Nº 48 • Série III • Ano 11 • 2º Trimestre • Abr/Mai/Jun 2006
O contributo da CARRIS
para o desenvolvimento
sustentável
CARRIS lança Rede 7
Exposição no Panteão Nacional
A CARRIS na história da Cidade
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
PROPRIEDADE
DIRECTOR
José Maia
SUB-DIRECTOR
Luís Vale
CONSELHO REDACTORIAL
Alberto Lage, Ana Catalim,
António Araújo, Felício Gabriel,
Graça Romão, José La Grange,
Norberto Silva, Teixeira da Silva
Editorial
APOIO FOTOGRÁFICO
DCM
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EDITOR
Edifício Lisboa Oriente,
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nº 333 H, 4º Piso
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Impressão:
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Periodicidade: trimestral
Tiragem: 10.000 exemplares
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aos colaboradores
e reformados da Companhia
CARRIS de Ferro de Lisboa
Assinatura anual: 8 euros
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ISSN: 870-676X
Depósito Legal
nº 12.183/86
Isento de Registo no ICS
ao abrigo do artigo 9º
da Lei de Imprensa nº 2/99,
de 13 de Janeiro
•
Companhia Carris
de Ferro de Lisboa
Alameda António Sérgio,
Estação de Miraflores
2795-022 Linda-Velha
Dedicamos neste número da Lisboa Carris um
espaço significativo ao tema Sustentabilidade, a
propósito da publicação pela CARRIS do seu 1º
Relatório de Sustentabilidade, referente ao ano de
2005.
Trata-se de um termo que sistematicamente
vem sendo utilizado nas mais diversas situações
e a propósito de vários problemas. Com este
destaque, pretendemos contribuir para a melhor
compreensão do que representa a Sustentabilidade
para a sociedade, para a empresa ou para cada
um de nós como cidadãos.
Permitam-me chamar a atenção para o tema
“Cortesia ao Volante”, salientando a convicção
pessoal de que a sua falta será uma das causas
principais da elevada sinistralidade nas nossas
estradas. O respeito dos “15 Mandamentos da
Cortesia ao Volante” por parte de cada um, na sua
actividade profissional ou como simples condutor,
seria um passo para a pacificação das estradas e
ruas do nosso País.
A Rede Renovada é um projecto que está a
mobilizar a empresa e vai permitir aproximar a
CARRIS dos seus clientes e, esperamos, captar
para o transporte público maior número de
utilizadores, através de uma melhoria global
da oferta e de serviço de maior qualidade,
contribuindo para a melhoria da mobilidade na
cidade de Lisboa.
Agora que estamos no Verão, desejamos aos
colaboradores da CARRIS e seus familiares umas
boas e retemperadoras férias.
Membro fundador
da Associação Portuguesa
de Comunicação de Empresa
•
www.carris.pt
José Maia
Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Conceitos
O que é a Sustentabilidade?
1900
1972
1987 1992 2000 01 02 04
2010 2016
2005
Conferência de Estocolmo
“O Nosso Futuro Comum”
Cimeira do Rio
Cimeira Joanesburgo
Livro Verde Promover um quadro europeu para a RSE
Cimeira do Milénio: Objectivos do Milénio
Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável (ENDS)
Objectivos
do Milénio
Uma abordagem histórica
Os três pilares da Sustentabilidade
Há quase 20 anos, a Comissão Mundial para o
Ambiente e Desenvolvimento, presidida por Gro
Harlem Brundtland, política norueguesa que na
altura presidia a esta comissão, lançou no seu
relatório, Our Commom Future, a primeira definição
de Sustentabilidade: «desenvolvimento que atende
às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras satisfazerem as
suas próprias necessidades».
Depois disso, em outros encontros internacionais
foi abordada a temática da sustentabilidade, como
na Cimeira do Rio, que teve lugar em 1992, ou na
Cimeira de Joanesburgo, em 2002. No entanto, em
2000, dá-se um importante ponto de viragem quando
a Comissão Europeia decide criar um documento
que ajuda as empresas a lidar e a aplicar este
conceito. E mais recentemente com o lançamento
dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, aos
quais as empresas ou governos podem aderir de
modo a minimizar os principais problemas a nível
mundial (como a sida e a falta de escolarização das
populações, entre outros).
Mais informação em: www.undp.org/mdg/.
Assim, com estas deliberações, as empresas
começaram a perceber que são cada vez mais
responsáveis não só por cumprir a lei, mas também
por ir mais além das suas obrigações legais.
Começa, assim, um processo de aplicação da
Sustentabilidade à gestão das empresas.
A Sustentabilidade é conseguida com base no
equilíbrio dos seus pilares: social, ambiental e
económico, que são transversais à empresa e à
sociedade. Pois a empresa ao cuidar de forma
igual estes pilares consegue, não só garantir a sua
sustentabilidade em termos de funcionamento e
de níveis de lucro, como também consegue que a
sociedade seja cada vez mais sustentável.
Se pensarmos que, se todas as empresas do nosso
País gastassem menos electricidade, as centrais
produziriam menos e conseguíamos cumprir o
protocolo de Quioto.
SOCIAL
Filantropia, mecenato,
proximidade com comunidade local,
programas de voluntariado,
participação dos colaboradores
no lucro
sustentabilidade
ECONÓMICO
AMBIENTAL
Corporate governance, sustentabilidade
Plano dos 3 R’s,
económica interna, gestão de risco
eficiência energética - poupança,
e controlo interno, promover a segurança
eco-eficiência de instalações,
e responsabilidade na utilização
project finance
do seu produto
ambiental
3
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Sustentabilidade na CARRIS
Uma realidade
Glossário da
Sustentabilidade
4
Cidadania empresarial
Contribuição que uma
empresa dá à sociedade
através das suas principais
actividades comerciais, do
seu investimento social e de
programas filantrópicos e do
seu compromisso com as
políticas públicas. O modo
como uma empresa gere as
suas relações económicas,
sociais e ambientais e o modo
como se compromete com
os seus parceiros (tais como
accionistas, patrões, clientes,
parceiros de negócio, governos
e comunidades), tem impacto
no sucesso da empresa a longo
prazo.
Responsabilidade social
Integração voluntária de
preocupações sociais e
ambientais por parte das
empresas nas suas operações
e na sua interacção com outras
partes interessadas.
Código de ética
Instrumento de realização da
visão e da missão da empresa,
que orienta as suas acções e
explicita a sua postura social
a todos com quem mantém
relações.
Stakeholder
Termo em inglês amplamente
utilizado para designar as partes
interessadas, ou seja, qualquer
indivíduo ou grupo que possa
afectar a empresa por meio das
suas opiniões ou acções, ou ser
por ela afectado.
Fontes: Instituto Ethos e Livro
Verde da Comissão Europeia
sobre Responsabilidade Social
das empresas
Em 2006, no decurso de
um processo profundo de
reestruturação, a CARRIS lançou
o seu primeiro Relatório de
Sustentabilidade relativo a 2005,
como consequência da sua evolução
e resultado da prestação de contas
da sua actividade. Neste documento,
a CARRIS reúne o seu contributo
para a sua Sustentabilidade que,
por sua vez, contribui para a
Sustentabilidade da cidade de
Lisboa e do próprio País.
São várias as políticas postas em
prática pela CARRIS em direcção à
Sustentabilidade, destacando-se, no último ano, a certificação
da qualidade, a nova frota e o
investimento nos recursos humanos.
Com uma frota de autocarros
renovada, a CARRIS mostra que está
mais uma vez atenta às exigências
ambientais, sociais e económicas
que se lhe colocam. O mesmo se
passa com a aposta nos recursos
humanos, ao contratar para a função
de tripulante pessoas mais jovens,
reduzindo, assim, a idade média
deste segmento de colaboradores da
empresa.
Quanto à Certificação da
Qualidade da CARRIS e de quatro
carreiras, trata-se do produto de
um investimento constante na
qualidade dos seus serviços. A
reestruturação da organização e do
seu funcionamento é assumida como
o ponto de partida para a satisfação
das exigências dos clientes e para o
bem-estar social.
Estes projectos evidenciam a
CARRIS como uma empresa
moderna e em constante mudança,
com uma cultura organizacional
baseada na produtividade e
orientada para a qualidade de
serviço prestado ao cliente e para
a optimização da utilização de
recursos. Estas características estão
resumidas na sua própria visão
de Sustentabilidade. A visão de
Sustentabilidade construída pela
A visão da CARRIS
• Sustentabilidade é uma filosofia;
• É um modelo de funcionamento;
• É parte integrante da missão de serviço público da empresa;
• Encontra-se sempre presente na cultura da empresa;
• Tem como objectivo atingir o equilíbrio entre as vertentes económica,
ambiental e social;
• Visa contribuir para a Sustentabilidade da sociedade e garantir às
gerações futuras melhores oportunidades do que as que são dadas às
gerações actuais.
Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Joaquim Covelinhas, Estação de Miraflores
Ao longo de 134 anos de história,
a CARRIS acompanhou o desenvolvimento
da cidade de Lisboa, adequando-se,
adaptando-se e crescendo com ela.
CARRIS encontra-se apoiada numa
missão orientada para o futuro e para
uma dinâmica de mudança que, à
semelhança do que tem acontecido
ao longo dos anos, se compromete a
continuar a acompanhar e a melhorar.
Alguns “links” onde pode
encontrar mais informação
• Instituto Ethos, organização brasileira
especializada em aconselhamento e
aplicação de politicas relacionadas
com a sustentabilidade nas empresas
www.ethos.org.br
• Global Reporting Initiative (GRI),
organização que criou formas mais
simples e optimizadas de comunicar
e medir a sustentabilidade das
empresas:
www.globalreporting.org
• Global Compact, Programa das
Nações Unidas de incremento da
Sustentabilidade nas empresas a
nível mundial:
www.unglobalcompact.org
As empresas têm de ter
consciência do mercado
Quais as mais-valias da CARRIS que a
distinguem das restantes operadoras de
transporte?
A CARRIS é uma empresa estável. Temos
mais benefícios do que as outras empresas de
transporte e além disso, sentimo-nos também mais
motivados porque sabemos o que é a CARRIS. Na
concorrência, os colaboradores não conhecem a
sua empresa.
A CARRIS faz parte da cidade de Lisboa, é quase
um património da cidade.
Qual a sua opinião sobre os investimentos que
têm sido realizados pela CARRIS?
Nos tempos que correm, as empresas têm de ter
consciência do mercado, das necessidades do
público que é cada vez mais exigente, o que é bom.
Se a CARRIS quiser triunfar, tem de se actualizar.
Qual o papel do tripulante nas mudanças e
projectos que a CARRIS tem posto em prática?
O tripulante é o cartão de visita da CARRIS.
Cada autocarro ou eléctrico é como se fosse um
estabelecimento comercial em movimento.
Para alguns passageiros, o mais importante é a
rapidez, para outros a fiabilidade, o conforto, a
regularidade e para outros a simpatia. Há uma grande
envolvente de critérios.
Neste projecto, o papel do tripulante é essencial para
lidar com o cliente.
Como perspectiva o futuro da CARRIS?
Penso que a CARRIS tem todas as capacidades
para triunfar no futuro. Daí a importância do relatório
de Sustentabilidade. Em parte, o relatório consegue
tratar objectivos e analisar se os objectivos estão a ser
alcançados para poder dar uma nova abordagem.
5
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
CARRIS lança primeiro
Relatório de Sustentabilidade
Os colaboradores da CARRIS puderam integrar
a definição da estratégia de Sustentabilidade
da CARRIS, com um papel activo nos próximos
passos face ao Desenvolvimento Sustentável.
6
As empresas têm sentido a
necessidade de estruturar e
sistematizar a informação social,
ambiental e económica num
Relatório de Sustentabilidade
autónomo e credível. Este relatório
torna-se num símbolo da aposta
da CARRIS na transparência e nas
suas responsabilidades sociais e
ambientais.
Foi neste contexto que a CARRIS, em
colaboração com a Ecoprogresso,
pôs em prática um projecto e
uma metodologia que culminou
no Relatório de Sustentabilidade
CARRIS 2005 e na realização de um
evento que documenta um conjunto
de next steps a pôr em prática no
futuro próximo.
Elaboração do Relatório
de Sustentabilidade
O projecto iniciou-se com a
constituição de um grupo de
trabalho principal composto por
15 elementos representantes de
todas as Unidades de Negócio,
Gabinetes e Direcções. Com o
mesmo, foram realizadas várias
reuniões de trabalho ao longo de
todo o processo, com o objectivo
de recolher informação, informar e
formar os colaboradores da CARRIS
na temática da Sustentabilidade. Na
metodologia aplicada, destacam-se
os workshops. Em duas reuniões,
foram envolvidos um número
alargado de participantes, com o
objectivo de facilitar a ancoragem
de conceitos e a identificar os
elementos chave da abordagem da
CARRIS à Sustentabilidade. Com
a duração média de 5 horas, estes
workshops reuniram um grupo
médio de 50 pessoas.
O primeiro workshop, intitulado
“Sustentabilidade – Que desafios
para a CARRIS?” teve como
objectivos definir a Visão e Definição
de Sustentabilidade da CARRIS e
identificar os seus stakeholders.
O segundo workshop teve como
tema “Sustentabilidade – Next
Steps”. Os participantes tiveram
oportunidade de planear acções
específicas para cada um dos
stakeholders definidos.
José Penaforte, coordenador do projecto
Uma nova consciência
O que representa o projecto
de elaboração do Relatório de
Sustentabilidade para a CARRIS?
O projecto foi uma oportunidade que
a CARRIS teve para transmitir aos
seus colaboradores e stakeholders
todo um conjunto de acções que
a própria já desenvolvia, mas
que, de alguma maneira, não
dava expressão, nomeadamente,
no campo económico, social e
ambiental.
Como foi, para si, coordenar este
projecto?
Coordenar este projecto foi
interessante porque permitiu criar
uma nova consciência entre os
elementos que constituíram o grupo
de trabalho principal. Consciência
despertada com a Ecoprogresso e
consolidada em alguma experiência
que a empresa já tinha mas que se
encontrava dispersa.
Descobrir os requisitos da
Sustentabilidade foi o mais
importante.
Quais as conclusões que retira
deste projecto?
O projecto foi abrangente. Acho
que as pessoas ficaram com a
noção do que é a Sustentabilidade
e da necessidade de, todos os
anos, se produzir um relatório de
Sustentabilidade.
Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
O contributo da CARRIS
para o desenvolvimento sustentável
Ao procurar a Sustentabilidade
no seio da empresa, a CARRIS
contribui para o Desenvolvimento
Sustentável da cidade de Lisboa
e do próprio País. Seguem-se
os principais exemplos nos três
pilares da Sustentabilidade:
económico, social e ambiental.
EMISSÕES
CORRESPONDENTES AO
TRANSPORTE DE UMA
PESSOA DURANTE UM ANO:
7
CARRIS - 157 kg de CO2e/pessoa
TI - 451 kg de CO2e/pessoa
AMBIENTAL – alterações
climáticas, uma meta
As principais medidas aplicadas
no âmbito deste pilar da
Sustentabilidade prendem-se
com a introdução de novas
formas de combustível e com
a renovação da frota. Estes
contributos têm influência na
diminuição de Gases com Efeito
de Estufa (GEE) e dos poluentes
atmosféricos, sendo mais visível
quando comparado com o
Transporte Individual (TI). Desta
forma, considerando o número de
passageiros transportados pela
CARRIS em 2005, que atingiu os
240 milhões, e tendo em conta a
distância total percorrida pelos
mesmos, é possível proceder à
contabilização das respectivas
emissões, comparando-as com as
respectivas emissões resultantes
do TI (ver quadro).
Ou seja, em Transporte Individual
emite-se aproximadamente 3
vezes mais do que em Transporte
Público, anualmente, por pessoa.
SOCIAL
do presente para o futuro
A CARRIS está, neste momento, a
renovar a sua frota de autocarros,
o que vai resultar, numa diminuição
da idade média dos seus veículos
e numa oferta de serviço mais
preocupada com o conforto e a
comodidade dos seus clientes,
sendo que todos os novos
autocarros estão equipados com
piso rebaixado e com espaço para
colocação de cadeiras de rodas.
Além disso, internamente, a CARRIS
promove o bom desempenho dos
seus colaboradores, através, por
exemplo, da atribuição de Prémios
de Boa Condução e Antiguidade.
ECONÓMICO
de dentro para fora
Numa perspectiva de “dentro para
fora”, a CARRIS tem em curso um
processo de reestruturação interna,
com o objectivo de tornar a empresa
mais ágil, dinâmica e flexível. Desde
a reorganização das várias Áreas,
Direcções e Unidades de Negócio,
passando pela renovação da frota
e pela complementaridade entre
operadores de transporte, este
processo contribuirá para reduzir
o défice operacional da empresa.
Os dados relativos ao final do ano
passado referem já uma redução de
31,4 milhões de euros face a 2002.
Este processo fecha o ciclo de
investimentos da CARRIS que, desta
forma, consegue contribuir para
a Sustentabilidade da sociedade
e garantir às gerações futuras
melhores oportunidades do que as
que são dadas às gerações actuais.
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Serviços especiais
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A CARRIS, para além dos serviços
regulares, assegura um conjunto de
serviços especiais para dar resposta
às necessidades de mobilidade
originadas pela realização de alguns
eventos na cidade de Lisboa.
A Semana Académica de Lisboa e
a Final da Taça de Portugal são dois
exemplos da forma como a CARRIS
adequa os serviços especiais às
necessidades do evento em causa.
Para a Semana Académica, a CARRIS
assegurou, durante os quatro dias do
evento, o transporte entre o recinto e
a Estação Oriente.
Para a Final da Taça de Portugal, que
opôs o Futebol Clube do Porto ao
Vitória de Setúbal, foi criada a carreira
eventual 28F, estabelecendo o trajecto
entre a Praça dos Restauradores e
o Estádio Nacional antes e após a
realização do encontro.
O Super Rock Super Bock e o Rock
In Rio constituem dois dos maiores
festivais de música realizados em
Lisboa, arrastando dezenas de milhar
de fãs que pretendem ver as suas
bandas favoritas.
No caso do Super Bock Super
Rock, realizado nos dias 25 e 26 de
Maio e 7 e 8 de Junho, a CARRIS
assegurou um serviço especial
entre a Estação Oriente e o Parque
Tejo.
O Rock In Rio, que decorreu no
Parque da Belavista nos dias 26
e 27 de Maio e 2, 3 e 4 de Junho,
a CARRIS reforçou o serviço no
final dos espectáculos, através da
criação de duas linhas especiais
com destinos diversos do Metro,
com destino ao Restelo e Algés, e
reforço da carreira 208.
O Dia Mundial da Criança, que
se celebrou dia 1 de Junho, foi
motivo para mais uma iniciativa
especial, a CARRIS Júnior, que
possibilitou que durante 3 dias, 31
de Maio, 1 e 2 de Junho todas as
crianças até aos 12 anos pudessem
viajar gratuitamente nas carreiras
regulares.
Durante os três dias da campanha
foram também oferecidos balões
aos mais novos, em vários locais
de grande afluência de crianças.
Transporte com
Responsabilidade Social
A CARRIS tem demonstrado
disponibilidade para
colaborar com organizações
que desenvolvam actividades
de cariz social e de
solidariedade. Exemplo
disso é a disponibilidade
de transporte gratuito para
os portadores de crachat
da CERCI no âmbito da
Campanha Pirilampo Mágico
e o serviço gratuito para os
participantes na iniciativa
“Walk the World 2006
– Marcha Contra a Fome” e
na “Lisboa, a Mulher e a Vida
– 5 km EDP”.
Qualidade + ao serviço do cliente
Tiveram início as sessões do curso
destinado a Motoristas e GuardaFreios, integradas no Plano de
Formação“Qualidade + ao serviço do
cliente” , que durante 2006, deverá
abranger cerca de 315 tripulantes.
Este plano surge na sequência
do investimento efectuado com
o objectivo de melhorar a atitude
comercial da CARRIS.
Este novo investimento formativo
visa as boas práticas no serviço a
prestar ao cliente, da parte de diversos
operacionais da Área de Tráfego.
Neste sentido, são envolvidas todas
as áreas e funções que têm maior
ligação com a qualidade do serviço
ao Cliente: Motoristas e GuardaFreios, Expedidores, Controladores e
Inspectores de Tráfego.
O curso tem a duração de 5 dias,
num total de 40 horas, para qualquer
das áreas operacionais a que
se destina, havendo conteúdos
específicos para cada função.
Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Exposição no Panteão Nacional
A CARRIS
na História da Cidade
No âmbito do Dia Internacional
dos Museus, assinalado no dia 18
de Maio, o Panteão Nacional e a
CARRIS inauguraram a exposição
“A CARRIS na História da Cidade”,
uma mostra que pretende apresentar
de modo cronológico a evolução do
transporte oferecido pela companhia
e o papel que teve ao longo dos
seus 134 anos de existência para a
modernização da cidade de Lisboa.
A iniciativa, que vem no seguimento
da parceria de âmbito cultural
estabelecida entre a CARRIS e o
Panteão Nacional (ver caixa), contou
na inauguração com a presença
de Elísio Summavielle, presidente
do IPPAR, e de José Manuel Silva
Rodrigues, presidente da CARRIS.
A sessão de inauguração iniciouse com a actuação da Banda
de Música dos Empregados da
CARRIS, seguindo-se uma visita
guiada ao Panteão Nacional. A
inauguração da exposição contou
com uma visita guiada a cargo do
Dr. José La-Grange, responsável do
Museu da Carris.
A exposição
está
organizada em
três espaços
distintos.
A primeira
área de visita
apresenta o Presidente da República
Teófilo Braga, evocando brevemente
a sua vida enquanto governante,
com destaque para o facto desta
figura histórica ter sido um habitual
utilizador dos carros eléctricos.
No Hemiciclo é apresentada a
evolução histórica da CARRIS, desde
da sua fundação, em 1872, até aos
dias actuais. Nesta retrospectiva
histórica da empresa, é apresentada
a evolução do transporte oferecido
pela companhia, desde dos
“americanos” (veículos de tracção
animal), passando pelo serviço
de eléctricos, à primeira experiência
de serviço de autocarros, os
autocarros de dois pisos vindos
da Grã-Bretanha, até chegar à
modernização do serviço oferecido,
com a adopção de veículos de
dimensões distintas segundo as
necessidades das carreiras.
A última área de visita é dedicada
às evoluções mais recentes na
empresa, nomeadamente a adopção
de veículos movidos a gás natural,
a elevação dos ascensores da
Bica, Lavra e Glória e do elevador
de Santa Justa a Monumentos
Nacionais, o processo de renovação
da frota, a adopção de um moderno
sistema de bilhética e, por fim,
a Certificação pelo Sistema de
Gestão da Qualidade, que premiou
globalmente a empresa e um
conjunto de quatro carreiras.
Face à grande afluência de visitantes,
que se tem verificado a esta
exposição, a CARRIS e o Panteão
Nacional decidiram prolongá-la até ao
final do mês de Agosto.
A CARRIS estabeleceu também uma parceria com o Panteão Nacional para a
criação do percurso temático “À descoberta de Lisboa no 28”. Esta actividade,
incluída na iniciativa “Percursos do Panteão Nacional”, tem como cenário o
percurso do eléctrico 28 da CARRIS, iniciando-se a viagem no cemitério dos
Prazeres e terminando na Igreja de São Vicente de Fora, abordando os vários
monumentos que fazem parte do trajecto, seguindo-se uma visita guiada ao
Panteão Nacional.
O percurso temático “À descoberta de Lisboa no 28” vem no seguimento das
várias visitas guiadas que o Serviço Educativo do Panteão Nacional realiza
regularmente, normalmente com um grupo de 10 a 15 pessoas, acompanhadas
por um técnico do Panteão.
9
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Novos tripulantes
A CARRIS levou a cabo mais quatro
cursos de formação para Motoristas
de Pesados de Passageiros. Aos
78 novos tripulantes a Lisboa
Carris deseja o maior sucesso no
desempenho das suas funções.
10
Admitidos em 3 de Fevereiro
António José Ribeiro Fernandes, Carlos
Eduardo Coelho Gíria, Emílio João Ramos
Morais, Fernando Jorge Santos Andrade,
João Carlos Ferreira Nogueira, João Luís
Enes Ramos, João Manuel da Costa Pereira,
Joaquim Moreira Gonçalves, Joel Alexandre
Sousa Gomes, Jorge Manuel Gomes Afonso,
Mário Miguel Marques Calcinha, Mauro
Alexandre da Cunha Floxo, Nicolae Catana,
Paulo Miguel Seixas Cardoso, Rodrigo Daniel
Martins Vilas-Boas, Rui Fernando Dragão Dias,
Rusian Dubov, Paula Cristina de Jesus Dias,
José Alberto de Almeida Rodrigues, Luís Miguel
Neves e Silva.
Admitidos em 6 de Março
Alexandre José Castro Quintais, Carlos
Alexandre da Silva, David Filipe Torres
Gonçalves, José António Gonçalves Pereira,
Nuno Miguel da Costa Nunes, Paulo Jorge
Galvão da Costa, Paulo Jorge Pinheiro Soares,
Tiago Daniel Martins dos Santos, Yuriy Matsopa.
Dia da Cortesia
ao Volante
A CARRIS associou-se ao “Dia da
Cortesia ao Volante”, uma iniciativa
levada a cabo no dia 5 de Maio
pela Associação de Cidadãos
Auto-Mobilizados (ACA-M). A acção
visou sensibilizar os cidadãos para
a necessidade de adoptar uma
condução mais civilizada e cortês
nas estradas portuguesas, acção
promovida no seguimento no
seguimento da presidência temática
sobre segurança rodoviária que o
anterior Presidente da República, Dr.
Jorge Sampaio, promoveu em 2005
e na qual declarou dia 5 de Maio
como o Dia Nacional da Cortesia ao
Volante.
A ACA-M efectuou um percurso num
autocarro da CARRIS por alguns dos
pontos mais movimentados da cidade
de Lisboa, levando os convidados,
entre os quais o presidente da
CARRIS, Dr. Silva Rodrigues, a
presenciar alguns casos flagrantes
de falta de civismo por parte dos
automobilistas, incentivando-os a
seguir os exemplos de condução
cortês.
Nesta sessão foram ainda
apresentados os 15 Mandamentos
da Cortesia ao Volante, que deveriam
ser interiorizados por todos no seu
desempenho profissional ou como
simples condutores.
Os 15 Mandamentos da Cortesia ao Volante
1. Não utilizarás o veículo como instrumento de ameaça ou agressão.
2. Se conduzires, não consumirás bebidas alcoólicas ou produtos que
alterem o teu estado normal de consciência.
3. Darás sempre prioridade aos peões, mesmo fora das passadeiras ou
Admitidos em 06 de Março
André de Oliveira Ferreira, André Pereira
Nogueira, António da Cunha Pereira, Daniel
Bruno Machado Vieira, Daniel José de Sousa
Borges, Eduardo Gomes de Oliveira, Eduardo
José Freitas Serrano, Gonçalo Filipe Abrantes
Ribeiro, Hugo José Oliveira Cordeiro, Ricardo
Miguel Henriques Sousa.
antes de nelas entrarem.
4. Zelarás pelo transporte seguro dos ocupantes do teu veículo, em especial
das crianças.
5. Aceitarás o ritmo de condução dos outros condutores e respeitarás os
limites de velocidade legais.
6. Não utilizarás o telemóvel durante a condução.
7. Não estacionarás onde prejudicares a passagem e a visibilidade dos
peões, em especial crianças, idosos e deficientes.
8. Vigiarás o estado do veículo de modo a contribuir para a segurança e
respeito de todos os utentes das estradas.
9. Não perderás a paciência quando a via se encontrar obstruída e não
impedirás a ultrapassagem por outro veículo.
10. Pararás sempre nos sinais de Stop e abrandarás com o aparecimento da
Admitidos a 2 de Junho
Alberto Carlos F. Cunha, António José
Morais, Baltasar Moreno Morais, Hugo
Henrique Mendes, João Filipe Rosendo,
José João Lopes Tavares, Lisandro Manuel
Costa Cardoso, Manuel Almeida Dias, Mário
Miguel Vale Ribeiro, Nélson David Machado
de Sousa, Nélson Matos Fernandes, Nuno
Miguel Saraiva, Nuno Pedro Gonçalves, Paulo
Jorge Pereira da Costa, Pedro Miguel Moura
Reis, Rafael Filipe Martins Semanas, Rui José
Magalhães da Silva, Telly de Celta de Araújo
Lima Barbosa, Tiago Azevedo Prazeres.
luz laranja.
11. Não estacionarás nas passadeiras de peões, faixas BUS, lugares de
deficientes e saídas de emergência.
12. Manterás a calma quando circulares atrás de um veículo de instrução.
13. Reduzirás a velocidade em locais de trânsito de peões.
14. Em auto-estrada ou via rápida, não conduzirás encostado à traseira do
carro que circula à tua frente.
15. Adequarás a tua condução às condições atmosféricas e condições da via.
Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Rede 7
Renovação da rede da CARRIS
A cidade de Lisboa alargou-se para
áreas mais periféricas, com a criação
de novas áreas residenciais e pólos
de emprego. Paralelamente, o
sistema de transportes expandiu-se,
nomeadamente o metropolitano. A
CARRIS tem procurado responder às
mudanças. A última grande alteração
da rede da empresa ocorreu em
1998, decorrente da criação da linha
vermelha do metro e da construção
da grande interface intermodal
que constitui a Estação do Oriente,
imediatamente antes da Expo’98.
Havia, contudo, que efectuar um
trabalho mais profundo, repensando
a rede da CARRIS de forma global,
tornando-a mais atractiva e melhor
integrada no sistema de transporte de
Lisboa, contribuindo desse modo para
a melhoria da mobilidade na cidade, a
qual não poderá continuar, por razões
cada dia mais evidentes, assente
fundamentalmente no transporte
individual.
Os estudos, iniciados há já algum
tempo, conduziram ao estabelecimento
de vários objectivos, de que se
destacam a segmentação da rede de
acordo com a função de cada uma das
carreiras que a compõem, a melhor
articulação e menor sobreposição
com a rede de metropolitano com
manutenção das necessárias
alternativas de transporte à superfície,
o reforço da importância das ligações
transversais e circulares, a manutenção
dos actuais níveis de acessibilidade à
rede, o estabelecimento de maiores
frequências na generalidade das
carreiras.
O resultado destes estudos será uma
rede renovada cuja implementação
será realizada em várias fases.
Esta rede será designada de Rede 7
em homenagem às 7 colinas de
Lisboa e como alusão aos 7 dias da
semana em que funcionará, mas
também como associação ao cartão
“7 Colinas” cuja utilização pelos
clientes menos frequentes permitirá
uma grande flexibilidade nas suas
deslocações, nomeadamente devido
à validade temporal da abrangente
gama de títulos próprios da Carris ou
combinados com o Metropolitano
que nele podem ser carregados. As
carreiras que constituirão a Rede 7
serão identificadas por uma numeração
7xx.
Para facilitar a compreensão destas
alterações por parte dos actuais
clientes, a numeração será constituída
pelo dígito 7 seguido do actual número
da carreira que mais se identifica com
a carreira da Rede 7, salvo no caso das
carreiras que já têm 3 dígitos. Aliás,
algumas das actuais carreiras manterão
• Melhoria Global
da Oferta
• Mais Qualidade
• Melhor Mobilidade
os seus trajectos, ou sofrerão pequenas
alterações.
Também com o objectivo de permitir
uma melhor e mais fácil compreensão
da rede por parte dos clientes
ocasionais, problema muitas vezes
referido, todas as carreiras vão ser
identificadas por cores que as associam
à sua área de operação predominante.
A primeira parte da Rede 7 é constituída
por 28 carreiras, a que se juntam
alterações em outras carreiras de forma
a manter o adequado funcionamento
da rede.
Para ajudar a implementação, a
CARRIS está a desenvolver uma
forte acção de comunicação interna
e externa, dando a conhecer os
objectivos, conceitos e particularidades
e novos serviços associados à Rede 7,
facilitando esta transição.
Os BUC’s vão passar para o “7 Colinas”
A Carris vai proceder à
“desmaterialização” dos bilhetes précomprados, designados de BUC’s.
Assim, o conjunto de 2 viagens que
compõe os actuais BUC’s deixará de
ser vendido no tradicional bilhete em
papel, passando a ser carregado no
“7 Colinas”, sem qualquer alteração de
custo. Durante um período que será
oportunamente divulgado, a Carris
oferecerá aos seus clientes o cartão
“7 Colinas” onde será efectuado
o carregamento das viagens, o
qual poderá ser posteriormente
recarregado.
Trata-se de uma mudança que trará
aos nossos clientes um benefício
evidente, dado que a sua validade
horária permite a realização de várias
viagens e a utilização muito flexível da
rede de transporte.
11
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
O Maestro da Banda
Paixão pela música
Os restantes concertos estão previstos para
20 de Julho, 1 de Outubro, 23 de Novembro
e 19 de Dezembro nas Estações do Cais do
Sodré, Alto dos Moinhos e do Chiado.
“Música em Movimento”
no Metropolitano
12
Com o apoio da CARRIS e em
parceria com o Metropolitano
de Lisboa, está a decorrer, por
iniciativa da Banda de Música da
Carris, um ciclo de concertos a ter
lugar, durante o corrente ano, em
várias estações do metropolitano
designado por “Música em
Movimento”. Neles está previsto
participar a nossa Banda de
Música, a “Classe de Conjunto”
da Escola de Música da Banda e o
Grupo de Música Popular do Metro
“Entrelinhas”.
O êxito do 1º Concerto já realizado
no dia 27 de Abril na Estação Marquês de Pombal é a demonstração
do acerto desta iniciativa.
A música ao encontro
das pessoas
Estão previstos realizar, nas
Estações de Miraflores, da
Musgueira, da Pontinha e de
Santo Amaro, concertos em que
participam o Coro e a Classe de
Conjunto da Escola de Música.
Pretende-se, deste modo, mostrar
aos associados da Banda e
restantes trabalhadores da
Empresa não só o trabalho que
está a ser desenvolvido como,
ainda, proporcionar momentos de
convívio com sabor a música junto
dos seus locais de trabalho.
Quem convive com
Carlos da Silva Ribeiro
apercebe-se da sua
paixão e dedicação por
tudo o que diga respeito
à música, em particular
pelas pessoas. Como
costuma dizer, sem
pessoas não há música,
sejam os executantes, seja
o público que assiste e
participa nas actuações
públicas.
Com 53 anos de idade, nasceu em
em Santa Maria de Bouro e viveu a
sua infância em Vidago. Carlos da
Silva Ribeiro reside actualmente em
Azeitão, é casado e pai de dois filhos
de 16 e 25 anos de que muito se
orgulha.
Com uma carreira invejável como
maestro (frequentou o seu primeiro
curso de Direcção de Orquestra
em 1983), é o Chefe da Banda da
Armada com o posto de Capitão-deFragata.
É o Maestro da nossa Banda desde
1991, à frente da qual já dirigiu
mais de 200 actuações públicas,
que tiveram lugar de norte a sul do
país e nas mais prestigiadas salas
de espectáculo como o Coliseu
de Lisboa, o Pavilhão Atlântico do
Parque das Nações, o Teatro de S.
Luís e o Forum Lisboa, entre outras.
Dividindo a sua actividade pela
direcção de bandas e coros e, ainda,
pelo ensino da música, dirigiu, de
1998 a 2006, o Grupo Coral da Banda
da CARRIS, à frente do qual ficaram
registadas 62 actuações públicas.
Como nasceu a sua carreira
na música?
Trata-se de um caso clássico de
herança de pais para filhos. O
meu pai era Regente da Banda
de Música “Os Orfeus” de Vidago,
tendo com ele adquirido os meus
primeiros conhecimentos musicais.
Como executante, o meu primeiro
instrumento foi o Sax-Trompa, depois
o Saxofone Soprano. Mas o meu
instrumento base foi o Saxofone Alto.
Em 1971, vim para Lisboa para
prestar provas públicas de ingresso
na Banda da Armada, iniciando,
assim, a minha carreira nesta
instituição. Nos anos seguintes
frequentei, no Conservatório
Nacional, os Cursos Complementar
de Saxofone, de Acústica, de
História da Música e Superior de
Composição.
Na década de oitenta frequentei o
meu primeiro Curso de Direcção de
Orquestra leccionado pelo Maestro
Hans Herbert Joris.
Foi convidado para dirigir a nossa
Banda em 1991, já lá
vão 15 anos. Como
foram esses
primeiros tempos?
Os primeiros
tempos foram
muito difíceis. Ao
entrar tivemos uma
actuação
logo 5
dias
Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
AS CARAS DA BANDA
depois num festival de bandas na
Feira Popular de Lisboa. O ambiente
no interior da Banda estava tão mau
que estive quase tentado a desistir.
Felizmente que, com o tempo, as
coisas foram melhorando, sendo
muito bom o ambiente que hoje em
dia se vive entre os executantes.
É o Maestro com maior
longevidade na Banda. A que
atribui essa longevidade?
Atribuo essa longevidade aos laços
de afectividade que me unem a todas
as pessoas com quem aqui trabalho.
Um dos princípios porque
me oriento é o do combate à
rotina que é o maior inimigo da
música. Por outro lado, tenho-me
empenhado em contribuir para
uma evolução continuada do
repertório executado pela Banda
da CARRIS, compatibilizando
actualidade com qualidade nas obras
musicais abordadas. Actualmente
interpretamos essencialmente obras
escritas para banda, incluindo música
portuguesa. Procuro, assim, uma
aproximação a novos públicos com
alguma pedagogia, não deixando, no
entanto, de abordar algumas obras
de cariz mais tradicional para banda.
Os seus projectos não se limitaram
à Banda, pois também ajudou a
refundar a Escola de Música da
Banda e o Coro.
São projectos que abracei com
paixão e empenho. A Escola de
Música foi mais um desafio que
a Direcção me colocou em 1995,
com o objectivo de proporcionar
aos filhos dos associados a
aprendizagem da música. Ao abrigo
da Lei do Mecenato, a Banda
adquiriu os fundos necessários
à concretização deste projecto.
Havia, ainda, um segundo objectivo
com a escola que era o de formar
músicos para a Banda, objectivo
esse pouco conseguido devido
essencialmente ao facto de os jovens
precisarem de continuar os seus
estudos académicos, o que torna os
horários e as disponibilidades pouco
compatíveis.
Quanto ao Coro foi mais um desafio
a que procurei resistir, não por falta
de gosto mas por falta de tempo
disponível. Aceitei e hoje, passados
oito anos, só lamento não ter podido
continuar por incontornável falta
de tempo. Também aqui criei laços
de afectividade que perdurarão. Só
desejo que o novo maestro, a quem
endereço as maiores felicidades,
tenha as mesmas alegrias que o coro
me deu e que todos os elementos
correspondam às exigências desta
nova fase.
À frente da Banda e depois do
Coro, gravou já 4 CDs de qualidade
reconhecida, o que é um êxito
assinalável.
A primeira dificuldade a vencer foi
a falta de hábito dos músicos no
trabalho de estúdio. Felizmente
que esta questão foi rapidamente
ultrapassada com o profissionalismo
e empenho de todos.
A qualidade dos executantes ajudou
imenso à qualidade final dos trabalhos
que todos hoje podem apreciar.
Esperança na continuidade
Sou optimista por natureza, mas tenho algumas preocupações em relação
à sustentação com qualidade da Banda. A redução de trabalhadores
da Empresa nos últimos anos, tem tido reflexos na admissão de novos
efectivos. Com apenas vinte e cinco elementos entre activos e reformados
e apesar da ajuda de alguns jovens que, por gosto e entusiasmo,
connosco colaboram, as condições de trabalho apresentam dificuldades.
Faço um apelo à Direcção da Banda para que pondere a criação de
condições para admissão de músicos já formados que consigam suprir as
nossas carências mais imediatas.
A minha mensagem é de esperança na continuidade deste bonito e
apaixonante projecto.
13
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Na rua onde as pessoas
estão e convivem
Para que se saiba...
14
A Banda da CARRIS procura os locais onde as
pessoas vão nos seus momentos de lazer para aí lhes
proporcionarmos o prazer adicional de ouvir a nossa
música. Foi assim com o “Concerto Primavera”, realizado
no Coreto do Jardim da Estrela, no passado dia 14 de
Maio (Domingo) com o apoio da Câmara de Lisboa e que
teve uma assistência de inúmeros lisboetas.
O próximo concerto, ainda sem data marcada, está
previsto para os Jardins de Belém. A Banda da CARRIS
está ainda a tentar organizar outros concertos em alguns
coretos da cidade de Lisboa. Esperamos poder dar boas
notícias para breve.
Coralistas em acção
Com um novo maestro e um repertório totalmente
remodelado, o Coro da Banda da Carris organizou o
seu 4o Encontro de Coros no âmbito dos Encontros de
Coros ACAL (Associação de Coros da Área de Lisboa)
no Auditório de Miraflores. Participaram no evento, para
além do nosso grupo, o Grupo Coral Luís Clemente,
da Associação dos Bombeiros Voluntários dos Estoris;
Grupo Coral do Clube TAP-AIR PORTUGAL e Coral Canto
Novo do Laranjeiro, Almada.
O Grupo Coral também participou num concerto
organizado pelo Grupo Coral Clube TAP- Air Portugal,
no dia 9 de Julho no auditório da Sociedade Filarmónica
União Capricho Olivalense, nos Olivais, em Lisboa.
Os carros do Museu
(IV)
No último ano da década de trinta do século passado a
CARRIS aumentou a sua frota de serviço público com a
introdução de mais cinco carros eléctricos que tomaram
os números de frota 801 a 805.
Embora o primeiro da série tenha sido formalmente
apresentado à Comunicação Social, em Fevereiro de
1939, com uma caixa de bandeira de destino diferente
do modelo então em serviço, e que não prevaleceu, o
número 802, posto em circulação em Novembro daquele
mesmo ano, apresentava já as características que
durante alguns anos foram comuns a todos os carros da
série.
Utilizando a fotografia que ilustra este artigo como
auxiliar, saltam à vista algumas dessas características,
que passamos a enumerar. Desde logo o seu aspecto de
grande robustez, as portas em madeira, em substituição
das tradicionais cancelas extensoras, em ferro, sendo
esta a primeira vez que tal solução foi utilizada, e a
existência de 9 vidros em cada um dos lados do tejadilho,
situação que apenas se verificou nestes carros.
Mas foi provavelmente a pintura exterior, mantendo
ainda as faixas branca e amarela mas terminando “em
bico” nas plataformas, que mais chamou a atenção do
público, o mesmo
sucedendo com
a identificação da
Empresa em que
a pintura do seu
nome, por extenso,
foi substituída pela sigla CCFL.
Apresentava ainda esta série uma outra característica que
não se repetiu em mais nenhuma: a existência, em cada
uma das plataformas, de uma cabina fechada para o guardafreio, em madeira, isolando-o do público. Não foi satisfatório
o desempenho da caixilharia das cabinas pelo que, passado
algum tempo, foram suprimidas. Com o passar dos anos
outras alterações foram introduzidas, sendo as mais visíveis
a instalação de uma caixa de bandeira de destino em cada
topo, a supressão dos vidros do tejadilho e a adopção de
uma nova pintura tornando o amarelo a cor dominante tanto
nos painéis laterais como nas plataformas.
Em 1943 a série viria a ser aumentada com mais cinco
carros eléctricos, numerados de 806 a 810.
A memória desta série subsiste no carro 802, parte
integrante das colecções do Museu da CARRIS, onde se
encontra em exposição.
Ao efectuar a avaliação dos primeiros quatro
meses de 2006, foi com muita satisfação que se
constatou uma redução de 17% na quantidade
de reclamações recebidas em relação ao período
homólogo de 2006, resultado das intervenções
efectuadas para a melhoria da qualidade do
serviço.
De facto, relativamente às reclamações de
serviço verificou-se neste período uma melhoria,
continuando a adquirir maior expressão as
reclamações sobre irregularidade, informação
deficiente e bilhética.
Notícias da
ARECA
Almoço anual em Santarém
No passado dia 21 de Maio, em Santarém, teve lugar
o “Almoço Anual dos Reformados da CARRIS”, que
contou com a presença do Presidente do Conselho de
Administração da CARRIS, Dr. Silva Rodrigues, bem
como de um representante do Presidente da Câmara
Municipal de Santarém.
A Banda de Música dos Empregados da CARRIS
colaborou neste encontro interpretando vários números
do seu reportório, executados com muito entusiasmo.
Tivemos igual colaboração da Banda do XantinhoSantarém, que muito nos honrou com a sua presença.
Reclamações de serviço (Janeiro a Abril)
500
400
300
250
200
150
100
50
0
2006
2005
´
irregularidade
Adiada a Assembleia-Geral
informação
deficiente
bilhética
oferta
alteração de
deficiente percurso/horário
Pelo contrário, as queixas sobre comportamentos
do nosso pessoal apresentaram uma evolução
negativa e estão relacionadas, sobretudo, com
a relação menos cordial estabelecida entre
o condutor e o cliente e o tipo de condução
praticado.
Por diversas razões não foi possível realizar a
Assembleia-Geral da nossa Associação. Oportunamente
daremos notícias sobre este mesmo assunto. Todavia,
informamos, especialmente os nossos associados, que
as “Contas” que serão presentes à citada Assembleia
foram já aprovadas pelo nosso Conselho Fiscal.
Queixas de pessoal (Janeiro a Abril)
Património da ARECA mais rico
O nosso património acaba de ser enriquecido com a
oferta pelo Conselho de Administração da CARRIS de um
televisor e de vários jogos que se encontram à disposição
dos nossos sócios na nossa sala de lazer. Também um
pequeno bar foi instalado na nossa sede. Aguardamos a
vossa visita.
Próximas actividades
Estão programados bailes na Sede, no Edifício da Bica,
para todas as últimas sextas-feiras de cada mês, a partir
de Setembro.
Este ano também será possível fazer a passagem de
ano na nossa Sede, para o que convidamos desde já os
nossos colegas e suas famílias a preparar o “farnel” que
irão trazer e que poderão partilhar com os colegas.
Em complemento da presente notícia damos
conhecimento que a nossa Sede estará encerrada, para
férias, durante o próximo mês de Agosto.
Se ainda não é nosso Sócio inscreva-se. Já somos mais
de mil, mas com a sua inscrição seremos ainda mais e
mais fortes.
COLUNA DO PROVEDOR
Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
120
100
80
60
40
20
0
2006
2005
motorista / motorista não
atendimento faz paragem
condução motorista não motorista
agressiva abre a porta altera itinerário
De acordo com o plano de formação em curso
pretende-se atingir um reforço da qualidade
do desempenho dos condutores, em todas
as componentes da função relacionadas com
o cliente. Estão a ser tratadas com detalhe
as boas práticas a observar, tendo em conta,
prioritariamente, os casos dos Motoristas e
Guarda-Freios cujo desempenho é revelador da
necessidade de um investimento formativo mais
imediato.
A formação dos condutores deverá ser
complementada com uma intervenção intensiva
ao nível de enquadramento de forma a conseguirse uma redução das queixas de pessoal.
15
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
Notícias
Colónia de Férias 2006
16
Este ano irá realizar-se a 28ª Colónia
de Férias, que teve o seu início, por
iniciativa do Grupo Desportivo da
Carris, em 1979 – Ano Internacional
da Criança. Desde o ano seguinte
que, em parceria com a CARRIS,
que suporta o custo do transporte,
almoço e um lanche, se tem mantido
a organização da colónia de férias
para os filhos dos trabalhadores da CARRIS, com idades compreendidas
entre os 6 e os 12 anos. Para a sua frequência, basta que os pais
manifestem a sua vontade mediante uma inscrição.
A organização da colónia de férias teve sempre a preocupação de
proporcionar às crianças um conjunto de actividades culturais e lúdicas.
Assim, o dia-a-dia divide-se em duas partes – praia de manhã com
actividades ao ar livre e culturais à tarde, de que constam visitas guiadas
a museus e monumentos, passeios, etc. Este ano, no âmbito destas
actividades irão ser incluídas visitas ao Museu da CARRIS.
Maratona Fotográfica CARRIS apoia Play GYM
de Lisboa no Museu
No âmbito
da realização
da Maratona
Fotográfica de
Lisboa, iniciativa
da Câmara
Municipal que
visa promover
a fotografia,
premiando e
proporcionando
formas de divulgação dos
trabalhos apresentados, o Museu
da CARRIS participou no evento
através da cedência do núcleo
2 de exposição para servir
como posto de recepção e de
apoio aos participantes. Tendo
decorrido durante o período
de tempo compreendido entre
a 01h00 e as 07h00 da manhã
do dia 20 de Maio, este evento
trouxe ao Museu cerca de 200
visitantes.
A CARRIS
apoiou, uma
vez mais, o
programa
Play GYM
concedendo
transporte
gratuito nas suas carreiras aos alunos e
respectivos professores que nos passados
dias 5, 6 e 7 de Junho se deslocaram ao
Estádio 1º de Maio para participarem na
actividade final do programa.
O programa Play GYM é uma iniciativa
conjunta da Federação Portuguesa de
Ginástica, da Câmara Municipal de Lisboa
e da Direcção Regional de Educação de
Lisboa que pretende promover a relação
entre as diversas escolas no sentido de
enfatizar valores como o espírito de equipa,
a cooperação, o fair-play, o respeito e a
valorização e benefícios das práticas físicas.
Ao longo dos três dias em que realizou esta
actividade, participaram 92 escolas do 1º ciclo
do ensino básico, num total de cerca de 3500
alunos.
Fado no Eléctrico 28
A CARRIS e a EGEAC repetem
este ano a iniciativa “Fado
no Eléctrico 28”, que junta
o som castiço e tradicional
dos intérpretes “bairristas”
aos habitantes e visitantes
da capital. A escolha recaiu
novamente sobre o Eléctrico
n.º 28 por percorrer alguns dos
mais típicos bairros lisboetas
(do Martim Moniz aos Prazeres,
passando pela Mouraria e
Graça), tradicionalmente ligados
ao Fado. Este é também o
percurso mais frequentado
pelos turistas, assegurando
assim a divulgação deste
género musical, verdadeiro
“cartão de visita” da cidade.
Ao todo, participaram nesta
iniciativa 65 fadistas (vozes
masculinas e femininas)
e 23 músicos (12 guitarras
e 11 violas).
Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris
Notícias
CARRIS
na Feira do Livro
A Carris esteve presente na edição
2006 da Feira do Livro de Lisboa
com o autocarro 851, que faz parte
da colecção do Museu da Carris.
Este autocarro recria uma pintura
da autoria de Eduardo Nery. O
projecto tinha como objectivo levar
manifestações de carácter cultural ao
quotidiano dos lisboetas.
Exposições no MOPTC
No âmbito do “Dia Internacional das
Mulheres”, esteve patente ao público
de 6 a 31 de Março, no átrio principal
da Secretaria-Geral, do Ministério
das Obras Públicas Transportes e
Comunicações, uma exposição de
quadros “Mulheres e Fantasias” e de
dados biográficos da pintora Laura
Cesana.
A CARRIS colaborou neste evento
oferecendo 3 exemplares do livro
“A História da Companhia Carris
de Ferro de Lisboa em Portugal”
para oferta às individualidades que
colaboraram no evento: a pintora
Laura Cesana, a escritora e actriz
Rosa Lobato de Faria e o declamador
de poesia Dr. Jorge Lino.
De 3 a 12 de Abril, teve lugar, no
mesmo local, a exposição “Mulheres
nos Prémios Nobel” da autoria da
Comissão para a Igualdade e para os
Direitos das Mulheres.
Ambas as exposições foram
apoiadas por painéis cedidos pela
CARRIS para colocação de quadros.
Eléctrico 28
na revista “Time”
O “histórico” eléctrico 28, que
estabelece a ligação entre o Martim
Moniz e o Cemitério dos Prazeres, foi
referenciado numa peça publicada
na conhecida revista semanal “Time”
sobre os melhores percursos de
autocarro e eléctrico a efectuar na
visita a algumas das capitais da
Europa.
Na peça é destacado um percurso
em Berlim, Londres, Paris, Roma
e Lisboa. Na capital portuguesa é
referenciado o trajecto efectuado
pelo eléctrico 28, destacando a
passagem por
Alfama, Baixa
Pombalina,
Chiado, Bairro
Alto, Bica, até
chegar ao
término da
viagem, nos
Prazeres.
Visitaram a CARRIS
No dia 20 de Abril, uma delegação
do Instituto Militar dos Pupilos
do Exército, do 3º. Ano do Curso
Superior de Engenharia Mecânica,
constituída por 15 alunos e 4
docentes, visitou as Oficinas de
Reparação de Autocarros (áreas de
veículos e de órgãos) e a Estação de
Miraflores.
Ainda nesse mês, no dia 28, o Museu
da CARRIS recebeu a visita de uma
delegação de Técnicos de Tráfego
noruegueses, que, deste modo,
tomaram contacto com a evolução
histórica da empresa.
Em Maio, no dia 11, uma delegação
da cidade suíça de St. Gallen,
liderada pela vereadora do pelouro
de construção e transportes daquela
cidade, após uma apresentação
sobre a “Rede de Transportes
Públicos da CARRIS”, visitou o
Museu tendo, de seguida, efectuado
uma breve viagem até Belém num
dos eléctricos que integram as suas
colecções, o n.º 283, entrado ao
serviço em 1902.
Também no dia 18, e como parte
integrante de uma viagem de estudo
a Lisboa, o Museu recebeu um
grupo de estudantes de Mestrado
em Turismo Internacional da
Universidade Suíça de Lugano.
No dia 6 de Junho o Complexo de
Santo Amaro recebeu um grupo de
25 estudantes de engenharia suecos,
tendo a visita contemplado o Museu
da CARRIS, a Estação e as Oficinas
de Carros Eléctricos e a Central de
Comando de Tráfego.
Momento da visita efectuada pelos
estudantes universitários de Lugano
17
Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa Carris • Lisboa
PRIMEIRO
A SAÚDE
A falta de exercício
mata o coração
Mexa-se
18
A inactividade física é hoje
reconhecida como um importante
factor de risco para as doenças
cardiovasculares, a par do
tabagismo, da hipertensão arterial e
da hipercolesterolémia (colesterol
elevado).
As alterações orgânicas
que aparecem com o
envelhecimento não
são em grande parte
devidas a um
processo normal e
fisiológico, mas
sim, com o decorrer da idade, aos
efeitos da inactividade física.
Se quer envelhecer com qualidade,
bastam-lhe 30 minutos de actividade física
moderada por dia. Mas, se não lhe apetecer
fazer 30 minutos, faça o tempo que quiser.
Comece devagar e não se esqueça que
não é obrigatório ir para o ginásio. Pode
fazer muita coisa para contrariar
o sedentarismo: jardinagem,
“bricolage”, dançar, subir e
descer escadas, andar com
passo enérgico, indo a pé para
o emprego ou descendo numa
paragem do autocarro anterior à usual.
O mais importante é fazer algo com carácter
de continuidade. Mais vale pouco e regular do que
muito só de vez em quando.
Actividade física moderada e regular
O que pode ganhar
1. Aumentar a capacidade cardiorespiratória, o que lhe permite
brincar; trabalhar; fazer amor;
correr; dançar; subir escadas... sem
se cansar ou cansando-se menos.
2. Melhorar a circulação sanguínea,
diminuindo o risco de tromboses e
embolias e consequentes enfartes.
3. Aumentar a sua massa muscular
e flexibilidade, o que lhe permite
desempenhar as tarefas do dia-a-dia
com maior eficiência, coordenação,
agilidade e com mais equilíbrio.
4. Fortalecer os ossos diminui o risco
de osteoporose e de fracturas em
caso de quedas.
5. Controlar o seu peso contribui para
o normal funcionamento do seu
mecanismo de controlo da fome e
evita acumulação de gorduras.
6. Melhorar o colesterol: aumenta o
HDL (colesterol “bom”) e reduz o
colesterol total e o LDL (o colesterol
“mau”).
7. Reduzir os diabetes do adulto reduz
o risco de complicações vasculares
nos diabéticos e reduz em 20% as
probabilidades do seu aparecimento.
8. Controlar a tensão arterial tanto de
indivíduos hipertensos (tensão alta),
como hipotensos (tensão baixa).
9. Aumentar o seu bem-estar
psicológico, melhorando os níveis de
confiança e de auto-estima...
10. Aumentar a seu sistema imunitário:
o que o torna mais forte contra os
agentes patogénicos, como alguns
vírus e bactérias.
GRIPE SAZONAL
Saiba algo importante para a sua Saúde
É uma doença respiratória aguda, frequente nos meses de Inverno, ainda que possam
surgir casos isolados ao longo do ano. Chama-se epidemia quando há um aumento muito
elevado de casos numa comunidade. Transmite-se pela saliva, através da respiração,
da fala, da tosse e dos espirros. É, normalmente, benigna e a vacinação é eficaz, com
grandes benefícios nos doentes portadores de doenças crónicas e nos idosos.
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Revista Lisboa Carris Nº 48, Série III, Ano 11, 2º Trimestre