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Instituto a vez do mestre
Gestão estratégica de negociação e venda.
Pós-graduação
MARKETING ESPORTIVO – TRANSFORMANDO ATLETAS EM MARCAS
RENTÁVEIS
Felipe Rodrigues Ferreira
Rio de janeiro
2011
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Monografia apresentada ao Instituto A Vez do mestre do Rio de Janeiro, com requisito a obtenção do grau
de pós-graduado em Gestão estratégica de negociação e venda sob a orientação do professor Vieira.
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Sumário
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 6
CAPÍTULO 1 - DEFINIÇÕES DE MARKETING ................................................................... 7
CAPÍTULO 2 - A EVOLUÇÃO DO MARKETING ............................................................ 8
CAPÍTULO 3 - O QUE É MARKETING ESPORTIVO? ............................................... 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 34
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INTRODUÇÃO
No atual cenário do esporte mundial, grandes empresas e grandes clubes têm buscado
incessantemente parcerias para atingir seus objetivos dentro e fora de campo, realizando
investimentos com a contratação de atletas pagando altos salários, investindo em
infraestrutura, categorias de base e outros. Para realizar tais investimentos, grandes
quantidades de dinheiro são gastas, principalmente para tornar esses atletas em futuras
máquinas de dinheiro.
Uma das principais fontes geradoras de renda, além dos associados dos clubes, é a
venda de camisas e utensílios esportivos, estes estão ligados diretamente à marca dos
jogadores e é diante de tal fato que este trabalho visa realizar um estudo sobre quais
estratégias e ferramentas de Marketing os clubes utilizam.
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CAPÍTULO 1 - DEFINIÇÕES DE MARKETING
Neste capítulo é apresentada a revisão da literatura, para o embasamento teórico da
pesquisa.
Segundo Kotler e Armstrong (2000), atualmente não podemos compreender o
marketing apenas no significado de fazer uma venda, mas sim em um novo sentido de
satisfazer es carências dos clientes. Com a identificação dessas necessidades e com o
desenvolvimento de produtos que as abrangem, o produto será vendido facilmente. Lãs Casas
(1997) afirma que no momento em que a empresa satisfaz tais necessidades, ela já esta
lucrando, pois clientes satisfeitos retornam ou indicam para outras pessoas o produto,
realizando uma propaganda gratuita.
Não obstante o marketing pode estar de acordo com Perreault e McCarthy (2002) um
processo que desempenha um papel fundamental no fornecimento de informações para a
produção, resultando na produção de novos bens e serviços que serão encaminhados aos
consumidores de modo a preencher as expectativas e necessidades dos consumidores, criando
e entregando a eles um novo padrão de vida.
Consoante Kotler e Keller (2006), para que o consumidor consiga satisfazer suas
necessidades com um produto, ele pode produzir o produto ou trocar o produto.
A troca é um dos conceitos centrais do marketing e envolve a obtenção do produto
oferecendo algo em troca. Para que possa existir, cinco condições necessárias:
a) Que existam pelo menos duas partes;
b) Que todas as partes tenham algo que possa ter valor para as outras partes;
c) Que todas as partes tenham capacidade de comunicação ou de entrega;
d) Que todas as partes estejam livres para aceitar ou recusar a oferta de troca; e
e) Que todas as partes acreditem ser adequado participar da negociação.
Kotler e Armstrong (2000) definiram marketing como um processo social e gerencial no quais
indivíduos ou grupos de pessoas conquista o que necessita e deseja, se relacionando um com
os outros naturalmente.
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Para que as necessidades dos clientes sejam supridas as empresas, conforme Las casas
(1997) devem ter o consumidor como ponto de parteida para qualquer negócio e essa postura
tem que ser incorporada em todos os escalões da empresa, dos mais altos cargos até os mais
simples. No momento em que as empresas tiverem o seu cliente como seu foco principal
conseguirá proporcionar a satisfação desejada ao cliente de uma forma eficiente e eficaz.
CAPÍTULO 2 - A EVOLUÇÃO DO MARKETING
Para Kotler “o marketing foi introduzido nas empresas não na forma de conceito de
marketing, mas na forma de conceito de propaganda e promoção”. Devido ao aumento da
concorrência a propaganda e promoção de vendas tornaram-se os meios privilegiados pelos
quais as organizações fornecem informações sobre elas próprias, sobre os seus serviços, as
suas estruturas de preços e os seus canais de distribuição para os diversos clientes reais ou
potencias. Assim sendo, e com o intuito de aliciar os atuais clientes e de captar novos clientes,
um grande número de empresas passaram a investir fortemente nesta área, oferecendo brindes
ou prêmios, os concorrentes foram forçados a apressarem-se em contratar agências de
publicidade e especialistas em promoção de vendas, atualmente, o investimento em
publicidade e promoção continua a ser grande, denotando-se uma considerável evolução
qualitativa.
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Assiste-se à criação de uma atmosfera agradável e acolhedora, onde os funcionários
sorriem e o interior e exterior das lojas foi redesenhado na tentativa de despertar a atenção e
proporcionar conforto e algum valor acrescentado ao cliente. Como depressa todas as
empresas aderiram a esta nova filosofia de ação de marketing, rapidamente este novo atrativo
deixou de ser um fator crítico de sucesso. A divisão do mercado em grupos de clientes com
caracteríscas e necessidades relativamente homogêneas e a criação de novos produtos e
serviços destinados a cada segmento-alvo é uma nova ferramenta competitiva encontrada
pelas empresas.
As estratégias de marketing pressupõem uma eventual segmentação de mercado, pelo
que esta tem assumido o papel de pedra angular não apenas no âmbito restrito do marketing,
mas da própria gestão estratégica em geral.
As mudanças demográficas e psicológicas vão requerer novos produtos e serviços para
satisfazer novas definições de conveniência. De fato, a possibilidade de convencer,
implementar e gerir novos segmentos de mercado serão uma arma fulcral e bastante
competitiva. A sua exploração bem sucedida possibilitará às empresas grandes ganhos no
mercado.
Assim sendo, segundo Kotler, o desenvolvimento de novos produtos é uma das
atividades mais importantes para as empresas, uma vez que os fatores que permite o
crescimento é “a capacidade de inovar continuamente novos produtos”, pois devido á
concorrência e à facilidade que os serviços tem de ser copiados, o ciclo de vida destes é cada
vez mais curto. Contudo, as empresas devem tentar escolher segmentos que sejam
simultaneamente atrativos e para os quais os produtos e serviços que oferecem satisfaçam o
segmento-alvo, marcando igualmente a diferença para melhor em relação à concorrência.
Kotler diz que o posicionamento permite distinguir uma empresa entre várias que
estão no mercado e contribui para ajudar o cliente a fazer a diferenciação.
No marketing mais moderno, as empresas começam a sentir a necessidade de
desenvolver processos de adequação viável entre os objetivos, experiências e recursos e as
suas oportunidades num mercado em constante mudança. Assim, torna-se essencial o
planejamento de todos os recursos de uma organização para alcançar objetivos quantificados
num determinado período de tempo.
As empresas terão que fazer uma análise das capacidades financeiras, humanas e
tecnológicas de forma a avaliarem a boa concretização dos planos de marketing. Devem fazer
com regularidade uma revisão critica das suas metas globais e da eficácia de marketing, pois é
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uma área em que a absolência de objetivos, políticas, estratégias e programas representa uma
possibilidade constante.
Para Kotler, esta fase revela-se quando marketing já se ocupa da escolha e análise de
dados importantes, tendo em consideração a escolha de um determinado posicionamento
estratégico, nomeadamente a nível de um produto ou serviço.
CAPÍTULO 3 - O QUE É MARKETING ESPORTIVO?
De acordo com Sutton e outros (2008), a expressão marketing esportivo foi criado pela
Advertising Age em 1978 com o objetivo de descrever as atividades dos profissionais de
marketing de diferentes produtos que estavam utilizando cada vez mais o esporte como
veículo de informação.
O marketing esportivo consiste no marketing de produtos, eventos e serviços esportivos, que
satisfazem as carências e os desejos dos consumidores esportivos através de processos de
troca. Tendo como seus dois principais componentes o marketing de produtos e serviços
esportivos para consumidores esportivos e o marketing de outros produtos e serviços por meio
da utilização das promoções esportivas, tendo como exemplo do primeiro caso os clubes de
futebol que negociam seus produtos para seus clientes e no segundo caso empresas de bebidas
alcoólicas que vinculam seu produto com o esporte, atraindo assim os consumidores desse
mercado.
Os profissionais de marketing atualmente necessitam de um sistema racional e coerente que
possa combinar os consumidores com os produtos esportivos.
Todo negócio esportivo deve empregar o marketing esportivo como uma função empresarial.
É por meio do marketing esportivo que se identificam os produtos e os desejos dos
consumidores e que se levam esses produtos a eles. O sucesso da empresa esportiva se mede
pela realização de seus objetivos propostos.
Conforme Arena Sports (2009), o marketing esportivo é uma ferramenta de comunicação que
está diretamente ligada á emoção e a paixão das pessoas.
Esse é o grande diferencial em relação às demais ferramentas, tendo como principal vantagem
o fato de conseguir impactar um consumidor mais relaxado, durante um programa,
envolvendo a adrenalina, a emoção e a vibração das conquistas esportivas.
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CAPÍTULO 4 - O CONCEITO DOS PROFISSIONAIS DE MARKETING
ESPORTIVO
Segundo Pitts, Brenda G (2002), É importante que os profissionais de administração
esportiva e marketing esportivo entendam o conceito de esporte conforme empregado na área
de administração esportiva. Caso contrário, esses profissionais não terão uma visão realista
dessa indústria, o que pode comprometer o sucesso do trabalho de administração esportiva ou
do profissional de marketing esportivo.
Segundo Parks e Zanger (1990), o termo esporte "implica um conjunto atividades
distintas como golfe, futebol, hóquei, vôlei, softball e ginástica itens de uma série que podem
ser contados" É assim que a maioria das pessoas define os esportes - atividades esportivas.
Essa definição típica reflete basicamente duas constatações: primeiramente, a exposição aos
esportes nas escolas: faculdades e, em segundo lugar, a exposição diária aos esportes através
da mídia, ou seja, o que uma pessoa normalmente vê e ouve pela cobertura televisiva eventos
esportivos, pelo caderno de esportes do jornal e pelas notícias esportivas veiculadas nos
telejornais são as atividades esportivas no instante em que acontece um relato do resultado.
Conclui-se, a administração de esportes implica tão somente a administração de atividades
esportivas.
CAPÍTULO 5 - A INDÚSTRIA DO ESPORTE
5.1 - O QUE É INDÚSTRIA
Indústria é um mercado que vende a consumidores produtos semelhantes ou
estreitamente relacionados (Porter, 1985). Algumas indústrias produzem um só produto, mas
comumente, uma indústria compreende uma variedade de produtos, os quais vendem a muitos
consumidores existentes ou potenciais que podem se diferenciar quanto a necessidades,
vontades, desejos ou exigência. Por exemplo, a indústria do turismo é composta por agências
de viagem, companhias aéreas, fabricantes de aeronaves, proprietários de hotéis, locadores de
automóveis, restaurantes, fábrica e revenda de malas além de negócios como parques de
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diversão e fabricantes de suvenires. O exemplo mostra que tais produtos podem ser
semelhantes e estreitamente relacionados ou nada parecidos.
5.2 O QUE SÃO ESPORTE E ADMINISTRAÇÃO ESPORTIVA?
É importante que os profissionais de administração esportiva e marketing esportivo
entendam o conceito de esporte conforme empregado na área de administração esportiva.
O termo esporte "implica um conjunto atividades distintas como golfe, futebol, hóquei,
vôlei, softball e ginástica - itens de uma série que podem ser contados" (Parks e Zanger,
1990), São assim que a maioria das pessoas define os esportes - atividades esportivas. Essa
definição típica reflete basicamente duas constatações: primeiramente, a exposição aos
esportes nas escolas e faculdades e, em segundo lugar, a exposição diária aos esportes através
da mídia. . Conclui-se, a administração de esportes implica tão somente a administração de
atividades esportivas.
Já esporte é um substantivo e tem conceito mais abrangente. Por isso a Sociedade
Norte-Americana para a Administração Esportiva (NASSM), composta por acadêmicos e
professores universitários, escolheram a palavra esporte cor aquela que identifica e define
mais corretamente o campo de estudo Administração Esportiva (Parks & Zanger, 1990).
Sendo assim, a expressão administração esportiva implica um conceito muito mais
amplo. São todas as pessoas, atividades, negócios e organizações envolvidas em produzir,
auxiliar, promover ou organizar produtos esportivos.
5.3 O QUE É A INDÚSTRIA DO ESPORTE?
A pesquisa de Pitts,(1994) e um estudo empreendido por The Sporting News e pelo
Wharton Econometric Forecasting Association Group (Comte & Stogel, 1990) mostram que a
indústria do esporte inclui uma ampla variedade de produtos e compradores orientados ao
esporte. Os produtos ofertados abrangem atividades esportivas, de fitness, recreativas ou de
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lazer e seus bens e serviços relacionados. Os compradores são empresas e consumidores de
todas as populações.
Com base na pesquisa e nas definições de esporte e indústria já apresentadas, chega-se
a uma definição de indústria do esporte.
Indústria do esporte é o mercado no qual os produtos oferecidos aos compradores
relacionam-se a esporte, fitness, recreação ou lazer e podem incluir atividades, bens serviços,
pessoas, lugares ou idéias.
Exemplo dos tipos de produtos oferecidos pela indústria do esporte:
- esportes oferecidos como produto de participação, como a participação numa liga de
basquete recreativo para mulheres.
- esportes oferecidos como produto para espectadores (entretenimento), tais como um
jogo de beisebol, show de gladiadores, vale-tudo.
- equipamentos e acessórios necessários ou desejados na prática de atividades
esportivas e de fitness, corno uniformes de softball, joelheiras e demais acessórios para hóquei
no gelo, equipamento de musculação para mulheres, patins de rodas e capacetes para
ciclismo.
- brindes promocionais usados para promover esportes, eventos esportivos ou
atividades de fitness, corno bonés e camisetas com símbolos de clubes, camisetas ou toalhas
de academias, almofadas para arquibancadas com logomarca.
- instalações necessárias ou desejadas para se praticar um esporte, como um novo
estádio, ou reforma de quadras de tênis.
- serviços, como encordoamento de raquetes de tênis, lavanderia, ou limpeza de tacos
de golfe.
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- atividades recreativas, como ciclismo radical, montanhismo, camping, equitação,
remo, esqui cross-country (ou nórdico), vela e alpinismo.
- administração e marketing completos para uma grande maratona oferecida por
empresa privada especializada em administração e marketing de maratonas e competições
semelhantes
- oferta de um indivíduo para tratar dos assuntos financeiros, legais, contratuais e
promocionais de um atleta profissional.
- revistas sobre esportes específicos e outras atividades oferecidas por editoras.
5.4 O TAMANHO DA INDÚSTRIA DO ESPORTE
Em 1990, o relatório de um estudo da indústria do esporte revelou que o Produto
Interno Bruto dos Esportes - PIBE (a soma de produtos e serviços gerados pela indústria do
esporte) totalizou 63,1 bilhões de dólares em 1988 (Comte & Stogel, 1990). Um estudo num
período de três anos, de 1986 a 1988, constatou que, nesse período, a indústria do esporte
cresceu 6,8% ao ano em média. Trata-se de um percentual notável quando se compara a
indústria do esporte com as demais, que crescem normalmente de 1 a 3% ao ano em média.
No estudo de 1987, a indústria do esporte ocupava o 23º lugar entre as 50 maiores
indústrias norte-americanas por produto interno bruto (Sandomir, 1988).
Em 1988, a indústria do esporte subiu uma posição entre as 50 maiores, passando a ser
a 22ª.
Pode-se determinar o tamanho e em especial a profundidade e a amplidão da indústria
do esporte pela análise dos fatores que um dia afetaram o crescimento e o desenvolvimento da
indústria e pela análise de sua situação atual.
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5.5 - FATORES NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA
DO ESPORTE.
A indústria do esporte é muito grande e muito diversificada. Para entender isso é
importante analisar alguns fatores do passado, do presente e do futuro que influenciam o
crescimento e desenvolvimento dessa indústria (Pitts, 1993). O profissional de marketing
esportivo deve avaliar constantemente o que afeta a indústria, porque tal influência pode ser
algo que cause impacto em um produto ou negócio, levando ao sucesso ou ao desastre.
Analisando e compreendendo como os fatores afetam o produto ou negócio, o profissional de
marketing esportivo pode elaborar decisões e estratégias que levarão ao sucesso.
5.5.1. Aumento no número de novas e diferentes atividades esportivas, de fitness e
recreativas.
Desde meados da década de 1970, os Estados Unidos experimentam um crescimento
consistente e rápido na quantidade e nos tipos de atividades esportivas, de fitness e recreativas
oferecidas ao comprador. Considere os seguintes exemplos. No final da década de 1970,
apresentou-se uma nova maneira de entrar em forma. Chamava-se ginástica aeróbica exercícios com música. Hoje, deve haver centenas de tipos diferentes de ginástica aeróbica,
oferecidos a uma ampla variedade de consumidores; por exemplo, aeróbica de baixo impacto,
aeróbica de alto impacto, jazz aeróbica, aeróbica para a terceira idade e ginástica para bebês.
Recentemente, os patins in-line conquistaram o continente. Inventou-se o boogieboarding.
Considere estes novos esportes oferecidos: caiaque na neve, hang gliding, parasailing,
windsurfe, icesurfing, knee boarding, vôlei de praia de 2 e de 3 pessoas, futebol de salão e até
algo chamado bungee-jumping.
Com esse rápido e diversificado crescimento nas invenções de atividades esportivas e
de fitness, vem o aumento da participação de muitas populações de consumidores. Enquanto o
tradicional futebol de campo com 11 atletas de cada lado jogando dois tempos de 45 minutos
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cada talvez não anime muita gente, estas mesmas pessoas podem se interessar em
experimentar um futebol de salão.
Estas novas invenções têm aumentado o número e os tipos de produtos de atividades
esportivas oferecidos ao consumidor e alcançado um maior número e variedade de segmentos
de mercado consumidor. Esse tipo de desenvolvimento de um novo produto é a chave para o
sucesso na estratégia competitiva.
5.5.2 Aumento na oferta desses esportes
Segundo Pitts, Brenda G (2002), Tem havido uma expansão na oferta dos esportes e
outras atividades existentes. Em outras palavras, se alguém quisesse jogar vôlei há algumas
décadas, as poucas opções disponíveis eram filiar-se à ACM - Associação Cristã de Moços,
ou procurar uma quadra em um parque público ou clube. Hoje, o vôlei é oferecido por centros
multiesportivos, clubes, organizações independentes, em torneios internos e até por bares e
restaurantes.
O futebol era um esporte quase desconhecido nos Estados Unidos há algumas décadas.
Hoje, pode ser encontrado em muitos parques e instalações recreativas, em instalações
particulares, em instalações públicas e nos camping de escolas e faculdades. São oferecidos os
consumidores de todas as idades. Existem ligas para crianças de quatro anos, bem como um
rápido aumento de ligas para os jogadores de 30, 40, 50 anos.
5.5.3 Aumento no número e tipos de revistas esportivas e revistas especializadas
Entre em qualquer livraria ou banca e vá à seção de revistas. Quantas consegue contar
ligadas a esporte, fitness, saúde, lazer ou recreação? Se o esporte existe, logo haverá uma
revista para ele. A variedade inclui remo, vela, patins in-line, caça, pesca, vôo, corrida,
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caminhada, viagem de aventura, camping, montanhismo, mountain biking, ralis, canoagem,
esportes aquáticos, esportes de inverno e uma infinidade de outros.
Elas expõem o consumidor a um esporte. Educam, incentivam e apóiam a participação
no esporte ou a que você se tome um espectador do esporte. Servem como fonte de
informação e como recurso para formação de uma rede. Servem como catálogo de
equipamentos e acessórios esportivos e, portanto, oferecem aos fabricantes uma fonte de
propaganda direta ao público-alvo. Naturalmente, há também o lucro dos editores.
Essa proliferação de informações tem influenciado a popularidade e o crescimento da
participação em atividades orientadas ao esporte, ao fitness e à recreação. Também exerce
efeito sobre as vendas de bens e serviços esportivos.
5.5.4 Aumento do tempo de lazer
Segundo Pitts, Brenda G (2002), Embora este fator flutue quase sempre e, com
certeza, no âmbito individual, há uma constante: quando o tempo de lazer aumenta, o
envolvimento com os esportes também aumenta. Tempo de lazer é a quantidade de tempo em
que uma pessoa não se encontra em trabalho organizado, no emprego. Caracteristicamente,
uma pessoa trabalha em média 40 horas por semana. As outras horas da semana são
empregadas em muitas atividades, incluindo os esportes e outras atividades recreativas.
5.5.5 Aumento da exposição à mídia de massa
Segundo Pitts, Brenda G (2002), O advento da televisão e com certeza a transmissão
de esportes pela televisão exerceram um tremendo impacto no crescimento da indústria do
esporte. Pela televisão, as pessoas expõem-se a uma variedade de esportes e eventos esportivos. A demanda por esporte na televisão abriu caminho tanto para o lucro das redes com a
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propaganda como para o empreendimento esportivo. A exposição influenciou a consciência
do esporte, a popularidade do esporte e a participação no esporte.
Os negócios esportivos usam a televisão como instrumento promocional. O esporte
como atividade e os bens e serviços esportivos usam a televisão. Ao mesmo tempo, a
televisão usa o esporte para atrair espectadores.
Quantas indústrias aproveitam-se do fato: quase todos os jornais do mundo incluem
um caderno só com notícias do esporte. Ler sobre esportes e recreação aumenta a consciência
do esporte e o desejo de praticar esportes e recreação.
5.5.6 A explosão do fitness na década de 70
Os Estados Unidos viveram uma explosão do fitness nos anos 70. Os Baby Boomers,
representantes da florescente geração pós-guerra, começando a amadurecer e se conscientizar
de sua má forma física e saúde comprometida, engajaram-se em atividades ligadas a
condicionamento físico e saúde. Como reação a esse interesse crescente, inúmeros produtos
correlatos chegaram ao mercado. Aumentou o número de centros esportivos e de academias
com múltiplos serviços e proliferaram os produtos a eles relacionados.
A explosão do fitness tem tido um efeito duradouro. Aumentou a consciência da
população em geral quanto a condicionamento físico, bem-estar e saúde acima de tudo. A
preocupação com a boa forma física resultou em um grande número de pessoas adotando
inúmeras atividades ligadas ao fitness e aos esportes.
5.5.7 Aumento no número e tipos de instalações, eventos e participação
O aumento do interesse por atividades esportivas, de fitness e recreativas nas últimas
décadas influenciou a quantidade e os tipos de instalações, eventos e, sobretudo participação
em atividades relacionadas ao esporte, fitness e recreação. Construíram-se mais instalações
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esportivas e de fitness, muito mais acessivas ao consumidor e das mais variadas formas. Por
exemplo, o número de campos de golfe aumentou no final da década de 80 e início da de 90.
O percentual maior ficou com os campos públicos, tornando-se mais barato e acessível a mais
segmentos de consumidores.
Outro fator que influencia a construção de instalações esportivas e a oferta de eventos
é o dinheiro. Entre em contato com o departamento de turismo e eventos de qualquer cidade e
lhe dirão quantos eventos aconteceram lá no ano passado. Vão lhe dar também uma estimativa
do impacto econômico de cada um desses eventos. O impacto econômico inclui o dinheiro
trazido para a cidade por causa do evento - dinheiro gasto pelos participantes do evento com
alojamento, alimentação e transporte. Na última década, muitas cidades estudaram o impacto
econômico dos eventos esportivos e descobriram que havia grande potencial para um impacto
econômico positivo.
Conscientes do dinheiro envolvido, muitas cidades construíram instalações esportivas
e criaram comitês cuja principal responsabilidade é atrair eventos esportivos. Estes podem
incluir tanto pequenos acontecimentos, como uma corrida de dez quilômetros, um torneio de
basquete de trios, uma competição de vôlei de praia ou um rodeio, como um evento grande
como os Jogos Olímpicos.
5.5.8 Aumento e expansão dos bens e serviços relacionados ao esporte para a
variedade de segmentos do mercado
Segundo Pitts, Brenda G (2002), Não faz muito tempo, a maioria dos produtos e
equipamentos esportivos eram projetados e fabricados somente para o interessado branco do
sexo masculino. Hoje, os fabricantes de artigos esportivos estão criando produtos e
equipamentos para uma variedade de consumidores. Além disso, aumenta o número de
empresas, lojas varejistas ou fábricas, cujos proprietários ou gerentes não são homens
brancos. Tais empresas dedicam-se a fornecer equipamentos esportivos especificamente para
outras populações. Uma mulher, por exemplo, pode procurar tênis feitos para pés femininos
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em vez de comprar um calçado feito para homens e adaptá-lo a seus pés. Um menino ou
menina que quer jogar futebol pode comprar chuteiras fabricadas especialmente para crianças.
Ao mesmo tempo, a tecnologia e o design têm influenciado os equipamentos e
acessórios esportivos. As raquetes de tênis encontram-se disponíveis nos mais variados
tamanhos. A maioria dos esportes dispõe de roupas ou equipamentos projetados para melhorar
o desempenho. Considere os macacões que parecem de vinil usado pelos praticantes de
tobogã na neve. O estilo e o material são projetados aerodinamicamente visando à velocidade.
Os artigos esportivos, assim como a atividade esportiva, encontram-se muito mais
disponíveis, mais baratos e mais acessíveis a mais segmentos de consumidores.
Historicamente, só os ricos usufruíam do tênis. Hoje, esse esporte está mais acessível e é
praticado por pessoas de diferentes níveis de renda.
Os serviços em torno das atividades esportivas e de fitness têm-se expandido.
Algumas academias chegam a oferecer serviços de lavanderia, encordoamento de raquetes,
limpeza de tacos de golfe, creche, concessões, restaurantes, bares, câmaras de bronzeamento,
estacionamento e massagem.
A variedade de bens e serviços expande-se para acomodar as muitas populações do
mundo de hoje. A demografia e a psicografia do povo norte-americano alteram-se
constantemente. Certa época, um profissional de marketing podia presumir com segurança
que a maioria da população nos Estados Unidos era caucasiana, cristã e heterossexual, e que
uma família compreendia um homem e uma mulher casados tradicionalmente, com alguns
filhos. No mundo de hoje, casais com cônjuge do sexo oposto com e sem filhos representam
apenas cerca de 55% dos lares norte-americanos (Ball, 1989). Os outros 45% incluem os que
moram sozinhos (24%), famílias chefiadas por mulheres (12%), famílias chefiadas por
homens (3%), casais com cônjuge do sexo oposto vivendo juntos (3%) e casais com cônjuge
do mesmo sexo vivendo juntos (2%) (Ball, 1989). Conhecer e mostrar-se sensível às atuais
estruturas familiares é importante na tomada de decisões relativas a todas as estratégias de
marketing.
Equipamentos esportivos destinados a deficientes são desenvolvidos com mais
freqüência agora. Existem bolas de softball que emitem um som, para indivíduos com
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deficiência visual. Existem cadeiras de rodas projetadas para se deslocar em velocidade. Os
materiais são bem leves e a cadeira é projetada e construída considerando-se a aerodinâmica.
Essa cadeira de rodas é usada em atividades como basquete, corrida e jogos de tênis.
5.5.9 Aumento no número e tipos de atividades esportivas, de fitness e recreativas
em nível profissional.
Quando se inventa um novo esporte, às vezes este pode se tomar uma atividade
profissional. Esporte profissional é aquele em que o participante recebe uma remuneração
para jogar ou faz carreira dentro da atividade. Considere o número e a abrangência das
atividades esportivas e de fitness que são profissionais hoje: corridas de carros, caminhões,
barcos, cavalos e cachorros; lançamento defrisbee; esportes aquáticos, como esqui, knee
boarding, trickskiing, jet ski, surfe, boogie boarding, windsurfe, vela, iatismo e pesca;
esportes de inverno, como esqui downhill e cross-country, trick skiing, ice sailing, dogsledding e ice fishing; boliche; bilhar; hang gliding; competição de aeróbica; e fisiculturismo.
O número de atividades profissionais, ao mesmo tempo em que incrementou o número de
participantes de esportes profissionais, aumentou também o número de oportunidades
disponíveis aos profissionais de administração esportiva e marketing esportivo na produção,
auxílio, promoção ou organização dos eventos. Além disso, fomenta a necessidade de
equipamentos e acessórios esportivos destinados ao esporte e aos participantes profissionais.
Pitts, Brenda G (2002).
5.5.10 A transição das instalações de único propósito para as instalações de
multiuso
No início, as instalações esportivas, de fitness e recreativas eram caracteristicamente
para um único esporte ou um único propósito. Hoje, constroem-se instalações esportivas
capazes de servir a muitos propósitos e de acomodar muitos eventos esportivos, bem como
eventos não esportivos. Considere as atuais academias.
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A maioria ainda conta com sala de musculação, sauna e câmaras de bronzeamento.
Uma inspeção mais atenciosa revelará grandes espaços multiuso para aeróbica e outras
atividades, piscinas interna e externa, salas de vapor, banheiras de hidromassagem, barrestaurante, quadras de vôlei, quadras de raquetebol, quadras de basquete, quadras de tênis,
serviço de massagem, loja especializada e muitos serviços auxiliares, como encordoamento de
raquetes, lavanderia, secadores de cabelo, xampu e até escovas e cremes dentais.
Para o consumidor preocupado com boa forma e saúde de hoje, a instalação
multiesportiva multiuso funciona como um lar longe de casa. Tais instalações encontram-se
mais acessíveis, mais convenientes e mais eficientes, podendo atender aos desejos do
consumidor por algo diferente quando ele se enjoa de um esporte.
Ainda existem instalações para um único esporte, cujo principal objetivo é abrigar
somente uma atividade esportiva. Por exemplo, o Sky Dome, em Toronto, o Estádio Joe
Robbie, em Miami, e o Super Dome, em Nova Orleans. Embora tenham sido construídos
essencialmente para servir a um ou dois esportes, costumam abrigar outros eventos também.
5.5.11 Aumento do esporte para a diversidade das populações
Segundo Pitts, Brenda G (2002), À medida que os esportes são adotados pelas várias
populações existentes nos Estados Unidos e em todo o mundo, o incremento dependia e
depende essencialmente de dois fatores. Primeiramente, cada população quer organismos e
serviços próprios e vem organizando os esportes e administrando negócios esportivos
especificamente para a sua população. Em segundo lugar, à medida que as populações
conquistam direitos iguais, a legislação tem forçado o aumento de oportunidades em
atividades esportivas, de fitness ou recreativas.
Para algumas populações nos Estados Unidos, as oportunidades esportivas
aumentaram quase paralelamente à sua luta por direitos civis. O envolvimento da população
afro-americana em atividades esportivas, de fitness e recreativas aumentou ao mesmo tempo
que progredia sua luta por igualdade de direitos civis.
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Mulheres e moças passaram a integrar mais o corpo esportivo das escolas e faculdades
graças à legislação que coibiu a discriminação racial em instituições de ensino. O número de
mulheres e moças participantes de eventos esportivos e atléticos aumentou significativamente
desde o início da década de 70.
O número de negócios, organizações e eventos esportivos voltados essencialmente
para a população homossexual tem crescido em ritmo muito rápido (Pitts, 1989; 1994). O
evento que representa e reflete o crescimento do esporte na população homossexual são suas
Olimpíadas, os Gay Games. O número de eventos, participantes, patrocinadores e
espectadores nesses jogos realizados a cada quatro anos tem aumentado em ritmo fenomenal.
Os Gay Games já aconteceram quatro vezes desde 1982 e os números aumentaram quase
400% (veja Tabela 1.5). Só para constar, os Gay Games IV, em 1994, contaram com mais de
11 mil participantes, o que faz deles o maior evento esportivo da década de 90.
A sanção de leis como a Public Law 94-142 e outras semelhantes visando a coibir a
discriminação contra portadores de deficiências tem resultado no aumento de oportunidades
para a prática de atividades esportivas e de fitness por parte desses indivíduos. A aprovação
do American with Disabiities Act em 1990 poderá exercer um impacto significativo sobre a
acessibilidade a instalações esportivas
5.5.12 Aumento do patrocínio e de fundos para o esporte por parte da
comunidade empresarial em geral
Segundo Pitts, Brenda G (2002), As empresas encontram-se bastante envolvidas com
o patrocínio atualmente.
Veja um piloto saindo de seu carro de corrida. O que há no uniforme dele? Emblemas
das muitas empresas que forneceram dinheiro à organização da equipe de corrida. Veja o
carro. É quase impossível vê-lo porque está coberto pelas logomarcas dos patrocinadores.
- 24 -
Em geral, a provisão de dinheiro vem com o contrato determinando que o nome ou a
marca da empresa será exibido. As cláusulas do contrato incluem muitas especificações
referentes a onde e como a marca será exibida, o tamanho e a freqüência com que será
exposta.
Por que as empresas patrocinam? Os motivos mais comuns são o desejo da empresa de
que o público veja e se lembre de seu nome e marca; e, em muitos casos, o fato de o
patrocínio ser mais barato do que outras formas de propaganda.
5.5.13 Aumento dos endossos
Nas últimas décadas, aumentou o uso de indivíduos ou empresas ligados ao esporte
que endossam um produto. Pode ou não se tratar de um produto esportivo. O acordo pode
envolver uma taxa, ou bens e/ou serviços a permutar pelo tempo do indivíduo ou empresa. O
uso do endossante chama a atenção para o produto ao capitalizar a popularidade do
endossante. Há diferentes categorias de endossos, dentre as quais se destacam:
Endosso individual: uso de um atleta, técnico, proprietário de clube ou outra pessoa
individual.
• endosso de time: uso de uma equipe inteira
organização inteira: uso de toda uma organização, como a NCAA (Associação Atlética
Universitária Nacional), a NFL (Associação Nacional de Futebol Americano), o IOC (Comitê
Olímpico Internacional), ou o USOC (Comitê Olímpico dos Estados Unidos) para endossar
um produto.
5.5.14 Aumento da educação esportiva
Segundo Pitts, Brenda G (2002), As pessoas querem aprender a praticar esportes,
jogos e outras atividades.
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Alguns querem aprender a arbitrar, comandar e treinar atletas. Alguns querem
aprender a organizar e administrar empreendimentos esportivos. Outros querem aprender a
produzir ou promover eventos esportivos. Estes são alguns exemplos do que as pessoas
querem aprender em relação ao esporte. Quando as pessoas desejam algo, este normalmente
encontra-se em oferta à venda. A educação esportiva é usada também como um meio de
promover e incentivar a participação no esporte e de promover outros produtos esportivos.
Oferecem-se ao consumidor aulas de tênis, aulas de golfe, acampamentos de verão para
crianças com ênfase em quase todos os esportes e semanas de boa forma para adultos. Outros
exemplos incluem cursos para técnicos, como clínicas, seminários e conferências. Existem
encontros e clínicas para formar árbitros. Existe uma vasta quantidade de livros, vídeos e
revistas com lições, sugestões e dicas para se melhorar o desempenho. Recentemente,
aumentou a popularidade dos cursos de administração esportiva para alunos de graduação e
pós-graduação interessados em se especializar nessa área da indústria do esporte. Todos esses
produtos têm afetado positivamente a indústria do esporte.
Paralelamente a isso, e compreensivelmente, aumenta a oferta de produtos esportivos
correlatos. Por exemplo, vê-se todo tipo de equipamento de apoio ao professor visando
melhorar seu desempenho. Para completar, alguém tem que produzir uniformes, bonés, apitos,
bandeiras, meias, calçados, agasalhos e bolsas.
5.5.15 Aumento dos lucros
À medida que o esporte se comercializou, aumentou o custo de se produzir esporte e,
consequentemente, o preço de produtos esportivos e relacionados ao esporte. Os executivos
da indústria do esporte começaram a aplicar mais e melhores técnicas de administração
esportiva e marketing esportivo, de modo que os lucros aumentaram. O aumento nas vendas
de tudo o que se relaciona ao esporte tem incrementado o lucro global da indústria do esporte.
Em alguns casos, os lucros foram empregados no aumento de serviços e bens, ou para
diminuir os cus:os ao consumidor. Pitts, Brenda G (2002).
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5.5.16 Aumento da tecnologia em bens, serviços e treinamento relacionados ao
esporte.
A indústria do esporte beneficiou-se com os avanços tecnológicos. A tecnologia
influenciou os equipamentos, instalações, vestuário e calçados esportivos, bem como o
desempenho, via sofisticados programas de treinamento. Alguns exemplos específicos
incluem programas de computador voltados para nutrição, treinamento, análise de
habilidades, bem como a projetos e materiais usados em equipamentos, uniformes, calçados e
outros acessórios. Pitts, Brenda G (2002).
5.5.17 Destaque do esporte como produto de consumo
As empresas que vendem esportes têm-se saído muito melhor ao fazê-lo em pacotes de
modo a atrair uma grande variedade de consumidores. As academias e clubes esportivos
realçam suas ofertas para atrair e manter consumidores. Conforme já mencionamos, as
academias tomaram-se quase um "lar longe de casa". Oferece-se todo tipo de conveniência e
serviço para chamar a atenção do consumidor e mantê-lo.
Os esportes, como produtos de prática ou entretenimento, são embalados de modo a
atrair muito mais consumidores e dos mais variados. Por exemplo, considere uma pequena
liga de times de beisebol. O consumidor é atraído ao parque com boas acomodações no
estacionamento (para que ele possa lanchar antes e depois do jogo), uma oportunidade de ser
um dos 2.000 espectadores a ganhar um porta-refrigerante térmico e a possibilidade de ganhar
um caminhão novinho em folha no intervalo da sétima rodada (em sorteio dos canhotos dos
ingressos numerados). Além disso, durante uma hora após o jogo, uma banda country local
tocará o coração dos consumidores, que poderão dançar no meio do campo. Que irresistível!
Em outro exemplo, o Kentucky Derby oferece mais de 70 eventos relacionados a sua
corrida de cavalos. A corrida em si dura uns dois minutos, mas os eventos em tomo dela
prolongam-se por cerca de quatro semanas. A principal razão para se oferecer ao consumidor
mais do que apenas o evento esportivo é tomar este o centro de um evento maior.
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Naturalmente, outro motivo é o dinheiro. Muitas pessoas e
empresas
lucram com o
Kentucky Derby. Portanto, todos cooperam para trazer mais consumidores.
5.5.18 Aumento do marketing e da orientação da indústria do esporte para o
marketing
Conforme os executivos do esporte aprendem e então aplicam os fundamentos do
marketing esportivo à indústria do esporte, esta é tratada mais como um negócio e criam-se
produtos esportivos tendo em mente as necessidades do consumidor. Talvez você já tenha
ouvido a expressão "Dê aos consumidores o que querem!". Aplica-se o ensinamento ainda
mais à indústria do esporte. Tome, por exemplo, as mudanças nas regras do basquete visando
especificamente ao entretenimento: enterrar a bola foi legalizado porque os fãs adoravam;
estabeleceram-se intervalos porque os anunciantes da televisão precisam do tempo para seus
comerciais. Por que o futebol não é televisionado nos Estados Unidos de forma mais regular?
Porque não há intervalos que garantam as propagandas. A televisão tem pressionado as
organizações futebolísticas a alterarem as regras visando tomar esse esporte mais “amigável à
TV”. Em outras palavras, nos esportes mudam-se as regras para que eles se tomem mais
negociáveis.
5.5.19 Aumento da competência na administração do esporte
Embora seja ainda um campo de estudo novo, comparada a muitas outras disciplinas, a
Administração Esportiva exercerá influência sobre a indústria do esporte. O número de
programas de estudo em Administração Esportiva em nível de graduação, mestrado e
doutorado continua a crescer em ritmo acelerado. Em 1993, membros da Sociedade NorteAmericana para a Administração Esportiva aprovaram padrões curriculares e, em 1994,
iniciou-se um processo de aprovação (Força-Tarefa Conjunta NASPE-NASSM para Currículo
e Aprovação da Administração Esportiva, 1993). Os alunos que se especializarem em
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Administração Esportiva encontrarão emprego na indústria do esporte. Um dia, haverá nesta
mais funcionários e executivos com especialização em Administração Esportiva do que com
outras formações. À medida que administradores adequadamente formados forem dominando
a indústria do esporte, o efeito sobre esta será positivo.
5.5.20 A globalização e a indústria do esporte
A globalização e a indústria do esporte já estão presentes. Considere as tentativas dos
executivos do futebol americano de expandir, com times na Europa e na Ásia. Quem teria
imaginado que a Copa do Mundo de futebol em 1994 seria disputada nos Estados Unidos?
Considere apenas o tamanho das Olimpíadas modernas: mais de 10 mil atletas de 172 países
competindo em 257 eventos nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Considere produtos
esportivos, como calçados, roupas e equipamentos. Em todo o mundo, vamos encontrar
pessoas que conhecem os produtos da Nike, da Adidas, da Puma e de outras empresas que
colocaram seus artigos nas mãos de povos em toda a parte. Pitts, Brenda G (2002).
CAPÍTULO 6 - AS MARCAS NO ESPORTE
As grandes marcas já disponibilizam parte de suas verbas de marketing e comunicação
em estratégias no esporte. As empresas atrelam um de seus principais ativos no esporte
através de investimentos em eventos, atletas, propriedades esportivas e novos canais de
distribuição de seus produtos, além de poder utilizar o interesse dos consumidores pelo
esporte para a divulgação de promoções e campanhas publicitárias e para poder reposicionar e
rejuvenescer suas marcas e fidelizar seu consumidor objetivo. ]
A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e o Datafolha anualmente
desenvolvem a pesquisa Top of Mind. Os resultados são obtidos em num total de 2,5 milhões
de cupons, disponibilizados em jornais, revistas e agências dos Correios, dos quais foram
sorteados 20 mil para análise, com uma margem de erro de 1%. Analisando os resultados
percebe-se que, entre as marcas mais lembradas pelo consumidor, muitas investem em
estratégias de marketing esportivo. Entre elas estão: Automóvel: Fiat e Volkswagen, Cerveja:
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Skol, Refrigerante: Coca-Cola, Serviço de Telefonia: Telefônica, Aparelho celular, Nokia,
Posto de Gasolina: Shell, Tênis: Nike, Biscoito: São Luiz, Leite: Parmalat, Desodorante:
Rexona, Iogurte: Danone. Além disso, uma pesquisa de Top of Mind mostra como empresas
de diferentes ramos de atividade já investem no esporte e como muitos de seus principais
concorrentes estão perdendo participação de mercado por desconhecimento ou medo de
desenvolver estratégias de marketing e comunicação para atingir o consumidor através do
esporte.
Em alguns mercados, desenvolver estratégias para o consumidor através do esporte já
não é diferencial e sim um fator crítico de sucesso. É o caso do competitivo mercado dos
resorts de luxo, um mercado em franca expansão no Brasil. Resorts como o Transamérica de
Comandatuba, Costa do Sauípe, Iguassu Golf Club& Resort, Hotel do Frade & Golf Club e o
Paradise Resort Golf Village são alguns exemplos de como o interesse do consumidor por
determinado esporte faz com que as empresas reestruturem seus serviços para conquistar
novos clientes. Segundo estudos do setor, o Golf conta com 15 mil praticantes em todo o
Brasil, sendo 60% só no Estado de São Paulo. Cresce a um ritmo entre 10% e 18% ao ano,
além de estar se popularizando em todo o mundo.
No Brasil já conta com um campo público para a prática do esporte. É o Kaiser Golf
Center em São Paulo, onde crianças entre 7 e 13 anos recebem aulas gratuitas. O interesse dos
luxuosos resorts pelo Golf fez com que grandes eventos internacionais viessem para o Brasil,
como a Copa do Rei da Espanha, a ser realizada em novembro.
Um bom exemplo de como uma empresa pode utilizar esportes com alto potencial de
crescimento para vender mais produtos e consolidar sua marca junto aos consumidores é a
atuação da Lacoste na Espanha. A empresa, que tem como consumidor, fundamentalmente
homens com alto poder aquisitivo, identificou que boa parte de seus consumidores utilizam
sua marca na prática de alguns esportes como o Golf, Tênis e Vela. A empresa investe
anualmente entre 5% e 7% de suas vendas totais na Espanha em esporte, cerca de US$ 5,5
milhões. Entre as diferentes ferramentas de marketing esportivo, destacam-se: o patrocínio ao
tenista espanhol Àlex Corretja, integrante da seleção espanhola na Copa Davis e em lojas e
eventos nos 70 melhores campos de golf da Espanha, em academias de tênis e em clubes de
vela. As estratégias da Lacoste na Espanha, os resorts espalhados pelo Brasil e o interesse das
principais empresas de diferentes setores pelo esporte, demonstram como o marketing
esportivo evoluiu nos últimos anos. Antigos livros de Marketing definiam o esporte como um
veículo para as diferentes empresas exporem suas marcas, onde o retorno em mídia
espontânea era o único resultado a ser mensurado. Atualmente as estratégias de marketing
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esportivo englobam além do retorno em mídia, objetivos mais palpáveis, como o incremento
de vendas e o aumento do número de clientes. Entretanto, muitas empresas se esquecem que o
esporte é uma das melhores formas de desenvolver estratégias de marketing de
relacionamento com seus clientes, estratégia indispensável para qualquer empresa que queira
fidelizar seu consumidor.
CAPÍTULO 7 - OS ATLETAS JOVENS MAIS VALIOSOS
Baseado na lista apresentada pela revista espanhola, o Futebol Finance elaborou uma lista
com os 30:
1 – Alexandre Pato Idade: 21 anos Clube: Ac Milan Valor: €40.000.000 /R$95.339.594
2 – Mario Balotelli Idade: 20 anos Clube: Manchester City Valor: €33.000.000/R$78.071,400
3 – Tomas Müller Idade: 21 Clube: Bayern Munique Valor: €28.500.000/R$67.928774
4 – Stevan Jovetic Idade: 20 Clube: Fiorentina Valor: €21.000.000/ R$50.048.366
5 – Eden Hazard Idade: 19 Clube: Lille Valor: €/19.000.000/R$45.278.260
6 – Bojan krkic Idade: 20 Clube: Barcelona Valor: €18.000.000 /R$42.908.044
7 – Marko Marin Idade: 21 Clube: Werder Bremen Valor: €17.000.000/R$40.548317
8 – Neymar Brasil Idade: 18 Clube: Santos Valor: €17.000.000 /R$40.558.648
9 – Gareth Bale Idade: 21 Clube: Tottenham Valor: €16.500.000 /R$39.364.027
10 – Javier Pastore Idade: 21 Clube: Palermo Valor: €15.000.000 /R$35.786.873
11 – Miralem Pianic Idade: 20 Clube: Lyon Valor: €15.000.000 / R$35.786.873
12 – Moussa Sissoko Idade: 21 Clube: Toulouse Valor: €15.000.000 / R$35.786.873
13 – Toni Kroos Idade: 20 Clube: Bayern Munique Valor: € 14.500.000 /R$34.732.053
14 – Simon Kjaer Idade: 21 Clube: Wolfsburg Valor €14.500.000/ R$34.732.053
15 – Theo Walcott Idade: 21 Clube: Arsenal Valor: €14.500.000/ R$34.732.053
16 – Jack Rodwell Idade: 19 Clube: Everton Valor: €14.500.000/ R$34.732.053
17 – David De Gea Idade: 19 Clube: At.Madrid Valor: €14.500.000/ R$34.732.053
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18 – Alan Dzagoev Idade: 19 Clube: CSKA Valor: €14.500.000/ R$34.732.053
19 – Holger Badstuber Idade: 21 Clube: Bayern Munique Valor: €12.000.000/R$28.651.951
20 – Alvaro Dominguez Idade: 21 Clube: At.Madrid Valor: €12.000.000/R$28.651.951
21 – Ander Herrera Idade: 21 Clube: Saragoza Valor: €12.000.000/R$28.651.951
22 – Romelu Lukaku Idade: 17 Clube: Anderlecht Valor: € 12.000.000 /R$28.651.951
23 – Davide Santon Idade: 19 Clube: Internazionale Valor: €12.000.000 /R$28.651.951
24 – Mamadou S akho Idade: 20 Clube: Paris SG Valor: €11.500.000/R$27.463.599
25 – Breno Idade: 21 Clube: Bayern Munique Valor: € 9.500.000/ R$22.68.911
26 – Sergio Canales Idade: 19 Clube: Real Madrid Valor: €9.500.000 / R$22.68.911
27 – Paulo Ganso Idade: 21 Clube: Santos Valor: €9.500.000/ R$22.68.911
28 – Giuliano Idade: 20 Clube: Internacional Valor: €9.500.000/ R$22.68.911
29 – Yann Mvila Idade: 20 Clube: Rennes Valor: €9.500.000/ R$22.68.911
30 – Sotiria Ninis Idade: 20 Clube: Panathinaikos Valor: €9.000.000 /21.490.77
CAPÍTULO 8 - OS 50 JOGADORES MAIS VALIOSOS NO MUNDO
O site português “Futebol Finance” divulgou a lista dos 50 maiores salários do futebol
mundial na temporada 2009/2010:
1. Cristiano Ronaldo (Real Madrid) 1.083.000
2. Zlatan Ibrahimovic (Barcelona) 1,000.000
3. Lionel Messi (Barcelona) 875.000
4. Samuel Eto´o (Inter de Milão) 875.000
5. Kaká (Real Madrid) 833.000
6. Emmanuel Adebayor (Manchester City) 708.000
7. Karim Benzema (Real Madrid) 708.000
8. Carlos Tevez (Manchester City) 666.000
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9. John Terry (Chelsea) 625.000
10. Frank Lampard (Chelsea) 625.000
11. Thierry Henry (Barcelona) 625.000
12. Xavi (Barcelona) 625.000
13. Ronaldinho Gaúcho (Milan) 625.000
14. Steven Gerrard (Liverpool) 625.000
15. Daniel Alves (Barcelona) 583.000
16. Michael Ballack (Chelsea) 541.000
17. Raúl Gonzalez (Real Madrid) 541.000
18. Rio Ferdinand (Manchester United) 541.000
19. Kolo Touré (Manchester City) 541.000
20. Wayne Rooney(Manchester United) 500.000
21. Robinho (Manchester City / Santos) 500.000
22. Iker Casillas (Real Madrid) 500.000
23. Victor Valdéz (Barcelona) 500.000
24. Frederic Kanouté (Sevilla) 500.000
25. Deco (Chelsea) 500.000
26. Didier Drogba (Chelsea) 458.000
27. Gianluigi Buffon (Juventus) 458.000
28. Francesco Totti (Roma) 458.000
29. Luca Toni (Bayern de Munique / Roma) 458.000
30. David Villa (Valencia) 458.000
31. Arjen Robben (Bayern de Munique) 458.000
32. Bastian Schweinsteiger 458.000
33. Ashley Cole (Chelsea) 458.000
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34. Fernando Torres (Liverpool) 458.000
35. Gareth Barry (Manchester City) 458.000
36. Patrick Vieira (Manchester City) 458.000
37. Carles Puyol (Barcelona) 416.000
38. Andres Iniesta (Barcelona) 416.000
39. Sergio Agüero (Atlético de Madri) 416.000
40. Andrea Pirlo (Milan) 416.000
41. Willy Sagnol (Bayern de Munique) 416.000
42. Frank Ribery (Bayern de Munique) 416.000
43. David Bechkam (Los Angeles Galaxy / Milan) 416.000
44. Wayne Bridge (Manchester City) 416.000
45. Lassana Diarra (Real Madrid) 416.000
46. Dimitar Berbatov (Manchester United) 416.000
47. Andrei Arshavin (Arsenal) 400.000
48. Nicolas Anelka (Chelsea) 400.000
49. Ryan Giggs (Manchester United) 400.000
50. Alessandro Del Piero (Juventus) 400.000
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pitts, Brenda G , David K. Stotlar Fundametos de maketing esportivo. São Paulo: Phorte,
2002
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