O viés médico na literatura de
Guimarães Rosa
Autor: Eugênio Marcos
Andrade Goulart
Editora: Faculdade de
Medicina da UFMG
Ano: 2011
Páginas: 128
Trata-se de uma obra feita em homenagem a um dos mais ilustres ex-alunos da
unidade - João Guimarães Rosa, para quem a convivência com o sofrimento de
pacientes portadores de algumas doenças paradigmáticas de sua época (hanseníase,
malária, tuberculose, varíola, ofidismo e algumas doenças psiquiátricas) teve uma
imensa influência sobre seu pensamento e sua criação literária. Para fazer o livro,
Eugênio Goulart reuniu uma série de comentários sobre assuntos médicos escritos por
Guimarães Rosa e analisou cada um dos trechos.
Obra premiada pela Academia Mineira de Medicina em concurso sobre Excelência
Médica.
Francisco Vieira Servas e o ofício
da escultura na Capitania de
Minas Gerais
Autores: Adriano Ramos e Ângela
Gutierrez
Ano: 2002
Páginas: 224
O livro resgata a obra do escultor Servas, um dos mestres do barroco mineiro, nascido em
Portugal.
Com pesquisa, organização e textos de Adriano Ramos, fotografias de Eugênio Sávio e posfácio
do Prof. Eduardo Pires de Oliveira, da Universidade do Minho, em Portugal.
Francisco Vieira Servas nasceu em 1720, na Comarca de Guimarães, em Portugal. Deixou a
Europa para trabalhar em Minas Gerais, a região que mais produzia ouro no mundo. Passou
quase toda sua vida no estado e foi enterrado em São Domingos do Prata, onde viveu por 60
anos em uma fazenda que teria abrigado um ateliê para receber as demandas das dezenas de
monumentos em construção nos séculos XVIII e XIX.
Servas é reconhecido por seus anjos tocheiros - esculturas mais elaboradas do período barroco
posicionadas na entrada da capela-mor que possibilita ao artista trabalhar por todas as faces
da peça, já que são vistas por todos os lados. Simbolicamente, portam o facho da fé, guardam
o mistério do tabernáculo e iluminam os fiéis.
O primeiro trabalho a ele atribuído em “terras das Gerais” é de 1751, na Matriz de Nossa
Senhora da Conceição, em Catas Altas do Mato Dentro, cuja edificação compõe o conjunto
histórico da localidade.
Entre 1770 e 1775, o escultor português dedicou-se à construção dos altares da Igreja de
Nossa Senhora do Rosário, em Mariana, considerados suas obras-primas. Seu trabalho
também adornou igrejas de Ouro Preto, Congonhas e Sabará.
Mestra Lira
Editora: UFMG
Ano: 2013
Páginas: 41
Lira Marques nasceu em Araçuaí, Vale do Jequitinhonha. Tem na família antepassados
brancos, negros e índios e aprendeu a extrair figuras do barro ainda menina. Possui
grande influência na região. É educadora e líder comprometida com a política social.
Sonha com a redistribuição de terras e comove-se com os menores sofredores de rua.
Suas fortes emoções estão à vista em suas obras de barro ou pintadas (desde 1980)
com as cores da terra do Vale. As figuras que produz retratam uma realidade nua e
crua, misturando alegria e sofrimento; flores, bichos e pobreza, a revolta do fraco e a
poesia.
Fragmentos Setecentistas Escravidão, cultura e poder na
América portuguesa
Autora: Silvia Hunold Lara
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 456
Ano: 2007
"Um verdadeiro formigueiro de negros": era assim que muitos viajantes e autoridades
que chegavam pela primeira vez ao Rio de Janeiro ou a Salvador na segunda metade
do século XVIII manifestavam sua surpresa diante do grande contingente de escravos e
libertos que encontravam pelas ruas. Fragmentos setecentistas analisa o incômodo de
autoridades coloniais e metropolitanas diante daquela "multidão de pretos e mulatos".
Registros cartográficos, dicionários, relatos de festas públicas e processos de injúria,
além da legislação, da correspondência oficial e dos textos clássicos de cronistas e
letrados do período são tomados aqui como frestas por onde se pode divisar formas
de percepção e avaliação presentes em uma sociedade diversa da que vivemos hoje.
Como os fragmentos utilizados por arqueólogos e filólogos, os documentos são aqui
examinados de diferentes ângulos e servem de ponto de partida para uma nova
interpretação dos significados políticos da escravidão.
O assunto não é novo. Silvia Hunold Lara - assim como outros historiadores - vem
estudando as experiências de homens e mulheres que foram trazidos da África como
escravos. Mas o modo como o tema foi recortado e os caminhos percorridos por sua
análise permitem uma compreensão renovada de relações entre poder, escravidão e
cultura no Brasil. A leitura deste livro revela o processo de produção social de
significados para palavras como negro, preto, pardo e mulato e os efeitos
desestabilizadores causados, naquela sociedade, pela liberdade daqueles que não
eram brancos.
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Trata-se de uma obra feita em homenagem a um dos mais ilustres