JORNAL
Nº 67 | JUN 2009
Nº 67 | JUNHO 2009
Prémio Airbus
de excelência operacional
O estudo “Marcas de Confiança 2009” avaliou, pela
primeira vez, a reputação
ambiental. A TAP venceu
na categoria “companhia
aérea”. Pág. 6
A Airbus atribuiu à TAP o prémio de excelência operacional
da frota A320, com base no número de aviões em operação,
utilização média diária, fiabilidade técnica e número e duração
dos atrasos nos voos motivados por razões técnicas. Pág. 5
Programa Reconhecer
Mais 27 trabalhadores foram distinguidos no âmbito do
Reconhecer. Nas suas sete edições, este programa já
reconheceu mais de 200 pessoas. Pág. 10
Conselho de Administração
reconduzido
O Conselho de Administração
foi reconduzido na Assembleia
Geral de 2 de Junho, tendo
sido também aprovado um
conjunto de orientações
estratégicas para o mandato,
que terminará em 2011. Pág. 7
TOP TAP 2008
Realizou-se mais uma
edição dos TOP TAP, que
premeiam os agentes
que mais vendem os
produtos da companhia.
A Espírito Santo Viagens
voltou a conquistar o
principal prémio. Pág. 8
Vários trabalhadores da
TAP participam
activamente no
Banco Alimentar Contra a Fome. Manuel
Norton, antigo administrador da companhia, é um dos dirigentes desta instituição
e explica porque devemos, todos nós,
colaborar nas suas iniciativas. Pág.15
INQUÉRITO
Nº 67 | JUN 2009
2
BREVES
TAP CUMPRE NA DEFESA
DO CONSUMIDOR
1 – Como vê a TAP no futuro?
2 – Qual é o seu papel nesse cenário e que contributo pode
dar à TAP?
egundo um estudo da Comissão Europeia, divulgado
Sem Maio,
a TAP é uma das 16
companhias aéreas que cumprem as regras em matéria de
defesa do consumidor, no que
respeita à venda de bilhetes online. Foram avaliadas 67 grandes
companhias de aviação.
LONDRES 60 ANOS
comemorou, em 27 de
Maio, os 60 anos do primeiA TAP
ro voo comercial regular entre
Portugal (Lisboa) e o Reino Unido
(aeródromo de Northolt, West
London), operado por um avião
DC4 Skymaster.
MAIS DOIS PARA DAKAR
TAP vai efectuar dois voos
semanais extra para Dakar,
A
entre 23 de Julho e 3 de Setembro, reforçando a operação diária regular para a capital do Senegal. Estes voos realizam-se às
segundas e quintas-feiras.
MOSCOVO, VARSÓVIA, HELSÍNQUIA
companhia iniciou em 9 de
Junho as ligações para Moscovo e Varsóvia e, no dia seguinte, para Helsínquia.
A
MEDICAMENTOS
PARA MOÇAMBIQUE
expedição Trans African Air
2009, iniciativa de pilotos
A
da TAP, entregou ao governo
moçambicano, no início de Maio,
três toneladas de medicamentos, 50 rádios e cem computadores. A equipa iniciou depois um
percurso aéreo por aquele País,
com a duração de duas semanas,
em cinco aviões Cessna.
ILHA DE SÃO VICENTE
TAP poderá começar a operar três vezes por semana
A
para a ilha de São Vicente, Cabo
Verde, assim que o remodelado
aeroporto de São Pedro (Mindelo) for homologado e receber
voos nocturnos.
Sandra Fernandes
André Nunes
Luís Tomé
30 ANOS
TÉCNICA COMERCIAL DE REDE E
PLANEAMENTO TA
NA TAP DESDE 2000
22 ANOS
TMA M&E
NA TAP DESDE 2008
39 ANOS
COORDENADOR DE RECEITA VENDIDA DA ÁREA
PORTUGAL TAP SERVIÇOS
NA TAP DESDE 1992
Não tem hobbies em particular
Jogar computador e praticar aeromodelismo
1 – Acho que, se continuarem as greves que
se planeiam, o futuro da TAP poderá ficar um bocado negro. As pessoas têm
que pensar que não há secções diferentes, mas sim que somos todos uma companhia, dependendo uns dos outros.
2 – Contribuir com todo o meu trabalho e esforço, para que todas as tarefas que me
atribuem sejam bem feitas.
1 – A TAP é uma das poucas empresas que,
durante a crise, se conseguiu manter e
aguentar. Por isso, espero que o futuro
seja positivo.
2 – Dar o meu melhor e esperar que o barco
se aguente. Ler
1 – Orgulho-me que o nosso presidente esteja a liderar a companhia nestes tempos
difíceis, até porque ele tem um projecto
e sabe o que diz. A partir daí, acho que
há sucesso garantido, apesar da fase crítica que atravessamos.
2 – Eu amo a minha companhia e o meu papel é dar o que a companhia exigir. Se
não tivermos sucesso, não será por falta
de esforço.
Vamos Agir Eco!
A TAP quer renovar o seu compromisso de
protecção do ambiente e fazê-lo juntamente com os
trabalhadores. Por isso, este espaço será dedicado
à divulgação de sugestões práticas, para que todos
adoptemos um comportamento mais ecologicamente
responsável.
Agir Eco é a proposta. Vamos mostrar-lhe
como nas próximas edições
do Jornal.
EDITORIAL
Nº 67 | JUN 2009
3
TAP: uma marca de confiança
A
o receber das mãos do Sr. Giovanni
Bisignani, director-geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA),
uma distinção pela pioneira iniciativa do Programa de Compensação de Emissões de dióxido de carbono (CO2), senti uma enorme
emoção, a qual é justificada por sentir que,
mais uma vez, a TAP é merecedora da atenção internacional, resultado das suas iniciativas e da capacidade dos seus profissionais.
O programa de compensação de carbono da
IATA, lançado pela TAP no passado dia 5 de
Junho, assinalando o Dia Mundial do AmbienFERNANDO PINTO
te, dá aos seus passageiros a oportunidade de
compensar as emissões de CO2 resultantes
dos seus voos, permitindo, através da adesão
ao programa, a sua contribuição para projectos de redução de emissões em países em
desenvolvimento.
Para além de ser pioneira nesta iniciativa, a TAP aponta caminhos para a defesa do nosso
planeta, reafirmando que, ao contrário do que muitos ainda pensam, o transporte aéreo é
uma indústria que se preocupa com o meio ambiente e com as próximas gerações.
Porém, esta distinção não é a única boa notícia neste domínio. De facto, 88 por cento dos
leitores da revista Selecções do Reader´s Digest votaram recentemente na nossa companhia como a marca portuguesa com melhores práticas ambientais, comprovando que não
têm passado despercebidos os nossos esforços em matéria ambiental.
Programa Simpatia está de volta
A
TAP relançou o Simpatia, um
programa que pretende levar os
clientes a distinguir os trabalhadores “da
linha da frente”. A iniciativa está a ser desenvolvida por uma equipa de 16 pessoas
de várias áreas da companhia e da Groundforce.
De acordo com o director de Recursos Humanos do Transporte Aéreo da TAP, José
Falcato, pretende-se “ter cada vez mais
orientação para os clientes e, sendo eles
a fazer o reconhecimento dos trabalhadores, isso é importante para reforçar a nossa atitude.”
O objectivo é conseguir uma maior
empatia com o passageiro na hora
do atendimento, mas vai mais longe.
“Gera envolvimento e profissionalismo,
bem como a vontade de termos clientes
satisfeitos, de acordo com as suas ne-
cessidades e com a qualidade de serviço que lhes queremos prestar”, diz José
Falcato.
No âmbito do TAP Simpatia, os clientes
vão receber cartões, que entregam aos
trabalhadores para “premiar” o bom atendimento.
“O nosso objectivo principal é perceber
que quem tem força e avalia o nosso trabalho é o cliente. Nós vivemos para o servir e
é muito justo que tenhamos um programa
que lhe dê poder para avaliar quando tem
um bom atendimento”, considera o administrador Luiz Mór.
“Um atendimento diferente pode mesmo
fazer a diferença. Hoje em dia, a competição é muito acirrada e só ganha clientes
aquele que prestar melhor atendimento e
serviço, sendo a simpatia uma ferramenta
poderosa”, afirmou Luiz Mór. Sermos cada vez mais uma
“Marca de Confiança” é um desafio que temos à nossa frente
e não só em termos ambientais, mas em todos os domínios, nomeadamente, como
uma companhia que serve bem
os seus clientes, tem um bom
produto que lhes agrada e é,
cada vez mais, um orgulho para
Portugal.
Sermos cada vez mais uma “Marca de Confiança” é um desafio que temos à nossa frente e não só em termos ambientais, mas em
todos os domínios, nomeadamente, como
uma companhia que serve bem os seus clientes, tem um bom produto que lhes agrada e é,
cada vez mais, um orgulho para Portugal.
Pelas razões por todos conhecidas e depois
de um 2008 muito difícil, o ano em curso também não tem sido fácil, fruto da crise global
das economias, que provocou uma retracção
na actividade económica, com consequências
muito negativas para o transporte aéreo.
O nosso tráfego é marcado por uma forte sazonalidade, pelo que o período de Verão, que
agora se inicia, é fundamental para os resul-
tados deste ano.
As novas linhas de Moscovo, Varsóvia e Helsínquia e alguns reforços para África, em especial para Luanda, são apostas que deverão contribuir também para as nossas esperanças
de alcançar bons resultados.
Estou certo de que os trabalhadores da TAP não se pouparão a esforços para que estes
próximos meses correspondam às necessidades, reforçando as nossas condições para ultrapassar esta fase difícil, para que seja possível entrarmos, de forma positiva, num novo
ciclo do transporte aéreo que, conforme tenho dito, trará vantagens para os que tiverem
resistido melhor às actuais dificuldades. 4
CRISE
Nº 67 | JUN 2009
“Transporte aéreo sofre colapso”
O tráfego de passageiros
continua em quebra. Apesar
de uma ligeira recuperação,
ainda que negativa (-3,1%),
em Abril, a IATA admite que
redução da procura volte a
situar-se nos dois dígitos em
Maio. As estimativas de prejuízos foram revistas em alta,
para 6,5 mil milhões de euros.
E o preço do combustível está
a subir. O cenário mantém-se
crítico para a aviação.
O
Também a OAG divulgou informação sobre
chairman da Associação Europeia
a situação do transporte aéreo em Maio.
de Companhias Aéreas (AEA), Ivan
As companhias fizeram, neste mês, menos
Misetic, disse, na Assembleia da Primavera
127 mil voos que no
desta organização,
mesmo mês do ano
que “não se sabe
passado (-5%) e corquando a crise vai
IATA
volta
a
rever
em
alta
a
taram 8,3 milhões
passar, mas que ela
estimativa de prejuízos para
de lugares (-2,7%).
terá repercussões
2009: 9.000 milhões de dólares
Esta empresa assiseveras em todos os
(cerca de 6,5 mil milhões de eunala igualmente que
modelos de negócio
ros),
quase
o
dobro
do
anunciaMaio foi o décimo
das companhias aédo pela associação em Março.
mês consecutivo de
reas.”
redução da capaci“O volume de passadade a nível mungeiros está em queda
dial, por parte das companhias aéreas, e
e o mercado do transporte aéreo sofreu de
que, nos cinco primeiros meses de 2009, os
uma forma que só pode ser descrita como
cortes foram, em média, de seis por cento
um colapso”, afirmou Misetic.
em número de voos e de quatro por cento
Com efeito, a evolução do tráfego de passaem lugares, face ao mesmo período do ano
geiros a nível mundial continua negativa. Os
anterior.
dados de Abril, divulgados pela Associação
Internacional do Transporte Aéreo (IATA),
PREJUÍZOS DE 6,5 MIL MILHÕES
mostram uma quebra de 3,1 por cento face
DE EUROS EM 2009
ao mês homólogo de 2008.
Já no início de Junho, a IATA reviu em alta a
Trata-se de uma melhoria, relativamente à
previsão de prejuízos da aviação para 2009.
descida de 11,1 por cento em Março, mas a
Aponta para perdas de nove mil milhões de
IATA defende que ela deve ser “vista com
dólares (cerca de 6,5 mil milhões de euros),
precaução”. “As férias da Páscoa, que este
quase o dobro do anunciado em Março.
ano ocorreram em Abril, afectaram positiA associação prevê ainda um prejuízo opevamente o tráfego do mês.”
racional de 1,7 mil milhões de dólares (mais
Os dados preliminares da associação, referende 1,2 mil milhões de euros), o primeiro na
tes a Maio, “sugerem que o declínio do tráfeindústria desde 2003, devido à queda das rego vai regressar aos dois dígitos, pelo menos
ceitas em 15 por cento, para 80 mil milhões
no que respeita às companhias europeias.”
de dólares (57,5 mil milhões de euros).
Para este cenário, não deve ser também
alheio o preço do combustível, que mostra
alguma tendência de subida, tendo aumentado 23,9 por cento em Maio, atingindo o
máximo do ano (561,5 dólares por tonelada
na semana terminada em 29 de Maio).
Relativamente aos prejuízos de 2008, a
IATA continua a fazer revisões em alta. Depois de ter previsto 3,8 mil milhões de euros, corrigiu as contas para 6,4 mil milhões
de euros e, no início de Junho, avançou já
com perdas que se aproximam de 7,5 mil
milhões de euros.
GIGANTES PERDEM DINHEIRO
E PASSAGEIROS
Três grandes companhias divulgaram recentemente os resultados do ano fiscal terminado em Março de 2009. E os prejuízos são
astronómicos. A Air France-KLM registou
perdas de 814 milhões de euros, a British
Airways ultrapassou os 425 milhões de euros e a Japan Airlines teve quase 479 milhões
de euros de prejuízo.
Outras duas companhias asiáticas de referência reportaram igualmente prejuízos
elevados em 2008. A Cathay Pacific teve as
maiores perdas nos seus 63 anos de actividade (874 milhões de euros) e a Thai registou o
primeiro resultado negativo em 43 anos de
operação (467 milhões de euros).
Analisando as quebras no número de passa-
geiros transportados no primeiro trimestre
de 2009, várias companhias encontram-se nos dois dígitos, com destaque para
Icelandair (-29,9%), Malev (-28,3%), LOT
(-23,3%), Olympic (-21,1%), Tarom (20,1%),
Iberia (19,7%), SAS (-17,2%) e Continental
(-11,2%).
Noutros casos, a redução é menor, mas não
deixa de ser preocupante. Air France-KLM
(-8,9%), Southwest Airlines (-8,1%), Lufthansa (-7,3%) e British Airways (-7,2%) são
alguns exemplos. 1º TRIMESTRE DE 2009
A análise das contas de uma dezena
de companhias aéreas no primeiro
trimestre de 2009 evidencia as razões pelas quais a IATA aponta já
para prejuízos, neste ano, de 6,5 mil
milhões de euros.
- Delta Air Lines (-609 milhões de
euros)
- Air France-KLM (-505 milhões)
- Korean Air (-302 milhões)
- American Airlines (-288 milhões)
- Lufthansa (-256 milhões)
- Continental (-104 milhões)
- Iberia (-93 milhões)
- Air Berlin (-87 milhões)
- US Airways (-78 milhões)
- Southwest Airlines (-70 milhões)
MANUTENÇÃO E ENGENHARIA
Nº 67 | JUN 2009
5
Prémio Airbus de excelência operacional
A
Airbus reconheceu a excepcional utilização da
frota A320 da TAP, distinguindo a
companhia com o prémio de excelência operacional, durante o simpósio técnico sobre esta família de
aviões, promovido pelo fabricante
e que reuniu em Paris operadores
de todo o mundo.
Recebeu o prémio o responsável
pela Engenharia e Qualidade da
Manutenção de Aviões da TAP
M&E, Vítor Grilo.
A atribuição do prémio é baseada
em informação operacional recolhida durante dois anos de activi-
dade e tem em conta o número de
aviões da frota em operação, a sua
utilização média diária, a fiabilidade técnica e o número e duração
dos atrasos nos voos motivados
por razões técnicas.
“A TAP criou uma operação extremamente eficiente com as suas
aeronaves Airbus, com uma utilização excepcionalmente elevada
e uma excelente fiabilidade de
despacho”, afirmou na ocasião o
vice-presidente executivo do Serviço ao Cliente da Airbus, Charles
Champion.
A família A320 – A318, A319, A320
e A321 – é reconhecida no mercado como uma referência no segmento de narrow bodies (aviões
com um único corredor). Já foram
vendidas mais de 6.300 aeronaves
deste tipo em todo o mundo.
A Airbus já tinha reconhecido, por
quatro vezes, o melhor desempenho operacional da frota da TAP
a nível mundial, designadamente,
A340 (1996), A319 (2000) e A310
(2003 e 2005), o que traduz o patamar atingido pela companhia na
optimização da utilização da sua
frota e na manutenção da sua fiabilidade operacional. ANTOINE VIEILLARD (VP A320 FAMILY & VIP/CJ PROGRAMME), DANIEL
BAUBIL (EVP A320 FAMILY PROGRAMME) E CHARLES CHAMPION (EVP
CUSTOMER SERVICES), DA AIRBUS, COM VÍTOR GRILO (TAP M&E), À DIREITA
Participação lusa na Shell Eco-Marathon
PROTÓTIPO MONTADO NAS OFICINAS DE ESTRUTURAS DA M&E
A EQUIPA DA PSEMBYIST, COM O PROTÓTIPO HIDROGENIST
O
circuito de LausitzRing, na Alemanha, foi o palco da 25ª edição da
Shell Eco-Marathon, uma competição anual
que desafia estudantes de todo o mundo a
conceber veículos que percorram a máxima
distância, despendendo o mínimo de combustível.
Realizado entre 7 e 9 de Maio, este evento
contou com uma equipa portuguesa, a Secção Autónoma Projecto Shell Eco-Marathon
(PSEMbyIST), composta, maioritariamente,
por alunos do 4º ano das engenharias Aero-
espacial e de Informática do Instituto Superior Técnico.
Participaram neste projecto 17 universitários, que levaram à Alemanha o protótipo
HidrogenIST, movido precisamente a hidrogénio e montado nas Oficinas de Estruturas
da Manutenção e Engenharia da TAP.
“TAP FOI CINCO ESTRELAS”
Apesar de ser a primeira vez que esta equipa portuguesa participou na competição,
a PSEMbyIST mostrou o seu valor e não
deixou o seu crédito por mãos alheias, alcançando o segundo lugar entre as equipas
ibéricas, o décimo entre as 32 da classe de
hidrogénio e a 23ª posição entre as 200 da
categoria protótipo.
Visivelmente orgulhoso, o coordenador do
projecto, António Henriques, frisou o trabalho
e o esforço levado a cabo por toda a equipa.
“Temos muito orgulho no carro e no que fizemos. Cometemos erros, tanto a nível aerodinâmico como técnico, mas temos muito orgulho e vamos melhorar para o ano!”,
revela, deixando uma palavra de agradecimento ao engenheiro João Carvalho e a toda a
equipa da TAP que colaborou neste projecto.
“A TAP foi cinco estrelas connosco. Para
além do conhecimento que nos deram, a
boa vontade dos seus técnicos em ajudarem-nos foi algo que nos marcou. Eles tinham que trabalhar, pois os aviões são mais
importantes! Mas contámos sempre com a
sua colaboração. Sem a TAP seria impossível desenvolver este projecto”, destaca António Henriques. 6
PRÉMIOS
Nº 67 | JUN 2009
“
Um voo, cinco formas de viajar.” É
NOVA LÓGICA PRODUTO-BILHETE
Quando se comunica um produto, um dos
este o slogan dos branded products,
requisitos é a simplicidade. O director da
as cinco modalidades de viagem que a TAP
View, João Cardoso Fernandes, descreve o
passou a oferecer desde 2008, personalitrabalho desenvolvido para a criação do mizando o serviço que disponibiliza ao cliente
crosite.
– Discount, Basic, Classic, Plus e Executive.
“O que nós fizemos foi ajudar a compreenPara a divulgação destes produtos da
der a nova estrutura de bilhetes que a TAP
companhia, a agência de comunicação
elaborou, simplificando o seu preçário. Os
digital, View, elaborou um microsite, inpreços dos bilhetes de avião são variados
serido no site oficial da companhia (www.
e isso cria situações
flytap.com), recendifíceis de compretemente distinguiA média de consulta de um site
ender aos consumido pelo Clube dos
é de 4 minutos, mas, segundo
dores.”
Criativos.
as estatísticas de utilização,
“Para evitar estas
Esta ferramenta de
este microsite “agarra” os utilidistorções, criou-se
divulgação dos prozadores durante 10 minutos.
uma lógica produto–
dutos da TAP rebilhete, como que
cebeu o bronze na
numa embalagem
categoria de mevirtual, em que cada um dos cinco produtos
lhor microsite, o qual, em conjunto com
tem características próprias, comunicandooutros prémios, levou a que a View fosse
a de forma clara e directa, de modo a escladistinguida como Melhor Agência de Corecer os clientes na dúvida: ‘Que bilhete é
municação Digital do Ano.
que eu quero comprar?‘”
O Clube dos Criativos é uma associação
sem fins lucrativos, que reúne profissionais
CONTINUIDADE DA COMUNICAÇÃO
criativos de algumas áreas, como PubliciApesar de ser um projecto inovador, o midade, Design e Marketing, para promover
crosite manteve a linha de comunicação já
a criatividade na comunicação comercial e
anteriormente levada a cabo pela TAP, como
formar as próximas gerações, entre outros
destaca o designer da View, Carlos Guedes.
objectivos.
CARLOS GUEDES, PAULO AFONSO E JOÃO CARDOSO FERNANDES, OS PRINCIPAIS
RESPONSÁVEIS PELO MICROSITE DOS BRANDED PRODUCTS
“A ideia era pegar na comunicação já desenvolvida, dando-lhe uma continuidade. No
entanto, o processo seguido no desenvolvimento do projecto foi muito interessante.”
João Fernandes reitera esta “continuidade”.
“O microsite não é antagónico em relação ao
que foi feito em termos publicitários. É um
complemento e um suporte, usando as mesmas pessoas e o mesmo ambiente gráfico.”
TAP é marca
de confiança ambiental
O
estudo “Marcas de Confiança 2009” avaliou este
ano, pela primeira vez, a reputação
em questões ambientais. A TAP
venceu na categoria “companhia
aérea” e conseguiu mesmo a maior
percentagem de nomeações espontâneas nas 10 categorias avaliadas (88%).
Antes da votação, as marcas foram
nomeadas por uma amostra superior a mil assinantes da revista Selecções do Reader’s Digest.
A TAP tem vindo a adoptar várias
medidas de redução de consumo
de combustível, emissões de CO2 e
melhoria de eficiência energética e
operacional.
Um dos exemplos é o projecto Fuel
Conservation and Emissions Reduction, no âmbito do qual foi possível
emitir menos 90 mil toneladas de
CO2 para a atmosfera, nos últimos
quatro anos.
O programa de renovação da frota
de médio e longo curso também
contribui significativamente para a
redução dos impactos ambientais
Quatro dos seis novos A320-214,
que a TAP vai receber este ano, vão
substituir os antigos A320-211, com
ganhos de eficiência na ordem dos
oito por cento. As novas aeronaves
permitirão diminuir, anualmente,
as emissões de CO2 em cerca de
2.200 toneladas.
No que diz respeito às operações
em terra, a companhia dispõe, entre outros, de um sistema de gestão
de energia, que permite o controlo
dos consumos dos equipamentos
de conforto térmico (aquecimento,
ventilação e ar condicionado) e tem
feito grandes avanços no que respeita à gestão dos resíduos. OS PREMIADOS
TAP (88%), McDonald’s (78%), Duracel (61%), Galp (57%),
Skip (52%), Continente (36%), Caixa Geral de Depósitos
(35%), Sonasol (34%), Toyota (18%), Miele (14%).
Paulo Afonso, programador, sublinha a funcionalidade do microsite. “Tem uma forma
muito simples para o utilizador, que nem
precisa de ler para conseguir identificar o
bilhete que se adequa à sua condição. Para
isso, usámos uma forma sofisticada e uma
imagem muito completa, não sendo necessário texto para o consumidor se guiar na
escolha do bilhete.” ACTUALIDADE
Nº 67 | JUN 2009
7
Assembleia Geral da TAP reconduz C.A.
A
Assembleia Geral da TAP aprovou, em 2 de Junho, um conjunto de orientações estratégicas e manteve a composição do Conselho Geral e de
Supervisão, que continua a ser presidido
por Manuel Pinto Barbosa. No Conselho
de Administração Executivo, liderado por
Fernando Pinto, regista-se apenas uma alteração, com a substituição de Luís Ribeiro Vaz por Luís da Silva Rodrigues.
“Por mais que tente, não consigo lembrarme de nenhuma indústria que tenha maiores desafios pela frente do que a da aviação. Isso faz-me sentir a enorme medida
das responsabilidades que nos esperam.
Por outro lado, não há maior orgulho do
que juntar-me à equipa de profissionais
que mais contribuem para levar o nome do
País por esse mundo fora, todos os dias. É
uma enorme honra vestir essa camisola!”,
LUÍS DA SILVA RODRIGUES
O novo elemento do Conselho de Administração
da TAP tem 44 anos, é licenciado em Economia
e tem um MBA da Universidade Nova de Lisboa.
Frequentou um Advanced Management Program
da Harvard Business School. Foi director/
coordenador de Marketing, Relações Públicas
e Novas Tecnologias da TVI, administrador
executivo da Media Capital Multimédia, director
de Marketing da PT Comunicações e presidente
da Fischer Portugal, uma agência de comunicação
e publicidade de capital luso-brasileiro.
declarou o novo administrador, Luís da
Silva Rodrigues, ao Jornal TAP.
De acordo com a proposta de orientações
específicas para o triénio 2009-2011, “ao
longo dos próximos três anos, a TAP necessita de restabelecer as condições de
base para o seu sucesso, assegurando o
reforço da sua performance comercial,
definindo uma estratégia de optimização
e flexibilização da base de custos e estabelecendo um plano agressivo para protecção da tesouraria e recuperação dos
níveis de capital, potenciando a concretização do processo de privatização num
contexto de rentabilidade dos capitais investidos.”
A referida proposta apresenta um conjunto de orientações, que assentam em
oito princípios (ver caixa), “sem prejuízo
da oportuna aprovação, a breve prazo, do
respectivo plano estratégico e dos objectivos de gestão.”
A Assembleia Geral da TAP criou ainda um
Comité de Reestruturação Económico-Fi-
nanceira, presidido por Carlos Veiga Anjos
e que integra também Vítor Cabrita Neto,
Luís Patrão, Michael Conolly e Luís da Silva Rodrigues. COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
TRIÉNIO 2009-2011
CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO
Presidente: Manuel Pinto Barbosa
Vogais: Carlos Veiga Anjos
João Borges de Assunção
Luís Patrão
Maria do Rosário Ribeiro Vítor
Rui Azevedo Pereira da Silva
Vítor Cabrita Neto
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
EXECUTIVO
Presidente: Fernando Pinto
Vogais: Fernando Jorge Sobral
Luís da Silva Rodrigues
Luiz Mór
Manoel Torres
Michael Conolly
PRÍNCIPIOS DAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
1. Consolidação da posição competitiva da TAP, assegurando condições para o
crescimento sustentável da companhia, no contexto do seu actual posicionamento
competitivo e reforçando a sua presença nos seus mercados chave e nos seus
negócios core.
2. Concretização de um processo de redução e flexibilização da base de custos da TAP,
assegurando manutenção da posição favorável de que a companhia dispõe vis-avis as suas congéneres europeias e reforçando a capacidade de ajustamento às
condições de mercado nos seus negócios core.
3. Revisão da estratégia de gestão das participadas, reforçando o enfoque nos
negócios core do Grupo TAP (nomeadamente, Transporte Aéreo e Manutenção
Aeronáutica).
4. Identificação clara dos diversos riscos dos negócios do Grupo e adopção de
mecanismos adequados à sua monitorização e controlo, como meio de garantir a
transparência da gestão, a exposição ao risco e a sustentabilidade empresarial.
5. Definição de uma estratégia de sustentabilidade e responsabilidade corporativa,
potenciando um desenvolvimento dos Recursos Humanos da empresa num quadro
de responsabilidade social e ambiental.
6. Concretização de um plano de capitalização da companhia, desenvolvendo acções
para captura de cash-flow no curto prazo, revendo a actual política de investimentos
através da postecipação de investimentos não essenciais aos negócios core da
empresa.
7. Desenvolvimento das condições para a concretização do processo de privatização
da companhia, apoiando o accionista no desenvolvimento de um plano para a
privatização.
8. Desenvolvimento de uma estratégia de parcerias estratégicas e/ou financeiras para
o Grupo TAP, desenvolvendo um projecto de crescimento a longo prazo que permita
atrair parceiros e garantindo o alinhamento com o processo de privatização da
companhia.
Lisboa recebeu Congresso
Internacional da ABAV
O
18º Congresso Internacional da Associação Brasileira
de Agências de Viagens (ABAV) realizou-se em Lisboa, em 27 de Maio.
“Os vários presidentes estaduais
analisaram as realidades distintas
das suas regiões, nomeadamente
o facto de algumas serem mais pobres e outras mais avançadas, tanto
económica como tecnologicamente. Isto faz com que existam ‘vários
países dentro do Brasil’. Temos de
encontrar o equilíbrio”, afirmou CarCARLOS ALBERTO FERREIRA SUBLINHA BOM
los Alberto Ferreira, presidente da
RELACIONAMENTO ENTRE A TAP E A ABAV
ABAV.
A Feira da ABAV, a realizar-se este
ano em Outubro, foi outro dos temas abordados no Congresso. Carlos Alberto lembrou o
papel da TAP na sua internacionalização e divulgação. “A TAP é fundamental, apostando
e prestigiando a feira e o país. Este é um momento muito bom na relação entre a ABAV
e a TAP”.
O director geral da TAP para a América Latina, Mário Carvalho, destacou também a relação entre a companhia e a ABAV. “Já tínhamos uma relação muito próxima e esta iniciativa aprofunda-a ainda mais. A TAP tem um papel muito importante no Brasil e, através de
toda a cadeia de agentes de viagens, é-lhe garantida preponderância de mercado.” TOP TAP
Nº 67 | JUN 2009
8
“Vendemos muito e mais do que esperávamos”
TAP DISTINGUE AGÊNCIAS DE VIAGENS
A Espírito Santo Viagens venceu o
TOP TAP Nacional, principal prémio atribuído no âmbito desta iniciativa, que se realiza anualmente
e visa distinguir os agentes que
mais vendem os produtos da companhia em Portugal. O evento não
é novo e o vencedor também se
repete ano após ano. A novidade é
a crise no sector, mas mesmo isso
não impediu a TAP de ter vendido
“muito e mais” do que esperava,
nas palavras de Fernando Pinto.
FRANCISCO CALHEIROS (ES VIAGENS) COM CARLOS PANEIRO, LUIZ MÓR E FERNANDO PINTO
“
Quero, em primeiro lugar, agradecer,
em nome de toda a equipa, o vosso esforço e colaboração para que a TAP tenha conseguido vencer as dificuldades, e foram algumas, que ao longo do ano foi enfrentando.”
Foi assim que a directora de Vendas da TAP
para Portugal, Paula Canada, iniciou o seu
discurso na entrega dos TOP TAP 2008, revelando que as vendas da companhia aumentaram, nesse ano, 13 por cento, o que,
considerando o crescimento do mercado
(2%), se traduziu num share de 59 por cento, mais 5,9 pontos face a 2007.
Paula Canada referiu igualmente o lançamento, em 2008, dos Branded Products
e do Corporate, “dois projectos que nos
permitiram ir ao encontro da nossa estratégia de segmentação de clientes, criando
produtos que se ajustassem tanto quanto
possível ao seu perfil.”
“Só este esforço conjunto (TAP
e agências) permitiu que se
atingisse o nível de vendas no
mercado português, o que levou a companhia a crescer sempre acima do mercado”
Paula Canada
DAR A VOLTA E COM FORÇA
O ano de 2008 foi também analisado pelo
presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, que recordou o “prejuízo enorme, deixando-nos tristes. Há um ano atrás estava
a agradecer a todos pelo recorde de lucros
de 2007. Como é possível isso?” – questiona – para depois dar a resposta óbvia:
“Nem é preciso explicar muito, a enorme
subida dos combustíveis. A TAP não está
só nesta queda, todas as empresas foram
atingidas.”
Contudo, Fernando Pinto evidenciou também aspectos positivos. “Vendemos muito
e mais do que esperávamos, ultrapassando os nossos limites. Temos mais vendas
de passageiros e uma média maior do que
as outras empresas, graças ao vosso bom
trabalho. Temos que continuar neste rumo,
até porque 2009 será difícil, e temos que
trabalhar todos juntos, para sairmos da crise todos juntos.”
O presidente da Associação Portuguesa das
Agências de Viagens e Turismo (APAVT), João
Passos, felicitou as agências distinguidas pelos seus resultados, alertando que “o turismo
é uma indústria frágil, onde está inserido o
transporte aéreo. Sem transporte aéreo não
há produto e sem produto não vendemos.
Mas vamos dar a volta, e com força!”
ACRÓNIMOS
Decididamente, o presidente da APAVT, João Passos, gosta de fazer trocadilhos
bem-humorados com o nome da TAP. Sempre com a boa disposição que todos
lhe reconhecem, sugeriu, na entrega dos TOP TAP 2007, que a sigla da empresa
passasse a significar “Trade Adora Pinto”. Na última cerimónia de entrega
destes prémios, em 6 de Maio, propôs mesmo duas opções: “Trade Assume
Prejuízo” e “Transportes Álvares Pereira”, sugerindo que a companhia pedisse
ajuda ao novo santo português. Aguarda-se, com expectativa, a expressão que
Passos elegerá, quando a TAP regressar aos lucros em 2009…
LUIZ MÓR E AGOSTINHO SILVEIRA
LUIZ MÓR, JOSÉ LUÍS SILVA
OLINDA MARVÃO (BDC TRAVEL) COM CARLOS
ANABELA AMARAL (ATLANTIDA)
(ABREU)
(GEOTUR/STAR) E FERNANDO PINTO
PANEIRO, LUIZ MÓR E FERNANDO PINTO
E FERNANDO PINTO
TOP TAP
ES VIAGENS VOLTA
A GANHAR
O prémio principal, TOP TAP
Nacional, voltou a ser conquistado pela Espírito Santo Viagens, à semelhança dos anos
anteriores. O responsável por
esta agência, Francisco Calheiros, elogiou o evento.
“É algo muito engraçado que
a TAP faz, unindo bastante o
trade. É sempre uma boa experiência e nós esforçamo-nos
para fazer o nosso melhor no
dia-a-dia”, referiu, não esquecendo o papel da companhia
na sua actividade.
“É o maior fornecedor que temos e gostamos muito desta
TAP, bem como da sua equipa
de gestão. Enquanto rede de
distribuição, revemo-nos no
seu trabalho, como na racionalização e procura de novas
rotas. Não podemos estar mais
de acordo e estamos os dois
em sintonia.” Nº 67 | JUN 2009
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OS VENCEDORES
TOP TAP 2008
NACIONAL
1º - ES Viagens
2º - Abreu
3º - Geotur / Star
4º - BCD Travel
5º - Atlantida
EQUIPA DA INTERTOURS, VENCEDORA EM PASSAGEIROS MADEIRA, COM ELEMENTOS DA TAP: JORGE SARGO, PAULA
CANADA, LÚCIA, EMÍLIO RODRIGUES, CRISTINA FERNANDES, MARÍLIA, ANA PAULA CARVALHO, DINA CRAVO, NOEMI
ANJO, IDELSO E ANDREIA RODRIGUES
REGIONAL CONTINENTE
1º - AVIC
2º - Passepartout
3º - Empresa Martins
4º - Mundiclasse
5º - TUI
NORTE
1º - Intervisa
2º - Cosmos
3º - Club Tour
4º - VTC Carreira
5º - Clube Viajar
CENTRO/SUL
1º - Travel Store
2º - Escalatur
3º - Viagens Marsans
4º - Viagens El Corte Inglés
5º - Halcon Viagens
EQUIPA DA TOP ATLANTICO MADEIRA COM ELEMENTOS DA TAP: RITA SOUSA, ANA RODRIGUES, DINA CRAVO, PAULA
CANADA, JOÃO WELSH, TERESA FREITAS, ANA PAULA CARVALHO E MARIA JORGE FRAGA
PASSAGEIROS MADEIRA
1º - Intertours
2º - TOP Atlantico Madeira
3º - Bravatour
CARGA MADEIRA
1º - Abreu Carga
2º - Despcarga
PASSAGEIROS AÇORES
1º - Agência Teles
2º - ViaVitória
3º - AeroHorta
ELEMENTOS DA BRAVATOUR (MADEIRA) E DA TAP: DINA CRAVO, MANUEL SILVA,
PAULA CANADA, ANA PAULA CARVALHO, RITA MARTINS E GORETE ARAÚJO
“Temos mais vendas de passageiros e uma média maior do que as outras
empresas, graças ao vosso bom trabalho. Temos que continuar neste rumo
e trabalhar todos juntos, para sairmos da crise todos juntos”
Fernando Pinto
EQUIPAS DA AGÊNCIA TELES (AÇORES) E DA TAP: LOURDES LIMA, ANA PAULA CARVALHO,
CATARINA TELES, GERARDO TELES, PAULA CANADA, ANA MARTINS E ALDA SOUSA
ELEMENTOS DA NAVIANGRA (AÇORES) E DA TAP: JOSÉ ANJOS,
CATARINA REBELO, BÁRBARA PINHEIRO E ALDA SOUSA
CARGA AÇORES
(menções honrosas)
- Naviangra
- Tercargo
MADEIRA
A directora de Vendas para Portugal da TAP anunciou, na entrega dos TOP
TAP Madeira, que as vendas da companhia cresceram 3,7 por cento, no ano
passado, nesta região. Os passageiros transportados ascenderam a 800 mil
(+9%), a maioria dos quais (70%) com origem no mercado português. Paula
Canada afirmou que, apesar da entrada da concorrência, a empresa sempre
afirmou que “estamos cá e tudo faremos para continuar a servir a Madeira, da
melhor forma que sabemos fazer.”
AÇORES
Na entrega dos prémios TOP TAP Açores, Paula Canada adiantou que, na
Região, “a companhia manteve, em 2008, a sua quota de mercado, que ronda
os 32 por cento, tendo transportado mais 9,4 por cento de passageiros do que
no ano anterior, atingindo os 262.500.
José Anjos, director de Carga e Correio, afirmou que “o ano de 2008 foi, a nível
geral, o melhor de sempre da TAP Cargo. Nos Açores, a companhia transportou
dois milhões de quilos de carga e correio, atingindo uma facturação idêntica
à do ano anterior, que já tinha constituído um recorde.” Este responsável
considerou ainda que “a crise começou a afectar os resultados da empresa em
Agosto de 2008, tendo-se acentuado profundamente desde Dezembro.”
RECONHECER
Nº 67 | JUN 2009
10
Mais 27 trabalhadores reconhecidos
A
TAP distinguiu na sétima edição do programa
Reconhecer, em 2 de Junho, 27
trabalhadores. No total, a companhia “Já reconheceu mais de
200 trabalhadores e, na próxima
edição, serão lembrados todos
esses distinguidos”, disse o director de Recursos Humanos do
Transporte Aéreo, José Falcato.
Dulce Costa, uma das reconhecidas, mostrou a satisfação com
que trabalha ao serviço da TAP.
“Estou na empresa há 22 anos e
OS RECONHECIDOS
Afonso Henriques (TA/ARE)
Agostinho Gonçalves (TA/CC)
Carlos Figueiredo (TA/OV)
César Medeiros (ME/MA)
Dulce Costa (TA/OV)
Fátima Preto (Chefe Escala Porto)
Frederico Borges (Groundforce/Terminais Bagagem)
Gil Trigo (Assessor Administração)
Helena Gonçalves (TA/EUA)
João Martins (TA/OV)
João Nunes (Dir. Adj. Aeroporto Lisboa)
Jorge Bezelga (TAP Serviços/Logística)
José Paulo Romeira (TA/Vendas Portugal)
José Reis (ME/MA)
Maria Alexandre (TA/OV)
Maria Pires (TA/CC)
Miraldina La Vieter (Chefe Vendas Directas Angola)
Nélson Pinto (Escala OPO)
Noémia Ferreira (TA/OV)
Nuno Moreira (Escala OPO)
Ricardo Guimarães (Escala OPO)
Rui Soeiro (TA/OV)
Sónia Mendonça (TA/RP)
Susana Azevedo (TA/OV)
Susana Nunes Pinto (Escala OPO)
Tiago Correia (TA/CC)
Vanda Rodrigues (TA/OV)
visto a camisola com orgulho. Há
que manter optimismo e estas
iniciativas são sempre boas.”
Também João Romeira manifestou idêntica opinião. “É sempre
bom ser-se reconhecido e, pelo
que assistimos hoje, a TAP tem
matéria humana para ultrapassar os obstáculos que aí vêm”,
referiu.
Helena Gonçalves também considera esta distinção “gratificante e dá-nos vontade de fazer a
companhia crescer mais.”
Luiz Mór, administrador da TAP,
deixou uma palavra aos reconhecidos. “Dou os meus parabéns
aos distinguidos. A TAP é as pessoas, com a sua garra e brilho.
Tenho orgulho em ser vosso colega.” GROUNDFORCE
Nº 67 | JUN 2009
11
Groundforce
renova equipamentos
A
Groundforce conquistou recentemente novos clientes e
conseguiu a renovação de alguns contratos de prestação
de serviços de handling, com destaque para a British Airways e Continental, duas das maiores companhias aéreas a nível mundial.
Os restantes contratos envolvem a Iceland Air (Islândia), Royal Air
Maroc Cargo (Marrocos), Air Mediterranée (França), Medallion Air
(Roménia) e Blue Panorama (Itália), além de três companhias do
Grupo TUI, a Tuifly Nordic (Suécia), a Thomsonfly (Reino Unido) e a
Jetairfly (Bélgica). NOVA FROTA REDUZ IMPACTOS AMBIENTAIS
A
Groundforce prepara-se
para estrear novos equipamentos (tractores e carrinhas),
na escala de Lisboa, no âmbito do
programa de investimentos de renovação da sua frota.
Os novos veículos já foram per-
sonalizados na Manutenção de
Equipamentos da empresa e, para
a entrada em operação, apenas
aguardam os dísticos regulamentares e identificativos a atribuir pelo
aeroporto de Lisboa.
A substituição gradual da frota visa
promover uma actuação mais sustentável nas vertentes económica,
social e ambiental. Pretende-se,
assim, diminuir os custos de manutenção e optar por frotas ecologicamente limpas, com a necessária
redução do impacto ambiental. GROUNDFORCE ASSISTE A 5ª MAIOR COMPANHIA NORTE-AMERICANA
STAR ALLIANCE
Star Alliance aprova entrada da Aegean Airlines
A AEGEAN É A MAIOR COMPANHIA GREGA EM PASSAGEIROS
O
Conselho dos CEO da Star Alliance
anunciou, em 26 de Maio, a aprovação da candidatura da companhia grega
Aegean Airlines como futuro membro da
aliança.
O processo de integração vai iniciar-se brevemente, prevendo-se que a adesão ocorra
no prazo de um ano.
A Aegean tornou-se, em 2008, a maior companhia aérea da Grécia em termos de passageiros transportados, opera com 31 aviões e
cobre 47 rotas domésticas e internacionais,
com 200 voos diários.
Jaan Albrecht, CEO da Star Alliance declarou
que “a Aegean Airlines é uma mais-valia
para a rede da aliança. O seu mercado doméstico, a Grécia, é de importância estratégica devido à sua posição geográfica na
região oriental do Mediterrâneo, o principal
ponto de acesso do sudeste europeu à União
Europeia.” Quando o processo de integração da
Aegian Airlines estiver concluído, a
rede da Star Alliance passa a abranger
26 companhias, que, em conjunto,
disponibilizarão mais de um milhar de
destinos em 176 países, servidos por
21 mil voos diários. A aliança conta
actualmente com 21 companhias,
estando também confirmados como
futuros membros a Air India, Brussels
Airlines, Continental Airlines e TAM
e mais três companhias regionais
– Adria Airways, Blue 1 e Croatia
Airlines.
CLUBE TAP
Nº 67 | JUN 2009
12
Clube TAP quer aumentar o número de sócios
Na presidência do Clube TAP desde 2006, o
comandante Machado Pinto foi eleito para
um segundo mandato. Pretende aumentar
o número de sócios, manter a qualidade
na organização dos eventos, dinamizar as
actividades e conseguir aprovar o futuro
complexo desportivo.
MACHADO PINTO, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO
“
O Clube TAP não é um clube elitista
nem de meia dúzia de pessoas. É
um clube dos associados e para os associados!” É desta forma entusiasta que o presidente do clube, comandante Machado
Pinto, o descreve, elegendo o aumento do
número de associados como um dos principais objectivos do seu mandato.
“Esta instituição é uma das maiores do País,
contando com 11 mil associados. Vamos
empenhar-nos, com grande agressividade,
para angariarmos ainda mais sócios!”
Para isso, muito trabalho há a fazer neste novo mandato, iniciado em 6 de Maio
com a tomada de posse dos corpos sociais,
numa cerimónia realizada nas instalações
do clube.
Machado Pinto foi novamente eleito presidente, cargo que já desempenha desde
2006. Manter a qualidade na organização de
eventos é outro dos objectivos que definiu
para este seu segundo mandato.
“Vamos continuar na senda das boas organizações. Somos apologistas de que é preferível organizar menos mas bem, do que
muito sem qualidade. E todos os nossos
eventos têm que ter qualidade. Há muitos
que fazem mal, mas há relativamente poucos que fazem bem. E nós temos que estar
colocados nessa grelha.”
MÁRIO MATOS, PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Este esforço do Clube TAP foi, aliás, recompensado com o sucesso conseguido
na organização dos torneios da Associação
dos Clubes das Companhias de Aviação
(ASCA).
“Organizámos um torneio da ASCA no mês
passado, tendo os participantes declarado
que há mais de 25 anos que não havia um
torneio tão bem organizado”, revela Machado Pinto.
DINAMIZAR ACTIVIDADES
Para além destes planos, Machado Pinto
conta também com outros trunfos na manga para o futuro do Clube TAP.
“Vamos continuar a remodelação das instalações e revigorar a parte desportiva.
Há actividades que têm pouca expansão e
queremos dinamizá-las o mais possível.”
Apesar deste último aspecto não se afigurar
propriamente fácil, o presidente está convicto de que “vamos conseguir ultrapassar
estes obstáculos, sempre com o Clube TAP
a sair vencedor.”
Para atingir este objectivo, Machado Pinto
tem já um projecto em mente: a aprovação
do futuro complexo desportivo.
Se não houve passagem de testemunho
na presidência do clube, o mesmo não se
passou na Mesa da Assembleia Geral, com
40 MODALIDADES
O Clube TAP tem já 53 anos de existência e dispõe, neste momento, de 40
actividades desportivas. Desde o tiro à natação, passando pelo voleibol e o golfe,
até ao cicloturismo e ao futebol, muitas são as modalidades desenvolvidas. É
o segundo maior clube de golfe da Europa e um dos participantes mais activos
nas competições da ASCA. Está inscrito em vários torneios e campeonatos,
disputando-os regularmente, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Mário Matos, administrador da Cateringpor, a suceder a Neiva Santos.
“Como presidente da Mesa da Assembleia
Geral, tenho a função de representar todos
os sócios do Clube TAP, bem como os seus
interesses. Certificar-me-ei, através do
plano de actividades a analisar, que esses
interesses estão aí traduzidos”, disse Mário
Matos.
Esta representação dos sócios significa
também, para Mário Matos, ”assegurar
que o nome da TAP, que está associado ao
clube e às pessoas que o constituem, seja
dignificado e que a relação entre a companhia e o clube seja positiva para ambos.”
“FREQUENTEM O CLUBE!”
Numa mensagem dirigida aos sócios do
clube, Machado Pinto apela para que estes
utilizem os seus serviços.
“Queria pedir aos associados que frequentem o Clube TAP, são eles a nossa razão de
viver! O clube está aberto para eles, quer
tenham mais ou menos idade, estejam no
activo ou já reformados, sejam desportistas ou não desportistas. A todas as pessoas
que sejam sócias do clube, que venham e
o frequentem, pois será com grande prazer
que as receberemos cá!”
Mário Matos lembra que “existe uma adesão significativa dos trabalhadores às várias iniciativas do clube, que, aliás, alargou
bastante a participação a familiares e a
terceiros, atingindo um leque maior de associados.”
O administrador da Cateringpor considera
que o clube é um factor de coesão interna
dos trabalhadores do universo TAP e até
das suas famílias. “Neste aspecto, desempenha um papel muito importante na política de recursos humanos da empresa.” CORPOS GERENTES 2009-2011
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Mário José Santos de Matos (Cateringpor) – Presidente
João Martinho Vieira Vizinha (TAP M&E)
– Vice-presidente
Edilberto Manuel Gonçalves Moço (Reformado)
– Secretário
Marcolino José Delgado Ramos (TAP M&E) – Suplente
DIRECÇÃO
José Eduardo Machado Pinto (Reformado) – Presidente
PELOURO COMUNICAÇÃO E MARKETING
Vasco de Carvalho Pereira e Campanella (TAP/TA)
– Vice-presidente
Zélia Cristina Rafael Carmezim (TAP/TA) – Vogal
Alexandra Cristina Pereira Coutinho (TAP/TA) – Vogal
Elsa Marina Gomes de Sousa (TAP/TA) – Vogal
PELOURO ADMINISTRATIVO E SOCIAL
Carlos Teixeira dos Anjos (Reformado) – Vice-presidente
Pedro Jorge Serra Silva (TAP M&E) – Tesoureiro
Abel Joaquim Meireles Coxito (TAP/TA) – 1º Secretário
Maria Teresa de Avelar Barradas (TAP Serviços) – 2º
Secretário
PELOURO DESPORTIVO
Pedro Eduardo dos Santos Franco (Reformado)
– Vice-presidente
Álvaro António Faria Coelho da Silva (TAP M&E) – Vogal
Rui Pedro Lopes Pires (TAP Serviços) – Vogal
Nuno Miguel Silva Manuel (TAP M&E) – Vogal
PELOURO CULTURAL E RECREATIVO
João Fernandes Rodrigues (Reformado)
– Vice-presidente
Carlos Manuel Urbano Ferreira (Reformado) – Vogal
Luís Mendonça da Silva (Reformado) – Vogal
Luís Filipe Patarra Chegado (TAP M&E) – Vogal
SUPLENTES
Silvana Cristina de Almeida Belém (TAP/TA)
José Manuel Esteves Reis Taborda (Megasis)
José Joaquim Faia Branquinho (TAP Serviços)
Dina Teresa Preguiça Ferro Miguel (TAP Serviços)
Belinda Maria Amélia Brito Cardoso (TAP Serviços)
Ana Teresa Teixeira Silva e Vasconcelos (TAP)
CONSELHO FISCAL
Maria de Lurdes Fernandes Pires Neves (TAP Serviços)
– Presidente
Antero Rua Pereira (Reformado) – 1º Secretário
Carlos Eugénio Rodrigues Vaz (Reformado)
– 2º Secretário
Helder Lopes Baptista (TAP Serviços) – Suplente
DELEGADOS
José Guilherme Mota Santos Pacheco (SPDH) – Porto
Rui Rodrigues Peleira (SPDH) – Faro
Elda Maria Mendes Góis Oliveira (Reformada) - Funchal
MEMÓRIAS
Nº 67 | JUN 2009
13
Até sempre, comandante “Pereirinha”!
Recentemente, a TAP ficou mais pobre. Alberto da
Silva Pereira, um dos seus primeiros comandantes,
deixou-nos aos 91 anos. Para trás, fica uma carreira
de várias décadas ao serviço da companhia. O
comandante “Pereirinha” foi também o fundador
do Museu TAP.
A
mável, brincalhão, dedicado. A nível físico, Alberto Pereira era baixinho, facto que lhe valeu a carinhosa alcunha
de “Pereirinha”.
“Temos uma fotografia com quase todos
os comandantes do nosso tempo e ele era
o mais baixinho. Fazia lembrar o almirante Gago Coutinho!”, diz, entre risos e com
muita amizade, o comandante Amado da
Cunha, seu colega no 2º Curso Geral de Pilotos da TAP.
Alberto da Silva Pereira nasceu a 8 de Fevereiro de 1918, sendo, 29 anos depois,
admitido na TAP, onde integrou então o 2º
Curso Geral de Pilotos.
“Tivemos muito contacto durante o curso
e tenho as melhores recordações dele. Era
bastante dedicado e estava sempre disponível para colaborar”, relata Amado da
Cunha.
Obtendo, em 1948, o certificado de pilotoaviador de Transporte Público, é promovido,
nesse mesmo ano, a 3º piloto. Era o início de
uma grande carreira aos comandos de vários aviões da TAP.
“Para além de ser um profissional sério, o
saudoso ‘Pereirinha’ foi
também um piloto de referência, respeitado tanto
no chão como no ar”, sublinha o seu antigo colega.
PILOTOS QUE FREQUENTARAM O 2º CURSO GERAL DE
PILOTOS DOS TAP, 1947/48 (ÚLTIMO DA DIREITA)
COM UMA HÉLICE
A MENOS…
Chegado o ano de 1951,
foi promovido a 2º piloto,
com o avião Dakota, até
que, três anos volvidos, é
finalmente promovido a
1º piloto, com o Skymaster.
NA PARTIDA DO AVIÃO QUE EFECTUOU A 1ª ATERRAGEM OFICIAL DA TAP EM S. TOMÉ, 1949
(4º A CONTAR DE CIMA)
O Super-Constellation viria em 1957.
A forte aptidão do “saudoso Pereirinha”
para voar foi provada três anos depois de
ser promovido a comandante, em 1958. No
dia 2 de Dezembro de 1961, na inauguração
de uma nova linha da TAP para África, o voo
ficou marcado pela perda de uma hélice,
tendo Alberto Pereira conseguido contornar
o problema. O incidente está relatado pelo
próprio, no livro Histórias Com Asas, onde
estão reunidas memórias dos pilotos da
companhia. (ver caixa)
O MUSEU TAP
Em 1978, com 60 anos de idade, Alberto Pereira reformou-se, dedicando-se ao que hoje
nos permite conhecer toda a história da TAP,
seja por documentos, fotografias ou mesmo
por simples objectos – o Museu TAP.
Nomeado, em 1980, coordenador do museu
pelo Conselho de Gerência, Alberto Pereira
mostrou o seu espírito pioneiro na sua divulgação. Apenas um ano depois, o acervo
“… Dei uma olhadela aos painéis de controlo dos motores, e (…) dizendo para
o Mecânico (…): ‘Está cheio de sorte! Tem aí os ponteiros todos quietinhos,
que até parece que estão colados com fita adesiva!‘
Mas ele respondeu-me pausadamente: ‘Não estou a gostar nada do motor
1!‘
Subitamente, os ponteiros dos instrumentos desse motor caíram para zero!
O Radiotelegrafista salta do seu lugar (…), olha para fora, e diz calmamente:
(…) ‘O hélice cavou…’ (…)
Dirigi-me ao meu lugar (…) e observo (…): um jacto de óleo (…) projectava-se
cerca de um metro e meio para a frente do motor, vencendo a forte resistência
aerodinâmica, e espalhava-se depois para trás, (…) num banho negro.
Espectáculo dantesco, que jamais esquecerei. Perdi a oportunidade de fazer a
fotografia do ano! A máquina estava perto, mas… nem me lembrei dela…”
“Enfim… aterrámos (…). O avião, que era quadrimotor à saída de Bissau,
chegava trimotor a S. Tomé…”
Alberto Pereira, em Histórias Com Asas
NO 60º ANIVERSÁRIO DA TAP (À ESQUERDA).
museológico já contava com 2.430 peças.
Contudo, em 1986, a ligação de Alberto Pereira ao Museu TAP chegou ao fim, apenas
por este ter deixado de depender directamente do Conselho de Gerência.
Na Circular C4/160/86 que emitiu, agradeceu aos trabalhadores da companhia a
“ajuda inestimável que se dignaram a dispensar-me para erguer o Museu TAP”, destacando o seu “espírito de sacrifício e amor
à empresa.”
SAUDADE E RESPEITO
Alberto Pereira faleceu no final de Abril. A
sua bravura nunca será esquecida, deixando
muitas saudades.
“A impressão que tenho dele é saudosa e
muito respeitosa. Depois do nosso último encontro, soube que o seu estado físico se deteriorara e foi, com muita mágoa, que soubemos que nos tinha deixado...”, revela Amado
da Cunha, com uma certa comoção na voz.
“Era amável, brincalhão, jocoso mas nunca mordaz, sempre
delicado. Era, sem
dúvida, uma pessoa
agradável”, destaca.
A partir de agora,
quando cruzarem os
céus, os aviões da
TAP irão fazer-lhe
uma sentida continência. Até sempre,
comandante “Pereirinha”! SOLIDARIEDADE
Nº 67 | JUN 2009
14
TAP solidária com refugiados africanos
H
á, em todo o mundo, 67 milhões de pessoas
refugiadas ou deslocadas. As razões são conhecidas. Guerra, mudanças climáticas e aumento dos
preços dos recursos básicos.
Mais de metade destas pessoas (37,4 milhões) estão
sob o cuidado do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que tem por missão
levar-lhes protecção legal, abrigos, medicamentos,
água e comida.
Só os refugiados acompanhados pelo ACNUR ultrapassam os 11 milhões, mais de 50 por cento na Ásia,
logo seguida por África (2,5 milhões), que exigem importantes cuidados alimentares.
Em 2008, o ACNUR desafiou várias organizações
portuguesas a unir-se para a criação de uma rede virtual de angariação de fundos, para alimentar os refugiados do continente africano.
Numa iniciativa inédita a nível mundial, 22 organizações, entre as quais a TAP, aceitaram o repto do altocomissário, o português António Guterres, e lançaram
o projecto Helpin.
Entre outras actividades a desenvolver na TAP,
destaca-se um peditório da ACNUR a realizar no
refeitório, em 20 de Junho – Dia Mundial dos Refugiados.
O ACNUR foi criado por resolução das Nações Unidas
em Dezembro de 1950 e recebeu o Prémio Nobel da
Paz em 1954 e 1981. AJUDE A ALIMENTAR OS REFUGIADOS AFRICANOS
Faça o seu donativo através do IBAN do ACNUR:
CH72 0024 0240 FP10 2674 2
Banco: USB AG
Propósito do pagamento: Helpin
HELPIN VOCÊ TAMBÉM!
O ACNUR ACOMPANHA 2,5 MILHÕES DE REFUGIADOS EM ÁFRICA
Ângelo Felgueiras
a “escalar por uma causa”
E
m 2008, Ângelo Felgueiras, comandante da TAP
e alpinista, escalou as Pirâmides
de Carstenz, na Oceânia, vendendo cada metro que subiu por um
euro. Os 6.099 euros totalizados
reverteram para a Associação
Cultural Moinhos da Juventude,
aplicados na reparação do telhado da Biblioteca Infantil da Cova
da Moura.
Foi neste contexto que Felgueiras apresentou, em 4 de Maio,
no Espaço Groupama.ARTE, em
Lisboa, a exposição “Escalar por
uma causa”, exibindo fotografias
dessa expedição e das suas campanhas no Alasca, Monte Branco
e Nepal, bem como desenhos
sobre estas escaladas, feitos por
jovens da referida associação.
A exposição incluiu também um
espaço para os jovens criadores
de grafitis, contando com a presença de algumas figuras conhecidas, como os actores Ana Bola,
Vítor de Sousa, Maria Vieira, Miguel Guilherme e Bruno Nogueira, amigos pessoais de Ângelo
Felgueiras.
“Pediram-me para mostrar as fotografias que tirava nas minhas
escaladas e surgiu a ideia de
fazer uma exposição com elas,
acompanhadas de desenhos dos
miúdos do Moinho da Juventude.
Foi uma coisa com um significado diferente e que me atraiu!” –
explica Felgueiras.
“TODOS PODEMOS AJUDAR!”
Como resultado desta exposição,
vai ser oferecido, a cerca de 20
crianças da Associação Moinhos
da Juventude, um dia de escalada em Monsanto, bem como uma
semana num campo de férias, em
Castelo de Bode.
“Para estes miúdos, que não têm
expectativas nem luz ao fundo do
túnel, é óptimo. Há pessoas que
têm mais razões para se queixar
do que nós, e todos podemos
ajudar a melhorar um bocadinho
o que está à nossa volta. Ajudem
sempre que podem, com qualquer coisa!”
O espírito solidário de Ângelo
Felgueiras é enaltecido por Ana
Bola, que espera “que este tipo
de acções incuta valores de solidariedade nas outras pessoas”,
mostrando todo o seu apoio… no
que conseguir!
“Associo-me a esta acção e farei
o que puder para ajudar. Só não
posso é fazer escalada mas ajudo
no resto!”, exclama, bem disposta e entre risos. ANA BOLA E ÂNGELO FELGUEIRAS
ANA BOLA E VÍTOR DE SOUSA COM CRIANÇAS DA COVA
DA MOURA
O OUTRO LADO DE…
Nº 67 | JUN 2009
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Manuel Norton e o Banco Alimentar Contra a Fome
Todos os anos, o Banco Alimentar Contra a Fome
ajuda mais de 240 mil pessoas em Portugal. Manuel
Norton, um dos membros da Direcção e antigo
administrador da TAP, apela ao espírito solidário
de cada um para colaborar com esta instituição de
caridade.
O primeiro Banco Alimentar Contra a Fome foi aberto nos EUA em Phoenix
(Arizona), em 1966. A ideia foi trazida para a Europa em 1984 e para Portugal
em 1992, por José Vaz Pinto, antigo comandante da TAP, abrindo o primeiro
banco em Lisboa.
De Norte a Sul do país, são, ao todo, 15 os bancos alimentares que assistem
quem precisa. Por ordem de criação: Lisboa, Porto, S. Miguel e Évora, Aveiro
e Coimbra, Abrantes, Setúbal, Cova da Beira, Leiria/Fátima, Oeste, Algarve e
Portalegre, Braga e Santarém.
Em 2008, o Banco Alimentar Contra a Fome recolheu 17.406 toneladas de
alimentos, que distribuiu a 1.528 instituições, abrangendo 249.593 pessoas.
Inscreva-se no da sua região e ajude quem precisa. Não custa nada.
MANUEL NORTON: “AS CAMPANHAS REGISTAM GRANDE ADESÃO”
M
udar o mundo pode ser difícil, mas
não é impossível. Desde 1992, o
Banco Alimentar Contra a Fome tem levado
a cabo essa missão, entregando anualmente
bens alimentares a mais de 1.500 instituições,
que depois os distribuem a um universo de
250 mil pessoas em Portugal.
“Nesse ano de 1992, um antigo comandante
da TAP, José Vaz Pinto, soube que havia
bancos alimentares no estrangeiro e fundou
o Banco Alimentar de Lisboa, o primeiro
do País”, começa por dizer Manuel Norton,
um dos três elementos da Direcção desta
instituição, lançando depois o apelo à
contribuição de todos.
“Inscrevam-se como voluntários, qualquer
pessoa o pode fazer. Ou então com donativos
durante as campanhas em bens alimentares
ou vales!”
CENTENAS DE VOLUNTÁRIOS
Oportunidades para ajudar o Banco Alimentar
não faltam. Todos os anos, em Maio e
Novembro/Dezembro, duas campanhas
são levadas a cabo em praticamente todos
os supermercados e lojas do País, contando
com centenas de voluntários.
“São dois dias intensos, sábado e domingo,
sendo esta a face mais visível do banco.”
Em 2009, a campanha de Maio decorreu nos
dias 30 e 31 e a de Novembro vai realizar-se
nos dias 28 e 29. Representando cerca de 15
por cento do que o Banco Alimentar distribui
anualmente em Portugal, esta iniciativa é,
para Manuel Norton, bem mais do que isso.
“Tendo um factor didáctico, estas campanhas mostram, a todas as pessoas que se
envolvem nelas, a problemática da fome.
Todos ficam a conhecê-la de perto, vivendo-a
e percebendo-a. Daí ser tão importante
participar!”, apela.
“Estas campanhas mostram, a
todas as pessoas que se envolvem nelas, a problemática da
fome. Todos ficam a conhecêla de perto, vivendo-a e percebendo-a. Daí ser tão importante participar!”
AJUDAR NOS CUSTOS
Para poder angariar bens alimentares, o
Banco Alimentar tem de suportar alguns
custos. Também neste sentido Manuel
Norton alerta para a necessidade de apoio.
“O banco não compra alimentos, são
oferecidos. No entanto, tem despesas com
os transportes, electricidade, ou alguns
assalariados, que são custeadas através
de uma campanha que fazemos todos os
anos, no Natal. Temos uma base de dados
de pessoas que comparticipam com o que
querem, em dinheiro, para conseguirmos
pagar as despesas.”
Assim, além de oferecerem bens alimentares, as pessoas podem igualmente ajudar nas
despesas da instituição, possibilitando o seu
funcionamento.
ADESÃO AUMENTA
A grande participação nas iniciativas do
Banco Alimentar Contra a Fome é algo que
deixa Manuel Norton bastante satisfeito.
“Há muita adesão, aumentando, de ano
para ano, o número de voluntários. Apesar
de estarmos a viver um momento de crise,
à partida menos propício à solidariedade,
curiosamente isso não se tem verificado.
As pessoas percebem que há crise e que
é preciso dar mais, sendo um sinal de que
sentem o problema.”
Uma grande prova disso é que já existem 15
bancos espalhados pelo País, alimentando
anualmente cerca de 250 mil pessoas. Apesar
de terem gestões independentes, estão
integrados numa Federação, que garante
“coordenação e regras e princípios comuns.”
A GESTÃO AO SERVIÇO
DA SOLIDARIEDADE
Na TAP de 1969 a 1995, Manuel Norton
cumpriu, portanto, 26 anos ao serviço da
companhia, encontrando-se no Banco
Alimentar de Lisboa há três.
“Eu já era voluntário nas campanhas do banco
e fazia-me confusão chegar à reforma e haver
um corte, não colocando a experiência que
adquirira na TAP ao serviço da sociedade”,
diz, relacionando o seu lado solidário com a
actividade que desenvolveu na empresa.
“A TAP marcou-me e ensinou-me muito, quer
tecnicamente quer a nível da gestão. Deste
modo, dado que a ideia do voluntariado
após a reforma estava já a germinar dentro
de mim, pensei em pôr ao serviço do Banco
Alimentar essa experiência em gestão que
a TAP me proporcionou, empregando-a ao
serviço de uma causa social.”
Note-se ainda que, para além de Manuel
Norton, há também outros trabalhadores
da TAP, no activo, a colaborar com o Banco
Alimentar.
“A gestão do refeitório é feita, por exemplo,
por uma chefe de cabina. Há também
voluntários da TAP no transporte e na
preparação dos cabazes para as instituições”,
refere. Que venham mais! Para se inscrever no Banco Alimentar
ou obter informações, basta aceder
ao site www.bancoalimentar.pt.
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ÚLTIMAS
Nº 67 | JUN 2009
TAP promove Portugal na Europa
Durante três meses, as
marcas TAP e Portugal
estiveram presentes em
nove países europeus,
numa campanha que
marca a viragem na
forma de promover o
País, visando, sobretudo, o consumidor final.
O primeiro balanço é
muito positivo.
NA FOTO AO LADO, EXEMPLO
DE PROMOÇÃO NA POLÓNIA.
D
e modo a promover o destino
Portugal na Europa, a TAP implementou uma campanha em nove dos mais
importantes mercados do continente – Alemanha, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Polónia, Reino Unido e Rússia.
De Abril a Junho, a Europa está “forrada”
pela marca TAP, conferindo visibilidade ao
nosso País enquanto destino turístico. O
director de Marketing da companhia, Luís
Monteiro, realça esta intenção.
“É uma campanha conjunta entre a TAP
e o Turismo de Portugal, que marca uma
viragem na promoção do nosso País, reconhecendo a importância de ‘falar’ com o
consumidor final e comunicar um Portugal
moderno e inovador”, descreve.
A responsável pela Comunicação e Imagem
do Marketing, Gilda Luís, destaca também a
particularidade de, pela primeira vez, a TAP
ter massificado a comunicação em alguns
mercados.
“No Reino Unido, por exemplo, a campanha
encontra-se, pela primeira vez, em outdoors e transportes, como táxis e autocarros.
Houve de facto uma grande exposição. Foi a
maior campanha de sempre de Portugal no
Reino Unido. ”
“Esta campanha está muito focada em preço-destino, tendo, de facto, como objectivo
o hard-selling”, reconhece Gilda Luís.
Outra inovação consistiu na grande percentagem de investimento colocado na
internet. “Investimos massivamente nos
FICHA TÉCNICA
OS FAMOSOS TÁXIS LONDRINOS TAMBÉM ACOLHERAM A CAMPANHA
A CAMPANHA NA ESTAÇÃO DE CHARING CROSS, LONDRES
canais internet, search engines, google
adwords, banners…”, revela Luís Monteiro.
“Se não fizéssemos nada, poderíamos perder 20 por cento de passageiros. A campanha permitiu, nas duas primeiras semanas,
cumprir 83 por cento do objectivo em termos de crescimento de passageiros”, explica Luís Monteiro.
Tudo indica que a TAP poderá ultrapassar o
objectivo previsto, fixado nos 160 mil passageiros, na medida em que os primeiros
resultados analisados são, de acordo com
Gilda Luís, muito positivos.
“Apesar de se tratar de uma campanha de
preço, ela vai funcionar muito como posicionamento das marcas TAP e Portugal”, diz
Propriedade: TAP Portugal
Morada: Aeroporto de Lisboa, 1704-801 LISBOA
[email protected]
Os artigos expostos são da responsabilidade da Direcção Editorial do Jornal da TAP, ou dos seus autores,
quando assinados, não reflectindo necessariamente os pontos de vista da Administração.
Director: António Monteiro | [email protected]
Edição: DEEP STEP Comunicação | [email protected]
Fotografia: Audiovisuais
esta responsável, admitindo que o seu retorno se mantenha após a conclusão da campanha, nomeadamente ao alavancar a selecção
do destino Portugal para férias de Verão. “No Reino Unido, por exemplo, a campanha encontra-se,
pela primeira vez, em outdoors
e transportes, como táxis e autocarros. Houve de facto uma
grande exposição. Foi a maior
campanha de sempre de Portugal no Reino Unido. ”
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Prémio Airbus - Jornal TAP Online Edição 124