PRÓXIMO “DESCOLAGEM” VAI DEBATER
SOBRE A ESCOLA DO SÉCULO XXI
O aluno de hoje pertence a uma geração que navega pela internet, joga games e está
habituada a desempenhar múltiplas tarefas simultaneamente. E a escola, do jeito como é, com
o seu conteúdo e abordagens que remontam séculos, cada vez mais perde na disputa pela
atração destes alunos.
Para debater sobre esta importante questão, está marcado para o dia 22 de novembro,
sábado, a partir das 15h, no Núcleo Avançado em Educação (NAVE) o próximo evento
Descolagem, cujo tema será Tecnologia e Educação: uma nova escola para um novo
aluno. O evento é realizado pelo Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, em
parceria com a Secretaria de Estado de Cultura que promove uma série de encontros na área
“Usina de Expressão” do NAVE. O jornalista e blogueiro Beto Largman é o curador e
apresentador do Descolagem.
A nova edição do projeto contará com a presença de três especialistas: Paulo Blikstein
(professor em Stanford na área de novas tecnologias para educação), Luli Radfahrer (Ph.D.
em Comunicação Digital pela ECA-USP) e Patrícia Konder Lins e Silva (diretora pedagógica
da Escola Parque no Rio de Janeiro). O grupo Lens Kraftone, que entre outras novidades
utiliza o controlador do jogo Wii como instrumento musical, fará uma apresentação multimídia
durante o evento.
Em sua palestra, Paulo Blikstein vai falar sobre o estado da arte da pesquisa em novas
tecnologias na educação e mostrar como a maior revolução nessa área ainda está por
acontecer. Crítico em relação ao uso tradicional do computador nas escolas, e à grande parte
dos projetos de inclusão digital, que chama de "adestramento digital", Blikstein vai explicar
como a tecnologia pode ser muito mais do que uma forma de acesso instantâneo a conteúdos
escolares ou de comunicação humana. Por meio de exemplos de projetos nos EUA, Brasil,
México e Senegal, Paulo vai revelar como, nos próximos dez anos, tecnologias hoje só
acessíveis a laboratórios científicos de ponta podem invadir a sala de aula e transformar
nossos alunos não em 'adestrados digitais', mas em pensadores críticos, autônomos, e
capazes de compreender o mundo com uma sofisticação sem precedentes.
Para Patrícia Konder Lins e Silva, é preciso se pensar em um lugar de educação radicalmente
diferente do que existe hoje. “A escola ainda não incorporou os computadores e as novas
tecnologias como instrumentos essenciais do cotidiano. Continua acreditando em aulas
expositivas, com alunos passivos que escutam professores. Crianças e jovens que vivem no
mundo da interatividade, com seus computadores, iPods, celulares e outras maquinetas
certamente não se interessam pelo que a escola tem a oferecer hoje. É preciso ousar uma
mudança epistemológica: aprender enquanto se faz. É uma mudança difícil, mas necessária e
inevitável.", explica. Patrícia acredita que a instituição escolar deve se transformar
profundamente para se adaptar às necessidades futuras da sociedade da informação.
Com controles do console de game Wii (os Wiimotes) nas mãos, os músicos do Lens Kraftone
vão tocar de house a samba sem precisar encostar em um instrumento sequer. Utilizando o
que há de mais moderno em tecnologia, dos cinco integrantes, quatro ficam com notebooks ao
lado para comandar sintetizadores digitais. Um telão exibirá vídeos sincronizados com as
músicas, mixados em tempo real pelo VJ Leonel Combecau. Músicos por formação, eles
aprenderam a “tocar” o Wiimote pela rede, comprovando que o conhecimento e a informação
trafegam por canais ricos e diferentes - e que precisam ser absorvidos pela “escola do século
XXI”.
Luli Radfahrer fechará o evento discorrendo sobre a importância da revolução digital na vida do
“novo aluno”. Para ele, o uso de tecnologias digitais nas escolas ainda é praticamente
inexistente. E para piorar, muitos professores teimam em ignorar ou proibir o uso de
tecnologias de comunicação interativa. “É aquela velha história de se temer o que se
desconhece. Essa resistência pode até livrar a cara de um ou outro por enquanto, mas no
médio prazo é demolidora. Qualquer aluno que use o computador em casa, em LAN Houses ou
com os amigos sabe de sua importância nas relações sociais e provavelmente suspeita das
profissionais. Ao ver seu professor rejeitar a tecnologia, ele entra em conflito”, diz. “Não é
curioso pensar que, mesmo com tantas inovações tecnológicas, uma sala de aula de hoje não
é diferente em sua essência de uma do século XVI? Será que em 500 anos nada mudou?”
indaga.
Quem não conseguir participar presencialmente vai ter uma boa opção: no dia do evento, a
WebTV do site do NAVE transmite o Descolagem ao vivo, a partir das 14h30.
Os convidados poderão conhecer também a Expo_Games, uma exposição com instalações
sobre o universo dos jogos eletrônicos, cuja curadoria é do artista multimídia Batman Zavareze.
O QUE É DESCOLAGEM
Descolagem pode ser uma palestra, mas também uma mesa redonda, um filme, uma
performance, um curso, workshop ou o meio de difusão de informação e conhecimento que
mais se adequar ao momento, à proposta, ao assunto, ao século em que vivemos. Na
Descolagem, qualquer um pode ter a palavra. Perguntas podem ser feitas e opiniões podem
ser dadas tanto presencialmente como à distância (sujeitas a moderação), uma vez que será
possível acompanhar o evento ao vivo, via streaming, pela internet. Ferramentas de blog,
microblog, SMS e e-mail serão fundamentais para a transformação da Usina de Expressão do
NAVE num espaço de troca de experiências, fazendo com que a comunicação seja a principal
tônica dos encontros. O material das Descolagens (vídeos, estudos, apresentações) ficará
disponível online após os eventos - assim, o projeto contribui com farto material de pesquisa,
tanto para o público interno do NAVE como para o internauta interessado.
NAVE
O Nave é um programa do Oi Futuro voltado para a pesquisa e desenvolvimento de soluções
educativas que utilizem de forma diferenciada as tecnologias da informação e da comunicação
no ensino médio. No Rio de Janeiro, o projeto é realizado em parceria com a Secretaria de
Estado de Educação. O NAVE é formado pelo Colégio Estadual José Leite Lopes, pela Fábrica
de Cultura Digital – um centro de pesquisa e inovações – e pela Usina de Expressão, espaço
voltado para exposições e seminários. Modelo similar foi implantado em 2006 pelo Oi Futuro no
Centro de Ensino Experimental Cícero Dias, em Recife (PE) – escola pública de horário integral
que desenvolve, entre outras atividades, uma fábrica de jogos, onde os alunos aprendem a
produzir jogos eletrônicos. Para saber mais sobre a escola, o site http://www.onave.org.br/
compila as notícias relevantes sobre o projeto.
SERVIÇO
Data: Sábado, dia 22 de novembro de 2008
Horário do início do Descolagem: 15h00. Os portões estarão abertos a partir das 14h00, para
quem visitar a Expo_Games.
Endereço: Rua Uruguai 204 – Tijuca
Entrada gratuita. Os interessados em participar devem enviar uma mensagem para
[email protected] com o título “Quero Participar” e no corpo da mensagem informar o
nome, idade e ocupação. Como o número de inscrições é limitado, enviaremos uma
mensagem confirmando o convite. O encontro contará com transmissão ao vivo pela internet
no site HTTP://www.onave.org.br/, a partir das 14h30.
Assessoria de Imprensa:
Armazém Comunicação
Atendimento: Raïssa Cajaraville
Telefones: 21. 3874-7111 / 22944926 / 9234-9367
Email: [email protected]
Próximo “Descolagem” vai debater sobre a escola do século XXI. Mensagem recebida por:
< [email protected] >, em 04 nov. 2008.
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próximo “descolagem” vai debater sobre a escola do século xxi