Oferta de Energia: Insumo
Essencial para o
Crescimento da Mineração
Brasileira
Belo Horizonte, 24 de setembro de 2009
Decio Michellis Jr.
.
A ABCE fundada a 72 anos
representa 54 associadas
G T D Estatais e Privadas
Desafios
•
•
•
•
•
•
•
Modicidade tarifária para os consumidores
Continuidade e qualidade na prestação do serviço
Justa remuneração aos investidores, de modo a
incentivá-los a expandir o serviço
Universalização do acesso aos serviços de
energia elétrica e do seu uso
O Plano Decenal de Expansão prevê queda na
participação de fontes renováveis e
Aumento da participação das térmicas na matriz
elétrica do Brasil.
Previsão é de triplicar emissões nos próximos dez
anos (carbonização)
Riscos tradicionais de
atraso nos cronogramas
e judicializaç
judicialização
Percepç
Percepção do
consumidor final de
aumento dos custos
em até
até 4 anos
Acima de 20% de
participaç
participação té
térmica,
UTEs passam a
operar na base
hidro
O eventual impacto da UHE numa área
preferencial para criação de UC´s
poderá ser utilizado como justificativa
para negar a viabilidade ambiental do
empreendimento.
“Esterelização dos Potenciais
Hidrelétricos”
• Destroem a vantagem comparativa das usinas hidro;
• Mais um freio à competitividade da cadeia produtiva nacional
e do desenvolvimento autosustentado;
• Paralisantes de investimentos e inflacionários;
• Drenos da renda que erodem o poder aquisitivo dos agentes
econômicos, mormente da população.
• Equilibrio do mercado interno de energia, até 2010,
contratando, usinas sujas e caras com produção de chuva
ácida; para agressão aos aqüíferos subterrâneos e, para o
aquecimento global
• Expulsa do Brasil consumidores industriais, investimentos e
empregos. Promoverá futuras exportações de empregos e
importações de insumos intermediários (não ferrosos, aço,
celulose, químicos e petroquímicos, abrasivos, refratários,
fertilizantes e capazes de hoje assumir a inserção do Brasil
numa era pós-industrial)
“Mutilação da Reservação”
• Drástica redução da capacidade de armazenamento dos
reservatórios das novas hidrelétricas que foram obrigadas, por
pressões de ONGs, a diminuir as áreas de inundações
• Década 70 - capacidade para gerar energia mesmo com uma
estiagem de 20 meses.
• 2003, a capacidade de enfrentar secas já havia diminuído para
cerca de 5,8 meses
• Novas hidrelétricas projetadas só podem acumular em média 2
meses de chuvas.
• Redução de área inundada sem redução da potência a ser
instalada.
• Necessidade de construção usinas adicionais – hidrelétricas ou
térmicas – custos mais altos, tarifas ainda mais elevadas E
MENOR EFEICIÊNCIA AMBIENTAL GLOBAL com aumento da
carbonização da matriz elétrica (UTE´s a óleo combustível), o
que torna a economia mais frágil e instável pelo risco de
racionamentos.
Perda de Regularização dos
Reservatórios
fonte: ONS
Tributos e Encargos Setoriais
Consolidação
1999
2002
Arrecadação (% da Receita Bruta)
2003
2004
2005
2006
7,90%
6,90%
9,08%
10,17%
10,58%
10,58%
Estaduais
21,35%
17,51%
20,57%
20,69%
20,47%
25,18%
Municipais
0,02%
0,05%
0,18%
0,04%
0,07%
0,10%
Trabalhistas
4,79%
2,67%
2,33%
2,17%
1,79%
4,87%
Setoriais
6,17%
8,79%
10,08%
11,69%
10,36%
10,83%
TOTAL
40,23%
35,91%
42,24%
44,76%
43,28%
51,58%
Federais
Receita Bruta (R$ bilhões)
32,3
59,6
63,8
75,5
85,4
Tributos e Encargos (R$ bilhões)
13,0
21,4
26,9
33,8
36,9
+ 19%
88,8
45,8
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Está intrinsecamente ligado ao processo de expansão da
noção de governança corporativa, que tende a englobar
novas instâncias de cunho social, ambiental e
econômico-financeiro, dentro do tripé da
sustentabilidade empresarial.
2. Enfoca o risco financeiro associado às mudanças
climáticas. Abrangem, em nível estratégico e
operacional, as seguintes atividades:
a. Elaboração e/ou verificação de inventários corporativos
de GEE;
b. Capacitação em governança climática;
c. Ponderação sistêmica de riscos e oportunidades;
d. Internalização nas estratégias corporativas de
sustentabilidade;
Interferências
Socioambientais UHEs
1000
Internacional
Nacional
Victoria
Pak Mun
Cabora Bassa
Kopienga
Akosombo/Volta
100
Assentados/MW
Three Gorges
Mangla
Narmada Sagar
Kainji
Aswan High
Khao Laen
Tehri
Tarbela
10
Ataturk
Ertan
Yacyreta
Nam Ngum
Nam Theun 2
Bakun
Tucurui
Grand Coulee
Ghazi Barotha
1
10
Kedung Ombo
Itaipu
100
Complexo Madeira
0,1
Balbina
Ilha Solteira
Belo Monte
1
Sobradinho
ha/MW
1000
6
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1. Agravamento das desigualdades intra-regionais, na
medida em que é o Estado, e não os municípios, o
principal beneficiário da exportação do metal.
2. Não consegue atingir o objetivo de desenvolvimento
regional e integração regional bem como a
preservação e conservação da floresta
3. A produção sustentável só existiria com a com a
preservação e conservação da floresta: cooperação
institucional, mudanças nos atuais padrões de
produção e consumo, valorização dos recursos
naturais, internalização dos impactos sociais e
ambientais de sua exploração (passivos ambientais)
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4. Ausência de verticalização (produções primárias
sendo industrializadas): o que gera emprego é a
industrialização e não a produção primária ex.:
empresa primária emprega aqui 1.300
trabalhadores, a montagem no Japão com o
mesmo alumínio que vai daqui pra lá, emprega
12 mil.
5. Os empregos que deveriam ser criados aqui no
nosso país, acabam sendo criados lá fora.
6. Só ganha royalties quem explora, quem
industrializa não ganha royalties
6
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+
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1
7. Fechamento na UE/EUA das empresas de
transformação energointensivas chamadas de
Mecanismos de Desenvolvimento Sujo, MDS, e
manutenção das de transformação de
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo.
8. Necessidade de agregar valor às exportações
onde será necessária a construção de novas
hidrelétricas para ter energia.
9. Aumento crescente pela mineração da demanda
por energia elétrica aumentando a pressão sobre
os recursos naturais
6
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+
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1
10. Os empresários têm tanta obrigação de ser
brasileiros e nacionalistas quanto os brasileiros,
cada vez que uma empresa se torna uma
multinacional, ela é uma bandeira do país
fincada em outro país.
11. O sucesso de cada empreendimento é
interdependente com o bem-estar da sociedade:
risco de paralisação por decisão judicial de
empreendimento legalmente licenciado quando
constatado que o custo social é "superior ao
interesse individual e lucrativo buscado com o
empreendimento, com pouco benefício para a
comunidade local".
Tendências
1. Teremos no futuro a energia necessária para
atender a demanda?
2. Sim, mas será mais cara e exigirá mais tempo
para implantação dos novos
empreendimentos
Fatores sinérgicos e cumulativos
que estimulam a auto-produção
1. Utilização eficiente dos recursos energéticos na
produção, no transporte e no uso eficiente da
energia;
2. Gestão do risco associado ao suprimento de
energia elétrica
3. Necessidade de previsibilidade de custos
4. Fortalecimento do mercado de produtos e
serviços sustentáveis
5. Construção de compromissos de boas práticas
produtivas
6. Competitividade com outros fornecedores
internacionais
Fatores sinérgicos e cumulativos
que estimulam a auto-produção
7. Criar vantagens e oportunidades econômicas
8. A redução do consumo e a geração própria de
energia elétrica são fatores de sustentabilidade e
competitividade para a mineração
9. Necessidade de aumento da eficiência
energética e a ampliação do uso sustentável de
combustíveis provenientes de fontes renováveis
10. Fomento a iniciativas que visem a incorporar à
matriz energética brasileira, de forma
sustentável, energia proveniente de fontes
renováveis - incluindo o avanço das
hidrelétricas sustentáveis
11. Ser ambientalmente eficaz
Fatores sinérgicos e cumulativos
que estimulam a auto-produção
12. Necessidade de agregar valor às exportações
através da verticalização (produções primárias
sendo industrializadas aqui no Brasil)
13. Transparência e ótima qualidade em todas as
etapas do processo de mineração
14. Responsabilizar-se pelas dimensões globais da
mudança climática
15. Estabelecimento de metas setoriais de redução
das emissões de GEE
16. Descarbonização com eventual substituição
parcial do consumo de energia direta de
petróleo, gás e derivados por energia elétrica
Fatores sinérgicos e cumulativos
que estimulam a auto-produção
17. Aumento dos custos de produção e das tarifas
de energia
18. Diminuição da energia disponível no ACL e falta
de previsibilidade da expansão compatível com a
necessidade do mercado
19. Impasse nas (prorrogações?) das concessões
de energia
20. Fim da energia barata e dos subsídios (o preço
"competitivo" de Belo Monte – R$ 120,00/MWh?
- seria pelo menos 50% maior que o complexo
Madeira)
21. Riscos políticos associados a importação de
energia elétrica (Itaipu, por ex.???)
Fatores sinérgicos e cumulativos
que estimulam a auto-produção
22.Articulação de sugestões para evolução dos
marcos regulatórios nas respectivas Associações
que melhor representem os interesses das
mineradoras para incentivar a participação nos
leilões de novos investimentos
Decio Michellis Junior
[email protected]
Fone: (11) 3066 1470
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Oferta de Energia: Insumo Essencial para o Crescimento da