REGULAMENTO COOPJOVEM
Capítulo I
Disposições Gerais
Artigo 1.º
Âmbito de Aplicação
O presente regulamento aplica-se ao programa COOPJOVEM – Programa de Apoio ao Empreendedorismo
Cooperativo, doravante designado COOPJOVEM, promovido, gerido e executado pela Cooperativa António
Sérgio para a Economia Social – Cooperativa de Interesse Publico de Responsabilidade Limitada (CASES),
no âmbito das suas atribuições.
Artigo 2.º
Objeto
1 - A presente tipologia visa apoiar os jovens na criação de cooperativas ou em projetos de investimento
que envolvam a criação líquida de postos de trabalho em cooperativas agrícolas existentes, como forma de
desenvolvimento de uma cultura solidária e de cooperação, facilitando a criação do seu próprio emprego
e a definição do seu trajeto de vida.
2 – Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o presente regulamento estabelece os procedimentos
da operação Programa COOPJOVEM, no âmbito do Programa Operacional Temático Inclusão Social e
Emprego (PO ISE) para efeitos da Portaria n.º 97-A/2015, de 30 de março.
3 – A operação referida na alínea a) do número anterior apenas é elegível no âmbito do PO ISE durante o
período de elegibilidade da Iniciativa Emprego Jovem (IEJ).
Artigo 3.º
Objetivos
O COOPJOVEM tem por objetivo promover a cooperação, através das seguintes iniciativas:
a) A concessão de bolsa aos jovens para o desenvolvimento do projeto cooperativo de acordo com os níveis
de qualificação;
b) A concessão de apoio técnico aos jovens para desenvolvimento de competências nas áreas do
empreendedorismo cooperativo, da capacitação na estruturação do projeto cooperativo, e para
implementação e consolidação da atividade da cooperativa;
c) A concessão de apoio financeiro para a criação e instalação da cooperativa;
d) A concessão de acesso ao crédito ao investimento, bonificado e garantido nos termos da tipologia
MICROINVEST, prevista no artigo 9.º da Portaria n.º 985/2009, de 4 de setembro.
1
Artigo 4.º
Área geográfica de aplicação
1 - Programa COOPJOVEM - programa de apoio ao empreendedorismo cooperativo tem uma abrangência
continental.
2 - A elegibilidade geográfica é determinada pelo local da execução do projeto.
Artigo 5.º
Tipologia de beneficiários
1 - São destinatários do COOPJOVEM os jovens que pretendam constituir uma nova cooperativa que integre
no máximo nove cooperadores ou que pretendam criar, com o limite máximo de nove jovens agricultores,
uma cooperativa agrícola, ou uma nova secção em cooperativas agrícolas já existentes, que tenham até 10
trabalhadores e que preencham cumulativamente os seguintes requisitos:
a) Tenham idade compreendida entre os 18 e os 29 anos à data da apresentação da candidatura;
b) Possuam, pelo menos, o nível 2 de qualificação (9.º ano de escolaridade), com referência à data
da apresentação da candidatura;
c) Sejam considerados jovens NEET, ou seja, jovens que não trabalham, não estudam e não se
encontram em formação.
2 – Apenas se consideram elegíveis os promotores que não se encontrem a beneficiar, nem nunca tenham
beneficiado, de bolsas de estágio ou formação atribuídas no âmbito do Plano Nacional de Implementação
de uma Garantia Jovem, bem como aqueles que se enquadrem nas situações previstas no artigo 17.º da
portaria que regulamenta o presente programa.
3 - As equipas promotoras de projetos cooperativos podem integrar outros elementos para além dos
candidatos aos apoios referidos no artigo 6º, não sendo fator de exclusão a existência de elementos fora
do quadro dos referidos destinatários, nomeadamente ao nível da idade ou das habilitações literárias,
desde que não seja prevista a criação de mais de 10 postos de trabalho.
Capítulo II
Apoios
Artigo 6.º
Bolsa COOPJOVEM
1 - A bolsa COOPJOVEM para o empreendedorismo cooperativo, abreviadamente designada por bolsa,
destina-se a apoiar os jovens, nas condições definidas no artigo 5.º, do presente regulamento, no
2
desenvolvimento do seu projeto cooperativo, e é definida em função do nível de qualificação dos jovens
candidatos, cujo valor é o seguinte:
a) 1,65 Indexante dos Apoios Sociais (IAS) – para jovens com o nível 6 ou superior de qualificação
(ensino superior completo e superior) - 691,70 €;
b) 1,30 IAS – para jovens com nível 3, 4 ou 5 de qualificação (ensino secundário completo) - 544,99 €;
c) 1 IAS – para jovens com pelo menos o nível 2 de qualificação (9.º ano e sem ensino secundário
completo) - 419,22 €.
2 - Podem candidatar-se à bolsa os jovens destinatários detentores de uma ideia para desenvolvimento de
um projeto cooperativo e que responda a uma necessidade dos seus promotores.
3 - A bolsa é atribuída por um período mínimo de 2 meses (1ª fase) e até ao máximo de 6 meses (2ª fase que resulta do eventual acréscimo de 4 meses), sendo que o jovem não se obriga a aceitar a extensão da
bolsa, no caso de esta lhe ser atribuída em consequência da aprovação do projeto pela entidade gestora.
4 - Será atribuído um máximo de nove bolsas por projeto cooperativo, face ao disposto nos n.ºs 1 e 2 do
art. 5º do presente regulamento.
5 - A atribuição da bolsa implica uma dedicação exclusiva dos jovens à concretização do projeto
apresentado.
6 - Considera-se dedicação exclusiva, designadamente a inexistência de contrato de trabalho a tempo
inteiro, a não participação em outros programas, ou qualquer outra situação que altere o conceito definido
no número anterior.
7 - O promotor obriga-se a comunicar, por escrito, à CASES a existência de qualquer uma das situações de
incompatibilidade enunciadas no número anterior.
8 - A referida comunicação determina a cessação automática da bolsa atribuída ao promotor, sem
obrigação da devolução dos montantes já recebidos e sem prejuízo da obrigação de entrega do relatório
final, previsto no n.º 13 desta cláusula.
9 - A falta da comunicação à CASES implica a obrigação de restituição integral dos montantes recebidos no
âmbito do Programa COOPJOVEM.
10 – Os destinatários beneficiários de prestações de desemprego devem informar ainda o IEFP, I.P. da sua
pretensão de candidatar-se à bolsa COOPJOVEM.
11 - A concessão efetiva da bolsa fica ainda sujeita à assinatura de um contrato - Contrato de concessão de
apoios, que rege em particular a atribuição dos apoios.
12 - A assinatura do contrato ocorre no prazo de 20 dias após a comunicação da decisão pela CASES,
passível de prorrogação mediante pedido devidamente fundamentado.
13 — Os beneficiários da bolsa devem apresentar dois relatórios de progresso do projeto - Modelo de
Relatório de progresso (excel e pdf) nos seguintes prazos:
a) 1º Relatório – final da 1ª fase;
3
b) 2º Relatório – final da 2ª fase.
Artigo 7.º
Apoio técnico
1 — O apoio técnico visa promover o desenvolvimento de competências nos jovens, designadamente nas
áreas da estruturação de ideias, de arquitetura de negócio e da sua capacitação do desenvolvimento do
projeto cooperativo, na implementação de ações e políticas de planeamento estratégico, na gestão do
negócio, na antecipação de necessidades e expetativas de mercado, no relacionamento com todas as
partes interessadas, na tomada de decisões e no exercício da liderança.
2 — O apoio técnico previsto no número anterior consubstancia-se nas seguintes atividades:
a) Sessões de orientação e acompanhamento dos empreendedores cooperativos;
b) Formação em áreas do cooperativismo, gestão económica e financeira e gestão de pessoas e será
complementada por sessões de trabalho temáticos de desenvolvimento de competências, partilha de
ideias entre os empreendedores cooperativos e de apresentação de boas práticas de cooperativas já
existentes;
c) Acompanhamento na construção, desenvolvimento e amadurecimento colaborativo da ideia de negócio
e do projeto cooperativo e na implementação da cooperativa.
3 – O apoio técnico é assegurado pela CASES.
Artigo 8.º
Apoio à criação e instalação da cooperativa
1 - Os projetos cooperativos que beneficiem do apoio previsto no artigo 6.º do presente diploma podem
beneficiar de um apoio financeiro, não reembolsável, para criação e instalação da cooperativa, num limite
máximo de 15.000,00 €, pelo prazo de 1 ano.
2 – São elegíveis os projetos de investimento, económica e financeiramente viáveis, as despesas de
constituição da cooperativa, a aquisição de ativos fixos e a constituição do fundo de maneio, desde que
resulte a criação de, pelo menos, um posto de trabalho na nova cooperativa, ou a criação líquida de postos
de trabalho nas cooperativas agrícolas já existentes, mediante a celebração de contrato de trabalho ou
equiparado, a manter durante, pelo menos, três anos.
3 – Para efeitos do número anterior, considera-se que há criação líquida de postos de trabalho, quando a
entidade registar no fim do prazo de execução do projeto de investimento, um número total de
trabalhadores superior à média registada nos 12 meses que precedem o pedido de financiamento.
4 - Nos casos em que a atividade principal da cooperativa seja de natureza essencialmente sazonal podem
não ser considerados, para efeitos do n.º 3, os acréscimos no respetivo volume de emprego que,
manifestamente, decorram de necessidades sazonais de mão-de-obra.
4
5 – É da responsabilidade da CASES verificar a criação líquida de emprego.
6 – Não são consideradas elegíveis:
a) As despesas com a aquisição de imóveis;
b) As despesas cuja relevância para a realização do projeto não seja fundamentada;
c) As operações que se destinem a reestruturação financeira, consolidação ou substituição de créditos e
saneamentos.
7 - As despesas são calculadas a preços correntes, deduzindo-se o imposto sobre o valor acrescentado,
sempre que a cooperativa seja sujeito passivo do mesmo e possa proceder à respetiva dedução.
8 – Desde a data da contratualização do apoio e até à extinção das obrigações associadas à execução do
projeto, a nova cooperativa deve reunir, cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) Estar regularmente constituída e registada;
b) Preencher os requisitos legais exigidos para o exercício da atividade ou apresentar comprovativo de ter
iniciado o procedimento aplicável;
c) Ter a situação regularizada perante a CASES;
d) Ter a situação regularizada perante a administração fiscal e a segurança social;
e) Dispor de contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei;
f) Ter a situação regularizada em matéria de eventuais apoios financeiros recebidos quer por instituição
nacional quer por via do financiamento comunitário;
g) Não ter situações respeitantes a salários em atraso;
h) Não ter sido condenado em processo -crime ou contraordenacional por violação, praticada com dolo ou
negligência grosseira, de legislação de trabalho sobre discriminação no trabalho e emprego, nos últimos 2
anos, salvo se, da sanção aplicada no âmbito desse processo resultar prazo superior, caso em que se aplica
este último.
9 - Desde a data da contratualização dos apoios e até à extinção das obrigações associadas à execução do
projeto, a cooperativa agrícola existente que crie novas secções, deve reunir, cumulativamente, os
requisitos constantes no número anterior, incluindo o certificado de natureza agrícola emitido pelo serviço
competente do Ministério da Agricultura (art.º 23.º do Decreto-Lei n.º 335/99, de 20 de agosto) e ainda ter
a secção regularmente constituída.
10 - O pagamento do apoio, nos termos definidos no artigo 19.º, os prazos e as condições para a sua
concessão, bem como a forma de prestação de contas, constarão do contrato celebrado entre a CASES e a
entidade cooperativa.
11 - A assinatura do contrato ocorre no prazo de 20 dias após a comunicação da decisão pela CASES,
passível de prorrogação mediante pedido devidamente fundamentado.
Artigo 9.º
5
Acesso ao crédito ao investimento
1 – O crédito ao investimento consiste numa linha de crédito bonificada e garantida, nos termos da
tipologia MICROINVEST prevista na Portaria n.º 985/2009, de 4 de Setembro, alterada pelas Portarias n.º
58/2011, de 28 de janeiro e n.º 95/2012, de 4 de abril, com as especificidades constantes do presente
regulamento.
2 - São elegíveis os projetos de investimento, económica e financeiramente viáveis, em ativos fixos e
constituição do fundo de maneio, desde que resulte a criação de, pelo menos, um posto de trabalho na
nova cooperativa, ou a criação líquida de postos de trabalho nas cooperativas agrícolas já existentes,
mediante a celebração de contrato de trabalho.
3 - Para efeitos do número anterior, considera-se que há criação líquida de postos de trabalho, quando a
cooperativa registar, no fim do prazo de execução do projeto de investimento referido no nº 5 do artigo 6º
da Portaria nº 985/2009, de 4 de setembro, um número total de trabalhadores superior à média dos
trabalhadores registados nos 12 meses que precedem o pedido de financiamento.
4 - Nos casos em que a atividade principal da cooperativa seja de natureza essencialmente sazonal podem
não ser considerados, para efeitos do n.º 3, os acréscimos no respetivo volume de emprego que,
manifestamente, decorram de necessidades sazonais de mão-de-obra.
5 - Os projetos apresentados pelos promotores identificados no Artigo 2.º, devem igualmente respeitar o
disposto nos artigos 6.º, 7.º, 8.º e 9.º nos n.ºs 1 e 2 do artigo 10.º, no capítulo III, quando aplicável, e no
capítulo IV da Portaria n.º 985/2009, de 4 de setembro.
6 - Os projetos apresentados no âmbito do presente artigo, podem beneficiar do apoio técnico previsto na
Portaria n.º 985/2009, de 4 de Setembro, salvo o referido na alínea c) do artigo 11.ºC.
7 - Não são consideradas elegíveis:
a) As despesas com a aquisição de imóveis;
b) As despesas cuja relevância para a realização do projeto não seja fundamentada;
c) As operações que se destinem a reestruturação financeira, consolidação ou substituição de créditos e
saneamentos.
8 - O crédito previsto na tipologia MICROINVEST pode financiar o fundo de maneio do projeto até 30% do
investimento elegível, independentemente da dimensão daquele fundo.
9 – Desde a data da contratualização do crédito MICROINVEST e até à extinção das obrigações associadas
à execução do projeto, a nova cooperativa deve reunir, cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) Estar regularmente constituída e registada;
b) Preencher os requisitos legais exigidos para o exercício da atividade ou apresentar comprovativo de ter
iniciado o procedimento aplicável;
c) Ter a situação regularizada perante a CASES e o IEFP, IP;
d) Ter a situação regularizada perante a administração fiscal e a segurança social;
6
e) Dispor de contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei;
f) Ter a situação regularizada em matéria de eventuais apoios financeiros recebidos quer por instituição
nacional quer por via do financiamento comunitário.
10 - Desde a data da contratualização dos apoios e até à extinção das obrigações associadas à execução do
projeto, a cooperativa agrícola existente que crie novas secções, deve reunir, cumulativamente, os
requisitos constantes no número anterior, incluindo o certificado de natureza agrícola emitido pelo serviço
competente do Ministério da Agricultura (art.º 23.º do Decreto-Lei n.º 335/99, de 20 de agosto) e ainda ter
a secção regularmente constituída.
Artigo 10.º
Antecipação das prestações de desemprego
Os projetos podem ainda beneficiar, se preencherem os respetivos requisitos, do apoio à criação do próprio
emprego previsto no artigo 12.º da Portaria n.º 985/2009, de 4 de setembro.
Artigo 11.º
Despesas elegíveis
1 – No âmbito do COOPJOVEM são suportadas as seguintes despesas por projeto:
a) Durante as fases prévias à constituição da cooperativa:
i) Bolsa COOPJOVEM determinada em função do nível de qualificação definido no número 1 do
artigo 6.º do presente regulamento;
ii) Apoio Técnico definido nos termos do artigo 7.º;
b) Durante a fase posterior à constituição da cooperativa:
i) Apoio à criação e instalação da cooperativa, definido nos termos do artigo 8.º;
ii) Apoio Técnico definido nos termos do artigo 7.º.
2 – São ainda suportadas as despesas relacionadas com:
a) A plataforma digital de gestão da medida;
b) A divulgação do COOPJOVEM;
c) O recrutamento, seleção e acompanhamento dos promotores;
d) Quaisquer outros encargos decorrentes da implementação da medida que sejam qualificados
como custos elegíveis para efeitos de financiamento europeu.
3 – Os pagamentos são efetuados pela CASES aos destinatários do COOPJOVEM, no caso das despesas
referidas nas subalíneas i) das alíneas a) e b) do número 1, e às entidades fornecedoras dos serviços, no
caso das despesas referidas no n.º 2;
4 – As regras relativas às despesas elegíveis não previstas no presente diploma são definidas no
regulamento interno.
7
Capítulo III
Procedimentos
Artigo 12.º
Apresentação das candidaturas
1 – As candidaturas são apresentadas, dentro dos períodos definidos e publicitados pela CASES, através do
preenchimento, online, das respetivas fichas disponibilizadas na página internet www.cases.pt,
confirmadas com a receção do número identificativo de inscrição.
2 — No momento da apresentação do projeto, os destinatários devem comprovar que reúnem os requisitos
necessários para acesso ao COOPJOVEM.
3 — A análise e seleção das candidaturas são efetuadas pela CASES, no prazo máximo de 60 dias, contado
nos termos do Código do Procedimento Administrativo, nos termos definidos no art.º 13.º.
4 - O projeto que pretenda beneficiar de crédito MICROINVEST é apresentado pelos promotores de novas
cooperativas ou de novas secções, no caso das cooperativas agrícolas existentes, às instituições bancárias
aderentes, após validação efetuada pela CASES, de acordo com o disposto no número seguinte.
5 – É da responsabilidade da CASES atestar a qualidade dos destinatários e validar previamente os projetos,
mediante a emissão de ficha de validação, para os promotores de novas cooperativas e emissão de ficha
de validação e a credencial emitida pela CASES, nos termos do n.º 2.º do art.º 87.º do Código Cooperativo,
para as cooperativas agrícolas já existentes, para serem apresentadas, juntamente com o respetivo projeto,
na instituição bancária.
6 – A CASES deve entregar um comprovativo da receção da candidatura.
7 — Não pode ser apresentada mais de uma candidatura por cada projeto ao abrigo deste programa.
Artigo 13.º
Procedimentos para apresentação das candidaturas
1 - As candidaturas são apresentadas pelos jovens promotores junto da CASES, mediante preenchimento
de formulário com modelo próprio (Formulário de candidatura), nos ternos definidos no artigo anterior.
2 - No momento da apresentação da candidatura, os jovens devem comprovar que reúnem os requisitos
necessários para acesso ao programa COOPJOVEM, anexando todos os documentos necessários à sua
análise (Lista de Documentos Necessários à formalização de candidatura).
3 – As candidaturas recebidas são sujeitas a um processo de verificação, pela CASES, do cumprimento dos
requisitos de elegibilidade definidos no art.º 5º do presente regulamento, e do seu correto preenchimento.
4 - Os promotores que não cumprirem as condições referidas no número anterior e cujos projetos não
disponham de informação suficiente serão notificados de que não prosseguem para a fase de análise.
8
Artigo 14.º
Critérios de seleção das candidaturas
1 - Na primeira fase, a seleção das candidaturas tem em conta a verificação do cumprimento dos requisitos
de elegibilidade definidos, e do correto preenchimento dos documentos de candidatura.
2 - No caso de candidaturas apresentadas por beneficiários de prestações de desemprego, a CASES
articulará com o IEFP, I.P., no sentido de esclarecer as condições em que pode ocorrer a atribuição dos
apoios a esses empreendedores cooperativos.
3 - Para efeitos de manutenção da bolsa e encaminhamento para o apoio à criação e instalação da
cooperativa ou para o acesso ao crédito (segunda e terceira fases), a seleção das candidaturas aprovadas
será efetuada pela Direção da CASES em função do mérito relativo dos projetos apresentados,
fundamentada através de Parecer Técnico e terá os seguintes critérios de avaliação, para cada uma das
fases:
a) Fase 1 – Desenvolvimento da Ideia (2 meses)
• Perfil dos empreendedores;
• Experiência e competências da equipa de gestão/promotora do projeto;
• Relevância da ideia de negócio;
• Potencial de valorização económica;
• Resposta à falha de mercado local ou global;
• Enquadramento nas áreas prioritárias das zonas de convergência;
• Relevância das Parcerias;
• Integração das dimensões da política de igualdade de oportunidades e igualdade de género.
b) Fase 2 – Capacitação e Estruturação do Projeto Cooperativo (4 meses)
• Sustentabilidade do projeto;
• Indicadores financeiros: consistência, razoabilidade e atratividade das projeções;
• Avaliação global positiva sobre o conceito de negócio e perspetivas potenciais de sucesso;
• Previsão de criação de pelo menos um posto de trabalho;
• Integração das dimensões da política de igualdade de oportunidades e igualdade de género.
c) Fase 3 – Constituição da cooperativa e criação de postos de trabalho (6 meses)
• Constituição formal da cooperativa;
• Criação de postos de trabalho, a tempo inteiro.
4 - Cabe ainda à Direção da CASES a decisão do encaminhamento para o acesso ao crédito, bem como a
decisão de apoio à criação de postos de trabalho.
Artigo 15.º
9
Procedimentos de análise e decisão das candidaturas
1 - A atribuição da bolsa na primeira fase é efetuada pela CASES, após a verificação dos requisitos de
elegibilidade, sendo a comunicação da atribuição efetuada no prazo máximo de 60 dias úteis;
2 - A atribuição da extensão da bolsa na segunda fase é efetuada após a entrega do 1º relatório de
progresso, dos elementos correspondentes à validação da ideia constantes do dossier de negócio
(documentos de 1.ª fase) e da decisão de aprovação, por aplicação do processo de seleção referido no
artigo 14.º, atendendo aos critérios definidos para a fase 1, sendo comunicada pela CASES, no prazo
máximo de 20 dias, aos promotores a atribuição da extensão da bolsa inicial por mais 4 meses.
3 – O não cumprimento da data limite de entrega dos documentos referidos no ponto anterior, constante
da comunicação de atribuição da bolsa referida no ponto 1 do presente artigo, implica a perda do direito
de atribuição das bolsas de 2.ª fase, não sendo alvo do processo de seleção referido no artigo 14.º.
4 – Após a seleção referenciada no ponto 2 do presente artigo, a CASES procede, ao fim de 2 meses, a uma
verificação intermédia da participação da equipa do projeto cooperativo nas sessões de apoio técnico e de
acompanhamento, previstas no artigo 7.º.
5 – Durante a segunda fase a equipa do projeto cooperativo elabora o 2º relatório, a que junta o dossier de
negócio, a memória descritiva, o estudo de viabilidade, o projeto de estatutos e o modelo de ata de
Assembleia de Fundadores – Dossier “Projeto Cooperativo” (documentos de 2.ª fase).
6 - O acesso à linha de crédito Microinvest efetua-se no final da 2.ª fase, através da emissão de Declaração
de Destinatário, pela CASES, em função do mérito obtido nessa fase.
7 – A atribuição do apoio à criação e instalação, após a constituição da cooperativa, é efetuada pela CASES,
após a verificação dos requisitos definidos na fase 3, designadamente os documentos comprovativos da
constituição da cooperativa e da criação e manutenção de postos de trabalho (Declarações Mensais de
Remuneração entregues à segurança social).
Artigo 16.º
Processamento das Bolsas COOPJOVEM
O pagamento é processado por transferência bancária, até ao 30.º dia do mês a que respeita a bolsa, nos
seguintes termos:
a) Na primeira fase: pagamentos mensais, no valor definido e aprovado, atendendo aos níveis de
qualificação e ao registo de presenças dos bolseiros nas ações de acompanhamento e de apoio técnico,
durante dois meses;
b) Na segunda fase, pagamentos mensais e dependentes do registo de presenças dos bolseiros nas ações
de acompanhamento e de apoio técnico, após a decisão da Direção da CASES, no valor definido e aprovado,
atendendo aos níveis de qualificação, durante quatro meses, estando o pagamento final condicionado à
entrega dos elementos correspondentes ao Dossier Cooperativo.
10
Artigo 17.º
Atribuição do Apoio Técnico
1 - O apoio técnico a prestar nas áreas do cooperativismo, gestão económica e financeira e gestão de
pessoas, será operacionalizado através da realização das atividades referidas no número 2 do artigo 7.º do
presente regulamento, nos termos definidos nos números seguintes.
2 - As sessões de orientação e acompanhamento dos empreendedores cooperativos são desenvolvidas
através de mentoria personalizada na área do cooperativismo, nos seguintes termos:
a) A mentoria é concedida durante o período de duração do COOPJOVEM;
b) A atribuição de mentores fica a cargo da CASES e será realizada tendo em conta as necessidades
do projeto cooperativo, a localização geográfica, a área do negócio, o perfil do mentor e o perfil
dos promotores;
c) O acesso a mentoria será ajustado à análise da complexidade relativa do projeto cooperativo,
sendo condicionado pela disponibilidade de mentores e pela aceitação de mentoria pelo mentor
atribuído;
d) Compete à CASES, o registo e a qualificação da rede de mentores que venha a ser constituída,
definidos no número seguinte;
e) A designação de um mentor na área do cooperativismo, que demonstre experiência profissional e
empreendedora, implica que o mesmo coloque a sua experiência ao serviço dos promotores do
projeto, através de ações de apoio, aconselhamento e orientação;
f)
As partes podem determinar o final da relação de mentoria devendo informar a CASES para
atribuição de novo mentor;
g) Deverão existir interações periódicas entre o mentor e o empreendedor, ou via e-mail ou
plataforma moodle do portal ZOOM, podendo existir tantas quantas as partes entenderem, de
preferência mensais;
h) O mentor deverá preencher uma pequena ficha de acompanhamento por cada reunião realizada.
3 - No âmbito da formação em áreas do cooperativismo, gestão económica e financeira e gestão de pessoas
está prevista a realização de ações de formação e será complementada por sessões de trabalho temáticos
de desenvolvimento de competências, partilha de ideias entre os empreendedores cooperativos e de
apresentação de boas práticas de cooperativas já existentes.
4 - O acompanhamento na construção, desenvolvimento e amadurecimento colaborativo da ideia de
negócio e construção e desenvolvimento do projeto cooperativo é desenvolvido pelos serviços centrais e
pelas respetivas delegações.
Artigo 18.º
11
Rede de Mentores
1 – A rede de mentores é constituída por profissionais e especialistas que desejem integrar a rede,
assumindo o papel de mentores, de acordo com os princípios orientadores definidos nos números
seguintes.
2 – Os mentores poderão ser convidados a participar na rede por iniciativa da CASES ou propor-se
diretamente por candidatura através do envio para [email protected], dos seguintes elementos: Ficha de
candidatura devidamente preenchida e assinada; Documento de Identificação; Curriculum Vitae e Carta de
Motivação, com indicação da experiência profissional relevante e de reconhecido mérito, na área do
cooperativismo e Declaração de Cumprimento de Código de Conduta.
3 – São definidos como critérios de valorização da candidatura: Formação académica ou complementar e
experiência profissional relevante na área do Cooperativismo; Participação em processos de criação,
acompanhamento e consolidação de entidades cooperativas; Experiência Profissional relevante e de
reconhecido mérito atestada por declaração comprovativa emitida por terceiros.
4 - Os dados pessoais e profissionais da Ficha de Candidatura e do Curriculum Vitae são processados e
armazenados informaticamente pela CASES e destinam-se a analisar, selecionar e eleger o mentor mais
adequado ao apoio, acompanhamento e orientação de um projeto cooperativo, nos termos da alínea b) e
c) do número 2 do artigo 17.º do presente regulamento, no âmbito da realização das ações de mentoria e
para efeitos de recrutamento e seleção dos mentores.
5 - Os dados recolhidos são armazenados numa base de dados criada para o efeito e, em situação alguma
serão utilizados pela CASES para outra finalidade que não seja aquela para a qual foi dada a autorização
pelo seu titular.
6 - A CASES garante a não disponibilização dos dados para consulta pública, facultando apenas os mesmos
em caso de solicitação por parte das entidades identificadas na primeira alínea, no âmbito de processos de
recrutamento e seleção relacionados com as suas atividades.
7 - A CASES garante ao titular o direito permanente de acesso, retificação, atualização ou eliminação dos
seus dados na Rede de Mentores. Todas as comunicações devem ser realizadas através do endereço de
correio eletrónico [email protected].
Artigo 19.º
Condições de Concessão do Apoio à Criação e Instalação da Cooperativa
1 - Os projetos cooperativos selecionados na fase 2, atendendo aos critérios previstos para esta fase no
artigo 14.º, após a entrega final do projeto cooperativo, podem candidatar-se à concessão do apoio à
criação e instalação da cooperativa, nos termos definidos nos números seguintes.
2 - O apoio financeiro pode financiar o fundo de maneio do projeto até 30% do investimento elegível,
independentemente da dimensão daquele fundo.
12
3 - O pagamento do apoio à criação e instalação da cooperativa, será efetuado sob a forma de dois
adiantamentos e um pagamento final, nas seguintes condições:
a) Um primeiro adiantamento, no montante máximo de 40% do total do apoio concedido, mediante
documentação apresentada pelos promotores comprovando o início das despesas de criação e instalação
da cooperativa;
b) Um segundo adiantamento, no montante máximo de 40% do total do apoio concedido, mediante
comprovação documental das despesas referentes ao primeiro adiantamento;
c) Um último pagamento, correspondente ao remanescente do total do apoio concedido, mediante
verificação física, documental e contabilística da totalidade das despesas referentes aos adiantamentos já
efetuados, e apresentação de licença para o exercício da atividade, se legalmente exigido.
4 – Para efeitos do disposto no número anterior a cooperativa obriga-se com a apresentação de um
relatório de implementação da cooperativa trimestral e final, quando finalizado o processo de
financiamento.
5 – Para efeitos de verificação do disposto nos números 2 e 3 do artigo 8.º do presente regulamento, a
cooperativa obriga-se à apresentação bimestral, nos serviços da CASES, da documentação comprovando a
manutenção do nível de emprego ou à autorização da entidade promotora para acesso à informação
relevante para efeitos de verificação (Declaração de Autorização da Entidade Promotora).
6 – A cooperativa obriga-se ainda a comunicar à CASES qualquer alteração ou ocorrência que ponha em
causa os pressupostos relativos às condições de acesso que permitiram a aprovação da candidatura, bem
como a sua realização, bem como as mudanças de domicílio ou sede, no prazo de 10 dias úteis, contados
a partir da data de ocorrência.
Artigo 20.º
Condições de Acesso ao Crédito
1 – Os projetos cooperativos selecionados na fase 2, atendendo aos critérios previstos para esta fase no
artigo 14.º, após a entrega final do projeto cooperativo, podem candidatar-se à tipologia de crédito
MICROINVEST, nos termos definidos nos números seguintes.
2 – O projeto cooperativo que pretenda beneficiar de crédito MICROINVEST é apresentado pelos
promotores de novas cooperativas ou de novas secções, no caso das cooperativas agrícolas existentes, às
instituições bancárias aderentes, após validação pela CASES.
2 – É da responsabilidade da CASES atestar a qualidade dos destinatários e validar previamente os projetos
cooperativos, mediante a emissão de Ficha de Validação, para os promotores de novas cooperativas e
emissão de ficha de validação e credencial para as cooperativas agrícolas existentes, para serem
apresentadas, juntamente com o respetivo projeto, na instituição bancária.
13
3 – O projeto cooperativo a apresentar na instituição bancária, referido no ponto anterior, compreende os
seguintes documentos:
a) Dossier de Negócio;
b) Dossier Projeto Cooperativo (memória descritiva, estudo de viabilidade e projeto de estatutos e modelo
de ata de Assembleia de Fundadores).
4 - O crédito previsto na tipologia MICROINVEST pode financiar o fundo de maneio do projeto até 30% do
investimento elegível, independentemente da dimensão daquele fundo.
5 – Para projetos que beneficiam de crédito MICROINVEST, o apoio técnico previsto no artigo 9º não é
cumulável com os apoios técnicos previstos na alínea c) do Artigo 11.ºC da Portaria n.º 985/2009, de 4 de
setembro, bem como com o apoio técnico previsto na alínea e) do n.º 2 da Resolução do Conselho de
Ministros n.º 51-A/2012, de 14 de junho.
6 – A CASES providenciará o encaminhamento para o serviço público de emprego sempre que, em sede de
aferição da qualidade dos destinatários, se verifique pela impossibilidade de dar seguimento à pretensão
apresentada.
7 – Compete à CASES a verificação da criação líquida de emprego (i.e. obter um número de trabalhadores
superior à média dos trabalhadores registados nos 12 meses que precedem o pedido de crédito) através
da certificação pelo Instituto de Informática, IP nos termos constantes no ficheiro de certificação (Ficheiro
Certificação de Informação do Instituto de Informática, IP) e obtenção de autorização da entidade
promotora para acesso à informação relevante para efeitos de verificação (Declaração de Autorização da
Entidade Promotora).
Artigo 21.º
Notificação de aprovação da atribuição dos apoios
1 - As comunicações e notificações são efetuadas por via eletrónica para o endereço indicado pelos
candidatos no formulário de candidatura.
2 - As notificações efetuadas ao abrigo do presente artigo consideram-se feitas na data da expedição,
servindo de prova a mensagem eletrónica com recibo de entrega da mesma, a qual será junta ao
procedimento administrativo.
3 – Na impossibilidade de envio da notificação por via eletrónica, as notificações, nos termos do artigo
112.º do Código do Procedimento Administrativo, serão realizadas por meio de carta registada dirigida para
o domicílio do candidato, considerando-se efetuadas no 5.º dia posterior à data de expedição.
4 - Os jovens devem comunicar qualquer alteração ao endereço eletrónico e domicílio indicados, sob pena
de, em caso de incumprimento, a notificação se considerar efetuada para todos os efeitos legais.
Capítulo IV
14
Considerações finais
Artigo 22.º
Auxílios de minimis
1 – Aos apoios, atribuídos aos beneficiários de bolsas e de apoio técnico, não se aplicam as disposições no
âmbito dos auxílios de minimis.
2 - Os apoios públicos subjacentes à criação e instalação da cooperativa são atribuídos ao abrigo do regime
comunitário de auxílios de minimis, nomeadamente em termos de sectores de atividade abrangidos e de
montante máximo por entidade, sendo a respetiva comunicação efetuada diretamente pela CASES.
3 - A comunicação dos auxílios de minimis no âmbito do acesso ao crédito garantido e bonificado ao abrigo
da tipologia de crédito MICROINVEST é efetuada diretamente pela SPG - Sociedade Portuguesa de Garantia
Mútua, SA, enquanto entidade gestora da linha.
Artigo 23.º
Acompanhamento e Controlo
1 – As candidaturas e projetos cooperativos financiados no âmbito do COOPJOVEM tendo em vista a sua
viabilização e consolidação e, igualmente, a verificação do cumprimento das normas aplicáveis e obrigações
assumidas, nomeadamente, a obrigação de manutenção dos postos de trabalho, serão objeto de ações de
acompanhamento e de controlo, por parte da CASES, entre a data de verificação das condições de
elegibilidade e a data de extinção das obrigações decorrentes da concessão do apoio de financiamento.
2 – Os projetos cooperativos financiados no âmbito do MICROINVEST tendo em vista a sua viabilização e
consolidação e, igualmente, a verificação do cumprimento das normas aplicáveis e obrigações assumidas,
nomeadamente, a obrigação de manutenção dos postos de trabalho, serão ainda objeto de ações de
acompanhamento e de controlo, por parte do IEFP, IP, entre a data de aprovação do pedido de
financiamento e a data de extinção das obrigações decorrentes da concessão do apoio.
Artigo 24.º
Obrigações dos beneficiários
Para além das regras referidas anteriormente, os promotores devem ainda cumprir as seguintes
obrigações:
a) Não prestar falsas informações;
b) Apresentar os relatórios referidos no n.º 13 do artigo 6º do presente regulamento;
c) Não violar nenhum contrato ou direitos de terceiros, incluindo patentes, direitos de propriedade
intelectual ou informação confidencial, no âmbito do projeto cooperativo;
d) Reportar anomalias de funcionamento dos apoios recebidos;
15
e) Disponibilizar, se solicitado, o seu testemunho sobre projetos no âmbito do COOPJOVEM;
f) Publicitar os apoios recebidos nos termos a fixar no sítio da CASES.
Artigo 25.º
Incumprimento
1 – Sem prejuízo do disposto no regime da tipologia MICROINVEST, o incumprimento por parte dos
promotores ou da cooperativa de qualquer das condições ou obrigações relativas aos apoios financeiros
concedidos implica a cessação da atribuição dos apoios, a revogação destes e a restituição do montante
correspondente aos apoios recebidos.
2 - Se o incumprimento for parcial, há lugar à restituição proporcional dos apoios recebidos.
3 - A restituição deve ser efetuada no prazo de 60 dias contínuos, contados a partir da notificação da CASES
ao promotor, após o decurso do qual, sem que a restituição se mostre efetuada, são devidos juros de mora
à taxa legal.
4 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, compete à CASES apreciar e decidir a cessação dos
apoios, a revogação destes e a restituição dos mesmos.
5 - Nos casos não previstos nos números anteriores aplica-se o disposto no artigo 22.º do Decreto-Lei n.º
13/2015, de 26 de janeiro.
Artigo 26.º
Acumulação de apoios
1 – Os apoios financeiros previstos e concedidos no âmbito do COOPJOVEM não são cumuláveis com
quaisquer outros que revistam a mesma natureza e finalidade, sem prejuízo do disposto no presente
diploma.
2 – Os apoios técnicos previstos no Artigo 6.º não são cumuláveis com quaisquer outros que revistam a
mesma natureza e finalidade, designadamente com os apoios previstos na Portaria n.º 157/2015, de 28 de
maio.
Artigo 27.º
Avaliação
O programa será objeto de avaliação em sede da Comissão Permanente da Concertação Social, no prazo
de 18 meses a contar da sua entrada em vigor.
Artigo 28.º
Indicadores de resultado a alcançar
16
Para efeitos de avaliação da boa execução do programa COOPJOVEM, serão avaliados os resultados dos
seguintes indicadores:
- Desempregados que chegam ao fim da intervenção apoiada pela IEJ;
- Desempregados que recebem uma oferta de emprego, educação contínua ou oportunidades de
aprendizagem ou estágio, uma vez terminada a participação;
- Desempregados que prosseguem estudos ou ações de formação, que adquirem qualificações ou
que têm emprego, incluindo uma atividade por conta própria, uma vez terminada a participação;
- Desempregados de longa duração que chegam ao fim da intervenção apoiada pela IEJ;
- Desempregados de longa duração que recebem uma oferta de emprego, educação contínua ou
oportunidades de aprendizagem ou estágio, uma vez terminada a participação;
- Desempregados de longa duração que prosseguem estudos ou ações de formação, que adquirem
qualificações ou que têm emprego, incluindo uma atividade por conta própria, uma vez terminada a
participação;
- Inativos que não estudam nem seguem uma formação, que chegam ao fim da intervenção apoiada
pela IEJ;
- Inativos que não estudam nem seguem uma formação que recebem uma oferta de emprego,
educação contínua ou oportunidades de aprendizagem ou estágio, uma vez terminada a participação;
- Inativos que não estudam nem seguem uma formação, que prosseguem estudos/ações de
formação, que adquirem qualificações ou que têm emprego, incluindo uma atividade por conta própria,
uma vez terminada a participação;
- Participantes em ações de educação contínua, programas de formação conducentes a uma
qualificação, aprendizagens ou estágios, 6 meses depois de terminada a sua participação;
- Participantes com emprego, 6 meses depois de terminada a sua participação;
- Participantes que trabalham por conta própria, 6 meses depois de terminada a sua participação.
Artigo 29.º
Disposições finais
1 - Cabe aos promotores acautelar o eventual registo de propriedade ou outros relativos à informação
apresentada, não se responsabilizando a CASES por qualquer facto suscetível de as colocar em causa.
2 – A CASES garante a confidencialidade de todo o processo.
3 - As dúvidas que se suscitarem na aplicação deste regulamento, eventuais reclamações emergentes ou
outras situações não contempladas no presente documento, não relacionadas com o acesso ao crédito
MICROINVEST, serão esclarecidas e resolvidas definitivamente pela CASES.
17
4 – A CASES reserva-se o direito de, a qualquer momento, modificar qualquer cláusula deste regulamento,
por motivos de força maior, dando conhecimento dessas modificações aos promotores da forma que julgar
conveniente.
5 – A apresentação de candidatura ao COOPJOVEM implica a aceitação deste regulamento.
Artigo 30.º
Entrada em Vigor
1 – O presente documento entra em vigor no dia seguinte ao da publicitação da Portaria que regulamenta
o programa COOPJOVEM, aplicando-se a partir desta data.
18
Download

Regulamento do COOPJOVEM