros de distância;
31

Um equipamento de lazer acessível por rota de pedestres de, no máximo, 2,5
quilômetros de extensão. Caracterizam equipamentos de lazer locais de
encontro, praças, quadras de esportes, parques, pistas de skate, playground,
sendo, no mínimo, dois equipamentos para cada 500 unidades habitacionais.
Não será exigido esse item no caso de previsão de equipamento de lazer na
área interna do empreendimento.
A validação deste item será feita a partir da análise da documentação, sendo
esta, um mapa, com a localização do empreendimento, demonstrando as distâncias
relativas aos serviços e equipamentos citados anteriormente, do projeto e da vistoria
técnica.
Figura 1: Exemplo de mapa de localização do empreendimento e entorno imediato.
Os serviços e equipamentos relevantes, assim como as distâncias até o centro
geométrico do terreno do empreendimento, devem ser claramente identificados.
Fonte: (CEF, 2010).
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.1.2. Qualidade do Entorno – Impactos
32
Buscar o bem-estar, a segurança e a saúde dos moradores, considerando o
impacto do entorno em relação ao empreendimento em análise (CEF, 2010).
O critério exige a comprovação através de um mapa de localização do
empreendimento e entorno “imediato”, com descrição da vizinhança do entorno, a
inexistência, em um raio de pelo menos 2,5 quilômetros, marcado a partir do centro
geométrico do empreendimento, de fatores considerados prejudiciais ao bem-estar,
à saúde ou à segurança dos moradores, dentre eles:

Fontes de ruídos excessivos e constantes, como rodovias, aeroportos, alguns
tipos de indústrias.

Odores e poluição excessivos e constantes, provenientes de ETE, lixões e
alguns tipos de indústrias.

O procedimento de avaliação consiste em análise da documentação, do
projeto e vistoria técnica ao local do empreendimento para confirmação do
atendimento. Devem ser verificados fatores perceptíveis durante a vistoria
técnica, como odores, ruídos e outros aspectos que possam gerar impacto
negativo ao empreendimento.

Empreendimentos que não atendam ao critério inicial de 2,5 quilômetros
poderão pleitear o Selo, desde que a proposta inclua resoluções necessárias
para diminuição dos níveis de risco, ou ao menos se tornem incômodos
aceitáveis.
33
Figura 2: Exemplo de mapeamento de fatores de risco. O mapa de localização do
empreendimento e seu entorno imediato deverá descrever a vizinhança do empreendimento
e demonstrar que não há fatores de risco aos moradores num raio de 2,5 quilômetros,
marcado a partir do centro geométrico do empreendimento.
Fonte: (CEF, 2010).
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.2. Projeto e Conforto
Esta categoria trata dos aspectos relacionados ao planejamento e à
concepção do projeto do empreendimento, considerando-se, principalmente, os
aspectos relativos à adaptação da edificação às condições climáticas, às
características físicas e geográficas locais, bem como a previsão de espaços na
edificação destinados a usos e fins específicos (CEF, 2010).
Além de considerar os aspectos citados acima, o empreendimento candidato
ao Selo Casa Azul, deve atentar à outros fatores como, orientação solar, direção dos
ventos e elementos paisagísticos que possa vir a minimizar ou extinguir o uso de
elementos artificiais para condicionamento da temperatura (IETKA, 2011).
34
O projeto deve respeitar as condições climáticas de cada região, sendo
assim, cada projeto estabelecerá padrões específicos referentes à região a qual o
empreendimento será implantado, proporcionando, dessa forma, a melhoria do
conforto humano.
3.2.2.1. Paisagismo
Auxiliar no conforto térmico e visual do empreendimento, mediante regulação
de umidade, sombreamento vegetal e uso de elementos paisagísticos. O indicador
será existência de arborização ou demais elementos paisagísticos que propiciem
melhor desempenho térmico nas paredes da edificação (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Projeto paisagístico;

Inclusão dos insumos e serviços na documentação técnica (memorial
descritivo; planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro).
Além dos critérios acima, o Guia Selo Casa Azul (CEF, 2010), ressalta que a
documentação deverá conter a indicação das espécies arbóreas e suas dimensões
previstas para o atendimento proposto.
Os indicadores avaliados serão a existência de arborização, cobertura vegetal
e/ou demais elementos paisagísticos que propiciem adequada interferência às
partes da edificação onde se deseja melhorar o desempenho térmico (CEF, 2010).
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.2.2. Local para coleta seletiva
Critério que viabiliza a separação dos recicláveis (resíduos sólidos
domiciliares – RSD) nos empreendimentos. O indicador para avaliação do critério
será a existência de local adequado em projeto para coleta, seleção e
armazenamento de material reciclável. O local destinado ao armazenamento do
material reciclável deve ser de fácil acesso, ventilado e de fácil limpeza, com
35
revestimento em material lavável e com ponto de água para limpeza/lavagem do
espaço (CEF, 2010).
Documentação requerida:

Projeto de arquitetura com a indicação de locais para coleta, seleção e
armazenamento.

Inclusão
em
documentação
técnica
(memorial
descritivo,
planilhas
orçamentárias e cronograma físico-financeiro).
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.2.3. Equipamentos de Lazer Sociais e Esportivos
Critério obrigatório cujo objetivo é incentivar práticas saudáveis de
convivência e entretenimento dos moradores, mediante a implantação de
equipamentos de lazer, sociais e esportivos nos empreendimentos. Tem como
indicador a existência de equipamentos ou espaços como bosques, ciclovias, quadra
esportiva, sala de ginástica, salão de jogos, salão de festas e parque de recreação
infantil, dentre outros (CEF, 2010).
Documentação necessária para esse critério:

Projeto de arquitetura com a indicação dos equipamentos.

Inclusão
em
documentação
técnica
(memorial
descritivo,
planilhas
orçamentárias e cronograma físico-financeiro).
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.2.4. Desempenho Térmico – Vedações
Critério obrigatório que tem como objetivo proporcionar ao usuário melhores
condições de conforto térmico, conforme as diretrizes gerais para projeto
correspondentes à zona bioclimática do local do empreendimento, controlando-se a
ventilação e a radiação solar que ingressa pelas aberturas ou que é absorvida pelas
vedações externas da edificação. O indicador está no atendimento às condições
arquitetônicas gerais expressas nas Tabelas A, B, C, D e E (anexo) e de acordo com
a zona bioclimática onde se localiza o empreendimento.
36
Documentação necessária:

Projeto de arquitetura com indicação e/ou descrição dos itens atendidos;

Tabelas A, B, C, D e E assinaladas e preenchidas;

Demonstração gráfica de projeção dos sombreamentos das aberturas;

Detalhamentos, caso necessário;

Simulações de desempenho, caso necessário.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.2.5. Desempenho Térmico – Orientação do Sol e Ventos
Critério obrigatório que objetiva proporcionar ao usuário condições de conforto
térmico mediante estratégias de projeto, conforme a zona bioclimática do local do
empreendimento, considerando-se a implantação da edificação em relação à
orientação solar, aos ventos dominantes e à interferência de elementos físicos do
entorno, construídos ou naturais. O indicador é definido pelo atendimento às
condições arquitetônicas gerais expressas na Tabela F (anexo) quanto à estratégia
de projeto, de acordo com a zona bioclimática onde se localiza o empreendimento
(CEF, 2010).
Para a documentação será necessário o projeto de implantação e arquitetura
com indicação/descrição dos itens atendidos. As estratégias adotadas no projeto
devem ser justificadas em face de implantação, geometria solar, localização de
aberturas e demais componentes, mostrando a insolação do local, a direção e
frequências dos ventos predominantes, elementos físicos do entorno e demais
parâmetros climáticos que se encontrem disponíveis, como temperatura, umidade,
nebulosidade etc., bem como, através do projeto, uso de cartas solares, máscaras,
ou mediante simulação computacional, se necessário (CEF, 2010).
O projeto deve apresentar estratégias relacionadas ao clima no qual está
inserido, como intuito de proporcionar maior conforto aos moradores, diminuindo os
gastos energéticos da habitação.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.2.6. Ventilação e Iluminação Natural de Banheiros
37
O objetivo deste critério é melhorar a salubridade do ambiente, além de
reduzir o consumo de energia nas áreas dos banheiros. Indicador será a existência
de janela voltada para o exterior da edificação com área mínima de 12,5% da área
do ambiente (área correspondente à iluminação e ventilação) (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Projeto de arquitetura com indicação/descrição dos itens atendidos,
assinalando em planta/corte as janelas dos banheiros, com porcentagem da
área em relação ao piso do ambiente, de forma a que atenda à solicitação
deste critério.
O Guia (CEF, 2010), ainda ressalta que não será considerado o uso de poços
ou prismas para o atendimento a este item.
A ventilação natural proporciona maior salubridade aos usuários, evitando
problemas causados pela umidade nos banheiros. Além disso, ao considerar-se a
ventilação e a iluminação natural, estarão sendo poupados gastos de energia
elétrica com aparelhos exaustores e sistemas que usem ventilação e iluminação
artificial (CEF, 2010).
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.3. Eficiência Energética
Para o desenvolvimento de projetos habitacionais mais sustentáveis, devemse buscar projetos que visam à redução no consumo de energia elétrica e um
aumento do uso de fontes renováveis, através de ações efetivas que reduzam o
consumo ocasionado por usos finais, como gastos com eletrodomésticos, uso de
energia elétrica para aquecimento de água e de iluminação artificial (CEF, 2010).
Neste sentido, a categoria de Eficiência Energética trata das medidas que
devem ser adotadas nos empreendimentos, de modo a torná-los mais eficientes com
relação à conservação de energia, reduzindo o consumo e otimizando a quantidade
de energia gasta no uso dos mais diversos aparelhos domésticos. Incentiva uso de
fontes
alternativas
de
energia,
dispositivos
economizadores
e
medições
individualizadas, proporcionando assim uma redução nas despesas mensais dos
usuários (CEF, 2010).
38
3.2.3.1. Lâmpadas de Baixo Consumo – Áreas Privativas
Este critério tem como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica
mediante ouso de lâmpadas eficientes. A contestação do item será feita através da
verificação da existência de lâmpadas de baixo consumo e potência adequada em
todos os ambientes da unidade habitacional, principalmente nos empreendimentos
de habitação de interesse social.
Documentação necessária:

Memorial descritivo especificando o tipo de lâmpadas com selo Procel
ou etiqueta Nível de Eficiência A do Programa Brasileiro de
Etiquetagem (PBE), do Inmetro.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.3.2. Dispositivos Economizadores – Áreas Comuns
Objetiva a redução do consumo de energia elétrica mediante a utilização de
dispositivos economizadores e/ou lâmpadas eficientes nas áreas comuns.
Comprovação a partir da existência de sensores de presença, minuterias ou
lâmpadas eficientes em áreas comuns dos condomínios.
Documentação necessária:

Projeto de instalações elétricas.

Memorial descritivo especificando o tipo de dispositivo a ser utilizado
e/ou o tipo de lâmpadas eficientes com selo Procel ou etiqueta Nível A
no PBE/Inmetro.

Inclusão
dos
insumos/serviços
cronograma físico-financeiro.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.3.3. Sistema de aquecimento solar
em
planilhas
orçamentárias
e
39
Tem como finalidade reduzir o consumo de energia elétrica ou de gás para o
aquecimento de água. Indicador é a existência de sistema de aquecimento solar de
água com coletores selo Ence/Procel Nível A ou B, fração solar entre 60% e 80%,
aquecimento auxiliar com reservatório dotado de resistência elétrica, termostato e
timer, ou chuveiro elétrico ou aquecedora gás, projetado e operado em série com o
sistema solar, com equipamentos fornecidos por empresa certificada pelo Qualisol6
(CEF, 2010).
Documentação necessária:

Projeto do sistema de aquecimento solar de água.

Anotação de responsabilidade técnica do projeto de SAS.

Memorial descritivo com as especificações técnicas do equipamento.

Inclusão dos insumos/serviços em planilhas orçamentárias e cronograma
físico-financeiro.
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.3.4. Medição Individualizada – Gás
Objetiva proporcionar aos moradores o gerenciamento do consumo de gás da
sua unidade habitacional, conscientizando-os sobre seus gastos e possibilitando a
redução do consumo. Tem como indicador a existência de medidores individuais,
certificados pelo INMETRO (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Projeto de instalações de gás e memorial descritivo com as
especificações técnicas do equipamento.

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do projeto.

Inclusão
dos
insumos/serviços
cronograma físico-financeiro.
em
planilhas
orçamentárias
e
40
O benefício socioambiental está relacionado à economia no consumo de gás,
já que a medição individual facilita o controle de gastos e incentiva a redução do
consumo para o usuário, revertendo-se em benefício próprio (CEF, 2010).
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.4. Conservação de Recursos Materiais
A indústria da construção civil, hoje, é o setor que mais conome recursos
materiais, sendo assim pode-se concluir que a maior geração de resíduos materiais
provém da construção civil.
Segundo o Guia (CEF, 2010), o fluxo constante de materiais estende-se
durante todo o ciclo de vida de uma construção, que tem início com as atividades de
preparação do terreno, passando pelas atividades de uso, limpeza e manutenção,
até o fim da vida útil do edifício ou de suas partes, onde grandes quantidades de
resíduo serão gerados.
3.2.4.1. Qualidade de Materiais e Componentes
Tem como objetivo evitar o uso de produtos de baixa qualidade, reduzindo o
consumo de recursos naturais utilizados na correção e os custos de correção de
defeitos, além de melhoraras condições de competitividade dos fabricantes que
operam em conformidade com a normalização. A avaliação se dará através da
comprovação da não utilização de produtos feitos por empresas classificadas como
“não qualificadas” ou “não conformes” nas listas divulgadas pelo Ministério das
Cidades, Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Hábitat (PBQP-H).
(CEF, 2010).
Documentação necessária:

Memorial descritivo especificando que os produtos a serem utilizados provêm
de fabricantes que constam da relação de fabricantes e de produtos,
conforme os Programas Setoriais de Qualidade (PSQ) do PBQP-H5.
O Guia (CEF, 2010), ainda ressalta que No caso de propostas de programas
de crédito imobiliário (recursos do FGTS6, FDS7, FAR8 e FAT9), devem ser
especificadas, em memorial descritivo, até três marcas/modelos dos produtos.
41
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.4.2. Componentes Industrializados ou pré-fabricados.
Segundo o Guia (CEF, 2010), ao utilizar peças pré-fabricadas ou
industrializadas tende-se a reduzir as perdas de materiais e a geração de resíduos,
colaborando para a redução do consumo de recursos naturais pelo emprego de
componentes industrializados.
A constatação da adesão ao critério se dará a partir da verificação da adoção
de um sistema construtivo de componentes industrializados montados em canteiro,
projetados de acordo com as normas ou com aprovação técnica no âmbito do Sinat
(Sistema Nacional de Aprovação Técnica), do Ministério das Cidades, demonstrando
conformidade com a norma de desempenho NBR 15575 (ABNT, 2008).
O Guia (CEF, 2010) especifica que o sistema será considerado industrializado
quando dois, dentre os seguintes itens, forem compostos de componentes
industrializados: (a) fachadas; (b) divisórias internas; (c) estrutura de pisos (lajes) e
escadas; (d) pilares e vigas.
Documentação necessária:

Projeto executivo demonstrando que o sistema construtivo é composto de
componentes industrializados.

Memorial descritivo com as especificações técnicas.

Inclusão dos insumos/serviços em planilhas orçamentárias e cronograma
físico-financeiro.

Anotação de responsabilidade técnica do projeto (ART).

Aprovação técnica emitida pelo Sinat dentro do prazo de validade se for o
caso.
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.4.3. Formas e Escoras Reutilizáveis
Tem por finalidade reduzir o emprego de madeira em aplicações de baixa
durabilidade, que constituem desperdício, e incentivar o uso de materiais
42
reutilizáveis. Para este critério, o indicador admite duas soluções alternativas: A
primeira seria existência de projetos de formas, executado de acordo com a NBR
14931/2004 (Execução de estruturas de concreto – Procedimento); a segunda
solução seria a existência de especificação de uso de placas de madeira
compensada plastificada com madeira legal ou sistema de formas industrializadas
reutilizáveis e cimbramentos com regulagem (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Projeto de formas de acordo com a NBR 14931.

Memorial descritivo descrevendo o sistema de fôrmas, com previsão do uso
de compensado
plastificado, selagem dos topos, cimbramento com
regulagem de altura grossa (pinos) e fina, e indicação da quantidade de
reutilizações.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.4.4. Gestão de RCD
Este critério visa reduzir a quantidade de resíduos de construção e demolição
e seus impactos no meio ambiente urbano e nas finanças municipais, por meio da
promoção ao respeito das diretrizes estabelecidas nas Resoluções n. 307 e n. 348
do CONAMA (estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil). O indicador é atribuído à existência de um “Projeto de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC” para a obra, bem como
a apresentação dos documentos de comprovação de destinação adequada dos
resíduos gerados ao final da obra (CEF, 2010).
Documentação necessária: Projeto de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil – PGRCC, contendo:

Descrição e quantificação das estruturas a serem demolidas, se for o caso;

Estimativa da geração de resíduos de cada classe, discriminado os gerados
pelas demolições, por cortes e escavações e pela construção;

Identificação do local de triagem, identificando o(s) possível (eis) fornecedor
(es) do serviço de triagem, que devem estar obrigatoriamente de acordo com
a NBR 15112 (ABNT, 2005a);
43

Identificação dos equipamentos de acondicionamento para transporte interno
e externo da obra;

Descrição do fluxo e dos equipamentos de transporte de resíduos no canteiro;

Destinação de cada classe de resíduos, o(s) possível (eis) fornecedor (es) do
serviço de triagem, que devem estar obrigatoriamente de acordo com a NBR
15113 (ABNT, 2005b) e NBR 15114 (ABNT, 2005c);

Mecanismo de controle que demonstre a destinação legal das diferentes
classes de resíduos (recibos, notas fiscais disponíveis para verificação em
canteiro de obra e entregues ao final da obra).
A adoção das práticas recomendadas para o gerenciamento de resíduos
facilita a reciclagem e viabiliza a destinação legal. Mesmo em regiões onde sistema
público não ofereça condições legais de destinação, a separação dos resíduos nas
diferentes classes possibilita o reuso da fração mineral em aterros para correção de
nível, dentro ou fora do canteiro (CEF, 2010).
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.4.5. Cimento de Alto Forno e Pozolânico
Critério que tem como objetivo a redução das emissões de CO2 associadas à
produção do clínquer de cimento Portland e redução do uso de recursos naturais
não renováveis escassos (calcário) através de sua substituição por resíduos
(escórias e cinzas volantes) ou materiais abundantes (pozolana produzida com
argila calcinada). O indicador do atendimento à exigência do critério será a
especificação do uso de cimentos CP III ou CP IV para a produção de concreto
estrutural e não estrutural (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Memorial descritivo especificando cimentos CP III ou CP IV em concreto
estrutural e não estrutural.

Inclusão dos insumos/serviços em planilha orçamentária.
O Guia (CEF, 2010), atenta para o fato de que em algumas regiões do País,
estes tipos de cimento podem não estar disponíveis.
44
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.4.6. Pavimentação com RCD - Resíduos de Construção e Demolição, utilizados
como agregados reciclados.
Critério que tem como intuito reduzir a pressão sobre recursos naturais não
renováveis por meio do uso de materiais reciclados e pela promoção de mercado de
agregados reciclados. O indicador deste critério é o projeto de pavimento
especificando o uso de agregados produzidos pela reciclagem de resíduos de
construção e demolição (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Memorial descritivo e projeto viário especificando a utilização de agregados
reciclados em bases e sub-bases da pavimentação urbana, conforme a NBR
15115 (ABNT, 2005).

Informação da empresa ou entidade fornecedora do material.
A experiência nacional indica que o uso de agregados reciclados como base de
pavimentação é uma alternativa segura de reciclagem (CEF, 2010).
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.4.7. Facilidade de Manutenção da Fachada
Tem como finalidade reduzir as atividades de manutenção e os impactos
ambientais associados à pintura frequente da fachada, que apresentam custos
elevados, particularmente para moradores de habitação de interesse social.
Especificação de sistema de revestimento de fachada com vida útil esperada
superior a 15 anos, como placas cerâmicas, rochas naturais, revestimentos de
argamassa, orgânica ou inorgânica, pigmentada, pinturas inorgânicas (à base de
cimento) ou texturas acrílicas de espessura média >1mm (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Memorial descritivo especificando o uso de um revestimento de fachada
durável.
45

Inclusão dos insumos/serviços em planilha orçamentária e cronograma físicofinanceiro de obra.
O Guia (CEF, 2010) ainda ressalta os benefícios socioambientais da ação:

Redução dos custos de manutenção.

Economia de recursos naturais não renováveis.

Redução da geração de resíduos.
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.4.8. Madeira Plantada ou Certificada
Tem por finalidade reduzir a demanda por madeiras nativas de florestas não
manejadas pela promoção do uso de madeira de espécies exóticas plantadas ou
madeira nativa certificada. Compromisso de uso de madeira plantada de espécies
exóticas ou madeira certificada (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Memorial descritivo especificando o uso de madeira de espécies exóticas –
que são necessariamente plantadas – como o eucalipto, o pínus, a teca ou
outras nativas certificadas pelo FSC13 ou Cerflor14, em todas as etapas da
construção e apresentando as quantidades estimadas.

Declaração de compromisso do proponente de uso exclusivo destes produtos
na obra.
O Guia (CEF, 2010) ressalta que a apresentação do DOF15, não se aplica a
este critério, pois o documento já é obrigatório para todos os projetos candidatos ao
Selo, sendo, portanto, um pré-requisito no caso do uso de madeiras nativas, frisa
também, que a avaliação será feita a partir da apresentação da documentação
comprobatória da aquisição de madeira certificada e/ou notas fiscais de aquisição de
madeira exótica ao final da obra.
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.5. Gestão da Água
46
A gestão da água em edifícios é indispensável para um uso mais sustentável
deste insumo, pois contribui para mitigar os problemas de escassez, amenizar a
poluição em águas superficiais e profundas e, ainda, reduzir os riscos de inundação
em centros urbanos (CEF, 2010).
3.2.5.1. Medição Individualizada
Possibilitar aos usuários o gerenciamento do consumo de água de sua
unidade habitacional, de forma a facilitar a redução de consumo. O indicador é a
existência de sistema de medição individualizada de água.
Documentação necessária:

Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com
as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), atendendo
às recomendações da concessionária local, às normas técnicas da ABNT e
dos fabricantes qualificados pelo PBQP-H.
Não será levada em conta, para o atendimento a este item, a medição
individualizada de água em loteamentos, uma vez que isto já está condicionado à
regularidade da edificação. Neste caso, deve ser considerado obrigatório o
atendimento ao Critério.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.5.2. Dispositivos Economizadores – Bacia Sanitária
Proporcionar a redução do consumo de água. A contestação de seguimento
do critério será feita a partir da existência, em todos os banheiros e lavabos, de
bacia sanitária dotada de sistema de descarga com volume nominal de seis litros e
com duplo acionamento.
Documentação necessária:

Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com
as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), atendendo
às normas técnicas da ABNT e de fabricantes qualificados pelo PBQP-H.
47

Existência de orientações quanto ao uso e à manutenção da tecnologia no
manual do proprietário.
O Guia (CEF, 2010) ainda ressalta que podem ser consideradas outras bacias
economizadoras, que tenham sistema de descarga com volume nominal inferior a
seis litros, com apresentação da respectiva referência técnica ou que estejam em
conformidade com as normas da ABNT. Em caso de tecnologia inovadora, deve ser
apresentado o Documento de Avaliação Técnica – DATec, conforme as diretrizes do
Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores – SINAT.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.5.3. Dispositivos Economizadores – Arejadores
Item que tem como objetivo proporcionar a redução do consumo de água e
maior conforto ao usuário, propiciado pela melhor dispersão do jato em torneiras. A
avaliação do item será feita a partir da existência de torneiras com arejadores nos
lavatórios e nas pias de cozinha das unidades habitacionais e áreas comuns do
empreendimento (CEF, 2010).
Figura 3: Exemplo de dispositivo economizador, arejador. Fonte: (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com
as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), em
48
conformidade com as normas técnicas da ABNT e de fabricantes qualificados
pelo PBQP-H.
O Guia (CEF, 2010), ressalta que em locais com pressão hidráulica superior a
40 KPa e inferior a 100 KPa, o arejador pode ser substituído pelo registro regulador
de vazão.
Em caso de tecnologia inovadora, deve ser apresentado o Documento de
Avaliação Técnica – DATec, conforme as diretrizes do Sistema Nacional de
Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores – SINAT (CEF, 2010).
Segundo o Guia (CEF, 2010), a instalação de arejadores de água contribui
para os seguintes benefícios ambientais diretos e indiretos:

Redução do consumo de água e consequente redução do volume de esgotos
a serem coletados e tratados, o que contribui para a preservação da
qualidade das águas superficiais;

Redução de insumos utilizados tanto no tratamento da água quanto no
tratamento de esgoto, tais como energia, sulfato de alumínio, cal, cloro, flúor e
outros.
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.5.4. Dispositivos Economizadores – Registro Regulador de Vazão
Proporcionar a redução do consumo de água nos demais pontos de utilização
é o objetivo deste critério. A comprovação da existência de registro regulador de
vazão em pontos de utilização do empreendimento, tais como chuveiro, torneiras de
lavatório e de pia será o indicador da adesão ao item (CEF, 2010).
49
Figura 4: Componentes economizadores: 1 (a) registro regulador de vazão
para chuveiro; 1 (b) registro regulador de vazão para torneiras. Fonte: (CEF,
2010).
Documentação necessária:

Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com
as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), em 10.
O Guia (CEF, 2010), salienta que em locais com pressão hidráulica superior a 40
KPa e inferior a 100 KPa, o registro regulador de vazão pode ser substituído pelo
arejador. Em caso de tecnologia inovadora, deve ser apresentado o Documento de
Avaliação Técnica - DATec, conforme as diretrizes do Sistema Nacional de
Avaliações Técnicas de Produtos Inovadores - SINAT.
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.5.5. Aproveitamento de Águas Pluviais
Reduzir o consumo de água potável para determinados usos, tais como em
bacia sanitária, irrigação de áreas verdes, lavagem de pisos, lavagem de veículos e
espelhos d’água. Existência de sistema de aproveitamento de águas pluviais
independente do sistema de abastecimento de água potável para coleta,
armazenamento, tratamento e distribuição de água não potável complano de gestão,
de forma a evitar riscos para a saúde. O sistema deverá apresentar redução mínima
de 10% no consumo de água potável.
Documentação necessária:

Projeto do sistema de captação, reserva e distribuição, com a descrição do
sistema de tratamento.
50

Memorial de cálculo do aproveitamento da água pluvial e capacidade do
reservatório.

Projeto de comunicação visual (cores diferenciadas de tubulações, avisos nos
pontos de utilização).

Manual de uso e operação.

Inclusão de toda a documentação técnica (projetos, memorial descritivo com
as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma), em
conformidade com a NBR 15527 (ABNT, 2007).
O Guia (CEF, 2010) deixa claro que as limitações técnicas devem ser
observadas para a implantação do sistema, tais como o regime pluviométrico
(intensidade e distribuição de chuvas durante o ano) ou a superfície de coleta.
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.5.6. Retenção de Águas Pluviais
Tem como objetivo permitir o escoamento das águas pluviais de modo
controlado, com vistas a prevenir o risco de inundações sem regiões com alta
impermeabilização do solo e desonerar as redes públicas de drenagem. A avaliação
será feita a partir da constatação da existência de reservatório de retenção de águas
pluviais,
com
escoamento
para
o
sistema
de
drenagem
urbana
nos
empreendimentos com área de terreno impermeabilizada superior a 500m².
Documentação necessária:

Projeto do reservatório de retenção.

Memória de cálculo do volume do reservatório (V= 0,15 x Ai x IP x t), sendo V
= volume do reservatório (m³); Ai = área impermeabilizada (m²);

IP = índice pluviométrico (m/h); t = tempo de duração de chuva (considerado
de uma hora).

Inclusão dos serviços em toda a documentação técnica (memorial descritivo
com as especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma).
51
Para o atendimento a este critério, está sendo adotado o cálculo do volume
do reservatório constante na Lei Estadual n. 12.526/07 (SÃO PAULO, 2007). No
caso específico de São Paulo, o IP considerado é de 0,06m/h; porém, para fins de
cálculo, deverá ser considerado o IP local. Devem ser observadas as limitações
técnicas para a implantação do sistema, tais como o regime pluviométrico
(intensidade e distribuição de chuvas durante o ano) (CEF, 2010).
Avaliação: Critério de livre escolha.
3.2.5.7. Infiltração de Águas Pluviais
Critério que visa permitir o escoamento de águas pluviais de modo controlado
ou favorecer a sua infiltração no solo, com vistas a prevenir o risco de inundações,
reduzira poluição difusa, amenizar a solicitação das redes públicas de drenagem e
propiciar a recarga do lençol freático. Avaliação do critério será feita a partir da
verificação da existência de reservatório de retenção de águas pluviais com sistema
para infiltração natural da água em empreendimentos com área de terreno
impermeabilizada superior a 500m².
Documentação necessária:

Projeto de sistema de infiltração com memória de cálculo, caracterização do
solo, altura do lençol freático no seu nível mais alto e locação do sistema.

Projeto de implantação, memória de cálculo mostrando o valor da vazão de
águas pluviais a ser lançada na rede de drenagem urbana, após a

Implantação do sistema.

Manual de operação do sistema.

Indicação de toda a documentação técnica (projetos, memorial de cálculo,
memorial descritivo, planilha orçamentária e outros).
A implantação de sistemas de drenagem de águas pluviais e de controle na
fonte possibilita que, em cada elemento de ocupação urbana, seja residencial, seja
comercial ou industrial, haja redução da vazão de contribuição para os sistemas de
drenagem urbana. Desta forma, o efeito multiplicativo de redução da vazão de
52
contribuição, devido à adoção de vários pontos de controle na fonte, pode evitar o
aumento das vazões máximas a jusante de uma bacia hidrográfica urbana,
minimizando a ocorrência de enchentes (CEF, 2010).
3.2.5.8. Áreas Permeáveis
Segundo o Guia (CEF, 2010) o critério tem como objetivo manter, tanto quanto
possível, o ciclo da água coma recarga do lençol freático, prevenir o risco de
inundações em áreas com alta impermeabilização do solo e amenizar a solicitação
das redes públicas de drenagem urbana. O indicador será a existência de áreas
permeáveis em, pelo menos, 10% acima do exigido pela legislação local. No caso de
inexistência de legislação local, será considerado, para atendimento a este item, um
coeficiente de permeabilidade (CP) igual ou superior a 20%, considerando-se o
cálculo do coeficiente de impermeabilização do solo obtido pela relação entre a
superfície impermeável e a superfície total do terreno, aplicados os seguintes
coeficientes:

Superfícies totalmente impermeabilizadas, tais como coberturas, calçadas,
vias – 0,9;

Vias pavimentadas com componentes de juntas largas – 0,6;

Vias de macadame sem alcatrão – 0,35;

Caminhos em cascalho ou brita – 0,2;

Superfícies arborizadas – 0,05.
Documentação necessária:

Projeto de implantação

Memória de cálculo do coeficiente de impermeabilização do solo, obtido pela
relação entre a superfície impermeável e a superfície total do terreno.
Ressalvas:
O coeficiente corresponde à relação entre as superfícies permeáveis e
superfície total do terreno:
53
O item só deixa de ser obrigatório para empreendimentos que não dispõe de
área disponível no térreo, como nos casos de edifícios com ocupação de 100% da
área do lote.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.6. Práticas Sociais
Categoria
“Práticas
sociais”
busca
promover
a
sustentabilidade
do
empreendimento por meio de ações que abranjam os diversos atores envolvidos,
voltadas à ampliação da consciência ambiental, e possam contribuir para a redução
de algumas desigualdades sociais (CEF, 2010).
3.2.6.1. Educação para gestão de RCD
Realizar atividades educativas e de mobilização para os empregados
envolvidos no empreendimento tendo em vista a execução das diretrizes do plano. O
indicador desse critério é a existência de plano educativo sobre a gestão de RCD
(CEF, 2010).
Documentação necessária:

Plano educativo sobre a gestão de RCD.

Relatório e demais documentos necessários para a comprovação da
execução do plano educativo.
Esta atividade está vinculada e deve ser realizada juntamente com o critério
“Gestão de resíduos de construção e demolição” da categoria “Conservação de
recursos materiais” (CEF, 2010).
Avaliação: Critério obrigatório.
54
3.2.6.2. Educação Ambiental dos Empregados
Segundo o Guia (CEF, 2010), o objetivo deste critério é prestar informações e
orientar os trabalhadores sobre a utilização dos itens de sustentabilidade do
empreendimento, notadamente sobre os aspectos ambientais. Indicador de
cumprimento do critério será a existência de plano de atividades educativas, para os
empregados, sobre os itens de sustentabilidade do empreendimento.
Documentação necessária:

Plano de educação ambiental a ser implantado, totalizando a carga horária
mínima de quatro horas e abrangência de 80% dos empregados.

Relatório e demais documentos necessários para a comprovação da
execução do plano de educação ambiental para os empregados.
Avaliação: Critério obrigatório.
3.2.6.3. Orientação aos Moradores
Prestar informações e orientar os moradores quanto ao uso e à manutenção
adequada do imóvel, considerando-se os aspectos de sustentabilidade previstos no
projeto. A avaliação será feita através da existência de ao menos uma atividade
informativa sobre os aspectos de sustentabilidade previstos no empreendimento,
que inclua a distribuição do manual do proprietário (ilustrado, didático e com
conceitos de sustentabilidade), a ser disponibilizado até a entrega do referido
empreendimento (CEF, 2010).
Documentação necessária:

Minuta do manual do proprietário.

Plano da ação informativa a ser desenvolvida com os moradores.

Relatório e demais documentos necessários para a comprovação da
execução do plano da ação informativa com os moradores, como a relação de
participantes, fotos, ata da reunião etc.
Com a ação de orientar os futuros moradores quanto ao uso e manutenção
da edificação, pretendem-se proporcionar espaços de discussão e informação que
55
estimulem a reflexão e a mudança de comportamento, baseados no conhecimento
das alternativas sustentáveis adotadas ao empreendimento (CEF, 2010).
Avaliação: Critério obrigatório.
3.3. VERIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS CRITÉRIOS DO SELO
É necessário que o empreendimento candidato, seja executado conforme os
itens especificados no projeto, sendo este, previamente, já aprovado pela CEF. As
práticas sociais previstas em projeto deverão ser implementadas juntamente com a
orientação aos moradores em relação a manutenção, reposição e uso dos
dispositivos, sendo divulgado todos os itens incorporados no projeto. Caso haja
alguma mudança durante execução da obra, em relação ao projeto que interfira nos
critérios pré-definidos pela CEF, a mesma deverá ser comunicada. Os documentos
que devem ser apresentados devem estar de acordo com os modelos da CEF, todos
datados e assinados pelo responsável técnico e pelo representante legal (CEF,
2010).
Durante a execução da obra, serão feitas medições mensais ou vistorias
específicas com a intenção de verificar se o empreendimento está realmente
executando e atendendo os itens propostos em projeto. Caso houver divergências
entre o projeto e a execução, será apresentada no Relatório de Acompanhamento
de Empreendimento uma notificação, onde a CEF solicitará uma justificativa e
correção dos itens não conformes, dentro de um determinado prazo. Se a
inconformidade apontada não for solucionada, o empreendimento poderá perder a
autorização do uso da logomarca do Selo Casa Azul e ficará impedido de concorrer
ao selo por um período de dois anos. Em caso de desistência de uso do Selo por
parte do proponente, deverá ser comunicado à CEF, por escrito, antes da
contratação do empreendimento e poderá incorrer na substituição de todos os
documentos do processo e nova análise da engenharia, não havendo devolução de
taxa de análise (CEF, 2010).
Será aplicada uma multa no valor de 10% do valor de investimento, se após o
prazo dado pela CEF, não forem sanadas as inconformidades. A multa será paga a
título de ressarcimento por danos causados ao não cumprimento das obrigações
firmadas e pela divulgação indevida da marca Selo Casa Azul (CEF, 2010).
56
De acordo com o Guia Casa Azul (CEF, 2010), uma taxa de análise do
projeto, será cobrada, sendo essa a única despesa que o proponente terá na
concessão do selo, a qual será emitida na entrega da documentação.
3.3.1. Uso da logomarca Selo casa Azul da CAIXA
Poderá fazer o uso da logomarca, em materiais publicitários e após o término
da execução da obra, os empreendimentos que receberem o selo, sendo permitida a
instalação de uma placa metálica, onde haverá a divulgação da graduação do
projeto. As logomarcas do Selo Casa Azul CEF, nos níveis ouro, prata e bronze,
podem ser visualizadas na Figura 1 (CEF, 2010).
Figura 5: Logomarcas do SCA; Níveis Azul níveis Ouro, Prata e Bronze.
Fonte: CEF,(2010)
57
4. ESTUDO DE CASO
Diante das informações obtidas através do orçamento da unidade habitacional
e das condições necessárias para se obter o Selo Casa Azul, foi elaborado um
estudo de caso com o intuito de apresentar o loteamento estudado, seus
orçamentos detalhados, e analisar a projeção desse estudo comparativo entre a
unidade habitacional convencional e a unidade sustentável com Selo Casa Azul CEF.
4.1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO
Será usado como base, o projeto do programa MCMV, do Governo Federal
em parceria com os estados e municípios, gerido pelo Ministério das Cidades e
operacionalizado pela CEF. O Programa – MCMV – Entidades – PMCMV-E – tem
como objetivo atender as necessidades de habitação da população de baixa renda
nas áreas urbanas, garantindo o acesso à moradia digna com padrões mínimos de
sustentabilidade, segurança e habitabilidade (CEF, 2013).
A unidade habitacional que usaremos como projeto padrão será executada no
município de Viseu, localizado no noroeste o Estado do Pará, e está entre as 496
Unidades habitacionais que farão parte de Conjunto Residencial, o qual contará com
Centro Comunitário, Espaço Comunitário e Quadra Esportiva.
4.1.1 Localização e acesso à área
O empreendimento Conjunto Residencial, localizado na estrada de acesso a
vila do Bombom, no município de Viseu (PA). Trata-se de um loteamento a ser
executado cuja contratante CEF, com recursos do FAR.
4.1.2 O terreno estudado
58
A área de intervenção destinada a habitação compreende cerca de
154.945,64 m² (cento e cinquenta e quatro, novecentos e quarenta e cinco e
sessenta e quatro mil metros quadrados) e abriga 496 lotes.
Os lotes terão dimensão de 10 metros X 20 metros (sendo 10 metros de
frente por 20 metros de fundo). A disposição espacial no terreno foi definida em
função do aproveitamento e funcionamento global do Residencial e melhor
Implantação da infraestrutura urbana.
4.1.3. Lotes
Em cada lote será construído uma unidade habitacional com 41,39 m²
(quarenta e um e trinta e nove metros quadrados), contendo sala estar/jantar, 02
(dois) quartos, banheiro, circulação, cozinha e área de serviço (externa) o
afastamento frontal da residência em relação ao limite do terreno é de 5,00 metros
os afastamentos laterais são de 1,34 metros e 1,34 metros pelos lados direito e
esquerdo respectivamente, o afastamento do fundo da residência ao limite do lote é
de 6,95 metros, contando ainda com 1,20 metros de passeio público após o limite do
terreno. Os lotes serão entregues demarcados com piquetes (Construtora
Responsável, 2013).
4.1.4. Sistema Viário
As ruas foram definidas no sentido de facilitar o tráfego veículos de passeio e
de serviços. Para isso foi adotado o sistema de ruas arteriais e secundárias todas
paralelas de acordo com a classificação. As vias artérias foram definidas com 8,00
metros (oito metros) de largura e ambas e as secundárias com 7,00 metros (sete
metros) de largura e ambas serão vias de mão dupla (Construtora Responsável,
2013).
4.1.5. Ajardinamento e Arborização
59
Foram definidas áreas verdes nas quais serão feitas intervenções
paisagísticas, com mudas de árvores, com o intuito de favorecer o conforto térmico
do local (Construtora Responsável, 2013).
4.1.6. Área de lazer
Na quadra central será construída 01(uma) praça contendo um espaço
comunitário, 02(duas) Quadras poliesportiva com piso em concreto acabado e
pintado, cercado por alambrado e iluminado para práticas esportivas e lazer, o qual
será incorporado ao conjunto arquitetônico. A praça será dotada de banco em
concreto aparente, passeio público em concreto. O Playground será constituído de
brinquedos confeccionados em madeira (Construtora Responsável, 2013).
4.2. ORÇAMENTOS
Para dar inicio ao estudo de caso, foi utilizado o orçamento base do
empreendimento preenchido com os valores obtidos através da tabela SINAPI
referente à OUT/13. O preço total da construção de uma unidade habitacional sem
os critérios para obtenção do Selo foi de R$ 44.765,15 (Quarenta e quatro mil
setecentos e sessenta e cinco reais e quinze centavos). A Tabela 3 apresenta o
orçamento resumido. Este valor leva em conta um BDI de 16%. O orçamento
detalhado é demonstrado no ANEXO VIII.
Tabela 3: Orçamento Resumido sem o SCA
ITEM
1
2
3
4
5
6
7
8
9
SERVIÇOS
SERVIÇOS PRELIMINARES
INFRA-ESTRUTURA
SUPRA-ESTRUTURA
PAREDES E PAINEIS
COBERTURA E PROTEÇÕES
REVESTIMENTO E PINTURA
PAVIMENTAÇÃO
INSTALAÇÕES E APARELHOS
COMPLEMENTAÇÕES
CUSTO DIRETO DA CONSTRUÇÃO
VALOR
R$ 1.549,40
R$ 4.114,42
R$ 372,41
R$ 8.889,26
R$ 6.670,03
R$ 6.247,87
R$ 4.447,63
R$ 5.657,48
R$ 642,15
R$ 38.590,66
PESO
4,01%
10,66%
0,97%
23,03%
17,28%
16,19%
11,53%
14,66%
1,66%
100,0%
60
BDI (%)
CUSTO TOTAL DA CONSTRUÇÃO
16,00
R$ 44.765,15
Fonte: Autores, (2013).
Para a construção de uma unidade habitacional sustentável com critérios para
obtenção do Selo Casa Azul, obteve-se o valor total da construção de R$ 53.142,38
(Cinquenta e três mil cento e quarenta e dois reais e trinta e oito centavos). A Tabela
4 apresenta o orçamento resumido da unidade habitacional já com a adição dos
critérios e obrigatórios aplicáveis a unidade habitacional sustentável. O orçamento
detalhado é demonstrado no ANEXO IX.
Tabela 4: Orçamento Resumido com o SCA
ITEM
1
2
3
4
5
6
7
8
9
SERVIÇOS
SERVIÇOS PRELIMINARES
INFRA-ESTRUTURA
SUPRA-ESTRUTURA
PAREDES E PAINEIS
COBERTURA E PROTEÇÕES
REVESTIMENTO E PINTURA
PAVIMENTAÇÃO
INSTALAÇÕES E APARELHOS
COMPLEMENTAÇÕES
CUSTO DIRETO DA CONSTRUÇÃO
BDI (%)
CUSTO TOTAL DA CONSTRUÇÃO
VALOR
R$ 1.549,40
R$ 4.114,42
R$ 372,41
R$ 10.881,16
R$ 7.226,18
R$ 6.247,87
R$ 4.447,63
R$ 9.271,45
R$ 1.701,88
R$ 45.812,41
PESO
3,38%
8,98%
0,81%
23,75%
15,77%
13,64%
9,71%
20,24%
3,71%
100,0%
16,00
R$ 53.142,38
Fonte: Autores, (2013).
A diferença entre os dois orçamentos apresentados é de R$ 8.377,23 (Oito mil
trezentos e setenta e sete reais e vinte e três centavos). Este valor representa um
acréscimo de 18,71% ao orçamento original, analisado no Gráfico 1.
Gráfico 1: Comparativo dos itens adicionados no novo orçamento.
Fonte: Autores, 2013.
Tabela 5: Comparativo dos valores adicionais.
61
CONVENCIONAL
SUSTENTÁVEL
ACRÉSCIMO
ACRÉSCIMO %
PAREDES E PAINEIS
R$ 8.889,26
R$ 10.881,16
R$ 1.991,90
18,31%
COBERTURA E PROTEÇÕES
R$ 6.670,03
R$ 7.226,18
R$ 556,15
7,70%
INSTALAÇÕES E APARELHOS
R$ 5.657,48
R$ 9.271,45
R$ 3.613,98
38,98%
COMPLEMENTAÇÕES
R$ 642,15
R$ 1.701,88
R$ 1.059,73
62%
VALOR TOTAL DO ACRÉSCIMO
R$ 7.221,76
VALOR TOTAL DO ACRÉSCIMO COM BDI (16%)
R$ 8.377,24
Fonte: Autores, 2013.
Após efetuar a adição dos requisitos necessários no orçamento para que se
obtenha o Selo Casa Azul, verifica-se o aumento de um percentual de mais de 18%
no item de paredes e esquadrias, aumento de 7,70% na cobertura e proteções da
unidade habitacional, 39,98% nas instalações elétricas e hidráulicas e 62% nas
complementações da unidade habitacional com Selo Casa Azul.
O Gráfico 2 mostra um comparativo dos serviços entre os orçamentos
apresentados.
Gráfico 2: Comparativo dos serviços apresentados nos orçamentos.
Fonte: Autores, 2013.
4.3. ANÁLISE DE VIABILIDADE
O atendimento aos critérios definidos pelo Selo Casa Azul, de forma a atender
ao nível ouro, causou um encarecimento no custo final do empreendimento, como
visto a cima. Entretanto, sabe-se que alguns dos critérios exigidos, seriam inviáveis
para a região de aplicação do conjunto, como por exemplo, a instalação de gás, a
qual se adequaria a um conjunto habitacional formado por edifícios, pela facilidade
de instalação, manutenção e medição.
Apesar de o comparativo ter demonstrado uma elevação no custo da
habitação sustentável, o professor Vanderley John, da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, acredita que é possível construir com menor impacto
ambiental sem elevação dos custos. “A sustentabilidade possui três vetores:
ambiental, social e econômico, os quais devem ser balanceados, e somente
soluções viáveis economicamente, socialmente justas e de baixo impacto ambiental
62
podem ser consideradas. Assim, é perfeitamente possível fazer construção
sustentável sem aumentar o custo, reduzindo o impacto ambiental de forma
significativa e melhorando o desempenho social”. Segundo ele, existem produtos no
mercado com menor impacto ambiental, mas que possuem os mesmos custos,
como, por exemplo, o Cimento de Alto Forno, um dos critérios de livre escolha
dentro do Selo, e que foi escolhido por nós, para elaboração do orçamento da
habitação sustentável, ou até mesmo, alguns produtos que custam um pouco mais,
porém não agregam grandes alterações nos custos finais da construção, afirma
também, que outro item importante para a diminuição desses gastos, é a redução de
desperdícios de materiais, ou até a reutilização dos mesmos, outro item especificado
pelo Selo e atendido por nós na elaboração do orçamento, só este item pode reduzir
em 3% o custo de construção típico.
Entretanto, o Selo adota soluções tecnológicas avançadas que reduzem ainda
mais os impactos ambientais, buscando benefícios econômicos durante a fase de
uso, que compensariam o custo de construção, caso o construtor, fosse também,
posteriormente o usuário do empreendimento. Porém, levando em consideração que
a construção sustentável fosse um empreendimento comercial, estas soluções
aumentariam o custo da construção, causando diminuição do lucro para o
empreendedor, sendo assim quais seriam as vantagens de se adotar medidas
sustentáveis?
Segundo Danusa Nascimento, Gerente Técnica de Projetos Especiais e
Consultora em Sustentabilidade Corporativa do Centro de Tecnologia de Edificações,
vários são os ganhos e resultados proporcionados. Podemos ressaltar alguns
tópicos de maior relevância para as incorporadoras e construtoras:

Estabelecimento da sustentabilidade como valor estratégico da
empresa;

Difusão dos conceitos de sustentabilidade nos diversos níveis da
organização, visando à motivação pessoal e profissional dos
diversos agentes;

Desenvolvimento
de
diretrizes
de
processos
e
produtos
comprometidos social e ambientalmente, criando diferenciais
competitivos a serem percebidos pelos seus clientes e partes
envolvidas;
63

Detecção de oportunidades de otimização dos processos e
redução de custos pela diminuição dos impactos ambientais e
sociais e pelo compromisso com o desenvolvimento do capital
humano e intelectual de seus colaboradores;

Desenvolvimento e seleção de fornecedores de materiais,
serviços e equipamentos que atendam às diretrizes ambientais e
critérios sociais;

Melhoria nas relações com as partes envolvidas (público interno,
consumidores
e
clientes,
comunidade,
governo
e
fornecedores,
sociedade,
meio
ambiente,
vizinhança
de
empreendimentos, sindicatos, órgãos de controle ambiental, etc.);

Padronização e controle do desempenho econômico, ambiental e
social da empresa e de seus processos e produtos;

Estruturação dos indicadores de monitoramento do desempenho e
emissão de relatórios socioambientais;

Desenvolvimento e consolidação da cultura de sustentabilidade na
empresa, permitindo sua inserção entre as organizações que
atendem aos indicadores de sustentabilidade definidos por várias
entidades envolvidas com o assunto, entre elas o ISE - Índice de
Sustentabilidade Empresarial da BOVESPA;

Melhoria da imagem corporativa da empresa pelas práticas
sociais e ambientais aplicadas e comunicação desse diferencial
aos clientes e partes interessadas.
A adoção de medidas socioambientais proporciona um grande valor à imagem
coorporativa da empresa, que pode ser comunicado aos clientes, colaboradores e as
demais partes interessadas. Além disto, este tipo de abordagem, quando
desenvolvida em empreendimentos, projetos e obras, agrega diferenciais nos
produtos e serviços a serem comercializados. Danusa utiliza como exemplo o valor
do aluguel de edifícios de escritórios certificados Green Building (LEED) que têm se
situado em valores 15% maior que edifícios concorrentes de mesmo perfil, e
também, a economia gerada nas taxas condominiais de um empreendimento
sustentável, em especial devido à economia de energia e de água.
64
Nelson Kawakami, CEO e Diretor Executivo do Green Building Council Brazil
– GBC, explica por que a adoção da construção sustentável é importante: “Por que
traz os benefícios dos três sustentáculos da sustentabilidade. Uma pesquisa da
Universidade da Califórnia comparando 100 empreendimentos que foram feitos com
a Certificação LEED e 100 que não foram deixou claro que, nos projetos
sustentáveis, é possível reduzir a energia utilizada (em 30%), a emissão de CO2
(em 35%), o uso de água (de 30 a 50%) e a geração de resíduos (de 50 a 60%)”.
Esses benefícios econômicos, também podem ser percebidos na construção
verde, em termos de negócios. “Outro estudo do WGBC (World Green Building
Council) e da editora McGraw Hill, realizado nos mercados americano e europeu,
mostrou que de 8% a 9% dos respondentes indicam redução no custo operacional;
7,5%, crescimento no valor de revenda; 6,6%, crescimento na taxa de retorno; 3,5%,
crescimento na taxa de ocupação e 3%, crescimento do valor de aluguel.”
(FEBRABAN, 2010)
A Tishman Speyer é uma das maiores desenvolvedoras imobiliárias do
mundo, estando há 13 anos no mercado brasileiro, se especializou na construção de
edifícios que preenchem os requisitos do selo green building (edifício verde), um dos
seus empreendimentos é o Ventura Corporate Towers, no Centro do Rio. A empresa
possui dados numéricos que comprovam que a construção sustentável pode ser
lucrativa. A tabela abaixo traz uma comparação entre a compra de um apartamento
de um prédio tradicional e de um sustentável. No segundo caso, paga-se R$
120/mês a mais, porém em 20 anos tem-se uma redução no condomínio de R$
180/mês, de forma que o comprador sai recebendo R$ 60/mês.
Tabela 6: Comparativo de gastos e lucros do investimento em um prédio
sustentável.
Caro que sai barato...
CON R$
STRU 360.
ÇÃO 000,
TRA 00
DICI
ONA
L
ENTRADA
R$75 mil
FINANCIAMENTO
R$285.000,00
CUSTO MENSAL: Condomínio + luz + água = R$ 960
PRESTAÇÃO
240 x R$3.030

Apto de 120m² (3D, 2S...)
5
0
a
n
os
65

Preço de Venda R$ 3 mil/m²

Custo de construção R$ 1,5
mil/m²
20 anos
20 anos

Financiamento de 20 anos a 1%
a.m.

Custo Operacional de R$ 8/m²
ECONOMIA MENSAL DE R$ 180
ENTRADA
R$75 mil
CON
STRU
R$
ÇÃO
370.
TRA
800,
DICI
00
ONA
FINANCIAMENTO
L
R$285.000,00
20 anos
5
0
CUSTO MENSAL: Condomínio + luz + água = R$ 780
PRESTAÇÃO
240 x R$3.030
20 anos

5%
a
n
os
Custo adicional na Construção

Economia
1,5/m²
operacional
R$
240 x R$120,00
s
R$ -10.800
GANHO MENSAL
240 x R$ 60 - 20 anos
GANHO MENSAL
360 x R$ 180 - 30 anos
POUPANÇA R$ 54
Fonte: FEBRABAN, 2010.
Segundo a FEBRABAN, Federação Brasileira de Bancos, um estudo feito
pelo Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) e pela assessoria Criactive com 104
empresas brasileiras, que representam 41% do volume de obras no país, mostrou:
66
Figura 6: Grau de envolvimento do setor. (FEBRABAN, 2010)
Hoje, a maior parte das empresas deixa de investir em selos sustentáveis,
pela falta de informação em relação ao setor, os principais motivos são: custo, pelo
fato desse tipo de construção dispender maior valor de investimento e as empresas
não possuírem o conhecimento de que esses valores podem ser revestidos em
lucros futuros; fatores culturais; incentivo; fornecedores e o cliente. Existe a seguinte
questão: os consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais por produtos
sustentáveis? Várias empresas da área realizaram pesquisas sérias para obter
respostas concretas para essa questão, que possui grande influência no poder de
decisão das empresas, podendo modificar esse quadro de receio em novos
investimentos em selos verdes.
A Tabela 7 demonstra quanto o consumidor estaria disposto a pagar por um
produto com selo sustentável.
Tabela 7: Visão do consumidor
Fonte: Banco de Dados Sustentax / c&C, 2010.
Visão do Consumidor Brasileiro (2009)

“92% dos brasileiros têm consciência de que a temperatura da
Terra está aumentando e 90% acham que a questão é muito grave
ou grave.”(Banco de dados SustentaX / Pesquisa CNI/IBOPE)

“86% disseram estar dispostos a recompensar empresas que
possuem ações sustentáveis.”

“48% disseram estar dispostos a pagar 10% a mais por um
produto sustentável.”
Fonte: Banco de dados SustentaX / Pesquisa realizada pelas
agências de publicidade Z+, Media Contacts e Mobext, do grupo
francês Havas, via Internet, com 2.532 consumidores brasileiros.
67
Marcelo Takaoka, Diretor do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável
(CBCS), sugere a seguinte questão, “Renda é igual a impostos, que é igual a
consumo, investimento e poupança.” Como dito anteriormente, tratar a questão da
sustentabilidade significa fazer economia.
“A CEF fez uma pesquisa na qual foram observados dois bairros diferentes,
um com questões ambientalmente responsáveis e outro comum, e a economia que
se constatou na manutenção da casa sustentável foi de R$ 51 mensais.
Aparentemente, o valor é baixo, mas para uma família que ganha de dois a três
salários mínimos, significa algo em torno de 7 a 10% do orçamento familiar. E para o
sistema financeiro isso se traduz em maior capacidade de pagamento.”
(FEBRABAN, 2010)
Segundo Newton Figueiredo, Fundador e Presidente do Grupo Sustentax, o
Brasil tem a população mais preocupada do mundo com o aquecimento global,
portanto, existe um campo fértil para o desenvolvimento de soluções sustentáveis no
país. Podemos perceber isso, ao analisar o gráfico abaixo.
Gráfico 3: Preocupação da População em relação ao aquecimento global.
68
Fonte: Banco de dados SustentaX / Pew Research Center 2008
Por isso a importância de Instituições como a CEF, lançarem programas de
incentivo a esse tipo de investimento. Existe hoje uma preocupação da população
em relação à questão ambiental, e como podemos ver demonstrados nos valores
das pesquisas acima, essa preocupação não está retida a uma pequena parcela da
população brasileira, ela engloba mais da metade da mesma. Essa disposição da
população em pagar a mais por produtos com certificações sustentáveis, demonstra
que as Empresas podem começar a investir em construções verdes, pois existe
mercado.
Além das vantagens citadas acima a responsabilidade socioambiental
também gera facilidades em relação ao funding. No panorama internacional há
vários fundos de investimento, inclusive Banco Mundial, que têm explicitado em suas
regras de financiamento e concessão de crédito as exigências de sustentabilidade
empresarial e de empreendimentos.
Em relação ao cenário nacional, na concessão de créditos imobiliários, já
existem bancos que estão fazendo exigências referentes a medidas sustentáveis. A
CEF está criando diretrizes de sustentabilidade para seus empreendimentos, em
69
junho de 2012, durante a semana da Conferência Rio+20, a CEF lançou a linha
Crédito Verde, que trouxe condições diferenciadas para atividades sustentáveis. “O
Crédito Verde engloba taxas reduzidas para o financiamento de veículos
ecoeficientes, a linha de crédito Ecoeficiência Empresarial, composta de vários
produtos para Pessoa Jurídica, e taxas especiais para empresas da construção civil
que desejam financiar habitações sustentáveis por meio do Selo Casa Azul.” (CEF,
2012).
Para projetos que possuem o Selo Casa Azul CEF, as taxas podem chegar a
8,8% a.a. em linhas de crédito de apoio à construção de empreendimentos
habitacionais que utilizam recursos da poupança (SBPE).
A linha Ecoeficiência Empresarial, que inclui produtos com vantagens nas
taxas de juros, prazos e carências, tem como objetivo financiar o setor empresarial,
buscando a melhoria de seus processos produtivos, havendo assim redução no
consumo de matérias-primas e insumos, além de financiar projetos de geração de
energias sustentáveis, transporte eficiente e gestão de resíduos.
“A linha é voltada para os segmentos de Produção Mais Limpa (crédito para
melhorar os processos produtivos das empresas); Eficiência Energética (investir em
máquinas e equipamentos mais eficientes); Energias Renováveis (financiar projetos
de energias renováveis – biomassa, eólica, solar, hidrelétrica); Modais de Transporte
Eficiente (financiar ônibus elétricos ou a etanol; e financiar linha de produção);
Gestão de Resíduos (financiar projetos para gestão de resíduos sólidos); e Hotéis
Mais Eficientes (melhoria da ecoeficiência no setor hoteleiro).”(CEF, 2012).
5. CONCLUSÃO
70
A partir da comparação dos dois orçamentos, pode-se perceber um aumento
de 18,56% no custo de execução da habitação, seguindo os critérios do SCA.
Entretanto, foi detectado a existências de alguns fatores que, muito provavelmente,
dificultariam o cumprimento dos critérios do SCA durante a construção das
habitações, sendo também, os principais fatores de elevação do custo final, como
por exemplo, sistema de aquecimento solar, no caso, como o aquecimento seria
individual, a instalação teria de ser feita por unidade habitacional, acarretando na
elevação significativa do custo final do serviço, tendo em vista que este trabalho
utilizou como base um loteamento do MCMV, esse tipo de instalação seria mais
pertinente a um edifício, além disso, as condições bioclimáticas da região não
exigem que as casas possuam sistema de aquecimento, por não haver inverno, ou
períodos de baixas temperaturas, pelo contrário, a maior parte do ano o clima é
quente, e é considerado inverno, as épocas de chuva, que não trazem grandes
diminuições nas temperaturas usuais da região, sendo assim, não se faz necessário
sistema de aquecimento de água ou de ambiente.
Outro fator, que possui grande peso no custo final é a medição individualizada
de gás. Por se tratar de um loteamento, um projeto de instalação de gás, além de
encarecer o empreendimento, também causaria dificuldades em relação à própria
instalação do projeto, por se tratar de um conjunto habitacional, é aberto, ou seja,
não possui portaria ou muros, que o tornem um condomínio, seria complicado,
então, a criação de uma estação que pudesse abrigar os cilindros de gás GLP, e que
ficasse em uma área onde não houvesse grande trânsito de pessoas, além disso,
ainda existe o risco de furtos e depredação por pessoas que não residam no local.
Por se tratar de um conjunto habitacional destinado a famílias de baixa renda, ainda
existe o fato de que essas famílias não possuem gastos significativos com gás,
dessa forma, poderiam ser estudadas outras maneiras ou outras ações sustentáveis
a serem inseridas em casos como este, que haja algum tipo de característica do
local ou dos futuros moradores, que venha impedir a realização dos projetos ou que
os mesmos não se façam necessários.
Entretanto, após as pesquisas demonstradas anteriormente, pode-se
perceber que grande parte da população está aberta a investir em imóveis com
Selos Verdes, tendo em vista, que muitos empresários, se mantinham alheios ao
mercado sustentável pelo fato de imaginarem que a elevação dos preços dos
71
empreendimentos acarretaria na diminuição da demanda de vendas, a empresa
Sustentax afirma, através de suas pesquisas, que 51% dos clientes pagariam até
10% a mais em um produto com um selo verde, e 26% pagariam até 20%, como
mencionado acima a unidade de habitação sustentável custará 18,71% a mais do
que a casa convencional, valor que está acima da porcentagem considerada
aceitável pela maioria consumidores, no entanto, deve-se levar em consideração
que os custos orçamentários foram baseados em apenas uma unidade do
loteamento, sabe-se que quando há compra de materiais e serviços em grande
escala, exemplo o próprio loteamento de Viseu com 496 unidades habitacionais, é
usual haver negociações entre fornecedores e compradores para redução de
preços, sendo assim, é possível considerar que os empreendedores podem ter uma
margem ainda maior, no diz respeito a quanto o consumidor se propõe a pagar,
dessa forma, existe possibilidade de diminuir o acréscimo percentual e aproxima-lo
da margem mais baixa de aceitação dos consumidores.
Ainda podemos ressaltar a vantagem comercial da sustentabilidade como
valor estratégico da empresa, tendo comprovação de que empresas que possuem
selos verdes possuem melhor imagem, o desenvolvimento desses processos
comprometidos com valores socioambientais criam diferenciais competitivos, que
são levados em consideração por clientes e futuros investidores.
Além disso, o governo também está buscando incentivos para que não
somente empresários passem a investir em sustentabilidade, mas a própria
população:
Jahnke et al. (2012), o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) é
um imposto previsto no artigo 156 da Constituição Federal de 1988. Sendo de
competência municipal instituir impostos sobre propriedade urbana, como um
apartamento, sala comercial ou uma casa. Com o intuito de incentivar o
modelo sustentável surgiram projetos de Leis Municipais versando sobre a
possível redução do IPTU quando forem constatadas práticas sustentáveis ou
que promovam ações benéficas ao meio ambiente. Alguns desses projetos de
descontos integram Leis Municipais, como em Guarulhos (Lei nº 6.793/10),
Curitiba (Lei nº 9.806/00), Sorocaba (Lei nº 9.571/11), Araraquara (Lei nº
7.152/09), São Vicente (Lei nº 634/2010) dentre outras cidades.
Outros órgãos de grande importância e diretamente ligados ao governo,
também estão dando incentivos a empreendedores que apliquem selos sustentáveis
72
à seus produtos, exemplo a CEF, concederá, aos empreendedores que participem
Selo Casa Azul ou invistam em Linhas de Crédito Verde, 100% de financiamento,
com juros máximo de 1,92% ao ano, sabemos que a taxa de juros varia entre 8,8% e
9,2%. O empresário terá até 150 meses para pagar, com mais seis meses de
carência, o empresário terá condições de investir e ao mesmo tempo atender os
requisitos básicos para a obtenção de licenciamento ambiental.
“Em apenas 15 dias, o empresário pode obter a linha de crédito. “As
instituições financeiras estão sendo chamadas à contribuir para a sustentabilidade,
por meio de atividades fins. A CEF escolheu a linha de crédito, somada a outras
ações como o financiamento para melhorias em infraestrutura urbana”, explicou
Jean. A substituição de máquinas e equipamentos antigos por outros mais modernos
é a medida encontrada para que o consumo de energia seja menor e sejam
aproveitadas as energias renováveis.”(CEF,2012).
A partir da análise dos fatores citados acima, como comprovação de mercado
viável, melhorias na imagem coorporativa e ainda, a facilidade e os ótimos valores
de financiamento oferecidos pela CEF, levando em consideração os descontos nos
juros do financiamento ao ano, e comparando ao acréscimo percebido nos
orçamentos, pode-se pensar que balanceando os custos totais, existe a
possibilidade de não onerar significativamente o valor final, dessa forma podemos
concluir que o investimento em práticas socioambientais, como o Selo Casa Azul,
apesar de estar acima do valor que a maioria da população estaria disposta a pagar,
ainda assim, é viável.
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SATTLER, M; SEDREZ, M; DA ROSA, T; SPERB, M. Aplicação de Tecnologias
Sustentáveis em um Conjunto Habitacional de Baixa Renda. In:
______.FORMOSO, C.T; AKEMI, I. (Ed). Inovação, Gestão da Qualidade &
Produtividade e Disseminação do Conhecimento na Construção Habitacional.
Porto Alegre: ANTAC, 2003. Cap. 3, p. 40-67. (Coletânea Habitare, v.2). Disponível
em: http://www.habitare.org.br/pdf/publicacoes/arquivos/97.pdf. Acesso em: 20 Fev.
2013.
SILVA, V. G. Avaliação da sustentabilidade de edifícios de escritórios
brasileiros: diretrizes e base metodológica. São Paulo, 2003. Tese (Doutorado) –
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
VALENTE, J. P. Certificações na construção civil: comparativo entre LEED e
HQE. Rio de Janeiro, 2009. Monografia (Graduação) - Escola Politécnica da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
WINES, J. Green Architecture. Milan: Taschen, 2000. 240p.
YEANG, K. Proyectar com la naturaleza: bases ecológicas para el proyecto
arquitectonico. Barcelona: Gustavo Gili, 1999.
76
ANEXOS
ANEXO I – Planta Baixa da Unidade Habitacional
77
ANEXO II – Parcelamento Urbanístico
78
ANEXO III – Secção A
79
80
ANEXO IV – Secção B
81
ANEXO V – Elevação 01
82
83
ANEXO VI
– Locação
84
ANEXO VII – Planta de Cobertutra
85
Tabela A: Zonas bioclimáticas
86
Tabela A: Zonas bioclimáticas (cont.)
87
Tabela A: Zonas bioclimáticas (cont.)
88
Tabela A: Zonas bioclimáticas (cont.)
89
Tabela B: Desempennho Térmico – Vedações
Legenda
 U = transmitância térmica (W/(m²K)) – o inverso da resistência térmica (RT),
sendo RT o somatório do conjunto de resistências térmicas correspondentes às
camadas de um elemento ou componente, incluindo as resistências superficiais
internas e externas.
 CT = capacidade térmica dos componentes (KJ/m².K) – quociente da
capacidade térmica de um componente pela sua área.
 α = absortância à radiação solar – quociente da taxa de radiação solar
absorvida por uma superfície pela taxa de radiação solar incidente sobre esta
mesma superfície.

A = área de piso do ambiente.
 FV = fator de ventilação.
90
Tabela C.1: Desempenho térmico – vedações – Paredes
Legenda
 U = transmitância térmica (W/(m²K)) – o inverso da resistência térmica (RT),
sendo RT o somatório do conjunto de resistências térmicas correspondentes às
camadas de um elemento ou componente, incluindo as resistências superficiais
internas e externas.
CT = capacidade térmica dos componentes (KJ/m².K) – quociente da
capacidade térmica de um componente pela sua área.

 A = área de piso do ambiente.
 A Transmitância e Capacidade Térmica de paredes e coberturas que não
constam nas Tabelas D e E podem ser calculadas conforme a NBR 15220-2.
91
Tabela C.2: Desempenho térmico – vedações – Aberturas e Coberturas
* A Transmitância e Capacidade Térmica de paredes que não constam na Tabela D
podem ser calculadas conforme a NBR 15220-2.
** Para sala com cozinhas conjugadas considerar o somatório das áreas da sala e
cozinha e aplicar os criterios do ambiente (salas).
*** Recomenda-se que na zona 8 a porcentagem de iluminação dos ambientes não
seja superior a 20%.
92
Legenda
A = Área de piso do ambiente
Tabela D: Tipologias – Paredes
93
Tabela D: Tipologias – Paredes (cont.)
94
Tabela E: Tipologias – Coberturas
95
Tabela E: Tipologias – Coberturas (cont.)
96
Tabela F: Estratégias
97
98
Tabela F: Estratégias (cont.)
99
ANEXO VIII: ORÇAMENTO UNIDADE HABITACIONAL CONVENCIONAL
SERVIÇO
1.1 .
1.2
1
SERVIÇO
S
PRELIMI
NARES E
GERAIS
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
Despesas iniciais/Mobilização (cópias,
licenças, taxas e impostos)
Manutenção e operação do canteiro de
obras
Placa da obra (2 und de 6 x 3 m)
Barração de madeira para a obra
Administração local
Limpeza do lote
Cerca em mourão de concreto com tela
galvanizada de Ø 7,5cm com 2 metros
de altura
Unid.
Quant.
Custo
Unitário
Unid.
1,00
R$ 100,80
R$
100,80
6,50
mês
m²
m²
mês
m²
1,50
0,07
0,79
1,50
200,00
R$ 10,08
R$ 312,00
R$ 228,86
R$ 33,66
R$ 2,31
R$
R$
R$
R$
R$
15,12
21,84
180,80
50,49
462,00
0,98
1,41
11,66
3,26
29,80
m²
5,96
R$ 120,67
R$
719,19
46,39
R$
1.550,24
100%
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
2.1
2 INFRA
ESTRUT
URA
2.2
Trabal
hos
em
Terra
Funda
ções e
Outros
Serviç
os
3.1
2.1.2 Escavação manual
2.1.3 Aterro compactado
2.1.4 Reaterro compactado
2.2.1 Fundação corrida
concreto com seixo 15 Mpa
2.2.2 Baldrame em bloco de
concreto 9x19x39 cm
2.2.3 Concreto p/ enchimento
dos blocos 15 Mpa
m²
m³
m³
41,39
4,97
8,28
R$ 2,96
R$ 26,67
R$ 55,74
R$ 23,19
R$
R$
R$
R$
122,51
132,55
461,53
-
2,98
3,22
11,21
0,00
m³
4,97
R$ 428,19
R$
2.128,10
51,70
m²
15,72
R$ 69,99
R$
1.100,24
26,73
m³
0,40
R$ 428,19
R$
171,28
4,16
R$
4.116,21
100%
R$
372,32
100,00
R$
372,32
100%
m³
Canaleta em concreto pré-moldado
9x19x39 cm
m²
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
4
4.1 Alvenarias
PAREDE
SE
ESQUA
DRIAS
% Ítem
Total
%
4,02
2.1.1 Locação da obra
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
3
PERCI
NTA E
PILARE
S
Custo Total
4.1.1 Alvenaria de tijolo
cerâmico 6 furos
4.1.2 Verga em concreto
armado
SUBTOTAL
4.2.1 P2 - Portas 80x210cm
4.2 Esquadrias completa padrão UV núcleo
colméia
Madeir 4.2.2P2 - Fechadura para
a
Portas comp.
SUBTOTAL
4.3.1 P1 - Porta de abrir tipo
4.3 Esquadrias veneziana em alumínio de
0,80x2,10
4.3.2 B2 - Balancim de
de alumínio
alumínio e vidro canelado 1,20
x 0,50 m
4.3.3 J1 - Janela de alumínio e
vidro de correr central 1,50 x
1,20 m
4.3.4 J2 - Janela de alumínio e
vidro de correr central 2,00 x
1,20 m
8,27
R$ 45,02
m²
106,83
R$ 45,02
R$
4.809,49
96,62
m³
0,21
R$ 802,00
R$
168,42
3,38
R$
4.977,91
100%
un
3,00
R$ 328,88
R$
986,64
92,40
un
3,00
R$ 27,06
R$
81,18
7,60
R$
1.067,82
100%
m²
3,36
R$ 270,90
R$
910,22
32,01
m²
0,60
R$ 235,69
R$
141,41
4,97
m²
m²
3,60
2,40
R$ 286,88
R$ 286,88
R$
R$
1.032,77
688,51
36,32
24,21
10,67
0,96
12,90
2,77
100
4.3.5 B1 - Balancin de
alumínio com vidro canelado
0,60 x 0,50 m
SUBTOTAL
m²
0,30
R$ 235,69
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
5
COBERT
URAS E
PROTEÇ
ÕES
5.1 Telhados
5.2.1 Impermeabilização de
baldrame com tinta asfáltica
bilizações
SUBTOTAL
5.2 Impermea-
Extern
os
7
PAVIMEN
TAÇÃO
6.2.2 Reboco liso
6.2.3 Emboço
6.2.4 Cerâmica 30x30cm
SUBTOTAL
6
REVESTI
MENTOS
6.3
Forros
6.4
Pintur
as
7.1 Cerâmica
7.2 Cimentado
6.3.1 Lambril PVC c/
entarugamento em madeira
SUBTOTAL
6.4.1 Textura Acrílica (1
demão) sobre selador Parede
externa
6.4.2 Textura PVA (1 demão)
sobre selador Parede interna
6.4.3 Imunização de madeira
R$
2.843,62
100%
R$
8.889,35
68,51
R$ 57,47
R$
3.937,27
60,03
m²
68,51
R$ 33,92
R$
2.323,86
35,43
m
m
30,54
7,75
R$ 6,48
R$ 12,85
R$
R$
197,90
99,59
3,02
1,52
R$
6.558,62
100%
R$
111,41
100,00
R$
111,41
100%
R$
6.670,03
m²
7.2.1 Concreto 15MPA
7.2.2 Camada Niveladora
7.2.3 Calçada de proteção
l=50 cm
7.2.4 Acesso em rampa de
concreto
SUBTOTAL
33,06
R$ 3,37
128,03
R$ 4,01
R$
513,40
19,37
23,22
104,81
23,22
R$ 20,48
R$ 10,83
R$ 22,69
R$
R$
R$
475,55
1.135,09
526,86
17,94
42,82
19,87
m²
78,39
R$ 4,01
R$
R$
2.650,90
314,34
100%
27,60
m²
m²
m²
77,19
1,20
1,20
R$ 10,01
R$ 20,48
R$ 22,69
R$
R$
R$
772,67
24,58
27,23
67,85
2,16
2,39
R$
1.138,82
100%
R$
904,25
100,00
R$
904,25
100%
m²
36,17
R$ 25,00
m²
77,19
R$ 9,02
R$
696,25
44,81
m²
m²
104,81
68,51
R$ 5,98
R$ 3,37
R$
R$
626,76
230,88
40,33
14,86
R$
1.553,89
100%
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
7.1.1 Lajota cerâmica 30x30
m²
SUBTOTAL
7.3.1 Rodapé ceramico h=7
cm
Soleira 7.3.2 Soleiras em concreto
se
pré-moldado
Peitori 7.3.3 Peitoril em concreto pré-
7.3 Rodapés
2,49
m²
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
Revest
imento 6.1.1 Chapisco 1:3 interno
s
m²
Interno
6.1.2 Emboço
s
m²
6.1.2 Reboco liso
m²
6.1.3 Cerâmica 30x30cm
m²
SUBTOTAL
6.2.1 Chapisco 1:3 externo
6.2
70,71
7,37
5.1.1 Estrutura de madeira
para telha cerâmica tipo Plan
5.1.2 Cobertura em telha
cerâmica tipo Plan
5.1.3 Encaliçamento de beirais
e cumeeiras
5.1.4 Cumeeiras
SUBTOTAL
6.1
R$
36,17
R$ 35,04
R$
R$
6.247,86
1.267,40
100,00
m³
m²
2,90
36,17
R$ 358,96
R$ 21,32
R$
R$
R$
1.267,40
1.040,98
771,14
100%
42,10
31,18
m²
15,90
R$ 30,27
R$
481,29
19,46
m³
0,50
R$ 358,96
R$
179,48
7,26
R$
2.472,89
100%
ml
35,40
R$ 8,25
R$
292,05
41,23
m
m
4,30
6,80
R$ 37,50
R$ 37,50
R$
R$
161,25
255,00
22,77
36,00
16,99
0,29
6,87
2,95
2,34
4,03
3,28
6,41
101
s
moldado
SUBTOTAL
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
8
INSTALA
ÇÕES E
COMPLE
MENTOS
8.1 Hidro-
sanitárias
R$
708,30
R$
4.448,59
100%
Joelho CPVC HID com bucha
de latão JSR 90º 22 MM x 1/2"
Tee CPVC soldável com
bucha de latão 22 MM x 1/2"
Registro de gaveta com
canopla cromado 3/4"
Registro de esfera 3/4" com
alavanca
Adaptador soldável com flange
livre p cx d'água 25x3/4"
Adaptador soldável com flange
livre p cx d'água 32x1"
Adaptador pvc rígido JSR
25x3/4"
Adaptador pvc rígido JSR
20x1/2"
Luva pvc JSR de 20x1/2"
Curva 90º soldável 25mm
Curva 90º soldável 32mm
Tee pvc soldável 20mm
Joelho pvc de redução 25 x
20mm
Joelho pvc de 20mm
Joelho pvc JS de 25mm
Niple pvc 3/4"
Joelho pvc rígido JSR 25 x
3/4"
Tubo pvc HID JS CL.15 32
MM
Tubo pvc HID JS CL.15 25
MM
Tubo pvc HID JS CL.15 20
MM
Tubo CPVC 28 MM
Vaso sanitário
Lavatório em louça branco
sem coluna padrão popular
com torneira metálica
cromada, sifão e válvula em
pvc
Tanque em mármore sintético
22L com torneira metálica
cromada, sifão e válvula em
pvc
Pia em mármore sintético
L=1,20 M ( 1 cuba) com
torneira metálica cromada,
sifão e válvula em pvc
Chuveiro
Caixa d'água em polietileno capac. 500L com bóia e
sistema de limpeza
Engate plástico 1/2" X 0,40 M
Tubo pvc esg 50mm
Tubo pvc esg 40mm
Tubo pvc esg 75mm
Tubo pvc esg 100mm
Joelho pvc esg 45° 40 mm
Joelho pvc esg 90° 40 mm
Joelho pvc esg 90° 50 mm
Curva pvc 90º longa 100mm
Luva simples esgoto 100mm
Luva simples esgoto 50mm
Luva simples esgoto 40mm
und
3,00
R$ 4,66
R$
13,98
0,31
und
3,00
R$ 8,32
R$
24,96
0,55
und
4,00
R$ 23,00
R$
92,00
2,04
und
2,00
R$ 35,64
R$
71,28
1,58
und
2,00
R$ 9,70
R$
19,40
0,43
und
1,00
R$ 15,63
R$
15,63
0,35
und
4,00
R$ 9,87
R$
39,48
0,88
und
und
und
und
und
1,00
1,00
11,00
2,00
4,00
R$ 7,47
R$ 3,63
R$ 3,97
R$ 4,96
R$ 3,83
R$
R$
R$
R$
R$
7,47
3,63
43,67
9,92
15,32
0,17
0,08
0,97
0,22
0,34
und
und
und
und
3,00
3,00
2,00
2,00
R$ 4,16
R$ 3,68
R$ 3,99
R$ 8,83
R$
R$
R$
R$
12,48
11,04
7,98
17,66
0,28
0,24
0,18
0,39
und
2,00
R$ 5,26
R$
10,52
0,23
m
6,00
R$ 3,30
R$
19,80
0,44
m
42,00
R$ 1,93
R$
81,06
1,80
m
m
und
18,00
24,00
1,00
R$ 1,27
R$ 26,13
R$ 142,45
R$
R$
R$
22,86
627,12
142,45
0,51
13,90
3,16
und
1,00
R$ 122,60
R$
122,60
2,72
und
1,00
R$ 132,21
R$
132,21
2,93
und
und
1,00
1,00
R$ 150,00
R$ 10,88
R$
R$
150,00
10,88
3,33
0,24
und
und
m
m
m
m
und
und
und
und
und
und
und
1,00
2,00
12,00
1,00
18,00
18,00
1,00
2,00
4,00
1,00
1,00
6,00
1,00
R$ 367,22
R$ 3,90
R$ 3,71
R$ 2,06
R$ 6,05
R$ 6,19
R$ 5,43
R$ 4,59
R$ 4,24
R$ 25,34
R$ 9,33
R$ 4,85
R$ 3,36
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
367,22
7,80
44,52
2,06
108,90
111,42
5,43
9,18
16,96
25,34
9,33
29,10
3,36
8,14
0,17
0,99
0,05
2,41
2,47
0,12
0,20
0,38
0,56
0,21
0,65
0,07
1,84
102
Bucha redução esgoto 50 x
40mm
Junção 45º simples esgoto 50
x 50MM
Cx. Sifonada c/ grellha quadr.
(100 X 100 X 50 MM )
Ralo sifonado pvc redondo
100 x 40MM
Adesivo para pvc
Cx.gordura sifon. D= 35 x 55
cm
Caixa de passagem D= 45cm
Caixa de inspeção D= 45cm
Pernadas em concreto prémoldada para tanque e pia
Escavação manual
Reaterro compactado
Tanque séptico - 0,80 X 1,95 X
1,50M, inclusive tampa
Filtro anaeróbico - 1,00 X
1,80M, inclusive tampa
Sumidouro - 1,20 X 1,80M,
inclusive tampa
Seixo
SUBTOTAL
8.2 Eletricas
Tomada simples com placa
4"x2" 10A-250V
Tomada tripolar com placa
4"x2" 10A - 600V
Tomada 2P+T, (Para chuveiro)
Conjugado 1 interruptor e 1
tomada tripolar
Conjugado 2 interruptor e 1
tomada tripolar
Quadro de distribuição p 06
disjuntores
Disjuntor term 1P-40A
Disjuntor term 1P-30A
Disjuntor term 1P-15A
Disjuntor term 1P-70A
Bocal em baquelite base E-27
Eletroduto PVC frexível
corrugado 1/2"
Eletroduto PVC flexível
corrugado 1 1/4"
Caixa de luz eletroduto
roscável 4" X 2"
Cabo de cobre isol. PVC 70°/
750 V 2,5 mm²
Cabo de cobre isol. PVC 70°/
750 V 4,0 mm²
Cabo de cobre isol. PVC 70°/
750 V 10 mm²
Cabo de cobre nu 10mm²
Isolador
Bucha e arruela 3/4"
Bucha e arruela 1/2"
Curva F°F° para eletroduto
90° 1 1/4"
Fita isolante 3M - 19 mm X 20
mm
Haste terra 5/8" x 3,00 m com
conector
Caixa premoldada para
aterramento
Ponto de telefone
Ponto antena TV
SUBTOTAL
und
2,00
R$ 1,61
R$
3,22
0,07
und
2,00
R$ 7,99
R$
15,98
0,35
und
2,00
R$ 27,56
R$
55,12
1,22
und
tb
1,00
2,00
R$ 15,36
R$ 5,50
R$
R$
15,36
11,00
0,34
0,24
und
und
und
1,00
1,00
1,00
R$ 52,00
R$ 52,00
R$ 52,00
R$
R$
R$
52,00
52,00
52,00
1,15
1,15
1,15
und
m³
m³
4,00
8,00
5,00
R$ 18,10
R$ 24,47
R$ 24,47
R$
R$
R$
72,40
195,76
122,35
1,61
4,34
2,71
und
1,00
R$ 500,00
R$
500,00
11,09
und
1,00
R$ 500,00
R$
500,00
11,09
und
m³
1,00
1,00
R$ 500,00
R$ 134,39
R$
R$
500,00
134,39
11,09
2,98
R$
4.510,22
100%
und
4,00
R$ 9,24
R$
36,96
3,22
und
und
4,00
1,00
R$ 8,75
R$ 15,77
R$
R$
35,00
15,77
3,05
1,37
und
3,00
R$ 15,90
R$
47,70
4,16
und
2,00
R$ 8,59
R$
17,18
1,50
und
und
und
und
und
und
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
5,00
R$ 47,70
R$ 5,68
R$ 3,94
R$ 3,94
R$ 6,02
R$ 2,25
R$
R$
R$
R$
R$
R$
47,70
5,68
3,94
3,94
6,02
11,25
4,16
0,49
0,34
0,34
0,52
0,98
vr
9,00
R$ 6,84
R$
61,56
5,36
vr
1,00
R$ 12,72
R$
12,72
1,11
und
15,00
R$ 4,49
R$
67,35
5,87
M
182,00
R$ 1,80
R$
327,60
28,54
M
20,00
R$ 2,73
R$
54,60
4,76
M
M
und
par
par
20,00
3,00
2,00
4,00
10,00
R$ 6,05
R$ 5,81
R$ 3,58
R$ 0,93
R$ 0,77
R$
R$
R$
R$
R$
121,00
17,43
7,16
3,72
7,70
10,54
1,52
0,62
0,32
0,67
und
1,00
R$ 8,89
R$
8,89
0,77
rl
2,00
R$ 12,20
R$
24,40
2,13
und
1,00
R$ 33,76
R$
33,76
2,94
und
und
und
1,00
1,00
1,00
R$ 46,06
R$ 82,58
R$ 40,00
R$
R$
R$
46,06
82,58
40,00
4,01
7,20
3,49
R$
1.147,67
100%
R$
5.657,89
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
11,69
2,97
103
9
COMPLE
MENTAÇ
ÕES
DAOBRA
9.1 Escapula de embutir
par
9.2 Limpeza Final
9.3 Placa de identificação da casa
9.4 Fornecimento e Assentamento de Poste em
ferro galvanizado a quente D = 3" - 7,00 m c/
cap, 02 armações secundárias (2 estribos e 1
estribo) - com base concretada
BDI (%)
CUSTO TOTAL DA CONSTRUÇÃO
R$ 22,00
R$
44,00
6,85
m²
un
41,39
1,00
R$ 1,14
R$ 28,47
R$
R$
47,18
28,47
7,35
4,43
un
0,50
R$
1.045,00
R$
522,50
81,37
R$
642,15
100%
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
CUSTO DIRETO DA CONSTRUÇÃO
2,00
R$ 38.594,64
16,00
R$ 44.769,78
1,66
100%
1,16
104
ANEXO IX: ORÇAMENTO UNIDADE HABITACIONAL SUSTENTAVEL
SERVIÇO
1
SERVIÇ
OS
PRELI
MINAR
ES E
GERAI
S
2
INFRA
ESTRU
TURA
Unid.
Quant.
1.1 .
Despesas iniciais/Mobilização (cópias, licenças, Unid.
taxas e impostos)
1,00
Unitário
R$ 100,80
R$ 100,80
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
Manutenção e operação do canteiro de obras
Placa da obra (2 und de 6 x 3 m)
Barração de madeira para a obra
Administração local
Limpeza do lote
Cerca em mourão de concreto com tela
galvanizada de Ø 7,5cm com 2 metros de
altura
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
mês
m²
m²
mês
m²
m²
1,50
0,07
0,79
1,50
200,00
5,96
R$ 10,08
R$ 312,00
R$ 228,86
R$ 33,66
R$ 2,31
R$ 120,67
R$ 15,12
0,98
R$ 21,84
1,41
R$ 180,80 11,66
R$ 50,49
3,26
R$ 462,00 29,80
R$ 719,19 46,39
2.1
Trabalhos 2.1.1 Locação da obra
em
Terra
2.1.2 Escavação manual
2.1.3 Aterro compactado
2.1.4 Reaterro compactado
Fundaçõ 2.2.1 Fundação corrida concreto
es e
com seixo 15 Mpa
Outros
2.2.2 Baldrame em bloco de
concreto 9x19x39 cm
Serviços 2.2.3 Concreto p/ enchimento dos
blocos 15 Mpa
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
m²
41,39
R$ 2,96
R$ 1.550,24 100%
R$ 122,51
2,98
m³
m³
m³
m³
4,97
8,28
4,97
R$ 26,67
R$ 55,74
R$ 23,19
R$ 428,19
R$ 132,55
R$ 461,53
R$ 0,00
R$ 2.128,10
3,22
11,21
0,00
51,70
m²
15,72
R$ 69,99
R$ 1.100,24
26,73
m³
0,40
R$ 428,19
R$ 171,28
4,16
Canaleta em concreto pré-moldado 9x19x39
cm
m²
8,27
R$ 45,02
4.1.1 Alvenaria de tijolo cerâmico 6
furos
4.1.2 Verga em concreto armado
SUBTOTAL
m²
106,83
R$ 45,02
m³
0,21
R$ 802,00
4.2.1 P2 - PORTAS DE MADEIRA
ALMOFADADA SEMI-OCA 1A,
80X210X3CM, INCLUSO ADUELA
2ª, ALIZAR 2ª E DOBRADIÇAS
un
3,00
R$ 421,53
4.2.2 P2 – FECHADURA DE
EMBUTIR COMPLETA P ARA
PORTAS EXTERNAS, PADRAO
DE ACABAMENTO POPULAR
SUBTOTAL
un
3,00
R$ 56,15
4.3 Esquadrias
4.3.1 P1 -PORTA DE ABRIR EM
ALUMINIO TIPO VENEZIANA,
COM GUARNICAO 0,80x2,10
m²
3,36
R$ 424,69
de alumínio
4.3.2 B2 - Balancim de alumínio e
vidro canelado 1,20 x 0,50 m
m²
0,60
R$ 315,06
R$ 189,04
4,23
4.3.3 J1 - Janela de alumínio e
vidro de correr central 1,50 x 1,20
m
4.3.4 J2 - Janela de alumínio e
vidro de correr central 2,00 x 1,20
m
m²
3,60
R$ 509,25
R$ 1.833,30
41,01
m²
2,40
R$ 386,04
R$ 926,50
20,73
2.2
3.1
3
PERCINT
AE
PILARES
Custo
Custo Total
%
Ítem
Total
%
6,50
3,38
R$ 4.116,21 100%
R$ 372,32 100,0
0
R$ 0,00
0,00
8,98
R$ 372,32 100%
R$ 4.809,49 96,62
0,81
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
4
4.1 Alvenarias
PARED
ES E
ESQUA
DRIAS
4.2 Esquadrias
Madeira
R$ 168,42
3,38
R$ 4.977,91 100%
R$ 1.264,59 88,25
R$ 168,45
10,86
11,75
R$ 1.433,04 100%
R$ 1.426,96 31,92
3,13
105
4.3.5 B1 - Balancin de alumínio
com vidro canelado 0,60 x 0,50 m
SUBTOTAL
m²
0,30
R$ 315,06
R$ 94,52
2,11
R$ 4.470,32 100%
9,76
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
R$10.881,27
5.1 Telhados
5.1.1 Estrutura de madeira para
cobertura
5.1.2 Cobertura em telha de
fibrocimento
SUBTOTAL
5
COBER
TURAS 5.2 Impermea5.2.1 Impermeabilização de
E
baldrame com tinta asfáltica
PROTE
bilizações
ÇÕES
SUBTOTAL
m²
68,51
R$ 57,47
R$ 3.937,27
55,34
m²
68,51
R$ 46,38
R$ 3.177,49
44,66
m²
33,06
R$ 3,37
R$ 7.114,76 100%
R$ 111,41 100,0
0
15,53
R$ 111,41 100%
0,24
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
6.1
6.2
6
REVES
TIMENT 6.3
OS
6.4
6.1.1 Chapisco 1:3 interno
m²
128,03
R$ 4,01
R$ 7.226,17
R$ 513,40
19,37
6.1.2 Emboço
6.1.2 Reboco liso
6.1.3 Cerâmica 30x30cm
SUBTOTAL
m²
m²
m²
23,22
104,81
23,22
R$ 20,48
R$ 10,83
R$ 22,69
R$ 475,55
R$ 1.135,09
R$ 526,86
17,94
42,82
19,87
m²
m²
m²
m²
78,39
77,19
1,20
1,20
R$ 4,01
R$ 10,01
R$ 20,48
R$ 22,69
R$ 2.650,90 100%
R$ 314,34 27,60
R$ 772,67 67,85
R$ 24,58
2,16
R$ 27,23
2,39
5,79
6.2.1 Chapisco 1:3 externo
6.2.2 Reboco liso
6.2.3 Emboço
6.2.4 Cerâmica 30x30cm
SUBTOTAL
6.3.1 Lambril PVC c/
entarugamento em madeira
SUBTOTAL
m²
36,17
R$ 25,00
R$ 1.138,82 100%
R$ 904,25 100,0
0
2,49
Forros
6.4.1 Textura Acrílica (1 demão)
sobre selador Parede externa
m²
77,19
R$ 9,02
R$ 904,25 100%
R$ 696,25 44,81
1,97
Pinturas
6.4.2 Textura PVA (1 demão) sobre
selador Parede interna
m²
104,81
R$ 5,98
R$ 626,76
40,33
6.4.3 Imunização de madeira
m²
68,51
R$ 3,37
R$ 230,88
14,86
Revestim
entos
Internos
Externos
R$ 1.553,89 100%
3,39
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
7.1 Cerâmica
7.1.1 Lajota cerâmica 30x30
m²
36,17
R$ 35,04
R$ 6.247,86
R$ 1.267,40
100,0
0
SUBTOTAL
7.2.1 Concreto 15MPA
7.2.2 Camada Niveladora
7.2.3 Calçada de proteção l=50 cm
7.2.4 Acesso em rampa de
concreto
SUBTOTAL
m³
m²
m²
m³
2,90
36,17
15,90
0,50
R$ 358,96
R$ 21,32
R$ 30,27
R$ 358,96
R$ 1.267,40 100%
R$ 1.040,98 42,10
R$ 771,14 31,18
R$ 481,29 19,46
R$ 179,48
7,26
2,77
7.2 Cimentado
7.3.1 Rodapé ceramico h=7 cm
7.3.2 Soleiras em concreto prémoldado
7.3.3 Peitoril em concreto prémoldado
SUBTOTAL
ml
m
35,40
4,30
R$ 8,25
R$ 37,50
R$ 2.472,89 100%
R$ 292,05 41,23
R$ 161,25 22,77
5,40
7.3 Rodapés
Soleiras
e
Peitoris
m
6,80
R$ 37,50
7
PAVIME
NTAÇÃ
O
R$ 255,00
36,00
R$ 708,30 100%
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
8
8.1 HidroINSTAL
AÇÕES
E
COMPL
Joelho CPVC HID com bucha de
latão JSR 90º 22 MM x 1/2"
und
3,00
R$ 4,66
R$ 4.448,59
R$ 13,98
0,20
1,55
106
EMENT
OS
sanitárias
Tee CPVC soldável com bucha de
latão 22 MM x 1/2"
und
3,00
R$ 8,32
R$ 24,96
0,36
Registro de gaveta com canopla
cromado 3/4"
Registro de esfera 3/4" com
alavanca
Adaptador soldável com flange livre
p cx d'água 25x3/4"
und
4,00
R$ 23,00
R$ 92,00
1,32
und
2,00
R$ 35,64
R$ 71,28
1,02
und
2,00
R$ 9,70
R$ 19,40
0,28
Adaptador soldável com flange livre
p cx d'água 32x1"
Adaptador pvc rígido JSR 25x3/4"
Adaptador pvc rígido JSR 20x1/2"
Luva pvc JSR de 20x1/2"
Curva 90º soldável 25mm
Curva 90º soldável 32mm
Tee pvc soldável 20mm
Joelho pvc de redução 25 x 20mm
Joelho pvc de 20mm
Joelho pvc JS de 25mm
Niple pvc 3/4"
Joelho pvc rígido JSR 25 x 3/4"
Tubo pvc HID JS CL.15 32 MM
Tubo pvc HID JS CL.15 25 MM
Tubo pvc HID JS CL.15 20 MM
Tubo CPVC 28 MM
Vaso sanitário com caixa acoplada
e acionamento duplo
und
1,00
R$ 15,63
R$ 15,63
0,22
und
und
und
und
und
und
und
und
und
und
und
m
m
m
m
und
4,00
1,00
1,00
11,00
2,00
4,00
3,00
3,00
2,00
2,00
2,00
6,00
42,00
18,00
24,00
1,00
R$ 9,87
R$ 7,47
R$ 3,63
R$ 3,97
R$ 4,96
R$ 3,83
R$ 4,16
R$ 3,68
R$ 3,99
R$ 8,83
R$ 5,26
R$ 3,30
R$ 1,93
R$ 1,27
R$ 26,13
R$ 267,91
R$ 39,48
R$ 7,47
R$ 3,63
R$ 43,67
R$ 9,92
R$ 15,32
R$ 12,48
R$ 11,04
R$ 7,98
R$ 17,66
R$ 10,52
R$ 19,80
R$ 81,06
R$ 22,86
R$ 627,12
R$ 267,91
0,57
0,11
0,05
0,63
0,14
0,22
0,18
0,16
0,11
0,25
0,15
0,28
1,16
0,33
8,99
3,84
Lavatório em louça branco sem
coluna padrão popular com torneira
metálica cromada, sifão e válvula
em pvc
Tanque em mármore sintético 22L
com torneira metálica cromada,
sifão e válvula em pvc
und
1,00
R$ 122,60
R$ 122,60
1,76
und
1,00
R$ 132,21
R$ 132,21
1,90
Pia em mármore sintético L=1,20 M
( 1 cuba) com torneira metálica
cromada, sifão e válvula em pvc
und
1,00
R$ 150,00
R$ 150,00
2,15
Chuveiro cromado
und
1,00
R$ 40,25
Caixa d'água em polietileno capac. 500L com bóia e sistema de
limpeza
Misturador para o sistema de
aquecimento solar
Engate plástico 1/2" X 0,40 M
Tubo pvc esg 50mm
Tubo pvc esg 40mm
Tubo pvc esg 75mm
Tubo pvc esg 100mm
Joelho pvc esg 45° 40 mm
Joelho pvc esg 90° 40 mm
Joelho pvc esg 90° 50 mm
Curva pvc 90º longa 100mm
Luva simples esgoto 100mm
Luva simples esgoto 50mm
Luva simples esgoto 40mm
Bucha redução esgoto 50 x 40mm
Junção 45º simples esgoto 50 x
50MM
Cx. Sifonada c/ grellha quadr.(100
X 100 X 50 MM )
und
1,00
R$ 367,22
und
1,00
R$ 78,00
und
m
m
m
m
und
und
und
und
und
und
und
und
und
2,00
12,00
1,00
18,00
18,00
1,00
2,00
4,00
1,00
1,00
6,00
1,00
2,00
2,00
R$ 3,90
R$ 3,71
R$ 2,06
R$ 6,05
R$ 6,19
R$ 5,43
R$ 4,59
R$ 4,24
R$ 25,34
R$ 9,33
R$ 4,85
R$ 3,36
R$ 1,61
R$ 7,99
und
2,00
R$ 27,56
R$ 55,12
0,79
Ralo sifonado pvc redondo 100 x
40MM
Adesivo para pvc
Cx.gordura sifon. D= 35 x 55 cm
Caixa de passagem D= 45cm
Caixa de inspeção D= 45cm
und
1,00
R$ 15,36
R$ 15,36
0,22
tb
und
und
und
2,00
1,00
1,00
1,00
R$ 5,50
R$ 52,00
R$ 52,00
R$ 52,00
R$ 11,00
R$ 52,00
R$ 52,00
R$ 52,00
0,16
0,75
0,75
0,75
R$ 40,25 234,2
8
R$ 367,22
5,27
R$ 78,00 163,5
2
R$ 7,80
0,11
R$ 44,52
0,64
R$ 2,06
0,03
R$ 108,90
1,56
R$ 111,42
1,60
R$ 5,43
0,08
R$ 9,18
0,13
R$ 16,96
0,24
R$ 25,34
0,36
R$ 9,33
0,13
R$ 29,10
0,42
R$ 3,36
0,05
R$ 3,22
0,05
R$ 15,98
0,23
107
8.2 Eletricas
Pernadas em concreto prémoldada para tanque e pia
und
4,00
R$ 18,10
R$ 72,40
1,04
Arejador de Torneira
Regulador de vazão de chuveiro
Medição Individualizada de água
Reaproveitamento de Água
Escavação manual
Reaterro compactado
Tanque séptico - 0,80 X 1,95 X
1,50M, inclusive tampa
Filtro anaeróbico - 1,00 X 1,80M,
inclusive tampa
Sumidouro - 1,20 X 1,80M,
inclusive tampa
Seixo
SUBTOTAL
und
und
cj
cj
m³
m³
und
4,00
R$ 22,90
1,00
R$ 19,15
1,00
R$ 550,00
1,00 R$ 1.699,12
8,00
R$ 24,47
5,00
R$ 24,47
1,00
R$ 500,00
R$ 91,60
R$ 19,15
R$ 550,00
R$ 1.699,12
R$ 195,76
R$ 122,35
R$ 500,00
1,31
0,27
7,89
3,20
2,81
1,75
7,17
und
1,00
R$ 500,00
R$ 500,00
7,17
und
1,00
R$ 500,00
R$ 500,00
7,17
m³
1,00
R$ 134,39
R$ 134,39
1,93
Tomada simples com placa 4"x2"
10A-250V
Tomada tripolar com placa 4"x2"
10A - 600V
Tomada 2P+T, (Para chuveiro)
Conjugado 1 interruptor e 1 tomada
tripolar
Conjugado 2 interruptor e 1 tomada
tripolar
Quadro de distribuição p 06
disjuntores
Disjuntor term 1P-40A
Disjuntor term 1P-30A
Disjuntor term 1P-15A
Disjuntor term 1P-70A
Dimmer
Lampada Fluorescente
Bocal em baquelite base E-27
Eletroduto PVC frexível corrugado
1/2"
Eletroduto PVC flexível corrugado 1
1/4"
Caixa de luz eletroduto roscável 4"
X 2"
Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V
2,5 mm²
Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V
4,0 mm²
Cabo de cobre isol. PVC 70°/ 750 V
10 mm²
Cabo de cobre nu 10mm²
Isolador
Bucha e arruela 3/4"
Bucha e arruela 1/2"
Curva F°F° para eletroduto 90° 1
1/4"
Fita isolante 3M - 19 mm X 20 mm
Haste terra 5/8" x 3,00 m com
conector
Caixa premoldada para
aterramento
Ponto de telefone
Ponto antena TV
Sistema de aquecimento solar
SUBTOTAL
und
4,00
R$ 9,24
und
4,00
R$ 8,75
R$ 35,00
1,52
und
und
1,00
3,00
R$ 15,77
R$ 15,90
R$ 15,77
R$ 47,70
0,69
2,08
und
2,00
R$ 8,59
R$ 17,18
0,75
und
1,00
R$ 47,70
R$ 47,70
2,08
und
und
und
und
und
und
und
vr
1,00
1,00
1,00
1,00
3,00
7,00
5,00
9,00
R$ 5,68
R$ 3,94
R$ 3,94
R$ 6,02
R$ 33,00
R$ 12,90
R$ 2,25
R$ 6,84
R$ 5,68
R$ 3,94
R$ 3,94
R$ 6,02
R$ 99,00
R$ 90,30
R$ 11,25
R$ 61,56
0,25
0,17
0,17
0,26
4,31
3,93
0,49
2,68
vr
1,00
R$ 12,72
R$ 12,72
0,55
und
15,00
R$ 4,49
R$ 67,35
2,93
M
182,00
R$ 1,80
R$ 327,60
14,25
M
20,00
R$ 2,73
R$ 54,60
2,38
M
20,00
R$ 6,05
R$ 121,00
5,26
M
und
par
par
und
3,00
2,00
4,00
10,00
1,00
R$ 5,81
R$ 3,58
R$ 0,93
R$ 0,77
R$ 8,89
R$ 17,43
R$ 7,16
R$ 3,72
R$ 7,70
R$ 8,89
0,76
0,31
0,16
0,33
0,39
rl
und
2,00
1,00
R$ 12,20
R$ 33,76
R$ 24,40
R$ 33,76
1,06
1,47
und
1,00
R$ 46,06
R$ 46,06
2,00
und
und
und
1,00
1,00
1,00
R$ 82,58
R$ 40,00
R$ 961,61
R$ 6.973,29 100%
R$ 36,96
1,61
R$ 82,58
3,59
R$ 40,00
1,74
R$ 961,61 41,83
R$ 2.298,58 100%
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
9
COMPL
EMENT
AÇÕES
DAOBR
A
9.1 Escapula de embutir
9.2 Limpeza Final
9.3 Placa de identificação da casa
9.4 Gestao de Residuos de RCD
9.5 Medição Individualizada de Gás
9.6 PAISAGISMO
par
m²
un
un
cj
cj
2,00
41,39
1,00
4,00
1,00
2,00
R$ 22,00
R$ 1,14
R$ 28,47
R$ 100,00
R$ 581,73
R$ 39,00
15,22
R$ 9.271,87
R$ 44,00
2,59
R$ 47,18
2,77
R$ 28,47
1,67
R$ 400,00 23,50
R$ 581,73 34,18
R$ 78,00
4,58
5,02
108
9.7 Fornecimento e Assentamento de Poste em ferro
galvanizado a quente D = 3" - 7,00 m c/ cap, 02
armações secundárias (2 estribos e 1 estribo) - com
base concretada
CUSTO TOTAL DO ÍTEM
un
0,50 R$ 1.045,00
R$ 522,50 30,70
R$ 1.701,88 100%
CUSTO DIRETO DA CONSTRUÇÃO
BDI (%)
CUSTO TOTAL DA CONSTRUÇÃO
R$
45.816,41
16,00
R$
53.147,04
3,71
100%
1,16
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estudo comparativo de custo entre uma unidade habitacional