UFRRJ INSTITUTO DE AGRONOMIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA MONOGRAFIA Avaliação das diferentes velocidades de rotação de agitadores horizontais, para análise granulométrica de alguns latossolos Bruno Unterleitner 2011 1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – UFRRJ INSTITUTO DE AGRONOMIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA AVALIAÇÃO DAS DIFERENTES VELOCIDADES DE ROTAÇÃO DE AGITADORES HORIZONTAIS, PARA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE ALGUNS LATOSSOLOS BRUNO UNTERLEITNER Sob a orientação do Professor Marcos Bacis Ceddia Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo no curso de Graduação em Engenharia Agronômica Seropédica, RJ Junho de 2011 2 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – UFRRJ INSTITUTO DE AGRONIMIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA BRUNO UNTERLEITNER Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo no curso de Graduação em Engenharia Agronômica MONOGRAFIA APROVADA EM 21/06/2011 ____________________________________________________________ Marcos Bacis Ceddia (Dr.) - UFRRJ (Orientador) ____________________________________________________________ Guilherme Kangussu Donagemma (Dr.) – Embrapa Solos ____________________________________________________________ André Luis Oliveira Villela (M. Sr) – CTUR 3 Dedicatória Como dizia Confúcio, “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.” 4 Agradecimento Agradeço primeiramente a Deus, por me conceder a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir a diferença uma das outras; ao meu pai Roberto Unterleitner, por ter me colocado nesse mundo, e principalmente minha mãe, Agra Lúcia Unterleitner por nunca ter desistido de lutar por mim, apesar das dificuldades, pelo amor e dedicação em todos os momentos; ao Ricardo Daibert, que apesar da ausência do meu pai, sempre se esforçou em me dar tudo que precisei de um pai; a todos os meus professores, que dedicaram suas vidas a passar conhecimento as pessoas, em especial aos professores Marcos Bacis Ceddia e Érika Flávia Machado Pinheiro que além de professores tornaram grandes amigos, obrigado pelos conselhos e a oportunidade de estágio oferecida, ao professor do CTUR André Villela e ao pesquisador da Embrapa Solos Guilherme K. Donagemma, que me ajudaram e deram conselhos na minha vida acadêmica e pela honra de fazer parte da banca; aos familiares e amigos, tios Gerson, Carlinho, João, Domingos, as tias Lucilene, Lucimar, Luci, minha prima Caroli, meus avôs Alfredo e Martinho, minha avós Théa e Dinha, que sempre estão do meu lado; ao Padre Paulo pelos conselhos, ombro amigo e ensinamentos; ao Fernando Andrade por ter me oferecido meu primeiro emprego como Engenheiro Agrônomo, a Séphora Neves da Silva pela paciência, carinho e ajuda prestada no decorrer desta vida acadêmica; Agradeço a toda Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro por proporcionar dias bons e ruins, belas paisagens e uma excelente formação acadêmica, ajudando a tornar-me um grande homem. 5 RESUMO UNTERLEITNER, Bruno. Avaliação das diferentes velocidades de rotação de agitadores horizontais, para análise granulométrica de alguns latossolos: Seropédica, RJ. 2011. 39 p. Monografia em Engenharia Agronômica. Instituto de Agronomia, Departamento de Solos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2011. Os Latossolos representam um das principais solos ocorrentes no território brasileiro (em torno de 1/3 do território nacional) e, sobretudo pela qualidade físico-hídrica adequada ao desenvolvimento das culturas de interesse agrícola, apresentam grande importância na agricultura brasileira. Os Latossolos se destacam por serem altamente intemperizados, o que resulta em redução da saturação de bases, sílica e aumento relativo de alumínio e ferro, bem como pH ácido. Outra característica marcante dos Latossolos é o predomínio de caulinita e óxido-hidróxidos de alumínio e ferro na fração argila, com elevado grau de floculação. Além da elevada floculação, os altos teores de óxido-hidróxidos de alumínio e ferro conferem elevada cimentação entre as partículas do solo. O elevado grau de floculação da fração argila é um dos fatores associados à boa qualidade físico-hídrica desses solos (boa aeração, boa disponibilidade de água e baixa resistência a penetração), no entanto, sob o ponto de vista de determinação analítica das frações granulométricas, areia, silte e argila, essa floculação e cimentação elevada representa uma importante impedimento à individualização das partículas durante a análise granulométrica. Para que estas partículas sejam individualizadas, são usados dispersantes químicos e físicos. As formas de dispersões físicas padrões são a lenta e a rápida, sendo o tempo de 16 horas para agitação lenta e de 15 minutos para agitação rápida. Na agitação lenta, podem ser usados três tipos de aparelhos, apresentado três tipos de agitadores: os de movimentos horizontais, helicoidais ou verticais. O uso dos diferentes tipos de agitadores e diferentes velocidades de agitação apresenta diferentes resultados de análises. A precisão da análise granulométrica é necessária para que haja um enquadramento do solo em uma classe textural correta. Ao fazer o zoneamento agrícola de risco climático, que tem como finalidade identificar as áreas e os períodos de plantio mais apropriado para minimizar riscos climáticos, onde também, são indicado as cultivares mais adaptadas à região e os tipos de solos, solos enquadrados no do tipo 1, ou seja, arenoso (teor de argila < 15%) devem ser evitados, devido à baixa capacidade de retenção de água e nutrientes disponíveis às plantas. Estes apresentam intensa lixiviação, perdem mais água por evaporação e são normalmente mais secos. Para que seja feito um crédito rural aos produtores, os bancos exigem análise do solo, com seu respectivo enquadramento, onde o crédito pode ser ou não aprovado. Portanto esse trabalho tem como objetivo estipular uma velocidade de rotação, na determinação da análise granulométrica de latossolos, com o uso de aparelhos de funcionamento horizontal, para que ocorra uma melhor desagregação das frações areia, silte e argila do solo, obtendo uma análise com melhor exatidão. Alguns Latossolos podem apresentar problemas de dispersão, devido à presença de microagregados de alta estabilidade. As formas de dispersões padrões são a lenta e a rápida, sendo o tempo de 16 horas para agitação lenta e de 15 minutos para agitação rápida. Na agitação lenta, podem ser usados três tipos de aparelhos, apresentado três tipos de agitações: horizontais, helicoidais ou verticais. Portanto esse trabalho tem como objetivo estipular uma velocidade de rotação, na determinação da análise granulométrica de latossolos, com o uso de aparelhos de funcionamento horizontal, para que ocorra uma melhor desagregação das frações areia, silte e argila do solo. 6 Palavra-chave: Física do solo; Análise granulométrica; Latossolo Vermelho; Agitação. 7 SUMÁRIO RESUMO ............................................................................................................................................... 6 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 10 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................................... 12 1. TEXTURA DO SOLO ................................................................................................................ 12 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA TEXTURA DO SOLO .............................................. 13 1.1.1. Método de Campo .......................................................................................................... 13 1.1.2. Métodos de Laboratório ................................................................................................. 14 1.1.2.1. Análise por Levigação............................................................................................... 14 1.1.2.2. Método da Pipetagem.............................................................................................. 14 1.1.2.3. Análise Contínua por Sedimentação ........................................................................ 14 1.1.2.3.1 Balanças de Sedimentação,................................................................................ 14 1.1.2.3.2 Vasos Comunicantes .......................................................................................... 14 1.1.2.3.3 Densímetros, ...................................................................................................... 15 1.1.2.3.4 Atenuação de Raios X......................................................................................... 15 1.2 OUTROS MÉTODOS........................................................................................................... 15 1.2.1. Microscopia ..................................................................................................................... 15 1.2.2. Coulter Counter............................................................................................................... 16 1.2.3. Difractometria Laser........................................................................................................ 16 1.3 LEI DE STOKES .................................................................................................................. 16 1.4. MÉTODO DA PIPETA ....................................................................................................... 17 1.4.1 Pré tratamento................................................................................................................. 17 1.4.2 Dispersão.......................................................................................................................... 17 1.4.2.1 Dispersão mecânica................................................................................................... 18 1.4.2.2 Dispersão química ..................................................................................................... 18 8 1.4.3 Fracionamento da amostra .......................................................................................... 18 1.4.3.1- Tamização ............................................................................................................ 18 1.4.3.2-Sedimentação ....................................................................................................... 18 1.5. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES .............................................................................. 18 2. LATOSSOLOS............................................................................................................................ 19 3. APARELHOS DE DISPERSÃO MECÂNICA ........................................................................ 20 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................................... 20 1. MATERIAL................................................................................................................................. 20 1.1 Solos avaliados ....................................................................................................................... 20 1.2 Agitador e rotações................................................................................................................ 21 2. MÉTODO..................................................................................................................................... 21 2.1 Análise granulométrica......................................................................................................... 21 2.2 Cálculos .................................................................................................................................. 21 2.3 Delineamento e Análise estatística ....................................................................................... 22 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................................ 22 CONCLUSÕES ................................................................................................................................... 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 25 Anexos .................................................................................................................................................. 26 1. ANÁLISE ESTATÍSTICA DO HORIZONTE A DOS SOLOS ............................................. 26 2. ANÁLISE ESTATÍSTICA DO HORIZONTE B DOS SOLOS.............................................. 32 9 INTRODUÇÃO A textura do solo refere-se à proporção relativa das frações argila, silte e areia que compõem a massa do solo. Trata-se de uma característica de extrema importância na determinação das propriedades física de um solo, com aplicações práticas, nos estudos de drenagem, erosão, adsorção de nutrientes e pesticidas, manejo do solo em geral, entre outros. Existem vários métodos de determinação das frações granulométricas areia, silte e argila, apresentados na literatura. Dentre esses métodos destacam-se o método expedito, análise por levigação, método da pipetagem, análise contínua por sedimentação, balanças de sedimentação, vasos comunicantes, densímetros, atenuação de raios X, microscopia, coulter counter e difractometria laser. Apesar da diversidade de métodos, no Brasil, a análise granulométrica é amplamente efetuada tendo como base teórica a lei de Stokes, a qual estabelece que a resistência oferecida por um líquido à queda de uma partícula varia com o raio da esfera, desconsiderando a sua superfície. Utilizando o mesmo princípio teórico, existem dois métodos amplamente empregados nos laboratórios brasileiros, denominados método da pipeta e do densímetro. Os critérios escolhidos pelos diferentes laboratórios para implementação de um desses métodos na rotina variam, tais como: logística, praticidade, treinamento da equipe executora e precisão. De modo geral, o método da pipeta é o mais preciso e o mais usado a nível nacional. Embora a análise granulométrica seja bem estabelecida na literatura e amplamente usada em diversos laboratórios públicos e privados no país e com o predomínio de um mesmo principio teórico, observa-se uma grande variação de procedimentos laboratoriais nas diferentes etapas do método, tais como pré-tratamento e dispersão química e mecânica. Essas variações ou adaptações metodológicas são relativamente pouco estudadas e pouco se sabe sobre o impacto destas na precisão dos resultados. Paralelo aos aspectos teóricos inerente ao método, recentemente foi implementada uma normativa, na qual a análise granulométrica do solo é uma determinação obrigatória para que determinados créditos bancários sejam aprovados para produtores rurais. Essa normativa determina que os solos devem ser enquadrados em três tipos de solos, onde a base é a textura do solo, ou seja, na porcentagem das frações areia, silte e argila. Dependendo do resultado o produtor poderá ou não receber o crédito bancário. Considerando os aspectos acima mencionados, o objetivo desse trabalho foi estudar de forma sistemática alguns aspectos metodológicos associado ao método da pipeta, que engloba o seguinte aspecto: Estipular uma velocidade de rotação, na etapa de dispersão mecânica, para determinação da análise granulométrica de latossolos, com o uso de aparelhos de funcionamento horizontal, na qual seja estipulada uma rotação onde ocorra uma melhor desagregação das frações areia, silte e argila do solo. 10 11 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1. TEXTURA DO SOLO De acordo com Ceddia (2002), a textura do solo refere-se à proporção relativa das frações areia, silte e argila que compõem a massa do solo. Não consideramos a fração orgânica do solo e as partículas de diâmetro maior que 2 mm quando estudamos textura. O tamanho das partículas não esta sujeito a mudanças rápidas, por isso é considerada como uma propriedade básica. Trata-se de uma característica de extrema importância na determinação das propriedades física de um solo, com aplicações práticas, nos estudos de drenagem, estudos de erosão, adsorção de nutrientes e pesticidas, manejo do solo em geral, entre outros. A composição granulométrica do solo e dividida em partículas maiores que 2 mm, chamadas de esqueleto do solo, e partículas menores que 2 mm. As classes de tamanho das partículas estão demonstradas na Tabela 1. Tabela 1. Classes de tamanho de partículas do solo FRAÇÃO GRANULOMÉTRICA DIÂMETRO (mm) Matacão > 200 Calhaus 200 –20 Cascalho 20 – 2 Areia grossa 2 – 0,2 Areia fina 0,2 – 0,05 Silte 0,05 – 0,002 Argila < 0,002 De acordo com o autor, a textura do solo determina os fenômenos de superfície, os quais influenciam tanto as propriedades químicas como físicas do solo. Solos arenosos apresentam baixa CTC e baixa capacidade de retenção de água e elevada porosidade com predomínio de macroporos. Por outro lado, solos argilosos apresentam maior CTC e capacidade de retenção de água, porosidade total variável e predomínio de microporos. (CEDDIA,2002) Na Tabela 2 é apresentada uma série de propriedades do solo que são influenciadas pela textura do solo. 12 Tabela2. Propriedades do solo que são influenciadas pela textura do solo. Textura Argilosa Textura Média Textura Arenosa Capacidade de água alta ←------------→ Capacidade de água baixa Fluxo de água menor ←------------→ Fluxo de água fácil Coesão elevada ←------------→ Coesão baixa Maior CTC ←------------→ Baixa CTC < variação de temperatura ←------------→ > variação de temperatura Decomposição M.O. menor ←------------→ Decomposição M.O. maior Microporosidade maior ←------------→ Macroporosidade maior Melhor agregação ←------------→ Menor agregação Superfície específica alta ←------------→ Superfície específica baixa Baixa aeração ←------------→ Alta aeração Maior potência mecanização na Maior ←------------→ desgaste dos implementos 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA TEXTURA DO SOLO A análise granulométrica é a análise que determina a textura de um solo. Vários métodos de análise granulométrica são conhecidos, onde entraremos em detalhes mais adiante, mas o método da pipeta é o método mais utilizado. Em seguida, veremos os métodos conhecidos de determinação da textura do solo. 1.1.1. Método de Campo A textura do solo pode ser avaliada no campo (método expedito), através da sensação que uma pequena amostra de terra umedecida e trabalhada entre os dedos dá ao tato e observação visual, e através de métodos de laboratório (CEDDIA, 2002). É usada em situações onde não temos acesso a um laboratório e necessitamos de um resultado, muito usado quando estamos descrevendo algum perfil. È um método onde precisamos de muito treinamento, pois baseamos na sensação tátil, sendo considerado um método subjetivo. As diferentes frações granulométricas apresentam as seguintes sensações táteis: Areia→ Aspereza, ausência de pegajosidade e ausência de plasticidade; Silte→ Sedosidade; Argila→ Plasticidade e Pegajosidade. 13 1.1.2. Métodos de Laboratório Segundo DIAS (2004), as análises conhecidas para determinação da textura do solo em laboratório são: análise por levigação, método da pipetagem, análise contínua por sedimentação, balanças de sedimentação, vasos comunicantes, densímetros e atenuação de raios X, microscopia, coulter counter e difractometria laser. 1.1.2.1. Análise por Levigação Na análise por levigação separam-se, sucessivamente, as frações mais finas da amostra, criando, para tal, correntes ascendentes. Normalmente utilizam-se séries de recipientes em que, em cada um, se deposita uma classe dimensional. A dimensão de cada recipiente e o fluxo hídrico tem que estar dimensionados por forma a efetivar-se a separação dimensional pretendida. 1.1.2.2. Método da Pipetagem Neste método determina-se a quantidade de material fino existente em frações dimensionais previamente estabelecidas, tirando proveito das velocidades de sedimentação de cada uma dessas frações, delas retirando alíquotas por pipetagem. 1.1.2.3. Análise Contínua por Sedimentação Neste método determinam-se os valores acumulados do peso em função do tempo. Apresentam a vantagem de permitir conhecer a variação de distribuição granulométrica de forma contínua, sem necessidade de considerar frações granulométricas forçosamente alargadas (como no caso da pipetagem). Existem várias variantes deste método, as quais utilizam, com frequência, princípios distintos. Algumas dessas variantes são: 1.1.2.3.1 Balanças de Sedimentação, Este tipo de equipamentos foi originalmente concebido por Oden, mas posteriormente foram desenvolvidos vários outros (como os de Johnson, de Doeglas e de Martin) que simplificaram e aumentaram a precisão do método. Basicamente, estes equipamentos têm um prato de balança (ou ligado a um sensor de pressão) mergulhado no recipiente que contém a amostra em suspensão, e sobre o qual a amostra vai sedimentando. O registro automático do aumento de peso em função do tempo permite conhecer diretamente a curva cumulativa. No entanto, o que realmente é determinado, são as velocidades de queda, sendo necessário assumir conversões velocidade de queda diâmetro das partículas para chegar à distribuição granulométrica. 1.1.2.3.2 Vasos Comunicantes Estes equipamentos baseiam-se no princípio seguinte: dois líquidos diferentes colocados em dois vasos comunicantes definem, em cada vaso, alturas inversamente proporcionais às suas densidades. Como a densidade de uma suspensão diminui à medida que as partículas vão sedimentando, se ligarmos um vaso com a amostra homogeneizada em comunicação com outro com um líquido de densidade conhecida, pode determinar-se a distribuição granulométrica analisando as variações contínuas das alturas dos líquidos nos vasos. Entre os vários equipamentos deste tipo podem referir-se os de Wiegnar, de Zunker, de Kelly, de Oden e de Crowther. 14 1.1.2.3.3 Densímetros, Como a densidade da suspensão vai diminuindo continuamente à medida que as partículas vão sedimentando, o registro, pelo densímetro, dessa variação, em função do tempo, permite conhecer a distribuição granulométrica. Entre os equipamentos deste tipo podem referir-se os de Bouyoucos e o de Mériaux. 1.1.2.3.4 Atenuação de Raios X O equipamento denominado SediGraph , comercializado pela empresa Micromeritics, determina a granulometria dos sedimentos a partir da atenuação de um feixe de raios X que atravessa a amostra em suspensão. Tal como noutros métodos modernos, a análise é não destrutiva, e utiliza amostras bastante pequenas. Neste método, é determinada a intensidade de um feixe de raios X, estreito (menos de 0,2% da distancia de atravessamento), colimado horizontalmente, e que atravessa um meio líquido sem partículas em suspensão. Como é evidente, o SediGraph determina a granulometria das partículas a partir das suas velocidades de sedimentação, aplicando a Lei de Stokes, o que é viabilizado pelo conhecimento da distância entre a zona atravessada pelos raios X e a superfície da mistura que contem a suspensão. A base deste método é, portanto, a mesma que é utilizada no método da pipetagem, com a diferença que, neste último, a análise é muito descontínua e no equipamento referenciado a análise é praticamente contínua. Os resultados são expressos em diâmetros equivalentes. Cada análise demora cerca de 20 minutos. 1.2 OUTROS MÉTODOS 1.2.1. Microscopia Nesta técnica observam-se, diretamente, as partículas, avaliando-se a sua dimensão através da sua imagem bidimensional. Tem a vantagem de, simultaneamente, se poder avaliar a forma das partículas e, eventualmente, deduzir a sua mineralogia. As medições podem ser efetuadas manualmente, ou automaticamente utilizando equipamento de processamento de imagem. Existe software dedicado que viabiliza a fácil determinação das dimensões, designadamente dos eixos maior e menor, bem como do diâmetro de Feret (comprimento do eixo que liga os pontos mais afastados do perímetro da partícula), do diâmetro de Martin (comprimento do eixo que divide a partícula em duas metades com áreas iguais), do diâmetro de Croften (diâmetro médio de eixos aleatórios), do diâmetro equivalente (diâmetro do círculo com a mesma área da partícula), etc. Neste método, as partículas encontram-se, de certa forma, orientadas, pois que tendem a dispor-se com o eixo maior horizontal. Assim, a imagem bidimensional de uma partícula esférica confunde-se com a de uma partícula em forma de palheta. A análise dos resultados permite concluir que as medições efetuadas em imagens bidimensionais obtidas ao microscópio conduzem a resultados que sobrevalorizam, pelo menos em 25%, os obtidos por outros métodos. 15 1.2.2. Coulter Counter Este equipamento foi, originalmente, desenhado para efetuar a contagem de células do sangue segundo as suas dimensões. A análise desenvolve-se rapidamente, carecendo apenas de pequenas quantidades de material. Basicamente, este equipamento consiste num reservatório, em que se encontra o líquido com as partículas, no qual está parcialmente mergulhado um pequeno tubo, na parte inferior do qual existe um pequeno orifício de diâmetro conhecido. Embora os Coulter Counters tenham sido concebidos para análises do sangue, começaram, na década de 70, a ser utilizados na determinação da granulometria dos sedimentos. Como os orifícios dos tubos deste tipo de equipamento apenas conseguem determinar partículas cujo diâmetro seja 2% a 40% do diâmetro do orifício, utilizam-se, para a granulometria, pelo menos dois orifícios cujas gamas de determinação de diâmetros se sobreponham parcialmente. Consequentemente, é metodologicamente errado misturar ou comparar dados obtidos com o Coulter Counter e com o método clássico da pipetagem (que, tendo como base as velocidades de sedimentação, trabalha com diâmetros equivalentes). De igual modo é, também, errado, estender a análise granulométrica para o domínio das areias, pois que a granulometria destas é efetuada ou por peneiração (determinando-se, assim, diâmetros de peneiração), ou por sedimentação (em que se determinam diâmetros equivalentes). 1.2.3. Difractometria Laser Este método granulométrico, que mais corretamente se designa por LALLS – Low Angle Laser Light Scattering baseia-se no princípio de que o ângulo de difração é inversamente proporcional à dimensão da partícula. O equipamento deste tipo mais divulgado é o Malvern. No funcionamento deste equipamento, um laser de He-Ne produz um feixe de luz monocromática, o qual ilumina uma célula de medida onde se encontra o fluido com as partículas. A luz incidente é difratada pelas partículas, gerando-se um padrão de difração estável, independente do movimento das partículas. Este padrão de difração é focado, por uma lente focalizadora, para um detector fotoeléctrico constituído por um conjunto (16 ou 32) de detectores individuais de silicon foto-sensitivo. Produz-se, deste modo, um sinal proporcional à intensidade da luz incidente, o qual, após ser amplificado por um tubo fotomultiplicador, é transmitido a um computador que registra o padrão de difração e realiza as integrações necessárias. Teoricamente, este tipo de aparelhagem determina o volume das partículas, daí se deduzindo o seu raio. Como, normalmente, as partículas não são esféricas e têm densidades diferentes, este diâmetro não pode ser diretamente correlacionado com o diâmetro de sedimentação. 1.3 LEI DE STOKES De acordo com CEDDIA, (2002), os métodos de laboratório estão todos baseados nas características de sedimentação das partículas. Todos utilizam a lei de STOKES como base teórica. A lei de STOKES estabelece que a resistência oferecida por um líquido à queda de uma partícula varia com o raio da esfera, desconsiderando a sua superfície. O comportamento da partícula pode ser avaliado de acordo com a fórmula: V= 2 x (Dr-Dágua) x G x r2, onde V→ velocidade de queda (cm/s) 9 x Vi Dr→ densidade real 16 Dágua→ densidade da água G→ aceleração da gravidade r→ raio da partícula Vi→ viscosidade absoluta do líquido Desejando-se conhecer o tempo de sedimentação de uma determinada partícula, podese deduzir da formula, fazendo-se V=h/t, onde h→ altura de queda t→ tempo de sedimentação Tem-se: T= 9 x Vi x h 2 (Dr-Dágua)G x r2 A lei de STOKES apresenta algumas limitações uma vez que esta foi deduzida para o caso de partículas perfeitamente esféricas, perfeitamente lisas, de diâmetros reduzidíssimos, caindo com velocidades limites em um meio homogêneo, em equilíbrio e longe do efeito das paredes do vaso. A lei não se aplica para partículas grosseiras. Como quando se avalia as amostras de solo, não são encontradas essas situações acima citadas, estas limitações da lei são as causas das limitações de laboratório (CEDDIA, 2002). 1.4. MÉTODO DA PIPETA Dentre os citados, o método da Pipeta é o mais usado, sendo utilizado para padronização dos demais. A seguir será descrito todos os procedimentos para a determinação de textura pelo método da Pipeta. Segundo CEDDIA, (2002), a marcha analítica do método de análise granulométrica é dividida em três fases: pré tratamento, dispersão e separação das frações do solo. 1.4.1 Pré tratamento A amostra de TFSA para que entre no processo de sedimentação precisa estar com suas partículas individualizadas de modo que a análise seja eficiente. Uma amostra de TFSA apresenta partículas individualizadas e partículas secundárias. O pré tratamento tem por finalidade a remoção de íons floculantes e dos agentes cimentantes do solo como: gesso, matéria orgânica e óxidos de ferro. 1.4.2 Dispersão A fase de dispersão consiste na destruição dos agregados do solo e individualização das partículas unitárias do solo. A dispersão consiste de duas partes: separação das partículas unitárias e estabilização da suspensão. Para se fazer a dispersão utiliza-se métodos físicos ou mecânicos, e químicos. 17 1.4.2.1 Dispersão mecânica É feita com agitação lenta durante 16h em agitador horizontal, ou agitação rápida durante 15 minutos, com agitador de haste vertical (shaker), sendo o lento o mais usado. Segundo RUIZ, (2007), alguns laboratórios usam agitadores tipo Wagner, horizontal circular como formas de dispersão mecânica. O agitador horizontal circular e o agitador de haste vertical, são formas inadequadas de fazer a dispersão mecânica das partículas do solo. 1.4.2.2 Dispersão química A dispersão química é feita através de substâncias compostas de elementos químicos que, quando na solução, apresentem raio hidratado grande. As substâncias mais utilizadas são: NaOH, LiOH e Calgon (Hexametafosfato de sódio), no caso de solos com alta salinidade. A função dos dispersantes consiste em substituir os íons floculantes (Ca, Mg, e H) por íons dispersantes (Li e Na), além de manter a estabilidade da suspensão. 1.4.3 Fracionamento da amostra O fracionamento da amostra é feito através de duas fases, são elas: Tamização e Sedimentação. 1.4.3.1- Tamização A tamização consiste da separação das partículas maiores que as da fração silte. Esta separação é feita através da passagem da amostra através de uma peneira de 0,053 mm. 1.4.3.2-Sedimentação Finalmente, parte da amostra que passou pela peneira de 0,053 mm, é colocada em proveta de 1000 mL, completando o volume com água destilada, e baseado na lei de Stokes, calcula-se o tempo necessário para a separação das partículas de silte e argila. 1.5. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES De acordo com a descrição do método, é feita a determinação da quantidade de areia (pesagem do material retido na peneira de 0,053 mm) e de argila (amostra pipetada e determinada em balança analítica). A quantidade de silte é aferida por diferença. RUIZ, (2005) propõe em coletarmos o silte+argila com finalidade de diminuirmos o erro das análises, uma vez que, o silte não será mais quantificado por diferença e sim por pesagem. Geralmente para a determinação da textura utiliza-se uma quantidade de amostra em torno 10-20 gramas, pois se recomenda que a concentração da suspensão não seja maior do que 2%. Concentrações maiores podem causar problemas no momento de aspirar à amostra. Apesar de o método da pipeta ser o mais utilizado, este apresenta algumas limitações que devem ser observadas, são elas: Formas das partículas- A lei de Stokes considera as partículas esféricas, e estas não o são, (as partículas de argila apresentam estrutura cristalina de filossilicatos); Variação da temperatura- As variações de temperatura durante a marcha analítica podem vir a acelerar ou retardar a queda das partículas na suspensão; Densidade Real- A lei de stokes considera a densidade real fixa (2,65 g/cm3) porém a densidade real varia de solo para solo, em função do teor de matéria orgânica e da mineralogia deste. 18 2. LATOSSOLOS Os Latossolos encontram-se amplamente distribuídos pelo Brasil. Como unidade dominante, ocupa cerca de um terço da superfície do território nacional, ocorrendo praticamente em todas as regiões do país sob diferentes condições climáticas, relevo e material de origem. KER, (1998). Os Latossolos são solos que possuem como características serem profundos geralmente mais de 2 metros, altamente intemperizados, de baixa fertilidade. Apresentam como característica física, cores podendo variar de vermelho-escuro a amarelo, ocorrendo uma transição gradual, clareando para os horizontes mais profundos. Possuem uma alta concentração de fração argila, variando de 15% à 80%, sendo composta principalmente de caulinita, óxidos de alumínio e ferro. Como características químicas possuem argila de baixa atividade, baixa capacidade de retenção de água, em sua maioria são distróficos e ácidos, apresentando pH entre 4 e 6. Apesar de possuir todas as características opostas para servir para a agricultura, os latossolos são passíveis de utilização para certas culturas. Com o desenvolver do sistema americano de classificação de solos, os solos latossólicos foram agrupados na ordem dos “Oxisols”. Para tanto, estabeleceu-se a definição do horizonte Subsuperficial óxico, que inspirou com adequações, a criação do horizonte B latossólico (Bw) diagnóstico da classe dos Latossolos, no sistema brasileiro de classificação de solos (Bennema & Camargo, 1964; Camargo et al., 1987; EMBRAPA- SNLCS, 1988). Desde sua criação no final da década de cinqüenta (BRASIL, 1958; 1960), o horizonte B latossólico passou por adequações até última versão (EMBRAPA-SNLCS, 1988), descrita a seguir: 1. apresenta espessura mínima de 50 cm, textura mais fina que franco arenosa com baixos teores de silte, de maneira que a relação silte/argila seja menor que 0,7; 2. apresenta na fração < 0,05 mm, corrigidos para fração TFSA, menos de 4% de minerais primários facilmente decomponíveis, ou menos de 6% de muscovita; admite-se a presença de pequenas quantidades de argilominerais interestratificados e, ou, ilita, na fração menor que 0,005 mm (silte + argila), porém não deve conter mais que traços de minerais do grupo das esmectitas; 3. a relação molecular SiO2/Al2O3 (Ki) deve ser menor que 2,2; 4. não deve apresentar mais que 5% do volume ocupado por materiais pouco alterados, ainda guardando resquícios do material de origem; 5. grande estabilidade de agregados, sendo o grau de floculação igual ou próximo de 100%, à exceção dos horizontes mais ricos em matéria orgânica ou eletropositivos; 6. CTC menor que 13 cmolc/kg, descontada a participação do carbono orgânico; e 7. pouca diferenciação entre subhorizontes. Baseando-se nestes critérios, na cor e nos teores de ferro do ataque sulfúrico são reconhecidos atualmente no Brasil sete tipos de Latossolos (CAMARGO et al., 1987; OLIVEIRA et al., 1992): Ferrífero (LF), Roxo (LR), Vermelho-Escuro (LE), VermelhoAmarelo (LV), Amarelo (LA), Bruno (LB), Vermelho-Amarelo variação Una (LU). Mais recentemente, foi discutida a criação do Latossolo Pálido (LP) (CARVALHO FILHO et al., 1993) cuja definição e implantação no sistema brasileiro de classificação ainda depende de mais estudos. Quando estes Latossolos apresentam horizonte A espesso e rico em matéria orgânica, fato mais comum nos LV, LB, LU, LR, LF e LV, são denominados Latossolos Húmicos (LH). As principais características bem como a distribuição geográfica destes solos são descritas a seguir. 19 3. APARELHOS DE DISPERSÃO MECÂNICA Uma das etapas da análise granulométrica é a dispersão mecânica. De acordo com a EMBRAPA, as formas de dispersões mecânicas padrões são a lenta e a rápida, sendo o tempo de 16 horas para agitação lenta (50 RPM) e de 15 minutos para agitação rápida (12000 RPM). Dentre as agitações lentas, existem aparelhos que possuem seu funcionamento na forma horizontal, helicoidal ou vertical. Os aparelhos com funcionamento na forma helicoidal e de alta velocidade não são indicados, pois não expressão a verdadeira porcentagem das frações areia, silte e argila. Os agitadores mecânicos mais indicados e o do tipo Wagner e o agitador horizontal. RUIZ, (2007). Não existe uma forma de agitação mecânica padrão, podendo ocorrer diferentes resultados de textura para mesma amostra de solo. MATERIAIS E MÉTODOS O experimento foi conduzido no laboratório de Física do Solo II da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, seu início foi no período de Novembro de 2009. 1. MATERIAL 1.1 Solos avaliados Foram escolhidos, para o experimento, latossolos de diferentes regiões do país, com seus respectivos horizontes A e B. Para cada amostra de latossolo, foram feitas três repetições. Solo Latossolo Vermelho Húmico Latossolo Vermelho Húmico Latossolo Vermelho Distroférrico Latossolo Vermelho Distroférrico Latossolo Vermelho Latossolo Vermelho Textura Argilosa Argilosa Horizonte Origem Horizonte A Friburgo-RJ Horizonte B Friburgo-RJ Argilosa Horizonte A Patos de Minas-MG Argilosa Média Média Muito Latossolo Vermelho Argilosa Muito Latossolo Vermelho Argilosa Latossolo Vermelho-Amarelo Média Latossolo Vermelho-Amarelo Média Tabela 3. Latossolos usados no experiemto Horizonte B Patos de Minas-MG Horizonte A São Carlos-SP Horizonte B São Carlos-SP 20 Horizonte A Sete Lagoas-MG Horizonte B Sete Lagoas-MG Horizonte A Piracicaba-SP Horizonte B Piracicaba-SP 1.2 Agitador e rotações Na execução do experimento, foi usado para a dispersão mecânica, um agitador com funcionamento horizontal onde, diferentes rotações foram avaliadas sendo essas as rotações de: 60 RPM, 90 RPM, 120 RPM, 150 RPM e 180 RPM 2. MÉTODO 2.1 Análise granulométrica Para determinação das frações argila, silte e areia do solo, foram feitas análises granulométricas, pelo método da pipeta proposta por RUIZ, (2005), que se baseia em coletar a suspensão (argila+silte). Foram pesadas 10g de TFSA. Acrescentou-se 50 mL de solução de NaOH 0,1 mol.L1 e 150 mL de água destilada. As amostras foram colocadas no agitador horizontal por 16 horas. Cada amostra foi agitada nas diferentes rotações. Após serem agitadas, as amostras foram colocadas em provetas de 500 mL, e em seguida, completadas com água destilada até o respectivo volume. Para a coleta da suspensão (fração silte + fração argila), as amostras foram agitadas com o auxílio de um agitador manual, nas próprias provetas e imediatamente após a agitação, foram retiradas alíquotas de 25 mL da suspensão. Decorrido o tempo calculado pela Lei de Stokes para a temperatura de trabalho, coletou-se, dos 5 cm superficiais, 25 mL da suspensão de argilas. Por peneiramento através de malha de 0,210 mm, separam-se a areia grossa e a areia fina. Todas as frações são secas em estufa a 105 oC , por 24 horas, e pesadas com aproximação de 0,01 g, para areia grossa e areia fina, e de 0,0001 g, para as frações (silte + argila) e argila. 2.2 Cálculos Os cálculos usados para obtenção dos resultados foram os propostos por Ruiz, (2005). Para expressar as proporções das frações em kg. kg-1, os teores (xi) de areia fina (AF), areia grossa (AG), argila (Arg) e silte (S) são calculados da seguinte forma: 21 em que M é a massa (g) das frações do solo, da terra fina seca ao ar (TFSA) e do dispersante (D); VT, o volume total da dispersão (mL), e VC, o volume coletado (mL). As proporções calculadas nas equações não levam em consideração a umidade residual da TFSA. Na realidade, os resultados obtidos deveriam ser multiplicados por um fator f de modo a referi-los à terra fina seca em estufa (TFSE) (Vettori, 1969): Para obtenção dos resultados finais de areia grossa, areia fina, argila e silte em porcentagem, os resultados encontrados pelas fórmulas, que estão expressos em kg.kg-1, foram multiplicados por 100. 2.3 Delineamento e Análise estatística O experimento constou de um delineamento inteiramente casualizado, onde se avaliou o efeito de diferentes rotações de dispersão mecânica, em diferentes tipos de latossolos. O delineamento estatístico foi um fatorial 10x2x3.Os dados foram analisados pelo software estatístico SAEG. O teste usado foi o de Tukey com o nível de significância de 5%. RESULTADOS E DISCUSSÃO A identificação dos solos em estudo pode ser observada na Tabela 4. Identificação 1 Solo Textura Latossolo Vermelho Húmico Argilosa 2 3 Latossolo Vermelho Distroférrico Latossolo Vermelho 4 5 Latossolo Vermelho Latossolo Vermelho-Amarelo Argilosa Média Muito Argilosa Média Origem Friburgo-RJ Patos de MinasMG São Carlos-SP Sete Lagoas-MG Piracicaba-SP Tabela 4. Identificação dos solos usados no experimento Podemos observar na Tabela 5 e na Tabela 6 os valores de textura dos solos para Horizonte A e Horizonte B, respectivamente. Solo 1 2 3 4 5 CV %AF 14,5 C 13,6 C 34,3 B 8,6 D 39,3 A 17,3 %AG 31,7 AB 26,3 B 42,0 A 28,0 B 34,8 AB 32,5 %ARG 32,4 B 35,0 AB 16,4 C 44,7 A 14,3 C 36,6 %Silte 21,4 AB 25,1 A 7,4 C 18,6 B 11,5 C 37,6 Tabela 5. Média da textura do Horizonte A dos solos em estudo 22 Solo 1 2 3 4 5 CV %AF 13,8 C 16,2 C 20,8 B 14,3 C 39,4 A 18,6 %AG 28,0 B 32,2 AB 37,4 A 31,7 AB 31,0 AB 25,9 %ARG 44,9 A 32,4 B 28,5 BC 33,6 B 22,0 C 27,5 %Silte 13,2 B 19,2 A 13,3 B 20,4 A 7,6 C 26,9 Tabela 6. Média da textura do Horizonte B correlacionando os solos A diferença de textura entre os solos é comprovada pela análise estatística, onde os solos de textura muito argilosa possuem valores maiores de argila e os solos de textura média, valores menores. Na Tabela 7 e na Tabela 8, são colocadas as diferentes análises de textura realizadas com as diferentes rotações para o Horizonte A e Horizonte B, respectivamente. RPM 60 90 120 150 180 CV %AF 24,1 A 21,8 AB 23,5 AB 21,0 AB 20,1 B 17,3 %AG 41,5 A 34,2 AB 32,6 AB 27,9 B 26,6 B 32,5 %ARG 17,3 B 24,6 B 26,7 AB 36,9 A 37,2 A 36,6 %Silte 17,1 A 19,4 A 17,3 A 13,9 A 16,4 A 37,6 Tabela 7. Média da textura do Horizonte A correlacionando as rotações RPM 60 90 120 150 180 CV %AF 25,7 A 21,2 B 19,7 B 18,4 B 19,6 B 18,6 %AG 44,7 A 38,6 A 25,8 B 26,0 B 25,3 B 25,9 %ARG 18,4 B 22,8 B 39,2 A 39,8 A 41,3 A 27,5 %Silte 11,3 B 17,4 A 15,4 A 15,7 A 13,8 AB 26,9 Tabela 8. Média da textura do Horizonte B correlacionando as rotações Os resultados da análise granulométrica (Tabela 5 e 6) mostram que houve incremento do valor de argila obtido com o aumento da velocidade de agitação, que se deve ao efeito do aumento da energia aplicada pelo agitador à massa de amostra nas maiores velocidades. Ocorre também a tendência à estabilidade do valor total obtido, após a faixa de 120 RPM, indicando a estabilização do processo de dispersão. Esses resultados preliminares indicam que estatisticamente, não há necessidade de se utilizar velocidades de agitação maiores que 120 RPM para se obter a dispersão das amostras para a análise granulométrica. 23 Apesar dos valores da fração argila ser diferentes, ao fazer uma análise estatística, não há diferença nos valores quando são usadas rotações de 120, 150 e 180 RPM, tanto para o horizonte A quanto para o B. Análise granulométrica feita com rotações de 60 e 90 RPM também não apresentou diferença. Quando avaliamos os valores, observamos que o teor de argila feito com a rotação de 180 RPM é maior que a feita com 120 RPM, sendo uma diferença de 2,1%, onde ao jogar esses valores num triângulo textural, o solo em questão, mesmo sendo o mesmo, pode ser classificado diferente, apesar de estatisticamente serem considerados iguais. Existe a necessidade de uma padronização na metodologia da análise granulométrica mais rígida. É necessário mais estudos para que seja padronizado um agitador para dispersão mecânica, uma rotação fixa e também o comportamento com todas as classes de solos existentes no Brasil, para as modificações sejam adotadas para todos os laboratórios nacionais. CONCLUSÕES Com base nos dados, concluímos que a proporção de argila foi influenciada pelas diferentes velocidades de agitação em todos os solos testados, tanto para o Horizonte A quanto para o Horizonte B. Pode ser observado que ocorre a estabilização do resultado de dispersão dos Latossolos estudados a partir de 120 rotações por minuto. E preciso ser feito uma padronização de aparelhos e rotações para que um mesmo solo não possua resultados diferentes. 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENNEMA , J. & CAMARGO, M.N. Segundo esboço parcial de classificação de solos brasileiros. Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura, Divisão de Pedologia e Fertilidade do Solo, 1964.17p. (mineogr.). BRASIL. Ministério da Agricultura. Centro Nacional de Ensino e Pesquisas Agronômicas. Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado do Rio de Janeiro e Distrito Federal. Rio de Janeiro, Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas, Comissão de Solos, 1958. 350p. (SNPA, Boletim 11). BRASIL. Ministério da Agricultura. Centro Nacional de Ensino e Pesquisas Agronômicas. Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado de São Paulo. Rio de Janeiro, Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas, Comissão de Solos, 1960. 634p. (SNPA, Boletim 12). CAMARGO, M.N.; KLAMT, E.; KAUFFMAN, J.H. Classificação de solos usada em levantamento pedológico no Brasil. Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência de Solo, 12(1): 11-33, 1987. CAMARGO, M.N.; KLAMT, E.; KAUFFMAN, J.H. Classificação de solos usada em levantamento pedológico no Brasil. Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência de Solo, 12(1): 11-33, 1987. CARVALHO FILHO, A.; FRAGA, A.G.F.; MOTTA, P.E.; OLIVEIRA, V.A. Guia de escursão de pedologia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 24, Goiânia, 1993. n.p. (mimeogr.) CEDDIA, M.B. Apostila de Física do Solo: Curso de Pós Graduação em Ciências do Solo. 2002. EMPRESA BRASILERA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Critérios para distinção de classes de solos e de fases de unidade de mapeamento, normas em uso pelo SNLCS. Rio de Janeiro, EMBRAPA-SNLCS, 1988. 67p. KER, J.C. Latossolos do Brasil: uma revisão. Geonomos,1998. OLIVEIRA, J.B.; JACOMINE, P.K.T.; CAMARGO, M.N. Classes gerais de solos do Brasil guia auxiliar para seu reconhecimento. Jaboticabal, FUNEP, 1992. 201p. RUIZ.H.A. Incremento da exatidão da análise granulométrica do solo por meio da coleta da suspensão (silte + argila). Revista Brasileira de Ciência do Solo, 2005. RUIZ,H.A.. XXXI Congresso Brasileiro de Ciência do Solo. 2007 VETTORI, L. Métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura, Equipe de Pedologia e Fertilidade do Solo, 1969. 24p. (Boletim Técnico, 7) 25 Anexos 1. ANÁLISE ESTATÍSTICA DO HORIZONTE A DOS SOLOS D E S C R I C A O TIPO DE LEITURA TIPOS DE REGISTROS V A R I A V E I S SOLO LEIA RPM D O A R Q U I V O - LOTUS = 1 L I D A S REP AF AG ARG SILTE OBSERVACOES LIDAS...... 75 OBSERVACOES GRAVADAS... 75 VARIAVEIS LIDAS........ 7 VARIAVEIS TOTAIS....... 7 VALORES PERDIDOS....... 0 ERROS ENCONTRADOS...... 0 ANOVAG MODELO=AF ATE SILTE FUNCAO SOLO RPM REP E S T A T I S T I C A S OBSERVACOES PERDIDAS OBSERVACOES DESCARTADAS OBSERVACOES CONSIDERADAS D I S T R I B U I C A O EFEITO S I M P L E S = = = 0 0 75 D O S D A D O S IDENTIFICACAO DADOS SOLO SOLO SOLO SOLO SOLO 1 2 3 4 5 15 15 15 15 15 RPM RPM RPM RPM RPM 1 2 3 4 5 15 15 15 15 15 REP REP REP 1 2 3 25 25 25 26 NOME AF AG ARG SILTE MEDIA DESVIO 22.07531 32.55714 28.54858 16.81898 12.96872 12.53848 16.98747 9.055564 C O R R E L A C O E S NOME X NOME PRODUTO CRUZADO CORRELACAO AF AF AF AF AF AG ARG SILTE 12445.88 5704.452 -12446.33 -5704.010 1.0000 .4741 -.7635 -.6564 AG AG AG AG ARG SILTE 11633.80 -12941.09 -4397.165 1.0000 -.8210 -.5233 ARG ARG ARG SILTE 21354.48 4032.936 1.0000 .3543 SILTE SILTE 6068.240 1.0000 DETERMINANTE A N A L I S E = .7324219E-01 D E V A R I A N C I A AF FONTES DE VARIACAO SIGNIF. SOLO .00000 RPM .02840 REP .34994 RESIDUO G.L. SOMA DE QUADRADO QUADRADO MEDIO F 4 11312.73 2828.183 194.068 4 169.3589 42.33974 2.905 2 31.11121 15.55560 1.067 932.6797 14.57312 64 COEFICIENTE DE VARIACAO = 17.293 27 AG FONTES DE VARIACAO SIGNIF. SOLO .00114 RPM .00225 REP ******* RESIDUO G.L. SOMA DE QUADRADO QUADRADO MEDIO F 4 2320.215 580.0537 5.166 4 2101.646 525.4116 4.679 2 25.25282 12.62641 .112 7186.689 112.2920 64 COEFICIENTE DE VARIACAO = 32.548 ARG FONTES DE VARIACAO SIGNIF. SOLO .00000 RPM .00000 REP ******* RESIDUO G.L. SOMA DE QUADRADO QUADRADO MEDIO F 4 9996.344 2499.086 22.896 4 4342.805 1085.701 9.947 2 29.67715 14.83857 .136 6985.652 109.1508 64 COEFICIENTE DE VARIACAO = 36.596 SILTE FONTES DE VARIACAO SIGNIF. SOLO .00000 RPM .23278 REP .24429 RESIDUO G.L. SOMA DE QUADRADO F 4 3161.135 790.2837 19.741 4 229.7159 57.42897 1.435 2 115.3640 57.68199 1.441 2562.026 40.03165 64 COEFICIENTE DE VARIACAO = 37.619 TESTE-MD TESTE= 2 NIVEL= 5% GLR= VARIAVEL QUADADRO AF QUADRADO MEDIO 64 MEDIO DO RESIDUO 14.57312000 28 AG ARG SILTE 112.29200000 109.15080000 40.03165000 C O M P A R A C O E S P E L O T E S T E DE VARIAVEL = AF RPM DADOS MEDIAS COMPARACOES 1 15 24.0819 3 15 23.4661 2 15 21.7926 4 15 20.9651 5 15 20.0709 ---------------------------------- A A B A B A B B VARIAVEL = AG RPM DADOS MEDIAS COMPARACOES 1 15 41.4951 2 15 34.2376 3 15 32.5685 4 15 27.9138 5 15 26.5707 ---------------------------------- A A B A B B B VARIAVEL = ARG RPM DADOS MEDIAS COMPARACOES 4 15 37.1751 5 15 36.9438 3 15 26.6988 2 15 24.5755 1 15 17.3497 ---------------------------------- A A A B B B VARIAVEL = SILTE 29 T U K E Y RPM DADOS MEDIAS COMPARACOES 2 15 19.3942 3 15 17.2666 1 15 17.0734 5 15 16.4146 4 15 13.9460 ---------------------------------- A A A A A TESTE-MD TESTE= 2 NIVEL= 5% GLR= 64 VARIAVEL QUADADRO AF AG ARG SILTE MEDIO DO RESIDUO 14.57312000 112.29200000 109.15080000 40.03165000 C O M P A R A C O E S P E L O T E S T E DE VARIAVEL = AF SOLO DADOS MEDIAS COMPARACOES 5 15 39.2819 3 15 34.2996 1 15 14.5249 2 15 13.6147 4 15 8.6554 ---------------------------------- A B C C D VARIAVEL = AG SOLO DADOS MEDIAS COMPARACOES 3 15 41.9804 5 15 34.8216 1 15 31.6825 4 15 28.0246 2 15 26.2766 ---------------------------------- A A B A B B B 30 T U K E Y VARIAVEL = ARG SOLO DADOS MEDIAS COMPARACOES 4 15 44.6735 2 15 34.9561 1 15 32.4128 3 15 16.3577 5 15 14.3428 ---------------------------------- A A B B C C VARIAVEL = SILTE SOLO DADOS MEDIAS COMPARACOES 2 15 25.1526 1 15 21.3797 4 15 18.6465 5 15 11.5538 3 15 7.3622 ---------------------------------REGRESSAO A A B B C C MODELO =ARG FUNCAO RPM IMPRIME RESIDUOS IMPRIME GRAFICOS OPCAO DE BACKWARD - N - N - N E S T A T I S T I C A S NOME MEDIA ARG RPM M A T R I Z ARG RPM S I M P L E S DESVIO-PADRAO 28.5486 3.0000 D E ARG 1.00000 .43404 16.9875 1.4237 C O R R E L A C O E S RPM .43404 1.00000 31 DADOS 75 75 *************** VARIAVEL DEPENDENTE = ARG **************** P A R A M E T R O S D A MODELO COMPLETO R E G R E S S A O NOME SIGNIF. COEFICIENTE DESVIO T BETA RPM .0001 CONSTANTE .517879E+01 .125809E+01 .411640E+01 .434040E+00 .130122E+02 R2 R2 AJUSTADO A N A L I S E .188391E+00 .177273E+00 D E V A R I A N C I A FONTES DE VARIACAO SIGNIF. GL SOMA DE QUADRADOS QUADRADO MEDIO DEVIDO A REGRESSAO .0001 INDEPENDENTE 1 4022.985 4022.985 73 17331.49 237.4177 2. ANÁLISE ESTATÍSTICA DO HORIZONTE B DOS SOLOS D E S C R I C A O TIPO DE LEITURA TIPOS DE REGISTROS V A R I A V E I S SOLO LEIA RPM REP D O A R Q U I V O - LOTUS = 1 L I D A S AF AG ARG SILTE OBSERVACOES LIDAS...... 75 OBSERVACOES GRAVADAS... 75 VARIAVEIS LIDAS........ 7 VARIAVEIS TOTAIS....... 7 VALORES PERDIDOS....... 0 ERROS ENCONTRADOS...... 0 ANOVAG MODELO=AF ATE SILTE FUNCAO SOLO RPM REP 32 F 16.94 E S T A T I S T I C A S OBSERVACOES PERDIDAS OBSERVACOES DESCARTADAS OBSERVACOES CONSIDERADAS D I S T R I B U I C A O EFEITO S I M P L E S = = = 0 0 75 D O S D A D O S IDENTIFICACAO DADOS SOLO SOLO SOLO SOLO SOLO 1 2 3 4 5 15 15 15 15 15 RPM RPM RPM RPM RPM 1 2 3 4 5 15 15 15 15 15 REP REP REP 1 2 3 25 25 25 NOME AF AG ARG SILTE MEDIA DESVIO 20.90172 32.07273 32.29661 14.72893 10.58667 11.59153 14.85285 6.292156 C O R R E L A C O E S NOME X NOME PRODUTO CRUZADO CORRELACAO AF AF AF AF AF AG ARG SILTE 8293.739 2672.095 -7532.721 -3433.114 1.0000 .2943 -.6474 -.6965 AG AG AG AG ARG SILTE 9942.910 -10955.29 -1659.718 1.0000 -.8599 -.3075 ARG ARG 16324.93 1.0000 33 ARG SILTE 2163.081 .3128 SILTE SILTE 2929.751 1.0000 DETERMINANTE A N A L I S E = .7324219E-01 D E V A R I A N C I A AF FONTES DE VARIACAO SIGNIF. SOLO .00000 RPM .00003 REP ******* RESIDUO G.L. SOMA DE QUADRADO QUADRADO MEDIO F 4 6848.106 1712.026 113.517 4 479.8568 119.9642 7.954 2 .5450947 .2725473 .018 965.2314 15.08174 64 COEFICIENTE DE VARIACAO = 18.580 AG FONTES DE VARIACAO SIGNIF. SOLO .05314 RPM .00000 REP ******* RESIDUO G.L. SOMA DE QUADRADO QUADRADO MEDIO F 4 681.3406 170.3351 2.473 4 4852.900 1213.225 17.616 2 .9715720 .4857860 .007 4407.699 68.87029 64 COEFICIENTE DE VARIACAO = 25.875 ARG FONTES DE VARIACAO SIGNIF. SOLO .00000 RPM .00000 G.L. SOMA DE QUADRADO QUADRADO MEDIO F 4 4227.165 1056.791 13.389 4 7043.375 1760.844 22.308 34 REP ******* RESIDUO 2 64 COEFICIENTE DE VARIACAO = 2.709997 1.354999 5051.683 78.93254 .017 27.509 SILTE FONTES DE VARIACAO SIGNIF. SOLO .00000 RPM .00131 REP ******* RESIDUO G.L. SOMA DE QUADRADO 1607.452 401.8630 25.673 4 317.2691 79.31728 5.067 2 3.213897 1.606949 .103 1001.816 15.65337 COEFICIENTE DE VARIACAO = 26.862 TESTE-MD TESTE= 2 NIVEL= 5% GLR= VARIAVEL QUADADRO 64 MEDIO DO RESIDUO 15.08174000 68.87029000 78.93254000 15.65337000 C O M P A R A C O E S P E L O T E S T E DE VARIAVEL = AF RPM F 4 64 AF AG ARG SILTE QUADRADO MEDIO DADOS MEDIAS COMPARACOES 1 15 25.6581 2 15 21.1593 3 15 19.6836 5 15 19.5577 4 15 18.4500 ---------------------------------- A B B B B 35 T U K E Y VARIAVEL = AG RPM DADOS MEDIAS COMPARACOES 1 15 44.6641 2 15 38.6085 4 15 26.0636 3 15 25.7559 5 15 25.2716 ---------------------------------- A A B B B VARIAVEL = ARG RPM DADOS MEDIAS COMPARACOES 5 15 41.3225 4 15 39.8097 3 15 39.1850 2 15 22.7939 1 15 18.3720 ---------------------------------- A A A B B VARIAVEL = SILTE RPM DADOS MEDIAS COMPARACOES 2 15 17.4384 4 15 15.6768 3 15 15.3756 5 15 13.8482 1 15 11.3058 ---------------------------------- A A A A B B TESTE-MD TESTE= 2 NIVEL= 5% GLR= 64 VARIAVEL QUADADRO AF AG ARG SILTE MEDIO DO RESIDUO 15.08174000 68.87029000 78.93254000 15.65337000 C O M P A R A C O E S P E L O T E S T E 36 DE T U K E Y VARIAVEL = AF SOLO DADOS MEDIAS COMPARACOES 5 15 39.3738 3 15 20.7867 2 15 16.1624 4 15 14.3453 1 15 13.8404 ---------------------------------- A B C C C VARIAVEL = AG SOLO DADOS MEDIAS COMPARACOES 3 15 37.3614 2 15 32.1942 4 15 31.7178 5 15 31.0509 1 15 28.0394 ---------------------------------- A A B A B A B B VARIAVEL = ARG SOLO DADOS MEDIAS COMPARACOES 1 15 44.9373 4 15 33.5786 2 15 32.4338 3 15 28.5472 5 15 21.9862 ---------------------------------- A B B B C C VARIAVEL = SILTE SOLO DADOS MEDIAS COMPARACOES 4 15 20.3584 2 15 19.2097 3 15 13.3047 1 15 13.1828 5 15 7.5891 ---------------------------------REGRESSAO A A B B C MODELO =ARG FUNCAO RPM 37 IMPRIME RESIDUOS IMPRIME GRAFICOS OPCAO DE BACKWARD - N - N - N E S T A T I S T I C A S NOME MEDIA ARG RPM DESVIO-PADRAO 32.2966 3.0000 M A T R I Z ARG RPM S I M P L E S D E ARG 1.00000 .60310 14.8528 1.4237 DADOS 75 75 C O R R E L A C O E S RPM .60310 1.00000 *************** VARIAVEL DEPENDENTE = ARG **************** P A R A M E T R O S D A MODELO COMPLETO R E G R E S S A O NOME SIGNIF. COEFICIENTE DESVIO T BETA RPM .0001 CONSTANTE .629168E+01 .973960E+00 .645989E+01 .603096E+00 .134216E+02 R2 R2 AJUSTADO A N A L I S E .363725E+00 .355009E+00 D E FONTES DE VARIACAO SIGNIF. V A R I A N C I A GL SOMA DE QUADRADOS 38 QUADRADO MEDIO F DEVIDO A REGRESSAO .0000 INDEPENDENTE 1 5937.779 5937.779 73 10387.15 142.2897 39 41.73