CEEQ
Centro de Estudos de Engenharia Química
Escola Secundária De
Sacavém
C.S.I. (ISEL) - DETECÇÃO DE ELEMENTOS
QUÍMICOS POR MÉTODOS DE QUÍMICA FORENSE
Ana
1 Escola
Santiago1
Secundária De Sacavém, Lisboa
Escola Secundária De
S.João Da Talha
e Soraia
2 Escola
Coordenação:
Doutora Paula Robalo
Orientação
Catarina Sousa
Viegas2
Secundária S. João Da Talha, Lisboa
Pedro Galego
Vanda Pacheco
Estágio Realizado no Laboratório de Química Básica e Inorgânica
Departamento de Engenharia Química
Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
6 a 10 de Julho de 2009
Identificação de possíveis substâncias químicas contaminantes utilizando técnicas do domínio da Química Inorgânica. Analisaram-se duas amostras
desconhecidas, Areia e Água, provenientes de uma praia fluvial onde se suspeita ter existido a descarga ilegal de um líquido.
A Química Forense pode considerar-se como uma subdivisão da Ciência Forense e faz a aplicação de técnicas e métodos químicos nos diversos tipos
de crimes. Os químicos forenses fazem a análise de amostras (sólidas ou líquidas) suspeitas de conterem elementos químicos perigosos,
nomeadamente: alumínio, arsénio, cádmio, chumbo, mercúrio, etc.
O chumbo é um dos contaminantes ambientais mais tóxicos pelo grau de severidade dos seus efeitos. O chumbo é altamente tóxico quando
absorvido pelo organismo através da comida, ar ou água.
O teste de chama é um procedimento utilizado em química inorgânica
para detectar a presença de certos elementos metálicos através da cor
conferida à chama por vaporização do sal respectivo.
Identificámos as cores de diferentes sais, utilizando um fio de platina
para levar uma pequena porção do composto a analisar à chama de um
bico de Bunsen, tendo-se obtido os resultados apresentados na tabela.
Na nossa amostra em Etanol, efectuámos a identificação qualitativa das
substâncias contaminantes Lítio e Chumbo, através da cor conferida à
chama.
Elemento:
Cor da Chama:
Potássio
Cobre
Sódio
Chumbo
Bário
Lítio
Lilás
Verde
Amarelo
Branco
A amostra de água apresentava um aspecto límpido, sem qualquer
indício aparente de contaminação.
Laranja
Carmim
O pH era ligeiramente ácido, com um valor de 5,1
Efectuámos a identificação qualitativa do ião Pb2+, através da adição do
reagente geral (HCl) e observámos a formação de um precipitado
branco, de acordo com a reacção apresentada, o que nos levou a concluir
que esta amostra estava contaminada pelo Chumbo.
Pb2+ (aq) + 2HCl- (aq)
PbCl2 (s) + 2H+ (aq)
Fizemos a sua determinação quantitativa por espectofotometria de UVVIS, utilizando o método da curva de calibração.
intervalo
1.000
de
As soluções para medir a absorvância foram preparadas com 2 mL das
várias soluções padrão, 2 mL de água destilada e 1 mL de solução de
vermelho de bromopirogalol 1,0x10-3 mol/L [1].
As leituras de Absorvância foram efectuadas para um λ=630nm
(correspondente ao valor máximo da absorvânica) donde resultou a
curva apresentada no gráfico, utilizada para determinar a concentração
do ião chumbo na amostra de água contaminada.
Absorvância
Preparámos sete soluções padrão de Pb(NO3)2 no
concentrações de 5,0x10-5 mol/L a 9,0x10-4 mol/L.
1.200
0.800
0.600
0.400
0.200
y = 1193.7x - 0.0198
R² = 0.9799
0.000
0.00E+00 2.00E-04 4.00E-04 6.00E-04 8.00E-04 1.00E-03
Concentração (mol/L)
1
Maia, A.I.V. et al. – Desenvolvimento de um método
espectrofomértrico para a determinação de Chumbo
2
Decreto-Lei nº 236/98 de 1 de Agosto. I ª Série – A ,
Nº 176, Diário da República.
•Agência Nacional para a Cultura Científica e
Tecnológica
•ISEL, Profª Paula Robalo, Catarina Sousa, Vanda
Pacheco e Pedro Galego
Identificámos o ião Pb2+ em ambas as amostras, através de métodos
qualitativos. A sua quantificação foi feita na amostra de água através do método
de espectrofotometria de UV-Vis (λ=630nm). Concluímos que a concentração de
Chumbo (4,54x10-4M) na nossa amostra é superior ao permitido por lei [2].
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