Universidade Católica de Brasília (UCB)
Curso de Comunicação Social – Jornalismo
2º Semestre
Matrícula: UC14100653
PAUTA: Grease – Nos Tempos da Brilhantina
REPORTER: Isabela Gadelha
RESPONSÁVEL: Rafiza Varão
DATA DE RECEBIMENTO: 07/10
DEADLINE: 21/10
DETALHAMENTO DO ASSUNTO: A companhia Néia e Nando, não satisfeita com três
musicais no Festival de Teatro Musical, continua com Grease – Nos Tempos da
Brilhantina, nos dias 19 e 19 de outubro na Escola Parque, na 308 sul, às 20h. A peça se
passa nos anos 1960 e conta a história de um casal que se conhece e se apaixona no
verão, mas se separam por morarem em países diferentes. Porém, os planos mudam e
ela acaba se transferindo para a mesma escola que ele. Só não contava com a mudança
de atitude dele na frente dos amigos. Trazer relatos do elenco da peça sobre a história e
os bastidores da peça e conversar com o dono da companhia a finalidade desta.
FONTES: O elenco e dono da companhia.
FOTOS: da peça.
Cia. Néia e Nando retratada os jovens dos anos 1960 em
adaptação de filme famoso
Grease - Nos Tempos da Brilhantina aborda temas como gravidez na adolescência e crise de
identidade
Com bom humor e improvisação, a Cia. Néia e Nando apresentou
Grease - Nos Tempos da Brilhantina
Elenco conta histórias dos bastidores e a correria dos ensaios
Em Brasília, musical Grease é escolha de companhia de teatro
No próximo fim de semana, a Cia. Néia e Nando estreará Os Saltimbancos
Elenco de espetáculo da Cia. Neia e Nando conta o bastidores do
musical Grease
Espetáculo rendeu boas risadas ao público
Ricardo Villardo e Louise Portela como Danny e Sandy
A companhia Néia e Nando apresentou nos dias 19 e 19 de outubro o espetáculo
Grease - Nos Tempos da Brilhantina na Escola Parque, na 308 sul, às 20h. A peça se
passa nos anos 1960 e conta a história de Danny Zuko e Sandy Olsson, um casal que se
conhece e se apaixona no verão, mas que têm de se separar quando a garota tem de
voltar para a Austrália. Entretanto, há uma mudança de planos e Sandy,
coincidentemente, começa a estudar na mesma escola que Danny. O reencontro, porém,
não é como ela esperava: não querendo acabar com sua reputação de bad boy, o garoto
começa a esnobá-la na frente dos amigos.
Com músicas animadas e elenco extrovertido, a peça conquistou muitas risadas
dos espectadores. Quando questionado com que fim foi criada a companhia, Nando
Villardo, 50, diretor e professor do Néia e Nando, não hesita em responder: "Pra
satisfazer o nosso ego, nossa necessidade de público. Nós somos atores natos, eu e Néia,
gostamos de público, de plateia, e por isso a gente também optou em ser professor.
Sendo professor você tem sempre uma plateia cativante, e fora isso a vontade de ver o
sorriso no rosto da criança".
Apesar de a história retratar as atitudes dos jovens dos anos 1960, as situações
em que eles se encontram ainda são atuais na vida dos jovens de hoje. Louise Portela,
20, conhecida como Lola, interpretou a Sandy e diz que já passou por uma situação
parecida com a da personagem quando namorou um cara mais velho. "Sempre acontece.
São condutas e condutas, né? Acho que nessa fase que a Sandy e o Danny estão, eles
estão tentando se descobrir. Não só como um casal, mas como pessoas, também, como
personalidade. Acho que essa fase que a gente vive, tipo a partir dos dezessete, você tem
essa crise de identidade. É meio complicado você se doar tanto pro outro, então tem que
ter uma cabeça bem centrada". Ricardo Villardo, 26, acredita que todo mundo passa por
isso. "Eu acho que na vida a gente, infelizmente, não consegue ser sempre 100%. No
trabalho a gente tem que, ás vezes, ser mais centrado - exceto quando é um trabalho
como esse, nesse a gente é mais relaxado. Mas, por exemplo, eu dou aula, aí eu não
posso ser como sou aqui. Acho que varia de lugar pra lugar. Mas acho que o Danny, ele
é daquele jeito, garanhão, pegador, e ela, a Sandy, vem pra desconstruir aquilo. E ele
fica nessa confusão. É muito difícil pra ele perder aquela reputação por causa de um
amor. Mas no final dá tudo certo, né?".
"O que eu mais gosto de ser atriz é conseguir ser várias
pessoas além de mim mesma. [...] É pra isso que a gente vive,
essa é a graça de ser atriz e ator, de trabalhar nesse ramo"
Os atores não só passaram por situações parecidas à dos personagens, como se
assemelham em alguns pontos com eles. "Eu não sei se é o que eu me pareço mais,
porque é muita pretensão", diz Ricardo, "mas é por causa do John Travolta, que é um
ícone pra mim, e o que eu mais gosto de fazer nesse personagem é a dança. Então é o
que eu mais tenho prazer de fazer é a parte da dança. É o que eu e o Danny temos em
comum." Lola se identifica com a Sandy quanto a sua vontade de mostrar mais quem
ela realmente é: "Acho que eu levo muito isso pra minha vida. Eu sou, mas eu quero
mostrar mais do que eu sou". Além de interpretar Sandy, uma doce e pura australiana,
algumas semanas atrás Louise havia dado vida á Roxie Hart, uma adúltera homicida em
busca de fama na peça Chicago. Essa mudança rápida de personagem não a incomoda.
"O que eu mais gosto de ser atriz é conseguir ser várias pessoas além de mim mesma.
Quando eles me propõem a fazer tal tipo de personagem, ainda mais mudanças tão
rápidas, é divertidíssimo. É pra isso que a gente vive, essa é a graça de ser atriz e ator,
de trabalhar nesse ramo". Os desafios não param por aí. Há uma cena em que Sandy
canta a música Hopelessly Devoted To You ao vivo, e Lola não nega que ficou muito
nervosa. "Tremi horrores! Agradeço à Néia e o Nando por estar tendo essa possibilidade
de cantar ao vivo, por que é um desafio muito grande. Faço teatro há muito tempo, e
toda vez que boto meu pé no palco eu fico nervosa. Aí quando vou cantar parece que
nunca fiz teatro na minha vida: viro um bebê de dois anos que treme horrores e esquece
as notas, a fala, a técnica, então é muito nervosismo."
E quando a mudança de personagens ocorre no mesmo espetáculo? Thiago
Linhares, 20, interpretou três personagens na mesma noite. "É bem complicada essa
questão não por conta da troca de roupa, até porque tem um tempo legal pra isso, mas é
difícil porque você tem voz diferente pra cada personagem, ás vezes você acaba se
confundindo e fazendo um pouco da voz de outro personagem, e é bem complicado
isso. A gente saber que horas mudar o personagem, que horas termina o personagem."
Mas os atores não deixam de se divertir. De acordo com Thiago, a cena mais divertida
foi a cena do atleta, em que ele e Danny brigam no treino de basquete, enquanto o pobre
personagem Eugene, um nerd atrapalhado, tem de ser a cesta do jogo. "Essa cena não
tem texto", explica, "então a gente entra e faz o que a gente quiser. A gente sabe que
horas que começa, o que tem que acontecer no meio e o que tem que acontecer no final.
Agora o que acontece entre isso a gente não sabe. É muito divertido de fazer."
O clima dos bastidores é bem animado e de muita união. "Ás vezes as pessoas
saem da cena e continuam no personagem. Hoje mesmo, quando o Kenickie saiu da
cena com a Rizzle, eu tava lá em baixo trocando de roupa, aí ele desceu falando 'Cara
ela tá grávida, cara ela tá grávida, o que eu vou fazer?'. É muito divertido. Ás vezes
quando dá uma coisa de errado todo mundo se mobiliza pra arrumar aquilo, mas quando
não dá todo mundo é bem extrovertido, fica vendo as cenas da coxia, isso é muito
legal", conta Thiago. Ricardo brinca quando questionado sobre os bastidores. "A gente
não se gosta mesmo, a gente se odeia, é na porrada mesmo (risos). Eu falo que aqui é a
nossa segunda família, mas é mesmo. Não é um trabalho que a gente vem, faz o nosso
trabalho, e vai pra casa. A gente é tão grudado que, não satisfeito de ficar o dia inteiro
junto, a gente sai daqui e ainda quer sair junto. Muito do que a gente faz no palco, essa
intimidade de brincar, e tal, é porque a gente tem essa convivência, a gente muitas vezes
tem dificuldade quando vai fazer uma peça fora da Néia e Nando".
Download

Brilhantina, nos dias 19 e 19 de outubro na Escola Parque, na 308