Uma das mais proeminentes documentaristas
em actividade, Kim Longinotto, é reconhecida
internacionalmente pelos seus pungentes
retratos e pelo seu sensível e apaixonante
tratamento de tópicos difíceis.
Observando, reflectindo e contando as estórias
de mulheres que desafiam convenções e lutam
contra instituições, opressão e preconceitos,
Longinotto documenta e revela as idiossincrasias
e os costumes de sociedades oprimentes.
Passando por temas tão diversos como o
divórcio no Irão, a mutilação genital feminina
no Quénia, a violência sobre mulheres e
crianças nos Camarões, na África do Sul ou na
Índia, a educação de crianças emocionalmente
perturbadas em Inglaterra ou mesmo questões
de género, identidade sexual e contradições
culturais no Japão, Longinotto assume-se
politicamente comprometida, viajando pelo
mundo inteiro para documentar os aspectos
mais difíceis da realidade das mulheres.
Navegando pelas águas do documentário, desde
que iniciou a sua carreira em 1976, trabalhando
quase sempre com equipas reduzidas – a
própria, na câmara, uma co-realizadora local
e apenas uma pessoa no som – e mantendose sempre independente de quaisquer
produtoras, Longinotto tem conseguido
financiar o seu trabalho através da emissão
dos seus filmes na BBC e vem conquistando a
sua importância cinematográfica através do
florescente circuito dos festivais de cinema.
Quase todos os seus filmes foram premiados um
pouco por todo o mundo, sendo que “Sisters
in Law” recebeu o Prémio Arte e Ensaio do
Festival de Cannes, “Hold me tight, Let me
go” foi galardoado com o Prémio Especial do
Júri no Festival Internacional de Documentário
de Amesterdão e “Rough Aunties” ganhou
o Prémio do Júri na competição World
Cinema do Festival de Sundance.
Esta será a primeira retrospectiva dedicada a
Kim Longinotto no nosso país, uma realizadora
que importa descobrir urgentemente.
Mais informações e trailers dos filmes aqui.
(http://www.zeroemcomportamento.org/kim-longinotto/kl.html)
Pode descarregar aqui um ficheiro zip com fotografias dos filmes do programa.
(http://www.zeroemcomportamento.org/downloads/kl.zip)
Calendários de Sessões
Porto
QUI 28 MAR
SEX 29 MAR
SÁB 30 MAR
17H
THE DAY I WILL NEVER FORGET
HOLD ME TIGHT, LET ME GO
19H
SISTERS IN LAW
DIVORCE IRANIAN STYLE
ROUGH AUNTIES
DREAM GIRLS
21H30
PINK SARIS
Lisboa
QUI 04 ABR
19H
21.30H
SEX 05 ABR
SÁB 06 ABR
DIVORCE IRANIAN STYLE
THE DAY I WILL NEVER FORGET
SISTERS IN LAW
ROUGH AUNTIES
PINK SARIS Informações Úteis
Preço dos bilhetes
normal 4€
descontos (grupos, parcerias, jovens, séniores) 3,5€
Cinema Passos Manuel
Rua Passos Manuel 137 Porto
tel. 222 034 121
Cinema City Classic Alvalade
Av. de Roma nº 100 Lisboa
tel. 218 413 040
Todas as sessões são legendadas em português.
Maiores de 16 anos.
DOM 07 ABR
HOLD ME TIGHT, LET ME
GO
DREAM GIRLS
DREAM GIRLS
THE DAY I WILL NEVER FORGET
“Dream Girls” é um documentário fascinante
sobre a famosa escola de teatro musical japonesa
Takarazuka, cujos espectáculos são reminiscências
da Broadway dirigidos a um público feminino, nos
quais a popularidade da actriz no papel masculino
supera o das estrelas pop do mainstream. Ao contrário
do teatro japonês tradicional, todo os membros
desta escola são mulheres que se submetem a
anos de reclusão e disciplina intensa. Uma reflexão
sobre questões de género e identidade sexual e
contradições culturais no Japão da actualidade. Documentário marcante, onde Longinotto retrata o
tema da mutilação genital feminina no Quénia, com
excepcional sensibilidade e franqueza. De depoimentos
comoventes de mulheres que foram submetidas à
circuncisão até entrevistas com idosas matriarcas que
teimosamente defendem a prática, o filme retrata
a complexidade das polémicas e conflitos em torno
da angustiante questão do combate à tradição.
DIVORCE IRANIAN STYLE
SISTERS IN LAW
Um olhar intimo sobre a vida conjugal do Irão e seus
conflitos através das histórias de seis mulheres que
invocam o direito de se divorciarem num país onde a
lei favorece os maridos. Num registo alternadamente
cómico e trágico e tendo por cenário um tribunal de
divórcio em Teerão, acompanhamos estas mulheres
no seu esforço para chegar a um resultado favorável
num meio de leis parciais, políticas administrativas
contraditórias e severas restrições culturais.
Em “Sisters in Law” assistimos ao trabalho de duas
mulheres da Associação de Mulheres Juristas (WLA)
de Kumba, nos Camarões, que prestam apoio jurídico
a mulheres e crianças vítimas de abusos, que de
outra forma não seriam considerados pelo sistema
judicial numa sociedade fortemente patriarcal
marcada pela tradição de abuso e de violência. Um
filme marcante e por vezes hilariante, que mostra
um feroz acto de coragem determinado a melhorar
a comunidade e talvez mudar o país no processo.
Kim Longinotto e Jano Williams, 50’, 1993
Kim Longinotto e Ziba Mir-Hosseini, 80’, 1998
Kim Longinotto, 92’, 2002
Kim Longinotto e Florence Avisi, 104’, 2005
HOLD ME TIGHT, LET ME GO
PINK SARIS
A Mulberry Bush School, em Oxfordshire, na Inglaterra,
é uma escola especializada em lidar com crianças
emocionalmente perturbadas, com comportamentos
violentos e excluídos do sistema de educação comum.
Nesta escola recebem a atenção, paciência e empenho
de mais de cem responsáveis, entre docentes
e auxiliares, que enfrentam os seus constantes
acessos de raiva, agressão física e destruição, mas
também as manifestações de carinho e afeição. Uma
difícil luta entre o desequilíbrio e a harmonia. Em “Pink Saris”, acompanhamos a história de Sampat
Pal, uma complexa e singular activista política, líder
do movimento Gulabi Gang, que trabalha pelos
direitos das mulheres na região de Uttar Pradesh, no
norte da Índia. Assistimos ao empenho individual de
Sampat, referência para muitas mulheres maltratadas,
na mediação de dramas familiares, testemunhada
por dezenas de espectadores, defendendo
pessoas em situações de vulnerabilidade e que
desnudam as convenções da sociedade Indiana.
Kim Longinotto, 100’, 2007
Kim Longinotto, 96’, 2010
ROUGH AUNTIES
Kim Longinotto, 103’, 2008
Filme sobre o dia a dia de um notável grupo de
mulheres destemidas que lutam contra o abuso
sexual de crianças e mulheres, negligenciadas e
esquecidas de Durban, cidade da África do Sul.
Apesar da dura realidade com que trabalham na
organização de bem-estar infantil, Bobbi Bear,
permanecem firmes nas suas convicções pessoais,
enquanto lutam contra a apatia e a corrupção,
procurando justiça para as vítimas. Olhar inspirador e
humanitário de uma realidade devastadora e cruel.
Avenida Guerra Junqueiro
13, 3º Esquerdo
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