Determinante de uma matriz Seja A uma matriz quadrada de ordem 2 A= a11 a12 a a . Definimos det(A) = a11 a22 - a12 a21 21 22 Ex.: Seja A a matriz A= 1 2 1 3 Então, det(A) = 1x3 – 1x2 = 3 – 2 = 1 Determinante de uma matriz 3 x 3 – Regra de Sarrus (Pierre Frédéric Sarrus) Seja A uma matriz quadrada de ordem 3 a11 a12 a13 A = a21 a22 a23 . a31 a32 a33 Definimos det(A) = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 – a13 a22 a31 – a11 a23 a32 – a12 a21 a33 Regra de Sarrus a11 a12 a13 a11 a12 a a a a a 21 22 23 21 22 a31 a32 a33 a31 a32 a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 a11 a12 a13 a11 a12 a a a a a 21 22 23 21 22 a31 a32 a33 a31 a32 – a13 a22 a31 – a11 a23 a32 – a12 a21 a33 Ex.: Seja A a matriz 1 2 3 A = 4 5 6 7 8 9 1 2 3 1 2 4 5 6 4 5 7 8 9 7 8 Então, det(A) = 1x5x9 + 2x6x7 + 3x4x8 – 3x5x7 – 1x6x8 – 2x4x9 = = 45 + 84 + 96 – 105 – 48 – 72 = 0 Permutações de dois inteiros Existem 2 = 2! permutações distintas do conjunto {1, 2} {1, 2} {2, 1} O número de inversões na permutação {1, 2} é igual a 0 O número de inversões na permutação {2, 1} é igual a 1 Uma permutação é chamada par se o número total de inversões é um inteiro par. Uma permutação é chamada ímpar se o número total de inversões é um inteiro ímpar. {1, 2} é uma permutação par {2, 1} é uma permutação ímpar Permutações de três inteiros Existem 6 = 3! permutações distintas do conjunto {1, 2, 3} {1, 2, 3} {1, 3, 2} {2, 1, 3} {2, 3, 1} {3, 1, 2} {3, 2, 1} O número de inversões na permutação {1, 2, 3} é igual a 0 O número de inversões na permutação {1, 3, 2} é igual a 1 O número de inversões na permutação {2, 1, 3} é igual a 1 + 0 = 1 O número de inversões na permutação {2, 3, 1} é igual a 1 + 1 = 2 O número de inversões na permutação {3, 1, 2} é igual a 2 + 0 = 2 O número de inversões na permutação {3, 2, 1} é igual a 2 + 1 = 3 {1, 2, 3} é uma permutação par {1, 3, 2} é uma permutação ímpar {2, 1, 3} é uma permutação ímpar {2, 3, 1} é uma permutação par {3, 1, 2} é uma permutação par {3, 2, 1} é uma permutação ímpar Seja A uma matriz quadrada de ordem 2 A= a11 a12 a a . Definimos det(A) = a11 a22 - a12 a21 21 22 Observe que as ordens das linhas nos elementos da definição de det(A) permanecem fixas e igual a {1, 2}, enquanto que as ordens das colunas variam em cada parcela, correspondendo a uma permutação de {1, 2}. O sinal de cada parcela é dado pela classificação da permutação corresponde (par ou ímpar). Seja A uma matriz quadrada de ordem 3 a11 a12 a13 A = a21 a22 a23 . a31 a32 a33 Definimos det(A) = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 – a13 a22 a31 – a11 a23 a32 – a12 a21 a33 O mesmo acontece com det(A), as ordens das linhas nos elementos da definição de det(A) permanecem fixas e igual a {1, 2, 3}, enquanto que as ordens das colunas variam em cada parcela, correspondendo a uma permutação de {1, 2, 3}. O sinal de cada parcela é dado pela classificação da permutação corresponde (par ou ímpar). Estas definições podem ser aplicadas para matrizes de ordem n x n, onde n é um inteiro maior ou igual a 2. Calculando determinante através de redução por linhas Teorema: Seja A uma matriz quadrada. (a) (b) Se A tem uma linha ou uma coluna de zeros, então det(A) = 0 det(A) = det(AT) Teorema: Se A é uma matriz quadrada triangular n x n, então det(A) = a11 a22 a33 ... ann Teorema: Seja A uma matriz n x n. (a) (b) (c) Se B é a matriz que resulta quando uma única linha ou uma única coluna de A é multiplicada por um escalar k, então det(B) = k det(A) Se B é a matriz que resulta quando duas linhas ou duas colunas de A são permutadas, então det(B) = – det(A) Se B é a matriz que resulta quando um múltiplo de uma linha de A é somado a outra linha, então det(B) = det(A) (d) Se B é a matriz que resulta quando um múltiplo de uma coluna de A é somado a outra coluna, então det(B) = det(A) Teorema: Se A é uma matriz quadrada n x n com duas linhas ou duas colunas proporcionais, então det(A) = 0. Notação: Seja A a matriz A= 1 2 1 3 , então det(A) = 1 2 1 3 1 0 0 Ex.: 0 3 0 = 3; 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 3 0= − 0 3 0= −3 1 0 0 1 0 7 0 0 1 1 0 0 0 3 0= 0 3 0= 3 0 0 1 Ex.: as colunas 1 e 3 foram permutadas; 7 vezes a última linha foi somada a primeira 0 0 1 1 4 = 0; 2 8 1 −2 7 − 4 8 5 = 0. 2 −4 3 Calculando determinante através de redução por linhas 0 1 5 Ex.: Calcule det(A), onde A = 3 − 6 9 2 6 1 0 det(A) = 1 −2 –3 0 0 1 5 3 −6 9 3 −6 9 = 0 2 6 1 2 1 −2 3 1 5 =–3 0 6 1 2 1 −2 3 1 5 =–3 0 1 5 = 6 1 0 10 - 5 3 1 5 = – 3 x 1 x 1 x (– 55) = 165 0 − 55 Propriedades básicas dos determinantes: (a) Se A é uma matriz n x n e k um escalar, então det(kA) = kn det(A) (b) Se A e B são matrizes quadradas n x n, então det(AB) = det(A)det(B) (c) Uma matriz quadrada A é invertível se, e somente se, det(A) ≠ 0 (d) Se A é invertível, então det( A− 1 ) = 1 det( A) Sistemas lineares da forma AX = λX AX = λX <=> (A – λI)X = 0 Os valores de λ para os quais o sistema tem uma solução não trivial (X = 0) são chamados de autovalores. Se λ é um autovalor de A,então cada solução não trivial de (A – λI)X = 0 é chamada um autovetor de A associado ao autovalor λ. Ex.: Considere o sistema x + 3y = λ x 4x + 2 y = λ y <=> 1 3 x λ x 4 2 y = λ y <=> 1 3 x λ 0 x 4 2 y = 0 λ y <=> 1 3 x 1 0 x = λ 4 2 y 0 1 y <=> 1 3 x 1 0 x 0 4 2 y − λ 0 1 y = 0 <=> 1 3 1 0 x 0 − λ 0 1 y = 0 4 2 3 x 0 1 − λ 4 2 − λ y = 0 onde A – λI = <=> (A – λI)X = 0 <=> 3 1 − λ 4 2− λ A equação característica de A é det(A – λI) = 1− λ 4 3 2− λ λ 2 − 3λ − 10 = 0 =0 <=> os autovalores de A são Por definição X = x y ou (λ + 2)(λ − 5) = 0 de modo que λ = −2 e λ = 5 é um autovetor de A se, e somente se, X é uma solução não trivial de (A – λI)X = 0 λ = −2 λ = 5 => 3 4 3 x 0 = 4 y 0 => − 4 4 3 x 0 = − 3 y 0 => => X= t − t X= t 4 − t 3 Expansão em co-fatores; Regra de Cramer Se A é uma matriz quadrada, então o determinante menor do elemento aij, denotado por Mij, é definido pela pelo determinante da submatriz que sobra quando a i-ésima linha e a j-ésima coluna de A. O número (-1)i+j Mij, denotado por Cij, é chamado de co-fator de aij. Ex.: Encontrando determinantes menores e co-fatores 3 Seja A = 2 1 Então, 5 M 11 = 4 1 − 4 5 6 4 8 6 1+ 1 5 = 40 − 24 = 16 C = ( − 1 ) , 11 4 8 6 = ( − 1) 216 = 16 8 3 − 4 M 32 = = 18 + 8 = 26 , 2 6 3 − 4 C32 = ( − 1) 3+ 2 = ( − 1) 5 26 = − 26 6 2 Calculando um determinante segundo os seus co-fatores: Seja A = (aij) uma matriz n x n. Então det( A) = a11C11 + a12C12 + ... + a1nC1n ou det( A) = a11C11 + a21C 21 + ... + an1C n1 3 Ex.: Seja A = − 2 5 0 −4 3 . Então 4 − 2 1 3 det( A) = − 2 5 3 − 2 3 −4 −2 = 3 − 1 + 0 5 4 − 2 5 − 2 1 0 −4 3 = 4 −2 − 4 4 = 3(− 4) − 1(− 11) + 0(12) = − 12 + 11 = − 1 Ex.: Calcule det(A) onde A = 3 1 5 2 −2 −1 2 3 4 7 1 5 6 1 5 3 Operando com linhas e expandindo em co-fatores, nós obtemos: 3 1 2 5 2 4 −2 −1 1 3 7 5 = − −1 1 0 0 3 9 6 1 = 5 0 1 0 −1 1 2 −1 0 3 3 1 = − 3 3 0 1 0 8 −1 1 3 0 1 3 8 3 = 0 3 3 3 3 = − (− 1) = − 18 9 3 3 Matriz adjunta Se A é uma matriz n x n então a matriz adj(A) = (Cij)T é chamada de matriz adjunta de A. 1 2 1 3 . Então C11 = 3, C12 = − 1, 3 − 1 3 − 2 logo adj(A) =transposta( )= − 1 1 − 2 1 Ex.: Seja A = C21 = − 2, C22 = 1 , 3 2 − 1 6 3 . Então Ex.: Seja A = 1 2 − 4 0 C11 = ( − 1)1+ 1 6 3 = 12 −4 0 C13 = ( − 1)1+ 3 1 6 2 −1 = − 16 C 21 = ( − 1) 2 + 1 = 4 2 −4 −4 0 C12 = ( − 1)1+ 2 C 22 = ( − 1) 2 + 2 3 −1 = 2 2 0 C 23 = (− 1) 2 + 3 3+ 1 2 −1 = 12 6 3 3+ 2 C31 = ( − 1) C32 = ( − 1) 1 3 = 6 2 0 3 2 = 16 2 −4 3 −1 = − 10 1 3 C33 = (− 1) 3+ 3 3 1 2 = 16 6 C11 = 12, C12 = 6, C13 = − 16, C 21 = 4, C 22 = 2, C 23 = 16, C31 = 12, C32 = − 10, C33 = 16 12 6 − 16 12 2 16 )= 6 logo adj(A) =transposta( 4 12 − 10 16 − 16 , 12 2 − 10 16 16 4 Inversa de uma matriz usando a adjunta Se A é uma matriz invertível, então Ex.: Seja A = A-1 = A− 1 = 1 2 1 3 , Então adj(A) = 1 adj ( A) det( A) 3 − 2 − 1 1 , 3 − 2 1 3 − 2 = − 1 1 1 − 1 1 3 2 − 1 6 3 , Então Ex.: Seja A = 1 2 − 4 0 C11 = 12, C12 = 6, C13 = − 16, C 21 = 4, C 22 = 2, C 23 = 16, C31 = 12, C32 = − 10, C33 = 16 12 6 logo adj(A) = − 16 12 2 − 10 16 16 4 logo 3 2 −1 6 3 1 det( A) = 1 6 3 = 3 −2 −4 0 2 2 −4 0 3 1 6 + ( − 1) = 0 2 −4 = 3 × 12 − 2 × (− 6) + ( − 1) × (− 16) = 36 + 12 + 16 = 64 1 1 A = adj ( A) = 6 2 − 10 64 det( A) − 16 16 16 12 −1 4 12 Regra de Cramer Ex.: Considere o sistema x+ y = 5 x− y = 1 A= 1 1 1 - 1 x= det( A1 ) − 6 = = 3 det( A) − 2 A1 = Ex.: Considere o sistema 1 1 1 A= 1 1 - 1 x= 1 - 1 A1 = 1 det( A1 ) det( A) 5 1 1 -1 A2 = y= 1 1 5 1 det( A2 ) − 4 = = 2 det( A) − 2 x+ y+ z = 9 x+ y− z = 1 x− y+ z = 5 1 9 1 1 1 -1 A2 = 5 - 1 1 y= det( A2 ) det( A) 1 1 1 9 1 5 1 - 1 1 1 A3 = 1 1 z= det( A3 ) det( A) 1 1 -1 9 1 5