AUDITORIA AMBIENTAL
Joselito Santos Abrantes
Dr. Desenvolvimento Socioambiental
Abril/2013
ORIGEM DA AUDITORIA AMBIENTAL
• A origem da palavra auditoria vem do latim auditore, que significa
aquele que ouve. A auditoria, como uma disciplina, surgiu no setor
financeiro para o exame sistemático da contabilidade empresarial de
acordo com as exigências legais e normas estabelecidas.
• As auditorias ambientais ganharam importância em virtude da
abordagem multidisciplinar do gerenciamento ambiental, baseado em
leis, normas, regulamentos, relações com as partes interessadas principalmente as comunidades – exigências de mercado e tantas outras
questões associadas ao tema.
• As auditorias permitem uma constatação efetiva dos níveis de
conformidade da atividade produtivas aos requisitos aplicáveis,
notadamente aqueles de natureza legal e relativos à política da
organização, o que induzirá a uma abordagem gerencial mais
pragmática, adequada aos objetivos e metas organizacionais.
HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL
• A auditoria ambiental surgiu nos Estados Unidos no final da década de
70, por meio de auditorias voluntárias, com o objetivo principal de
verificar o cumprimento da legislação.
• Ela era vista pelas empresas norte-americanas como uma ferramenta de
gerenciamento utilizada para identificar, de forma antecipada, os
problemas provocados por suas operações.
• Essas empresas consideravam a auditoria ambiental como um meio de
minimizar os custos envolvidos com reparos, reorganizações, saúde e
reivindicações.
• Muitas empresas aplicavam, também, a auditoria para se prepararem
para inspeções da Environmental Protection Agency - EPA e para
melhorar suas relações com aquele órgão governamental.
HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL
• Na Europa, a auditoria ambiental começou a ser utilizada na
Holanda, em 1985, em filiais de empresas norte-americanas, por
influência de suas matrizes.
• Em seguida, em outros países da Europa, a prática da auditoria
passou a ser disseminada em países como Reino Unido, Noruega
e Suécia, também por influência de matrizes americanas.
• É na Europa, em 1992, no Reino Unido, que surgiu a primeira
norma de sistema de gestão ambiental, a BS 7750 (BSI, 1994),
baseada na BS 5770 de Sistema de Gestão da Qualidade, onde a
auditoria ambiental encontra-se ali Normalizada.
HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL
• Na seqüência, outros países, como, por exemplo, França e
Espanha, também apresentam suas normas de sistema de
gestão ambiental e de auditoria ambiental.
• Em 1993, começou a ser discutido o Regulamento da
Comunidade Econômica Européia - CEE nº 1.836/93, em
vigor a partir de 10 de abril de 1995, que trata do sistema de
gestão e auditoria ambiental da União Européia
(Environmental Management and Auditing Scheme - Emas).
HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL: BRASIL
No Brasil, a auditoria ambiental surgiu, pela primeira
vez, por meio da legislação, no início da década de 90,
quando da publicação de diplomas legais sobre o tema,
citados a seguir:
– Lei no 790, de 5/11/91, do Município de Santos-SP;
– Lei no 1.898, de 16/11/91, do Estado do Rio de
Janeiro;
– Lei no 10.627, de 16/1/92, do Estado de Minas
Gerais;
– Lei no 4.802, de 2/8/93, do Estado do Espírito Santo;
– Projeto de Lei Federal no 3.160, de 26/8/92; e
– Anteprojeto de Lei do Estado de São Paulo;
- Lei Complementar 272, de 03 março de 2004, Rio
Grande do Norte
NORMALIZAÇÃO DA AUDITORIA AMBIENTAL
NO BRASIL
Internacionalmente, a auditoria ambiental sobre base
normalizada começou a ser discutida em 1991 com a
criação do Strategic Advisory Group on Environment – Sage
no âmbito da ISO.
A discussão se amplia mundialmente, em 1994, com a
divulgação dos projetos de norma dentro da série ISO
14000. Em 1996, tais projetos de norma são alçados à
categoria de normas internacionais, sendo adotadas pelos
países participantes da ISO.
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT apresentou, em dezembro de 1996, as NBR ISO
14010, 14011 e 14012, referentes à auditoria ambiental.
SURGIMENTO DA NORMA 19011:2002
Em 2002 as Normas NBR ISO 14010, 14011 e 14012, foram
revogadas com o lançamento da Norma ISO 19011 que
estabelece diretrizes para auditoria em Sistemas de Gestão
da Qualidade e Ambiental.

Seções 1, 2 e 3: Escopo de uma Auditoria, Referências
Normativas, Termos e Definições

Seção 4: Princípios da Auditoria

Seção 5: Gerenciando um Programa de Auditoria

Seção 6: Atividades de Auditoria

Seção 7: Competência e Avaliação de Auditores
OBRIGATORIEDADE DA AUDITORIA AMBIENTAL
NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Desde 2003, encontra-se, em tramitação na Câmara
dos Deputados, o PL nº1.254/2003 (CÂMARA, 2010c),
que altera a Lei nº 6.938/81 com o objetivo de inserir
os conceitos de auditoria ambiental, sistema da gestão
ambiental, ativos e passivos ambientais na Política
Nacional do Meio Ambiente e estabelecer, como um
de seus instrumentos, a auditoria.
OBRIGATORIEDADE DA AUDITORIA AMBIENTAL
NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
O PL nº 1.254/2003 estabelece que a AA seja
periódica, realizada por entidade acreditada pelo
INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia) e que
seus custos corram por conta da organização
auditada.
Deverá, em linhas gerais, aferir o desempenho
ambiental da organização como um todo, avaliando os
passivos ambientais e os custos a eles relacionados,
bem como as medidas necessárias para sua correção
e as responsabilidades dos agentes envolvidos. Por
fim, determinada a publicidade dos resultados da AA.
OBJETIVOS
Identificar se uma determinada empresa ou órgão público
cumpre certos requisitos estabelecidos em lei para a
proteção e preservação do meio ambiente, visando:





facilitar o controle da gestão das práticas com eventual
impacto ambiental;
avaliar a observância das políticas de ambiente da
empresa;
a adoção de políticas, programas e sistemas de gestão
ambiental;
a avaliação sistemática, objetiva, documentada e periódica
das políticas, programas e sistemas de gestão;
a divulgação pública da informação sobre a performance
ambiental da empresa.
MOTIVAÇÕES PARA AUDITORIA








Desenvolver uma política ambiental corporativa;
Buscar conformidade legal;
Analisar as práticas gerenciais e as operações
existentes;
Estimar os riscos e as responsabilidades;
Analisar procedimentos de respostas a emergências;
Melhorar a utilização dos recursos;
Aumentar a competitividade;
Criar vantagens competitivas estratégicas.
FUNDAMENTOS DA AUDITORIA AMBIENTAL


DEFINIÇÃO
É uma ferramenta que compreende uma avaliação
sistemática, documentada, periódica e objetiva do
desempenho de uma organização, do sistema de
gestão e dos impactos ambientais, com fim de
auxiliar a proteção ambiental por:

􀂾 Facilitar o controle gerencial das práticas ambientais;

􀂾 Avaliar a conformidade com as políticas da empresa,
que devem incluir o atendimento aos requisitos
regulatórios.
FUNDAMENTOS DA AUDITORIA AMBIENTAL

DEFINIÇÃO SEGUNDO A NORMA BS 7750 (1992).

“Avaliação sistemática para determinar se o SGA e o
desempenho ambiental estão de acordo com as
providências planejadas, se estas providências estão
efetivamente implementadas, e se são adequadas
para atender a Política e Objetivos Ambientais da
Organização”.
IDÉIAS E CONCEITOS COMUNS PARA
AS NORMAS ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001
E BS 8800
Auditor - Pessoa com competência para realizar uma auditoria.
Cliente da Auditoria - Organização ou pessoa que solicita uma auditoria.
Auditado - Organização que está sendo auditada.
Constatação de Auditoria - Resultados da avaliação de evidências de
auditoria coletada e comparada com os critérios de auditoria.
Evidência de Auditoria - Registros, apresentação de fatos ou outras
informações pertinentes aos critérios de auditoria, e verificáveis.
Critério de auditoria - Conjunto de políticas, procedimentos ou
requisitos.
TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS
AUDITORIAS AMBIENTAIS

QUANTO À APLICABILIDADE

1) AUDITORIAS DE PRIMEIRA PARTE

São auditorias internas realizadas e conduzidas pela própria
organização para determinar se o sistema e os procedimentos
estão possibilitando, e melhorando progressivamente, o
desempenho ambiental da organização de acordo com seus
objetivos.

Esta auditoria é iniciativa da própria organização para melhorar
a eficiência e deve ser vista como oportunidade positiva para
que cada área se beneficie do trabalho da equipe de auditoria,
com ênfase nas questões ambientais.
TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

2) AUDITORIAS DE SEGUNDA PARTE

São realizadas por partes que têm um interesse na
organização, a exemplo do fornecedor. A finalidade dessas
auditorias pode ser exercer pressão para melhorar o
desempenho ambiental da cadeia produtiva como um todo além
de proporcionar a identificação e estimativa dos efeitos de uma
organização no ciclo de vida do produto.

3) AUDITORIAS DE TERCEIRA PARTE

São consideradas como serviços, uma vez que são realizadas
por organização externa de auditoria independente, tais como
organizações que provêem certificados ou registros de
conformidade com os requisitos da Norma NBR ISO 14001.
TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO AO TIPO

1) AUDITORIA OU ANÁLISE CRÍTICA AMBIENTAL

È um tipo normalmente empreendido por organizações que não
possuem SGA formal ou abrangente, constituindo-se em uma
análise interna relacionada às próprias operações ambientais
da empresa com a finalidade de avaliar o nível de atendimento
às conformidades e de desempenho ambiental.

Uma das principais motivações é o gerenciamento de risco da
atividade através da abordagem pró-ativa.
(Campos, Lerípio, 2009)
TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO AO TIPO

2) CONFORMIDADE (COMPLIANCE)

As auditorias de conformidade podem ser realizadas em vários
níveis, dependendo do escopo definido entre as partes
interessadas. Podem incluir avaliações de diferentes origens,
como:

- exigências legais atuais ou futuras;
- normas e diretrizes do setor industrial;
- políticas ambientais e normas internas;
- melhores práticas ambientais, entre outras.



TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO AO TIPO

3) FASE I E FASE II

A auditoria ambiental de Fase I geralmente é genérica, envolvendo
uma ampla variedade de questões. È importante na identificação de
possíveis fraquezas nas práticas e controles relacionados a cada uma
das questões ambientais em pauta.

Já as auditorias ambientais de Fase II investigam questões específicas
que causam preocupação ou os benefícios potenciais destacados
durante a Fase I. Como exemplo, uma auditoria de Fase I poderia
identificar uma possível contaminação no solo, causada por infiltração
de material oleoso. A auditoria de Fase II seria responsável por
investigar o local, coletando amostras e realizando análises físicoquímicas com o objetivo de comprovar se houve ou não real
contaminação.
TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO AO TIPO

4) AQUISIÇÃO, FUSÃO E ALIENAÇÃO (DUE
DILIGENCE)

Este tipo de auditoria ambiental é normalmente solicitada por
um comprador, intermediário ou cessionário em uma transação
comercial, tal como fusão, aquisição ou ainda compra de ações.

A principal motivação para uma auditoria de due diligence é a
de querer evitar que se assuma uma responsabilidade por
riscos ambientais em potencial ou algum tipo de passivo
ambiental.
TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO AO TIPO

4) AQUISIÇÃO, FUSÃO E ALIENAÇÃO (DUE
DILIGENCE)

Normalmente ocorre em três fases:

Fase I: uma investigação e avaliação sistemática de todos os
problemas ambientais reais e potenciais associados à
instalação.
Fase II: um estudo intrusivo, utilizando técnicas de amostragem
e estimativas científicas, visando confirmar e/ ou descobrir a
extensão dos possíveis problemas descobertos na fase I.
Fase III: ações corretivas para remover ou reduzir os riscos
ambientais identificados (quando necessário e acordado).


TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO AO TIPO

5) SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

São recomendadas para as organizações que possuam ou
estejam implementando um Sistema de Gestão Ambiental –
SGA, conforme a norma ISO 14001.

As auditorias do SGA podem ser:
- auditoria de pré-certificação ou auditoria inicial: visa identificar algum
ponto no sistema que ainda necessita de ajustes;
- auditoria de certificação: É o resultado desta auditoria que vai conferir
a recomendação ou não do sistema para certificação.
- auditoria de manutenção: Recomenda-se que seja feita de 6 em 6
meses ou pelo menos uma vez ao ano entre a auditoria de précertificação e a de certificação.
- auditoria de recertificação: normalmente ocorre de 2 a 3 anos após a
auditoria de certificação.




TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO AO TIPO

6) AUDITORIAS DE QUESTÕES ISOLADAS OU DE
DESEMPENHO

Constitui-se por análises críticas do desempenho ambiental em
uma área particular, e podem ser divididas em:

- auditoria de atividade: realiza a análise crítica em uma
atividade particular, mesmo que envolva outras instalações.
- auditoria de processo: avalia a tecnologia e as técnicas de
controle de um processo para verificar se seu desempenho
ambiental pode ser melhorado.
- auditoria de questões emergentes: antecipação de um
cenário futuro com a finalidade de avaliar a extensão da
capacidade da organização para responder a novos desafios.


TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO A EXECUÇÃO

1) AUDITORIA INTERNA

Busca o aperfeiçoamento e o monitoramento das normas
traçadas pela empresa. Pode ser executada por pessoas
pertencentes à própria organização auditada ou independentes
da unidade auditada e especializadas no objeto de auditagem.

Auto-avaliação periódica, visando obter informações gerenciais
para orientar e regenerar o SGA ou o desempenho ambiental.

É vista como auditoria de primeira parte.
TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DA
AUDITORIA AMBIENTAL

QUANTO A EXECUÇÃO

2) AUDITORIA EXTERNA

É executada por pessoas independentes da empresa, isto é,
sem qualquer subordinação à empresa que está sendo
auditada.

É utilizada pela organização no caso de certificação do seu
SGA (3ª parte) ou para auditoria efetuada por uma parte
interessada (2ª parte). É vista como auditoria de segunda e
terceira parte.

Exemplos: auditoria de fornecedor é uma auditoria externa de
segunda parte e auditoria de certificação é uma auditoria
externa de terceira parte.
CARACTERÍSTICAS DAS AUDITORIAS

􀂙 LEGITIMIDADE.

Trata-se de uma atividade autorizada pela administração da
empresa, no caso de auditorias internas, e são previstas em
cláusulas contratuais, autorizadas mediante perspectiva de
fornecimento, ou previstas em legislação, no caso de auditorias
externas.

􀂙 PLANEJAMENTO / PROGRAMAÇÃO.

São programadas com antecedência, pois não seriam
realizadas somente em época de crise. Portanto, são realizadas
com o prévio conhecimento e na presença das pessoas cuja
atividade esteja sendo objeto de auditoria.
CARACTERÍSTICAS DAS AUDITORIAS

MÉTODO CONSISTENTE.

Por serem um estudo de práticas e experiências reais e
evidentes comparadas com os preceitos da boa prática, as
auditorias se constituem em uma investigação metódica com
objetivo definido.

A prática das auditorias devem ser realizadas por pessoal
experiente, bem treinado e independente da área / atividade
auditada.


TRANSPARÊNCIA.
O levantamento das evidências durante a auditoria deve ser
feita de forma franca e os pontos deficientes são discutidos
previamente, antes do envio do relatório à alta administração.
CARACTERÍSTICAS DAS AUDITORIAS

􀂾 EFEITO RETROALIMENTAÇÃO

Os resultados e recomendações são analisados de modo
construtivo, e a verificação do cumprimento das ações
corretivas demonstra o ciclo de evolução do sistema. Fica claro
que a auditoria não tem ação disciplinar ou punitiva, mas tem
ação corretiva de aprimoramento.

A característica fundamental das auditorias, que é a sua
independência em relação ás atividades áreas a serem
auditadas.

Pressupõe-se, dessa maneira, a isenção de qualquer
envolvimento do grupo auditor com as referidas atividades ou
áreas.
CARACTERÍSTICAS DAS
AUDITORIAS
Auditorias são caras;
Auditorias devem ser bem planejadas;
Auditorias não devem ser“ de surpresa”;
Sempre ajuste as datas de
conveniente para ambas as partes.
forma
PLANEJAMENTO E CONDUÇÃO DA
AUDITORIA AMBIENTAL

Definição dos objetivos e escopo

Para cada auditoria deve ser elaborada uma programação específica
com a indicação do escopo, os requisitos, a composição da equipe de
auditoria, o auditor líder, a localização geográfica, as atividades a
serem auditadas, os setores a serem notificados, o período e o tema
ambiental.

Definição dos critérios

Definir sob quais critérios será realizada a auditoria (exigências legais,
normas técnicas de sistema de gestão ambiental, políticas internas e
outros), ou seja, quais critérios o auditor utilizará como referência na
coleta de evidências de auditoria?
Os auditores devem ter autoridade suficiente e liberdade para
tornar a auditoria significativa e efetiva.
PLANEJAMENTO E CONDUÇÃO DA
AUDITORIA AMBIENTAL

PREPARAÇÃO PARA A AUDITORIA

Definição da equipe de auditoria

Análise preliminar de documentos

Plano de Auditoria

Elaboração/adaptação dos instrumentos de trabalho

Estudo da legislação/normas
BOAS PRÁTICAS NOS PROCESSO DE AUDITORIAS

As avaliações devem ser realizadas, preferencialmente, nos
locais onde os trabalhos são executados;

Não concluir antes de se certificar do fato constatado;

Utilizar linguagem direta tanto para qualquer questionamento ou
para expor suas conclusões;

Ter um tratamento interpessoal;

Não interromper ou mandar interromper os serviços em
execução;

Seguir a orientação do auditor líder;
BOAS PRÁTICAS NOS PROCESSOS DE AUDITORIAS

Desenvolver as ações de sua responsabilidade de
forma organizada;

Nunca dirigir qualquer crítica às pessoas, e se o fizer
que seja somente aos fatos;

Reportar-se somente ao pessoal responsável pela
atividade;

Comprovar
recebida.
pessoalmente
qualquer
informação
COLETA E AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS

Por definição, evidências objetivas são todas as
informações colhidas durante a realização de uma
auditoria. As evidências objetivas podem ser
classificadas da seguinte forma:

Evidências físicas: quando se trata de objetos físicos
que podem ser tocados ou quando há observações
referentes à desorganização, negligência, impacto
negativo ao meio ambiente etc. Alguns exemplos: a
descarga de efluentes líquidos não controlados
adequadamente, emissões atmosféricas tóxicas, resíduos
sólidos dispostos em lugares impróprios, equipamentos
descalibrados, atividades realizadas incorretamente e
outros.
COLETA E AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS

Evidências documentais: que podem
ser
comprovadas por documentos ou através de
materiais impressos que possam ser rastreados.

Como exemplos podem ser citados: a realização
de procedimentos que possam causar impactos
ambientais, mas não documentados, manuais com
interpretações incorretas, falhas nos documentos do
sistema, deficiências nos cadastros, mapas, registros
do sistema etc
COLETA E AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS

Evidências comportamentais: essa modalidade
não pode ser considerada como evidencia objetiva
de auditoria, mas pode ser usada como uma
observação a partir da qual se busquem mais
informações.

Evidências verbais: referem-se às declarações
obtidas em entrevistas com os operários, gerentes,
supervisores, quando questionados a respeito de
situações reais, ocasionais ou hipotéticas. A
evidência verbal, a exemplo da evidência
comportamental, deverá ser complementada por
outras para se tornar uma evidência objetiva.
INSTRUMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE
AUDITORIA AMBIENTAL
LISTA DE VERIFICAÇÃO

A Lista de Verificação, a exemplo do Protocolo, é
outro modelo de plano que o auditor deve seguir
na aplicação da Auditoria Ambiental, no local, para
atingir seus objetivos.

Com a Lista de Verificação as informações da
unidade a ser auditada fornecem à equipe de
auditoria um conhecimento suficiente de seus
processos de produção e de como são
gerenciados os assuntos de saúde, segurança e
proteção ambiental.
INSTRUMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE
AUDITORIA AMBIENTAL
LISTA DE VERIFICAÇÃO

Um profissional com pouca ou média experiência
não conduz uma auditoria apenas com uma lista de
verificação, há que se fazer uso do Protocolo.

A Lista de Verificação, um questionário de sim-e-não,
tende a ser longo e detalhado, frequentemente
estruturado para abranger todas as questões
relevantes, deve ser utilizado como um Guia para
orientar e conduzir a auditoria ambiental na empresa.
REUNIÃO DE ENCERRAMENTO
 Descontração;
 Agradecimentos pela colaboração;
 Classificação das não-conformidades e observações;
 Acompanhamento de ações corretivas;
 Prazos
 Confidencialidade;
 Parecer final;
 Menção ao relatório final;
 Esclarecimento de dúvidas;
 Término da reunião de encerramento.
REALIZAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA
* Conteúdo, formato e distribuição do relatório

Introdução; sumário; corpo do relatório;
confidencialidade e lista de distribuição; conclusão; anexos.
Objetivo da auditoria e de forma sucinta a abrangência e
finalidade da auditoria;
Nomes dos membros da equipe auditora;
Documentos e registros utilizados como referencial;
Nomes das pessoas responsáveis pelo atendimento;
Descrição dos fatos constatados, fazendo uma separação
entre o que é não conformidade do que é observação; e
Sugestões de melhorias para o aperfeiçoamento das
atividades desenvolvidas.
*
Plano de ação
O auditado deve, ao receber o relatório de auditoria, avaliar as
constatações registradas para posteriormente estabelecer
ações corretivas que possam eliminar as causas dos
problemas constatados.
COMPORTAMENTO DO AUDITOR

O sucesso de uma auditoria está diretamente ligado ao
comportamento do auditor, e, portanto, devem ser seguidas
algumas premissas:

Estar preparado de forma a executar a auditoria. Tentar prever
ao máximo situações possíveis;
Evitar apresentar surpresas ao auditado. Discutir de forma a
solucionar qualquer impasse;
Buscar objetividade e obter dados reais, evitar opiniões
pessoais e só se basear em fatos concretos que possam ser
evidenciados.
Negociar os limites de interferência e intrusão. Discutir com o
auditado a necessidade de quebra de eventuais procedimentos
de segurança industrial ou equivalentes;



COMPORTAMENTO DO AUDITOR

Opinar em bases éticas e de confiança. Não atacar as pessoas,
e sim fatos concretos. Ser claro em suas explicações e não ter
medo de falar a verdade;

Motivar as pessoas das áreas auditadas para a melhoria;

Mostrar ao auditado que a identificação das não conformidades
tem como objetivo propiciar uma melhoria do sistema, e não
uma punição;

Persuadir, não impor. Mostrar ao auditado os riscos de não
conformidades dentro do SGA e, portanto, a necessidade de
correções no Sistema.
COMPORTAMENTO DO AUDITOR

DEVERES DO AUDITOR
Eis alguns requisitos que um auditor deve conhecer:

• Conhecer os objetivos.

Caso os objetivos não sejam compreendidos, a
auditoria não cumprirá a sua missão. O esforço de
saber o que tem a realizar é uma característica
marcante do auditor.

COMPORTAMENTO DO AUDITOR

DEVERES DO AUDITOR

Conhecer os Controles.

Uma empresa trabalha em atividades básicas; Planejamento,
Organização e Controle.
Para o auditor, o controle tem particular importância, pois é uma
ferramenta que indica como deve ser avaliado o nível de
satisfação ao atendimento a um determinado processo em
relação aos seus requisitos.
Ele deve conhecer como lidar com estes valores e saber quais
são estes controles existentes na empresa.


COMPORTAMENTO DO AUDITOR

DEVERES DO AUDITOR

Conhecer o Escopo (Alcance da Auditoria)

É preciso compreender que só pode opinar a respeito da
população, ou da parte que acaba de testar. Não se pode
manifestar sobre o que não examinou.

Conhecer os Fatos

Um fato concreto é uma ocorrência real, ou condição efetiva
(algo que, indiscutivelmente, aconteceu) uma realidade
absoluta, ao contrário de uma simples suposição ou opinião. E
para não dizer inequivocadamente “eu verifiquei”, o auditor
deve ter certeza de que de fato “verificou”.
COMPORTAMENTO DO AUDITOR

COMPORTAMENTO DO AUDITOR

Conhecer os Efeitos.

A tendência de atribuir valor a banalidades deve ser evitada. Pra isto
ao deparar com um desvio, o auditor deve fazer a pergunta “Qual é o
efeito disso?”
Se for desfavorável, significativo, e continuado, sem dúvida ele deve
chamar a atenção da pessoa que tem o dever de corrigir o problema e
que deve verificar se a correção foi feita.


Conhecer as Pessoas.

Nas relações de trabalho, deve-se praticar a empatia para com os
auditados colocando-se efetivamente no lugar destes. Eles perceberão
sua empatia, a apreciarão, e isso facilitará a obtenção das informações
necessárias.
COMPORTAMENTO DO AUDITOR

Comportamento na Fase de Conclusões

Ao final da auditoria, comentários adicionais devem ser
efetuados quanto ao comportamento do auditor líder:

Agradecer a assistência e hospitalidade recebida no Setor;

Explicar que a avaliação foi efetuada com base em amostras
significativas das atividades executadas no Setor;

Explicar que somente as discrepâncias observadas e
testemunhadas pelos funcionários do Setor serão reportadas e
que o relatório virá em breve;
COMPORTAMENTO DO AUDITOR

Explicar que a ênfase necessária nos aspectos negativos não
significa que não foram identificados aspectos positivos;

Fornecer um resumo das observações de forma impessoal,
precisa e direta;

Permitir o benefício da dúvida;

Discutir e acordar ações apropriadas para o follow-up;

Apresentar relatório com as observações e recomendações
apresentadas, em linguagem impessoal, direta, clara e precisa,
sem surpresas. Atenção deve ser dada a precisão de números
constatados.
COMPORTAMENTO DO AUDITADO

Para o bom andamento da auditoria, o auditado
também deverá atuar de forma a tender alguma
premissas básicas que são:

Colaborar para o bom andamento da execução da auditoria;

Manter-se isento de discriminação ou receios indevidos;

Prestar explicações que lhe forem solicitadas;

Não entrar em outros assuntos que forcem uma apresentação
de atividade ou documentos reservados de sua empresa, ou
não ligados à auditoria
COMPORTAMENTO DO AUDITADO

Saber ouvir, ou seja, não se adiantar; ter certeza de
que entendeu o que o auditor solicitou;

No caso de qualquer dúvida em relação ao escopo
da auditoria ou à validade de solicitações feitas pelos
auditores, solicitar imediatamente, e antes de tomar
qualquer ação, as explicações necessárias.
PROBLEMAS CAUSADOS PELO AUDITOR

Eis os principais problemas causados pelo Auditor:
Objetivo da Auditoria mal definido ou mal entendido;
 Auditoria mal preparada em termos de conteúdo e
desenvolvimento ao longo do tempo;
 Capacitação inadequada dos auditores;
 Ausência de follow-up após a auditoria;
 Insuficiência de tempo para condução da auditoria.

PROBLEMAS CAUSADOS PELO AUDITADO
Eis algumas situações que
comprometer a auditoria:
o Auditado pode

Informações espontâneas;

Auto recomendação;

Os conflitos políticos internos;

As divagações de ambas as partes;

A ocultação ou camuflagem de informações.
CONCLUSÃO
A auditoria
destinado:
ambiental
vista
como
instrumento
a promover a educação ambiental e também a
conscientização para a preservação do meio
ambiente (cultural, artificial, do trabalho e natural),
fixa a necessidade de o fornecedor de bens
ambientais prestarem contas com relação aos
naturais impactos produzidos, determinando a
responsabilidade social de cada um, povo e
governo, para a qualidade do meio ambiente, do
desenvolvimento sustentável, preservação e
proteção do meio ambiente.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NORMA NBR ISO 19011
2002 – Diretrizes para auditorias ambientais de sistemas de gestão da qualidade e/ou
ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 14001:
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