Este documento inclui as modificações das
revisões de Tricalc 9.0, ainda não
incorporadas no Manual de Instruções
Tricalc 9.0.20, 18/01/2016
Compatibilidade com revisões anteriores
Como é habitual, esta revisão permite abrir e modificar estruturas criadas com qualquer versão ou revisão de Tricalc anterior.
No entanto, as estruturas criadas ou modificadas com esta revisão (9.0.20) ou qualquer revisão posterior, não são
compatíveis com as revisões anteriores desta versão 9.0 de Tricalc.
Preferências
Propriedades do sistema
Nas últimas versões do seu sistema operativo Windows, Microsoft modificou a forma como as aplicações vão obter a versão
do sistema operativo no qual se está executando o programa e a quantidade de memória RAM disponível.
A partir desta revisão, o programa adapta-se a esta nova forma de trabalho e, no separador Sistema da função Ficheiro >
Propriedades, aparecem corretamente estes dados. Em todo caso, esses dados não têm incidência alguma sobre o
comportamento do programa.
Ter em consideração, o seguinte:
 Para qualquer aplicação, Windows permite utilizar a função Solucionar problemas de compatibilidade, que entre outras
coisas, permita fazer crer que se está executando uma versão anterior à realmente instalada do sistema operativo. Caso
se utilize esta funcionalidade com o
(algo inecessário e não recomendável), o programa mostrará como sistema
operativo a versão anterior do Windows escolhido no modo de compatibilidade.
 A quantidade de memória RAM mostrada corresponde à que é acessível. Pode haver parte da memória RAM reservada
pela placa gráfica ou outros dispositivos que não será detetada no programa.
 Só algumas partes do programa especialmente exigentes (o cálculo de esforços e a obtenção dos modos de vibração da
estrutura) podem utilizar, em sistemas operativos de 64 bits, mais de 4 GB de memória RAM de forma simultânea.
Logotipo da empresa
No separador Vários da função Ficheiro > Preferências, é possível definir um logotipo da empresa (selecionando um ficheiro
de imagem no formato BMP ou JPEG). Este logotipo copia-se com o nome Logo.bmp ou Logo.jpg nas novas estruturas que
se criem seguidamente como logotipo da estrutura, que passará a poder ser adicionada à legendas do programa (y portanto
nas folhas geradas por
).
Através da função Ficheiro > Propriedades…, separador Resumo, é possível definir ou eliminar o logotipo da estrutura atual
ou então copiar o logotipo da empresa como logotipo desta estrutura:
Função
Descrição
Logotipo da empresa
Copia o ficheiro do logotipo da empresa (especificado em Ficheiro > Preferências…) para a pasta
da estrutura atual como logotipo da estrutura, alterando o nome do ficheiro para Logo.bmp ou
Logo.jpg, consoante seja o caso.
Selecionar
Seleciona um ficheiro de imagem em formato BMP ou JPEG como logotipo da estrutura atual,
copiando o para a pasta da estrutura, alterando-se o nome para Logo.bmp ou Logo.jpg, consoante
seja o caso.
Retirar
Elimina o logotipo da estrutura atual (elimina o ficheiro Logo.bmp e Logo.jpg da pasta da estrutura
atual).
Desta forma, em Resultados > Composição > Legendas e esquadrias, ao pressionar o botão Legendas, pode criar ou editar
um ficheiro de legenda e criar ou editar um campo ao qual associar o logotipo da estrutura atual. Basta definir nas
propriedades do campo o tipo Logotipo, como mostra a imagem seguinte.
O programa escalará a imagem para que ocupe todo o retângulo associado a este campo, porém ter em consideração que
caso o aspeto (relação largura / altura) da imagem não corresponda ao aspeto desse retângulo, o programa centrará a
imagem deixando duas bandas em branco de ambos os lados (acima e abaixo ou à direita e esquerda, consoante seja o
caso).
A legenda fica então como exemplificado na imagem seguinte:
Nota: Uma mesma legenda pode utilizar-se em muitas estruturas. O programa utilizará como logotipo, o ficheiro Logo.bmp
(ou Logo.jpg se o anterior não existir) presente na pasta da estrutura correspondente.
Ampliação da tecnologia directBIM
Com esta revisão, ampliam-se as possibilidades da ligação directBIM entre os programas da Arktec e o Autodesk Revit®,
para que:
 Seja possível selecionar objetos no Autodesk Revit® e fazer com que estes se mostrem destacados em
se detalha no apartado seguinte.
 Seja possível selecionar linhas de medição em
provêm as medições se mostrem destacados no
,
, tal como
ou
e fazer com que os elementos dos quais
. Para essa funcionalidade é necessário contar com uma versão
dos programas
mais informação.
,
ou
que possua esta prestação. Ver o manual dos respetivos programas para
Visualização em Tricalc dos elementos selecionados em Autodesk Revit®
Nas versões anteriores era possível selecionar um ou vários elementos em
e visualizá-los no Autodesk Revit®.
Desde esta versão, é possível realizar essa mesma funcionalidade em sentido inverso: selecionar um ou vários elementos
no Autodesk Revit® e visualizá-los em
, tal como se mostra na imagem seguinte.
Para conseguir utilizar esta funcionalidade é necessário que ambos os programas mostrem um modelo que provenha um
do outro: pode ser um modelo de Autodesk Revit® que se tenha exportado para
através do formato IFC ou uma
estrutura de
que se tenha exportado para o Autodesk Revit® através do formato IFC.
O procedimento é o seguinte:
 Selecione no Autodesk Revit® um ou vários elementos do modelo.
 Pressione na função Ver em Tricalc situada na secção Arktec do painel Complementos (ou Pluggins).
No
assinalar-se-ão os elementos encontrados em cor magenta. Esta seleção mantém-se, mesmo quando se altera
a vista da estrutura e até que se faça uma nova seleção.
Geometria
Criação de planos ao introduzir lajes
Até esta revisão, não se permitia introduzir uma nova laje unidirecional, fungiforme aligeirada ou maciça sobre um plano
inclinado que não estivesse criado previamente. Desde esta revisão, ao introduzir o terceiro vértice do polígono que define
a laje, se o plano definido por esses 3 pontos não é nenhum dos já criados, o programa irá criá-lo (solicitando um nome),
prosseguindo, após definição do nome, com o processo normal de criação da laje.
Criação de lajes de piso e fundação desde um modelo BIM
Ao criar um modelo
a partir de um modelo BIM através da função Geometria > Modelo BIM > Opções de criação >
Gerais…, é possível indicar que as vigas de laje periféricas sejam fictícias.
Assistente para Ação de Vento segundo a norma brasileira
Na revisão 9.0.20, modificou-se a forma de introduzir a ação do vento na norma brasileira. Agora utilizam-se os parâmetros
definidos na norma ABNT NBR 6123:1988.
Ao definir com esta norma uma ação de vento através da função Ações > Definir… ou ao criar e modificar um painel de
vento, aparece a seguinte caixa de diálogo:
Nela aparecem os seguintes elementos:
 Pressão dinâmica, q (kN/m2 ou Kg/m2). Neste grupo, se selecionar Calcular, o valor da pressão dinâmica do vento, q,
será o resultado de aplicar as expressões da norma a partir dos restantes parâmetros desta caixa (o valor que aparece
na casa recalcula-se automaticamente caso se modifiquem esses parâmetros). Se pelo contrário selecionar Atribuir, o
valor da pressão dinâmica do vento, q, será o definido pelo utilizador nesta casa.

No caso de selecionar a opção Calcular, a expressão que obtém o valor de q, em N/m2, é (sendo Vk a velocidade
característica do vento e m/s):
q = 0,613·Vk2
 Coeficiente de pressão / sucção (exterior). Nesta casa define-se o coeficiente de pressão exterior, cpe, que será positivo
para pressão (para o interior do edifício) e negativo para sucção (de cima para baixo) no exterior do edifício).
 Coeficiente de pressão / sucção interior. Nesta casa define-se o coeficiente de pressão interior, cpi, que será positivo
para pressão (cima para exterior do edifício) e negativo para sução (para o interior do edifício).
 Coeficiente de Atrito. Nesta casa define-se o coeficiente de atrito do vento com o parâmetro que, se for zero, dá lugar
a uma força de vento tangencial ao paramento.
 Velocidade básica do vento, Vo (m/s) depende do lugar no qual se situa a estrutura. É a velocidade de uma rajada de 3
s excedida como média uma vez em cada 50 anos a 10 m de altura em campo aberto e plano. Vem estabelecida na
figura 1 da norma, que pode visualizar-se no programa ao pressionar o botão Mapa (pode-se fazer zoom e deslocar a
imagem para facilitar a localização no mapa):
 Altura a considerar, z (m). Define a altura sobre o terreno em que se pretende calcular a pressão dinâmica do vento.
Geralmente será o correspondente ao ponto mais elevado do paramento em estudo.
 Tipo de edifício. Aqui define-se o grupo ao que pertence o edifício em estudo, de acordo com a tabela 3 definida no
apartado 5.4 da norma:
Grupo
1
2
3
4
5
Descrição
Edificações cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou possibilidade de socorro a pessoas
após uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiros e de forças de segurança, centrais
de comunicação, etc.)
Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e indústria com alto fator de
ocupação.
Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação (depósitos, silos, construções rurais,
etc.)
Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.)
Edificações temporárias. Estruturas dos grupos 1 a 3 durante a construção.
 Rugosidade do terreno. Aqui define-se a rugosidade do terreno situado a barlavento do edifício, de acordo com o
apartado 5.3.1 da norma:
Categoria
I
II
III
IV
Descrição
Superfícies Lisas de grandes dimensões, com mais de 5 km de extensão, medida na direção e sentido do
vento incidente.
Terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos obstáculos isolados, tais como
árvores e edificações baixas. Obstáculos com altura média abaixo de 1,0 metros.
Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e muros, poucos quebra-ventos.
Obstáculos com altura média de 3,0 metros.
Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal, industrial o
urbanizada. Altura média dos obstáculos de 10 metros.
Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e pouco espaçados. Obstáculos com altura
média de 25 metros ou mais.
V
 Máxima dimensão do edifício. Aqui define-se a classe do edifício de acordo com o apartado 5.3.2 da norma, em função
da máxima dimensão (horizontal ou vertical) da projeção do edifício sobre um plano vertical perpendicular ao vento:

Classe A: Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças individuais de estruturas sem
vedação. Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical seja inferior a 20 metros..

Classe B: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical da
superfície frontal esteja entre 20 e 50 metros.

Classe C: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical da
superfície frontal exceda 50 metros.
 Localização topográfica. Permite definir a localização topográfica do edifício de acordo com o apartado 5.2 da norma.
Definem-se as seguintes possibilidades:

Protegida. Vales Profundos e protegidos de ventos de qualquer direção.

Normal. Terreno Plano ou fracamente acidentado

Exposto: Morros. Corresponde ao caso de colinas. Ao selecionar esta opção, a caixa de diálogo mostra a
seguinte imagem:

Exposto: Taludes. Corresponde ao caso de terraplenos, por exemplo. Ao selecionar esta opção, a caixa de
diálogo mostra a seguinte imagem:
 Xt: Distância horizontal ao topo (m). Para o caso de localização topográfica exposta, indica a distância horizontal em
metros da construção ao topo do morro ou talude, considerando-se positiva quando o edifício se situa a sotavento da
encosta.
 : Pendente (graus). Para o caso de localização topográfica exposta, define a pendente média do morro ou talude.
 d: Altura total do morro (m). Para o caso de localização topográfica exposta, define a altura do morro ou talude.
 Propagar valores para as restantes direções. Permite indicar que os valores desta caixa, que correspondem a uma
determinada direção (hipótese) de vento, se copiem para as restantes direções (hipóteses) de vento.
 Resultados. Nestes requadros mostram-se alguns parâmetros dependentes dos definidos no resto da caixa de diálogo.
Mostram-se a título informativo e não podem modificar-se diretamente. São os seguintes:

Velocidade característica do vento, Vk (m/s), de acordo com a seguinte expressão:
Vk = Vo·S1·S2·S3

Fator topográfico, S1. Depende da localização topográfica definida (e dos valores de z, Xt,  e d se esta é
exposta), de acordo com o apartado 5.2 da norma.

Fator de altura sobre o terreno, S2. Depende da categoria do terreno (sua rugosidade), da classe do edifício

Fator estatístico, S3. Depende do grupo (tipo) definido ao qual pertence o edifício, de acordo com o apartado
(da sua máxima dimensão exposta ao vento) e da altura sobre o terreno (z) considerada, de acordo com o
apartado 5.3.3 da norma.
5.4 da norma.
Ao definir ou modificar um subpainel de vento com esta norma através da função Ações > Vínculos…, aparecerá esta
mesma caixa de diálogo, porém dependendo do tipo de ação definida (vento exterior, vento interior ou vento tangencial)
não se mostrarão os coeficientes de pressão / sucção que não correspondam.
Ao definir a ação do vento no assistente de criação de naves através da função Geometria > Nave…, também aparecerá
esta mesma caixa de diálogo.
Cálculo
Cálculo de esforços em 2ª ordem
A opção que permitia considerar que os pontos das lajes de fundação que se levantam não transmitem tensões ao terreno,
aplica-se também aos restantes apoios com molas verticais, como os existentes nas vigas flutuantes. A opção passa a
denominar-se Considerar que os pontos das lajes de fundação e os nós com mola vertical que se levantam não transmitem
tensões ao terreno.
Materiais: betão armado
A partir desta versão diferencia-se o tipo de aço da armadura longitudinal (de flexão) do tipo de aço da armadura transversal
(de corte) em todos os elementos de betão armado do programa e para todas as normativas. Por exemplo, para a definição
dos materiais de vigas de betão através da função Cálculo > Materiais… na norma brasileira, a caixa de diálogo tem o
seguinte aspeto:
Observe-se que no grupo correspondente à armadura transversal (estribos), existe uma opção denominada Igual à
longitudinal, que permite considerar o caso frequente em que ambas as armaduras são do mesmo tipo de aço.
De forma similar também se modificou a definição de materiais das lajes unidirecionais in situ. Por exemplo, na norma
EN 1992 aparece como:
Repercussões no cálculo da armadura
Deve ter-se em consideração que, na grande maioria das normas de betão (EHE-08, EN 1992-1-1, ACI 318M-11…) limitase o valor máximo do limite elástico (limite de cedência ou de fluência) a considerar no aço dos estribos a um valor ao redor
dos 420 MPa (consoante cada norma), pelo que selecionar um aço com maior limite elástico que esse para os estribos, não
melhorará em nada a resistência ao transverso(corte) da peça.
Modificações nos desenhos de armadura
Se o aço da armadura longitudinal é o mesmo que o da armadura transversal, não existirão modificações nos desenhos de
armadura comparativamente a versões anteriores do programa. Se, pelo contrário, são diferentes, as modificações serão:
 Alteração de quadro de materiais para indicar ambos os tipos de aço:
 Alteração das tabelas de armaduras, tanto as que se mostram nos desenhos de armadura como a tabela global de
fabricação que aparece em Resultados > Fabricação > Ver tabela global de fabricação para contemplar estes diferentes
tipos de aço.
 Alteração do Relatório de Dados de Cálculo, para refletir ambos os tipos de aço.
 Adicionam-se nas legendas os campos referentes ao tipo de aço e resistência característica à tração dos estribos / cintas.
Cálculo de armadura de barras
Armadura de fissuração em vigas e diagonais de betão
Nas opções de armadura de barras, no separador Vários, adicionou-se uma nova opção denominada Aumentar armadura
por fissuração que permite indicar ao programa que aumente a armadura das vigas e diagonais caso falhem por fissuração
até que cumpra essa comprovação.
Cálculo da armadura de vigas flutuantes
Ao calcular a armadura das vigas flutuantes, comprova-se agora a tensão sobre o terreno, pelo que podem aparecer duas
novas mensagens de erro:
 Tensão sobre o terreno maior que a admissível por baixo da viga flutuante
 A viga flutuante levanta-se em algum ponto
Esperas de pilares apeados
Desde esta revisão, também se calculam as esperas de pilares de betão apeados em vigas horizontais de betão, lajes fung.
aligeiradas horizontais, lajes maciças horizontais e descansos de rampas / escadas.
Comprovação de secções de aço: Dimensionamento por capacidade (capacity design)
O dimensionamento por capacidade é um tipo de dimensionamento sísmico, implementado já no programa em barras de
betão armado, que consiste essencialmente em garantir que em pórticos resistentes ao sismo, falhem antes as vigas que
os pilares, para assim evitar o colapso global da estrutura durante um sismo severo.
Nesta revisão aplica-se também às estruturas de aço, afetando concretamente os pilares de aço que formam parte de um
pórtico. Para essa funcionalidade adicionou-se às opções de comprovação de seções de aço no separador Sismo, equivalente
ao existente nas opções de armadura. Aí (caixa diferente para cada normativa), aparecerá um botão Dimensionamento por
capacidade de nós do pórtico, com o que aparecerá a seguinte caixa de diálogo:
Esta caixa de diálogo (que é a mesma que aparece no caso de barras de betão armado), aparecem três possibilidades:
 Segundo as opções de sismo definidas. Neste caso, aplica-se o definido na norma sísmica selecionada de acordo com os
parâmetros de sismo atualmente fixados. Por exemplo, para a norma espanhola NCSE-02 só se realizará esta
comprovação se a aceleração sísmica de cálculo é maior ou igual a 0,04·g e a ductilidade da estrutura é alta ou muito
alta. Ver o Manual de Normativas para mais informação.
 Segundo os valores aqui definidos. Neste caso, comprova-se que o cociente entre a soma de momentos resistentes dos
pilares e a soma dos momentos resistentes das vigas seja desde já fixada nesta caixa de diálogo.
 Não aplicar. Neste caso não se realiza a comprovação por ‘capacity design’.
Em todo caso, de acordo com as normas sísmicas, esta comprovação não se realiza nem no arranque da fundação nem nos
nós do último piso de um pórtico.
Para obter a soma de momentos resistentes das vigas que acometem no nó em estudo, tem-se em consideração as vigas
e diagonais unidas rigidamente ao nó de aço ou betão armado que pertença a algum pórtico, somados vectorialmente de
acordo com os eixos principais do pilar em estudo. No caso de seções de aço, obtem-se o momento resistente plástico de
acordo com as seguintes expressões:
 Normas europeias (EN 1993, EAE, CTE DB SE-A e NBE EA-95)
MRd,b = Wpl·fy / M0
 Norma brasileira (ABNT NBR 8800:2008)
MRd,b = Z·fy / a1
 Normas americanas (Normas Técnicas Complementarias de México, AISC 341-10)
M*pb = Z·Fyb·Ry·1,1
O momento a que devem resistir os pilares que acometem ao nó em estudo, reparte-se em 50% para ambos os pilares.
Para realizar esta comprovação, que se faz de forma independente para cada eixo do pilar, combina-se este momento
atuante com o axial existente, utilizando a área bruta da seção e o módulo resistente plástico. Por exemplo, para as normas
europeias, denominando MEd,E o momento resistente por capacidade que deve resistir um pilar, deve-se cumprir:
MEd,E / [Wpl·(fy – NEd/Ag) / M0]  1
Na listagem e no relatório de comprovação de barras de aço completo, detalham-se os valores desta comprovação. Por
exemplo, `para as normas europeias:
Nota: Ter em consideração que esta comprovação de dimensionamento por capacidade é muito restritiva para os pilares
de pórticos de nós rígidos pelo que deve utilizar-se com precaução e quando assim o exija a norma sísmica utilizada.
Comprovação da encurvadura lateral em barras de aço e alumínio
Desde esta versão, comprova-se a encurvadura lateral também em pilares de aço e alumínio nas normas em que não se
realizava anteriormente (nas normas espanholas e nos Eurocódigos Estruturais não se fazia porque, por exemplo no CTE
DB SE-A menciona-se a encurvadura lateral só em vigas).
Ainda que em pilares de edifícios convencionais, a encurvadura lateral é pouco significativa, pode chegar a ser determinante
em casos de pilares com pouco axial e muito momento no eixo forte, como ocorre em algumas naves industriais resolvidas
através de pórticos.
Nesta versão, pode ainda, nas opções de comprovação de seções de aço e alumínio, permite-se definir um coeficiente de
comprimento de encurvadura lateral distinto para cada aba (cada sentido do eixo débil) e distinto do coeficiente de
comprimento de encurvadura torsional, tal como se pode observar na seguinte imagem:
Desta forma é possível refletir casos nos quais o travamento lateral de uma aba é diferente dos da oposta e ambas estão
comprimidas em algum ponto da barra em alguma combinação.
Ter em consideração que, geralmente, as vigas possuem o eixo Yp apontando para baixo, ainda que possa cambiar-se com
a função Girar seção.
Estes coeficientes de comprimento de encurvadura lateral ficam refletidos na listagem e relatório completo de seções de
aço e alumínio, bem como no Relatório de Dados de Cálculo.
Instabilidade / encurvadura em betão, aço, madeira e alumínio
Amplia-se o valor máximo do coeficiente de comprimento de encurvadura (denominado ,  ou K consoante a norma e
material) que passa a ser possível atribuir, nas opções, o valor de 50. Até agora estava fixado em 10.
Cálculo de placas de ancoragem
Adicionou-se uma nova opção de cálculo de placas de ancoragem, situada no grupo Número de ancoragens do separador
Ancoragens, que permite definir o número mínimo de ancoragens por face a dispor (incluindo os das esquinas).
Resultados
Gráfico da deformada de barras
Até esta revisão, o gráfico de deslocamentos de barras desenhava sempre as barras retas, unindo as posições deformadas
dos nós. Nesta revisão adicionou-se em Resultados > Gráficos > Opções… a possibilidade de ver a deformada das barras.
Desenhar a deformada das barras, que permite obter a deformação ao longo das barras.
Pode observar a diferença entre o gráfico obtido com esta opção desativada e ativada na imagem seguinte:
Planos de Desenhos
Desde esta revisão, ao calcular ou recalcular qualquer plano de desenhos, recalculam-se também todos os cortes definidos
nesse plano.
Tricalc 9.0.10, 12/10/2015
Compatibilidade com revisões anteriores
Como é habitual, esta revisão permite abrir ou modificar estruturas criadas com qualquer versão ou revisão de Tricalc
anterior. No entanto, as estruturas criadas ou modificadas com esta revisão (9.0.10) ou qualquer revisão posterior, não são
compatíveis com as revisões anteriores desta versão 9.0 de Tricalc.
Placas de ancoragem
Novas comprovações
Nas ancoragens formadas por parafusos, varões roscados e pernos com cabeça (tipologias incorporadas na versão 9.0 do
programa) não se dimensionava o seu comprimento nem se comprovavam as possíveis falhas que se podiam provocar no
betão em que se pré-instalavam. Portanto, até agora, tinham associada a mensagem de erro “O comprimento das
ancoragens deste tipo não se calculam nesta versão”.
Nesta revisão incorporaram-se as comprovações definidas nas seguintes publicações:
 Design of Fastenings in Concrete, Comité Euro-International du Betón (CEB), Boletín 233, Janeiro de 1997.
 Anchoring to concrete, ACI 318M-11, Apéndice D.
O primeiro documento utiliza-se quando se selecionou no programa uma norma europeia (qualquer normativa espanhola,
a norma portuguesa ou os Eurocódigos Estruturais), dado que nem a norma espanhola (EHE, EAE ou CTE) nem a portuguesa
(REBAP) nem a europeia (EN 1993-1-8) realizam estas comprovações. Em todo caso, este documento do CEB vem
referenciado no Código Modelo do próprio CEB, origem última das normas europeias de betão.
O segundo documento utiliza-se quando se seleciona no programa uma norma americana (México, México-USA, Argentina,
Brasil, Chile ou ACI Internacional). Está baseado, entre outros, no documento do CEB e possui uma terminologia e
formulação muito similar quando não identifica.
Nestes tipos de ancoragem não se considera a aderência da haste da ancoragem com o betão, sendo portanto determinante
o tamanho e posição da cabeça da ancoragem. As novas comprovações realizadas (que dimensionam o comprimento efetivo
da ancoragem obtida no programa) são as seguintes:
 Extração (pullout) da ancoragem. Esta comprovação estuda o deslizamento da ancoragem para fora por falha devido
à compressão no betão no seu contacto com a cabeça da ancoragem. Os fatores intervenientes mais importantes são a
resistência à compressão do betão e o tamanho da cabeça de ancoragem relativamente ao diâmetro da haste.
 Cone de betão. Esta comprovação estuda o arrancamento do cone ou pirâmide de betão junto da própria ancoragem
similar a uma rotura por punçoamento. Os fatores intervenientes mais importantes são a profundidade efetiva da
ancoragem e as distâncias às ancoragens adjacentes e aos bordos laterais do elemento de betão em que se inserem.
 Fendilhação do betão (splitting). Esta comprovação estuda a rotura do betão nos planos verticais que passam pelo
eixo da ancoragem. Os fatores intervenientes mais importantes são a profundidade efetiva da ancoragem, a altura do
elemento de betão e as distâncias às ancoragens adjacentes e os bordos laterais do elemento de betão em que se
inserem. Também poderia evitar-se esta falha caso exista suficiente armadura de reforço na face superior do elemento
de betão (o que não é tido em consideração pelo programa).
 Rotura local do betão (local blowout). Esta comprovação estuda o desprendimento lateral do betão provocado pela
tração numa ancoragem próxima a um bordo ou esquina do elemento de betão em que se insere. Os fatores
intervenientes mais importantes são a distância aos bordos laterais do elemento de betão no qual se insere e o tamanho
da cabeça da ancoragem relativamente ao diâmetro da haste.
 Desprendimento pela cabeça da ancoragem (pryout). Esta comprovação estuda o desprendimento de uma parte
do betão situada no sentido contrário ao transverso provocado pelo efeito de alavanca gerado pela cabeça da ancoragem.
Os fatores intervenientes mais importantes são a profundidade efetiva da ancoragem e as distâncias às ancoragens
adjacentes e aos bordos laterais do elemento de betão no qual se inserem.
 Desprendimento lateral do betão. Esta comprovação estuda o desprendimento de betão num bordo lateral
provocado peclo transverso na direção de um bordo próximo, especialmente em elementos estreitos e pouco profundos.
Os fatores intervenientes mais importantes são a distância aos bordos laterais e à altura total do elemento de betão em
que se inserem.
Nas comprovações realizadas pelo programa utilizam-se as seguintes simplificações ou critérios:
 O betão considera-se não fissurado, o que está certo em placas de ancoragem de suportes metálicos que transmitem
compressões (acompanhadas de flexão e transverso).
 O aço das ancoragens considera-se dúctil, o que está certo na ancoragem ‘standard’ realizada com os aços habituais.
 Não se considera a possível presença (sempre benéfica) da armadura de reforço horizontal ou vertical por debaixo da a
placa de ancoragem.
 O fator de aproveitamento destas comprovações não aumenta linearmente com a profundidade efetiva da ancoragem
(inclusive pode diminuir a partir de certa profundidade). Por esse efeito, o programa pesquisa todas as possíveis
profundidades e seleciona a menor profundidade em que todas as comprovações estejam corretas (ou, se não existe
nenhuma, a profundidade com a qual o aproveitamento é maior).
Para realizar estas comprovações, é necessário conhecer as distâncias entre as ancoragens e o bordo lateral do elemento
de betão (sapata, maciço, laje, viga, parede ou pilar de betão) no qual se apoia a placa de ancoragem. Este dado, que o
programa calcula automaticamente, pode ser verificado no Relatório de Placas de Ancoragem que elabora o programa.
Nesse relatório também aparece o resultado das comprovações adicionais aqui mencionadas. No caso de placas de
ancoragem apoiadas em lajes fungiformes aligeiradas ou maciças, considera-se como tamanho do elemento de betão de
apoio o tamanho do ábaco sobre o qual apoia.
Incorporação das ancoragens na tabela de fabricação
Nesta revisão incorporam-se na tabela de fabricação todas as tipologias de ancoragens (varões nervurados, varões lisos
com gancho em L ou J, parafusos, varetas roscadas e pernos com cabeça) incluídas no programa para as placas de
ancoragem de suportes metálicos.
Permite-se ainda que apareçam na tabela de fabricação:
 Sendo possível representá-los em sólido ou linhas ocultas como o resto da estrutura através da função Ajudas > Render
> Sólido.
 Se incluam no modelo BIM gerado pelo programa em formato ifc.
Andaimes
Andaimes em demoTricalc
A partir desta revisão, o programa de demostração
permite comprovar as características do módulo de
definição e análise de andaimes do programa, ainda que limitando a sua capacidade na saída de resultados e não permitindo
a modificação da base de dados de peças de andaime, ao tratar-se de um programa de demostração.
Novo fabricante LUMATEC
Incorpora-se o tipo de andaime LUMATEC, da empresa brasileira LUMAC Andaimes (http://www.lumac.com.br). Com esta
base, podem-se modelar e analisar andaimes tipo torre industrial, de um ou vários vãos e com acesso exterior do tipo
escada de marinheiro.
Na base de dados fornecida com o programa (BDEleAnda.batr) não se inclui nenhum elemento de andaimes deste
fabricante. O utilizador deverá criar os elementos necessários para este sistema, adicionando-os à base de dados fornecida
com o programa ou, preferencialmente, criar uma nova base de dados, antes de poder criar um andaime deste tipo.
Seleção da base de dados de um fabricante
Os elementos de andaime podem agora estar em várias bases de dados, cada una delas num ficheiro independente de
extensão .batr. Estes ficheiros situam-se na pasta da Bases de Dados ddl programa.
Por esse efeito, na parte superior da janela em que se manejam estas bases de dados (função Secões e dados > Elementos
de Andaimes…), adicionou-se e nome da base de dados actual e um botão Cambiar que permite:
 Alterar a base atual de entre as já existentes
 Criar uma nova base de dados de elementos de andaime
Painéis de vento e painéis de carga – Alteração da direção de distribuição
As caixas de diálogo de modificação de painéis de vento, dos painéis de carga (função Ações > Vínculos…), aparece um
novo botão Dir. de distribuição>> que permite modificar a direção de distribuição de painéis já criados.
Ao pressionar este botão, selecionar-se-á automaticamente o plano que esteja definido no painel, podendo então selecionar
dois pontos (na forma habitual do programa) que indicarão a nova direção de distribuição.
Composição – Alterar graficamente a escala
Quando se está vendo um plano de composição, ao utilizar a função Mudar Escala, além de poder alterar a escala do
desenho selecionado de forma numérica, agora também é possível alterar o tamanho e posição do desenho com o rato.
Para esse efeito, o ponteiro do rato de forma:
 Quando o ponteiro se situa sobre um dos bordos do desenho, adota a forma de um segmento com uma ponta de flecha
nos seus peras de los pilares
Melhoras na representação de armaduras
Melhorou-se a representação sólida de alguns detalhes de armadura, para facilitar a sua identificação:
 Na emenda das armaduras longitudinais criam-se umas pequenas quebras para separar ambas as barras.
 Nas patilhas nos extremos de vigas e pilares, uma delas (a inferior no caso de vigas) desenha-se um pouco mais curta
para evitar que uma fique sobre a outra.
 Representam-se as armaduras das diagonais (e adiciona-se também na exportação do modelo BIM em formato ifc).
Render
Cores de Armaduras Personalizáveis
Até ao momento a cor e textura das armaduras na vista de ‘render’ (Ajudas\Render\Janela de Render) eram as mesmas
que as definidas para o aço estrutural. A partir desta revisão, na função ‘Ajudas\Render\Opções…’ é possível definir cor e
textura diferenciados para os seguintes elementos:
 Armaduras dos Pilares
 Armadura das Sapatas
 Armaduras de Esperas dos Pilares
Modelo BIM
Organização hierárquica das entidades exportadas
Ao exportar o modelo BIM de uma estrutura no formato IFC, agora pode agrupar as diferentes entidades com uma
determinada hierarquia em árvore, para assim facilitar a sua visualização, identificação e seguimento no editor BIM em que
se importe.
Para esse efeito, na caixa de opções de exportação (Geometria > Modelo BIM > Criar modelo BIM), aparece l grupo
Organização hierárquica, na qual, pode selecionar as ‘opções’ apresentadas. As opções estão colocadas por ordem de
precedência e são:
 Organizar por tipo de elemento. Caso se selecione esta opção, o nível superior identifica o tipo de elemento (viga, coluna,
laje…).
 Agrupar por fases. Caso se selecione esta opção, haverá um nível que identificará a fase na qual se constrói o elemento.
 Agrupar por conjuntos. Caso se selecione esta opção, o último nível identificará os conjuntos aos que pertence cada
barra.
No título deste grupo mostram-se os níveis de hierarquia atualmente selecionados (na imagem, Tipo de
elemento/Fase/Cota/Elemento).
Leitura da fase a importar
Ainda que a fase de construção (ou demolição) de um elemento não é uma característica nativa do formato IFC, existem
programas, como o Autodesk Revit® que a incluem como uma propriedade de nome Fase de creación em espanhol e Phase
Created em inglês.
Desde esta revisão, o programa importa como nome da fase de criação de cada entidade o valor da propriedade que tenha
por nome o indicado nas opções de importação (que aparecem depois de selecionar o ficheiro em formato IFC ao importar
na função Ficheiro > Importar > Modelo BIM > Abrir…), que por predefinição é Phase Created.
No ficheiro IFC não se indica em nenhum sitio qual é a ordem de execução de cada fase, pelo que o programa asigna-lhes
a mesma ordem em que aparecem pela primeira vez no ficheiro. Posteriormente o utilizador poderá modificar ordem das
fases da forma habitual.
Se o nome de uma fase a importar coincide com o nome de alguma das fases já existentes na estrutura atual, aparecerá
uma mensagem assinalando-o e perguntando se pretende que os elementos se adicionem à fase já existente ou que se crie
uma nova fase com eles.
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Este documento inclui as modificações das revisões de