Empreendedorismo 2-5
Conquistas dos alunos da EPB 9
À conversa com Elsa Barreto 18-19
abertura
editorial
Há que levantar
a cabeça
Diz um provérbio chinês que
“quem não sabe suportar as contrariedades nunca terá acesso às coisas
grandiosas”, ideia que reenvia para a atualidade, dominada por uma crise brutal, mas que deverá
transmitir energia suficiente para levantarmos a cabeça e
sairmos das areias movediças que agora pisamos.
É verdade que, à boleia da crise, foram alienados muitos direitos
das pessoas, bem visíveis no aumento de impostos, na alteração
das leis laborais, na precariedade do emprego, na quebra acentuada das condições de vida, no desemprego, entre outros, que
conduziram a generalidade das pessoas a um estado de pessimismo, manifestado em frequentes alusões à crise, essa espécie de
carraça que amargura a alma e tolhe o pensamento.
Mas há que combater esta onda negativa. Por exemplo, ajustar
as despesas quotidianas aos ganhos previstos; reservar algumas
economias para momentos de maior aperto; procurar ocupação
enquanto não chegam dias melhores com voluntariado; tentar
melhorar as qualificações; ou, talvez mais importante, aumentar
o otimismo, o entusiasmo e a entrega, por certo, uma forma de
cada um recuperar a autoestima, seja a atividade desenvolvida no
comércio, na indústria ou nos serviços, e tendo sempre como referência as leis que ainda dão alguma segurança.
É esta atitude decidida, feita de coragem, criatividade e crença no
futuro que se espera também dos atores da Educação. Dos professores, concretizada na procura de estratégias inovadoras, diversificadas, com simplicidade e humor, a par de critérios de exigência,
de elevação dos valores de cidadania e de participação na vida
da instituição. O que deverá igualmente orientar o quotidiano dos
funcionários, dando atenção aos comportamentos dos alunos,
fundamentais numa sociedade que valoriza as pessoas.
Atitude de mudança também dos alunos, com um comportamento responsável e irreverentemente positivo na vida da Escola, que
passa pela valorização da iniciativa, disponibilidade, respeito pela
diferença e alegria de aprender, ou pela participação construtiva
das aprendizagens e exigência de uma formação de qualidade.
Pressupostos devidamente articulados com a família, igualmente
comprometida na formação, numa permanente interação com a
Escola.
Assim, as pessoas deverão manter uma atitude pró-ativa, empreendedora, de elevação pessoal e profissional, que, aliada à
recuperação de créditos de otimismo, autoconfiança e crença na
mudança, as possa levar a ultrapassar este tempo de grande desconforto, e alcançar a agenda da retoma do progresso, tão necessária à realização dos seus legítimos anseios.
Fernando Silva
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Empreendedorismo e inovação como nova atitude
Contributos para combater o desemprego.
Entrevista
Estivemos à conversa com um dos responsáveis
da nova gestão da Escola.
Cursos
Aposta em ofertas formativas diversificadas
com cursos cheios de energia.
Em rede
Presidente da Câmara de Água Grande faz balanço
do lançamento do ensino profissional em S. Tomé e Príncipe.
À Conversa com...
Elsa Barreto, estilista bracarense de gema,
conversa com Alexandra Corunha.
Iniciativas
Comunidade escolar dinamiza atividades
em vários domínios do saber.
Escola
Mais EPB: uma associação aberta e plural.
Opinião
Professores, empresários e alunos transmitem
um olhar crítico sobre temas da atualidade.
A fechar
Evocar o Fado, Património Oral e Imaterial da Humanidade.
1
destaque
Uma nova atitude para combater o desemprego
Longe vão os tempos em que abundavam as ofertas de
trabalho, designadamente para os jovens que iniciavam
uma carreira profissional. Os que estudavam tinham emprego garantido, enquanto os não qualificados dispunham
de ofertas em número muito significativo, o que acontecia
também com os de idades mais avançadas. E, apesar de
o baixíssimo nível de vida ter levado muitos milhares de
portugueses a outras paragens, vivíamos décadas de abastança no que à empregabilidade dizia respeito. Por regra,
quem queria trabalhar tinha trabalho.
Outra via a seguir passa por uma atitude empreendedora,
sendo inclusive uma das palavras-chave do discurso social e
político dos últimos tempos, sinal de que os portugueses já
assimilaram a ideia. De facto, a criação da própria empresa a
partir da célula familiar ou de pessoas próximas poderá tornar-se uma saída possível, correndo-se alguns riscos iniciais,
mas ousando avançar com o desenvolvimento de ideias de
negócio que se concretizem na produção de produtos ou
serviços atrativos para os consumidores. Há milhares de excelentes empreendedores, atitude aplaudida por estudiosos,
governantes e consumidores que veem nesta vertente um
importante fator de criação de postos de trabalho e consequente desenvolvimento da economia. Mas é preciso avançar, com uma atenção redobrada das escolas e universidades
na formação, e com apoios e incentivos do estado e da banca.
“este caráter empreendedor deverá
estender-se também aos trabalhadores no ativo,
numa cooperação, franca e comprometida
das duas partes”
Mas a situação mudou radicalmente nos últimos anos. Deslocalizações de grandes superfícies para países com mão de
obra barata, quebra significativa do comércio tradicional pela
chegada de hiperespaços onde tudo se vende, informatização de serviços com a consequente diminuição de postos de
trabalho, abandono da agricultura pela ausência de incentivos à produção e restrições impostas pela Comunidade Europeia, redução do número de trabalhadores pela quebra nos
rendimentos empresariais e necessidade de reequilíbrio do
défice, fecho de pequenas e médias empresas, despedimentos, enfim, fatores que levaram o desemprego para cerca de
16%.
Hoje, veem-se centenas ou mesmo milhares de pessoas a
concorrem a meia dúzia de ofertas de trabalho disponíveis,
situação ainda dificultada pela inexperiência, idade, falta de
qualificações ou excesso delas! Parece que vale tudo para dizer “não” a quem espera e desespera por entrar ou reentrar no
mercado de trabalho.
E assim, há que ir em frente na procura de soluções. Uma
delas passa pela aquisição de ferramentas profissionais adquiridas com formação profissional (de nível médio ou superior), ou com a atualização ou mesmo reconversão da formação já adquirida. E não se pense que a qualificação atrapalha,
como alguns casos poderão levar a crer: casos pontuais, muitas vezes por desespero de quem precisa de pagar os bens
essenciais para sobreviver, não fazem regra, sendo certo que
uma formação profissional habilita as pessoas com ferramentas que as coloca à frente, no acesso ao mercado de trabalho
e com fortes probabilidades de virem a receber um melhor
ordenado.
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E este caráter empreendedor deverá estender-se também
aos trabalhadores no ativo, numa cooperação franca e comprometida das duas partes, contribuindo o trabalhador para a
identificação e dinamização de ideias que ajudem a evolução
da empresa e, como consequência, ver a sua própria posição
na mesma melhorada.
Enfim, as pessoas terão de ser capazes de aprender a pensar
e a buscar soluções, de explorar a criatividade, correr riscos,
ser positivas e lutadoras, com autonomia e iniciativa. Terão
de acreditar nelas próprias, revelar grande disponibilidade e
trabalhar com o pensamento de que o sucesso só se consegue com disponibilidade, ousadia e determinação. Seguir a
via do empreendedorismo, para dar resposta aos desafios do
presente e, assim, construirem o futuro a partir das próprias
energias. Então, venham daí os apoios concretos para quem
ousa empreender, arriscando em boas ideias que geram emprego e dinamizam a economia.
Fernando Silva
destaque
Uma linha de ação na EPB
Empreendedorismo e Inovação
Empreendedorismo e inovação são dois conceitos
que, sendo diferentes, surgem frequentemente associados.
De acordo com a Comissão
Europeia (2005), o empreendedorismo refere-se a uma
capacidade individual para
colocar as ideias em prática.
Requer criatividade, inovação e o assumir riscos, bem
como a capacidade de planear e gerir projetos com vista
a atingir determinados objetivos.
A inovação, de acordo com
o Manual de Oslo (2005), corresponde à implementação
de uma nova ou significativamente melhorada solução
para a empresa, novo produto, processo, método organizacional ou de marketing,
com o objetivo de reforçar a
sua posição competitiva, aumentar o performance, ou o
conhecimento.
organizações que os implementam.
Sou cofundador de uma
empresa cuja atividade se
centra na execução de projetos e estudos em geologia,
geotecnia, hidrogeologia e
geofísica (www.sinergeo.pt).
A constituição de uma
empresa deve ser um ato
empreendedor mas não inovador. No caso da Sinergeo, a
inovação surge no momento
em que lançamos novos conhecimentos para a sociedade e novos serviços para o
mercado (www.agrocontrol.
org e www.prospeg.org).
Não podemos nem devemos considerar somente o
empreendedorismo e a inovação cujo fim é a criação de
uma empresa, mas também
o empreendedorismo e inovação desenvolvidos dentro
das organizações e cujo objetivo é a melhoria e diferenciação das mesmas.
Este tipo de empreende-
É fundamental que o empreendedorismo esteja associado à inovação, garantindo,
deste modo, que os projetos
desenvolvidos sejam diferenciadores, e possam trazer
vantagens competitivas às
dorismo e inovação internos
à organização faz parte do
código genético da Escola
Profissional de Braga. Nela,
podemos identificar claramente situações de empreendedorismo/inovação que
importa referir:
(1) certificação do
Sistema de Gestão da Qualidade
de acordo com a
NP EN ISO 9001;
(2) implementação do e-schooling; (3) equipa
de futsal da EPB;
(4) criação de um
grupo de percussão da EPB; (5)
projeto Robótica;
(6) epbRevista; (7)
lançamento dos
cursos de Técnico
de Frio e Climatização, Técnico de
Energias Renováveis e Técnico Auxiliar de Saúde; (8)
desenvolvimento
dos Jogos de Matemática.
Podia continuar a referir
mais projetos associados à
EPB, mas o espaço da revista
é um recurso escasso. Desde
já peço desculpa aos funcionários, professores e alunos
envolvidos em projetos que
aqui não refiro. Lembro que ninguém
nasce empreendedor nem
inovador. São competências
adquiridas e apreendidas
e, por isso, lanço um desafio. Proponho a criação de
Equipas de Projeto, com o
objetivo de estudar várias
ideias empreendedoras. Por
exemplo, a ideia de criar uma
pastelaria em Braga (nada
de inovador, apenas empreendedor). Seria criada uma
equipa constituída por um
aluno de Marketing para definir um estudo de mercado
e plano de marketing, outro
de Gestão para o plano de
negócios, um outro de Design para definir a imagem
corporativa, um aluno de
Informática para definir o
site da empresa a criar, e outro de Construção Civil para
“desenhar” o espaço interior.
Esta equipa teria como objetivo definir um Plano de Ação
para a implementação desta
ideia e seria liderada por um
chefe de projeto, também
aluno da EPB.
A proposta pretende criar
um ambiente favorável ao
desenvolvimento do espírito
inovador e empreendedor
dos alunos da EPB.
A concluir, aproveito para
repetir uma informação fundamental ao empreendedorismo e à inovação: “Falhar e
recomeçar faz parte do processo”.
Jorge Dinis Oliveira
Professor
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destaque
A pensar na promoção da empregabilidade
CEJ cria Observatório da Juventude
A organização da Capital Europeia da Juventude 2012 apresentou, no Dia de Trabalhador,
o Observatório da Juventude,
um projeto que visa “dotar os
jovens de competências que
os preparem para o mercado
de trabalho” e possa “promover a empregabilidade através
da sistematização e análise da
informação sobre os percursos educativos dos jovens.”
Um evento que contou
com a presença de Hugo Pires, presidente da Fundação
Bracara Augusta, Hélder Castro, presidente da Associação
Académica da Universidade
do Minho, e Eduardo Duque,
sociólogo e coordenador do
projeto.
Na ocasião, Hugo Pires
destacou a ideia de que o
Observatório da Juventude é
uma das medidas prioritárias
da Braga Capital Europeia da
Juventude 2012: “a necessidade de encontrar respostas
imediatas para a empregabilidade dos jovens, especialmente através de iniciativas
empreendedoras e da pro-
moção de uma cultura de
inovação.”
Hélder Castro sublinhou
a oportunidade do projeto
no que diz respeito à empregabilidade dos jovens, isto
porque faz falta a esta região
entender as razões de tanto
desemprego, quais são as
oportunidades que existem
e também como as podemos
aproveitar.
Já para Eduardo Duque,
o Observatório vai procurar
fornecer indicadores científicos sobre os jovens do
concelho, através de um levantamento de dados socioculturais e socioeconómicos
com base demográfica, e
com indicadores educativos
e de empregabilidade.
Os dados serão fornecidos
pela Universidade do Minho,
Instituto Português da Juventude, Instituto do Emprego e Formação Profissional
e Instituto Nacional de Estatística, ficando os resultados
da análise disponíveis numa
plataforma acessível através do sítio internet da CEJ www.bragacej2012.com.
A população bracarense
fica na expetativa de que
esta iniciativa traga resultados positivos à juventude da
região.
Eugénia Coutinho
10 mandamentos do empreendedor
PARA QUE um projeto resulte, é fundamental prestar atenção a alguns conselhos importantes que ajudam a clarificar
intenções, a saber:
• Agir sempre sabendo que o dinheiro não faz um empresário. Normalmente, o criador de uma empresa é alguém
que não tem capacidade financeira, mas tem outros recursos como determinação, persistência e criatividade que o
levam a triunfar;
• Saber que a sua riqueza resulta de persistência, atividade
e tempo, estando consciente de que existe uma diferença
entre persistência e teimosia. O empresário teimoso responde aos problemas sempre da mesma maneira, enquanto o empresário persistente não desiste de encontrar novas
alternativas para controlar o problema;
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• Diminuir os custos fixos, eventualmente optando por ter,
na fase inicial da sua empresa, funcionários a tempo parcial
e gerindo os recursos humanos em função do crescimento
da empresa;
• Preparar as negociações críticas com fornecedores e investidores, sem se afastar dos pilares em que sustentou a
sua ideia de negócio;
• Saber negociar bem o valor das quotas;
• Estabelecer as alianças fundamentais para o negócio,
abrindo mão de exclusivismos que podem deitar por terra
a expansão da empresa. Não queira centrar tudo em si;
• Olhar para o cliente como se fosse o patrão;
• Ter visão suficiente para identificar os clientes e as suas
necessidades, procurando saber se existe um mercado
suficientemente grande para gerar lucros, permitir crescimento e diversificação;
• Elaborar um bom plano de negócio com realismo.
• Reduzir os investimentos iniciais ao indispensável e não
gastar recursos em equipamentos supérfluos;
Disponível em http://www.empreendedorismo.pt/
(Texto adaptado)
Ricolve Medeiros
3º ano de Marketing
opinião
Um olhar sobre...
Ser empreendedor na sociedade atual
Não se pode escrever sobre empreendedorismo sem definir
o termo “empreendedor”. Propõe-se uma definição bastante abrangente: o empreendedorismo refere-se a uma atitude pró-activa, inovadora, criativa e persistente perante o
trabalho, quer se trate de um empresário quer de um trabalhador. O empreendedor transforma desafios ou crises em
oportunidades e com otimismo e pensamento positivo.
E sabemos que não é um processo novo, pois já a partir dos
anos 70 do século XX que os modelos taylorista e fordista são
postos em causa, surgindo novos modelos de relações de trabalho, como a produção em grupo, os círculos de controlo de
qualidade, o trabalho em equipa e o teletrabalho. Nos anos
80, o campo do empreendedorismo expandiu-se e espalhouse para várias outras disciplinas. Organizações e sociedades
foram forçadas a buscar novas abordagens para incorporarem as rápidas mudanças tecnológicas à sua dinâmica, que
teve, como consequência, a queda dos países comunistas
(colapso da ex-União Soviética), ficando, assim, claro que as
sociedades não podem evoluir sem empreendedores.
Chegados aqui, uma pergunta nos ocorre: o que será dos
jovens ou adultos formandos de vários níveis de ensino à procura de exercer na prática a sua atividade profissional no mercado de trabalho?
Bem sabemos que, na sociedade da informação e do conhecimento, o capital humano desempenha um papel cada
vez mais importante, constituindo um fator de competitividade das empresas. Hoje, a riqueza de um país depende principalmente do potencial de conhecimentos que possui e do
capital humano de que dispõe.
“na sociedade da informação e do
conhecimento, o capital humano desempenha
um papel cada vez mais importante, constituindo
um fator de competitividade das empresas”
E, dada a velocidade acelerada a que se processam as inovações e as exigências do mercado de trabalho, torna-se indispensável adquirir novas competências e qualificações, que
passam pela aposta na formação ao longo da vida. Porque
uma formação é cada vez mais determinante para entrar no
mercado de trabalho. Daí que apostar na formação e requalificação dos trabalhadores na área das novas tecnologias da
informação e da comunicação seja fundamental para a competitividade das economias.
É o que já estão a fazer, em geral, as instituições de educação e formação profissional, ao valorizarem e dinamizarem,
nos seus conteúdos curriculares de formação, a importância
do empreendedorismo ou do espírito empreendedor, como
uma preparação para o mercado de trabalho. Uma mudança
de paradigma significativa na educação formal que deverá
ser aproveitada pelos jovens formandos para iniciaram o seu
percurso profissional no mercado de trabalho.
Enfim, o maior bem de uma sociedade passa pelos recursos
humanos, os quais devem ser preparados e mobilizados em
direção a projetos de caráter empreendedor. Ideia que é reforçada no seio empresarial, pois muitos gestores de recursos
humanos e organizacionais veem no empreendedorismo e
num estado de confiança a sua força motriz visando a prosperidade. Empreendedorismo que poderá ser considerado um
novo passo em direção à conquista de liberdade e corresponsabilização da nossa atitude pró-activa na criação e manutenção do nosso próprio emprego ou posto de trabalho.
Ricolve Medeiros
3º ano de Marketing
João Galina Barbosa
Professor
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fora de portas
Perdidos & Achados
CONCLUÍDO o curso de Construção
Civil na Escola Profissional de Braga,
entrei em Arquitetura e, mais tarde,
mudei para Design de Ambientes,
não tendo terminado o curso.
Entretanto, fiz algumas formações
pós-laborais em Design Gráfico e
Autocad 2D e 3D, que me ajudaram
bastante no emprego que mantive
até me iniciar na minha atual área: fui
desenhador de plantas de emergência, executei alguns projetos de segurança, durante quase quatro anos, e
desenho e produção de sinalética de
emergência. E, apesar de não ser um
trabalho diretamente relacionado
com a formação obtida na EPB, grande parte das ferramentas de trabalho
adquiridas foram muito úteis para o
executar sem dificuldades.
A EPB marcou e transformou a minha forma de ser e pensar. Porque
direciona o ensino para nos preparar para o mundo do trabalho e nos
tornarmos responsáveis de tarefas e
problemas surgidos no emprego.
A teoria adquirida foi a base da minha
maneira de ser e estar, que emprego
na gestão do negócio que construí.
Sou atualmente proprietário de um
bar no centro histórico de Braga, o
Minimercado Mavy Bar & Galeria,
que, além de ser a minha profissão,
é também o reflexo da entrega que
dou aos meus sonhos e ambições.
O essencial na aprendizagem e na
vida é saber colher tudo o que mais
nos enriquece e identifica como indivíduos.
Filipe Adriano Ferreira Morgado
Curso de Construção Civil (2000-2003)
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FAZ sete anos andava eu desorientado. Sabia bem o que queria fazer,
mas não como poderia chegar lá
mais rapidamente. O tempo intermédio, o ensino secundário numa área
que pouco me dizia, tornava-se longo demais e desmotivante.
Certo dia, numa simples leitura de
jornal, reparo que tinha aberto a turma de desenho gráfico na Escola Profissional de Braga.
Fez-se luz e abriu-se uma porta para
a minha formação profissional. Vi
nesse curso uma oportunidade de
ouro para me formar naquilo que
sempre quis, de um modo ativo, real
e completamente direcionado para
o mercado de trabalho. Então, candidatei-me, fui selecionado e abracei
esta oportunidade com toda a minha
força e empenho.
Este curso fez-me crescer, deu-me
muitas oportunidades, fez de mim
aquilo que sou. Hoje, tenho noção
que não é só com formação que se
constrói um profissional, mas é essa
mesma formação que nos orienta,
que nos define e nos desenha o futuro.
Hoje, felizmente, posso dizer que estou a realizar o meu sonho, a consolidar a minha identidade como designer gráfico e isso devo-o, em parte,
ao meu percurso na Escola Profissional de Braga.
João Loureiro
Curso de Design Gráfico (2005-2008)
FREQUENTEI o Curso Técnico de Marketing entre 2008 e 2011 e, como
tema da minha Prova de Aptidão
Profissional, optei pela elaboração
do plano de negócios da Termostock,
com o objetivo de criar o meu próprio posto de trabalho. A componente prática assentou na concretização
de tarefas diversificadas, tais como
previsões financeiras, merchandising
da loja, reuniões com representantes
de marcas, estabelecimento de parcerias, viagens de negócios e elaboração de várias iniciativas de comunicação.
A Termostock é uma empresa ligada
a energias alternativas e renováveis,
tendo tido bastante procura não só
pelo interesse dos consumidores em
optar por sistemas mais económicos
e fiáveis, mas também por causa do
aumento constante dos combustíveis fósseis.
Neste momento, encontro-me em
formação e, em breve, começarei a
exercer a atividade comercial, promovendo ações de sensibilização
ambiental e divulgação da Termostock, com o intuito de angariar novos clientes. Porque acredito que,
com um produto fiável, eficiente e
económico e um excelente apoio ao
cliente, a Termostock detém todas as
condições para satisfazer as necessidades de quem pretenda preservar o
planeta.
Filipe Conde
Curso de Marketing (2008-2011)
fora de portas
Estágios transnacionais
Reforçar competências laborais no mercado europeu
Foto cedida pelo Patronato Provincial de Turismo de Granadanada
pela Paragon Europe; e outros seis, em Leipzig, Alemanha,
orientados pela Vitalis, uma nova parceria. O "Reinforcing
Labour Skills” assume, como os anteriores projetos de mobilidade em que a EPB participou, desde 2002, um papel inovador na modernização dos modelos profissionais da região,
aproximando-os dos mercados europeus mais competitivos.
Formandos e formadores desenvolvem também uma visão
clara e próxima de outras realidades socioculturais no contexto europeu.
“O Reinforcing Labour Skills assume (...) um
papel inovador na modernização dos modelos
profissionais da região”
O projeto "Reinforcing Labour Skills" permite à instituição
promotora e coordenadora e aos formandos da EPB a oportunidade de contactar uma nova realidade cultural, social,
económica e laboral de alguns países da UE e reforçar competências técnicas, laborais e linguísticas.
Dezassete formandos da EPB farão um estágio na Europa,
durante quatro semanas, sendo distribuídos pelo seguinte
quadro de cooperação: cinco formandos efetuarão o seu estágio em Granada, Espanha, orientados pelo Instituto Europeo
de Lenguas Modernas, S.L.; seis em Mosta, Malta, orientados
Para além das experiências em contexto de trabalho, os formandos irão usufruir de cursos de língua (inglesa e espanhola) e de um programa turístico-cultural, os quais contribuem
para o enriquecimento dos seus curricula vitae e, consequentemente, potenciam a sua inserção no mercado de trabalho.
Os estágios transnacionais constituem indubitavelmente
uma das experiências mais enriquecedoras e inesquecíveis
para os formandos da Escola Profissional de Braga.
Com estes projetos de mobilidade, a EPB dá uma dimensão
europeia à sua formação.
Alexandra Corunha
Departamento de Comunicação e Marketing
Feira das Profissões na Escola Secundária D. Maria II
Na linha de anos anteriores,
a Escola Profissional marcou
presença na Feira das Profissões, que decorreu na Escola Secundária D. Maria II, no
passado dia 20 de março,
com o objetivo de divulgar a
oferta formativa para 20122013.
Esta iniciativa foi dinamizada pelo Departamento de
Comunicação e Marketing,
contando com o apoio de
alunos dos cursos de Design
Gráfico, Secretariado, GPSI e
Eletrónica, e dirigiu-se sobretudo aos alunos do 9º ano de
escolaridade.
Os principais atrativos oferecidos pela escola focaramse nos robôs premiados nos
Festivais de Robótica nos
quais participa o curso de
Eletrónica, no corpo humano a representar o curso de
Auxiliar de Saúde, no MAC
que divulgou os trabalhos
do curso de Design Gráfico,
nas maquetas de Construção
Civil. Também os flyers, brindes e simpáticas orientações
dadas pela equipa da EPB foram de certeza motivo para
que muitos jovens de outras
escolas tenham em primeira
mão a EPB na hora de escolher o seu futuro.
O evento terminou ao fim
da tarde, com muito sucesso
na nossa banca. Julgamos
que a equipa da EPB realizou
um trabalho de qualidade ao
nível da formação dada no
Curso Técnico de Secretariado, a que foram acrescenta-
dos os excelentes trabalhos
de outros cursos. O nosso
stand foi muito elogiado pela
organização e pelos visitantes, sendo salientada a qualidade dos trabalhos e o profissionalismo e dinamismo
de toda a equipa. Os jovens
presentes puderam divertirse e ver esclarecidas as suas
dúvidas quanto às vantagens
da escolha do ensino profissional para o seu futuro.
Adriana Leite e Fátima Falcão
3º ano de Secretariado
7
fora de portas
Escola Profissional na abertura da CEJ 2012
bracarenses, vendo-se os elementos da orquestra da EPB a
demonstrarem as caraterísticas muito próprias dos percussionistas (alegria e energia contagiantes), conseguindo criar
momentos de grande empatia com os transeuntes.
Enfim, foi possível perceber, num ambiente muito positivo
e alegre, e com muita vivacidade e coragem, que a orquestra
da EPB possui, desde a sua génese, um instinto forte e uma
atitude singular. O que não será de estranhar para quem conhece a instituição homónima da orquestra.
Rui Rodrigues
Professor
A EPB teve a honra de se juntar às atividades que animaram
a abertura da Braga 2012: Capital Europeia da Juventude,
evento que decorreu no passado dia 14 de janeiro.
Foi a primeira vez que uma cidade portuguesa assumiu a
responsabilidade de ser Cidade Europeia Capital da Juventude por um ano, e a EPB, com a sua Orquestra de Percussão,
juntou-se a outras escolas do distrito, fazendo soar bem alto
a sua presença neste evento único da juventude bracarense.
E, nem o frio nem a chuva - que espreitou (e até molhou
bem!) durante toda a manhã - fizeram esmorecer os jovens
A ORQUESTRA de Percussão da EPB, criada no ano letivo
2011/2012, é constituída por discentes e colaboradores da
instituição. Surgiu de uma parceria com a Sond’art, entidade responsável pela coordenação de inúmeros projetos
de formação em percussão no Norte de Portugal, e existe
como grupo de trabalho que pretende promover a cultura
regional, a interação com a comunidade escolar da EPB e a
aprendizagem de técnicas e teorias da percussão tradicional. À estreia na festa de Natal da EPB, seguiu-se a abertura
da CEJ 2012, a abertura do torneio de futebol interescolar e
o desfile da Braga Romana, e tem presença agendada para
um desfile Internacional de Gigantones e Cabeçudos.
EPB na Braga Romana
A EPB marca presença
mais uma vez na “Braga
Romana – Reviver Bracara
Augusta”, este ano na sua IX
edição, evento que decorreu na cidade entre os dias
23 e 27 de maio de 2012.
As alunas Ana Alves e
Daniela Matos, finalistas do
Curso Técnico de Marketing,
organizaram a participação
da EPB nesse evento, a título de componente prática
da sua Prova de Aptidão
Profissional. Para o efeito, e
contando com o apoio da
respetiva turma, conceberam a banca de mercador e
supervisionaram o cortejo
noturno.
A banca de mercador da
EPB, situada no Campo da
Vinha, junto ao palco, co-
8
locou, ao longo dos cinco
dias, à disposição dos visitantes, mel caseiro, compota, marmelada, geleia, chá,
biscoitos e artigos artesanais.
Quanto ao cortejo noturno, realizado no dia 25, as
alunas organizadoras mo-
bilizaram cerca de seis dezenas de epbianos - alunos,
colaboradores e professores - vestidos com trajes a rigor, totalmente confecionados pelas próprias alunas, e
que contagiaram os espetadores com a sua alegria,
humor, diversão e folia. E,
para aumentar ainda mais
a alegria e o entusiasmo
nas ruas de Braga, o grupo
de percussão da EPB, sob
a supervisão do professor
Rui Rodrigues, abrilhantou
o cortejo com o seu vasto
repertório musical.
É de recordar que este
evento contou com o patrocínio das empresas 11
Malhas, Mundo Natural Dietética, Nutrição e Saúde
Biológicas, Biscat - Trabalhos personalizados executados à mão, e Luís Pereira,
colaborador da EPB, na
conceção da insígnia e dos
jogos romanos disponíveis
aos visitantes.
Natália Rebelo
Coordenadora de Curso
conquistas
No âmbito do Campeonato Nacional
Aluno da EPB vence Jogos Matemáticos
O aluno Warton Fernandes
Cravid, do 2º ano do Curso
Técnico de Gestão desta
escola, sagrou-se campeão
nacional no jogo do AVANÇO, um dos jogos da 8ª edição do Campeonato Nacional dos Jogos Matemáticos
(CNJM8), que tiveram lugar
no Estádio Municipal de
Coimbra, em 9 de março.
A Escola Profissional de
Braga participou pela primeira vez nestes Jogos, fazendose representar ainda pelos
alunos Fábio Vilaça, do 3º ano
do Curso Técnico de Gestão
e Programação de Sistemas
Informáticos, no jogo HEX, e
Joaquim Silva, do 2º ano do
Curso Técnico de Eletrónica,
Automação e Comando, no
jogo RASTROS. Uma participação que vem na sequência
dos Jogos Matemáticos realizados na EPB desde há alguns anos, envolvendo toda
a comunidade educativa.
Numa edição que contou
com a presença de 2405 alunos de 532 instituições de
ensino de todo o país, selecionados ao longo do ano
letivo em cada uma das escolas participantes, foi muito
bom ter entrado a ganhar,
mérito inteiro para o Warton
Cravid que, vencendo toda a
concorrência, se sagrou campeão nacional.
Muitos parabéns!
Fernando Silva
No Festival Nacional de Robótica
Escola recebe o melhor conjunto de prémios de sempre
Mais uma vez, a EPB respondeu ao desafio da 12ª edição do
Festival Nacional de Robótica (FNR), organizado pela Universidade do Minho, que se realizou no Pavilhão Multiusos,
em Guimarães, de 11 a 15 de abril de 2012.
A EPB participou nas provas de Condução Autónoma, Busca
e Salvamento Júnior A, Busca e Salvamento Júnior B e Futebol
Robótico Júnior. E os resultados foram animadores para os jovens epbianos, alcançando o 2º lugar nas quatro categorias.
Há ainda a salientar uma Menção Honrosa atribuída aos
alunos por participarem numa prova de nível universitário
por sua livre iniciativa - Condução Autónoma.
Os professores João Garcia e Alexandrino Silva, do Curso
Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, acompanharam os alunos do curso nesta aventura, a que se juntou um
outro aluno de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos.
A participação no FNR insere-se no projeto Práticas Laboratoriais de Eletrónica – Robótica, que se vem desenvolvendo
no curso com mais afinco a partir de 2006, com o objetivo de
criar espaços e tempos de aprendizagem, com predomínio da
experimentação de natureza laboratorial, centrada na capacidade de tomar decisões, vencer dificuldades, valorizar as potencialidades dos alunos, motivando-os permanentemente
para a aprendizagem e, como consequência, para a criação de
uma imagem positiva interna e externa tanto do curso como
da própria escola.
Eugénia Coutinho
9
entrevista
António Ruão conversou com a epbRevista:
“cada vez mais as escolas profissionais são peça-chave para a
produtividade, inovação e empreendedorismo do país”
da injustiça social que este facto não deixa de representar,
afeta obviamente o rendimento escolar e a competitividade
das escolas profissionais em captar alunos. Por outro lado,
têm existido manifestações de solidariedade que são uma demonstração incrível do espírito sincero de união existente nas
nossas comunidades escolares.
A Escola Profissional de Braga mudou de mãos, depois de
a Câmara Municipal de Braga ter vendido a sua parte à empresa GoFlag, passando desde então a estar enquadrada
num grupo português que tem na sua génese a empresa
Rumos, cuja principal missão é a criação e a valorização de
profissionais para a competitividade de empresas e organizações.
A nova empresa assume como aposta manter o sucesso trilhado pela Escola Profissional de Braga ao longo dos seus
22 anos de história, procurando ainda trazer-lhe robustez
económica sustentável de forma a poder reforçar o seu posicionamento como instituição de referência no quadro do
ensino profissional português.
Foi a pensar nas mudanças verificadas e nas expetativas da
nova gestão que decidimos conversar com um dos responsáveis, o Dr. António Ruão.
O que despertou a administração da empresa a apostar na
EPB?
Essencialmente, ser uma instituição de referência na formação profissional e tecnológica, muito em particular na região
norte. Uma instituição credível, com 22 anos de experiência e
know how acumulado no domínio do ensino e formação profissional, junto da comunidade local e do tecido empresarial.
O que acha do funcionamento da escola até ao momento?
A escola é uma forte aposta do Grupo e é também um símbolo da região. Temos aqui um quadro de pessoal docente e
não docente com grande qualidade e espírito de missão.
Que dificuldades tem sentido no dia a dia da gestão da escola?
Os desafios não são muito diferentes aos de outras escolas
profissionais do Grupo. E do país. Atualmente, sentimos com
muita preocupação as necessidades por que algumas famílias
estão a passar. Com o aumento do desemprego nos agregados familiares, alguns alunos deparam-se com a necessidade
de ir trabalhar para ajudar à subsistência da família. Para além
10
Que perceção tem dos alunos desta escola? São diferentes dos
restantes alunos da atualidade?
Todas as escolas profissionais têm as suas particularidades. Uma das particularidades mais relevantes da EPB é a capacidade de mobilização coletiva e espírito de missão e de
pertença comum. Estas são características típicas de escolas
profissionais de menor dimensão, mas tê-las em escolas da
dimensão da EPB não está ao alcance de todos. Isso refletese nos alunos. No empenho que colocam quer nas atividades
curriculares quer particularmente nos projetos extracurriculares. E esta é uma grande vantagem competitiva que adquirem e que os tem diferenciado positivamente quando entram
no mercado de trabalho.
Quais são as apostas para o futuro ao nível da oferta formativa?
Já para o próximo ano letivo, as apostas são as que conhecemos, divulgadas no nosso sítio web. Este ano apostamos
num novo curso: Auxiliar de Saúde. Para o ano lançamos mais
um: Mecatrónica. Para o futuro, ainda não o podemos afirmar.
É um trabalho contínuo que envolve a consulta de muitos
intervenientes quer da escola, quer do tecido empresarial,
fundamentado nos estudos disponíveis sobre profissões de
futuro. Com certeza continuará a passar por uma convergência entre as valências históricas da EPB e as necessidades do
mercado de trabalho.
Como avalia os resultados de alguns projetos que têm dado
uma significativa visibilidade à instituição (robótica, estágios
transnacionais, parcerias com entidades locais, epbRevista,
epb_TV, etc.)?
São uma prova extraordinária da EPB enquanto escola de
referência para toda a região. E julgo que são motivo de muito
orgulho para todos nós.
Num mundo cada vez mais globalizado, a internacionalização das empresas está na ordem do dia.
- Como vê o protocolo de cooperação da EPB com a Escola
Profissional de Água Grande, de S. Tomé e Príncipe, vai para três
anos?
- Há outros protocolos em vista? Quais? Em que dimensões?
Os protocolos de cooperação são sempre de saudar. Os internacionais ganham especial relevância por permitirem conhecer outras realidades, aprender com elas, trocar experiências e continuar a abrir o mundo à nossa comunidade escolar.
No caso específico de S. Tomé e Príncipe, recebendo alunos
entrevista
Como encara o futuro do ensino profissional em Portugal?
Acreditamos no ensino profissional. E
acreditamos particularmente nas escolas profissionais, escolas que oferecem
aos alunos um conjunto de oportunidades ímpares, preparando-os e consciencializando-os para a importância da
atividade laboral, permitindo-lhes adquirir experiências, aplicar conhecimentos, desenvolver relações interpessoais
e compreender as normas e os valores
das organizações onde posteriormente
virăo a trabalhar.
Sem desmerecermos minimamente o
valor do ensino mais académico, cada
vez mais as escolas profissionais são
peça-chave para a produtividade, inovação e empreendedorismo do país.
são-tomenses e apoiando pedagogicamente uma escola profissional local.
Para além de estimularmos a autonomia
das escolas na identificação e desenvolvimento deste género de protocolos,
está em andamento um importante
trabalho central de otimização sinérgica
destes protocolos, para benefício comum de todas as escolas do Grupo.
O que distingue a EPB das outras escolas profissionais?
Vários aspetos: o historial de 22 anos
de sucesso, o seu posicionamento como
escola de referência do ensino profissional, o espírito de equipa, a participação
e a motivação na resposta a desafios. E,
obviamente, a reconhecida qualidade
pedagógica e tecnológica.
O financiamento das escolas profissionais sofreu, ao longo dos anos, de sistemáticos atrasos do estado, dificultando o
seu funcionamento.
- De que forma está a administração
a ultrapassar esta situação? E depois de
2013?
Um dos objetivos do Grupo foi o de
trazer para a EPB robustez económica
e financeira, progressiva e sustentável.
Por isso, a necessidade do controlo financeiro e da poupança de custos correntes. Em que poupança não significa
necessariamente estrangulamento. Estamos a seguir com rigor quer o plano
de viabilidade de curto e médio prazos,
quer o plano de desenvolvimento e
sustentabilidade de longo prazo. Já as
características do sistema de financiamento das escolas profissionais não são
“missão de longo prazo: formar
e valorizar os nossos alunos,
reforçando o posicionamento
de escola de referência
pedagógica e tecnológica”
uma problemática exclusiva da EPB, são
preocupações nacionais. Mas reforçam
a necessidade de seguirmos os nossos
planos com rigor e realismo. E de termos capacidade de adaptação às conjunturas, sem nunca perdermos de vista
a nossa missão de longo prazo: formar e
valorizar os nossos alunos, reforçando o
posicionamento de escola de referência
pedagógica e tecnológica.
Por fim, quer deixar uma mensagem
aos alunos e profissionais da EPB?
Acreditamos nas escolas profissionais
e a EPB é uma forte aposta. O caminho
não é fácil, na atual conjuntura não o é
para ninguém. Mas temos confiança no
futuro desta escola. Sentimos que a EPB
tem todas as condições: há espírito de
missão, competência e capacidade de
trabalho para atingir objetivos, sejam
pedagógicos, sejam de gestão. E, sobretudo, a escola tem PESSOAS (alunos,
professores, colaboradores) que já construiram passado e que vão, com certeza,
criar muito futuro.
Entrevista conduzida por
Fernando Silva e Eugénia Coutinho
O principal foco do Grupo Rumos está no binómio Pessoas
e Tecnologia e atua nas áreas de Formação, Educação e Serviços Profissionais, sempre potenciados por Tecnologias de
Informação.
www.futurcapital.com
O Grupo gere, de forma sinérgica mas autónoma, uma série de projetos:
- Educação: 10 polos escolares, entre os quais a EPB e a Profitecla, num total superior a 2.500 alunos.
Grupo Rumos
- Formação: 12 centros de formação de Norte a Sul de Portugal, entre os quais a Rumos e a Flag.
Este projeto tem na sua génese a Rumos. A ele têm-se associado outras valorosas empresas e marcas, como a EPB
– Escola Profissional de Braga.
- Serviços: mais de 400 colaboradores colocados em clientes, metade dos quais consultores certificados em Tecnologias de Informação.
11
cursos
III Jornadas Administrativas
Debatidas várias dimensões das áreas de administração e comércio
A Escola Profissional de Braga, através do grupo curricular
da componente técnica dos cursos da família de administração e comércio, desenvolveu, pelo terceiro ano consecutivo, as já tradicionais Jornadas Administrativas. Tratou-se
de um alargado conjunto de eventos que dinamizou a comunidade educativa entre os dias 5 e 8 de março.
À semelhança do que tem sido hábito nas anteriores edições, estiveram envolvidas personalidades e instituições de
inegável relevo, que têm contribuído fortemente para prestigiar a qualidade da formação das muitas centenas de alunos
que, ao longo de mais de duas décadas, têm frequentado os
diferentes cursos da área de serviços desta escola, e cujo sucesso tem sido expresso nas altas taxas de empregabilidade e
acesso ao ensino superior.
Assim, o dia 5 de março marcou o arranque das atividades
com uma dupla sessão. Na parte da manhã, uma equipa do
Banco de Portugal efetuou uma sessão de esclarecimento sobre o euro enquanto moeda, evento promovido pelo curso
de Serviços Jurídicos. O objetivo foi o de aumentar os níveis
de conhecimento físico sobre a moeda em questão e dissipar
todas as dúvidas sobre as chamadas «notas falsas». A parte
da tarde esteve reservada para uma sessão desenvolvida pela
DECO (defesa do consumidor), cuja temática foi a Educação
Financeira para os Jovens. O curso de Gestão, envolvido nesta atividade, pretendeu consciencializar os mais novos para a
adoção de comportamentos racionais no consumo e na gestão de um orçamento.
“consciencializar os mais novos para a adoção
de comportamentos racionais no consumo e na
gestão de um orçamento”
No dia seguinte, Ricardo Vilaverde, da empresa PNL Patos
no Lago, especialista em Programação Neurolinguística, aliou,
através de um registo informal e cativante, Coaching e Secretariado, procurando sensibilizar os jovens para a análise dos
seus pontos fortes e pontos fracos, das suas convicções limitadas e limitadoras com vista ao seu sucesso pessoal e profissional. O Secretariado na Atualidade foi o mote desenvolvido
12
por Isabel Ardions, docente do ISCAP – Instituto Superior de
Contabilidade e Administração do Porto, que retratou o perfil atual do profissional de Secretariado e partilhou vídeos de
testemunhos de alunos daquela instituição.
No dia 7 de março, ocorreram as XII Jornadas de Contabilidade. Nesta edição houve duas partes distintas: na primeira,
Lurdes Silva, docente do IPCA, realizou uma intervenção, na
qual abordou a importância da implementação de aplicações
informáticas na prática contabilística. Já na segunda parte,
um conjunto de antigos alunos do curso de Contabilidade,
sob a forma de tertúlia, pretendeu elucidar a comunidade
educativa sobre a diversidade de percursos pós-formação,
nomeadamente estudos académicos, empreendedorismo e
carreiras profissionais.
No dia 8 de março, várias dimensões do Marketing estiveram na órbita das intervenções que preencheram o programa do último dia das III Jornadas Administrativas. Durante a
manhã, o tema Admirável Mercado Novo, apresentado por
Miguel Gonçalves, Idea Starter na SparkAgency, destinou-se a
alunos finalistas, a que seguiu a exibição do filme “Super Size
Me” que aborda as estratégias de marketing da McDonald’s e
consequentes impactos no processo de decisão de compra.
A parte da tarde foi marcada pelos temas Part-time Marketers, desenvolvido pelo Professor Jorge Remondes, docente
de Marketing na Universidade Lusíada, Relações Humanas na
Atividade Comercial, por Paulo Ferreira, Sales e Project Manager da Impact Sales (AHPTUS) e Marketing Digital, por Paulo
Morais, Marketing Manager na M4Business, consultor e docente no IPAM.
Deve salientar-se que a recetividade da comunidade escolar foi mais uma vez excelente. Nas diferentes iniciativas, foi
possível gerar, no auditório da escola, um clima de interatividade, uma vez que, durante largos períodos das sessões,
houve debate de ideias e a construção de reflexões coletivas.
Paulo Leitão
Natália Rebelo
Coordenadores de Curso
cursos
No âmbito da Prova de Aptidão Profissional
Criação de projeto de nível superior
No final de um curso profissional, temos que realizar uma prova de aptidão profissional, em que expomos
grande parte das competências desenvolvidas ao longo do curso.
Neste sentido, decidimos fazer um
projeto que integrasse Eletrónica e
Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, criando algo inovador e empreendedor relativamente às habituais
provas de aptidão profissional. Acresce,
ainda, que uma das grandes motivações
para realizar este projeto foi o facto de
já termos participado em competições
de robótica e adquirido o gosto pela
área. Apesar disso, era também objetivo
encontrar soluções e resolver problemas em conjunto, já que há proximidade destas duas áreas tecnológicas.
O projeto consistiu na criação de um
Carro Robô totalmente autónomo. Tem
que percorrer uma pista, em forma de
estrada, reduzida cerca de 10 vezes da
realidade, contornar obstáculos, como,
por exemplo, outro carro, parar nos semáforos caso esteja vermelho, mudar
de direção conforme a sinalização, e ver
se pode ou não avançar na passadeira.
Para vencer a prova em competição, deverá ser o mais rápido, sem sair da pista.
Foi um projeto para o qual despendemos muito tempo livre, o que nem sempre foi fácil, pois tínhamos de o conciliar
com as aulas. Mas, como “quem corre
por gosto não cansa”, fomos obrigados
a fazer uma gestão rigorosa do tempo,
para termos o Carro Robô a funcionar
em pleno para o Festival Nacional de
Robótica 2012, que decorreu há meses,
em Guimarães. E conseguimos realizar o
projeto a tempo, entrar na competição
e alcançar o 2º Lugar, na prova Condução Autónoma. Afinal, o sacrifício compensa!
Com a elaboração deste projeto, sabemos que obtivemos muita informação, conhecimentos e, principalmente,
autonomia. Assim, esperamos que este
projeto seja uma mais-valia para o nosso futuro pessoal e profissional.
José Rodrigues
3º ano de Eletrónica, Automação e Comando
Rui Rodrigues
3º ano de Gestão e Programação
de Sistemas Informáticos
13
cursos
Escola comemora Dia Mundial da Saúde
No dia 11 de abril, a EPB comemorou o Dia Mundial da
Saúde, sob o lema “A Saúde
começa em nós”. Esta iniciativa foi promovida pelo Curso Técnico Auxiliar de Saúde
e teve como objetivo crucial
o envolvimento dos alunos
na adoção de hábitos e estilos de vida saudáveis, conduzindo-os à preparação
para a prática profissional.
Assim, ao longo do dia realizaram-se rastreios (tensão
arterial, peso, altura e índice
de massa corporal - IMC) para
toda a comunidade escolar,
feitos pelas enfermeiras Ana
Isabel Oliveira e Liliana Magalhães, docentes do curso
de Saúde, e pelos alunos do
mesmo curso, com uma entrega entusiástica e notável.
Um evento que teve como
finalidade prevenir a doença,
mas, essencialmente, fomentar hábitos saudáveis e boas
práticas de Saúde na escola.
A resposta por parte da comunidade escolar superou
todas as expetativas, dado
que houve uma grande adesão e envolvimento de todos
os participantes. Os resultados dos rastreios irão ser tratados em base de dados pelos alunos do curso Auxiliar
de Saúde, para, a posteriori,
poderem ser comparados e,
depois, implementar-se uma
melhor Saúde na EPB.
O dia ficou ainda marcado
pela presença do Dr. Miguel
Nascimento, Mestre em Psicologia da Saúde, do Instituto Português da Juventude,
em Braga, que desenvolveu
uma ação de sensibilização
sobre Sexualidade Juvenil,
de forma a esclarecer eventuais dúvidas e mitos presentes na população estudantil.
Através desta comemoração,
foi possível dar visibilidade
ao novo curso implementado neste ano letivo na EPB e
proporcionar um Dia repleto
de Saúde para todos!
Ana Isabel Oliveira e Liliana Magalhães
Professoras
Frio e Climatização – uma área emergente
Ao fim de três anos de formação, os alunos do Curso Técnico
de Frio e Climatização apresentam o resultado de mais um
ano de trabalho, culminando com a apresentação dos projetos finais do curso, a denominada Prova de Aptidão Profissional - PAP. Neles, os alunos colocam em prática variados
conceitos técnicos, permitindo uma maior consolidação
dos mesmos com a execução de tarefas de complexidade
variada, tendo em conta a especificidade de cada caso.
As ideias de projeto criadas, desenvolvidas e executadas
pelos alunos finalistas vão desde a realização de pequenos
sistemas de produção de frio, como, por exemplo, um mini-
14
bar, um frigorífico, um sistema de aproveitamento para aquecimento de águas, máquinas de fazer gelo e ainda algumas
ideias com base na climatização de espaços interiores. Apesar
disso, aproveitando a oportunidade da realização da PAP, optou-se ainda por aplicar alguns elementos que permitissem
uma maior automatização dos referidos sistemas, baseados
na aplicação de PLC (do inglês Programmable Logic Controller, ou seja, controlador lógico programável). Estas aplicações
serviram para motivar os alunos para um trabalho de maior
pesquisa e enriquecimento, e para dar um caráter inovador e
mais flexível a cada um dos projetos.
Podemos dizer ainda que se alcançou o nível a que alunos
e professores se propuseram, comprovando-se mais uma vez
que os alunos conseguem produzir um projeto físico como
resultado das aprendizagens que serve de alavanca para o arranque da atividade profissional de cada um.
Próximos da entrada no mercado de trabalho, estes alunos
do curso de Frio e Climatização poderão trabalhar em empresas de instalação, manutenção e reparação de equipamentos
de frio e climatização, empresas de construção, montagem e
manutenção de sistemas de frio, de ar condicionado e aquecimento, entre outras.
Há muitas e variadas opções no panorama atual do país,
basta querer e trabalhar!
José Esteves
Coordenador de Curso
cursos
Contra a crise, marchar, marchar...
Sabemos que a Construção Civil é provavelmente o setor da
vida económica da região, e do País, que está a passar por
mais dificuldades. Realidade que nos confronta com uma
situação muito delicada na relação com os formandos, já
que tem a ver com todo o investimento feito na sua formação e com todas as expetativas que lhes têm sido criadas.
De facto, temos feito um esforço titânico no sentido de preparar os nossos formandos com uma base forte na componente técnica e científica, por forma a darem uma resposta
adequada às necessidades do mercado e à evolução e adequação das empresas, sempre com a preocupação de lhes
transmitirmos regras, princípios, valores e atitude crítica de
forma a adquirirem sustentação para a vida profissional e
para o seu futuro. Nesta estratégia, enquadramos a realização das visitas de estudo, como forma de adequar, cimentar
e complementar os conhecimentos e adequá-los à realidade
o que, para além de procurar dar resposta a estas premissas,
visa ainda servir como elemento motivador para a aprendizagem. Estão nestas iniciativas as visitas ao reforço de potência
da barragem de Venda Nova, ao Coliseu e Biblioteca de Viana do Castelo, à Fundação Nadir Afonso em Chaves, à ETAR
e Central de Lagunagem de Cabreiros e ao Museu dos Biscainhos, entre muitas outras.
E assim continuaremos o nosso esforço para a melhoria da
formação, contando para isso com o contributo de empresários, sindicatos, agentes de formação e outros, numa concertação de esforços e de discurso que envolva todos os agentes
com implicações neste processo formativo, no sentido do restabelecimento da confiança e no acreditar que é possível e
que merecemos um futuro melhor.
Por nossa parte, continuaremos este investimento em permanência, reforçando o que consideramos correto e adequado na preparação dos nossos formandos: formar o técnico e
o cidadão, ajudando-o a crescer numa sociedade que valoriza
a pessoa com uma formação completa. Isto porque acreditamos nos jovens e porque estamos convictos de que o retorno
de uma onda positiva para o setor estará para breve. Os jovens merecem quem acredite neles, para construírem o seu
futuro. E nós acreditamos.
Jorge Franqueira
Coordenador de Curso
Road Show
e Feira das Profissões
Escola Profissional divulga oferta
formativa para 2012-13
A ESCOLA Profissional de Braga tem participado na campanha Road Show e nas Feiras das Profissões, para divulgação da sua oferta formativa, numa iniciativa dinamizada
pelo Departamento de Comunicação e Marketing, com
colaboração de outros profissionais da instituição e de
alunos dos cursos de Secretariado, Saúde, Marketing, GPSI,
Design Gráfico, Eletrónica, Automação e Comando.
Destacamos a presença nas seguintes escolas:
EB 2,3 de Celeirós
EB 2,3 de Real
Agrupamento Escola Trigal de Santa Maria - Tadim
EB 2,3 de Palmeira
Agrupamento de Escolas Fernando Távora – Fermentões/
Guimarães
Escola Secundária D. Maria II
EB 2,3 de Cabreiros
EB 2,3 de Nogueira
EB 2,3 de Prado
EB 2,3 Dr. Francisco Sanches
Agrupamento de Escolas de Lamaçães
Externato S. Miguel de Refojos – Cabeceiras de Basto
EB 2,3 André Soares
Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso
- S. João da Ponte/Guimarães
15
cursos
Encontros de Design e Multimédia
Este ano, os Encontros foram pensados para mobilizar os alunos de Design e
Multimédia,
abrangendo
mais áreas dos audiovisuais.
A semana começou com
o filme “2001 - Odisseia no
Espaço”, nos Cinemas Avenida, pelo que representa na
história do cinema, com uma
em Wordpress, fotografia e
brainstorming.
O quarto dia foi preenchido
por ações de formação, com
cinco workshops: máquinas
O centro das operações foi
montado na Avenida Central,
junto ao coreto, com a colocação do autocarro da EPB na
zona pedonal. O evento reu-
O evento decorreu de 14 a
29 de maio e incluiu atividades como workshops, exposições, palestras e competição. Os Encontros têm sido
fundamentais para aprofundar aprendizagens dos alunos da área dos audiovisuais
e aproximá-los do mercado.
Os Encontros deste ano
integram, pela primeira vez,
a área da multimédia, valorizando campos como o vídeo,
cinema, fotografia, webde-
abordagem profunda à tecnologia, efeitos visuais, inteligência artificial e design.
O segundo dia foi dedicado a profissionais que são exalunos dos cursos de Design
e Multimédia. Um dia repleto
de workshops em áreas tão
diversas como apresentação
de projetos (Eduardo Silva),
ilustração (Ricardo Coelho),
cinema (José Oliveira), webdesign (Luís Oliveira) e design gráfico (João Loureiro).
fotográficas (Paulo Rúben),
som (Grave studios), motion
graphics (Creative Lemons),
captação de vídeo (Maria
Ferreira) e fotografia (Daniel
Camacho). À noite, no Bar da
Ponte, realizou-se um desfile
de roupas criadas pela aluna
finalista Cátia Costa.
O sábado foi dedicado a
um encontro da Associação
OTAKUS, fãs de cultura e animação japonesa, que incluiu
mostras, exposições, Kara-
niu cinquenta e quatro participações que responderam
ao desafio de desenvolver
um projeto para a Junta de
Freguesia de S. Lázaro. Cada
participante podia recorrer a
qualquer ferramenta e trabalhar nas áreas que considerasse mais adequadas – desenho, ilustração, fotografia,
vídeo, design ou webdesign.
sign, motion graphics e design gráfico. Uma evolução
natural com a reabertura do
Curso de Multimédia da EPB.
As ações decorreram nas
instalações da EPB, Velhaa-branca, Café A Brasileira e
Avenida Central.
No dia seguinte, realizouse uma apresentação da emPaleta de Ideias, abordando
o seu portefólio, mercado
de trabalho e perfil dos jovens profissionais. A parte
de tarde foi preenchida com
workshops de webdesign
oke, jogos e vendas de produtos, atraindo cerca de 60
visitantes.
O evento encerrou com a
4ª edição do nine2five, uma
competição gráfica, este ano
destinada a atuais e ex-alunos. Uma competição promovida em parceria pela EPB
e pela Junta de Freguesia de
S. Lázaro, que, pelo segundo
ano, apoia a promoção de
novos talentos de design.
O autor do melhor projeto
recebeu 250€.
16
João Paulo Teixeira
Coordenador de Curso
em rede
EPB na rota de S. Tomé e Príncipe
Em 2009, a EPB criava uma parceria com a Câmara Distrital
de Água Grande, que envolveu o Ministério da Educação
de S. Tomé e Príncipe, de que resultou a assinatura de um
protocolo de cooperação visando o lançamento do ensino
profissional naquele país do Atlântico e o acolhimento de
alunos na EPB.
Era intenção das partes avançar com a criação de uma Escola Profissional, ideia concretizada com o lançamento de dois
cursos e a abertura da Escola Profissional de Água Grande.
Assim, conversamos com o Dr. Ekeneide Lima dos Santos,
Presidente da Câmara de Água Grande, que referiu alguns
pontos importantes nesta primeira fase da vida da EPAG.
Sabemos que tem estado na linha da frente desde o lançamento do protocolo de cooperação em 2009. Quantas turmas
estão a funcionar na EPAG?
Neste momento, estamos no segundo ano do Curso de Gestão e Serviços Jurídicos com uma turma por curso, com uma
média de 22 alunos por turma.
Como tem reagido a população são-tomense ao ensino profissional?
A nossa população é muito jovem, temos uma necessidade
de formar pessoas para o futuro do nosso país. Por isso, tudo o
que esteja ligado à formação é muito bem-vindo para a população. Temos uma carência no quadro intermédio (formação
profissional), a procura para esses cursos é muito grande e a
saída profissional também existe.
A EPAG tem recebido apoios do governo? E de particulares?
O governo prometeu financiar o funcionamento da escola (despesas com logística, recursos humanos e entre outras
despesas), mas, até ao momento, todas as despesas com a formação têm sido suportadas pela autarquia, com o apoio pedagógico da EPB. Não temos nenhum apoio de particulares.
Tem sentido outras dificuldades? Como as supera?
Uma das maiores dificuldades é a estrutura física da escola
e os recursos financeiros para mantermos o funcionamento.
Pretendemos abrir mais turmas e mais cursos, mas não temos espaços disponíveis. Inicialmente, tínhamos dificuldades
pedagógicas, mas elas foram superadas com o tempo. Neste
momento, temos o projeto de construção da escola, mas ainda nos falta o financiamento para que o possamos concretizar.
Já há contactos com as empresas, para o estabelecimento de
protocolos para estágios profissionais?
Estamos a preparar o modelo de protocolo para remetermos às empresas, instituições, de forma a criarmos uma parceria com as mesmas.
Fale-nos da oferta formativa: está a alargar-se? Em que áreas?
A procura por cursos já existentes é cada vez maior. Há uma
necessidade de se formar pessoas para dar resposta às necessidades do mercado de trabalho e preparar a nova era que o
país aguarda, a “era do petróleo”. Neste momento estamos a
oferecer cursos nas áreas de serviços, com menos custos. Mas
existe uma necessidade muito grande de formação em áreas
como informática, construção civil, energia renováveis, etc..
Que perspetivas há no distrito de Água Grande sobre saídas
profissionais?
O nosso distrito é o mais populoso do país. Com mais de
metade da população de São Tomé e Príncipe. Mais de 80%
da economia do país advém deste município. A maioria dos
serviços administrativos do estado e as representações diplomáticas, bancos, e a maioria das instituições privada estão
instaladas no nosso distrito. Por isso, haverá sempre uma demanda do mercado. No próximo ano, pretendemos colocar
todos os nossos alunos no mercado de trabalho.
Como vê o futuro do ensino profissional em S. Tomé e Príncipe?
Existe ainda pouco investimento no ensino profissional em
São Tomé e Príncipe. A procura pelos cursos profissionais é
cada vez maior e a oferta no mercado de trabalho nos cursos
técnicos e profissionais também vai crescendo.
Temos boa impressão dos alunos de São Tomé e Príncipe. Quer
deixar-lhes uma mensagem?
Nós temos sempre muita atenção na seleção dos alunos
que frequentam os cursos profissionais em Portugal, mas isso
não quer dizer que os alunos que cá ficam não são também
bons alunos. Temos recebido elogios de outras escolas profissionais em Portugal de que os nossos alunos são exemplos de
bons alunos. Reconhecemos isso e, revelando o nosso “segredo”, quero-vos dizer que os nossos alunos sabem o que querem: continuar a estudar e serem os melhores. Reconhecem,
acima de tudo, a oportunidade disponibilizada e querem
mostrar que valeu a pena investir neles.
A mensagem que deixo é que eles continuam a ser humildes, respeitadores, estudiosos, que sirvam de exemplo para
muitos alunos e que são um motivo de muito orgulho para
nós. Agradecemos do coração por esta forma de estar desses
alunos. Não se esqueçam que o vosso desempenho abrirá
portas aos vossos colegas que também precisam de oportunidade em Braga, como vocês tiveram.
Fernando Silva
17
à conversa com
Elsa Barreto
Tirou o curso de Estilismo na
Academia de Moda no Porto.
Até que ponto a formação foi
importante para si?
Sem uma formação académica, tudo é um pouco
empírico. Há coisas que vão
falhar por mais jeito que se
tenha; mas tirar só um curso sem grande aptidão para
também não resulta. Tem
que haver a junção das duas
(formação/vocação).
“Não se pode viver em
função dessa fama,
euforia.”
Em tudo na nossa vida,
para conquistarmos algo
temos que trabalhar muito,
muito mesmo. A fama, por
vezes, aparece sem grande
esforço, mas é por pouco
tempo. Não se pode viver em
função dessa fama, euforia.
Não pode ser o nosso objetivo e os jovens devem ter
18
isso bem presente para não
caírem em situações complicadas. É importante deitarmo-nos com a consciência
tranquila. Os jovens fazem, às
vezes, as coisas sem pensar
nas consequências e é crucial
tomar as atitudes certas.
Como se estreou no mundo
da moda? Teve algum mentor
no início da sua carreira?
Não. Comecei a trabalhar,
estagiando numa empresa.
É importante começar assim
para perceber como as coisas
funcionam no mundo real. O
Diretor Comercial da empresa disse-me: “A Elsa desenha
muito bem, mas tem agora
de ir para as portas dos centros comerciais e ver o que as
pessoas gostam de vestir” e
isso foi importante para mim,
pois percebi, depois de ter
ficado irritada, que temos de
desenhar coisas que são vendáveis. Foi aí que percebi o
outro lado, que não aprendi
na escola, ligar a parte artística à parte comercial.
Como define a sua marca e
a si como estilista?
A minha marca sou eu (risos). Sou feminina, gosto de
ver uma mulher feminina e
as minhas criações refletem
isso. Gosto que as pessoas
se sintam bem com a minha
roupa.
Quais são as suas fontes de
inspiração?
90% é transpiração e 10%
de inspiração. Tive recentemente dois desfiles, em Braga e Lisboa, e trabalhei quase
todos os dias até à meia-noite, durante um mês e meio.
Eu tenho que saber fazer
para poder mandar. Todo o
esforço que se faça só é pos-
Alexandre Ribeiro
Elsa Barreto, estilista bracarense, com reputação a nível nacional conquistada ao
longo de 25 anos de carreira
com sucesso, cria a sua própria marca, em 1990, cujo
leque de coleções inclui
Alta Costura, Noivas e Prêtà-Porter. Em 2007, é distinguida como Personalidade
do Ano, na categoria Moda,
pela revista Lux. Vende para
os EUA, Inglaterra e Brasil.
Mulher elegante, boa conversadora, não gosta nada
da falta de verdade. Está
sempre a aprender. Exigente consigo própria e com as
pessoas mais próximas de
si. O trabalho, a sua terapia.
A sua publicidade, as pessoas que vestem a sua roupa e
que compram o produto. O
seu equilíbrio, a família.
sível quando se gosta muito
do que se faz.
Há bloqueios no seu trabalho? O que procura fazer
quando isso acontece?
Há. Habituei-me a trabalhar sob stresse. O que me
desbloqueia é o bom stresse.
Hoje tem mesmo que sair.
É, de facto, desgastante trabalhar desta forma. É muito
melhor trabalharmos com
tempo.
Quando não sai nada,
mudo de sítio, vou até à confeção e começo a mexer nos
tecidos, a cortar… e o resto
das ideias surgem.
Algum vestido que a tenha
marcado particularmente?
O primeiro vestido de noiva criado por mim causoume emoção; chorei quando
a cliente o vestiu, ambas
chorámos. É um momento
marcante na vida daquela pessoa. O 1º vestido que
desenhei para os Globos de
Ouro - Vanessa Oliveira - com
o qual ganhei, logo, o primeiro prémio.
Qual a sua “referência” na
moda? Qual o estilista português que admira? Porquê?
Referência, não. Para alguém ser uma referência tem
que ter algum estatuto, Versace e Channel, sim, são uma
à conversa com
referência. A Ana Salazar e a Fátima Lopes não são estilistas,
mas são duas grandes criadoras. A Ana Salazar tem um cunho
pessoal e foi a pioneira nacional; tem muito mérito porque
abriu caminho. Gosto de alguns trabalhos dos irmãos Manéis
(Alves e Gonçalves) porque sabem o que estão a fazer. Há criadores que estão a aparecer e que fazem trabalhos interessantes.
À família. Uma vez, uma amiga minha de infância perguntou-me o que ainda estava a fazer em Portugal. Eu nunca
conseguiria partir por causa da minha família. Sou demasiado
apegada aos meus avós, infelizmente já falecidos, mas que
fizeram parte da minha vida, aos meus pais, irmãos, primos,
para além dos meus filhos e marido, obviamente. Preciso do
meu chão para o meu equilíbrio.
Tem algum modelo e/ou figura pública que goste particularmente de vestir? Porquê?
Tenho uma coleção muito mais próxima com a Vanessa Oliveira, Cláudia Jacques e Diana Pereira. É importante que goste
das pessoas que estou a vestir. Agora, o que a Alexandra Alencastre veste nas Galas da TVI é trabalho personalizado.
Quais os projetos para o futuro e o que falta conquistar?
Eu nunca estou satisfeita no sentido de pensar que já não
preciso fazer mais nada. O objetivo é expandir a marca e que
ela cresça a nível de vendas. Já consegui a visibilidade da marca e agora pretendo tirar vantagem de tanto trabalho feito
até agora.
Sem esquecer as causas sociais, a marca Elsa Barreto integrou
a produção do calendário SOS Animal, a exposição “20 Anos 20
Laços” da associação Abraço, e a iniciativa “Fashion life: Stop
Discrimination & Violence” da associação Famílias, tendo realizado desfiles de solidariedade em prol da Abraço. Qual a causa
social mais recente da marca Elsa Barreto?
Dei uns sapatos que tinham que ter uma certa história para
uma campanha em prol da Cruz Vermelha Portuguesa.
Acha que tem o reconhecimento que merece na sua região?
Não. Mas não estou à espera de nada. Braga é uma cidade
muito difícil para qualquer área. As pessoas em vez de ficarem
satisfeitas, porque levo o nome de Braga a muitos sítios e faço
questão de dizer que sou bracarense, fazem críticas de forma
pouco construtiva. “Santos da casa não fazem milagres”. Fico
triste porque não trato mal as pessoas.
Que conselho(s) dá aos jovens alunos da EPB para singrarem
no mercado de trabalho cada vez mais competitivo?
Trabalho, esforço e não desistir do sonho que se tem. Durante 25 anos de trabalho, tive dissabores. Fecha-se uma porta, mas abre-se uma janela. É preciso trabalhar com paixão.
A sua verdadeira missão é...
Todos nós temos de procurar o nosso Dom. O ser estilista é
só um veículo para eu chegar a determinadas coisas e situações. Não podemos dar demasiado valor às coisas, mas este
exercício não é fácil. Estou numa área aparentemente fútil e
penso porque é que estou nesta área pensando da maneira
que penso… é precisamente neste meio que posso ajudar
tantas causas, pessoas que têm um atendimento personalizado quando se dirigem ao meu atelier e que, no final, estamos
a falar de tudo e não de roupa. Gosto imenso de transformar
uma cliente que, não sendo muito bonita, se sente muito bem
e lindíssima com a minha roupa. No fundo, participo na vida
das outras pessoas.
O que dizem as suas mãos? (risos)
Mostram completamente a minha alma. Quando estou a
fazer um desfile, tudo passa pelas minhas mãos: modelagem,
corte… É fantástico, isso vem de dentro e a opinião final das
pessoas é importante. Também se cresce com os “nãos”.
A que dá mais valor na vida?
Entrevista conduzida por Alexandra Corunha
Breves
Figura pública portuguesa mais elegante.
Judite de Sousa é uma jornalista que, normalmente, está bem vestida.
Tipo de música?
Gosto muito de música clássica. E de dançar Hip-Hop, com a minha
filha. “Nothing compare to you” da Sinneah Connor é a canção da minha vida.
Programa(s) de TV preferido(s)?
Informação (gosto de ver sempre), Fashion TV, Sexo e a Cidade.
Pratica desporto?
Fiz ballet clássico. Às vezes, ainda faço uma aula. Faço iôga.
É uma pessoa crente?
Sim, acredito em Deus, sou católica.
O seu maior desafio pessoal é...
Criar os meus dois filhos para que sejam atentos aos outros também.
Veste o que desenha?
Sim, visto praticamente tudo.
Tecidos nacionais ou estrangeiros?
Não tenho preferência, infelizmente os meus são quase todos estrangeiros.
Figura pública que gostaria de vestir e ainda não o fez?
Se quisesse assim tanto já a teria vestido (risos).
Os portugueses vestem-se bem?
Sim, acho muita piada a algumas jovens que fazem uma conjugação
de peças muito engraçadas.
E na Europa, destaca algum País pela sua elegância?
Itália. Os italianos têm muito cuidado quando saem à rua.
19
iniciativas
II Troféu EPB
Promove trabalho em equipa e aprofunda literacia
Por iniciativa conjunta de três grupos
curriculares (ciências humanas e sociais, línguas e ciências exatas), a Escola Profissional de Braga promoveu o
Troféu EPB, pelo segundo ano consecutivo, visando promover nos alunos o
espírito de grupo, o companheirismo
e a competição sadia, e sensibilizá-los
para o interesse pela cultura e pela
preservação do património histórico e
arquitetónico local.
Esta 2ª edição do Troféu EPB comportou três provas e desenvolveu-se em
três momentos ao longo dos 2º e 3º períodos escolares.
A primeira prova decorreu no dia 10
de janeiro, tendo as equipas inscritas
participado na 1.ª eliminatória das olimpíadas do ambiente, promovidas pela
Quercus, e ainda realizado uma prova
de literacia portuguesa e desafios de
matemática. Nesta prova, participaram
85 alunos (17 equipas).
A segunda prova teve lugar no dia 27
de abril e decorreu em dois momentos:
um, no auditório da escola, consistindo
na verificação de leitura da obra “Cróni-
ca dos Bons Malandros”, de Mário Zambujal; outro, na cidade, através de um
peddy paper, em que as equipas tiveram
de localizar pontos de interesse histó-
rico, arquitetónico e cultural de Braga.
Nesta prova, participaram 80 alunos (16
equipas).
No dia 10 de maio, realizou-se a terceira prova, uma corrida de orientação
na cidade de Braga. Esta prova teve a
duração de duas horas e contou com
a participação entusiástica dos alunos,
que revelaram um elevado espírito de
equipa e desportivismo. Nesta prova
participaram 15 equipas (75 alunos).
É de salientar que, enquanto na 1.ª
edição tivemos a participação de 12
equipas (81 alunos), este ano o número subiu para 17 e o de inscrições ultrapassou a centena (116 alunos). Para
além desta inscrição maciça, releve-se o
empenho, o entusiasmo e a forte motivação que os alunos da EPB colocaram
nesta iniciativa de caráter essencialmente lúdico, mas também de carácter
formativo e educativo em virtude dos
valores e atitudes de base que nela estiveram subjacentes, designadamente o
trabalho de equipa, o companheirismo,
a entreajuda e o gosto pelos desafios.
Por fim, apurados os resultados das
várias provas, saiu vencedora a equipa
Small Caps, seguindo-se a IE/GES e a
SECIE, que ocuparam os 2º e 3º lugares,
respetivamente.
Parabéns a todos.
António Dias Pereira
Grupo Curricular de Ciências Humanas e Sociais
EPB promove torneio desportivo
A escola realizou, no dia 23
de março, um torneio de
futebol, com o objetivo de
promover o convívio entre alunos de três escolas
profissionais da cidade de
Braga, contribuindo, dessa
forma, para a divulgação
de um sistema de ensino
que acrescenta à qualidade
científica e técnica dos seus
formandos um inegável valor ao nível dos comportamentos e atitudes sociais.
Para a realização do evento, foi constituída uma equipa de futebol da EPB, à qual
se juntaram as congéneres
da Profitecla e da Esprominho, numa iniciativa que recebeu o apoio da Associação
20
de Futebol de Braga. O Parque Desportivo das Camélias
foi o palco desta jornada desportiva de convívio, tendo
acolhido os jogos entre as
três escolas.
Este foi um evento concebido por Fábio Gomes e
Carlos Castro, alunos finalistas do Curso Técnico de Marketing da EPB, que pretenderam acrescentar, aos seus
trabalhos de investigação
na área do Marketing Desportivo, uma componente
prática e lúdica, que fosse
capaz de afirmar o desporto
como uma atividade agregadora de princípios salutares,
norteados pelo espírito de
confraternização e convívio.
A opção por apenas escolas
profissionais privadas deveuse ao facto de se pretender
mostrar a sua vitalidade e força, dado que se apresentam,
cada vez mais, como a escolha preferencial de muitas
centenas de jovens e adultos
no seguimento dos seus estudos.
Paulo Leitão
Coordenador de Curso
iniciativas
Vem descobrir a EPB!
Pelo sexto ano consecutivo,
de 12 a 14 de março, realizou-se a iniciativa Portas
Abertas, para dar a conhecer aos visitantes um espaço de referência na área da
formação profissional, com
laboratórios e oficinas adequados aos cursos que ministra, professores, espaços
de divertimento e projetos
vencedores.
dos contribuem não só para
a aquisição de conhecimentos técnicos como também
para o seu bem-estar físico e
psíquico.
Todos tiveram a possibilidade de entrar livremente
no espaço escolar e observar
os vários laboratórios e oficinas, como física e química,
mecânica, frio e eletrónica,
multimédia ou construção
civil, e até experimentar máA operação Portas Abertas quinas, equipamentos, técniabriu mais uma vez a escola a cas e projetos sobre os quais
todos quantos quiseram ver poderão, no futuro, exercer a
por dentro o “modus ope- sua profissão.
randi” de alunos, professores
Vieram de escolas adjacene demais colaboradores que tes, na sua maioria alunos das
diariamente trabalham para escolas básica e secundária,
a melhoria do processo de e obtiveram as informações
ensino e aprendizagem.
necessárias para uma escoA semana foi repleta de vi- lha acertada. Tal como aconsitas organizadas pelo depar- teceu com Joana de 16 anos,
tamento
de uma
de Co- “E, nesta atividade, leva mais escola da
munica- do que aquilo que trouxe, por c i d a d e ,
ção e Ma- isso, pensa “escolher bem”.” que corketing e
nheceu
assessoradas pelas alunas de a EPB “através de conversas
Secretariado que deram mais com amigos que andavam
brilho e cor a uma escola que cá e também já tinha visto alé hoje caraterizada por diver- gumas publicidades”. E, nesta
sas culturas e modos de ser e atividade, leva mais do que
estar. E, como diz uma aluna aquilo que trouxe, por isso,
visitante, “gira, moderna e pensa “escolher bem”.
bem organizada”, em que toAfinal, a EPB cumpriu
mais um dos seus objetivos
e continua o seu trabalho,
motivando para a formação
profissional, desenvolvendo
competências transversais
e técnicas para que todos
possam fazer face a um futuro que se pretende risonho,
com empenho e dedicação!
Eugénia Coutinho
Dia dos Namorados
No dia 14 de fevereiro comemorou-se o Dia dos Namorados, organizado pelas alunas Ana Cláudia Martins e Sylvie
Fernandes, finalistas do Curso Técnico de Secretariado.
Neste dia tivemos o gosto de receber os palestrantes Richard Towers e José Micard Teixeira, que nos brindaram com
as suas experiências de vida.
Na parte da manhã, o escritor Richard Towers deu-nos a conhecer os seus livros-objeto e proporcionou-nos uma manhã
cheia de surpresas. De tarde, o escritor José Micard Teixeira
(Life Coach, Palestrante, Mestre de Reiki e motivador de mudança), falou-nos da obra “Saiba como mudar a sua vida” e
proporcionou-nos momentos muito agradáveis.
Ana Cláudia Martins e Sylvie Fernandes
3º ano de Secretariado
22
iniciativas
Pensar com alegria, a matemática do dia a dia!
O grupo curricular de ciências exatas da Escola Profissional levou a cabo diversas
iniciativas junto dos alunos
que, através de uma forma
alegre e divertida, promoveram a aprendizagem da
Matemática ao longo do
ano letivo de 2011-2012.
No concurso Braga e a
Imagem da Matemática, subordinado ao tema A Cidade
de Braga, cada projeto teria
de contemplar uma ideia
matemática, sustentada por
uma imagem e um texto. E
os alunos participaram entusiasticamente na iniciativa,
criando 135 projetos. Posteriormente, um júri selecionou dez deles e a comunidade escolar escolheu os três
melhores, saindo vencedores
os alunos José Carvalho, do
2º ano de Multimédia, António Peixoto, do 1º ano de
Gestão, Carlos Rodrigues, do
3º ano de Construção Civil, e
Roberto Carlos, do 2º ano de
Construção Civil, respetivamente 1º, 2º, 3º e 4º classificados. A comunidade poderá
apreciar 20 dos trabalhos dos
nossos alunos, numa exposição, a decorrer em junho no
Braga Parque.
“a união de esforços
dos nossos alunos
concretiza simples
iniciativas em projetos
de sucesso”
O 4º Torneio de Jogos Matemáticos da EPB contou
com a participação de 28 turmas dos cursos profissionais,
e desenvolveu-se em duas fases: por grupos e por eliminatórias, sagrando-se vencedor
o 2º GES, ao derrotar o 2º CC,
enquanto o 2º ELE alcançava o 3º lugar, ao vencer o 3º
GPSI. Das turmas classificadas nos três primeiros luga-
res, sairão os representantes
ao Campeonato Nacional de
Jogos Matemáticos do próximo ano letivo. A EPB participou nestes campeonatos
pala primeira vez neste ano
letivo, tendo o aluno Warton
Cravid do 2º ano de Gestão,
se sagrado campeão nacional no jogo do Avanço.
Para culminar a aprendizagem lúdica, teve lugar, nas
instalações da EPB, a representação da peça “Querida
Matemática”, da autoria de
Nuno Henriques, levada à
cena pela Companhia Profissional Teatro Azul.
Realizou-se também o Torneio de Xadrez, que contou
com a participação de 12
jogadores. A final recebeu a
colaboração dos alunos das
turmas a que pertenciam os
finalistas, que encenaram
todas as jogadas das peças,
num tabuleiro de xadrez desenhado no pátio da escola.
No final, foi notável a partilha
da satisfação de todos os intervenientes, reveladora de
que a união de esforços dos
nossos alunos concretiza
simples iniciativas em projetos de sucesso.
Enfim, as atividades promovidas por este grupo
curricular permitiram o envolvimento lúdico de toda a
comunidade educativa, tanto no olhar da matemática
sobre a nossa cidade, como
numa competição saudável
demonstrada na prática dos
diferentes jogos, propiciando, ainda, o fortalecimento
do convívio, partilha, cooperação, entreajuda e gosto pelos desafios.
Grupo Curricular de Ciências Exatas
23
escola
EPB - uma escola comprometida
Na procura de uma verdadeira educação para a saúde
A noção de escola como contexto promotor de saúde e espaço privilegiado de intervenção na prevenção das dependências é inquestionável, pela natureza educacional do seu
trabalho.
Neste sentido, debater o tema das dependências é uma responsabilidade que as instituições escolares não devem adiar,
mas fazê-lo não desde um modelo puramente informativo do tradicional discurso “Não às Drogas!”, centrado numa abordagem racional que enfatiza o saber científico dos seus efeitos químicos -, mas numa verdadeira educação para a saúde,
que procura olhar para esta questão desde o modo como os
alunos a percebem.
Assim, muito mais importante do que alardear sobre proibições, lançar apelos morais ou persuadir à abstinência pela
estratégia do medo, é importante dar voz aos alunos, criando
espaços de partilha de experiências e emoções, espaços que
permitam que se projetem noutros territórios, em cenários vividos ou imaginados, num treino consciente pela procura de
melhores tomadas de decisão no presente e no futuro.
“muito mais importante do que alardear sobre
proibições, lançar apelos morais ou persuadir à
abstinência pela estratégia do medo, é importante
dar voz aos alunos”
O caminho para a prevenção das dependências passará
mais adequadamente pela abertura de canais de comunicação e participação, pela exploração das questões emocionais
dos adolescentes e criação de experiências significativas e
enriquecedoras, do que pela enunciação dos seus perigos,
acaso explicadas na voz de quem testemunhe a experiência
do uso, contribuindo inclusive - apesar da boa intenção do
alerta - para reforçar o sentimento de omnipotência - num
“afinal é possível experimentar e sair!” - tão caraterístico da
vida adolescente.
A COMUNIDADE escolar da EPB rumou ao Bom Jesus, no dia 31 de maio, numa iniciativa do grupo curricular de Ciências Humanas e Sociais, para promover
a saúde e o bem-estar, combater o sedentarismo e a
obesidade, e consolidar a vertente social e humana.
Alunos, professores, funcionários e direção da escola largaram da rodovia (junto ao Instituto Ibérico
de Nanotecnologia) e, serpenteando encosta acima,
chegaram ao Bom Jesus, local de paragem obrigatório para um breve descanso, visita ao Santuário e absorção do espírito de tranquilidade daquele local. O
que foi do agrado de todos.
24
As ações de educação preventiva devem permitir que todos os segmentos participantes das instituições educacionais
- alunos, pais, professores e comunidade - assumam o papel
de promotores da sua própria saúde, numa lógica de reflexão
crítica e ação participativa.
Iniciativas pontuais e isoladas não trazem os mesmo benefícios e resultados do que aquelas que se desenvolvem de
forma continuada e abarcam os diversos setores do ambiente
escolar. Hoje, sabe-se que resultados preventivos adequados
apenas serão conseguidos através de um compromisso com
um projeto amplo e consistente, que envolva de modo participativo os vários atores, e que contemple uma variedade de
dinâmicas, entre as quais atividades de interesse dos alunos.
A EPB não quer eximir-se desse compromisso a longo prazo
com a prevenção e, por isso, aderiu ao projeto “Tu Decides”,
num modelo que visa articular ações que envolvam o conhecimento científico com a educação afetiva.
“Tu Decides… Os Teus Rumos”
escola
Prevenção de Dependências em Meio Escolar
O “Tu Decides” é um programa de prevenção de dependências e comportamentos de risco em meio escolar, que se debruça sobre a etapa crítica de vida para a experimentação e
consumo de substâncias psicoativas e desenvolvimento de
outras dependências: a adolescência.
O grupo RUMOS, numa parceria com o instituto IREFREA
(Instituto Europeu de Investigação dos Fatores de Risco na
Criança e no Adolescente),
lançou o desafio a 11 das suas
escolas, para implementação
deste projeto de prevenção.
Um projeto que apela à participação de todos, e que pretende promover o desenvolvimento de competências no
adolescente, para que este se
sinta capaz de lidar com situações de risco e pressão para
o consumo de drogas, tendo
as ferramentas necessárias
para tomar as suas decisões
de forma clara e consciente.
Por entender que a educação deve promover a formação integral dos jovens, e com a ambição de contribuir para
o desenvolvimento de hábitos e atitudes saudáveis, a Escola
Profissional de Braga acolheu com entusiamo este projeto.
A aplicação do programa foi precedida de uma fase de formação direcionada a docentes e outros colaboradores, levada a cabo pela equipa de formação do “Tu Decides” do IREFREA. Esta ação, que decorreu ao longo de dois dias, permitiu
adquirir conhecimentos, pensar dinâmicas e estratégias de
abordagem do tema junto dos alunos, capacitando os docentes para a sua aplicação em contexto escolar, e reorientando
o seu olhar do problema para a solução, percebendo-se a si
mesmos como protagonistas da prevenção.
O programa está a ser implementado nas turmas dos 1.º
e 2.º anos (17 turmas e mais de 300 alunos) através da dinamização, por parte de diretores de turma/coordenadores de
curso, em estreita colaboração com o Departamento de Intervenção PsicoEducativa da EPB, ao longo de aproximadamente 10 sessões. As dinâmicas que estão a ser implementadas
centram-se em estratégias e atividades motivadoras da produção de reflexões e trabalhos que conduzam os jovens a um
elevado nível de consciência sobre comportamentos de risco,
e à prática de ações de sensibilização de prevenção de dependências no âmbito escolar.
A natureza do presente
programa reforça a importância da articulação de sinergias para a compreensão da
temática e delineamento de
mecanismos de prevenção.
Num programa de prevenção dirigido a adolescentes,
é extremamente importante
o envolvimento da família,
como agente primário de
prevenção. Diversos estudos
confirmam o facto de que,
quanto maior for o envolvimento dos pais na educação
e crescimento dos seus filhos,
demonstrando preocupação
e atenção nos seus comportamentos, menor é a prevalência
de consumos.
É nesta dinâmica e cumplicidade escola-família que o programa invoca a participação dos encarregados de educação,
para que todos consigam reunir ferramentas visando a promoção de um crescimento saudável dos alunos-filhos.
Nesta intenção de abertura de espaços para orientação aos
pais, para que estes não se sintam tão despreparados para lidar com os desafios da adolescência, estão previstas sessões
de trabalho com encarregados de educação, dirigidas à partilha de experiências e conhecimentos, garantia de maior eficácia do programa junto dos seus filhos/educandos.
Ana Cláudia Rodrigues
Dpto. Intervenção Psico-Educativa
A tarde foi de franco convívio no amplo espaço do
Bom Jesus, com almoço e conversas alinhadas e desalinhadas, mas todas a apontar para a recordação de
memórias e para a ideia de missão cumprida. Era o
culminar de um ano de muito estudo e trabalho para
todos. Junto dos finalistas já se sentia o ambiente de
despedida, pois preparam-se para rumar ao estágio
que será interrompido para defenderem em julho o
seu projeto de curso, mais conhecido por PAP, para
ficarem aptos a ingressar no mercado de trabalho ou
prosseguir estudos no ensino superior.
Foi um dia especial para a família EPB.
25
escola
Dia da Europa, num ano de crise
A Escola Profissional de Braga comemorou, a 9 de maio,
pelo décimo primeiro ano, o Dia da Europa. Esta iniciativa,
do Departamento de Comunicação e Marketing da EPB,
tem o objetivo de informar a comunidade escolar sobre
questões atuais da comunidade europeia, do seu processo
de construção, dos seus desafios e contribuir para uma integração mais efetiva dos jovens no espaço europeu.
mum de países com economias de dimensões muito diferentes, gerir as tensões entre os grandes e pequenos países, e a
tendência para que os maiores dominem a agenda política e
imponham os seus pontos de vista, foram alguns dos aspetos
abordados, num debate que não esqueceu temas mais próximos do auditório, como o crescente desemprego juvenil.
Inês de Medeiros (deputada - PS), Mónica Ferro (deputada PSD) e Pedro Guerreiro (ex-deputado europeu - PCP) foram os
intervenientes no debate, moderado pelo diretor de informação da Antena Minho, Rui Sequeira, perante uma sala atenta e
repleta de alunos da EPB.
Como se poderia antecipar, o debate foi este ano marcado
pela crise que se vive em diversos países, como são os casos
da Grécia e Portugal, estados que já se viram forçados a solicitar ajuda externa para evitarem a bancarrota.
Com diferentes visões sobre os custos e benefícios da adesão de Portugal às comunidades europeias, os convidados
não fugiram ao tema proposto: “União Europeia - interesses
nacionais versus desafios comuns”. Repensar a organização e
funcionamento da UE, discutir o Euro enquanto moeda co-
O Duas Caras
Algo que eu queria saber
era a forma como as pessoas
olham para mim. Para saber
o que realmente pensam.
Ou porque dizem que eu
tenho duas caras. Será que
eu sou apenas uma sombra
de algo há muito perdido
a que chamam felicidade?
Apenas sei que muitos me
veem como uma forma de
alcançar algo que acreditam
que os fará felizes.
Acho que já perceberam
que sou o dinheiro, o placebo da humanidade. Sou a
imagem de marca da felicidade dos humanos de hoje e
a imagem de marca da tristeza dos que me não possuem.
Talvez por isso digam que tenho duas caras. Mas porquê?
Porque tenho eu de ser uma
personagem tão contraditória? Afinal, não faço parte do
sistema socioeconómico que
alcançará a paz em algum
momento e que ficará para a
história?
26
Vou tentar ser mais direto:
basicamente, se me possuem
estão bem, pelo contrário, se
não me possuem, estão miseravelmente mal. Ora, isto
teve um início, por mais estúpido e polémico que tenha
sido.
Toda esta ideia generalizada começou com
o
desenvolvimento do sistema
comercial. A ideologia de quem
o criou era a simples e brilhante ideia de que,
para termos paz,
harmonia e felicidade, teríamos de pagar. E aí a minha
“pessoa” entra na história. Inicialmente, tinha vários tipos
de formas. Podiam ser bens
alimentares, ouro, diamantes ou mesmo terrenos, mas
continuava mesmo assim a
personagem contraditória
de duas caras.
O meu objetivo não mudou, continuo a ter duas
faces pelo olhar humano,
mas a minha forma é única
e, como moeda, tenho realmente duas faces.
Apesar de tudo, viajo bastante sem custo nenhum,
aliás, eu sou a forma de pagamento. Mas também há
algo melhor que me dá alegria, que é o facto de as pessoas
sorrirem ao olhar
para mim. Apesar
de saber que são
sorrisos que se
apagarão rapidamente. Sendo assim, sou uma personagem triste e dramática,
um mero ninguém procurando objetivo, uma sobra reclamando dono, uma máscara
dos sofredores. Na Bíblia, dizse que o dinheiro e o apego a
ele são perigosos, mas, se me
souberem utilizar e distribuir,
não serei assim tão horrível,
apesar de ter consciência de
que sou a chave para a ganância e esta é o passaporte
para a tristeza. Julgo que tenho os dias contados!
O facto de me meterem no
bolso é algo que me assusta,
pois não sou propriamente um exemplo de coragem
perante a escuridão. Outro
medo que tenho é não conhecer os meus pais. É por
isso que vos invejo, humanos, pois sacrificam a minha
liberdade para angariar a
vossa. Eu simplesmente tenho de me sujeitar às vossas
vontades que, por vezes, são
tão mesquinhas! Sou a mais
velha personagem viva na
terra, embora me sinta morto
como uma maré sem força.
Só peço aos humanos que
revivam o meu ser por se
lembrarem que a felicidade
não está em mim, mas em
seguir valores morais e criar
relacionamentos com outros,
pois isso é ser o mais belo ser
terrestre.
Pedro Teixeira
2º ano de GPSI
escola
Porta aberta para a aprendizagem ao longo da vida
Centro Novas Oportunidades da EPB
Em 2008 a EPB aceita o desafio de lançar um Centro Novas Oportunidades
e assume-se como agente central na
resposta ao desafio da qualificação de
adultos, consagrado na Iniciativa Novas Oportunidades, por entender enquadrar-se este projeto na missão da
instituição, consubstanciada na elevação dos níveis de competências e qualificações dos indivíduos, dotando-os
de competências pessoais, sociais e
técnicas que potenciem a sua realização pessoal e inserção no mundo do
trabalho, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida.
Ao longo destes anos, o CNO tem
desenvolvido o seu trabalho alicerçado numa vasta experiência da EPB de
entrega incondicional à educação e
formação, de exigência e transparência,
atuando numa perspetiva contínua de
aperfeiçoamento, evolução e inovação.
Através de uma cultura de proximidade, de uma pedagogia de individualização e de uma forte de articulação
com outras entidades locais que operam no domínio da educação e formação de adultos, o CNO da EPB procura
contribuir para a elevação dos níveis de
qualificação dos adultos do concelho
de Braga, valorizar percursos de vida e
fomentar uma cultura de aprendizagem
ao longo da vida.
Desde o início da sua atividade, a
equipa deste centro tem desafiado os
adultos a refletir sobre o seu percurso
passado, as suas dinâmicas e atividades
presentes e os seus objetivos de futuro,
no sentido da identificação de um perfil capaz de sustentar a opção para uma
resposta educativa e/ou formativa mais
adequada a cada um: a realização de
um processo de reconhecimento, validação e certificação de competências
(RVCC) ou o encaminhamento para outros percursos educativos e formativos
(cursos EFA, formações modulares, etc.).
Muitos destes adultos integraram
processos RVCC, direcionados à conclusão de percursos escolares que ficaram
suspensos no tempo. Este é um processo centrado numa reflexão profunda
dos adultos acerca do seu património
vivencial e que valoriza a experiência e
as competências conquistadas ao longo
da vida – na escola, na família, no trabalho, na sociedade. Ao longo do mesmo,
os adultos, ao tomarem consciência e
atribuírem valor ao que aprenderam ao
longo da vida, reforçam a confiança nas
suas capacidades, elemento fundamental na sua mobilização em direção a novos desafios.
A conquista da certificação, perspetivada desta forma - não como uma meta
final, mas como ponto de partida para
novos corredores de aprendizagem e
desenvolvimento pessoal -, adquire
um valor imensamente maior e encerra
aquela que deve ser a missão dos Centros Novas Oportunidades: assegurar
uma oportunidade de qualificação adequada ao perfil e necessidades de cada
adulto e promover a procura de novos
processos de aprendizagem, de formação e de certificação, numa política efetiva de aprendizagem ao longo da vida.
Física Ótica na Escola
No dia 26 de março, realizou-se uma palestra sobre Física
Ótica relacionada com “Luz e Fontes de Luz. Ótica Geométrica”, no âmbito da disciplina de Física e Química. O orador convidado foi o Dr. Miguel Rocha, licenciado pela Universidade
do Minho em Física Ótica, e sócio-gerente das óticas Euracini,
sitas na Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
Os alunos participantes foram, maioritariamente, dos segundos anos dos cursos técnicos de Construção Civil, Eletró-
Os testemunhos positivos de vários
adultos que vivenciaram estas experiências de valorização pessoal, profissional
e social são um alento para o reforço do
compromisso do CNO da EPB, em continuar a apoiar quem nos procura na definição de trajetórias que garantam aos
adultos melhores condições para enfrentar os desafios atuais e futuros. Esperando sempre que a passagem pelo
CNO se possa transformar num efetivo
regresso a um processo de educação e
formação, dirigido a um futuro onde a
aprendizagem ao longo da vida passe a
ser uma constante.
Ana Cláudia Rodrigues
Coordenadora do CNO
A Iniciativa Novas Oportunidades
Foi para mim uma mais-valia
Completei o 9º ano
Com satisfação e alegria
No nosso grupo somos oito
Sempre nos demos bem
Agora vamo-nos separar
Até ao ano que vem
A todos os formadores
Eu quero agradecer
No decorrer da minha vida
Nunca os vou esquecer
A todos vou recordar
Com grande satisfação
E todos levo comigo
Dentro do meu coração
Rosa Silva
Grupo 25 de Nível Básico CNO da EPB
nica, Automação e Comando, Energias Renováveis, Frio e Climatização, e Gestão e Programação de Sistemas Informáticos.
Uma vez que a maioria dos temas abordados já tinha sido
lecionada, levou a que a intervenção do orador ajudasse na
consolidação dos conteúdos, tornando a sessão mais proveitosa junto dos alunos, através de uma interação reflexiva e
muito esclarecedora.
Rosa Martins
Professora
27
escola
Mais EPB, mais Escola
A meta principal de uma escola não
tem segredos: é preciso fazer com que
o aluno aprenda.
Mas a aprendizagem que a escola é
capaz de proporcionar não se encerra
nos conteúdos ou no aperfeiçoamento do domínio das práticas e técnicas a
que o perfil profissional de cada curso
convida.
É importante formar pessoas ativas,
preparadas e autónomas. Nessa aspiração, a EPB não abre mão de propor
e abrir projetos e parcerias, numa demanda constante por proporcionar aos
alunos experiências significativas que
contribuam, por um lado, para a aquisi-
ção e consolidação de atitudes que lhes
garantam uma melhor preparação para
os vários contextos de vida, e, que, simultaneamente, os realizem, tornandoos mais felizes.
A Mais EPB é uma dessas parcerias,
que existe por vontade imperativa de
apoiar a formação global dos alunos da
EPB, através do apoio a iniciativas, dinâmicas e projetos que concorram para o
desenvolvimento do sentido crítico, es-
28
tético, artístico e criativo, para a promoção da saúde e bem-estar, da cooperação e solidariedade, da cidadania ativa
e da responsabilidade social. Em suma,
para o seu crescimento pessoal, profissional e social.
De mãos dadas com a escola que lhe
empresta o nome, a Mais EPB está sintonizada com a missão da escola e a sua
agenda educativa, expressa no plano de
atividades. Dela nasce e com ela caminha, numa relação de grande cumplicidade e compromisso.
A Mais EPB, uma associação aberta
e plural, apresenta-se como um aditamento ao projeto educativo da escola,
procurando ampliar as potencialida-
des dos alunos, explorar e
incentivar talentos, encorajar desafios. A sua ação
desenvolve-se em vários
domínios: cultura e lazer,
desporto, cooperação e
transnacionalidade, social e
psicoeducativo, inovação e
criatividade.
No presente ano letivo,
a Mais EPB, entre outras
ações:
Valorizou o mérito individual e coletivo, através da atribuição de 29 prémios
de mérito e 60 menções honrosas, de
prémios nos vários concursos dinamizados pelos diferentes departamentos
(postal de natal, halloween, braga e a
imagem da matemática, torneio de jogos matemáticos);
Apoiou iniciativas e atividades que
se impõem pela sua qualidade, como a
participação de alunos de eletrónica no
Robocup - Festival Mundial de Robótica
(que irá decorrer no México), na sequência da sua excelente prestação no Festival Nacional de Robótica, organizado
pela Universidade do Minho;
Impulsionou a componente desportiva, patrocinando as equipas júnior e
sénior do EPB futsal;
“a Mais EPB está sintonizada
com a missão da escola e
a sua agenda educativa,
expressa no plano de
atividades. Dela nasce e com
ela caminha, numa relação de
grande cumplicidade”
Incentivou motivações artísticas e
o nascimento de talentos, com o lançamento do CLÃ – Clube de Leitores e
Atores, o financiamento da formação
do grupo de percussão e a aquisição de
instrumentos musicais para a sua aprendizagem e atuações;
Contribuiu para a difusão de uma atmosfera cultural, trazendo o teatro à escola e aos seus mais de 500 alunos, através da coparticipação da peça de teatro
“Querida Matemática”;
Proporcionou a participação de 17
alunos em estágios transnacionais, mediante o apoio a viagens e estada em
diferentes países europeus;
E continua aberta a todos os que ousarem apresentar ideias, se atreverem a
lançar projetos, a empreender iniciativas…
Mais EPB. A tua associação, (n)a tua
escola.
Somos todos MAIS EPB!
Ana Cláudia Rodrigues
Presidente
opinião
Da EPB para o empresariado
No âmbito das III Jornadas Administrativas, ouvimos o testemunho do exaluno e atual empresário João Oliveira.
“Ouvir o que temos para dizer sobre a
realidade circundante é um processo de
aprendizagem importante. Passei pela
EPB, Curso Técnico de Contabilidade,
entre 95 e 98, com muita irreverência à
mistura. Sou parente próximo desta geração, por isso, tudo aquilo que disser,
deverá servir de motivação. Pois, a vida
só é dura para quem a enfrentar de forma negativa.
Então, terminei o curso e entrei no
mundo trabalho. Por vezes, trabalhava gratuitamente, sem exigir nada em
troca, para aprender, uma atitude com
que adquiri conhecimentos técnicos e
relações pessoais que se transformaram
hoje em comercias, que ainda mantenho com sucesso.
Considero muito mais enriquecedor a
passagem por uma empresa do que um
projeto. A vivência em muitas empresas
permitiu-me uma capacidade de aprendizagem diferente, real, o chamado
“traquejo” que os projetos não desen-
volvem, porque em muitos casos são
situações simuladas.
Depois da EPB, fui para o IPVC, em Viana do Castelo, tirar o curso de Gestão.
Na universidade, fui dirigente associa-
tivo, entre outros. Sentia-me à vontade
nas disciplinas técnicas, tendo apenas
que me aplicar nas outras, mas não me
contentava com um 10, fazia sempre
melhoria. É importante querer ir mais
além, pois devemos ser empreendedores nos estudos. Numa altura difícil,
devemos trabalhar mais, e isso começa
nos estudos.
Após a licenciatura, cheguei a dirigir
uma IPSS de Esporões, fui gestor de uma
empresa, mas isso não me completava,
porque não tinha poder de decisão. Por
essa razão, criei a FRITEMPO, em 2005.
Hoje, temos influência nacional nos
grandes grupos económicos e relações
comerciais com Angola, entre outros.
E ótimas relações com a EPB, considerando-nos um parceiro privilegiado da
instituição.
Acho importante completar as competências adquiridas nos cursos profissionais e superiores, pois falar várias
línguas, dominar o office ou softwares
diversificados são uma mais-valia. É importante acrescentar valor ao curriculum, ter várias experiências, se possível
no estrangeiro, e manter tal capacidade
de aprendizagem ao longo da vida.
Por último, os alunos finalistas encontram-se num dilema complicado, mas a
minha garantia é que todos estão mais
preparados do que os desempregados.
Em jeito de conselho, digo-vos que é
importante estarmos atentos às oportunidades, porque elas andam por aí. “
Recolha de Eugénia Coutinho
A educação dos filhos
Nos dias de hoje,
é difícil educar
os nossos filhos!
Há muitas influências adversas:
internet, marcas
de roupa e de
calçado, jogos
de computador,
playstations, saídas à noite, companhias menos próprias, etc..
Os pais não podem ceder a todos os
caprichos e vontades dos seus filhos. Temos, sim, a obrigação de lhes explicar e
fazer entender que a vida é muito mais
que marcas e divertimentos, que é preciso trabalhar muito e economizar, para
podermos ter os bens essenciais para viver com honestidade e sermos alguém.
Chamá-los a colaborar nas tarefas da
casa, pois, se todos comem, se todos
habitam na casa, também todos devem
ajudar-se uns aos outros. Educá-los para
30
serem bons cidadãos, respeitadores e
humildes… E, para serem alguém na sociedade, têm de se preparar, estudando,
formando-se de preferência e se possível na área para a qual sentem vocação.
Temos de estar atentos a todos os
sinais, deixá-los participar em todos
os eventos e iniciativas em que eles
demonstrem interesse e que possam
enriquecê-los pessoal e intelectualmente. Quando descobrem e sabem o que
realmente querem para o seu futuro, é
meio caminho andado e, então, devemos apoiá-los e incentivá-los para que
sigam em frente com autoconfiança. Se,
“apoiá-los e incentivá-los
para que sigam em frente com
autoconfiança”
por ventura, têm uma maneira difícil de
ser, temos de procurar a melhor forma
de comunicar. Sou totalmente contra
a opressão, os castigos, o “ficas sem o
computador”, ou, “ficas sem o telemó-
vel”, castigos que, na minha opinião,
pioram tudo. Uma conversa aberta e um
voto de confiança acompanhados de
bons exemplos de nossa parte são muito mais eficazes que esses castigos que
só servem para os revoltar ainda mais!
Mas também não podemos deixá-los
entregues à sua própria sorte, devemos
sempre supervisionar, muitas vezes sem
que eles se apercebam de que estamos
de vigia!
Se depositarmos confiança neles e
conversarmos abertamente, vão sentirse apoiados e à vontade para desabafar
qualquer dúvida ou receio que possa
surgir, seja no campo escolar seja no
campo pessoal e, dessa forma, conseguiremos entendê-los, aconselhá-los e
orientá-los da melhor maneira possível
e considerada a mais correta.
Fernanda Sousa
Encarregada de Educação
opinião
Alterações na lei laboral
Com as alterações da legislação laboral, o Governo pretende, para o período compreendido entre 2012 e 2015,
“simplificar a legislação laboral através
de uma maior clareza das normas e diminuição da burocracia” bem como
“criar um regime legal mais ajustado à
realidade das empresas”.
Numa altura em que as alterações
em torno da legislação laboral estão na
ordem do dia, torna-se útil proceder a
uma breve sintetização daquelas que já
estão vigor.
As alterações mais substanciais e geradoras, por ora, de maior polémica e
controvérsia no seio dos trabalhadores
passam pela redução da compensação
em caso de despedimento e a alteração
das regras dos contratos a prazo.
Com a Lei 53/2011 de 14 de outubro
foram alteradas as regras de cálculo das
compensações devidas aos trabalhadores em caso de despedimento.
Assim, quem celebrou um contrato de
trabalho a partir do mês de outubro de
2011 já é afetado por essas novas regras
de cálculo e, em função disso, receberá
o equivalente a 20 dias de compensação por cada ano de trabalho, com um
limite máximo igual a 12 meses de retribuição.
É de salientar que estas alterações
são válidas apenas para os contratos
celebrados após a sua entrada em vigor
pelo que não prejudicam os direitos adquiridos com a celebração de contratos
anteriores a essa data (outubro de 2011)
que mantêm compensação de 30 dias
de retribuição-base e diuturnidades por
cada ano de antiguidade. E, no caso de
contratos a termo certo, é de três ou
dois dias por mês, consoante o contrato
seja, respetivamente, inferior ou superior a seis meses.
Contudo, pretende-se o alinhamento das condições da indemnização dos
contratos antigos com as dos novos,
possibilidade que está a ser discutida e
ponderada.
“as empresas vão poder
renovar até cinco vezes os
contratos a termo”
Com as novas regras, o valor a instituir será de 20 dias por ano (a aplicar
proporcionalmente aos contratos a termo) e parte deve ser financiada por um
fundo a criar. É importante referir que a
segunda fase do acordo com a “Troika”
prevê que essas compensações, a longo
prazo, possam vir a ser de 8 a 12 dias.
Além disto, a Assembleia da República aprovou ainda a Lei 3/2012 de 10 de
janeiro que permite às empresas prolongar por mais 18 meses os contratos
a prazo, até um máximo de duas renovações. A medida permitirá manter a
trabalhar cerca de 30 mil pessoas por
mês e vai abranger os contratos que caduquem até junho de 2013.
Foi então instituído um regime de renovação extraordinária dos contratos a
prazo que estejam no limite de renovações, por um período máximo de ano e
meio:
- Passa a existir a possibilidade de
duas renovações extraordinárias para
os contratos a prazo que expirem até
31 de dezembro de 2012 e que, à luz do
Código de Trabalho, não podiam ser renovados;
- Também para os contratos a termo
certo passa a ser possível o seu prolongamento por um período máximo de 18
meses.
Esta renovação extraordinária é permitida com as seguintes limitações:
a) Só podem ser objeto de renovação
nos termos da Lei n.º 3/2012, os contratos a termo certo celebrados ao abrigo
da Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro;
b) Em termos formais, apenas podem
ser objeto de duas renovações;
c) A duração de cada renovação não
pode ser inferior a um sexto da duração
máxima do contrato ou da sua duração
efetiva, consoante a que for inferior;
d) Independentemente das regras anteriores, as renovações extraordinárias
não podem vigorar a 1 de janeiro de
2015.
Desta forma, as empresas vão poder
renovar até cinco vezes os contratos a
termo que têm em vigor. Note-se que
até agora a lei só previa três renovações.
As entidades patronais há muito que
vinham a reivindicar esta flexibilização
dos contratos a termo e, em tempo de
crise, acabaram por atingir esse objetivo.
Adelaide Cerqueira
Professora
31
opinião
Em jeito de carta
Querida Matemática
Tu e eu sabemos bem que
aprender Matemática potencia capacidades para a
vida e amplia as possibilidades de os alunos compreenderem e transformarem a
realidade que os rodeia.
Estás presente nas várias
etapas do desenvolvimento
do ser humano. É só abrirmos
o boletim de saúde infantil e
ler os dados estatísticos aí
registados; na feitura de um
bolo, todos os ingredientes
de determinada receita têm
que ser colocados na proporção certa; os governos,
ao descreverem as dificuldades do país, aplicam medidas para a sua resolução,
fazendo-o através da tua
linguagem, com termos matemáticos básicos, como percentagem e probabilidade.
Então, o que fazer para inverter a ideia errada de que
tu não serves para nada, e até
levas os alunos a tirar notas
baixas? Não achas que o Ministério da Educação, Encarregados de Educação, alunos
e professores têm que rever
a relação que têm contigo,
dando-te mais credibilidade
e valor?
Tudo passa por iniciativas
que levem o aluno a sentir-se
atraído para atividades interessantes, sentindo-te como
um constante desafio.
Ora, é exatamente esse o
caminho a trilhar pela Escola Profissional de Braga,
onde se proporciona aos
alunos excelentes condições
de aprendizagem: apareces
com reforço de uma hora por
semana, nas turmas do 10º
ano; tens uma permanente
relação com todos os alunos
através da prática de Jogos
Matemáticos, ao longo de
cinco meses, de que até já resultou a consagração do aluno de Gestão Warton Cravid
como campeão nacional!
“o que fazer para
inverter a ideia errada
de que tu não serves
para nada, e até levas
os alunos a tirar notas
baixas?”
É por isso que te podemos
chamar “Querida Matemática”. E aqueles que ainda não
te conheciam, certamente
não mais te irão esquecer,
desde o passado dia dezasseis de abril, quando a EPB
abriu as portas ao teatro,
para acolher a Companhia
Profissional Teatro Azul, que
representou a peça “Querida Matemática”, da autoria
de Nuno Henriques. Todos
os alunos assistiram a este
espetáculo, em quatro sessões ao longo do dia, tendo a
oportunidade de presenciar
uma excelente interpretação
de três atores que, em curtos
episódios, destacaram, com
humor, a tua utilidade no dia
a dia das pessoas.
Afinal, Matemática, até és
bem simples e divertida! E, se
te encararmos assim, os teus
problemas transformam-se
numa viagem alucinante ao
mundo do conhecimento,
iluminando as mentes brilhantes e levando o teu brilho às mentes que teimam
em não ver a tua luz.
José Pedrosa
Professor
The world of work
IN MY OPINION the world of work has been changing.
Nowadays all industry companies have been developed
and workers must be prepared to this and to work with all
sorts of technology.
The world of work needs people who have skills, they
have to be able to adapt to all situations, to have enthusiasm in what they are doing and a self-management to
have success in this world.
I think that I have not the necessary skills because I am
too young and I have to learn by experience.
To apply for a job, first we need to do a good and true
Curriculum Vitae, and give all information about our qualifications.
32
We know that there are well-paid and badly-paid jobs
but, in my opinion, if a person tries hard, the salary will increase and a promotion can be given.
I would like to have a part-time job, because I would like
to study too, and have flexitime schedule.
I would like to have an uncomplicated work, something
related with what I had learnt at school.
In the future, I will be happy if I stay in a company and
contribute to its productivity and one day, when I get older,
I would like to retire and have some money.
Diana Ferreira
3º ano Contabilidade
opinião
Educação, valores e comportamentos
Quando nos interpelamos sobre o modo como devemos
organizar a escola para a necessidade de construir comportamentos estruturantes que promovam a integração social
e profissional dos nossos jovens, sentimos necessidade de
mergulhar nos grandes princípios e valores que os devem
sustentar e legitimar. Mas de imediato também somos interpelados com a questão de saber se a escola deve ou não
ensinar valores, rodeados que nos encontramos pelo primado do relativismo.
Certo é que muitos autores consideram que a educação
tem como objetivo o desenvolvimento intelectual e moral, a
formação integral da pessoa e do cidadão.
A Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86, de 14
de outubro) atribui ao sistema educativo a responsabilidade
de “assegurar a formação cívica e moral dos jovens”, sendo
esta formação dirigida para a democracia e para o respeito
pelos direitos humanos. O cidadão ideal é livre, responsável,
autónomo, solidário, respeitador dos outros, das suas ideias
e das suas culturas, aberto
ao diálogo e à livre troca de
opiniões, crítico e criativo em
relação ao meio social, capaz
de uma reflexão consciente
sobre os valores espirituais,
estéticos, morais e cívicos.
A tese de que a escola deve
ensinar valores surge reforçada pela ideia de que nenhuma
forma de educação é neutra
ou independente, pelo facto
de a transmissão de valores
ser uma tarefa da civilização, e
pela possibilidade de encontrarmos um núcleo de valores consensuais, nomeadamente
o sentido de justiça e a procura da verdade, o respeito pelo
outro, a equidade, que se encontram na base da Declaração
Universal dos Direitos do Homem (1948).
A tese da intervenção da escola na promoção de valores
socorre-se também da crise da família, da menor influência
da Igreja, do impacto negativo da televisão, do aumento do
egocentrismo, do materialismo e da delinquência juvenil. As
grandes questões com que o Homem se confronta são questões de ordem moral: “de que modo devo viver a minha vida?”,
“de que modo viver com os outros?”, “de que modo viver com
a natureza?” Talvez o modo como a escola ensina os valores se
torne objeto de discórdia, podendo fazê-lo pela doutrinação,
bom exemplo, clarificação dos valores, abordagem estruturalconstrutivista de Lawrence Kohlberg, abordagem pela narrativa, entre outras.
Os mandatos da escola atribuem prioridades às principais
metas dos sistemas educativos, entre as quais se encontram
a cidadania, o autodesenvolvimento e a formação, procurando-se um equilíbrio entre as dimensões científica, técnica e
humanística e a promoção de atitudes e valores, quer os que
decorrem da reflexividade crítica, da participação cívica, da
problematização da justiça ou equidade, quer os que implicam a dimensão relacional solidária e ética.
A construção de comportamentos estruturantes deverá estar legitimada eticamente por valores e deverá unir todos os
professores na defesa de um conjunto de comportamentos
que promovam um positivo ambiente de ensino e aprendizagem e sejam alavanca para o sucesso educativo e profissional
dos jovens. A sala de aula é um espaço onde se aprende a
trabalhar e se trabalha.
O objetivo de construir comportamentos exige da parte de
todos os professores um trabalho uníssono, de coesão e em
equipa, um processo de contínua observação e persistência
e de fundamentação das medidas assumidas e, sobretudo,
um trabalho partilhado. Os diversos estilos pessoais e de liderança implicam esse trabalho de coesão, com definição de
estratégias comportamentais para cada turma e aluno e exigirá que cada professor seja também investigador. O conhecimento mais aprofundado de cada aluno no plano psicológico
e moral e o estabelecimento
periódico de metas comportamentais tornam-se cada vez
mais prementes no ato educativo.
Com três anos de permanência na escola, é possível
fazer desta uma atmosfera
fundamentadora de princípios e valores, e construir-se
uma agenda para o desenvolvimento de comportamentos,
que parte da integração num
ambiente escolar até à saída
para os estágios em contexto
empresarial, bem como todo
um ambiente que deverá ser
preparado como aquele que se deve respirar no ano da prova
de aptidão profissional, com apelo ao sentido de responsabilidade, autonomia, empenho, capacidade de ultrapassar problemas, gestão de recursos.
A educação para a cidadania incorpora o desenvolvimento de competências como cooperação, capacidade de ouvir,
pensamento crítico, comunicação, argumentação e participação, aquisição de saberes relacionados com temáticas como
os direitos humanos, ambiente, desenvolvimento sustentável, igualdade de género, consumo, media, multiculturalismo,
empreendedorismo, educação financeira, dimensão europeia
da educação, entre outras. A promoção da aprendizagem da
cidadania vai para além da aquisição do conjunto de saberes,
capacidades e atitudes associados a conteúdos, mas também
às dinâmicas suscitadas pelo quotidiano escolar, desde a sala
de aula, cantina, aos contactos de corredor, que podem proporcionar a aplicação daquilo que vulgarmente se designa
por “boa educação”, por respeito por si mesmo e pelo Outro.
José Oliveira
Diretor Pedagógico
33
a fechar
Até sempre!
Até sempre!
Foi em 2009 que ingressei
na EPB. O tempo não passou, voou! Já lá vão três
anos.
O medo do desconhecido,
a solidão no meio de uma
multidão completamente estranha passou e, agora, todos
esses sentimentos voltam,
por deixar de ser uma jovem
a quem, de certa forma, ainda vai sendo tolerado tudo.
Sentimentos que voltam
para quem se vai inserir no complexo mundo do trabalho.
Hoje, sou apenas uma finalista do Curso Técnico de Serviços
Jurídicos entre tantos outros finalistas de outros cursos que
terminarão com sucesso o curso neste ano letivo. Depois desta longa caminhada, é fácil concluir que não é por acaso que a
EPB é tão bem reputada no exterior. São bons os profissionais
que nela apostam diariamente e são bons os alunos e profissionais que dela resultam. Conheço e reconheço que todos os
que nos rodeiam, entre as quatro paredes da escola nos foram
importantes neste percurso.
Foi uma fase decisiva para
todos nós, seguindo-se, agora, o início de uma carreira,
que hoje lhe chamamos de
futuro mas que, amanhã, poderá ser o nosso constante
presente. De certa forma, foi
a EPB que nos deu um rumo
estruturado à nossa vida. Se
me permitem, recomendo
aos novatos que aproveitem
esta rica oportunidade de
crescer, evoluir e, principalmente, de se formarem.
E a EPB que continue a
apostar com prioridade nos seus alunos, no excelente e dedicado ensino. Para quem não gosta de despedidas, não digamos um “adeus” mas, sim, um “até sempre” a quem nos fez tão
bem, ainda que inconsciente disso. Um bem-haja a todos os
que me acompanharam durante estes três anos de formação
e sucesso.
Regina Costa
3º ano de Serviços Jurídicos
Porque Amor com amor se paga, é
de pura e única vontade minha traçar
neste instante o caminho já traçado.
Adorável é a cegueira de ver através
da claridade, cegueira que se impõe à
razão e lógica, abandona estereótipos, e
foge do senso comum. Transforma a ilusão do sonho para o agora – presente,
obriga à abdicação do que já deixou de
existir, para agarrar o que nunca antes
foi desejado. Une o impossível ao mais
pequeno voto de esperança, e respirase agora, tão descompassadamente,
como nunca antes, o doce ar livre de
tudo aquilo que, por fim, foi conquistado.
Nesta mistura de loucura e amável
obsessão, não existem padrões reconhecidos, a ordem rejeita quaisquer
apresentações, e só se ouve o bater da
porta ao sair.
Já nada vejo excepto tu.
Fazes o querer insuficiente, e o desejo
eterno. Preenches-me o vazio ignoran-
34
do limites de quantidade. Não ofereces
em busca da procura, és presente. Somente com um simples toque, dessa
atração prolongas uma paz agora já
tangível.
Poderão banais meras palavras respeitar o que já de ti entregaste, e o que
em mim criaste? Palavras fracas, aprecio
a sua debilidade. Admito, e mantém-se
portanto aquém de poder adjetivar o
teu impacto e influência em cada ponto
da nossa história.
Queimaste-me todas as tentativas de
te desenhar, e quando a soma de sentimentos se apouca, tornas a força dos
atos indispensável, e um vício para cada
dia de sobrevivência neste mundo.
Não nasceu ainda língua capaz de pôr
em voz alta o que só cá dentro posso
ouvir. A tua importância e entrega serão
o meu consolo para o resto dos meus
dias, e luz para as minhas noites. Manterás dessa forma tão tua a minha maneira
tão cega de te ver.
O mundo já caiu em silêncio, só nos
O Beijo - Auguste Rodin
Amor com amor se paga
restam as respirações pesadas, a impaciência nos olhos, o movimento entre corpos, e a intimidade dos beijos e carícias.
Então, fechemos os olhos e sintamos
apenas.
Ana Nunes
3º ano de Contabilidade
a fechar
O quarto da minha mente
É tão deprimente
Pensar que o pensamento
Já está pensado!
24 de abril de 1112 – morre D. Henrique de Borgonha, pai de D. Afonso
Henriques.
Que quando pensamos que
Estamos a pensar
Esse pensamento já é retardado,
Como um pensamento
Acabado de ser pensado
Já está terminado.
22 de fevereiro de 1912 – morre Manuel Laranjeira, que escreveu poesia,
drama, novela e romance. Foi amigo de Amadeu de Souza-Cardoso, Miguel
Unamuno, António Patrício e Afonso Lopes Vieira.
Um quarto de pensar ou
Pensar num certo quarto,
Monótono reto,
Pensar geométrico, tédio,
Um olhar profundo superficialmente
Pensado, por uma divisão,
Confuso como o meu pequeno mundo,
O quarto da minha mente,
Por muitas ou poucas alegrias,
Lá se pensa na minha gente,
O meu mundo pequeno
Onde eu apago, o quarto,
Só com um dedo.
José Carvalho
Algumas efemérides
24 de agosto de 1912 – morre Bulhão Pato, poeta, ensaísta e memorialista, sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. As Memórias de Bulhão
Pato são uma interessante fonte para o conhecimento da política portuguesa na última metade do século XIX. E também para diversos pratos de
culinária.
10 de setembro de 1912 – Alberto Sanches de Castro tornase o primeiro piloto português a voar em território nacional,
com 4 curtos voos, depois de montar e experimentar o seu
aeroplano. Também enveredou pela pintura, caricatura e
cartazes publicitários, como o famoso logótipo do Vinho do
Porto Sandeman.
27 de dezembro de 1912 – nasce Manuel do Nascimento, escritor neorrealista, cuja obra reflete o universo profissional seu conhecido, como no
caso das obras Histórias de Mineiros e Os Mineiros.
2º ano de Multimédia
Fado, alma do povo português
ções musicais, a fim de atrair
clientela.
O Fado passou a ser conhecido depois de 1840, nas
público, tornando-a de alguma forma mais comercial.
A figura do fadista nasce
como artista. Esta foi a épo-
ruas de Lisboa, e só durante as décadas de 30 e 40 do
século XX é que o cinema, o
teatro e a rádio vão projetar
esta canção para o grande
ca de ouro do Fado onde os
tocadores, cantadores, saem
das vielas e recantos escondidos para brilharem nos
palcos do teatro, nas luzes
O Fado - José Malhoa
O FADO É um estilo musical
português elevado à categoria de Património Oral e
Imaterial da Humanidade
pela UNESCO, em novembro
de 2011.
A origem do Fado reside
tanto a nível musical como
poético e temático, no romanceiro tradicional e, subsequentemente, na canção
narrativa tradicional que,
durante séculos, os jograis
e os músicos cantaram por
feiras, mercados e romarias,
nas aldeias, vilas e cidades
de todo o país. Fados eram
esses cantares narrativos
que contavam histórias ou
episódios de vidas, desenlaces tristes ou mesmo trágicos que, por contarem a
vida, o destino, o fim dessas
vidas, se lhes chamou fados.
O Fado nasceu na rua, da
boca dos músicos ambulantes, só depois passou à
taberna, onde encontravam
pousada a troco de presta-
do cinema, para serem ouvidos na rádio ou em discos.
Depois de um certo adormecimento, o Fado tem tido
uma certa mediatização nos
últimos tempos, devido ao
surgimento de uma nova
vaga de intérpretes e ao seu
recente
reconhecimento
como Património Imaterial
da Humanidade pela Unesco.
Expressão maior da alma
portuguesa, o Fado canta
tristezas e alegrias na voz de
um povo. O Fado é português, é toda uma mentalidade, é toda uma História. Se o
povo português é o único
que canta o Fado, é porque
também foi protagonista de
uma vivência que mais nenhum povo teve.
É vida, é destino, é Fado, é a
alma do povo português.
Carlos Morais
Professor
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agenda
ACONTECIMENTO/ EVENTO
EPB nas Festas de S. João
Concurso Robocup 2012 Inscrições Ano Letivo 2012/13 Jantar de S. João Estágios Curriculares do 12º ano
Estágios Curriculares do 11º ano Estágios Transnacionais ção Auditoria de Renovação da Certifica
LOCAL
Braga
Cidade do México
EPB
EPB Empresas
Empresas
Malta, Alemanha e Espanha
EPB
Singapura
SINGAPURA é uma cidade de passagem, onde habitualmente
se faz escala para outros destinos, mas não deixa ninguém indiferente. Considerada o centro financeiro mais importante do
sudeste asiático, ali convivem o antigo e o moderno com singularidade, entre povos de diferentes raças (hindu, chinesa e
islâmica) que evidenciam a sua cultura na arquitetura, religião,
festividades e gastronomia. Sugere-se uma visita a Chinatown,
Little India e Kampong Glam (para uma experiência malaia).
Recomenda-se também um passeio pedestre por Clarke Quay,
Orchard Road e Holland Village. Não deixe também de visitar o
Hotel Raffles, um exemplar do estilo colonial britânico.
1 a 29 de julho
4 e 5 de julho
Carla Rocha
Professora
UM ESPETÁCULO musical? Uma festa? Uma experiência individual ou coletiva?
Durante muitos anos, os concertos foram experiências explosivas do Rock ao Clássico, passando pela World Music ou pelo Jazz, que serviram
para explorar os limites teóricos dos génios da
composição e para ultrapassar os desafios da execução técnica. Mais recentemente recordo concertos que são meras apresentações de produtos fonográficos, maioritariamente na área da Pop,
mas não apenas.
Ao longo da minha adolescência, tive o prazer de assistir a vários
concertos e o privilégio de participar pessoalmente em centenas de
espetáculos, o que me possibilitou atingir um entendimento mais
apurado das práticas do concerto-espetáculo, da via profissional,
mas o mais importante talvez tenha sido a conclusão que me leva a
acreditar, atualmente, que um concerto é uma experiência, coletiva
e individual, que se desenrola num formato de espetáculo variável,
culminando numa imensa festa. E aqui estamos a falar daquilo que
considero já um bom concerto.
A 7 de julho, o britânico Peter Gabriel atuará no “Super Bock Super Rock”. O ex-Genesis regressa a Portugal com a sua New Blood
Orchestra e o álbum New Blood, editado no ano passado. Apesar de
nunca ter visto Peter Gabriel ao vivo, sei que o bom concerto estará
lá, certamente, aguardando a nossa participação.
36
15 a 24 de junho
18 a 24 de junho
abril a julho
22 de junho
4 de junho a 31 de julho
2 de julho a 31 de julho
Destacam-se os edifícios de tamanho impressionante que se
avistam na baía, como, por exemplo, as 3 torres unidas na parte superior por uma passarela em forma de
barco e também o Museu das Artes e das
Ciências que tem a forma de meia flor.
Quem desejar conhecer um país ou
países daquela parte do mundo
deve programar a viagem por forma a dedicar um mínimo de 3 dias à
bela Singapura.
O que é um concerto?
Rui Rodrigues
Professor
DATA
Cosmopolis
DAVID Cronenberg é daqueles realizadores cuja filmografia não nos deixa indiferentes.
Quando a crise financeira está
na ordem do dia, resolve tornar o
tema na sua mais recente obsessão, Cosmopolis.
Nova York está em pé de guerra. O
Presidente dos EUA está na cidade
e as manifestações ameaçam afogar Manhattan
no caos. Aconteça o que acontecer, Eric Packer, milionário de 28 anos, irá cortar o cabelo do outro lado
da cidade.
Uma odisseia absurda e persistente de um corretor
de Wall Street que desfila colegas, amantes e médicos na sua luxuosa limusine.
Mas por causa da instabilidade dos mercados, no
fim do dia ele poderá encontrar-se na bancarrota,
sem nada para além da resposta à pergunta que o
atormenta: pode aquele que possui tudo desejar
ainda mais alguma coisa?
O filme parece decorrer na fronteira da insanidade,
repleto de acontecimentos bizarros e um autêntico
desfile de personagens loucos.
Rui Pires
Professor
12 razões para escolher a EPB
Qualidade de ensino
Ambiente familiar
Excelente imagem junto das empresas
Oferta formativa diversificada
Excelência das instalações
Escola inclusiva e multicultural
Reconhecimento oficial do papel da escola na região e na sociedade
Personalização do ensino
Ensino que associa a formação técnica e científica à humana e social
Maior taxa de aproveitamento escolar e inserção profissional
Apoio aos seus formandos mesmo depois de terminarem o curso
Possibilidade de aprender uma profissão, entrar no mercado
de trabalho e prosseguir estudos no ensino superior
Ficha Técnica
Coordenador: Fernando Silva
Redação: Alexandra Corunha, Eugénia Coutinho
Marketing e Publicidade: Alexandra Corunha
Conceito visual: Ana Gomes e Ricardo Coelho (ex-alunos de DG)
Fotografia: Alexandre Ribeiro (aluno de DG), arquivo EPB
Edição gráfica: João Delgado
Ano III nº 5
Junho de 2012
Tiragem: 3000 exemplares
[email protected]
Propriedade: EPB - Escola Profissional de Braga, Lda.
Morada: Rua Augusto Veloso N.º 140 - 4705-082 Braga
tel: +351 253 203 860
fax: +351 253 203 869
site: www.epb.pt
e-mail: [email protected]
Com um muito obrigado, apresentamos as empresas que acolheram os nossos alunos em estágio, no ano letivo de 2011-12.
• ABM – CONSTRUÇÃO, REABILITAÇÃO,
ENGENHARIA
• ACA – PICHELARIA – ARTUR CORREIA ALVES
• ACG ASSESSORIA CONTABILIDADE E GESTÃO
• AKI
• AMBIECO
• ANTÓNIO PEIXOTO DIAS & Cª
• AR- LINDO
• ARCOHOTEL – EQUIPAMENTOS PARA HOTELARIA
E CLIMATIZAÇÃO
• ARNEG
• ARQ. ABEL GOMES
• ARTUR DA SILVA RIBEIRO
• ASSISTÉCNICA
• ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROFESSORES
• ATRITO – ENGENHARIA
• AUDIAGE – APOIO À GESTÃO DE EMPRESAS
• AUDIMINHO, UNIPESSOAL
• BEC BRAGA2, EQUIPAMENTOS DE CLIMATIZAÇÃO
• BERNARDO DA COSTA & FILHOS
• BM CAR
• BOSCH CAR MULTIMÉDIA PORTUGAL
• BRAGA CEJ 2012
• BRAGACONTA, GESTÃO E FORMAÇÃO
EMPRESARIAL
• BRAGAREDES – IMPLEMENTAÇÃO DE REDES
INFORMÁTICAS E DE TELECOMUNICAÇÕES
• BRAMÉDICA
• BRITALAR – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES
• BÚSSOLA
• BYSTEEL – GRUPO DST
• CANTINHOS
• CÁPSULA
• CARPINCASAIS
• CARTÓRIO NOTARIAL DE CABECEIRAS DE BASTO
• CARTÓRIO NOTARIAL DR. RODRIGO PEIXOTO
• CARTÓRIO NOTARIAL DRA. AIDA SOUSA
• CARTÓRIO NOTARIAL DRA. ANDREIA AMARAL –
ESPOSENDE
• CARTÓRIO NOTARIAL DRA. CATARINA CORREIA
• CARTÓRIO NOTARIAL DRA. JÚLIA MONTEIRO –
PÓVOA DO VARZIM
• CARTÓRIO NOTARIAL DRA. MARGARIDA AZENHA
• CARTÓRIO NOTARIAL DRA. TERESA JÁCOME
• CENTRO CULTURAL E SOCIAL DE SANTO ADRIÃO
• CENTRO DA MATEMÁTICA – UMINHO
• CENTRO TÉCNICO DA PEDRINHA
• CIAB – CENTRO DE INFORMAÇÃO E ARBITRAGEM
DO VALE DO CÁVADO
• CIDADELA ELECTRÓNICA
• CLIMAINOX
• CLÍNICA INFORMÁTICA
• CLISER – CLIMATIZAÇÕES SÉRGIOS
• COMANDA À DISTÂNCIA TELECOMUNICAÇÕES
• CONFRARIA DO BOM JESUS DO MONTE
• CONSTRUÇÕES PHAESIS
• CPFIS
• CRU DESIGN
• DAPE
• DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS – PORTUGAL
• DIRENOR
• DIVIMINHO
• DOCTORLAR
• DOMIFER
• DST RENOVÁVEIS
• DTE – GRUPO DST
• DUARTE & MACEDO, SOCIEDADE MEDIAÇÃO
IMOBILIÁRIA
• EDIGMA
• EGREENS
• ELECTRO MINHO
• EMPREITEIROS CASAIS
• ENTER
• ESCRITÓRIO ATUAL – CONTABILIDADE E
ADMINISTRAÇÃO
• ESCRITÓRIO DA ADVOGADA ADELAIDE
CERQUEIRA
• ESPAÇO DE COR
• ESTÚDIOS SANTA CRUZ
• EUSÉBIOS & FILHOS
• F3M – INFORMATION SYSTEMS
• FACEBAQ
• FACTECH
• FAZ IMPRESSÃO
• FERNANDES E PIMENTA, GESTÃO E
CONTABILIDADE
• FERREIRA MARTINS E FILHOS
• FF – FERREIRA E FORTE
• FOTOLÂNDIA
• FOTO – VIVA
• FRISA – KLIM WHITE
• FRITEMPO – COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS DE
FRIO E AR CONDICIONADA
• GASAIR
• GRAU R – INDÚSTRIAS DE MADEIRA
• GREENER
• GROUPFIX – ENGENHARIA, TELECOMUNICAÇÕES
E MULTIMÉDIA ACE
• IDT CONSULTING
• IMAGO
• INSTITUTO CIÊNCIAS SOCIAIS UMINHO
• ITEC – IBERIANA TECHNICAL
• J.CASTRO E FILHOS
• JM – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E SERVIÇOS
• JPRUDÊNCIO
• LABORATÓRIOS KOY
• LC – FERNANDO LEONEL COELHO RODRIGUES
• LINCIS
• LIVRARIA CENTÉSIMA PÁGINA
• LOOKWARE – COMUNICAÇÃO E IMAGEM
• LUSITAR
• LUXOFRI
• MAFIROL – INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO
• MAISDECÓPIAS
• MB4 – CLIMATIZAÇÃO E CANALIZAÇÕES
• MMCI – MULTIMÉDIA
• NETFIXA
• NOSTRAGEST, GABINETE DE CONTABILIDADE E
CONSULTORIA
• NOTAS E ASSUNTOS
• NOVAFRIO
• NÚCLEO DATA – CONSULTORIA E PROGRAMAÇÃO
INFORMÁTICA
• ON OUT – CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO
• PALMEIRA FRIO
• PARQUE NATURAL PENEDA GERÊS
• PAULO – FÁBRICA DE BALANÇAS
• PROFIJECTO – ENGENHARIA
• PT COMUNICAÇÕES
• PVIANA E JSOARES, ESCRITÓRIO DE ADVOGADAS
• RED – DESENVOLVIMENTO E AUTOMAÇÃO
INDUSTRIAL
• REFRIVIA
• REVISTA SIM
• RITMOS E REFLEXOS
• RUVICONTA – GABINETE DE CONTABILIDADE
• S.E.E.F – SOCIEDADE DE ESTUDOS ECONÓMICOS
E FINANCEIROS
• SCHMITT – ELEVADORES
• SERCOLOR DE SÉRGIO VIDRAGO
• SERICEL
• SIGNA
• SIPC
• SOCIMORCASAL – SOCIEDADE IMOBILIÁRIA DE
CONSTRUÇÕES CIVIS E REPRESENTAÇÕES IRMÃOS
CASAIS
• SOLAVAC
• SOLICITADOR MANUEL MOREIRA
• SOPRESTIGIO BANDEIRAS
• STEELGREEN – GRUPO DST
• SUEVOS
• SYNERGIA – CENTRO CULTURAL STº ADRIÃO
• MIX STORE
• THC – TRANSPORTES HENRIQUE & CATARINA
• TLCI, SOLUÇÕES INTEGRADAS DE
TELECOMUNICAÇÕES
• TOLDIGEST
• TRIAF
• TRIALARMES
• TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES DE BRAGA
• TRISOMA – CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO
• TV MINHO
• UNIVERSIDADE DO MINHO – INSTITUTO DE
LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
• VALERIFRI, UNIPESSOAL
• VESPASIANO MACEDO & ASSOCIADOS –
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
• VIEIRA E LOPES – OCRAM
• WELINK – COMUNICAÇÃO E MULTIMÉDIA
• WORTEN
• XZ CONSULTORES
• ZEBRA
• ZEF COLOR
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Empreendedorismo 2-5 Conquistas dos alunos da EPB 9 À