Consolidação da rede pública Racionalização da oferta educativa Ensino superior José Ferreira Gomes Consolidação da rede pública Racionalização da oferta educativa Ensino superior 1973: Universidade do Porto Universidade de Coimbra Universidade de Lisboa Universidade Técnica de Lisboa Instituto Industrial do Porto Instituto Comercial do Porto Instituto Comercial e Industrial de Coimbra Instituto Industrial de Lisboa Instituto Comercial de Lisboa 1973 (Veiga Simão): Universidade do Porto Universidade de Coimbra Universidade de Lisboa Universidade Técnica de Lisboa Universidade do Minho Universidade de Aveiro Universidade Nova de Lisboa Instituto Universitário de Évora Instituto Politécnico de Vila Real Instituto Politécnico da Covilhã Instituto Politécnico de Tomar Instituto Politécnico de Setúbal Instituto Politécnico de Leiria Instituto Politécnico de Faro Escola Normal Superior de Bragança Escola Normal Superior de Castelo Branco Escola Normal Superior da Guarda Escola Normal Superior de Leiria Escola Normal Superior de Lisboa Escola Normal Superior de Beja Escola Normal Superior de Faro Escola Normal Superior de Funchal Escola Normal Superior de Ponta Delgada CAPÍTULO I Dos estabelecimentos de ensino superior Art. 3.º - 1. As Universidades são instituições pluridisciplinares que procuram assegurar a convergência dos diversos ramos do saber e às quais compete especialmente ministrar o ensino superior de curta e longa duração e de pós-graduação, promover a investigação fundamental e aplicada nas diferentes disciplinas científicas e em áreas interdisciplinares e, no âmbito da sua missão de serviço à comunidade, considerar o estudo da cultura portuguesa. Art. 4.º Os Institutos Politécnicos são centros de formação técnicoprofissional, aos quais compete especialmente ministrar o ensino superior de curta duração, orientado de forma a dar predominância aos problemas concretos e de aplicação prática, e promover a investigação aplicada e o desenvolvimento experimental, tendo em conta as necessidades no domínio tecnológico e no sector dos serviços, particularmente as de carácter regional. [Ministério da Educação Nacional - Gabinete do Ministro, Decreto-Lei n.º 402/73 de 11 de Agosto] Artigo 6.º Instituições de ensino universitário 1 — As universidades, os institutos universitários e as demais instituições de ensino universitário são instituições de alto nível orientadas para a criação, transmissão e difusão da cultura, do saber e da ciência e tecnologia, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação e do desenvolvimento experimental. Artigo 7.º Instituições de ensino politécnico 1 — Os institutos politécnicos e demais instituições de ensino politécnico são instituições de alto nível orientadas para a criação, transmissão e difusão da cultura e do saber de natureza profissional, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental. [Lei n.º 62/2007 de 10 de Setembro, Regime jurídico das instituições de ensino superior] Estudantes inscritos no Ensino Superior 1000000 Aproximação exponencial y = 3E-46 e0.0588 x R² = 0.98289 100000 10000 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Estudantes inscritos no Ensino Superior2,3. O crescimento exponencial manteve-se a um ritmo de perto de 6% ao ano com uma subida um pouco mais rápida no período de 1956-73 e, especialmente, em 1985-95 onde chegou a ultrapassar os 10% ao ano, para estabilizar bruscamente por volta de 2000. Conclusões do Ensino Secundário - 2010/11 Modalidade de Ensino Cursos científico-humanísticos / gerais Cursos tecnológicos Artístico especializado (1) Cursos profissionais TOTAL (1) Regime Integrado Fonte: Estatísticas da Educação 2010/11 (DGEEC/MEC) Público 33.606 1.570 530 13.362 49.068 Privado 5.550 1.105 32 10.131 16.818 TOTAL 39.156 2.675 562 23.493 65.886 Acesso ao Ensino Superior nas Universidades - 2011/12 Instituição de Ensino Superior Universidade dos Açores Universidade do Algarve Universidade de Aveiro Universidade da Beira Interior Universidade de Coimbra Universidade de Évora Universidade de Lisboa Universidade Técnica de Lisboa Universidade Nova de Lisboa Universidade do Minho Universidade do Porto Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Universidade da Madeira ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa TOTAL Universidades Vagas 683 1.852 2.089 1.295 4.484 1.121 3.920 3.741 2.706 2.774 4.160 1.365 585 1.135 31.910 Candidatos 1f1o 481 981 1.675 1.037 4.253 772 3.791 3.916 3.419 3.113 7.267 1.059 676 1.488 33.928 Matriculados 3f 556 1.294 1.863 1.197 4.602 994 3.678 3.814 2.694 2.710 4.306 1.299 559 1.136 30.702 Matriculados or (1) 432 434 383 325 1.861 319 629 1.015 510 523 676 294 96 239 7.736 Total Matriculados 988 1.728 2.246 1.522 6.463 1.313 4.307 4.829 3.204 3.233 4.982 1.593 655 1.375 38.438 (1) Matriculados por outros regimes de ingresso: inclui transferências e mudanças de curso, maiores de 23, titulares de DET, mobilidade internacional e outros regimes de ingresso Fonte: DGES/MEC + DGEEC/MEC Acesso ao Ensino Superior nos Institutos Politécnicos e nas Escolas Politécnicas Não Integradas - 2011/12 Instituição de Ensino Superior Instituto Politécnico de Beja Instituto Politécnico de Cávado e Ave Instituto Politécnico de Bragança Instituto Politécnico de Castelo Branco Instituto Politécnico de Coimbra Instituto Politécnico da Guarda Instituto Politécnico de Leiria Instituto Politécnico de Lisboa Instituto Politécnico de Portalegre Instituto Politécnico do Porto Instituto Politécnico de Santarém Instituto Politécnico de Setúbal Instituto Politécnico de Viana do Castelo Instituto Politécnico de Viseu Instituto Politécnico de Tomar Escola Superior de Enfermagem de Coimbra Escola Superior de Enfermagem de Lisboa Escola Superior de Enfermagem do Porto Escola Superior Náutica Infante D. Henrique Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril TOTAL Politécnicos Vagas 635 855 1.873 1.033 1.967 789 2.206 2.488 720 3.132 1.094 1.332 991 1.542 715 320 300 270 173 430 22.865 Candidatos 1f1o 222 377 376 433 1.379 146 1.295 2.109 144 3.116 402 621 506 509 132 289 573 413 78 585 13.705 Matriculados 3f 339 568 777 600 1.800 361 1.697 2.243 326 3.076 675 867 723 943 231 322 300 269 111 435 16.663 Matriculados or (1) 312 311 538 343 695 200 926 497 203 939 283 442 362 442 263 57 27 21 33 85 6.979 Total Matriculados 651 879 1.315 943 2.495 561 2.623 2.740 529 4.015 958 1.309 1.085 1.385 494 379 327 290 144 520 23.642 (1) Matriculados por outros regimes de ingresso: inclui transferências e mudanças de curso, maiores de 23, titulares de DET, mobilidade internacional e outros regimes de ingresso Fonte: DGES/MEC + DGEEC/MEC Estudantes Inscritos no Ensino Superior - 2011/12 Setor Público Privado (1) Inclui CET Fonte: RAIDES 11 (DGEEC/MEC) Ensino Universitário Politécnico Universitário Politécnico TOTAL Inscritos (1) 198.267 119.321 56.082 23.667 397.337 Racionalização da oferta educativa Inscritos no 1º ano 1ª vez, CNAEF 14 – Formação de professores e Ciências da Educação 1996/97 1996/97 2001/02 2006/07 2010/11 U – público 3511 3147 1171 1074 P – público 2268 2638 1484 1263 U - privado 0 15 58 37 P - privado 2492 1894 1096 696 8271 7694 3809 3070 Total Adquiridos: Não temos capacidade educativa excedentária no ensino superior mas há certamente uma distribuição geográfica difícil de justificar pela procura natural (registada no Concurso Nacional de Acesso, 1ª fase, 1ª opção) e algum desajuste entre a oferta e a procura. Em comparação internacional, os custos unitários do nosso ensino superior são baixos (em comparação PPP e em fracção do PIB). A relação entre o custo unitário no universitário e no politécnico depende muito da relativa junioridade do pessoal docente do politécnico mas deverá estabilizar em função do nº de horas semanais leccionadas previstas no ECD. Para os ciclos curtos, há que controlar estritamente os custos, mantendo a direcção científico-pedagógica muito firme em docentes experientes. Justifica-se uma consolidação da rede estatal e a racionalização da sua oferta educativa permitirá alguns ganhos de eficiência e eficácia. Visão de futuro: Manter um sector universitário de ensino superior com uma dimensão próxima da actual. Manter um sector politécnico de ensino superior reforçado pela absorção da procura crescente. Dotar o sector politécnico de uma capacidade de articulação regional de toda a oferta educativa profissionalizante e promover a oferta de Ciclos Curtos. Alguns pontos de discussão da Reforma do Ensino Superior em Nov-Dez/2013: A constituição de órgãos regionais de coordenação da rede e da oferta educativa, e respetivos âmbito, composição e competências; A consolidação da rede, de modo a assegurar que todas as instituições sejam suficientemente robustas e tenham uma missão clara no quadro nacional e regional de educação e desenvolvimento, nomeadamente através de consórcios e de fusões, envolvendo ou não instituições/escolas de diferentes sub-sistemas de ensino; Os indicadores necessários para a definição de um modelo de financiamento público que abandone o incentivo à expansão dos tipos de educação superior mais estabilizados e possa induzir a sua diferenciação e a melhoria da qualidade das aprendizagens em todos os segmentos da oferta; A elaboração de um plano de melhoria do desempenho e de racionalização interna de cada instituição em todas as vertentes relevantes para a sua missão com o ajuste às alterações da procura estudantil e atenção reforçada para a relevância social das competências dos graduados. Consolidação da rede pública Racionalização da oferta educativa Ensino superior Muito obrigado José Ferreira Gomes