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Oportunidades
O ESTADO DE S. PAULO
DOMINGO, 18 DE NOVEMBRO DE 2012
CLASSIFICADOS
Reportagem de capa
Como tirar o seu negócio da estagnação
Para mudar de patamar, fazendo o empreendimento se expandir e se desenvolver, é importante que empresários não ajam por impulso
EPITACIO PESSOA/ESTADÃO
Cris Olivette
A Clínica Phoenix, que oferece
massoterapia,acupunturaeestética, foi criada por Marcos Lopes
em 1994. Segundo ele, durante
muito tempo o negócio foi bastante próspero, mas nos últimos
quatro anos houve uma estabilização. Preocupado, ele diz que
procurou o Sebrae em busca de
orientação, porque além de alavancaronegócio,desejavatransformá-lo em franquia.
O consultor do Sebrae- SP que
o atendeu, Fabiano Nagamatsu,
diz que Lopes foi orientado a fazer um plano de negócio para retomar o crescimento, antes de
virar um franqueador. “Com o
plano de negócio nas mãos, ele
percebeu que o lucro de sua empresa era menor do que supunha”, diz Nagamatsu.
Lopes conta que agora está
reorganizando o fluxo de caixa.
“Dessa forma vou ter maior controle sobre o que tenho para pagar e o quanto tenho para receber. Também identificamos que
aprincipal carência da clínicaestava na área de marketing, e já
estou iniciando um trabalho
agressivo de divulgação.”
Segundo Lopes, depois da
reorganização, sua intenção é
transformar a marca em franquia. “Tenho know-how de quase20anos eum nomereconhecido no mercado.” Ele conta que,
em paralelo, já está produzindo
um manual para padronizar os
serviços. “Também já registrei a
marca no Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (Inpi).”
Paraodono daImprove Assessoria Empresarial e Bureau de
Créditos, Plínio de Oliveira Junior, manter negócio operando
sempre do mesmo jeito porque
está dando dinheiro, não significaqueaempresa está crescendo.
“Enquanto esse empresário está
apenas se mantendo, uma outra
empresa do mesmo segmento
pode estar crescend0.” Para ele,
os donos devem buscar sempre
o aprimoramento técnico.
Nagamatsu diz que existem
duas saídas para empresários
que desejam expandir o negócio
ou aumentar as vendas. “Infelizmente, a maioria acaba optando
pelo olhômetro. Isso quer dizer
que ele só analisa as entradas financeiras e o volume de vendas,
semconsideraraestruturainterna e a tendência de mercado.”
Segundo ele, implantar medidas por impulso compromete o
ciclo de vida da empresa. “Essa
atitude pode levar o negócio à
falência ou a contrair uma dívida
alta com os bancos.” Ele afirma
queo maisrecomendável éo planejamentofeitocombasenoplano de negócio. “Muitos acham
que ele só serve para quem está
iniciando uma empresa. Isso
não é verdade. Ele também é vital para quem quer expandir.”
Para ajudar o pai a impulsio-
Fique atento ao que
deve ser avaliado
na hora de crescer
● O momento
O momento para expandir um
empreendimento é quando o empresário tem informações precisas sobre as tendências do mercado, de sua capacidade financeira, estrutural, de pessoal, e da
concorrência. Essas informações
devem estar sistematizadas no
plano de negócio
●
Revisão
O plano de negócio não é estático. Ele deve ser revisto constantemente. Ao surgir uma nova tecnologia que vai influenciar o empreendimento, ele deve ser adequado à nova tendência
● Mix de produtos
Aumentar o mix de produtos é
uma estratégia para alavancar
negócios do ramo de varejo, desde que não tire o foco do plano
de negócio. Ele é o manual da
empresa e deve ser seguido e
respeitado, porque possui a essência do negócio – a visão, missão e valores da empresa
● Público
Ficar atento ao público alvo da
região e observar se houve ascensão social para oferecer produtos com maior valor agregado.
Manter a loja clara, limpa, organizada e com bom atendimento
Lopes. Empresário está reorganizando a Clínica Phoenix com a ajuda do Sebrae antes de transformá-la em franquia
LAB. ITAPETININGA/DIVULGAÇÃO
IDEAL/DIVULGAÇÃO
Dzioba. Jovem assumiu a administração do laboratório da família para modernizar processos
Gouvêa. “Os recursos são limitados e não permitem erros”
nar o Laboratório Itapetininga
de Análises Clínicas, no mercado há 21 anos na cidade de mesmo nome, o jovem pós-graduado em gestão empresarial Tomás Dzioba, assumiu a administração.“Minhaparticipaçãoépara modernizar os processos. Há
três meses, por exemplo, passamos a usar o software Jalis, que é
bastante sofisticado e comanda
sil para empreender, conta que
procurou o Sebrae assim que pediudemissão, em2006. “Primeiro, quis estabelecer uma estratégia e definir o plano de negócio.”
Segundo ele, nos seis anos de
atividade, a empresa tem crescido acima da meta de 10% ao ano.
“Vamos fechar 2012 com crescimento de 22%.” Em sua opinião,
o planejamento é determinante
todas as operações da empresa.”
Ele diz que, além de tecnologia, a
empresa também investiu em
nova estrutura, com 410m², planejada para ser o laboratório.
Todas as transformações, diz
ojovem,foramdeterminadaspeloplanodenegócio.“Neleincluímos as rotinas e os controles
dentro do laboratório, para não
terdesperdício.Emrelaçãoamu-
dança para uma área maior, avaliamos quantos funcionários
maisseriamcontratados,qualseria o investimento com os encargos trabalhistas, e em quanto
tempo o retorno viria.”
Jáodonodaescoladeinformática e de rotinas administrativas
Ideal Qualificação Profissional,
Newton Rossi Gouvêa, que largou o emprego no Banco do Bra-
para o crescimento de qualquer
negócio. “Ele ajuda a aumentar o
lucro e a reduzir a possibilidade
de erros. É arriscado o pequeno
empresário se lançar no mercado sem planejamento, porque os
recursossão limitados enão permite erros.” Assim como Lopes,
Gouvêa também está se preparando para transformar a sua
marca em franquia.
SEBRAE/DIVULGAÇÃO
Sucessão mal
planejada pode
barrar o avanço
Quem deseja impulsionar
as vendas e ampliar a
empresa deve agir
baseado em um plano
de negócio detalhado
Um dos motivos que levam empresas à estagnação, na opinião
do proprietário da Improve Assessoria Empresarial e Bureau
de Créditos, Plínio de Oliveira
Júnior, é a sucessão mal planejada. “A pessoa que assumir a empresa deve ter interesse e aptidão para o tipo de negócio e pela
área na qual vai trabalhar. Requertreinamentoeautoconhecimento profissional entre os
membros da próxima geração.”
Oliveira afirma que uma pessoa pode estar mal posicionada
dentro de sua própria empresa,
ficando impedida de desenvolver seu potencial. Mas para os
donos atuais tirarem a empresa
da estagnação, segundo Oliveira, devem buscar aprimoramentotecnológico e o entendimento
atualizado do mercado, além de
ficarem atentos às mudanças.
O consultor diz que tais mudanças podem ocorrer no perfil
do público da região de atuação,
ou mesmo na concorrência, com
a chegada de outra empresa
mais forte e estruturada.
Oliveira afirma que no caso
dasindústrias, elasdevem acompanhar a evolução e a adequação
do produto. “No varejo, deve haver adequação da loja, deixando-a bem apresentável, clara,
limpa e organizada, além de oferecer um bom atendimento.”
● Ambiente
PLÍNIO DE OLIVEIRA
JÚNIOR
DONO DA IMPROVE ASSESSORIA
EMPRESARIAL
“Pensar nos processos de
sustentabilidade é a palavra
chave para todos que desejam
alçar um voo mais alto”
Nagamatsu. “Muitos acham que só ter experiência na área de atuação já é suficiente”
Além disso, diz ele, pensar nos
processos de sustentabilidade é
a palavra-chave para todos que
desejam voar mais alto. “É recomendável mostrar à sociedade
que a empresa se preocupa com
o bem-estar do planeta.”
Já o consultor do Sebrae-SP,
Fabiano Nagamatsu, ressalta a
importância do plano de negócio e aponta as vantagens que estão atreladas a ele. “O plano de
negócio é acompanhado de controles, rotinas administrativas e
financeira. Com ele, o empresário pode prever situações positivas ou negativas e agir antes que
elas aconteçam.”
Segundo ele, o plano de negócio deve ser revisto constantemente, porque ele não é nada estático. “Muitas empresas fecham após dois anos, porque os
empresárioscriam o planonegócio e depois o deixam de lado.”
Nagamatsu ressalta que mais de
85% dos empreendedores de
MPEs não criam o plano nem para a abertura da empresa.
Ele afirma que muitos acham
que só ter experiência na área de
atuação já é suficiente, e esquecem que o sucesso depende de
boa gestão e bom planejamento.
“O plano estipula metas, e define, por exemplo, quanto é preciso faturar, e em quanto tempo,
para recuperar o investimento.”
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