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Beckheuser
CORREIOS
Ago/Set/Out 2015 | Ano 15 | Número 74
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Av. Dep. Heitor A. Furtado, 2985
CEP: 87711-000 / Paranavaí/PR
Práticas de bem-estar em fazendas de corte
Qual o papel do funcionário para obter sucesso nas técnicas?
Quais os maiores desafios para que se internalizem com
sucesso as práticas de bem-estar animal nas fazendas de
gado de corte? Essa questão não apenas ronda os
pensamentos de capacitadores e consultores nas práticas
de bem-estar animal, como também dos proprietários,
gerentes e funcionários de fazendas de gado de corte.
Pensar em bem-estar animal é, antes de tudo, garantir a
qualidade de vida para todos os funcionários que trabalham
nas fazendas de produção pecuária. Em meus estudos
financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq-Brasil), ficou muito clara essa
correlação: nas fazendas que propiciam uma boa qualidade
de vida para seus empregados, as técnicas de bem-estar
animal são internalizadas com sucesso.
O inverso também ocorre e o funcionário se questiona: por
que ele deve tratar o animal com respeito, sem sofrimento,
se ele e sua família não são tratados de forma digna?
Garantir qualidade de vida para os funcionários e seus
familiares é o primeiro passo - e o mais importante - para
que se tenha sucesso nos processos de internalização das
práticas de bem-estar animal.
Outro ponto importante ao qual as fazendas devem ficar
atentas é que quando se muda o manejo, demora algum
tempo para que a nova forma de lidar faça parte das rotinas
produtivas dos funcionários. Aliás, sempre será um
processo inacabado, exigindo de todos na fazenda o
contínuo aperfeiçoamento de suas técnicas, por meio de
reciclagens.
Mas quanto tempo leva para que o capacitador ou consultor
consiga mobilizar os funcionários para empregar as práticas
de bem-estar animal na propriedade em que trabalham?
Nossas pesquisas relatam que por volta de três encontros
(cerca de três meses) já se tem uma interação entre
consultor e funcionários, que pode resultar em sucesso nas
práticas de bem-estar animal. Logo, as construções dessas
relações não ocorrem do dia para a noite; exigem a
Embrapa
* Prof. Luis Fernando Soares Zuin
colaboração e o querer mudar de todos os envolvidos.
A mobilização para que as práticas de bem-estar animal
sejam empregadas nos processos produtivos com sucesso
depois que o consultor for embora ocorre por meio de
muito diálogo. A postura do consultor deve ser dialógica: ele
junto com os funcionários, gerentes e proprietários
constroem de forma conjunta esse novo conhecimento
único para a propriedade em que atuam. O consultor deve
saber e querer compartilhar esses conjuntos de
conhecimentos que surgem nos momentos de interação. O
papel do consultor é conduzir esse processo de ensinoaprendizado.
Por último, é fundamental que o proprietário da fazenda
procure ajuda de equipes de capacitações e consultorias,
que sejam reconhecidas pelo mercado, para iniciar o
processo de mudança de suas práticas produtivas. Esse,
talvez, seja o segundo passo mais importante dos
proprietários e gerentes para o sucesso da mudança dos
manejos.
* Luís Fernando Soares Zuin é Professor Doutor do Departamento de Engenharia
de Biossistemas - Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da
Universidade de São Paulo - Campus de Pirassununga
EDITORIAL
UM GIRO PELOS EVENTOS
INFORMAÇÕES SELECIONADAS QUE
AGREGAM VALOR AO SEU NEGÓCIO
Só no Brasil, a cadeia da carne
movimentou R$ 380 bilhões em 2014.
Para que esse número cresça ainda
mais, cada degrau do setor tem um
papel importante a desempenhar. Por
isso, é que estamos cada vez mais
empenhados em difundir a bandeira do
manejo racional e produtivo.
Lançamos nesse mês de outubro a
campanha nacional "Com Beckhauser
seu Manejo gera Resultados", que visa
reduzir as perdas e estimular os
produtores a ter um tronco de
contenção de qualidade, que pode ser
adquirido com condições especiais até
20 de novembro.
A chamada “Você sabe o que ganha
com o manejo racional?” leva o
produtor a se questionar sobre os
benefícios reais de práticas do bom
manejo e instalações adequadas. Uma
boa infraestrutura tem influência
direta na produtividade dentro do
curral. Pelo tronco de contenção passa
cada arroba do capital do pecuarista.
Um equipamento não adequado, sem
manutenção ou utilizado de forma
incorreta pode impactar e muito no
resultado da sua produção, tanto na
eficiência quanto na qualidade do
produto final que chega ao
consumidor.
Boa leitura!
O informativo MANEJO é uma
publicação gratuita da Irmãos
Beckheuser e Cia Ltda. Os textos
assinados são de responsabilidades
dos autores.
Presidente
José Carlos Beckheuser
Coordenação da publicação
Carla Ferrarini
Consultor técnico
Renato dos Santos
Conteúdo editorial
Attuale Comunicação
Jornalista responsável
Mariele Previdi (Mtb 39.739)
Projeto gráfico
Produção Coletiva
Diagramação
Ana Maria de Oliveira
[email protected]
Fone (44) 3421-1000
Tiragem 5.000 exemplares
Os textos assinados são de responsabilidades
dos autores.
Ciclo de palestras HStore
A HStore, em Campo Grande (MS),
sediou no dia 20 de agosto, um ciclo
de palestras sobre automação no
curral, vantagens da identificação
eletrônica e gerenciamento no
curral. O evento foi promovido pela
Beckhauser, Allflex e MultBovinos.
Treinamento
Nos dias 1º e 2 de setembro, os
representantes da equipe
Beckhauser do Mato Grosso do Sul
estiveram em treinamento na
HStore em Campo Grande (MS)
Dia do Produtor
Foram sucesso as palestras sobre
manejo racional e bem-estar animal
durante o “Dia do Produtor”,
ministradas pelo médico veterinário
Renato dos Santos, em Pontes e
Lacerda (08/08) e em Juara (12/08),
no Mato Grosso.
TecnoCarne
A Beckhauser apresentou ao público
da 12ª TecnoCarne & Leite os
produtos Box de Atordoamento e o
Move-Boi, destinado à redução do
uso de choques na rampa pré-abate,
que pode receber a balança WBECK
acoplada para o acompanhamento
do último peso do animal vivo no
frigorífico.
Fotos: arquivo/divulgação
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Informativo MANEJO Ago/Set/Out 2015
Dado divulgado pela Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carne (ABIEC) revela que a cadeia da carne
bovina no país movimentou R$ 380 bilhões em 2014. Dono
do maior rebanho comercial do mundo, o Brasil é maior
exportador e segundo maior produtor de carne bovina do
planeta.
Desde 2009, o setor também vem evoluindo no controle
socioambiental da cadeia. O esforço feito pelas indústrias
brasileiras é reconhecido internacionalmente. Restam, no
entanto, muitos desafios para o setor, como a efetiva
implantação do Código Florestal, a intensificação da
pecuária e a redução do desmatamento na cadeia.
No aniversário de um ano da assinatura do Acordo de
Cooperação Técnica entre ABIEC e Ministério Público
Federal, que tem o objetivo de desenvolver uma pecuária
sustentável em diversas frentes, entre elas evitar que a
indústria brasileira compre carne bovina procedente de
áreas desmatadas na Amazônia ou onde tenham sido
constatadas outras irregularidades ambientais e sociais, o
saldo é positivo.
Os resultados deste primeiro ano de trabalho foram
apresentados em agosto e uma das iniciativas diz respeito à
criação e implantação de um Programa Setorial de Monitoramento e Melhoria Contínua, previsto no acordo com o
MPF. O Protocolo Socioambiental da Indústria da Carne
integra esse Programa e prevê a autorregulamentação do
setor, estabelecendo um processo de melhoria contínua em
relação aos critérios aplicados na compra de gado.
Pixabay/Skeeze
Iniciativas para o futuro
sustentável da cadeia da carne
"O Brasil está bem posicionado para atender o crescimento
da demanda mundial por carne vermelha. Seguramente
temos como equilibrar o aumento da produção com os
desafios da preservação ambiental e das mudanças
climáticas", afirma o presidente da ABIEC, Antônio Jorge
Camardelli.
Outra iniciativa é o Roadmap para o Sistema Agroindustrial
da Carne, desenvolvido pela Agroicone. Trata-se de um
projeto que discutirá soluções para a efetiva
implementação do Código Florestal e a redução do
desmatamento na cadeia da carne.
O Acordo também prevê o incentivo ao Cadastro Ambiental
Rural. Segundo uma pesquisa realizada com produtores
durante o Rally da Pecuária, 80% dos entrevistados
informaram que estão em fase de regularização ou já
regularizaram a situação em relação ao CAR. “Isso mostra o
amplo comprometimento do pecuarista sobre essa
questão. Vale ressaltar ainda que os produtores que
responderam à pesquisa alcançam o dobro da
produtividade da média no Brasil", afirma o coordenador de
Pecuária da Agroconsult, Maurício Palma Nogueira.
Dicas de Manejo
Para evitar a contaminação da vacina dentro de isopores, os
colaboradores da Fazenda São Luiz, em Paragominas (PA),
furaram o isopor no calibre exato da seringa de vacinação.
Com a iniciativa, a vacina permanece sempre resfriada, em
temperatura mais baixa que o ambiente, mas sem nenhum
contato com gelo ou água de dentro da caixa.
A iniciativa surgiu com o consultor zootecnista Adriano
Páscoa, que teve a ideia de furar o isopor e deixar a seringa
apenas encaixada. A proposta foi adaptada, posteriormente,
pelo zootecnista Helton Miranda, que colocou um anel de
tecnil no furo para dar mais segurança e permanecer por
mais tempo no isopor. Antes, o
frasco era colocado no isopor
com gelo. Com o passar do
tempo, o gelo derretia e a
seringa acabava em contato
com a água, deixando-a
contaminada. Além disso, ao
retirar e guardar a seringa
inúmeras vezes, a agulha
entortava, prejudicando os
animais na vacinação.
Adriano Páscoa
Vacinas refrigeradas sem contato com água ou gelo evitam contaminação
Informativo MANEJO Ago/Set/Out 2015
Em destaque
WBECK já é sucesso nos currais do Brasil
Foi pensando em soluções para aperfeiçoar o trabalho do produtor e facilitar o
dia a dia no manejo na fazenda que a Beckhauser trouxe para o mercado a
balança WBECK. A linha se adapta às necessidades de cada propriedade,
trazendo uma variedade de opcionais. Uma das novidades que chamou atenção
é a facilidade de estar sempre pronta para pesar, pois o módulo WBECK fica fixo
ao tronco de contenção, sem a necessidade de ser retirado e levado para o curral
a cada manejo, e os dados da pesagem podem ser transmitidos via Bluetooth ou
Wi-Fi. Outro destaque é a opção do kit de energia solar, que mantém a balança
sempre carregada, utilizando uma fonte limpa, com custo mais baixo que o da
energia elétrica.
Com apenas três meses, já foram comercializadas mais de 190 balanças WBECK.
Confira os depoimentos dos primeiros clientes que apostaram na novidade e
destacam os ganhos de gerenciamento trazidos pelos softwares que
acompanham os modelos de WBECK:
Vanderlei Reck - Campo Novo do Parecis (MT)
Foto: Joel Balieiro Cândido
Em apenas quatro meses já são mais de 190 novas balanças instaladas
Burzega
A WBeck também pode ser equipada com o opcional kit solar
“Estamos indo muito bem com a nova balança WBECK e melhorou demais o
meu controle pessoal, pois, anteriormente, toda anotação era manual e as
informações, muitas vezes, acabavam se perdendo por termos que colocar
apenas no papel. Não conseguíamos fazer um comparativo com os períodos
anteriores numa planilha que desse para analisar de forma geral. Hoje, temos
um controle preciso dos lotes, posso verificar o histórico, o ganho de peso diário
de cada animal, ter todas as informações de forma mais fácil, prática e rápida.
Agilizou demais o manejo na hora da pesagem porque fica tudo mais rápido.
Estou muito satisfeito!” Rodrigo Moreto, Fazenda Santa Maria – Distrito de
Graciosa/Paranavaí (PR)
Fotos: arquivo/divulgação
“Trabalhamos com Nelore de recria e a ferramenta de trabalho é bem ajustada
às necessidades do produtor. Depois da pesagem, temos a média do lote, o
ganho por animal e temos como fazer um comparativo e uma análise detalhada.
Estamos muito satisfeitos porque é uma ferramenta muito prática e todas as
informações são inseridas no tablet de forma rápida, o que antes fazíamos
manualmente. Nossa balança WBECK fica acoplada no tronco, o que é outro
diferencial, porque dá segurança e conforto tanto para o operador, como para
os animais.” Paulo Arruda, Fazenda Estância Primavera, Cajuru (SP)
A primeira WBeck entregue para o Paraguai foi para Daniel
Rios; a entrega foi feita por Luis Novaes - Covepa, que é
distribuidora dos produtos Beckhauser no país
Em Novo Brasil (GO), Thiago de Oliveira Hilário também
escolheu pelo manejo racional e produtivo, equipando a
propriedade com a WBECK
O supervisor da região Norte, Marcos Fresneda acompanhou
a entrega da WBeck para Benedito Barreto, Aramitan e
Ubirajara da Fazenda São Benedito
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