A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE DE
BAIXO RISCO NA PERSPECTIVA DO PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO DO
PRÉ-NATAL E NASCIMENTO (PHPN) – REVISÃO DE LITERATURA
Patrícia Rodrigues Argolo*
Ana Márcia Chiaradia Mendes Castillo**
RESUMO
A Assistência Pré-Natal, segundo a Organização Mundial de Saúde, consiste num conjunto de
cuidados médicos, nutricionistas, psicólogos e sociais, destinados a proteger o binômio
feto/mãe durante todo período gestacional, parto e puerpério, tendo como principal finalidade
a diminuição da morbimortalidade materna e perinatal. Este estudo tem como objetivo realizar
um levantamento bibliográfico na perspectiva de subsidiar como vem sendo desenvolvida a
SAE nas consultas pré-natais de baixo risco realizadas por enfermeiros (as) mediante um
levantamento bibliográfico e descrever o protocolo de assistência à gestante de baixo risco. O
presente estudo trate-se de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo, que utiliza como
base a revisão bibliográfica. Ressalta-se que essa pesquisa foi elaborada através de um
levantamento e seleção de materiais publicados, sendo estes: livros, manuais, manuais
técnicos de programas do ministério da saúde (MS), periódicos, artigos e portarias. Foi
utilizada também uma leitura sistemática a fim de definir as categorias necessárias para
discussão do tema em análise. Através deste estudo, verificou-se que a sistematização da
assistência de enfermagem à mulher no pré-natal de baixo risco, corroborando com melo
(2010), além de dar a mulher uma atenção especializada e individualizada, por analisar cada
necessidade e elaborar um plano de cuidados pra ela vem valorizar ainda mais o que vem
sendo preconizado pelo PHPN e as demais políticas que visam o cuidado integral e
humanizado.
Palavras-chave: pré-natal, SAE, PHPN
* Enfermeira, graduada pela Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana – Ba. Docente da disciplina Enfermagem na Atenção
à Saúde da Mulher e Assistente do Curso de Enfermagem da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de Feira de Santana – Ba.
Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Atualiza Cursos
E-mail: [email protected]
** Enfermeira, Doutoranda, docente do Curso de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Atualiza Cursos, orientadora da
disciplina Metodologia do Trabalho Científico.
1. INTRODUÇÃO
A política de humanização do Pré-natal e Nascimento vêm ocupando um importante
espaço na agenda de Saúde Pública na maioria dos países. Como refere Boaretto (2003) o
momento do parto é de grande intensidade emocional e afeta profundamente as mulheres,
os bebês, as famílias e tem efeitos importantes e persistentes sobre a sociedade. É de
fundamental importância a valorização do parto e do nascimento para o aumento da
autonomia e do poder de decisão das mulheres.
A idéia de humanização vem sendo utilizada há vários anos, em especial na área da
saúde. No campo da assistência ao parto, vários autores e organizações nãogovernamentais têm demonstrado nos últimos anos suas preocupações com a
medicalização excessiva do parto (Rehuna, 1993), propondo modificações no modelo de
assistência, principalmente naqueles de baixo risco.
A Organização Mundial de Saúde tem trazido contribuições importantes para este
debate ao propor o uso adequado de tecnologias para o parto e nascimento com base em
evidências científicas que contestam práticas preconizadas no modelo médico de atenção
(OMS, 1996).
O Contexto de cada gestante é determinante para seu desenvolvimento, bem como
para a relação que a mulher e a família estabelecerão com a criança. Assim, a equipe deve
valorizar a historia que cada mulher grávida traz e também suas emoções e sentimentos,
de forma a individualizar e a contextualizar a assistência ao pré-natal. Para tanto, torna-se
necessário criar um ambiente de segurança que permita que a mulher fale de sua
intimidade, expresse suas dúvidas e discuta tema (tabus), como a sexualidade.
A Assistência Pré-natal, segundo a Organização Mundial de Saúde, consiste num
conjunto de cuidados destinados a proteger o binômio feto/mãe durante todo período
gestacional, parto e puerpério, tendo como principal finalidade a diminuição da
morbimortalidade materna e perinatal. Contribuindo com esse conceito, o Ministério da
Saúde (BRASIL, 2005), define como um “conjunto de procedimentos clínicos e
educativos com o objetivo de acompanhar a evolução da gravidez e promover a saúde da
gestante e da criança, encaminhando-os para soluções imediatas ao Sistema Único de
Saúde (SUS)”.
O Pré-natal pode ser classificado como baixo ou alto risco. Essa por sua vez
determinará os cuidados específicos e as condutas que cada profissional fará ao
* Enfermeira, graduada pela Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana – Ba. Docente da disciplina Enfermagem na Atenção
à Saúde da Mulher e Assistente do Curso de Enfermagem da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de Feira de Santana – Ba.
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acompanhar essa gestante. No tocante à Enfermagem, o Ministério da Saúde e a Lei nº
7.498, de 25 de junho de 1986 que dispõe sobre a regulamentação do Exercício
Profissional da Enfermagem e regulamentada pelo Decreto nº 94.406, de 08 de junho de
1987 e de acordo com a resolução COFEN nº 195/1997, afirmam que o pré-natal de baixo
risco pode ser inteiramente acompanhado pelo(a) enfermeiro(a), cabendo-lhe a realização
da consulta, prescrição da assistência de enfermagem e solicitação de exames de rotina e
complementares.
Dessa forma as consultas de pré-natal poderão ocorrer na unidade de saúde ou durante
as visitas domiciliares, conforme disponibilidade da equipe e necessidade de cada
gestante, podendo ser realizado pelo enfermeiro(a) e/ou pelo (a) médico(a).
Sistematização da Assistência de Enfermagem no Pré-natal é a organização da
Assistência de Enfermagem que será oferecida a gestante de baixo risco, durante o
período do eu pré-natal, bem como as consultas de enfermagem, as reuniões do grupo de
gestantes, as ações educativas, os exames laboratoriais, assim como quaisquer
informações que a gestante queira ou deva saber a respeito de sua saúde e de seu filho
(BASSOTO, 2007).
A resolução COFEN 272/2002 considera que a Sistematização da Assistência de
Enfermagem – SAE, sendo atividade privativa do (a) Enfermeiro (a), utiliza como método
de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença, subsidiando
ações da assistência de Enfermagem que possam contribuir para promoção de atividades
específicas para cada gestante.
Segundo Lacava (2002), anualmente cerca de 600 mil mulheres morrem no mundo por
complicações da gravidez, parto e puerpério. Sabe-se que 90% dessas mortes ocorrem nos
países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, entre os quais inclui o Brasil. Sendo
assim, é imperativo ressaltar que tal fato reafirma a situação da assistência à saúde
reprodutiva das mulheres no país.
Alvim (2007) diz que com vistas à melhoria e a humanização da assistência no período
gravídico-puerperal, o Ministério da Saúde (MS) responsabiliza os serviços de saúde, que
devem oferecer o adequado acompanhamento do parto e puerpério, a receber com
dignidade a mulher e o recém nascido e a adotar práticas humanizadas e seguras. Ainda
afirma que a freqüência de toda gestante ao pré-natal é fator primordial para a prevenção e
o tratamento precoce de diversas afecções que poderão afetar a integridade do novo ser
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que Irá nascer, além de propiciar no momento do parto, informações necessárias para o
atendimento adequado.
O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento bibliográfico na perspectiva de
subsidiar como vem sendo desenvolvida a SAE nas consultas Pré-natais de baixo risco
realizadas por enfermeiros (as) mediante um levantamento bibliográfico e descrever o
protocolo de assistência à gestante de baixo risco, de acordo com a Política de
Humanização do Parto e Nascimento – Ministério da Saúde (MS) de modo a sistematizar
a assistência de enfermagem à gestante de baixo risco.
Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, que utiliza como base a revisão
bibliográfica. Referente às pesquisas descritivas, para Trivinos (1994), há um
aprofundamento da descrição da realidade em questão, descrevendo “com exatidão” os
fatos e fenômenos. Tem como objetivo descrever as características de determinada
população, fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de
técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume
em geral, a forma de levantamento. Em relação à pesquisa bibliográfica será elaborada por
meio de materiais já publicados, constituído principalmente de livros, artigos, e material
científico disponibilizado em bancos de dados na internet.
Ressalta-se que essa pesquisa foi elaborada através de um levantamento e seleção de
materiais publicados, sendo estes: livros, manuais, manuais técnicos de programas do
Ministério da Saúde (MS), periódicos, artigos e portarias. Faz-se mister salientar que nesta
análise articularam-se os conceitos: sistematização da assistência de Enfermagem e prénatal de baixo risco. A partir daí, foram selecionados 07 artigos que abordam esta relação
os quais foram utilizados para aprofundamento da categorização. Utilizou-se também uma
leitura sistemática a fim de definir as categorias necessárias para discussão do tema em
análise.
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2. DESENVOLVIMENTO
No Brasil, na década de 80, foi lançado o Programa de Atenção Integral à Saúde da
Mulher (PAISM), que evidenciou um salto de qualidade na Atenção à Mulher a partir da
formulação de propostas que
incluíram, pela primeira vez, serviços públicos que
contemplavam o ciclo vital, visando a incorporação da própria mulher como sujeito ativo
do cuidado à saúde, considerando todas as etapas de vida. Para Giffin (1991), ainda falta
muito para uma efetiva implementação destas propostas.
No final dos anos 90, após quase duas décadas da instituição do Programa de
Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), a assistência à saúde da mulher no
Brasil permanecia com muitas questões a serem enfrentadas. O Ministério da Saúde havia
definido a saúde da mulher como prioritária e sistematizou, a partir de três linhas
principais de ações, projetos específicos: melhorar a saúde reprodutiva, reduzir a
mortalidade por causas evitáveis e combater a violência contra a mulher (Brasil,
Ministério da Saúde, 2006).
A atenção à saúde da mulher, na história das políticas de saúde no Brasil e no mundo,
tem sido reduzida, em grande parte, aos parâmetros da atenção materno-infantil e, mesmo
assim, freqüentemente, relegada a segundo plano. Dessa forma, devido esta realidade, o
Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) tem chamado a sociedade à responsabilidade de
afirmando que a humanização e a qualidade da atenção em saúde são condições essenciais
para que as ações de saúde se traduzam na resolução dos problemas identificados, na
satisfação das usuárias, no fortalecimento da capacidade das mulheres frente à
identificação de suas demandas, no reconhecimento e reivindicações de seus direitos e na
promoção do autocuidado.
Considerando que este artigo tem como propósito subsidiar como vem sendo
desenvolvida a SAE e corroborando com este estudo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), por intermédio de sua comissão de Peritos, define a proteção à maternidade: ”que
tem por objetivo salvaguardar a saúde das mulheres durante a gravidez e o aleitamento, de
lhes ensinar os cuidados a ser dispensado às crianças, permitir o parto normal e dar a luz a
filho sadio” (LACAVA, 2002). Ainda, a OMS(2000) apud Alvim (2007), sob o enfoque
da Saúde Pública, conceitua a saúde, como “saúde é a sensação de bem estar físico,
mental e social, e não apenas ausência de moléstia” Saúde da gestante é, portanto, a
sensação de bem estar físico, psíquico e social, dentro das condições especiais da grávida.
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Dessa forma, sistematizar a assistência de enfermagem num pré-natal de baixo risco vai
além das ações que vem sendo desenvolvidas pelos (as) pré-natalistas.
Alvim (2007) afirma que para realização dos atendimentos faz-se necessário a
operacionalização da consulta de Enfermagem através de protocolos objetivando a
eficiência e eficácia. Para tal, são fundamentais procedimentos como: registro do n° de
consultas realizadas por enfermeiros (as), padronização e prescrição de medicamentos,
solicitação de exames e encaminhamentos e critérios de risco obstétrico.
Durante a consulta de Pré-Natal, o MS propõe a(o) enfermeiro(a): orientar as mulheres
e suas famílias obre a importância do Pré-natal, amamentação, vacinação, preparo para o
parto etc, realizar consulta de Pré-natal de baixo risco, solicitar exames de rotina e orientar
tratamento, conforme protocolo do serviço, encaminhar as gestantes identificadas como de
risco para o(a) médico(a) obstétrico(a), realizar atividades de grupos de gestantes, sala de
espera, fornecer o cartão da gestante, atualizando a cada consulta e realizar coleta de
exame citpatológico quando necessário.
A SAE é definida como a organização da assistência de enfermagem durante o período
pré-natal e tem como característica educativa e informativa mostrando-se um instrumento
indipensável na humanização da assistência pré-natal como previsto pelo PHPN
(BRASIL, 2005; ALVIM;BASSOTO,2007).
A SAE é composta por cinco (5) etapas: entrevista ou histórico de enfermagem, exame
físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição de enfermagem e evolução de enfermagem.
O Diagnóstico de Gravidez, no tocante a SAE para Melo (2010) é o primeiro passo para
iniciar o acompanhamento. Esse por sua vez se faz baseado no exame físico e nos testes
laboratoriais.
Sendo assim, após a confirmação da Gravidez faz-se necessário proceder então com a
primeira
consulta
dessa
gestante,
preferencialmente
obedecendo
as
seguintes
recomendações do Ministério da Saúde:
I – Entrevista ou Histórico de Enfermagem: (observar cartão da gestante): a)
identificação; b) dados sócio-econômicos; c) grau de instrução; d) profissão/ocupação; e)
estado civil/união; f) número e idade de dependentes (avaliar sobrecarga de trabalho
doméstico); g) renda familiar; h) pessoas da família com renda; i) condições de moradia
(tipo, nº de cômodos); j) condições de saneamento (água, esgoto, coleta de lixo); k)
distância da residência até a unidade de saúde; l) antecedentes familiares; m) antecedentes
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pessoais; n) antecedentes ginecológicos; o) sexualidade; p) antecedentes obstétricos; q)
gestação atual. (BRASIL, 2005; ALVIM; BASSOTO; MARQUES, 2007 apud MELO,
2010).
II– Exame Físico: a) geral; b) específico (gineco-obstétrico).
III - Exames complementares: a) solicitações de todos os exames de rotina já citados
anteriormente; b) outros exames podem ser acrescidos a esta rotina mínima em algumas
situações especiais (protoparasitológico: solicitado na primeira consulta, sobretudo para
mulheres de baixa renda; colpocitologia oncótica (papanicolau) se mulher não a tiver
realizado nos últimos três anos, ou se houver indicação; bacterioscopia da secreção
vaginal: em torno da 30ª semana de gestação, particularmente nas mulheres com
antecedente de prematuridade; sorologia para rubéola; urucultura para diagnóstico de
bacteriúria assintomática, se existir disponibilidade para esse exame); c) ultra-sonografia
obstétrica, realizada precocemente durante a gestação nas unidades já estruturadas para
isso, com o exame disponível.
IV – Condutas: a) cálculo da IG (idade gestacional) e DPP (data provável do parto); b)
avaliação nutricional; c) fornecimento de informações necessárias e respostas às
indagações da mulher e família; d) orientação sobre sinais de riscos e assistência em cada
caso. (BRASIL, 2005; ALVIM; BASSOTO; MARQUES, 2007)
Ricci (2008) afirma que a assistência pré-natal contínua é importante para um
resultado bem-sucedido. Dessa forma, nas consultas subseqüentes, deve-se fazer a revisão
da ficha pré-natal, o exame de anamnese atual sucinta e a verificação do calendário de
vacinação.
I – Controles maternos: a) cálculo e anotação da IG; b) determinação do peso para
avaliação do índice de massa corporal (IMC); anotação no gráfico e observar o sentido da
curva para avaliação do estado nutricional; c) medida da PA (pressão arterial) (observar a
aferição da PA com técnica adequada); d) palpação obstétrica e medida da AU, anotar no
gráfico e observar o sentido da curva para avaliação do crescimento fetal; e) pesquisa de
edema; f) verificação dos resultados dos testes para sífilis (VDRL e confirmatório, sempre
que possível) e, no caso de resultado positivo, o esquema terapêutico utilizado (na
gestante e em seu parceiro), além do resultado dos exames (VDRL), realizados
mensalmente para o controle de cura; g) avaliação dos outros resultados de exames
laboratoriais.
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disciplina Metodologia do Trabalho Científico.
II – Controles fetais: a) ausculta dos BCF; b) avaliação dos movimentos percebidos pela
mulher e/ou detectados no exame obstétrico.
III – Condutas: a) interpretação dos dados de anamnese, do exame obstétrico e dos
exames laboratoriais como solicitação de outros se necessários; b) tratamento de
alterações encontradas, ou encaminhamentos, se necessário; c) prescrição de sulfato
ferroso (60 mg de ferro elementar/dia e ácido fólico (5mg/dia); d) realização de ações
práticas educativas individuais e em grupos (os grupos educativos para adolescentes
devem ser exclusivos da faixa etária e abordar temas de interesse do grupo; recomenda-se
dividir os grupos em faixas etárias de 10-14 anos e de 15-19 anos, para obtenção de
melhores resultados); e) agendamento de consultas subseqüentes (ALVIM; BASSOTO;
MARQUES, 2007).
Desde o primeiro momento, em que se estabelece a suspeita da gravidez o profissional
enfermeiro (a) necessita de uma abordagem clínica onde serão levados em consideração as
queixas desta gestante, sendo estas possíveis: dor lombar, leucorréia, náuseas, vômitos e
tonturas, pirose, sialorréia, fraquezas e desmaios, dor abdominal cólicas, flatulência e
obstipação intestinal, hemorróidas, mastalgia, cefaléia, faringite, polaciúria, varizes,
câimbras, cloasma gravídico, estrias etc. Essas manifestações são caracterizadas como
alterações fisiológicas durante toda gestação. Assim, com o levantamento destes dados,
também denominados problemas, a SAE vem colaborar com a assistência do (a)
enfermeiro (a) ao dar resolutividade aos problemas enfrentados pela gestante como
proposto por Alvim; Bassoto; Marques (2007) apud Melo (2010), em seu estudo segundo
o quadro 1.
Quadro 1: Principais problemas, diagnósticos e cuidados de enfermagem a gestante
de baixo risco.
Problemas de Enfermagem
1 – Náusea
Diagnósticos de Enfermagem
Cuidados de Enfermagem
Sensação subjetiva desagradável
caracterizada
por
salivação
aumentada.
-Orientar
quanto
aos
intervalos de uma refeição e
outra, não ultrapassando três
horas sem ingestão de
alimentos.
-Orientar a ingestão de
2000ml de líquido nas 24h.
-Encaminhar ao nutricionista
em caso de agravo do quadro.
-Administrar
medicações,
conforme prescrição médica.
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disciplina Metodologia do Trabalho Científico.
2 – Dor lombar
Experiência sensorial e emocional
desagradável caracterizada por
relato verbal.
3 – Ansiedade
Um vago e incômodo sentimento de
desconforto ou temor acompanhado
por
resposta
autonômica
caracterizada por preocupações
expressas devido a mudanças em
eventos da vida.
-Orientar quanto à correção da
postura ao sentar-se e ao
andar.
-Orientar a aplicação de calor
local 3x ao dia.
-Orientar quanto ao uso de
sapatos com saltos baixos e
confortáveis.
-Orientar
quanto
ao
revezamento de posições:
sentado x permanecer em pé.
-Orientar ao parceiro que
realize
massagens
com
hidratantes na região lombar.
-Encaminhar ao fisioterapeuta,
se agravar o quadro.
-Administrar
analgésicos,
conforme prescrição.
-Orientar a realização de
caminhadas respirando fundo
e devagar.
-Identificar os fatores que
trazem ansiedade.
-Orientar ao parceiro quanto
às alterações fisiológicas da
gravidez e sua participação
para amenizar o quadro.
-Encaminhar ao médico em
caso de agravo do quadro.
-Administrar
medicação
conforme prescrição.
4- Cloasma
Alteração na pigmentação da pele,
relacionada a mudanças hormonais
caracterizada por
manchas escuras na face.
5- Fraqueza e
desmaio
Ingestão diminuída de alimentos,
levando ao déficit de
nutrientes para o organismo.
-Orientar quanto ao uso
excessivo de maquiagem.
-Orientar quanto à exposição
direta ao sol.
-Orientar o uso de protetor
solar.
-Orientar a não utilizar cremes
abrasivos,
sabonetes
esfoliantes.
-Aferir sinais vitais, atentando
para valores pressóricos.
-Manter MI elevados durante
os episódios.
-Orientar
quanto
à
necessidade da ingestão de
complexo vitamínico.
-Orientar deitar em decúbito
lateral,
respirando
profundamente
e
pausadamente.
-Encaminhar a nutricionista
para avaliação nutricional.
-Orientar quanto à ingestão de
complexos
vitamínicos e seus horários
* Enfermeira, graduada pela Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana – Ba. Docente da disciplina Enfermagem na Atenção
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ideais.
7-Constipação
intestinal e
flatulências.
Compressão das alças intestinais
pelo aumento uterino.
Déficit nutricional devido aos
episódios de náusea e vômitos.
8-Câimbras
Déficit de eletrólitos, levando a
contração deficiente.
9-Varizes
Alteração da elasticidade dos vasos
devido ao aumento de peso.
10-Edema
Retenção de líquido devido
aumento da produção do hormônio
antidiurético.
-Orientar dieta rica em fibras e
cereais integrais.
-Orientar ingestão de 2000ml
de água nas 24h.
-Orientar
realização
de
manobras de facilitação do
trânsito intestinal até 2o
trimestre da gestação.
-Avaliar valores de eletrólitos,
quando
solicitados
pelo
médico.
-Orientar quanto ao consumo
de alimentos ricos em
potássio, cálcio.
-Orientar quanto uso de
sapatos confortáveis.
-Orientar o parceiro quanto à
realização de massagens e
aplicação de calor local.
-Orientar quanto ao uso de
meia calça para gestante se
possível.
-Orientar quanto à elevação
dos membros inferiores em
torno de 30 minutos ao deitarse.
-Atentar para identificação
precoce
de
rompimento
(trombose venosa) dos vasos:
calor, rubor e dor.
-Orientar repouso com as
pernas elevadas de pelo menos
20 minutos.
-Orientar
quanto
ao
revezamento de posições
sentar x permanecer em pé.
-Orientar quanto ao uso de
sapatos confortáveis.
-Orientar que ao sentar-se, não
deixar os MMII pendentes.
Orientar dieta hipossódica.
Fonte: AlVIM; BASSOTO; MARQUES, 2007.
* Enfermeira, graduada pela Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana – Ba. Docente da disciplina Enfermagem na Atenção
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste estudo, verificou-se que a Sistematização da Assistência de Enfermagem
à Mulher no pré-natal de baixo risco, corroborando com Melo (2010), além de dar a
mulher uma atenção especializada e individualizada, por analisar cada necessidade e
elaborar um plano de cuidados pra ela vem valorizar ainda mais o que vem sendo
preconizado pelo PHPN e as demais políticas que visam o cuidado integral e humanizado,
seja em qual for unidade de saúde.
Para Alvim, Bassoto, Marques (2007), existe um número bastante considerável de
mulheres que ainda não realizam o número mínimo de consultas, durante o pré-natal,
preconizado pelo Ministério da Saúde, contribuindo para que número de mortes, causado
por complicações durante a gravidez, o parto e o puerpério aumente. A sistematização da
assistência de Enfermagem no período gestacional, principalmente através da realização
da Consulta de Enfermagem no pré-natal de baixo risco e das ações educativas, é um
caminho a ser seguido.
Dessa forma, chamamos atenção para a valorização da prática da consulta de
enfermagem e de todas as prerrogativas nelas implícitas como prescrever ações de
competência desta profissão, a fim de alcançar os resultados pelos quais a enfermagem é
responsável (PEREIRA, BACHION, 2005).
Com o advento do Programa de Saúde da Família (PSF), o (a) enfermeiro (a) como
membro da equipe ganhou um amplo espaço de atuação na assistência pré-natal. No
Ceará, por exemplo, já somam 1.300 enfermeiros atuando nessa ação (SESA, 2001 apud
MOURA; RODRIGUES; SILVA, 2003). Sepúlveda (2000) apud Moura et al, (2003)
afirmam que a atuação do (a) enfermeiro (a) no que diz respeito ao cuidado às gestantes
vem ganhando destaque desde a implantação do Programa de Assistência Integral à Saúde
da Mulher (PAISM), em 1985 apesar de ainda hoje elencarmos alguns obstáculos como
caracterização do papel do (a) enfermeiro (a) tendo em vista a prática da consulta e da
execução do parto.
O valor do cuidado pré-natal foi substancialmente documentado na literatura como
sendo proporcional a melhores desfechos da gravidez. A proporção de mulheres que inicia
os cuidados pré-natais no primeiro trimestre de gestação permaneceu estável em 83,2%
em 2000 (US Departamento of Health and Human Services [Departamento Norte
Americano de Serviços de Saúde e Assistência Social], 2002). Contudo, problemas
* Enfermeira, graduada pela Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana – Ba. Docente da disciplina Enfermagem na Atenção
à Saúde da Mulher e Assistente do Curso de Enfermagem da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de Feira de Santana – Ba.
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** Enfermeira, Doutoranda, docente do Curso de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Atualiza Cursos, orientadora da
disciplina Metodologia do Trabalho Científico.
financeiros e de transporte, barreiras de idioma ou de cultura, horários de atendimento e
atitudes inadequadas de profissionais de saúde freqüentemente limitam o acesso da mulher
aos cuidados pré-natais (Ricci, 2008).
Por fim, ressalto que o (a) enfermeiro (a) é um profissional qualificado para o
atendimento à mulher e precisa ampliar a sua atuação neste programa. Ele (a) tem o papel
de fundamental importância na área educativa, de prevenção e promoção da saúde da
mulher. Sendo assim, ressalta-se que o déficit quanto o desenvolvimento da SAE vem
tornar cada vez mais desafiador para se atingir uma assistência à Mulher/Gestante de
qualidade, com compromisso e humanizada.
* Enfermeira, graduada pela Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana – Ba. Docente da disciplina Enfermagem na Atenção
à Saúde da Mulher e Assistente do Curso de Enfermagem da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de Feira de Santana – Ba.
Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Atualiza Cursos
E-mail: [email protected]
** Enfermeira, Doutoranda, docente do Curso de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Atualiza Cursos, orientadora da
disciplina Metodologia do Trabalho Científico.
THE CARE SYSTEM TO NURSING PREGNANT LOW RISK IN VIEW OF THE
PROGRAM HUMANIZATION PRENATAL AND BIRTH (PHPN) - LITERATURE
REVIEW
ABSTRACT
Assistance Pre-Natal, according to World Health Organization, is a set of healthcare,
nutritionists, psychologists and social, designed to protect the binomial fetus / mother
throughout pregnancy, childbirth and postpartum, with the primary purpose of
reducing maternal and perinatal morbidity and mortality. This study aims to do a
survey from the perspective of support is being developed as a SAE in antenatal lowrisk by nurses (as) through a literature review and describe the protocol for
assistance to low risk pregnant women. This case study is a qualitative descriptive
character, which uses as a basis to review. It is emphasized that this survey was
drawn from a survey and selection of published materials, which are: books,
manuals, technical programs of the Ministry of Health (MoH), journals, articles and
ordinances. Was also used a systematic reading in order to define the categories
needed for discussion of the topic under discussion. Through this study it was found
that the systematization of nursing care to women in prenatal care of low risk,
corroborating melo (2010), besides giving the woman a specialized and
individualized attention, by examining every need and develop a plan care for her
comes further enhance what is being advocated by PHPN and other policies aimed
at the integral and humanized care.
Keywords: antenatal care, SAE, PHPN
* Enfermeira, graduada pela Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana – Ba. Docente da disciplina Enfermagem na Atenção
à Saúde da Mulher e Assistente do Curso de Enfermagem da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de Feira de Santana – Ba.
Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Atualiza Cursos
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** Enfermeira, Doutoranda, docente do Curso de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Atualiza Cursos, orientadora da
disciplina Metodologia do Trabalho Científico.
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* Enfermeira, graduada pela Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana – Ba. Docente da disciplina Enfermagem na Atenção
à Saúde da Mulher e Assistente do Curso de Enfermagem da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de Feira de Santana – Ba.
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** Enfermeira, Doutoranda, docente do Curso de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Atualiza Cursos, orientadora da
disciplina Metodologia do Trabalho Científico.
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