Af-CoverPort2011_CoverRelatSafra 5/16/12 3:32 PM Page 1 BRIC A nova força econômica mundial Relatório Anual 2011 Af-CoverEngl2011_CoverRelatSafra 5/16/12 3:23 PM Page 2 SAFRA GROUP BRAZIL Banco Safra S.A. Banco J. Safra S.A. Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Safra Asset Management Ltda. J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. Safra Seguros Gerais S.A. Safra Vida e Previdência S.A. JS Administração de Recursos S.A. Banco Safra (Cayman Islands) Limited Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 6:56 PM Page 1 “Se escolher navegar os mares do sistema bancário, construa seu banco como construiria seu barco: sólido para enfrentar, com segurança, qualquer tempestade.” JACOB SAFRA, fundador Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 6:57 PM Page 2 CONTEÚDO PALAVRA DO PRESIDENTE ECONOMIA INTERNACIONAL ECONOMIA BRASILEIRA GRUPO SAFRA BANCO SAFRA S.A. E SAFRA CONSOLIDADO – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS AGÊNCIAS NO PAÍS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO/ DIRETORIA Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 6:58 PM Page 3 PRINCIPAIS NÚMEROS Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 6:58 PM Page 4 PALAVRA DO PRESIDENTE O Brasil demonstrou mais uma vez, em 2011, sua Nesse cenário, o desempenho do Banco Safra em 2011 capacidade de reação a um cenário econômico foi consistente com o seu histórico. Os resultados desfavorável. A crise de endividamento dos países mantiveram a linha de sólida evolução, com o periféricos europeus e a escalada dos preços do aumento significativo das operações e a manutenção petróleo afetaram adversamente o crescimento global do foco na solidez. mas, mesmo assim, conseguimos uma expansão na economia de 2,7%, com o desemprego atingindo o menor patamar da série histórica e com robusto crescimento da renda. Muito expressivo, por exemplo, foi o crescimento dos recursos de terceiros – a soma das captações e dos recursos administrados – que atingiram R$ 106,5 bilhões, total 28,6% superior ao registrado em dezembro de 2010. Vivemos, assim, uma situação diferenciada em relação Desse montante, R$ 45,1 bilhões – mais 37,6%, sobre os à maior parte dos países desenvolvidos, assolados por R$ 32,8 bilhões registrados no final do exercício anterior – problemas de desemprego e endividamento elevado. correspondentes a recursos dos fundos de investimento E mostrou-se novamente decisivo um ativo sob gestão da J. Safra Asset Management, que se extremamente valioso que possuímos: o grande manteve como uma das maiores do mercado. A carteira mercado interno, que cresce com o aumento da de crédito totalizou R$ 56,9 bilhões, registrando inclusão social e com a expansão, em bases seguras, crescimento superior a 30%, taxa que repetiu a obtida do crédito ao consumo. no exercício de 2010. Tais resultados refletem-se no otimismo das famílias O lucro líquido do exercício foi de R$ 1.254,4 milhões, brasileiras que, conforme pesquisa recente, subiu de 19,7% superior aos R$ 1.048,1 milhões de 2010. 67,2% para 69%. Outro detalhe revelador: mais de Os ativos elevaram-se 18,5%, totalizando R$ 86,9 bilhões. 80% dos responsáveis pelos domicílios sentem-se O patrimônio líquido aumentou para R$ 6,0 bilhões e a seguros em sua ocupação atual. rentabilidade anualizada foi de 21,6%, acima da taxa dos anos anteriores. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 6:59 PM Page 5 É com otimismo que vemos o cenário para o futuro. A inflação deve desacelerar, com crescimento econômico maior. E iniciativas no horizonte mais longo sugerem um crescimento potencial mais expressivo para o futuro, com ênfase no aprimoramento da infraestrutura, com maior participação do setor privado – como no caso dos aeroportos – e o ciclo de investimentos associado à exploração do petróleo da camada pré-sal. Em meio às dificuldades dos Estados Unidos e dos países periféricos da Europa, os chamados BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China – entram fortemente em cena e com brilho próprio. O que isso significa para o futuro é o tema de nosso Relatório Anual 2011. Ninguém melhor para escrever sobre os BRICs do que Jim O’Neill, o economista-chefe da Goldman Sachs, criador da sigla, em estudo de 2001. Rossano Maranhão Presidente Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 6:59 PM Page 6 ARTICULISTA A Importância dos BRICs Jim O’Neill É uma honra ter sido convidado para escrever um artigo para esta publicação. Como muitos leitores talvez já saibam, em dezembro último, publiquei um livro intitulado The Growth Map: Economic Opportunity in the BRICs and Beyond (O Mapa do Crescimento: Oportunidades Econômicas nos BRICs e Além), em que aproveitei o décimo aniversário do conceito BRIC para discutir o que aconteceu e, mais importante ainda, o que acontecerá no futuro nessas e noutras “economias em crescimento”, como prefiro chamá-las agora. Reproduzo abaixo a pequena seção sobre o Brasil, onde falo sobre sua emergência como BRIC em linguagem simples de leigo. Mas antes quero acrescentar minha perspectiva mais atual sobre o mundo e as economias dos BRICs. Continuo a acreditar que tive sorte de identificar por acaso o maior fenômeno econômico do nosso tempo e que, graças aos BRICs, o mundo está economicamente mais forte do que percebe muita gente, especialmente os comentaristas ocidentais. Vamos tentar colocar essa afirmação no seu devido contexto. No ano de 2012, o valor em dólares do Produto Interno Bruto (PIB) total de todos os BRICs provavelmente crescerá de cerca de US$ 13 trilhões para US$ 15 trilhões. Trata-se de um aumento de US$ 2 trilhões, em apenas um ano. É quase como criar outra Itália em meros 12 meses. Na década de 2010-19, a expansão do PIB do conjunto dos BRICs ficará entre US$ 12 trilhões a US$ 15 trilhões, mesmo com premissas bastante modestas quanto aos vetores do crescimento e, coletivamente, essas economias se tornarão maiores do que os Estados Unidos da América (EUA) já em 2015, se não um ano antes disso. Consequentemente, e apesar dos desafios enfrentados pela Europa, pelo Japão e pelos EUA, a economia mundial provavelmente crescerá entre 4% e 4,5% em média, nessa década, taxa essa que é maior do que nas três primeiras décadas que testemunhei durante a minha carreira profissional. No cerne da história dos BRICs, está a China, evidentemente. O país é particularmente especial para todos nós. Em 2011, o PIB da China cresceu de US$ 5,9 trilhões para US$ 7,3 trilhões, saltando espantosamente US$ 1,4 trilhão em apenas 12 meses. Como costumo dizer com frequência, a China gera o equivalente a outra Grécia a cada 11 semanas e meia. Nas primeiras sete semanas de 2012, a China gerou meia Grécia. Quem se importa economicamente com a Grécia, a não ser que venha a acontecer uma contaminação destruidora ou que você seja cidadão daquele belo país? É um lugar de história e cultura grandiosas mas economicamente não é tão relevante assim. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 6:59 PM Page 7 O Brasil é especial para mim, entre os BRICs, porque provavelmente foi o país de maior risco que incluí no grupo de quatro países simbolizado por essa sigla específica, quando a inventei, em 2001. Conforme discutido, muitas pessoas questionaram minha sanidade mental, mas acabou mostrando-se talvez o juízo mais acertado. Até fins de 2010, o Brasil já havia se tornado uma economia que eu não achava possível por mais uma década, ajudado evidentemente pela força notável do real. Com a realização dos dois maiores eventos esportivos mundiais, daqui a quatro anos e pouco, no Brasil, continuará sendo uma época muito especial para esse belo país. Espero ter o prazer de visitá-lo durante grande parte de ambos os eventos em 2014 e 2016! Brasil A primeira vez em que estive no Brasil foi em 2004, para fazer uma palestra sobre o sonho dos BRICs. Quando eu estava a ponto de iniciar a palestra, o homem que me havia convidado cochichou no meu ouvido: “A única razão pela qual você incluiu o Brasil foi para criar uma sigla que soasse bem”. Até mesmo os brasileiros não conseguiam acreditar que o sonho econômico tão longamente acalentado estivesse finalmente se tornando realidade. Assim que voltei para casa, após essa visita, decidi comprar reais. Vendi os reais cerca de três meses depois, mas deveria tê-los guardado. Nos últimos seis anos, a moeda brasileira demonstrou força espetacular. Se tivesse contado para os operadores de câmbio com os quais andava nos anos 80 que a moeda mais forte dos anos 2000 seria o real, teriam rido da minha cara. Mas evidentemente é isso que aconteceu. Hoje, o Brasil é o mais popular dos BRICs e recebo constantemente convites para fazer palestras em reuniões de investidores em São Paulo e no Rio. Os investidores, desde empresas globais de private equity até hedge funds, estão brigando entre si para comprar ativos brasileiros. Pouco antes da eclosão da crise financeira, estive em Tóquio onde me reuni com vários bancos de varejo japoneses, que me disseram que as donas de casa conservadoras do Japão, as lendárias Sras. Watanabe, estavam loucas para investir no real. Por volta dessa mesma época, conheci o presidente de um banco sul-africano, que me disse estar pensando em investir num banco brasileiro. Agora, o mundo inteiro percebe que o Brasil finalmente se transformou de caso perdido hiperinflacionário para a superpotência latino-americana do século XXI. Da mesma forma que a China me comprovou sua maturidade durante a crise financeira asiática de 1997, o Brasil demonstrou sua força na crise financeira de 2008. No passado, com certeza, o Brasil teria ficado no olho do furacão, com sua moeda, suas taxas de juros e sua taxa de câmbio flutuando adoidado. Em vez disso, reduziu os juros em resposta à crise global de crédito. Não se curvou diante da crise. Administrou tudo muito bem enquanto a crise durou, recuperando-se rapidamente e com facilidade. Políticas estáveis, ao longo da década anterior, permitiram aos dirigentes brasileiros implementar políticas expansionistas num momento em que outros países estavam acuados, sem conseguir reagir. Era algo praticamente inédito para uma economia em desenvolvimento e certamente para o Brasil. O boom que vimos no Brasil, em 2008-09, enquanto uma parte tão grande do mundo estava sofrendo, só intensificou o namoro dos investidores com o país. Mas a popularidade tem seu preço. Hoje em dia fico preocupado quando tantos investidores brasileiros que me visitam em meu escritório em Londres dizem que acham Londres uma cidade barata. Essa não é a percepção de muitas outras nacionalidades, mas reflete a força do real. Em meados de 2011, a moeda brasileira era a mais plenamente valorizada dos BRICs – e talvez supervalorizada. Mas quero frisar que se trata de uma perspectiva tática de investidor, de uma perspectiva de curto prazo baseada em avaliações. Para o longo prazo, continuo sendo extremamente otimista sobre o Brasil. Seus êxitos recentes, após décadas de fracasso econômico, justificam fortes expectativas positivas. A decisão de incluir o Brasil nos BRICs não foi nada inevitável. Os outros três eram óbvios e, como disse, eu estava procurando um país na América Latina. O Brasil sobressaía, com mais de 180 milhões de habitantes e formuladores de políticas públicas apaixonados pelo regime de metas de inflação. Mas muita gente rejeitou a Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 6:59 PM Page 8 inclusão. Algumas pessoas chegaram a me implorar para não incluir o Brasil, inclusive brasileiros. No estudo de 2003, em que traçamos a trajetória dos BRICs até 2050, incluímos uma grande seção específica sobre o Brasil, em que detalhamos as condições e as razões pelas quais o País poderia não ser considerado ao lado de Rússia, Índia e China. O próprio economista brasileiro da Goldman Sachs, Paulo Leme, compartilhava as preocupações de muitos. Paulo tinha razões muito boas para duvidar das perspectivas para o seu próprio país. Afinal, o Brasil sempre tinha sido “o país do futuro” – de um futuro que nunca chegava. Com seu vasto território e seus recursos naturais abundantes, o país possuía um potencial econômico gritante. Durante grande parte do século XX, era um dos países de crescimento mais rápido do mundo e atraía milhões de imigrantes. Nos anos 50, o investimento estrangeiro começou a fluir fortemente ao Brasil e as multinacionais abriram filiais no país. Nos anos 60, havia previsões de que Brasil e Argentina em breve seriam as maiores economias do mundo. O sonho foi assassinado pela inflação, ao lado da inépcia de uma liderança política altamente centralizada. O Brasil foi derrubado por uma sucessão infindável de crises econômicas e políticas, alternando entre democracia e ditadura militar, com períodos de crescimento econômico vigoroso seguidos de depressões profundas. Os governos apontavam para os altos níveis de investimento externo e o êxito da seleção brasileira no futebol, falando do país com superlativos. O Brasil tinha a ponte mais cumprida e a maior usina hidrelétrica do mundo. Mas esses autoelogios não podiam escamotear o fato de que o país raramente alcançava a estabilidade que é essencial para quem quer conquistar o progresso econômico sério. O crescimento brasileiro era irregular e mal distribuído, sem equidade. As condições de vida para os pobres do campo e da cidade manchavam sua reputação. Suas cidades tornaram-se notórias pela violência. Chegou-se ao fundo do poço, em São Paulo, em 1997, quando foram assassinadas 8.092 pessoas, o que equivale a uma média de um assassinato por hora. Durante minha carreira profissional, o Brasil teve quatro moedas, o que reflete o caos econômico que castigava o país. Os problemas da corrupção e ineficiência era endêmicos. E para pessoas comuns isso se manifestava na ida diária à feira ou ao supermercado, onde os preços era tão voláteis que nunca se sabia o preço de nada. Desde 1950, o Brasil havia crescido a uma taxa anual de 5,3%, mas entre 1995 e 2005, a taxa diminuiu para 2,9%. Isso resultou de um doloroso reajuste econômico, que transformou o destino econômico do país. Somente nos anos 60, o Brasil passou por três crises financeiras. Mas um grupo de políticos e economistas, que subiu ao poder em meados dos anos 90, notavelmente Fernando Henrique Cardoso e Armínio Fraga, identificou a hiperinflação como o maior flagelo do Brasil e decidiu combatê-la. Após décadas de dependência do financiamento externo, o Brasil finalmente dedicou-se à árdua tarefa de estabilizar a moeda. A dura política de cortes de gastos adotada pelo governo reduziu o investimento Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:00 PM Page 10 em infraestrutura e o estoque de capital do país. A inflação foi finalmente domada. Mas os benefícios desse plano de estabilização macroeconômica demoraram para se traduzir em maior crescimento. Em 2003, nós argumentamos que o Brasil ainda tinha de fazer reformas importantes, tais como a abertura comercial e a redução da dívida em proporção ao PIB, além de permitir que o setor privado entrasse nos mercados de dívida e elevar as taxas de investimento e poupança. Sem essa reforma, de acordo com o nosso argumento, o Brasil poderia continuar a apresentar um desempenho aquém dos demais BRICs. Escrevemos, em 2003, que as nossas esperanças para o Brasil “ainda poderão mostrar-se otimistas demais sem reformas estruturais mais profundas”. Tudo mais sobre o Brasil era imensamente sedutor – sua cultura, seu esporte, seus recursos. Sempre foi um país pelo qual se apaixona facilmente. Foi só a economia brasileira decolar e o mundo estava pronto para abraçá-lo. A ascensão do Brasil como potência econômica aconteceu muito mais rapidamente, pelo menos em termos de dólares, do que antevíamos lá atrás, em 2001 e 2003. Isso deve-se em grande medida à notável ascensão do real contra o dólar e muitas outras moedas. No final de 2010, a economia brasileira já tinha chegado a US$ 2,15 trilhões. Isso aconteceu cerca de 15 anos mais cedo do que havíamos previsto. Em nossas projeções para 2050, um dos principais pressupostos era de que haveria algum grau de valorização das moedas dos BRICs, mas não a esse ponto. No caso brasileiro, existe o perigo de sobrevalorização do real em 2011 e isso traz seus próprios perigos, principalmente o aumento do custo de suas exportações, que são tão importantes. Essa apreciação cambial constante poderá ter de ser revertida nos próximos anos para que o crescimento brasileiro seja mais sustentável. Voltando agora para a perspectiva macro, os fatos econômicos básicos do Brasil são muito impressionantes. Sua população, de cerca de 180 milhões de habitantes, é a quinta maior do mundo, além de ser jovem e ainda em crescimento. Como demonstrou o crescimento dos EUA, ter uma população jovem e crescente pode ajudar a gerar taxas muito fortes de crescimento econômico e prosperidade. O Brasil tem o potencial de ser muito maior, conforme mostram as projeções para 2050. Tem a capacidade de tornar-se uma economia de perto de US$ 10 trilhões, ou cerca de cinco vezes o tamanho atual. Comparativamente falando, o Brasil tem o potencial de ultrapassar a Alemanha e o Japão, embora seja improvável que chegue algum dia ao tamanho dos EUA ou, evidentemente, da China. Hoje é o segundo maior, entre os BRICs, mas é provável que a Índia supere o Brasil em algum momento dos próximos dez anos mais ou menos, simplesmente por causa do número de habitantes da Índia. Porém, se o Brasil puder continuar a trilhar o mesmo caminho dos últimos 10 a 15 anos, então, sua população tem uma boa chance de alcançar taxas de crescimento real do PIB de acordo com o potencial econômico do país. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:00 PM Page 11 Uma das mudanças mais importantes foi a transformação da cultura política do Brasil. Quando Luiz Inácio Lula da Silva, líder do Partido dos Trabalhadores, estava prestes a tornar-se presidente, em 2003, muitas pessoas temiam que pudesse reverter as políticas econômicas dos seus antecessores. Em vários círculos, Lula era visto como esquerdista irresponsável, alguém que iria desmontar as políticas econômicas de FHC e a substituí-las com políticas populistas para agradar a seus seguidores. Se eu tivesse passado muito tempo estudando sua história como líder sindical e político, talvez tivesse compartilhado esses temores. Mas Lula fez duas coisas que me tranquilizaram. Prometeu apoiar a política do regime de metas de inflação e confirmou a permanência na presidência do Banco Central, de Armínio Fraga, o principal expoente dessa política. Isso bastou para mim. Em retrospecto, ele aparece como o maior formulador de políticas do G20 na primeira década do século XXI. Conseguiu convencer as classes inferiores, no Brasil, de que as políticas ocidentais lhes são favoráveis. Independentemente da dor causada pelo regime de metas de inflação em termos de disciplina monetária, com certeza, era melhor saber quanto valia o dinheiro que se tinha no bolso. O Lula havia tido uma infância pobre e sabia muito bem como a hiperinflação e a constante insegurança financeira podem ser devastadoras. Mostrou-se um defensor convincente das políticas necessárias para assegurar o crescimento de uma economia em desenvolvimento. Em setembro de 2010, a entrevista semanal do Financial Times (Lunch with the FT) foi feita com Fernando Henrique Cardoso, num restaurante em São Paulo. Pediram-me para escrever uma matéria curta que acompanharia a entrevista, dando a oportunidade para que eu comparasse o legado de FHC com o de Lula. Comecei dizendo que poucas coisas me dariam mais prazer do que ter meu próprio Almoço FT, sorvendo caipirinhas na praia de Ipanema e ouvindo um debate entre FHC e Lula. Embora sejam muito diferentes, Lula é herdeiro de FHC de várias maneiras. FHC lhe deu o trampolim para alcançar o êxito e Lula teve a inteligência para manter a maior parte do que herdou, transferindo os benefícios da estabilidade para a massa e permitindo que as pessoas melhorassem em matéria de renda. Isso, por sua vez, deu aos formuladores de políticas a credibilidade necessária para persistir com a política orientada à estabilidade. Conforme as palavras de FHC na entrevista: “Eu fiz as reformas. Ele surfa na onda” (I did the reforms, Lula surfed the wave). Em 2010, o manto político foi herdado por Dilma Rousseff, a sucessora de Lula. O desafio para ela é melhorar os Growth Environment Scores, do Brasil, de modo a garantir sua capacidade de continuar a crescer. Em 2011, os índices GES do Brasil estavam entre os mais altos, entre os BRICs, mas existe o perigo de que o êxito econômico possa ter, para usar o termo de FHC, “anestesiado” o país quanto à necessidade de manter o momentum das reformas. O Brasil de hoje abriga empresas gigantescas como a Petrobras que, em setembro de 2010, lançou a maior oferta de ações do mundo, no valor de US$ 67 bilhões, para financiar a exploração de algumas das maiores reservas de petróleo do mundo. No entanto, em 2010 o Brasil ficou apenas em 129º. lugar entre 183 países na pesquisa anual, Doing Business, do Banco Mundial. O país ainda precisa de reformas em áreas que vão desde tributação até infraestrutura. A democracia brasileira necessitará de novos programas de grande escala para melhorar a qualidade da assistência à saúde e da educação e para aumentar o uso da tecnologia. Mesmo com tantos êxitos, os índices GES do Brasil ainda estão dois pontos abaixo dos da Coreia do Sul, indicando a distância que ainda tem de percorrer para ser considerado uma economia plenamente desenvolvida. Em algum momento, o Brasil terá de reverter os gastos liberados para combater os efeitos da crise financeira, incrementar sua participação no comércio internacional e ampliar o investimento do setor privado. Apesar do crescimento animador do Investimento Externo Direto (IED), o Brasil continua mais fechado para o comércio mundial do que deveria estar. O governo deveria incentivar as empresas do país a explorar mais oportunidades internacionais. Ampliar o investimento do setor privado será difícil porque as taxas de juros ainda estão extremamente altas, apesar da longa e bem-sucedida batalha para estabilizar a inflação. É discutível se isso é porque os cidadãos brasileiros duvidam da longevidade da inflação baixa ou se é um sintoma do crowding out, do deslocamento do investimento privado pelos gastos do governo. Talvez ambas as explicações sejam verdadeiras. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:00 PM Page 12 Reverter o aumento pós-crise dos gastos públicos poderia ajudar a reduzir as taxas de juros reais e aliviar parte da pressão altista sobre o real. A força do real é outro desafio. Desconfio que o nível relativamente alto dos juros no Brasil ajuda a sustentar essa valorização do real, especialmente em vista dos escassos retornos disponíveis na maioria dos outros mercados. Se a Sra. Watanabe está comprando reais pelo retorno que oferecem, então, pode-se imaginar que muita gente esteja fazendo o mesmo. Mas pode ser que haja outras razões para a força do real. Pode ser que reflita o desejo de investidores e empresários em todo o mundo de investir no país quando não desejavam isso no passado. A única maneira de se saber ao certo seria se os juros nominais e reais no Brasil caíssem. Outro ponto de vista é que os juros reais brasileiros estão onde deveriam estar e que são os juros de outros países que estão baixos demais. Segundo esse argumento, as taxas de juros ao redor do mundo acabarão subindo, diminuindo o diferencial com os níveis brasileiros. De qualquer modo, os altos juros reais não impediram o Brasil de crescer fortemente nos últimos anos, pelo menos até agora, e portanto não podem ser vistos como um obstáculo insuperável ao crescimento. Mas a coisa mais importante que a Dilma pode fazer, a meu ver, é garantir que o Banco Central continue independente e possa trilhar o seu próprio caminho para manter a inflação baixa e estável. A vida do Brasil, enquanto BRIC, criou o potencial de renascimento econômico. A inflação baixa e estável dá a cada brasileiro a chance de planejar o futuro de modo mais sensato, o que é uma causa subestimada do crescimento sustentável. No momento em que escrevo, em meados de 2011, a riqueza média brasileira está em cerca de US$ 10 mil per capita, tendo aumentado dramaticamente na última década. Dezenas de milhões de brasileiros saíram da pobreza. Até 2050, o Brasil terá a chance de ver sua riqueza crescer rumo aos níveis atualmente usufruídos pelos melhores, entre os países desenvolvidos, correspondentes a pelo menos quatro vezes os níveis atuais. Isso fará do Brasil não apenas uma das mais ricas entre as economias chamadas, cada vez menos apropriadamente, de “economias em desenvolvimento”, mas também e finalmente um país de hoje e não só do futuro. Faz pouco tempo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, visitou-me em meu escritório em Londres. Os Jogos Olímpicos serão realizados no Rio em 2016, quatro anos depois dos Jogos de Londres em 2012, e o prefeito queria aprender com os preparativos em Londres. Convidou-me a fazer uma palestra num congresso dos BRICs no Rio. Na data proposta eu não poderia, mas ele é um homem carismático e insistiu para que realizássemos o evento na semana do carnaval. Quando fui ver, verifiquei que se tratava da semana de half-term (folga no meio do período letivo) para minha mulher, que dá aula para adultos com dificuldades de aprendizagem. Acabamos passando oito dias fantásticos no Rio. Normalmente, quando viajo a trabalho, sou obrigado a chegar na cidade, ficar pouco tempo e partir sem conhecer o lugar. Dessa vez foi diferente. Fiz a palestra e, em seguida, pudemos dedicar alguns dias a férias Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:01 PM Page 14 pessoais. Naturalmente, parte consistiu na segunda visita de minha vida ao estádio do Maracanã, para ver um jogo de futebol. Também tive a oportunidade de visitar a maior favela do Rio. A maioria das pessoas fora do Rio pensa que as favelas são lugares caóticos, desesperadores e sórdidos. Eu visitei o Rio pela primeira vez em 2003 e tinha lido muitas histórias sobre o crime e a pobreza da cidade e sobre assaltos violentos nas ruas ao redor de Copacabana. Talvez eu tenha tido sorte, mas nunca considerei o Rio pior do que Nova York ou Londres. Visitar a favela foi uma experiência e tanto. Foi de dia, devo reconhecer, e talvez a gente tenha sido levada apenas às áreas menos conturbadas. Mas fiquei surpreso com a aparência de organização e normalidade que vi em toda parte. Comparada com as áreas mais degradadas das cidades da Índia, a favela carioca parecia quase um luxo! O sol estava em brasa e num determinado momento paramos para beber algo num minúsculo barzinho. Lá estava eu sentado quando percebi uma agência de viagens ao lado. Sua vitrine exibia anúncios de voos para outras partes do Brasil e do mundo. Quando perguntei aos brasileiros a respeito disso, disseram que a presença de uma agência de viagens numa favela era apenas mais um sinal do progresso de seu país. Sei perfeitamente que o Rio não é o Brasil e que não se deve julgar nada por uma única experiência. Mas essa viagem realmente influenciou minhas percepções do Brasil, acrescentando detalhes e enriquecendo aquilo que já aprendo com os dados econômicos brutos que analiso todos os dias. Parti cheio de admiração pela diversidade e tolerância do povo brasileiro. Pode ser óbvio para alguns, mas eu nunca tinha apreciado plenamente a grande mescla que é o Brasil, com pessoas de tantas cores e origens étnicas e nacionais convivendo na maior tranquilidade nas praias de Copacabana ou Ipanema e em toda a cidade. Eduardo Paes e sua equipe têm um plano para fazer do Rio de Janeiro a Cidade do Hemisfério Sul, concorrendo com Sydney e Cidade do Cabo, além de rivais latino-americanos como Buenos Aires. É um desafio. Mas dadas as belezas naturais do Rio, desde que se consiga melhorar a infraestrutura, sobretudo o aeroporto, ampliar as instalações em geral e reduzir o crime, é uma meta fantástica. A realização da Copa do Mundo, em 2014, no Brasil e dos Jogos Olímpicos, em 2016, no Rio, certamente ajudará. Serão grandes oportunidades para realçar os pontos fortes do Brasil e estimular melhorias ainda maiores no país inteiro. Os chineses certamente adotaram essa atitude para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. No mínimo, esses eventos esportivos deverão melhorar a situação hoteleira no Rio. Nos 16 quilômetros da orla marítima de Copacabana e Ipanema, ainda há somente dois hotéis cinco estrelas, em 2011. Contraste isso com Miami, onde hotéis de luxo enfileiram-se pela orla toda. Quando aquele homem cochichou no meu ouvido que, em 2004, o Brasil só foi incluído entre os BRICs para tornar a sigla mais eufônica, percebi quão baixas estavam as expectativas para o país. Não precisaria saltar a grandes alturas para surpreender. Na verdade, acabou saltando muito alto e, se deixarmos de lado as altas valorizações atuais, poderá saltar a alturas ainda maiores. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:01 PM Page 15 Jim O’Neill Investment Management Londres Jim O’Neill é o presidente não executivo (chairman) da Goldman Sachs Asset Management (GSAM). Como chairman, ajuda a orientar todos os aspectos das atividades da GSAM ao redor do mundo. Antes de assumir esse cargo, em setembro de 2010, dirigiu a área de Economia Global, Commodities e Análise Estratégica. Além disso, tem assento no Conselho Sênior de Diversidade. Começou na Goldman Sachs em 1995 como sócio, co-chefe da área de Análise Econômica Global e chief currency economist. Antes disso, chefiou a área de análise em escala global, na Swiss Bank Corporation (SBC), entre 1991 e 1995. Começou na SBC em 1988. Antes disso, trabalhou no Bank of America e na International Treasury Management, uma divisão do Marine Midland Bank. Jim criou a sigla BRIC. Junto com seus colegas, publicou muitos estudos sobre os BRICs e a sigla tornou-se sinônimo da emergência de Brasil, Rússia, Índia e China como oportunidades de crescimento do futuro. Jim é membro do conselho do Instituto Itinera e participa do conselho do Bruegel desde sua fundação. É membro da Mesa-Redonda Reino Unido-Índia e do UK India Business Council (UKIBC). É chairman e um dos mantenedores fundadores da SHINE, entidade filantrópica sediada em Londres. Também é chairman do Greater Manchester Local Enterprise Partnership Advisory Board, conselho de assessoria de parcerias com empreendedores locais da Região Metropolitana de Manchester. Além disso, Jim é membro dos conselhos da Teach for All e de várias outras entidades filantrópicas especializadas em educação. Foi diretor não executivo do Manchester United antes da volta do clube para as mãos da iniciativa privada, em 2005. Jim O’Neill recebeu o título de bacharel em economia da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, em 1978, e um doutorado da Universidade de Surrey, em 1982. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa do Instituto de Educação da Universidade de Londres, em 2009, pela sua filantropia educacional. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:01 PM Page 16 ECONOMIA INTERNACIONAL Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:02 PM Page 18 1.1. AMBIENTE ECONÔMICO EM 2011 E PERSPECTIVAS PARA 2012 O ano de 2011 ficou marcado por importante revisão da perspectiva para o crescimento econômico global no mundo pós-crise, evidenciando o agravamento de diversos entraves que o complexo cenário atual impõe à retomada do crescimento. No início do ano, era esperada a solidificação do processo de recuperação da atividade econômica iniciado em 2010. A Tabela 1 (baseada em dados e projeções do Fundo Monetário Internacional - FMI) exibe a diferença entre a expectativa para o crescimento do PIB em janeiro de 2011 e o desempenho efetivo das principais economias no ano. Nota-se que, de modo geral, a dinâmica de crescimento no ano foi decepcionante. Mesmo as economias emergentes apresentaram desempenho mais fraco do que o originalmente estimado, refletindo a implementação de medidas de contenção da demanda agregada com efeito superior ao previsto sobre a atividade. Tabela 1: Diferença entre crescimento efetivo e o projetado em 2011 - em % Mundo Economias Avançadas EUA Zona do Euro Japão Economias Emergentes Brasil China Índia Rússia Crescimento em 2011 Crescimento projetado em jan/2011 3,8 1,6 1,7 1,6 -0,9 6,2 2,7 9,2 7,4 4,1 4,4 2,5 3 1,5 1,6 6,5 4,5 9,6 8,4 4,5 Fonte: IMF World Economic Outlook (jan/2011 e jan/2012) Diferença -0,6 -0,9 -1,3 0,1 -2,5 -0,3 -1,6 -0,4 -1,0 -0,4 Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:02 PM Page 19 Ao longo do ano, ficou evidenciada a ausência de resolução para os principais obstáculos ao crescimento nas economias avançadas, notadamente os de origem no endividamento excessivo, como a crise fiscal europeia e a frágil recuperação do consumo das famílias norte-americanas. Adicionalmente, fenômenos de natureza imprevisível (como a Primavera Árabe e o terremoto/tsunami no Japão) resultaram em choques de oferta de complicada absorção em um contexto já bastante difícil, no primeiro semestre. Ao mesmo tempo, as taxas de inflação mostravam aceleração na maioria dos países, refletindo o processo de valorização das commodities nos mercados globais. Esse processo foi induzido pelo consumo crescente nos países emergentes, pelo excesso de liquidez na economia global e enfraquecimento do dólar norte-americano e, no caso do petróleo e seus derivados (Gráfico 1), agravado pelas tensões no norte da África e Oriente Médio, grandes produtores dessas commodities. Nas economias emergentes, a combinação de forte crescimento com inflação elevada resultou em reversão do arranjo de política monetária e fiscal frouxas. Mesmo na Zona do Euro, sob fortes restrições ao crescimento, o Banco Central Europeu (BCE) empreendeu um curto ciclo de alta dos juros (posteriormente revertido). Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:03 PM Page 20 Não bastassem esses desdobramentos – cujos reflexos eram de difícil avaliação a priori –, verificou-se aumento da incerteza quanto aos rumos da política fiscal norte-americana e suas consequências sobre o crescimento. Na Europa, a crise de solvência também se intensificou, resultando no anúncio de novos pacotes de socorro para os países em dificuldades, como Portugal e Grécia (o último já no segundo pacote de auxílio). As medidas de austeridade empregadas fragilizaram ainda mais o desempenho econômico local, além de contribuírem para o descontentamento popular em diversos países, resultando em queda de governos parlamentares – notadamente o de Silvio Berlusconi, na Itália. Esses eventos resultaram em elevação dos juros cobrados pelos investidores para rolagem da dívida dos países europeus (Gráfico 2), de forma que o problema não mais ficou restrito à periferia da Zona do Euro. A possibilidade de um default soberano aumentou o risco sistêmico e o temor de colapso da moeda comum. As preocupações relacionadas à solidez do sistema financeiro da Zona do Euro (grande detentor de títulos públicos) tiveram efeitos negativos sobre os canais de crédito locais e sobre os fluxos de capital no mundo todo. Irlanda Portugal Espanha Itália Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:03 PM Page 21 A minoração desses problemas só foi possibilitada por uma ação mais agressiva das principais economias avançadas no provimento de liquidez. Em novembro, a ação conjunta dos BCs garantiu linhas de financiamento em dólares a menores custos para as instituições financeiras fora dos EUA. No mesmo sentido, a atuação do BCE, no mercado de dívida, se mostrou importante para acalmar os mercados. Ainda assim, o contexto econômico mundial encerrou o ano sob expressiva desconfiança. As dificuldades de ordens política e econômica ainda presentes comprometem as perspectivas de um crescimento mais robusto em 2012; a falta de resolução para os desequilíbrios que marcaram os anos anteriores e o pouquíssimo espaço para a execução de políticas voltadas para o crescimento sugerem um cenário pouco animador para a economia global. Assim, as principais economias avançadas tendem a apresentar expansão abaixo do nível necessário para (i) reduzir significativamente a taxa de desemprego e (ii) afastar o temor de insustentabilidade fiscal. Nesse cenário, a extraordinária liquidez global não deve sair de cena, possivelmente tendo sua escala intensificada ao longo de 2012. As economias emergentes, por sua vez, devem manter uma dinâmica de crescimento mais intenso, relacionado principalmente à força de seus mercados consumidores. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:04 PM Page 22 1.2. ESTADOS UNIDOS A economia norte-americana encerrou 2010 mostrando sinais de melhora, com os dados de atividade econômica surpreendendo positivamente, ao mesmo tempo em que o afrouxamento das políticas fiscal e monetária avançava. Essa conjuntura levou ao aumento da expectativa para o crescimento da principal economia do mundo em 2011. No entanto, logo nos primeiros meses daquele ano, ficou evidente que uma série de desequilíbrios ainda não estava superada. Tal percepção levou à redução das projeções para o crescimento, como ilustrado no Gráfico 3. O principal entrave para a recuperação seguiu sendo o frágil consumo das famílias, ainda sob sérias limitações. Desde o início da recessão, a melhora do mercado de trabalho norte-americano mostra-se bastante lenta (Gráfico 4), com desemprego em patamar elevado e dinâmica desfavorável dos salários. A percepção de riqueza das famílias norte-americanas, outro elemento que poderia, em tese, estimular o aumento do consumo, não apresentou evolução favorável, por estar bastante atrelada ao valor (ainda deprimido) dos imóveis. O forte aumento dos preços do petróleo no primeiro semestre, por sua vez, ampliou o comprometimento da renda com os gastos de energia, reduzindo a renda disponível para consumo de outros bens e serviços. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:04 PM Page 23 Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:05 PM Page 24 Somada a esses problemas de ordem estrutural, a pressão da oposição republicana (contrária aos estímulos fiscais empreendidos pelo governo Obama) ganhou corpo no Congresso. Situação e oposição não foram capazes de impedir o acirramento do embate político em torno da aprovação do aumento do teto da dívida federal, necessário para evitar o que seria o primeiro calote da dívida soberana dos EUA na história recente. A longa espera para a resolução da questão resultou no rebaixamento da nota de risco soberano do país por uma agência internacional de classificação de risco. Em um ambiente já frágil, tais desdobramentos ampliaram a incerteza, influenciando negativamente a confiança de empresários e consumidores. Ao fim, o partido do presidente Barack Obama não pôde evitar seu comprometimento com a reversão parcial das medidas de expansão fiscal nos próximos anos, em um contexto de atividade econômica ainda debilitada, como moeda de troca pela elevação do limite de endividamento. Foi definido um comitê suprapartidário encarregado de apontar áreas que sofrerão cortes de gastos a fim de reduzir o elevado déficit orçamentário nos próximos anos (Gráfico 5). A condução da política monetária pelo Banco Central norte-americano (Fed), por sua vez, continuou extremamente acomodatícia em 2011. Ao longo do ano, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) utilizou diversas ferramentas não convencionais para afrouxar as condições monetárias, dado que a taxa de juros (Fed Funds) já se encontrava no seu piso (entre 0% e 0,25% ao ano). Até junho, o Fed conduziu seu segundo programa de compra de títulos públicos por meio da expansão do balanço patrimonial do banco, chamado também de Quantitative Easing 2 (QE2). O Gráfico 6 apresenta a evolução do balanço do Fed ao longo de 2011. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:05 PM Page 25 Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:06 PM Page 26 Novas medidas foram tomadas nesse sentido, ao longo do segundo semestre. Em agosto, em uma tentativa de aumentar a transparência da comunicação entre o Fed e o mercado, os membros votantes do Fomc afirmaram que as condições econômicas (marcadas por ociosidade dos fatores de produção e inflação esperada comportada no médio prazo) seriam suficientes para garantir que a taxa dos Fed Funds continuasse em níveis baixos ao menos até meados de 2013. A persistência do crescimento em ritmo lento levou a tomada de medidas adicionais. E, na reunião de setembro, o Fomc decidiu alongar o perfil da carteira de ativos do Fed, no que ficou conhecido como Operação Twist. A operação, que consistiu em vender títulos do Tesouro norte-americano com vencimento de até três anos e comprar papéis com prazo entre seis e trinta anos, visava pressionar para baixo as taxas de juros de prazo mais longo, aliviando ainda mais as condições do mercado de crédito. Apesar de todos os esforços, o crescimento econômico norte-americano, em 2011, foi de 1,7%, abaixo do verificado em 2010 (2,9%) e a taxa de desemprego, ainda que em trajetória de queda, encerrou o ano em 8,5%, ainda longe da normalidade. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:06 PM Page 27 Para 2012, julgamos que o ritmo de crescimento dos EUA deve prosseguir modesto, levemente acima de 2%. O consumo das famílias deverá ainda ser afetado negativamente: (i) pela lenta recuperação do patrimônio líquido dos consumidores; (ii) pelo processo de desalavancagem; e (iii) pelo lento crescimento do emprego e da renda. Da perspectiva da política monetária, o Fed não deverá adotar medidas adicionais, ao menos até meados do ano e, em caso de desaceleração do crescimento e/ou iminência de processo deflacionário, a autoridade monetária poderá lançar mão de mais medidas de estímulo. O ano também será marcado pelas eleições presidencial e para o Congresso, programadas para novembro. A manutenção dos democratas no poder tenderia a favorecer um ajuste fiscal mais diluído no tempo, quando comparado a um eventual governo republicano, que penalizaria em maior escala o crescimento no curto prazo. Um cenário mais adverso poderá emergir, caso o presidente eleito não obtenha controle absoluto do Congresso. Nesse caso, é provável que a intransigência política entre os partidos continue, o que poderá, em última instância, desencadear novo rebaixamento da classificação de risco soberano do país. Novamente, tais incertezas poderiam afetar negativamente a confiança e as perspectivas de crescimento norte-americano. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:06 PM Page 28 1.3. ZONA DO EURO Em 2011, o cenário econômico no Velho Continente seguiu marcado pela falta de solução para o excessivo endividamento público de diversos países dentro da Zona do Euro. Durante todo o ano, o balanço de riscos da região permaneceu agravado pelo aumento da probabilidade de reestruturação da dívida pública grega, com potenciais efeitos severos sobre o sistema financeiro da região. Os mecanismos de governança do bloco econômico não mostraram possuir a celeridade necessária para enfrentar tais problemas, com efeitos perversos sobre a confiança e o crescimento da economia da região. Cumpre ressaltar que o debate fiscal não ficou circunscrito apenas aos países da periferia (principalmente Portugal, Grécia e Irlanda), como em 2010. Ao longo de 2011, a sustentabilidade da dívida pública na Itália e Espanha foi colocada em xeque de uma maneira até então inédita, com forte elevação dos juros cobrados pelos investidores e dificuldade na rolagem das dívidas soberanas. Já no campo da política monetária, a atuação do BCE – que teve dois momentos bastante distintos, refletindo a troca de comando da instituição – foi vital para evitar um evento de ruptura. Nos primeiros meses do ano, o crescimento econômico europeu seguiu bastante heterogêneo, entre os países. Se, por um lado, Alemanha e França registravam forte expansão da indústria, crescimento robusto das exportações e recuperação do consumo das famílias, por outro, Grécia, Irlanda, Portugal, Itália e Espanha apresentavam crescimento anêmico. Tal dinâmica foi intensificada pelos rigorosos processos de ajuste fiscal que esses últimos países empreenderam, seja por exigência dos provedores de pacotes de ajuda (FMI, UE e BCE) seja para recuperar a confiança dos credores privados. Em abril, o BCE, ainda sob o comando de Jean-Claude Trichet, decidiu iniciar um processo de elevação da taxa básica de juros da área monetária comum, respondendo à aceleração dos preços. Essa postura rígida do BCE foi justificada pela necessidade de ancorar as expectativas de inflação, evitando efeitos de segunda ordem sobre os demais preços da economia. No entanto, a percepção crescente de que a expansão econômica da região era mais frágil que o esperado aumentou o receio sobre o desempenho da atividade em um ambiente de condições monetárias mais restritivas, o que levou o BCE a interromper o curto ciclo de alta dos juros (+50 p.b. no acumulado entre abril e julho). Ao final do primeiro semestre, as preocupações dos investidores se voltaram mais uma vez para o problema grego de solvência fiscal. Novas medidas passaram a ser negociadas, como a necessidade de um segundo pacote de ajuda à Grécia e a reestruturação ordenada de sua dívida, envolvendo de alguma forma um haircut para seus credores. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:07 PM Page 29 A expansão do risco sistêmico foi intensificada pela resistência das autoridades em apresentar soluções críveis para a crise. O sistema financeiro europeu passou a ficar mais restritivo dado o aumento do risco de crédito percebido pelos bancos europeus (grandes detentores de títulos públicos) com repercussões negativas sobre a economia real e aumento expressivo dos juros cobrados para rolagem da dívida pública de países centrais (Itália, Espanha e França). Assim, ficava clara a necessidade de maior intervenção do BCE nos mercados de dívida soberana e de expansão da liquidez para o sistema bancário. Diferentemente dos sistemas bancários brasileiro e norte-americano, o sistema bancário europeu tem dependência relativa muito maior do mercado de atacado de financiamento, inclusive de fontes externas. Frente à paulatina elevação do risco soberano, os bancos europeus sofreram deterioração de sua base de financiamento, notadamente em relação a bancos e investidores americanos. Essa escassez de funding em dólares levou à ação coordenada dos bancos centrais dos principais países desenvolvidos, que ampliou as linhas de liquidez denominadas em dólares norte-americanos, reduzindo também o custo dessas operações. As medidas anunciadas em julho, como um segundo pacote de socorro aos gregos, e a disposição em usar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, em inglês) para abrir linhas de crédito para a compra de títulos soberanos no mercado secundário e recapitalizar os bancos, se mostraram de difícil implementação, dada a lentidão do processo político. Exauriu-se a possibilidade de uma solução que fosse predominantemente fiscal. A eventual ampliação do EFSF esbarrou na inconsistência lógica de se alavancar (endividar) o fundo, que tem como papel resolver uma crise de endividamento, gerando desconfiança de potenciais investidores. Na ausência de uma solução via política fiscal, a única resposta possível foi o estímulo monetário. Assim, uma solução de curto prazo que contasse com participação mais incisiva do BCE mostrou-se indispensável. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:07 PM Page 30 Diante disso, o BCE usou de sua prerrogativa de independência e anunciou que compraria papéis soberanos da Itália e Espanha diretamente no mercado secundário de maneira temporária (já comprava os títulos da Grécia e de Portugal), até que fosse solucionada a questão de como capitalizar o EFSF para que tivesse recursos à altura de seus novos desafios (ver Gráfico 8). Desta forma, Trichet conseguiu blindar, Itália e Espanha, mas se distanciava de seu discurso anterior, contrário a um socorro dessa magnitude aos países endividados. Nas semanas posteriores, o italiano Mario Draghi assumiu a presidência do BCE e, logo na primeira reunião de política monetária sob sua gestão, a taxa de juros foi cortada em 25 p.b. diante do risco de recessão (Gráfico 9). Porém, tanto a atuação mais intensa do EFSF quanto o novo pacote de ajuda à Grécia seguiam sem implementação, imersos nas dificuldades de governança da região. A piora do cenário aumentava a pressão para que o BCE assumisse o papel de emprestador de última instância. Na reunião seguinte, em dezembro, o BCE anunciou medidas adicionais para prover liquidez ao sistema bancário, além de reduzir novamente os juros em 25 p.b. De forma inédita, foi oferecido o Long-Term Refinancing Operation (LTRO), oferta de crédito ilimitado aos bancos comerciais a 1% de juros anuais, com prazo de recompra após três anos (em 2008, o prazo máximo foi de 1 ano). A medida, que atraiu € 489,0 bilhões no primeiro leilão, em dezembro último, e € 529,0 bilhões, no leilão de fevereiro de 2012, implicou forte aumento do balanço patrimonial do BCE. Adicionalmente, foi decidida a ampliação do leque de garantias que os bancos podem usar para conseguir crédito da autoridade monetária. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:07 PM Page 31 Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:08 PM Page 32 Ao permitir um ganho de arbitragem por parte dos bancos comerciais, a atuação do BCE por meio do LTRO facilitou também a rolagem da dívida soberana dos países em crise, cujos títulos pagam juros bastante superiores ao custo de financiamento dos bancos. De toda forma, a resolução definitiva da crise fiscal europeia não foi alcançada em 2011 e ainda levou o risco sistêmico para o centro da Zona do Euro. No campo político, a crise de endividamento soberano resultou na queda de diversos líderes de governo. De modo geral, as saídas de primeirosministros refletiram o desgaste social causado por planos de austeridade fiscal de difícil aceitação popular, com consequente perda de apoio nos parlamentos. Em janeiro, o então primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, renunciou; no mês de março, foi a vez de José Sócrates entregar sua carta de renúncia ao Parlamento Português; em novembro, Giorgos Papandreou deixou o posto de primeiro-ministro grego em prol de um governo de coalizão que permitisse a continuidade das duras medidas de ajuste; ao mesmo tempo, Silvio Berlusconi anunciou sua saída do gabinete italiano; na Espanha, José Luis Zapatero convocou eleições e decidiu não concorrer à reeleição em meio à queda de sua popularidade. 1.4. ÁSIA O cenário econômico de 2011 na Ásia foi marcado pela ocorrência de desastres naturais e pela ascensão da China ao posto de segunda maior economia mundial, ultrapassando a economia japonesa. No Japão, os reflexos do terremoto seguido de tsunami sobre a atividade e o saldo comercial foram significativos. Na Tailândia, inundações de proporções catastróficas também afetaram o funcionamento das cadeias de produção da economia, no último trimestre do ano, impactando também seus parceiros comerciais. O saldo comercial japonês registrou queda abrupta ao longo do ano, se reduzindo de um superávit de US$ 75,7 bilhões, em 2010, para um déficit de US$ 31,7 bilhões, ao final de 2011. As consequências do terremoto de março afetaram negativamente diversas indústrias do país, também prejudicadas pelo iene apreciado. Esses fatores reduziram a produção e a competitividade de bens exportáveis. Adicionalmente, dada a interrupção do funcionamento de usinas nucleares, houve aumento expressivo da importação de combustíveis fósseis para uso energético. Na China, o crescimento econômico desacelerou para 9,2%, em 2011, após expansão de 10,3% do PIB no ano anterior. Essa dinâmica foi influenciada pelas medidas de aperto monetário tomadas pelo governo para conter o aumento da inflação ao consumidor ao longo de 2011. O índice de preços ao consumidor aumentou de forma contínua, nos primeiros sete meses do ano passado (Gráfico 10), ao passar de 4,6% para 6,5% – acima do nível tolerado pelo governo. Parcela expressiva da inflação decorreu do aumento de preço dos alimentos, cuja taxa de inflação elevou-se de 9,6% em janeiro de 2011 para 14,8%, ao final de julho daquele ano. De agosto em diante, a inflação passou a ceder, encerrando o ano passado em 4,1%. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:09 PM Page 33 Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:09 PM Page 34 Em resposta ao processo inflacionário, houve seis elevações da alíquota dos depósitos compulsórios, entre janeiro e junho, enquanto a taxa de juros foi elevada em três oportunidades, em 2011 (Gráfico 11). A condução da política monetária foi uma das responsáveis pela desaceleração do ritmo de crescimento do comércio e da produção industrial no país, ainda que ambos indicadores sigam apresentando taxas de expansão elevadas para os padrões internacionais. Com relação ao setor externo chinês, o saldo comercial recuou, mais uma vez, diante da menor demanda estrangeira resultante do cenário global mais restritivo. Essa foi a terceira queda consecutiva do saldo anual, como pode ser verificado no Gráfico 12. Tal comportamento derivou do maior ritmo de expansão das importações no ano (24,9%), em relação às exportações (20,3%). Dentre os bens que compõem a pauta de importação chinesa, o crescimento foi mais intenso nos itens petróleo e derivados e minério de ferro. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:09 PM Page 35 Para o cenário prospectivo, é provável a manutenção de um ritmo de crescimento robusto, ao longo dos próximos anos, na China. Não obstante, em 2012, a expansão econômica deve moderar diante do ritmo de crescimento verificado nos últimos anos. As chances de que a China enfrente uma desaceleração abrupta da atividade econômica são pequenas e os temores em relação à saúde do sistema financeiro local não parecem elevados. Dado o baixo nível de endividamento público, a China ainda tem amplo espaço fiscal e, pelo fato de ser uma economia controlada pelo Estado, possui facilidade em adotar rapidamente políticas anticíclicas caso julgue necessário. Esperamos também que o governo chinês intensifique seus esforços na direção de priorizar a construção de imóveis residenciais para as classes de menor renda. Autoridades do governo têm destacado que essa é uma prioridade do Estado e que investimentos nessa área, até certo ponto, serão capazes de contrabalançar a esperada desaceleração da demanda estrangeira. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:10 PM Page 36 ECONOMIA BRASILEIRA Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:13 PM Page 38 2.1. CRESCIMENTO ECONÔMICO O ritmo da atividade econômica desacelerou-se, em 2011, passando de um crescimento de 7,5%, em 2010, para 2,7%. A dinâmica de crescimento em 2011 foi condicionada pelo comportamento restritivo das políticas fiscal e monetária. Se em 2010 a política fiscal foi mais frouxa e a política monetária pouco restritiva, no ano passado, ambas agiram inicialmente no sentido de desacelerar o ritmo de expansão, com vistas a controlar as fortes pressões inflacionárias sobre o consumidor. No âmbito das finanças públicas, houve a contenção do ritmo de expansão das despesas e o aumento da arrecadação. Do lado da política monetária, o BC aumentou a taxa de juros entre janeiro e agosto, além de implementar medidas macroprudenciais para contenção do crescimento do crédito. O fraco desempenho da atividade econômica mundial também explica a desaceleração do crescimento no Brasil. O desempenho relativo da economia nacional, a partir do segundo semestre, no entanto, foi inferior à maioria dos mercados desenvolvidos e emergentes. Assim, consideramos que o papel da política macroeconômica foi preponderante para a dinâmica do crescimento doméstico em 2011. Dentre os componentes da demanda agregada, a formação bruta de capital fixo registrou a maior desaceleração, recuando para uma taxa de crescimento de 4,7%, em 2011, ante 21,3% em 2010. Tanto o consumo das famílias quanto o do governo mostraram menor ritmo de crescimento no ano (4,1% e 1,9%, em 2011, contra 6,9% e 4,2%, respectivamente, em 2010). Sob a ótica da oferta, a desaceleração foi verificada em todos os setores da economia, com expansão de 3,9% do setor agropecuário (+6,3%, em 2010), alta de 1,6% do setor industrial (+10,4%, em 2010) e de 2,7% do setor de serviços (+5,5%, em 2010). Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:13 PM Page 39 A análise do IBC-Br, proxy do BC para o PIB mensal, indica que o piso da atividade econômica foi atingido no 3T11. Após esse momento, o índice voltou a mostrar aceleração da economia, indicando crescimento de 0,27% no 4T11. Assim, no acumulado de 2011, o IBC-Br apontou expansão de 2,72%, abaixo do verificado em 2010 e também da expectativa dos analistas no início do ano. A pesquisa Focus, do BC, respondida no início de janeiro de 2011, indicava que a expectativa de crescimento para o ano passado era substancialmente maior, de 4,5%. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:14 PM Page 40 2.2. INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Em 2011, a inflação medida pelo IPCA, foi de 6,5%, acima do centro da meta oficial (4,5%) e exatamente no limite superior do intervalo de tolerância. O Gráfico 13 destaca a trajetória de aceleração dos preços em doze meses, que teve início em 2010 e atingiu seu máximo em setembro (7,5%), passando a recuar depois disso. Dois foram os fatores que contribuíram para essa dinâmica inflacionária: (i) o forte descompasso entre a oferta e demanda no período, decorrente do expressivo crescimento econômico até o final do primeiro semestre de 2011, com impacto principalmente sobre a inflação de serviços; e (ii) o aumento expressivo dos preços das commodities a partir do final de 2010. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:14 PM Page 41 Janeiro de 2011 marcou o início da gestão do novo presidente do BC, Alexandre Tombini. Diante da forte alta dos preços, no início do ano (até abril, o IPCA já acumulava alta de 3,23%), que tornava inviável o alcance da meta sem uma redução expressiva do produto, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por acomodar a elevação do IPCA dentro do intervalo de confiança. Assim, a partir da reunião de abril, o comitê deixou explícito que balizaria suas decisões visando convergir o IPCA para a meta em 2012. Na primeira reunião do Copom do ano, a taxa Selic foi elevada em 50 p.b. para 11,25% a.a., movimento repetido no encontro de março. Entre abril e julho, a taxa básica de juros foi elevada em mais três ocasiões, porém a um ritmo de 25 p.b. por reunião, até 12,50% a.a. A partir da reunião de agosto, diante da substancial deterioração do cenário internacional e da revisão para baixo das perspectivas para o crescimento tanto da economia brasileira como dos principais blocos econômicos, o Copom passou a reduzir a taxa Selic, entendendo que tal movimento seria consistente com a convergência da inflação para a meta em 2012. Nas últimas duas reuniões do ano, o comitê novamente reduziu a taxa de juros em 50 p.b., com a Selic encerrando 2011 em 11,00% a.a. Dentre os itens que compõem o IPCA, destacamos a contribuição inflacionária dos preços de Alimentação (+1,7 p.p. em 2011), Transportes (+1,1 p.p.), Despesas Pessoais (+0,9 p.p.) e Habitação (+0,9 p.p.), que responderam por 70% da inflação do ano. Já o IGP-M, por sua vez, apresentou desaceleração em 2011, com a inflação medida pelo indicador registrando alta de 5,1% no ano, inferior ao verificado ao longo de 2010, quando houve inflação de 11,3%. Tal dinâmica reflete a desaceleração dos preços no atacado agrícola (+3,1% em 2011, ante +25,3% em 2010) e industrial (+4,8% em 2011, ante +10,3% no ano anterior), influenciados pelo menor crescimento relativo dos preços das commodities em 2011. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:15 PM Page 42 2.3. PERSPECTIVAS Há preocupação quanto à trajetória do crescimento econômico brasileiro relacionada não somente ao baixo nível de atividade esperado no exterior, mas também às condições domésticas. O mercado de trabalho apertado, o crescimento fraco da indústria e o menor espaço para alavancagem do consumidor são os fatores que nos sugerem que o Brasil poderá não repetir, no Governo Dilma, as taxas médias de crescimento do governo Lula (4,1%, entre 2003 a 2010), embora essas não devam ser tão baixas quanto no governo FHC (2,3% entre 1995 e 2002), quando o País enfrentou diversos choques externos com uma situação fiscal e de conta-corrente mais frágil. 42 Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:16 PM Page 43 Nos últimos cinco anos, o crescimento econômico beneficiou-se do expressivo aumento do crédito às famílias. Mesmo com uma taxa de juros nominal média do crédito à pessoa física em 46% ao ano, ao se partir de um nível de endividamento muito baixo, os consumidores conseguiram arcar com o serviço de suas dívidas, ajudados também pela progressiva melhoria do mercado de trabalho e aumento da renda. Mas, como o orçamento das famílias não é ilimitado, entendemos que há sinais de moderação dessa tendência, o que sugere possível perda de fôlego no crescimento do crédito ao consumo nos próximos anos. Outro ponto de restrição ao crescimento dá-se no mercado de trabalho. Os números oficiais do IBGE confirmam evidências de que o mercado de trabalho transformou-se em gargalo para o crescimento no curto prazo, tanto no caso de mão de obra qualificada como não qualificada (caso da construção civil). Com a oferta de trabalho restringida, reformas (microeconômicas) do lado da oferta são essenciais para elevar o potencial de crescimento econômico. Por fim, a falta de dinamismo da indústria nacional, cuja produção ao final de 2011 ainda se encontra abaixo do nível verificado em 2008, deve impedir uma retomada vigorosa da atividade. Assim, entendemos que o crescimento econômico no Brasil deva ser de 3,3%, em 2012, e de 3,5%, em 2013. A inflação ficará praticamente estável (5,3%, este ano e 5,2%, em 2013), com os preços de commodities também mostrando estabilidade em reais e preços de serviços ainda em patamares elevados. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:16 PM Page 44 2.4. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS 2.4.1. ATIVIDADE ECONÔMICA A atividade econômica em 2011 foi marcada pela expressiva diferença entre o comportamento do comércio e da indústria (Gráfico 15). Após um desempenho animador no primeiro trimestre, a produção industrial entrou em tendência de queda, no restante do ano, apesar do quadro de baixo desemprego e consumo robusto. Ao mesmo tempo, as vendas do varejo prosseguiram em franca ascenção. O Gráfico 15 indica o hiato entre o consumo e a produção, que reflete sobretudo a penetração das importações. Essa dinâmica é explicada principalmente pela apreciação do real (prevalecente durante boa parte do ano). Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:16 PM Page 45 No ano, a indústria acumulou crescimento de apenas 0,3%, mostrando expressiva desaceleração em relação a 2010, quando houve alta de 10,5%. O setor de bens de capital teve crescimento de 3,3%, enquanto o setor de bens intermediários cresceu 0,3%. O segmento de bens de consumo, por sua vez, registrou queda na produção (-0,7%). O desempenho do comércio, em 2011, também apresentou desaceleração quando comparado a 2010, embora ainda tenha crescido a taxas expressivas. O volume de vendas varejistas no conceito restrito (que exclui as vendas de automóveis e materiais de construção) apresentou expansão de 6,7%, ante crescimento de 10,9%, em 2010. No conceito ampliado, o ritmo de expansão das vendas no varejo desacelerou para 6,6% no ano, ante incremento de 12,2%, em 2010. O mercado de trabalho permaneceu bastante robusto, ao longo de todo o ano, com a taxa de desemprego média em 6,0% (menor valor da série histórica), abaixo da média de 2010 (6,7%) (Gráfico 16). A parcela de trabalhadores formais alcançou 65,6% da população ocupada ao final do ano, acima do verificado ao final de 2010 (63,8%). O processo de formalização do mercado de trabalho também pôde ser verificado pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indicaram criação líquida de 1,566 milhões de postos de trabalho formais em 2011, ainda que em ritmo inferior ao ocorrido no ano anterior (2,136 milhões). Beneficiada tanto pelo aumento da população ocupada quanto pelo rendimento médio, a massa salarial teve alta real de 4,8% em 2011 (ante +7,4% no ano anterior). Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:17 PM Page 46 2.4.2. CRÉDITO A política creditícia, em 2011, foi marcada pela utilização de diversas medidas de caráter regulatório, com o objetivo de moderar o ritmo de expansão do crédito, um dos principais fatores a explicar o forte crescimento do consumo. Assim, conjugada com o aumento da taxa de juros até agosto e uma política fiscal mais rígida, a dinâmica do crédito serviu ao objetivo de controlar o processo inflacionário. Ainda em dezembro de 2010, o BC impôs uma série de medidas de caráter macroprudencial, que envolviam a elevação dos compulsórios e mudanças na regulamentação dos empréstimos à pessoa física. Enquanto a primeira medida teve o impacto de retirar R$ 61,0 bilhões da economia, segundo o próprio BC, o conjunto de mudanças relativo ao financiamento à PF implicou redução no prazo médio dos empréstimos para os segmentos de crédito pessoal, consignado e veículos, além de aumentar a exigência de entrada para cartões de crédito. Adicionalmente, em abril, o Ministério da Fazenda elevou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) das operações de crédito para PF de 1,5% a.a. para 3,0% a.a., medida que também encareceu a tomada de crédito pelo consumidor. Não houve medidas macroprudenciais, por parte do BC, que afetassem diretamente a oferta de crédito para PJ. No entanto, tal categoria foi afetada por medida mais abrangente tomada pelo Ministério da Fazenda, que elevou o IOF sobre as captações externas acima de dois anos, restringindo a capacidade de funding das instituições financeiras, sobretudo pequenas e médias. Em termos gerais, o estoque de crédito cresceu 19,0% em 2011, desacelerando ligeiramente em relação à expansão de 20,6%, no acumulado de 2010. As operações de crédito para PF desaceleraram de 19,2% para 16,3%, no ano passado, enquanto o financiamento para PJ acelerou-se de 14,7%, em 2010, para 17,7%, em 2011 (Gráfico 17). Embora tenha mantido um ritmo de expansão ainda elevado, o crescimento do estoque de crédito direcionado desacelerou de 28,3% para 22,8%. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:17 PM Page 47 No que tange ao crédito para PF, a expansão foi contida, no caso de veículos e crédito pessoal, ao passo que cresceu relativamente mais nos segmentos de pior qualidade (cartões de crédito e cheque especial), não atingidos pelas medidas macroprudenciais. Cumpre ressaltar o desempenho expressivo do crédito habitacional, cujo estoque aumentou 44,5%, em 2011, alcançando 4,85% do PIB (3,68% do PIB, em 2010). Por fim, a inadimplência evoluiu desfavoravelmente, em 2011 (Gráfico 18). Considerados os atrasos acima de 90 dias, a taxa de inadimplência das PF atingiu 7,4%, em dezembro último, ante 5,7%, ao final de 2010. Para PJ, tanto o nível quanto o aumento dessa taxa foram mais modestos, com a inadimplência subindo para 3,9%, em 2011, acima dos 3,5% verificados em 2010. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:17 PM Page 48 2.4.3. SETOR EXTERNO Em 2011, o saldo comercial brasileiro aumentou para US$ 29,8 bilhões (1,20% do PIB), de US$ 20,1 bilhões (0,96% do PIB) em 2010. Essa melhora refletiu o aumento de 26,8% no valor exportado, favorecido principalmente pelo aumento de preço das commodities exportadas pelo País. As importações, beneficiadas pela taxa de câmbio apreciada ao longo de boa parte do ano passado, aumentaram 24,5%, em relação a 2010. O déficit de transações correntes acumulado em 12 meses foi de US$ 52,6 bilhões, ou 2,12% do PIB, resultado ligeiramente menor do que o apresentado em 2010 (déficit de US$ 47,3 bilhões, 2,26% do PIB) (Gráfico 19). Essa melhora refletiu a já citada expansão do superávit comercial, enquanto o déficit da balança de serviços e renda aprofundou-se, passando de -3,36% do PIB em 2010 para -3,44% no ano passado. A conta capital e financeira apresentou ingresso líquido de US$ 111,2 bilhões no ano, resultante principalmente do forte ingresso de investimento estrangeiro direto (US$ 66,7 bilhões). Dessa forma, a entrada de capital externo foi mais que suficiente para financiar o déficit em transações correntes, como tem ocorrido desde 2008. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:17 PM Page 49 O real encerrou o ano de 2011 com desvalorização de 12,5% em relação ao dólar. A taxa do dólar para venda foi cotada a R$ 1,88/US$, no fechamento do ano, após iniciar 2011 em R$ 1,66/US$. No entanto, quando comparamos os valores médios no ano, o valor da taxa de câmbio, em 2011 (R$ 1,67/US$), foi 4,8% menor do que o verificado em 2010 (R$ 1,76/US$). De fato, nos primeiros meses do ano, a valorização excessiva do real levou o governo federal a impor medidas de contenção do fluxo cambial, como o aumento do IOF sobre empréstimos tomados por empresas e bancos no exterior. O BC seguiu atuando como comprador no mercado à vista da divisa norte-americana até 16 de setembro, com o consequente aumento das reservas internacionais, que alcançaram US$ 352,3 bilhões até aquela data (aumento de US$ 63,7 bilhões no período). De outubro em diante, com o recrudescimento da crise na Europa, o fluxo cambial passou a ser negativo, principalmente por fortes saídas líquidas pelo segmento financeiro (afetado pelo aumento da aversão ao risco). Isso levou o BC a interromper suas compras da moeda norte-americana em mercado. As compras de dólar foram retomadas em fevereiro de 2012, diante de nova rodada de valorização do real no primeiro bimestre. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:17 PM Page 50 2.4.4. FINANÇAS PÚBLICAS Em 2011, o comportamento das finanças públicas foi pautado pela disposição do governo federal em praticar um novo mix de política econômica, pautado pela recomposição do resultado primário em relação aos níveis baixos verificados no biênio 2009-10, com a consequente redução da demanda agregada. No ano, o superávit primário acumulado do setor público atingiu R$ 128,7 bilhões (3,1% do PIB), comparativamente a R$ 70,0 bilhões (1,9% do PIB) no ano anterior. Com esse resultado, cumpriu-se integralmente a meta de superávit primário estipulada para o ano, de R$ 127,9 bilhões (meta que havia sido elevada em R$ 10,0 bilhões em agosto de 2011, em relação ao valor estabelecido na lei orçamentária daquele ano). O aumento do superávit foi verificado tanto no resultado do governo central (aumento de 1,0 p.p., em relação a 2010) como no desempenho dos governos regionais (aumento de 0,2 p.p.), beneficiado pelo forte aumento das receitas e pelo baixo nível de crescimento das despesas em 2011 (Gráfico 20). No caso do governo central (governo federal, previdência social e Banco Central), os gastos tiveram crescimento real interanual de 3,4%, em 2011, o menor valor desde 2003. O controle das despesas de pessoal e a ausência de reajuste real do salário-mínimo, que influencia os gastos previdenciários e com benefícios sociais, garantiram o crescimento modesto das despesas no ano. Tal fato, aliado à forte arrecadação de receitas, permitiu a recomposição do resultado primário. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:18 PM Page 51 Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:18 PM Page 52 Em 2011, os juros nominais apropriados totalizaram R$ 236,7 bilhões (5,7% do PIB), tendo apresentado aumento de 0,5 p.p. do PIB em relação ao ano anterior. Tal dinâmica foi resultante da aceleração do IPCA e do nível mais elevado da taxa Selic (que indexam parcela expressiva da dívida pública) na comparação com 2010. O déficit nominal, por sua vez, encerrou 2011 em R$ 108 bilhões, equivalente a 2,6% do PIB. Um superávit primário elevado em 2012 (3,1% do PIB, de acordo com nossas projeções), combinado com a redução dos juros nominais, deve garantir a trajetória de queda do déficit nominal em 2012. A dívida líquida do setor público (DLSP) (Gráfico 21) atingiu 36,5% do PIB em dezembro. No último ano, a relação DLSP/PIB apresentou redução expressiva, de 2,7 p.p. Dada a posição externa credora do setor público, a desvalorização cambial contribuiu para redução de 1,6 p.p. Já o efeito do crescimento do PIB e o superávit primário resultaram em queda de 3,5 p.p. e 3,1 p.p., respectivamente. Em sentido contrário, a já mencionada apropriação de juros nominais implicou aumento de 5,7 p.p. na relação. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:19 PM Page 53 Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:19 PM Page 54 GRUPO SAFRA Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:20 PM Page 56 GRUPO SAFRA A economia brasileira superou relativamente bem as consequências da crise que envolveu os países da zona do euro e, como em 2008, embora desacelerando, fechou 2011 com 2,7% de crescimento do PIB e num ambiente de otimismo e de estabilidade monetária. Mesmo nesse contexto de menor crescimento econômico, o desempenho do Safra no ano passado foi consistente com o seu histórico. Os resultados mantiveram a linha de sólida evolução, com aumento significativo das operações. Em seu balanço consolidado referente ao exercício de 2011, o Banco revelou um lucro líquido de R$ 1.254,4 milhões, 19,7% superior aos R$ 1.048,1 milhões obtidos no ano anterior. O balanço consolidado abrange o Banco Safra e suas controladas. Entre estas empresas, as principais: Banco J. Safra S.A., J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda., Safra Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil, Safra Cia Securitizadora de Créditos Imobiliários, Safra Vida e Previdência S.A., a Safra Seguros Gerais S.A. e o Banco Safra (Cayman Islands) Limited. A atuação do Safra e de suas controladas é ampla, abrangendo uma grande quantidade de produtos e serviços oferecidos aos seus clientes Pessoas Jurídicas e Físicas, no Brasil e no exterior. Os ativos totalizaram R$ 86,9 bilhões, evoluindo 18,5% sobre os R$ 73,3 bilhões consolidados em 31 de dezembro de 2010. Esse montante é composto por R$ 36,3 bilhões (R$ 34,0 bilhões, no final do ano anterior) em ativos de tesouraria (disponibilidades, aplicações financeiras de liquidez, títulos e valores mobiliários e relações interfinanceiras e interdependências); e R$ 46,8 bilhões (R$ 36,6 bilhões, em 31/12/2010) correspondentes a operações de crédito líquido de provisões. O patrimônio líquido fechou o ano em R$ 6,0 bilhões, indicando uma evolução de 7,2%, quando comparado com o exercício anterior e a Dívida Subordinada alcançou o valor de R$ 2,1 bilhões. A mensuração do capital regulamentar ocorreu de acordo com o Método Padronizado de Basiléia II, que considera os riscos de crédito, riscos de mercado e os riscos operacionais. O Índice de Basiléia, que indica a capitalização do banco, atingiu 13,2%, situando-se confortavelmente acima do mínimo de 11,0% exigido pelo Banco Central do Brasil. O retorno anualizado sobre o Patrimônio Líquido médio foi de 21,6%, acima da já elevada taxa de retorno dos anos anteriores e indicando, mais uma vez, o eficiente gerenciamento dos negócios do Banco e de suas empresas controladas. O resultado bruto da intermediação financeira, após os créditos de liquidação duvidosa, cresceu 38,9%, elevando-se a R$ 3.506,3 milhões, ante R$ 2.524,0 milhões, em 2010. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 22,2%, quando comparadas ao ano anterior. Por seu desempenho operacional, solidez e qualidade da administração, o Banco Safra manteve em 2011 a classificação “Investment Grade” atribuída pela Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s, as três principais agências internacionais de análise de riscos. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:21 PM Page 58 BANCO COMERCIAL: CRÉDITO, SERVIÇOS E CAPTAÇÃO Mantendo seu conhecido conservadorismo, mais uma vez, o Banco Safra confirmou a eficácia da sua rigorosa política e da tecnologia que utiliza na análise e concessão de crédito. A carteira de crédito, incluindo avais e fianças, apresentou um crescimento de 31,8% ao longo do ano de 2011 e fechou o ano com o total de R$ 56,9 bilhões, dos quais R$ 1,6 bilhão referente a operações de arrendamento mercantil. A carteira de crédito sem avais e fianças atingiu, em 31 de dezembro de 2011, R$ 48,1 bilhões e, mesmo com o crescimento de 28,8% no ano, a inadimplência, considerando-se créditos vencidos em prazo superior a 90 dias, foi de 1,1%, índice dos mais baixos do mercado financeiro brasileiro. Do total dos créditos das carteiras, 93,1% fecharam o ano classificados nos níveis AA, A e B, os melhores na escala de risco definida pelo Banco Central. Tradicionalmente, apesar do rigor do processo que aplica na análise e concessão do crédito, que visa fundamentalmente proteger ativos e sua estrutura de capital, o Banco aloca provisões para cada nível de risco acima do mínimo requerido pelo Banco Central. O saldo total da provisão representava no final de 2011, 2,7% da carteira de crédito. A distribuição das carteiras por ramo de atividade do setor privado apresentou, por ordem de volume de crédito, o setor de serviços como o mais representativo, seguindo-se o da indústria e do comércio. Os recursos de captação são diversificados, incluindo depósitos, operações no mercado aberto, operações estruturadas de renda fixa, recursos de aceites e emissão de títulos, captações no mercado externo, dívidas subordinadas, obrigações por empréstimos, além de repasses de recursos oficiais ao setor produtivo. Esse último instrumento encerrou o ano contabilizando repasses de R$ 8,3 bilhões, o que assegurou ao Banco Safra a posição de um dos mais importantes agentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Manteve-se, também, a conservadora política de alongamento da carteira de captação, com importante participação da emissão de Letras Financeiras, que apresentaram um crescimento de R$ 3,8 bilhões ao longo do exercício. Também ocorreram três emissões de títulos no exterior, uma delas como dívida subordinada (R$ 0,8 bilhão) e as demais no programa Medium Term Notes (R$ 1,3 bilhão), que totalizaram R$ 2,1 bilhões (equivalente as US$ 1,3 bilhão). Todas apresentaram demanda muito superior ao valor emitido, numa demonstração de confiança dos investidores na solidez do Banco. As operações possibilitam melhor gerenciamento da liquidez. Ao longo de 2011, as operações de crédito mantiveram o foco nos clientes corporativos, seguindo a longa tradição do Safra no apoio ao setor produtivo brasileiro. Em 2012, apesar da perspectiva de expansão menor da economia, em relação a 2011, o Safra confia no contínuo crescimento de seus clientes e, por consequência, de sua carteira de crédito e prestação de serviços. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:21 PM Page 60 BANCO DE INVESTIMENTOS E ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS As atividades de banco de investimentos e administração de recursos têm grande destaque no conglomerado, contribuindo significativamente para os resultados alcançados em 2011. O Safra tem amplo trânsito com investidores locais e internacionais, o que lhe assegura o êxito e o crescimento de suas operações relacionadas a IPOs, e como sole advisor em processos de aquisição e incorporação de empresas. O Private Banking do Safra manteve-se, em 2011, entre os maiores gestores de recursos do mercado. Atuando com discrição e segurança, valores herdados e preservados pela família Safra há quase 200 anos, a área atende clientes de alta renda de todo o País, por meio de escritórios nas principais capitais. A Safra Wealth Management, área com autonomia de gestão de recursos do Banco J. Safra, é uma multi family office que opera gerindo carteiras de grandes clientes. Estes têm acesso aos melhores e mais renomados gestores de fundos e produtos de investimento do mercado, bem como à assessoria de equipes especializadas na busca de mais eficiência financeira, fiscal e sucessória. A área de Asset Management oferece diversificado e completo portfólio de produtos, desde fundos de renda fixa conservadores a fundos multimercados e de ações arrojados. No encerramento de 2011, havia sob gestão, recursos de fundos de investimento no total R$ 45,1 bilhões, com expressivo crescimento, de 37,6%, quando comparado aos R$ 32,8 bilhões no final de 2010. Com esse resultado, a Safra Asset manteve a posição de uma das maiores administradoras de recursos de terceiros do País. Os recursos sob gestão da Asset, somados aos R$ 61,4 bilhões correspondentes a captações do banco comercial, totalizaram R$ 106,5 bilhões, em recursos de terceiros, revelando um crescimento de 28,6%, ao longo do ano de 2011. A J. Safra Asset Management teve reafirmada, em 2011, a nota M1(bra) da Fitch Ratings, a máxima avaliação concedida por essa importante agência de análise de risco. Em 2012, espera-se um crescimento significativo dos recursos administrados, motivado pela queda da taxa básica de juros de mercado, que tende a aumentar a procura por produtos de investimento sofisticados, seguros e competitivos. Neste contexto, destaca-se a performance e solidez da J. Safra Asset Management. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:22 PM Page 62 SEGUROS, VIDA E PREVIDÊNCIA O Safra, através de suas controladas do ramo de seguros, vida e previdência, disponibiliza aos seus clientes produtos de Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) e Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), além de seguros elementares. Também é participante do Convênio de Operações de Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). O segmento encerrou 2011 com lucro líquido de R$ 69,9 milhões, com significativo crescimento de receita e redução da taxa de sinistralidade. O resultado das operações de seguros e previdência cresceu 17,7%, igualmente em relação ao obtido no mesmo período de 2010. As provisões técnicas das carteiras de VGBL e PGBL fecharam o ano com um montante de R$ 2.383,8 milhões (R$ 1.834,2 milhões, no final de 2010). RECURSOS HUMANOS Na área de Recursos Humanos, o Banco Safra tem foco permanente em programas de desenvolvimento e capacitação dos funcionários. Em 2011, os cursos em treinamentos presenciais e a distância registraram 7.435 participações e 54.881 horas. Entre os programas, destacaram-se aqueles direcionados ao aprimoramento das equipes comerciais, das áreas administrativas e de apoio operacional, bem como os cursos de capacitação e treinamento de gerentes comerciais: os de aprimoramento nos produtos Pessoa Física e Jurídica; a formação e atualização voltada às Certificações Obrigatórias (CPA 10, CPA 20 e Programa de Qualificação Operacional - PQO), além do Programa de Gestão de Carreira Comercial. Também foram mantidos os cursos técnicos e funcionais em Prevenção à Lavagem de Dinheiro, Código de Ética, Risco Operacional (Suitability), Atendimento ao Cliente, Matemática Financeira, Prevenção a Fraudes, Prevenção e Redução da Fraude em Seguros e Operações Técnicas em BackOffice. O Banco ainda promoveu ações de graduação em cursos superiores, em educação continuada, como MBAs e Pós- Graduação, além dos programas de formação para pessoas com deficiência física, estes em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). O Safra encerrou 2011 com um efetivo de 5.605 colaboradores que, entre outros benefícios, recebem assistência, médica e odontológica de alta qualidade, auxílio educacional, auxílio creche, cesta alimentação e acesso a variadas atividades culturais e sociais promovidas por sua associação. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:23 PM Page 64 GESTÃO DE RISCOS E GOVERNANÇA CORPORATIVA O Banco Safra mantém um conjunto de normas e procedimentos para assegurar o cumprimento das determinações legais regulamentares, das melhores práticas do mercado e de suas políticas internas, cujas diretrizes são estipuladas, revisadas e monitoradas pelos seguintes comitês: • Comitê de Auditoria: conta com um membro independente e quatro diretores do banco e possui o objetivo de avaliar a efetividade dos controles internos, a qualidade e a integridade de suas demonstrações contábeis e o desempenho das auditorias interna e independente. • Comitê de Gerenciamento de Risco de Crédito: concentra a governança do Risco de Crédito de modo a garantir a visão e o domínio completo do ciclo de crédito e o alinhamento estratégico entre as áreas e proporcionar uma visão sistêmica do risco de crédito. Além disso, acompanha a carteira do conglomerado, podendo remeter casos específicos ao Conselho de Administração. • Comitê de Risco de Mercado: tem o objetivo principal de avaliar, discutir e analisar as conjunturas econômicas nacional e internacional. • Comitê de Riscos e Tesouraria: tem o objetivo de discutir de forma detalhada aspectos da gestão de Risco de Mercado, bem como revisar limites, cenários, estratégias e resultados. • Comitê de gestão de Ativos e Passivos: tem o objetivo de definir as estratégias de liquidez a serem seguidas em um horizonte de dois anos. • Comitê de Controles Internos Pleno: fórum norteador e decisório dos assuntos referentes ao gerenciamento do risco operacional no conglomerado, que visa tratá-lo como uma categoria distinta de risco a ser gerenciada, avaliando a efetividade dos controles internos, inclusive quanto ao cumprimento de dispositivos legais e de normativos, além de regulamentos e de códigos da organização. A execução das diretrizes definidas pelos comitês descritos acima é de responsabilidade da Diretoria de Análise de Crédito, responsável pela gestão do risco de crédito, e da Diretoria Executiva de Riscos Corporativos, responsável pela gestão de riscos de mercado, liquidez e operacional. A estrutura da gestão de risco de mercado busca, dentre suas demais atribuições, manter a política de baixa exposição ao risco de mercado. Tem ainda participação relevante na aprovação de novos produtos e/ou instrumentos financeiros que possam ocasionar novos fatores de risco para a gestão da Tesouraria. O Banco Safra mantém sua exposição total a riscos de mercado medida pelo Value at Risk (VaR) diário, com 99% de confiança, adotando como política a perda máxima esperada, inferior a 1%, do seu Patrimônio de Referência nível 1. A Tesouraria trabalha com metas estipuladas e compatíveis com essa exposição ao risco. O monitoramento é complementado por avaliações de risco de mercado com a utilização de métricas de estresse histórico e prospectivo, além de efeitos de estresse de correlações entre famílias de fatores de risco. Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:23 PM Page 66 A estrutura da gestão de risco de liquidez, dentre suas demais atribuições, é responsável pelo monitoramento diário do caixa, com relatórios de controle aos gestores e diretores responsáveis. A estrutura da gestão de risco operacional, que também é responsável pelas atividades de Controles Internos e Compliance, é uma unidade de controle independente, segregada da unidade executora da atividade de auditoria interna. É responsável pela identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação do risco operacional, bem como pela elaboração e manutenção da Política de Risco Operacional. Apesar de concentradas e coordenadas pelas diretorias acima descritas, as melhores práticas e controles de riscos são amplamente disseminadas em todo o conglomerado, fazendo parte da rotina diária de todas as áreas. PRINCIPAIS FATORES DE RISCOS Risco de Crédito: decorre de eventual perda financeira de uma contraparte que pode vir a falhar na liquidação de uma obrigação, devido a mudanças significativas na economia ou na saúde financeira de segmento específico da produção, do comércio ou do setor de prestação de serviços em que atua. Risco de Mercado: definido como aquele derivado da possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de flutuações nos valores de mercado de posições detidas. Risco de Liquidez: contempla a necessidade de a instituição possuir recursos financeiros suficientes para honrar seus compromissos em razão de descasamentos entre pagamentos e recebimentos, considerando diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. Risco Operacional: decorre da possibilidade de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, além de eventos externos. Inclui, também, o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição e sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais. As informações completas relativas às estruturas de gerenciamento de riscos de crédito, mercado e operacional, além do relatório de gestão de risco, estão disponíveis no site www.safra.com.br. DESAFIOS E INVESTIMENTOS EM 2012 Para o ano de 2012, dentre várias iniciativas relevantes, destacamos a maturação dos investimentos realizados em tecnologia visando melhorias no fluxo de informação, desde sua captura até o processamento nas áreas de controle, e maior eficiência aos processos. Dentro do contexto de normas regulamentares, a implementação gradual dos novos processos de gestão de capital e Basiléia III, prevista para se iniciar em 2013, embora desafiadora, será de extrema importância para o grupo, dado que, além de colaborar para a otimização de capital, contribuirá para um sistema financeiro mais sólido. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:27 PM Page 68 BANCO SAFRA S.A. E SAFRA CONSOLIDADO DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Balanços Patrimoniais Demonstrações do Resultado Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido do Controlador Demonstração do Valor Adicionado Demonstrações dos Fluxos de Caixa Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Contábeis Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria Relatório dos Auditores Independentes Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 70 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") B A L A N Ç O S PAT R I M O N I A I S EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS) BANCO SAFRA S.A. Notas SAFRA CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 56.971.625 46.655.360 65.725.517 58.639.429 246.604 141.362 380.224 143.045 3(c) 4 e 5 20.279.323 18.111.372 1.441.219 726.732 17.514.554 15.328.777 1.772.483 413.294 20.291.328 18.111.372 1.441.219 738.737 17.191.479 15.328.777 1.355.971 506.731 3(d) e 6 3.342.051 2.498.438 80.873 188.582 574.158 4.174.379 2.340.672 1.024.944 98.172 136.235 574.356 6.462.882 3.117.946 42.997 188.582 606.765 13.241.771 9.450.648 1.024.944 88.214 136.235 600.493 - 2.506.592 1.941.237 4.508.665 3.956 4.449.927 54.782 1.383.148 2.096 1.377.721 3.331 5.452.851 3.956 5.394.015 54.880 1.383.386 2.096 1.377.959 3.331 26.466.506 22.034.950 30.455.189 25.272.813 26.877.493 22.356.317 31.016.615 25.635.397 ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações no mercado aberto Aplicações em depósitos interfinanceiros Aplicações em moedas estrangeiras Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Vinculados a compromissos de recompra Instrumentos financeiros derivativos Vinculados ao Banco Central Vinculados a prestação de garantias Recursos garantidores de reservas técnicas de seguros e previdências Relações interfinanceiras e interdependências Pagamentos e recebimentos a liquidar Depósitos no Banco Central Transferências internas de recursos e outros Operações de crédito Operações com características de concessão de crédito (Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa) Outros créditos Carteira de câmbio Negociação e intermediação de valores Diversos Outros valores e bens Despesas antecipadas (continua) 3(b) e 4 3(e) e 7 11(b) 13(a) 3(g) e 8 - (410.987) 9 13(b) 13(c) 3(h) (321.367) (561.426) (362.584) 2.123.226 1.714.963 514 407.749 1.394.024 771.521 3.425 619.078 2.582.713 1.714.963 56.419 811.331 1.377.764 771.521 200.839 405.404 5.250 5.250 12.943 12.943 100.330 100.330 29.171 29.171 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 71 BANCO SAFRA S.A. Notas SAFRA CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 NÃO CIRCULANTE 36.952.692 30.579.143 21.141.505 14.674.017 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 33.524.852 27.280.375 20.581.622 13.918.846 3(c) e 4 e 5 1.243.441 1.243.441 663.187 201.169 462.018 1.243.441 1.243.441 378.814 201.169 177.645 3(d) e 6 19.348.724 2.132.921 16.634.394 480.961 100.448 17.885.377 1.574.864 16.108.904 197.696 3.913 2.440.247 1.982.731 357.068 100.448 1.626.775 1.442.969 179.893 3.913 12.524.448 8.270.383 16.368.487 11.288.561 12.972.310 8.598.844 17.125.144 11.728.028 Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações no mercado aberto Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Vinculados a compromissos de recompra Instrumentos financeiros derivativos Vinculados a prestação de garantias Operações de crédito Operações com características de concessão de crédito (Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa) 3(e) e 7 3(g) e 8 (447.862) (328.461) (756.657) (439.467) Outros créditos - diversos Diversos 13(c) 13(c) 399.701 399.701 461.278 461.278 520.689 520.689 593.336 593.336 Outros valores e bens Outros valores e bens 3(h) 8.538 8.538 150 150 8.758 8.758 31.360 31.360 3.427.840 3.298.768 559.883 755.171 3.341.988 3.231.874 323.515 473.998 2.783.114 237.775 321.099 2.563.060 210.407 458.407 323.515 10.612 463.386 PERMANENTE Investimentos Participações em coligadas e controladas: No país No exterior Outros investimentos 3(i) e 15(a) e (b) Imobilizado de uso Imóveis Outras imobilizações de uso (Depreciações acumuladas) 3(i) e 15(c) 61.043 2.000 190.913 (131.870) 51.986 2.000 175.480 (125.494) 207.381 233.158 316.042 (341.819) 263.358 289.842 291.732 (318.216) Intangível Ativos intangíveis (Amortizações acumuladas) 3(i) e 15(c) 24.809 47.527 (22.718) 14.908 33.947 (19.039) 28.987 52.492 (23.505) 17.815 36.945 (19.130) TOTAL DO ATIVO 93.924.317 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. 77.234.503 86.867.022 73.313.446 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 72 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") B A L A N Ç O S PAT R I M O N I A I S EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS) BANCO SAFRA S.A. Notas SAFRA CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 66.048.172 56.296.959 55.688.840 49.651.728 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE Depósitos Depósitos à vista Depósitos de poupança Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo 3(k) e 10(a) 26.285.368 811.639 1.207.831 14.249.354 10.016.544 20.488.723 1.305.624 817.736 10.578.817 7.786.546 15.240.480 809.667 1.207.831 3.344.638 9.878.344 12.849.484 1.303.288 817.736 3.082.184 7.646.276 Captações no mercado aberto Carteira própria Carteira de terceiros 3(k) e 10(b) 23.458.839 12.754.047 10.704.792 24.808.171 14.259.158 10.549.013 23.366.830 12.754.047 10.612.783 24.790.364 14.259.158 10.531.206 Recursos de aceites e emissão de títulos Recursos de letras financeiras, de crédito e similares Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 3(k) e 10(c) 2.667.480 2.533.964 837.971 769.121 2.667.479 2.533.964 868.122 799.272 133.516 68.850 133.515 68.850 251.673 11 2.020 248.925 717 220.580 2.374 77.461 140.735 10 250.529 11 876 248.925 717 144.533 2.374 1.414 140.735 10 3(k) e 10(d) 7.781.227 4.653.908 17.252 3.110.067 - 6.221.008 3.881.801 98.924 2.240.283 - 8.036.913 4.634.639 17.252 3.385.022 - 6.573.383 3.881.801 98.924 2.591.954 704 3(e) e 7 3.109.242 3.109.242 2.166.611 2.166.611 2.831.845 2.831.845 2.143.691 2.143.691 2.494.343 16.740 1.583.845 9.708 448.114 1.553.895 13.594 882.247 5.225 110.760 3.294.764 20.263 1.583.845 9.712 722.611 2.282.151 16.365 882.247 5.228 334.337 20.688 415.248 1.463 540.606 215.280 75.512 667.541 195.768 198.749 649.457 Relações interfinanceiras e interdependências Recebimentos e pagamentos a liquidar Correspondentes Recursos em trânsito de terceiros Transferências internas de recursos Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no exterior Obrigações por transferência de ativos financeiros Repasses no país Empréstimos de ações Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados Carteira de câmbio Sociais e estatutárias Fiscais e previdenciárias Provisões técnicas – operações de seguros e previdência Negociação e intermediação de valores Diversas (continua) 9 16(b) 14(c) 3(l) e 11(a) 13(b) 13(d) Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 73 BANCO SAFRA S.A. Notas SAFRA CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 NÃO CIRCULANTE 21.860.486 15.323.802 25.162.523 18.047.976 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 21.822.117 15.301.168 25.124.154 18.025.342 Depósitos Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo 3(k) e 10(a) 1.260.220 127.340 1.132.880 1.710.127 183.392 1.526.735 1.260.220 127.340 1.132.880 1.717.744 191.009 1.526.735 Captações no mercado aberto Carteira própria Carteira livre movimentação 3(k) e 10(b) 3.937.560 3.937.560 - 3.113.833 2.912.359 201.474 3.937.560 3.937.560 - 3.113.833 2.912.359 201.474 Recursos de aceites e emissão de títulos Recursos de letras financeiras. de crédito e similares Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 3(k) e 10(c) 7.863.820 2.471.455 7.511.019 2.263.438 4.540.969 858.717 4.643.295 1.033.905 3.322.851 1.612.738 2.867.724 1.229.533 Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no exterior Obrigações por transferência de ativos financeiros Repasses no país 3(k) e 10(d) 4.643.692 107.376 1.232 4.535.084 3.403.356 151.754 945 3.250.657 5.018.110 126.645 1.232 4.890.233 3.742.410 151.754 945 3.589.711 272.262 272.262 2.293.988 2.293.988 439.547 439.547 2.201.858 2.201.858 14(c) 3.844.563 1.389.220 2.308.409 1.050.053 6.957.698 2.156.996 4.986.059 1.942.417 3(l) e 11(a) 3(k) e 10(e) 13(d) 2.120.428 334.915 1.027.905 230.451 2.299.054 2.120.428 381.220 1.760.665 1.027.905 255.072 38.369 38.369 22.634 22.634 38.369 38.369 22.634 22.634 Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Provisões técnicas – operações de seguros e previdência Dívida subordinada Diversas RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Resultados de exercícios futuros PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reservas de capital Reservas de lucros Ajuste de avaliação patrimonial TOTAL DO PASSIVO 3(e) e 7 3(o) 16 6.015.659 3.980.315 2.024.647 10.697 93.924.317 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. 5.613.742 2.245.458 72.723 3.295.806 (245) 77.234.503 6.015.659 3.980.315 2.024.647 10.697 86.867.022 5.613.742 2.245.458 72.723 3.295.806 (245) 73.313.446 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 74 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") D E M O N S T R A Ç Ã O D O R E S U LTA D O PA R A O S P E R Í O D O S F I N D O S EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS) BANCO SAFRA S.A. Notas RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Operações de crédito Resultado de operações com títulos e valores mobiliários Receitas financeiras das operações com seguros e previdências Resultado de operações de câmbio Resultado de aplicações compulsórias DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Resultado com instrumentos financeiros derivativos Operações de captação no mercado Operações de empréstimos e repasses Despesas financeiras com recursos de previdências Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros 11(c) 9 13(a) 11(c) 2º. Semestre 2011 2011 2010 2011 2010 5.748.891 2.659.990 2.857.699 10.414.598 4.798.505 5.296.167 7.671.950 3.645.798 3.933.392 10.151.012 5.940.473 3.650.748 7.790.657 4.425.629 3.129.164 17.369 213.833 55.683 264.243 43.241 49.519 189.387 55.683 314.721 143.104 43.241 49.519 (4.382.503) (7.757.169) 90.816 (77.908) (4.218.213) (7.215.746) (252.615) (454.755) (2.491) (8.760) RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ANTES DOS CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA 1.366.388 2.657.429 RESULTADO DE CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA Despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa 3(g) e 8(b) Receita de recuperação de créditos baixados como prejuízo 3(g) e 8(c) 661.972 (352.517) 1.014.489 544.426 (511.203) 1.055.629 RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 2.028.360 3.201.855 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas de prestação de serviços Rendas de tarifas bancárias Despesas de pessoal Despesas administrativas Despesas tributárias Resultado de participações em coligadas e controladas Resultado com operações de seguros e previdência Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais 13(e) 13(f ) 13(g) 13(h) 14(a-II) 15(a) 11(c) 13(i) 13(j) RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO NÃO OPERACIONAL RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL LUCRO LÍQUIDO Lucro por lote de mil ações em R$ (Nota 3(a)) 14(a-I) SAFRA CONSOLIDADO Exercícios (1.032.228) (1.421.801) 220.972 439.019 74.449 118.782 (573.352) (1.007.782) (286.757) (527.294) (135.081) (219.439) (93.213) 56.563 15.517 46.291 (254.763) (327.941) (5.576.328) (555.340) (4.514.468) (469.775) (36.745) 2.095.622 (162.729) (222.577) 59.848 1.932.893 (641.458) 354.824 76.034 (721.869) (449.333) (144.724) 354.551 35.056 (145.997) (6.795.356) (5.000.120) (204.848) (554.258) (5.922.872) (3.880.047) (484.473) (396.803) (174.403) (132.267) (8.760) 3.355.656 150.603 (919.047) 1.069.650 3.506.259 (1.460.754) 563.001 214.049 (1.188.850) (571.874) (281.633) (283) 98.413 60.923 (354.500) (36.745) 2.790.537 (265.568) (341.383) 75.815 2.524.969 (993.517) 496.212 139.928 (875.654) (499.313) (197.556) 2.405 83.637 61.128 (204.304) 996.132 1.780.054 1.291.435 2.045.505 1.531.452 319 3.242 7.373 3.190 7.561 996.451 1.783.296 1.298.808 2.048.695 1.539.013 (326.940) (528.851) (250.725) (794.250) (490.930) 669.511 1.254.445 1.048.083 1.254.445 1.048.083 0,46 0,86 0,93 0,86 0,93 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 75 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") D E M O N S T R A Ç Ã O D A S M U TA Ç Õ E S D O PAT R I M Ô N I O L Í Q U I D O PA R A O S P E R Í O D O S F I N D O S EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS) Capital social realizado Reservas de capital Reservas de lucros Ajuste de avaliação patrimonial Lucros acumulados Total 2.007.958 72.723 1.509.418 (1.324) 1.317.771 4.906.546 - - - - - 1.017.771 - 1.079 - - - 52.404 716.213 - SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 2.245.458 72.723 Grupamento de ações Aumento de capital Incorporação de reservas Juros sobre capital próprio e espécie Redução de capital Ajuste de avaliação patrimonial – títulos disponíveis para venda Juros sobre capital próprio Lucro líquido no período Destinação: Reserva legal Reserva especial Juros sobre capital próprio Dividendos 1.825.510 1.257.195 568.315 (90.653) (72.723) (72.723) - - - (340.065) - - - 62.723 863.183 (665.000) SALDOS EM 31 DEZEMBRO DE 2011 3.980.315 - 2.024.647 10.697 - 6.015.659 SALDOS EM 1º. DE JULHO DE 2011 2.812.000 - 3.123.234 (8.603) - 5.926.631 Grupamento de ações Aumento de capital Incorporação de reservas Juros sobre capital próprio e espécie Ajuste de avaliação patrimonial – títulos disponíveis para venda Juros sobre capital próprio Lucro líquido no período Destinações: Reserva legal Reserva especial Juros sobre capital próprio Dividendos 1.168.315 600.000 568.315 - (447) (600.000) (600.000) - - - (447) 568.315 568.315 - - (340.065) - 669.511 19.300 (340.065) 669.511 - - 33.476 473.449 (665.000) (33.476) (473.449) (162.586) - (162.586) (665.000) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 3.980.315 - SALDOS EM 1º. DE JANEIRO DE 2010 Aumento de capital - juros sobre capital próprio e espécie Dividendos Ajuste de avaliação patrimonial – títulos disponíveis para venda Transferência para reservas de expansão Lucro líquido no período Destinações: Reserva legal Reserva especial Juros sobre capital próprio 237.500 - As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. (300.000) (1.017.771) 1.048.083 - (52.404) (716.213) (279.466) 3.295.806 (245) - (7.528) (1.184.472) (1.184.472) - - - 2.024.647 10.942 - 19.300 10.697 1.254.445 (62.723) (863.183) (328.539) - - 237.500 (300.000) 1.079 1.048.083 (279.466) 5.613.742 (7.528) 568.315 568.315 (90.653) 10.942 (340.065) 1.254.445 (328.539) (665.000) 6.015.659 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 76 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") D E M O N S T R A Ç Ã O D O VA L O R A D I C I O N A D O PA R A O S P E R Í O D O S F I N D O S EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS) BANCO SAFRA S.A. 2011 SAFRA CONSOLIDADO 2010 2011 2010 Receitas Intermediação financeira Receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias Resultado de créditos de liquidação duvidosa Resultado com operações de seguros e previdência Outras receitas operacionais Resultado não operacional 11.566.358 10.414.598 557.801 544.426 46.291 3.242 7.982.508 7.671.950 430.858 (162.729) 35.056 7.373 11.241.191 10.151.012 777.050 150.603 98.413 60.923 3.190 8.313.555 7.790.657 636.140 (265.568) 83.637 61.128 7.561 Despesas Intermediação financeira Outras despesas operacionais (8.085.110) (7.757.169) (327.941) (5.722.325) (5.576.328) (145.997) (7.149.856) (6.795.356) (354.500) (5.204.424) (5.000.120) (204.304) (411.051) (25.837) (43.691) (70.032) (35.207) (33.258) (82.921) (120.105) (344.578) (24.077) (48.764) (53.643) (29.653) (30.582) (74.275) (83.584) (488.160) (27.513) (52.539) (88.911) (37.500) (34.205) (113.042) (134.450) (426.236) (26.419) (55.827) (81.990) (30.703) (31.489) (89.724) (110.084) Valor adicionado bruto Retenções - depreciações e amortizações 3.070.197 (18.599) 1.915.605 (17.394) 3.603.175 (38.030) 2.682.895 (37.934) Valor adicionado líquido produzido Valor adicionado recebido em transferência resultado de equivalência patrimonial 3.051.598 1.898.211 3.565.145 2.644.961 56.563 354.551 Valor adicionado líquido a distribuir 3.108.161 2.252.762 3.564.862 2.647.366 Distribuição do valor adicionado Pessoal Remuneração e participação nos resultados Benefícios Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) Contingências Trabalhistas Outros 3.108.161 885.056 623.054 76.782 41.069 131.188 12.963 2.252.762 620.814 504.905 66.124 33.277 11.042 5.466 3.564.862 1.042.676 762.610 77.819 46.454 141.236 14.557 2.647.366 754.406 632.130 66.888 38.125 10.539 6.724 871.016 845.049 432 25.535 496.504 474.757 2.226 19.521 1.222.057 1.186.390 455 35.212 809.734 770.982 7.637 31.115 97.644 87.361 45.684 35.143 1.254.445 714.281 540.164 1.048.083 41.966 1.006.117 1.254.445 714.281 540.164 1.048.083 41.966 1.006.117 3.108.161 2.252.762 3.564.862 2.647.366 Despesas de insumos adquiridos Instalações Processamento de dados e telecomunicações Serviços de terceiros Serviços do sistema financeiro Serviços de vigilância. segurança e transportes Cartórios e honorários advocatícios Outros Impostos. taxas e contribuições Federais Estaduais Municipais Remuneração de capital de terceiros – aluguéis Remuneração de capital próprio Juros sobre capital próprio e dividendos Lucro retido do período Distribuição do valor adicionado As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. (283) 2.405 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 77 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA REFERENTES AOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS) BANCO SAFRA S.A. SAFRA CONSOLIDADO 2011 2010 2011 2010 2.796.186 1.254.445 1.351.533 1.048.083 3.645.222 1.254.445 2.124.010 1.048.083 18.599 511.203 (56.563) 10.942 211.053 301.921 15.735 528.851 (90.870) (1.107.436) 1.264.007 (1.345.086) 17.394 222.577 (354.551) 1.079 64.653 101.568 5 250.725 4.221.708 4.688.031 (2.771.885) (1.586.320) 38.030 919.047 283 10.942 240.427 372.063 15.735 794.250 (5.505.283) (1.399.426) 2.850.189 (1.206.140) 37.934 341.383 (2.405) 1.079 74.170 132.831 5 490.930 (2.723.943) 4.511.168 (2.933.543) (1.474.509) (3.010.968) (9.280.280) 302.030 7.693 5.346.738 (525.605) 2.800.554 5.922.985 (241.844) 3.146 22.416 (249.220) (609.079) (7.873.969) (137.260) (6.697) 5.098.587 2.576.162 3.184.977 1.425.215 30.261 3.443 301.893 (101.651) (3.880.013) (11.264.805) (160.145) (71.159) 1.933.472 (599.807) 2.739.934 5.748.049 (241.844) 3.898 673.024 (630.510) (684.748) (9.837.992) (323.257) (22.579) 887.737 2.567.352 2.956.655 1.328.896 30.261 5.067 569.534 (303.985) 2.705.316 5.573.241 (1.860.061) (599.933) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS Dividendos recebidos Títulos disponíveis para venda Títulos mantidos até o vencimento Aquisição de imobilizado de uso Alienação de imobilizado de uso Aquisição de bens não de uso Alienação de bens não de uso Aquisição de investimentos Alienação de investimentos Aplicação no intangível 456.432 (1.592.983) (64.713) (21.114) 1.898 (5.965) (600.000) 131.304 (17.192) 1.095.269 (4.341.124) 537.904 (17.669) 6.079 3.571 (113.941) 11.384 (875) (409.249) (316.353) (13.805) (5.965) (1.925) 134.407 (18.739) 1.728.948 536.725 (25.824) 7.224 2.518 (3.226) CAIXA LÍQUIDO GERADO (APLICADO) NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (1.712.333) (2.819.402) (631.629) 2.246.365 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS Redução de capital Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Dívida subordinada Juros sobre capital próprio e dividendos pagos (5.024) 1.298.889 821.272 (765.291) 314.653 (300.000) (5.024) 1.298.889 821.272 (765.291) 314.653 (300.000) CAIXA LÍQUIDO GERADO (APLICADO) NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 1.349.846 14.653 1.349.846 14.653 AUMENTO EM CAIXA E EQUIVALENTE A CAIXA Caixa e equivalente a caixa no início do período Caixa e equivalente a caixa no final do período 2.342.829 6.327.835 8.670.664 2.768.492 3.559.343 6.327.835 (1.141.844) 10.553.427 9.411.583 1.661.085 8.892.342 10.553.427 AUMENTO EM CAIXA E EQUIVALENTE A CAIXA 2.342.829 2.768.492 (1.141.844) 1.661.085 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO Lucro líquido do período Ajustes ao lucro líquido: Depreciações e amortizações Despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa Resultado de participação em coligadas e controladas Ajuste ao valor de mercado – TVM e derivativos Provisões para contingências cíveis e trabalhistas Provisões para obrigações legais. fiscais e previdenciárias Resultado de exercícios futuros Provisão para impostos sobre o lucro corrente e diferido VARIAÇÕES DOS ATIVOS E OBRIGAÇÕES (Aumento) Redução em aplicações interfinanceiras de liquidez (Aumento) Redução em títulos e valores mobiliários (Aumento) Redução em instrumentos financeiros derivativos (ativos/passivos) (Aumento) Redução em relações interfinanceiras e interdependências (ativos/passivos) (Aumento) Redução em operações de crédito (Aumento) Redução em outros créditos (Aumento) Redução em outros valores e bens Aumento (Redução) em depósitos Aumento (Redução) em captações no mercado aberto Aumento (Redução) em obrigações por empréstimos e repasses Aumento (Redução) em recursos de aceites e emissão de títulos Aumento (Redução) em operações de câmbio (ativos/passivos) Aumento (Redução) em cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados Aumento (Redução) em outras obrigações Impostos pagos CAIXA LÍQUIDO GERADO NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 78 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) 1. CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Safra S.A., em conjunto com suas empresas controladas, Com isso, o resultado financeiro dessas operações é apresentado agrupado na rubrica Operações de crédito da demonstração do resultado. tem como objeto social a prática de operações ativas, passivas e As operações de adiantamento sobre contratos de câmbio estão acessórias inerentes às respectivas carteiras autorizadas (comercial, apresentadas conjuntamente às operações de crédito. A apresentação inclusive câmbio, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento do resultado de câmbio considera as receitas e despesas que e investimentos, e arrendamento mercantil), e de atividades representam as diferenças de taxas incidentes sobre os montantes complementares dentre as quais se destacam as operações representativos de moedas estrangeiras. de seguros, previdência privada, corretagem e distribuição de títulos e valores mobiliários, administração de cartões de crédito As demonstrações contábeis consolidadas do Banco Safra S.A. foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 30.01.2012. e de fundos de investimento e carteiras administradas, de acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS b) Consolidação Os saldos das contas patrimoniais e os resultados entre a controladora e as sociedades controladas, bem como os resultados a) Apresentação das demonstrações contábeis não realizados entre as empresas incluídas na consolidação, As demonstrações contábeis do Banco Safra S.A. e controladas foram eliminados nas demonstrações contábeis consolidadas. (“CONSOLIDADO”) foram elaboradas e estão apresentadas em A agência de Cayman Islands figura de forma consolidada conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis nas demonstrações contábeis do Banco, e seus saldos, excluídos às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central os montantes das transações com a matriz, convertidos à taxa do Brasil (BACEN) e com observância às disposições contidas na Lei de câmbio vigente em 31 de dezembro são: Ativo R$ 7.051.645 das Sociedades por Ações e incorporam as alterações trazidas pelas (R$ 5.231.908 em 31.12.2010), Passivo R$ 7.193.260 (R$ 5.017.201 Leis nº. 11.638/2007 e nº. 11.941/2009, associadas às normas e em 31.12.2010) e Patrimônio Líquido no montante de R$ 934.771 instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), da Comissão (R$ 248.913 em 31.12.2010). O lucro líquido do exercício findo de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros em 31 de dezembro foi de R$ 87.049 (R$ 42.551 em 2010). Privados (SUSEP), no que forem aplicáveis. As demonstrações contábeis consolidadas abrangem o Banco Safra e As demonstrações contábeis foram elaboradas considerando as suas controladas abaixo relacionadas, destacando-se: operações de arrendamento mercantil pelo método financeiro. PARTICIPAÇÃO (%) 31.12.2011 31.12.2010 Banco Safra (Cayman Islands) Limited (1) J.Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. Safra Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil Banco J. Safra S.A. Safra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários (2) Sercom Comércio e Serviços Ltda. Elong Administração e Representações Ltda. Safra Vida e Previdência S.A. Safra Seguros Gerais S.A. Aratu Segurança e Vigilância S/S Ltda. Taquari Representações e Participações Ltda. Stone Fountain Investments Inc. (1) Kiama S.A. (1) (1) Entidades sediadas no exterior (2) Consolidação proporcional 100,00 99,99 99,99 99,99 99,99 90,98 99,99 99,99 99,98 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 100,00 99,99 99,99 99,99 99,99 90,42 99,99 99,99 99,98 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 79 c) Reclassificações para fins de comparabilidade Foram efetuadas reclassificações no balanço patrimonial, basicamente em repasses interfinanceiros para carteira de crédito pela entidade como aqueles decorrentes de atividades operacionais, de investimento e de financiamento, sendo que: • Atividades operacionais são as principais atividades e nos certificados de depósitos no exterior de aplicação geradoras de receita da entidade e outras atividades interfinanceira de liquidez para títulos e valores mobiliários que não são de investimento e tampouco de financiamento. e instrumentos financeiros derivativos. Na demonstração Inclui as captações efetuadas para financiar operações do resultado, foram reclassificadas as perdas de crédito com de intermediação financeira e outras atividades operacionais operações de arrendamento mercantil. Destacamos que as típicas de instituições financeiras; reclassificações mencionadas não alteraram o lucro líquido, o patrimônio líquido ou o resultado por ações. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência, ou seja, • Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa, tais como as aplicações em títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e mantidos até o vencimento; e • Atividades de financiamento são aquelas que resultam as receitas e despesas são reconhecidas no resultado no período em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio em que elas ocorrem, simultaneamente quando se relacionarem, e no capital de terceiros da entidade. Inclui aquelas operações independentemente do efetivo recebimento ou pagamento. de captação estruturadas com o objetivo de obter recursos O resultado por ação para o exercício findo em 31.12.2011 para o financiamento da própria Entidade. foi apurado com base na quantidade de ações na data-base (1.459.485.718). Para fins de comparabilidade, para o exercício c) Aplicações interfinanceiras de liquidez findo em 31.12.2010 foi calculado com base na quantidade Demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, equivalente de ações considerando a movimentação acionária os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até ocorrida no exercício. a data do balanço, calculadas “pro rata temporis”. b) Fluxo de Caixa d) Títulos e valores mobiliários I. Caixa e equivalentes a caixa: são representados por dinheiro De acordo com a Circular BACEN nº. 3.068/2001, os títulos em caixa e depósitos em instituições financeiras, incluídos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção na rubrica de disponibilidades, aplicações em depósitos da Administração em três categorias específicas: interfinanceiros, aplicações em cotas de fundo de investimento • Negociação: classificam-se nesta categoria aqueles títulos e em títulos de renda fixa livres, com prazo total de aplicação e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem de até 90 dias, sendo o risco de mudança no valor de mercado ativa e frequentemente negociados. Por isso, são apresentados destes considerado imaterial. Os equivalentes a caixa são aqueles no ativo circulante, independentemente do seu prazo recursos mantidos com a finalidade de atender a compromissos de vencimento. São ajustados pelo valor de mercado de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins. em contrapartida ao resultado do período; II. Demonstração do fluxo de caixa: é elaborada pelo método • Disponíveis para venda: classificam-se nesta categoria aqueles indireto, com base nos critérios estabelecidos pelo títulos e valores mobiliários que podem ser negociados, porém Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos fluxos não são adquiridos com o propósito de serem frequentemente de caixa, aprovado pela Resolução CMN nº. 3.604/2008, negociados ou de serem mantidos até o seu vencimento. que prevê a apresentação dos fluxos de caixa gerados Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 80 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) Os rendimentos intrínsecos (“accrual”) são reconhecidos de hedge contábil estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, na demonstração de resultado e as variações no valor de mercado principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição ainda não realizados em contrapartida a conta destacada global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, do patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários; com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente • Mantidos até o vencimento: nesta categoria são classificados aqueles títulos e valores mobiliários para os quais o banco no resultado do período. f) Mensuração do valor a mercado tem a intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até seu vencimento. São contabilizados ao custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos intrínsecos. A metodologia aplicada para mensuração do valor de mercado (valor provável de realização) dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos é baseada no cenário A reavaliação quanto à classificação dos títulos e valores mobiliários é efetuada por ocasião da elaboração dos balanços semestrais, levando em conta a intenção e a capacidade financeira, observado os procedimentos estabelecidos pela Circular BACEN nº. 3.068/2001. e) Instrumentos financeiros derivativos econômico e nos modelos de precificação desenvolvidos pela Administração, que incluem a captura de preços médios praticados no mercado, aplicáveis para a data-base do balanço. Assim, quando da efetiva liquidação financeira destes itens, os resultados poderão vir a ser diferentes dos estimados. Os instrumentos financeiros derivativos utilizados para proteger g) Operações de crédito e provisão para operações de crédito de exposições a risco, por meio da modificação de certas características liquidação duvidosa de ativos e passivos financeiros objetos de “hedge”, que sejam altamente efetivos e que atendam a todos os demais requerimentos de designação e documentação de que trata a Circular BACEN nº. 3.082/2002, são classificados como “hedge” contábil de acordo com sua natureza: • “Hedge” de risco de mercado – os ativos e passivos financeiros objetos de hedge e os respectivos instrumentos financeiros derivativos relacionados são contabilizados pelo valor de mercado, com as correspondentes valorizações ou desvalorizações reconhecidas no resultado do período; e • “Hedge” de fluxo de caixa – os ativos e passivos financeiros Demonstradas a valor presente com base no indexador e na taxa de juros contratuais, calculadas “pro rata temporis” até a data do balanço. As operações são atualizadas até o 60º. dia de atraso. Aquelas vencidas há mais de 60 dias, independentemente do seu nível de classificação de risco, têm sua receita reconhecida somente quando recebidas. São constituídas provisões para fazer face ao risco de realização dos créditos, em conformidade com os parâmetros estabelecidos pela Resolução CMN nº. 2.682/1999, que requer a classificação das operações em nove níveis de risco, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo), e também fundamentada na análise objetos de hedge e os respectivos instrumentos financeiros das operações em aberto, efetuada e revisada periodicamente derivativos relacionados são contabilizados pelo valor pela Administração, que leva em conta, entre outros elementos, de mercado, com as correspondentes valorizações a experiência histórica com os tomadores de recursos, a conjuntura ou desvalorizações, deduzidas dos efeitos tributários, econômica e os riscos globais e específicos das carteiras. reconhecidas em conta destacada do patrimônio líquido sob o título de “Ajuste de Avaliação Patrimonial”. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente no resultado do período. Os instrumentos financeiros derivativos efetuados por solicitação de clientes ou por conta própria, que não atendam aos critérios As operações classificadas como nível “H” permanecem por seis meses nesta classificação, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas em conta de compensação por no mínimo cinco anos, não sendo mais registradas em contas patrimoniais. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 81 As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo • Intangível: corresponde aos direitos adquiridos que tenham nível em que estavam classificadas. As renegociações que já haviam por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas das atividades do Banco e de suas controladas ou exercidos de compensação, são classificadas como nível “H” e as eventuais com tal finalidade e, aqueles com vida útil definida, receitas provenientes da renegociação somente são reconhecidas são amortizados linearmente durante o período estimado quando efetivamente recebidas. Quando houver amortização do benefício econômico do bem, ajustados por provisão significativa da operação ou quando novos fatos relevantes para perdas não temporárias (“impairment”). justificarem a mudança do nível de risco, poderá ocorrer a reclassificação da operação para categoria de menor risco. h) Outros valores e bens j) Redução do valor recuperável – ativos não financeiros A Resolução nº. 3.566/2008, do Conselho Monetário Nacional (CMN), dispõe sobre procedimentos aplicáveis no reconhecimento, Compostos basicamente por bens não destinados a uso, notadamente mensuração e divulgação de perdas no valor recuperável de ativos, aqueles recebidos em dação de pagamento; e despesas antecipadas, e determina o atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 01 – correspondentes a aplicações de recursos cujos benefícios Redução ao valor recuperável de ativos. ou prestação de serviços decorrentes ocorrerão em períodos futuros. i) Ativo permanente • Investimentos: os investimentos em empresas controladas e em empresas coligadas onde haja influência significativa ou a participação seja igual ou superior a 20% do capital votante são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. Os outros investimentos são representados basicamente por ações e cotas de empresas em que o Banco, direta ou indiretamente, não exerce influência significativa A redução do valor recuperável dos ativos não financeiros (“impairment”) é reconhecida como perda quando o valor de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa registrado contabilmente for maior do que o seu valor recuperável ou de realização. Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera fluxos de caixa substanciais, independentemente de outros ativos ou grupos de ativos. As perdas por “impairment”, quando aplicável, são registradas no resultado do período em que foram identificadas. ou não possui mais de 20% do capital votante, e que por isso Os valores dos ativos não financeiros, são objeto de revisão são mantidos ao valor de custo, ajustados por provisão para periódica, no mínimo anual, para determinar se existe alguma perdas não temporárias (“impairment”). Os dividendos indicação de perda no valor recuperável ou de realização destes ativos. recebidos destes investimentos são reconhecidos no resultado. Desta forma, em atendimento aos normativos relacionados, a • Imobilizado de uso: corresponde aos direitos que tenham Administração do Grupo Safra não tem conhecimento de quaisquer por objeto bens corpóreos destinados à manutenção ajustes relevantes que possam afetar a capacidade de recuperação dos das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive valores registrados no ativo permanente em 31.12.2011 e 2010. os bens decorrentes de operações que transfiram ao Banco os benefícios, riscos e controle desses bens. São demonstrados k) Captações de recursos e obrigações por empréstimos e repasses ao valor de custo, líquido das respectivas depreciações São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram, acumuladas. Tais depreciações são calculadas pelo método quando aplicável, os encargos incorridos até a data do balanço, linear, sendo que as taxas anuais que contemplam a vida útil reconhecidos em base “pro-rata” dia. econômica dos bens são as seguintes: imóveis de uso – 4%; sistemas de comunicação e segurança, instalações, aeronaves, móveis e utensílios – 10%; e veículos e equipamentos de processamento de dados – 20%, ajustados por provisão para perdas não temporárias (“impairment”). Os custos de transação incorridos, referentes basicamente por valores pagos a terceiros pelo serviço de intermediação, colocação e distribuição de títulos de emissão própria são contabilizados como redutores dos títulos e são apropriadas mensalmente, Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 82 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) “pro rata temporis”, para a adequada conta de despesa, exceto • Provisão para insuficiência de prêmio (PIP): apurada através nos casos em que os títulos sejam mensurados a valor justo de cálculo atuarial prospectivo, é constituída se for constatada por meio do resultado. insuficiência da PPNG; l) Operações de seguros e previdência privada I – Provisões técnicas de seguros e previdência privada As provisões técnicas de seguros e previdência privada são calculadas de acordo com as notas técnicas atuariais, • Provisão para despesas administrativas (PDA): constituída para cobrir despesas administrativas dos planos VGBL, PGBL e seguro de vida individual, sendo calculada conforme metodologia aprovada na nota técnica atuarial; • Provisão complementar de prêmios (PCP): constituída conforme disposto pela SUSEP e segundo critérios mensalmente para complementar a PPNG, e o seu valor estabelecidos nas Resoluções do Conselho Nacional de Seguros é igual à diferença, se positiva, entre a média da soma Privados – CNSP nº.s 162/2006, 181/2007, 195/2008 e dos valores apurados diariamente no mês de constituição 204/2009: e a PPNG constituída, considerando todos os riscos vigentes, • Provisão de prêmios não ganhos (PPNG): constituída para cobertura de sinistros a ocorrer referentes aos riscos emitidos ou não. II - Teste de adequação do passivo vigentes na data de cálculo, pela parcela dos prêmios retidos correspondentes aos períodos de riscos não decorridos O teste de adequação do passivo, instituído pela Circular de contratos de seguros, calculada “pro rata temporis”. SUSEP nº. 410/2010, é realizado semestralmente, com o As referentes a operações de retrocessão são constituídas com objetivo de averiguar a adequação do montante registrado base em informações recebidas do IRB Brasil Resseguros S.A. contabilmente a título de provisões técnicas, considerando as Adicionada a esta provisão, é constituída a reserva de riscos premissas mínimas determinadas pela Superintendência de vigentes e não emitidos (RVNE) para cobertura dos riscos Seguros Privados – SUSEP e pelos atuários internos do Safra. que ainda não foram emitidos na data base de cálculo; A cada data da demonstração consolidada da posição • Provisão de sinistros a liquidar: constituída com base financeira, o teste de adequação do passivo é efetuado para em estimativa de pagamento de indenizações, conforme verificar a adequação dos passivos de seguro líquidos dos custos avisos de sinistros recebidos até a data-base, e atualizada de aquisição relacionados. Para efetuar esse teste, o Safra utiliza monetariamente de acordo com normas da SUSEP; as melhores estimativas dos fluxos de caixa futuros, sinistros • Provisões matemáticas de benefícios a conceder e e despesas administrativas. Qualquer deficiência é contabilizada, concedidos: representam o valor das obrigações assumidas inicialmente, utilizando os custos de aquisição diferidos com os participantes de planos PGBL e VGBL, e são relacionados e, posteriormente, uma provisão no passivo. constituídas conforme nota técnica atuarial aprovada pela SUSEP; • Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR): calculada atuarialmente e constituída para a cobertura Contratos de seguro de longo prazo são mensurados com base em premissas do início do contrato. Quando o teste de adequação requer a adoção de novas premissas, essas são usadas prospectivamente. dos sinistros que ocorreram mas não foram avisados pelos segurados; • Provisão para insuficiência de contribuição (PIC): anualmente apurada através de cálculo atuarial, é constituída para cobrir eventual insuficiência de provisões matemáticas de benefícios a conceder e concedidos; III – Apuração de resultado de seguros e resseguros Os prêmios de seguros deduzidos dos prêmios cedidos em cosseguro e os respectivos custos de comercialização são registrados por ocasião da emissão das respectivas apólices ou faturas, e reconhecidos no resultado no decorrer do prazo Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 83 de vigência das apólices, por meio da constituição da provisão Também se caracteriza como passivo contingente as possíveis de prêmios não ganhos e do diferimento dos custos de aquisição. obrigações resultantes de eventos passados e cuja existência seja confirmada apenas pela ocorrência de um ou mais eventos As receitas de contribuições previdenciárias são reconhecidas futuros incertos não totalmente sobre controle da entidade. por ocasião de seu recebimento. Essas obrigações possíveis também devem ser divulgadas. Prêmios de resseguros cedidos são diferidos e reconhecidos As obrigações são avaliadas pela Administração, com base no resultado no decorrer do prazo de cobertura. nas melhores estimativas e levando em consideração o parecer As receitas e despesas decorrentes de operações de seguros dos assessores jurídicos, que reconhece uma provisão quando do ramo DPVAT são contabilizadas com base nas informações a probabilidade de perda é considerada provável; e divulga recebidas da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro sem reconhecer provisão quando a probabilidade de perda DPVAT S.A. é considerada possível. As obrigações cuja probabilidade de perda é considerada remota não requerem provisão ou m)Provisões, ativos e passivos contingentes e obrigações legais, divulgação. fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos (iii) Obrigações legais (fiscais e previdenciárias) – referem-se a demandas judiciais onde estão sendo contestadas a legalidade e passivos contingentes e das obrigações legais são efetuados e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições. de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico O montante discutido é quantificado, provisionado e atualizado CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, mensalmente. aprovados pela Resolução CMN nº. 3.823/2009 e Carta Circular BACEN nº. 3.429/2010, da seguinte forma: Os depósitos judiciais não vinculados às provisões para contingências e às obrigações legais são atualizados (i) Ativos Contingentes: são possíveis ativos que resultam mensalmente. de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos n) Tributos futuros incertos e não totalmente sob controle da entidade. O ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações contábeis, e sim divulgado caso a realização do ganho seja provável. Porém, quando existem evidências de que a realização do ganho é praticamente certa, o ativo deixa de ser contingente e passa a ser reconhecido. (ii) Passivos Contingentes: uma obrigação presente (legal ou não formalizada) resultante de evento passado, na qual seja provável Calculados às alíquotas abaixo demonstradas, consideram, para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente pertinente a cada encargo. Imposto de Renda 15,00% Adicional de Imposto de Renda 10,00% Contribuição Social (1) 15,00% PIS (2) 0,65% (2) uma saída de recursos para sua liquidação e que seja mensurada COFINS com confiabilidade, deve ser reconhecida pela entidade ISS como uma provisão. Caso a saída de recursos para liquidar (1) As controladas não financeiras permanecem sujeitas à alíquota de a obrigação presente não seja provável ou não possa 9% da referida contribuição. ser confiavelmente mensurada, ela não se caracteriza como uma provisão, mas sim como um passivo contingente, não devendo ser reconhecida mas divulgada, a menos que a saída de recursos para liquidar a obrigação seja remota. 4,00% até 5,00% (2) As controladas não financeiras que se enquadram no regime de apuração não cumulativa ficam sujeitas às alíquotas do PIS e da COFINS, respectivamente, de 1,65% e 7,6%. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 84 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) A Lei nº. 11.941/2009, criou o chamado Regime Tributário ativos e passivos, financeiros ou não, receitas e despesas e outras de Transição – RTT, buscando, senão, neutralizar os impactos transações, tais como: da adoção dos novos critérios contábeis, tais como instituídos pela Lei nº. 11.638/2007 e pela própria Lei nº. 11.941/2009. (i) o valor de mercado de determinados ativos e passivos financeiros e instrumentos financeiros derivativos; Assim, o RTT, que aplicado a todas as pessoas jurídicas a partir do ano de 2010, estabeleceu, em suma, "que devem ser considerados, para fins fiscais, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007". (ii) as taxas de depreciação dos itens do ativo imobilizado; (iii) amortizações de ativos intangíveis; (iv) provisões necessárias para absorver eventuais riscos decorrentes dos passivos contingentes; o) Resultados de exercícios futuros Referem-se às rendas recebidas antes do cumprimento do prazo da obrigação que lhes deu origem, e cuja apropriação, como renda efetiva, depende apenas da fluência do prazo. (v) créditos tributários; (vi) créditos de liquidação duvidosa e (vii) provisões técnicas de seguros e previdência complementar. Os valores de eventual liquidação destes ativos e passivos, p) Uso de estimativas contábeis financeiros ou não, podem vir a ser diferentes dos valores A preparação das demonstrações contábeis exige que apresentados com base nessas estimativas. a Administração efetue certas estimativas e adote premissas, no melhor de seu julgamento, que afetam os montantes de certos 4. CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA BANCO Disponibilidades (1) CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 246.604 141.362 380.224 143.045 - - 595.294 4.128.806 7.405.924 4.634.665 7.405.924 4.634.665 Aplicações em depósitos interfinanceiros 291.404 1.138.514 291.404 1.140.180 Aplicações em moedas estrangeiras 726.732 413.294 738.737 506.731 8.670.664 6.327.835 9.411.583 10.553.427 Cotas de fundos de investimentos exclusivos Aplicações no mercado aberto - posição bancada Total (1) Recursos aplicados em operações compromissadas. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 85 5. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ BANCO 31.12.2011 Valor por prazos de vencimento Aplicações no mercado aberto Posição bancada – Tesouro Nacional Posição financiada – Tesouro Nacional Posição vendida – Tesouro Nacional Aplicações em depósitos interfinanceiros (1) Aplicações em moedas estrangeiras 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total 18.111.372 - - 18.111.372 15.529.946 7.405.924 - - 7.405.924 4.780.902 10.705.448 - - 10.705.448 10.547.875 - - - - 1.243.441 2.684.660 2.234.501 726.732 413.294 18.177.741 573.469 726.732 867.750 - - Total em 31.12.2011 19.411.573 867.750 1.243.441 21.522.764 Total em 31.12.2010 16.734.348 780.206 663.187 18.177.741 Total 201.169 CONSOLIDADO 31.12.2011 Valor por prazos de vencimento Aplicações no mercado aberto Posição bancada – Tesouro Nacional Posição financiada – Tesouro Nacional Posição vendida – Tesouro Nacional Aplicações em depósitos interfinanceiros Aplicações em moedas estrangeiras (1) 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total 18.111.372 - - 18.111.372 15.529.946 7.405.924 - - 7.405.924 4.780.902 10.705.448 - - 10.705.448 10.547.875 - - - - 1.243.441 2.684.660 1.533.616 738.737 506.731 17.570.293 573.469 738.737 867.750 - - Total em 31.12.2011 19.423.578 867.750 1.243.441 21.534.769 Total em 31.12.2010 16.418.890 772.589 378.814 17.570.293 Total 201.169 (1) Deste montante, R$ 570.000 (R$ 290.000 em 31.12.2010) no Banco e no Consolidado, referem-se a operações contratadas com instituições financeiras não ligadas, objeto de vinculação ao recolhimento compulsório sobre recursos a prazo. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 86 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) 6. CARTEIRA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Por classificação contábil: BANCO 31.12.2011 Custo Contábil Títulos para negociação Tesouro Nacional Letras do Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional Letras Financeiras do Tesouro Títulos Exterior Certificado de depósito bancário Ações 2.644.745 2.274.926 405.989 1.844.888 24.049 369.819 303.697 66.122 Títulos disponíveis para venda 19.371.522 Tesouro Nacional 550.867 Letras do Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional 550.867 Títulos Privados 18.348.908 18.119.303 Debêntures (1) Certificado de recebíveis imobiliários 155.355 Ações 74.250 Títulos Exterior 471.747 Certificado de depósito bancário 435.858 Eurobonds 35.889 Títulos mantidos até o vencimento Títulos Privados – Notas Promissórias Títulos Exterior Certificado de depósito bancário Instrumentos financeiros derivativos – Ativo (Nota 7) Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 89.624 15.248 74.376 74.376 Ajuste a Mercado 6.505 6.505 1.873 4.636 (4) 16.545 11.318 11.318 5.227 4.702 525 - 412.403 149.431 22.518.294 172.481 21.976.656 83.100 Valor de Mercado Sem Vencimento 31.12.2010 Até 90 dias 2.651.250 2.281.431 407.862 1.849.524 24.045 369.819 303.697 66.122 66.122 66.122 66.122 43.041 43.041 38.654 4.387 - 19.388.067 562.185 562.185 18.354.135 18.119.303 160.057 74.775 471.747 435.858 35.889 74.775 74.775 74.775 - 436.193 436.193 435.858 335 - - 140.897 93.500 30.630 509.864 1.065.435 89.624 15.248 74.376 74.376 561.834 22.690.775 22.059.756 De 91 a 365 dias Acima de 365 dias 2.542.087 2.238.390 407.862 1.810.870 19.658 303.697 303.697 - - 9.336 18.867.763 9.336 552.849 9.336 552.849 18.279.360 18.119.303 160.057 35.554 35.554 89.624 15.248 74.376 74.376 Valor de Mercado 3.943.892 3.943.892 1.841.399 2.098.562 3.931 17.795.085 3.519 818 2.701 17.791.551 17.521.710 176.341 93.500 15 15 - - 50.243 480.961 2.691.290 19.348.724 3.015.444 17.885.377 24.911 15.217 9.694 9.694 295.868 22.059.756 (1) Debêntures emitidas pela empresa Safra Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil (controlada) no valor de R$ 17.969.675 (R$ 16.689.679 em 31.12.2010). Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 87 CONSOLIDADO 31.12.2011 Custo Contábil Títulos para negociação Tesouro Nacional Letras do Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional Letras Financeiras do Tesouro Vinculados a Reserva Técnica – Nota 11 (b) Tesouro Nacional Cotas de fundos de investimentos PGBL e VGBL Cotas de fundos de investimentos DPVAT Cotas de fundos de investimentos – Nota 6(c) Títulos Exterior - Ações Instrumentos financeiros derivativos – Ativo (Nota 7) Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 Valor de Mercado Sem Vencimento 31.12.2010 Até 90 dias Acima de 365 dias Valor de Mercado 2.318.774 2.238.390 407.862 1.810.870 19.658 - 12.272.416 3.943.892 22.039 1.819.378 2.102.475 80.384 80.384 - 1.941.237 60.037 7.383 6.504 1.872 4.636 (4) 5.449.439 2.281.431 407.862 1.849.524 24.045 3.087.624 - 2.505.713 79.505 879 879 2.506.592 80.384 2.426.208 - - 2.367.270 - 2.367.270 2.367.270 - - - 1.823.409 58.938 - 58.938 58.938 - - - 57.791 595.294 66.122 - 595.294 66.122 595.294 66.122 - - - 6.386.583 704 2.696.777 595.232 33.047 562.185 1.627.921 1.027.564 160.957 74.775 364.625 473.624 35.889 437.735 74.775 74.775 74.775 - 489.182 51.112 51.112 438.070 335 437.735 49.641 42.383 33.047 9.336 7.258 6.431 827 - 2.083.179 552.849 552.849 1.494.776 1.021.133 160.957 312.686 35.554 35.554 - 2.287.528 31.926 29.225 2.701 1.839.652 832.051 176.341 93.500 737.760 415.950 5.389 410.561 16.787 16.787 16.787 - 340.061 265.684 265.684 - 40.495 79 30.722 15.505 15.217 74.377 - 9.694 16.915 11.688 370 11.318 5.227 4.702 525 - 43.041 43.041 38.654 4.387 De 91 a 365 dias 5.442.056 2.274.927 405.990 1.844.888 24.049 Títulos disponíveis para venda 2.679.862 Tesouro Nacional 583.544 Letras do Tesouro Nacional 32.677 Notas do Tesouro Nacional 550.867 Títulos Privados 1.622.694 Debêntures 1.027.564 Certificado de recebíveis imobiliários 156.255 Ações 74.250 Certificado de depósito bancário 364.625 Títulos Exterior 473.624 Títulos de governo outros países Eurobonds 35.889 Certificado de depósito bancário 437.735 Títulos mantidos até o vencimento Tesouro Nacional Títulos Privados Debêntures Notas Promissórias Títulos Exterior – Certificado de depósito bancário Ajuste a Mercado 356.848 282.471 16.787 265.684 - 356.848 282.471 16.787 265.684 - 74.377 - 74.377 - - 3.162.399 8.361.988 24.944 573.954 1.624.550 378.579 8.857.345 14.787.933 21.486 45.784 80.613 400.065 8.903.129 14.868.546 18.053 2.726.529 3.255.233 357.068 2.440.247 1.626.775 268.107 14.868.546 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 88 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) b) Por característica: BANCO 31.12.2011 31.12.2010 Sem Vencimento Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total Total Carteira própria Tesouro Nacional Letras do Tesouro Nacional Letras Financeiras do Tesouro Notas do Tesouro Nacional Títulos Privados Debêntures (1) Ações Notas Promissórias Certificado de recebíveis imobiliários Títulos Exterior Certificado de depósito bancário Ações Eurobonds 140.897 74.775 74.775 66.122 66.122 - 474.867 38.674 20 38.654 436.193 435.858 335 1.882.674 1.489.353 294.618 19.246 1.175.489 15.248 15.248 378.073 378.073 - 2.132.921 452.401 452.401 1.644.966 1.484.909 160.057 35.554 35.554 4.631.359 1.980.428 294.618 19.266 1.666.544 1.734.989 1.484.909 74.775 15.248 160.057 915.942 813.931 66.122 35.889 3.915.536 2.207.963 199.643 9 2.008.311 1.697.864 1.412.807 93.500 15.217 176.340 9.709 9.709 - Vinculados a compromissos de recompra Tesouro Nacional Letras do Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional Títulos Privados - Debêntures (1) Vinculados ao Banco Central – Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional Letras do Tesouro Nacional - - - 16.634.394 16.634.394 16.634.394 16.634.394 17.133.848 1.024.945 1.012.970 11.975 16.108.903 - - 188.582 188.580 2 - 188.582 188.580 2 136.235 136.235 Vinculados a prestação de garantias – Tesouro Nacional (2) Letras do Tesouro Nacional Letras Financeiras do Tesouro Notas do Tesouro Nacional - Instrumentos financeiros derivativos – Ativo (Nota 7) Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 140.897 93.500 4.367 4.367 - 569.791 113.242 412 456.137 100.448 100.448 674.606 113.242 4.779 556.585 578.269 493.371 3.922 80.976 30.630 509.864 1.065.435 50.243 2.691.290 3.015.444 480.961 19.348.724 17.885.377 561.834 22.690.775 22.059.756 295.868 22.059.756 (1) Debêntures emitidas pela empresa Safra Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil (controlada) no valor de R$ 17.969.675 (R$ 16.689.679 em 31.12.2010). Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 89 CONSOLIDADO 31.12.2011 Sem Vencimento Carteira própria Tesouro Nacional Letras do Tesouro Nacional Letras Financeiras do Tesouro Notas do Tesouro Nacional Títulos Privados Debêntures Ações Notas Promissórias Cotas de fundo de investimento – Nota 6(c) Certificado de depósito bancário Certificado de recebíveis imobiliários Títulos Exterior Títulos de governo outros países Certificado de depósito bancário Ações Eurobonds De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total Total 736.191 670.069 74.775 - 544.643 38.674 20 38.654 67.899 16.787 - 1.837.113 1.489.794 295.059 19.246 1.175.489 272.942 6.431 265.684 1.982.731 452.401 452.401 1.494.776 1.021.133 - 5.100.678 1.980.869 295.059 19.266 1.666.544 2.505.686 1.044.351 74.775 265.684 10.893.617 2.210.313 201.992 9 2.008.312 8.257.659 847.556 94.204 15.217 595.294 66.122 66.122 - 51.112 438.070 437.735 335 - 312.686 160.957 35.554 35.554 595.294 364.625 160.957 614.123 512.112 66.122 35.889 6.386.582 737.759 176.341 425.645 5.019 420.626 - Vinculados a compromissos de recompra – Tesouro Nacional Letras do Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional - - Vinculados ao Banco Central – Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional Letras do Tesouro Nacional - - Vinculados a prestação de garantias – Tesouro Nacional (2) Letras do Tesouro Nacional Letras Financeiras do Tesouro Notas do Tesouro Nacional - Recursos garantidores de reservas técnicas de seguros e previdência – (Nota 11 (b)) Tesouro Nacional Cotas de fundo de investimento – DPVAT Cotas de fundo de investimento – PBGL e VGBL Instrumentos financeiros derivativos – Ativo (Nota 7) Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 31.12.2010 Até 90 dias 4.367 4.367 - 827 74.377 74.377 188.582 188.580 2 602.397 145.849 411 456.137 80.384 80.384 - - 1.024.944 1.012.970 11.974 188.582 188.580 2 136.235 136.235 707.212 145.849 4.778 556.585 604.406 519.508 3.922 80.976 - 2.506.592 80.384 1.941.237 60.037 100.448 100.448 2.426.208 - - 58.938 - - - 58.938 57.791 2.367.270 - - - 2.367.270 1.823.409 3.162.399 8.361.988 24.944 573.954 1.624.550 18.053 2.726.529 3.255.233 400.065 8.903.129 14.868.546 268.107 14.868.546 357.068 2.440.247 1.626.775 (2)Refere-se a garantia de operações realizadas em bolsa no valor de R$ 533.365 (R$ 476.407 em 31.12.2010) no Banco e R$ 565.786 (R$ 502.465 em 31.12.2010) no Consolidado, realizadas em câmara de liquidação e custódia no valor de R$ 92.299 (R$ 73.226 em 31.12.2010) no Banco e no Consolidado e recursos cíveis e trabalhistas (Nota 12(c-I)) no valor de R$ 48.942 (R$ 28.636 em 31.12.2010) no Banco e R$ 49.127 (R$ 28.715 em 31.12.2010) no Consolidado. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 90 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) c) Fundos de investimentos exclusivos das empresas do Grupo Safra: CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 - 1.033.056 1.005.778 26.865 413 Operações Compromissadas Letras do Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional Letras Financeiras do Tesouro 595.294 595.294 4.128.806 1.004.161 297.759 2.826.886 Operações estruturadas de renda fixa (a) TOTAL 595.294 1.224.720 6.386.582 Títulos para negociação Certificados de Depósito Bancário – CDB Debêntures Letras do Tesouro Nacional – LTN (a) Operações estruturadas com o objetivo de alcançar rentabilidade semelhante à do CDI contratadas junto ao Banco Safra S.A. 7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS A utilização de instrumentos financeiros derivativos no Conglomerado, tem por objetivo principal proporcionar aos seus clientes, produtos que possibilitem a proteção de seus ativos contra eventuais riscos provenientes de oscilações de moedas e de taxas de juros. Além disso, estes instrumentos • Define-se como risco de liquidez a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis decorrentes de operações com instrumentos financeiros derivativos que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. são utilizados na administração diária dos riscos assumidos As posições do Banco Safra e controladas são monitoradas em operações, incluindo-se também os "hedges" das carteiras por área de controle independente, que utiliza sistema específico de títulos e de operações prefixadas definidos pela Administração. para administração de risco, com cálculo do VaR (Value at Risk) Os principais riscos relacionados aos instrumentos financeiros com intervalo de confiança de 99%, testes de estresse, back testing derivativos são: risco de crédito, risco de mercado e risco e demais recursos técnicos. O Grupo possui um Comitê de Risco de liquidez, abaixo definidos: de Mercado, composto por executivos do alto escalão, que se reúne • Risco de crédito é o risco decorrente da possibilidade de perda devido ao não recebimento de valores contratados com contrapartes. semanalmente, com foco principal na discussão de conjuntura econômica, e um Comitê de Riscos e Tesouraria, com participação de membros do Comitê Executivo, que se reúne mensalmente para discutir de forma detalhada aspectos da gestão de risco de mercado, • Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação nas taxas de juros, taxas de câmbio, cotações de mercadorias, preços cotados em mercados de ações e outros valores, e em função do tipo de produto, do volume de operações, prazo e condições do contrato e da volatilidade subjacente. bem como revisar limites de risco, estratégias e resultados. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 91 a) Contas patrimoniais BANCO 31.12.2011 Custo Contábil Ajuste a Mercado Valor de Mercado 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Valor de Mercado Instrumentos financeiros derivativos – Ativo Non Deliverable Forward - NDF 61.788 61.788 4.712 7.062 403 4.766 3.963 803 - 21.839 1.164 403 1.567 764 803 - 21.789 3.199 - 3.199 3.199 - 50 Prêmios de opções 4.363 Índice Bovespa Moeda estrangeira Termo - Ações 1.400 Swap - valores a receber Taxa de juros Moeda estrangeira Derivativos de crédito - CDS (108) - - 449 1.292 1.292 149.136 477.908 20.663 42.378 414.867 264.108 51.746 132.381 184.127 15.166 37.318 131.643 211.556 277.026 16.755 293.781 5.497 5.060 283.224 52.552 - 16.080 - - 16.080 1.242 - - - - 50.014 328.772 16.080 Futuro - - - - Total do Ativo em 31.12.2011 412.403 149.431 561.834 30.630 50.243 480.961 Total do Ativo em 31.12.2010 211.737 84.131 295.868 46.228 51.944 197.696 8.093 137 295.868 Instrumentos financeiros derivativos - Passivo Non Deliverable Forward – NDF Prêmios de opções (1) Índice Bovespa Moeda estrangeira Swap - valores a pagar (1) (1.065) (2.766.248) 18.979 (196) 340 (2.766.052) 18.639 (1.065) (946) (119) (2.747.269) (884.428) (1.810.418) 144 158 (14) (2.747.413) (884.586) (1.810.404) - (19.916) (52.423) (4.136.970) - (11.184) (52.423) (4.125.786) (583.680) (39.632) (623.312) (246.808) (164.283) (212.221) (301.642) Taxa de juros (130.417) (21.366) (151.783) (43.047) (75.133) (33.603) (185.580) Moeda estrangeira (453.263) (18.266) (471.529) (203.761) (89.150) (178.618) (116.062) (7.618) (412) Derivativos de crédito - CDS Futuro (7.618) - - (2.240) Total do Passivo em 31.12.2011 (3.358.611) (22.893) Total do Passivo em 31.12.2010 (4.096.641) (363.958) (7.618) (2.240) (2.240) - (3.381.504) (1.134.422) (1.974.820) (4.460.599) (1.382.151) (784.460) - (1.659) (272.262) (4.460.599) (2.293.988) (1) Inclui prêmios de operações estruturadas de renda fixa no montante de R$ 3.156.897 (R$ 4.070.016 em 31.12.2010) no Banco e de R$ 2.901.330 (R$ 3.877.095 em 31.12.2010) no Consolidado – Nota 10. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 92 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) CONSOLIDADO 31.12.2011 Custo Contábil Ajuste a Mercado Valor de Mercado 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Valor de Mercado Instrumentos financeiros derivativos – Ativo Non Deliverable Forward - NDF 61.788 61.788 4.712 7.062 403 3.883 3.080 803 - 21.799 1.164 403 1.567 764 803 - 21.789 2.316 - 2.316 2.316 - 10 Prêmios de opções 3.480 Índice Bovespa Moeda estrangeira Termo - Ações 1.400 Swap - valores a receber 311.911 Taxa de juros Moeda estrangeira Derivativos de crédito - CDS (108) 21.191 - 1.292 1.292 333.102 15.860 10.188 - 50.014 - 449 8.093 307.054 236.387 18.805 4.436 23.241 10.363 5.128 7.750 183.835 277.026 16.755 293.781 5.497 5.060 283.224 52.552 - 16.080 16.080 1.242 16.080 Futuro - - - - - - - - - Total do Ativo em 31.12.2011 378.579 21.486 400.065 24.944 18.053 357.068 Total do Ativo em 31.12.2010 181.088 87.019 268.107 44.251 43.963 179.893 137 268.107 Instrumentos financeiros derivativos - Passivo Non Deliverable Forward – NDF Prêmios de opções (1) Índice Bovespa Moeda estrangeira Swap - valores a pagar (1) (1.065) (2.511.338) 18.171 (196) 340 (2.511.142) 17.831 (1.065) (946) (119) (2.493.167) (630.326) (1.810.418) 144 158 (14) (2.493.311) (630.484) (1.810.404) - (19.916) (52.423) (3.942.937) - (11.184) (52.423) (3.931.753) (719.673) (47.629) (767.302) (246.630) (141.166) (379.506) (380.625) Taxa de juros (121.999) (29.363) (151.362) (42.869) (75.069) (33.424) (179.827) Moeda estrangeira (597.674) (18.266) (615.940) (203.761) (66.097) (346.082) (200.798) (7.618) (412) Derivativos de crédito - CDS Futuro (7.618) - (7.618) - - - (2.240) (2.240) (2.240) Total do Passivo em 31.12.2011 (3.239.694) (31.698) (3.271.392) (880.142) (1.951.703) - Total do Passivo em 31.12.2010 (4.122.011) (223.538) (4.345.549) (786.087) (1.357.604) - (1.659) (439.547) (4.345.549) (2.201.858) (1) Inclui prêmios de operações estruturadas de renda fixa no montante de R$ 3.156.897 (R$ 4.070.016 em 31.12.2010) no Banco e de R$ 2.901.330 (R$ 3.877.095 em 31.12.2010) no Consolidado – Nota 10. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 93 b) Composição da carteira de instrumentos financeiros derivativos por Valor Referencial: BANCO 31.12.2011 Locais de Negociação Até 90 dias Non Deliverable Forward - NDF 1.026.236 359.526 114.826 460.031 1.017.845 349.647 8.391 9.879 26.136.289 61.966.558 386.487 5.445.703 CETIP 442.988 8.391 Moeda estrangeira CETIP Índice Bovespa Moeda estrangeira Termo - Ações - 16.817.919 380.883 5.604 - 5.604 - 11.327 5.112.463 - - 375.160 333.240 25.749.802 56.520.855 11.828 4.996.960 25.737.974 51.523.895 1.413 8.651 375.160 Vendido - 8.665.230 5.723 BM&FBOVESPA 8.284.347 16.812.315 11.593 235 BM&FBOVESPA 8.272.754 16.812.080 BM&FBOVESPA 1.413 CETIP Swap Total Referencial 460.031 CETIP Índice Bovespa Total Referencial 114.826 Comprada Comprado Acima de 365 dias 451.379 Vendida Prêmios de opções 31.12.2010 De 91 a 365 dias 653.140 653.140 653.140 - - 3.952.069 6.168.751 6.159.817 16.280.637 11.969.510 65.000 170.000 243.500 478.500 595.581 Taxa de juros BM&FBOVESPA Taxa de juros CETIP 2.801.944 4.187.928 5.119.803 12.109.675 9.452.019 Moeda estrangeira CETIP 1.085.125 1.810.823 796.514 3.692.462 1.921.910 9.595.833 4.950.934 10.884.521 25.431.288 19.525.001 473.840 342.603 1.950.255 2.766.698 2.034.256 342.603 1.950.255 2.693.684 1.870.030 73.014 164.226 Mercado Futuro Posições compradas Taxa de juros BM&FBOVESPA 400.826 Moeda estrangeira BM&FBOVESPA 73.014 9.121.993 4.608.331 8.934.266 22.664.590 17.490.745 BM&FBOVESPA 9.004.985 4.608.331 8.934.266 22.547.582 1.730.969 66.736 - - 66.736 15.759.776 50.272 - - 50.272 - - - Posições vendidas Taxa de juros Moeda estrangeira BM&FBOVESPA / CME (1) Outros BM&FBOVESPA Swap Cambial BM&FBOVESPA - Termo SCC BM&FBOVESPA - (1) Chicago Mercantile Exchange – CME. 445.012 - - - 124.965 445.012 - CETIP 4.355.764 6.119.416 6.376.348 16.851.528 82.580.282 BM&FBOVESPA 18.310.052 22.378.026 11.781.161 52.469.239 11.021.379 CME (1) Total - 108 22.665.924 - - 28.497.442 18.157.509 108 352.550 69.320.875 93.954.211 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 94 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) CONSOLIDADO 31.12.2011 Locais de Negociação Até 90 dias Non Deliverable Forward - NDF 1.026.236 359.526 114.826 460.031 1.017.845 349.647 8.391 9.879 23.731.793 57.441.894 386.487 5.778.943 CETIP 442.988 8.391 Moeda estrangeira CETIP Índice Bovespa Moeda estrangeira Termo – Ações - 16.817.919 380.883 5.604 - 5.604 - 11.327 5.112.463 - - 375.160 666.480 23.345.306 51.662.951 11.828 4.996.960 23.333.478 46.665.991 1.413 8.651 375.160 Vendido - 6.260.734 5.723 BM&FBOVESPA 5.879.851 16.812.315 11.593 235 BM&FBOVESPA 5.868.258 16.812.080 BM&FBOVESPA 1.413 CETIP Swap Total Referencial 460.031 CETIP Índice Bovespa Total Referencial 114.826 Comprada Comprado Acima de 365 dias 451.379 Vendida Prêmios de opções 31.12.2010 De 91 a 365 dias 653.140 653.140 653.140 - - 2.948.909 3.816.328 2.279.321 9.044.558 6.993.737 65.000 170.000 243.500 478.500 595.581 Taxa de juros BM&FBOVESPA Taxa de juros CETIP 1.522.033 1.835.505 1.239.307 4.596.845 4.230.419 Moeda estrangeira CETIP 1.361.876 1.810.823 796.514 3.969.213 2.167.737 9.595.833 4.950.934 10.884.521 24.431.288 19.525.001 473.840 342.603 1.950.255 2.766.698 2.034.256 342.603 1.950.255 2.693.684 1.870.030 73.014 164.226 Mercado Futuro Posições compradas Taxa de juros BM&FBOVESPA 400.826 Moeda estrangeira BM&FBOVESPA 73.014 9.121.993 4.608.331 8.934.266 22.664.590 17.490.745 BM&FBOVESPA 9.004.985 4.608.331 8.934.266 22.547.582 1.730.969 Posições vendidas Taxa de juros Moeda estrangeira Outros BM&FBOVESPA / CME BM&FBOVESPA (1) 66.736 - - 66.736 15.759.776 - - 50.272 - - - BM&FBOVESPA - Termo SCC BM&FBOVESPA - 445.012 - - 124.965 445.012 - CETIP 3.352.604 3.766.993 2.495.852 9.615.449 6.398.156 BM&FBOVESPA 15.905.556 22.378.026 11.781.161 50.064.743 77.703.068 CME (1) (1) Chicago Mercantile Exchange – CME. - 50.272 Swap Cambial Total - 108 19.258.268 - - 26.145.019 14.277.013 108 352.550 59.680.300 84.453.774 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 95 c) Derivativos de Crédito emissão de títulos e valores mobiliários, oportunidades de O Banco Safra faz utilização de instrumentos financeiros derivativos de crédito com o objetivo de oferecer aos seus clientes, por meio de diversificação de seus portfólios de investimento. O Banco Safra detinha as seguintes posições em derivativos de crédito, demonstradas pelo seu valor referência: BANCO E CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 Riscos Transferidos Swap de crédito cujos ativos subjacentes são: Títulos e Valores Mobiliários (232.205) (232.205) (21.394) (21.394) Riscos Recebidos (1) Swap de crédito cujos ativos subjacentes são: Títulos e Valores Mobiliários 232.205 232.205 14.479 14.479 - (6.915) - (1) Total líquido de exposição transferido Total líquido de exposição recebido (1) Os riscos transferidos e recebidos referem-se aos mesmos emissores. Durante o período não houve ocorrência de evento de crédito em 31.12.2010) foram designados como instrumentos derivativos relativo aos fatos geradores previstos nos contratos. de hedge contratos futuros DI negociados na BM&FBOVESPA, Não houve efeito relevante no cálculo do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) em 31.12.2011, de acordo com a Resolução CMN nº. 3.490/2007. As exposições em risco de crédito do Banco Safra são mitigadas, conforme previsto na Circular BACEN sendo que o resultado (ganho) não realizado acumulado pela marcação a mercado do ativo objeto de hedge foi de R$ 158.475 (R$ 8.139 em 31.12.2010) (Notas 13(c)) e se encontra registrado integralmente no resultado. nº. 3.360/2007, por instrumentos de garantia contratados Para proteger o valor de mercado da captação pré-fixada efetuada junto aos clientes. em 27.01.2011 pela Agência Grand Cayman, através da emissão de US$ 500.000 de Dívida Subordinada (Nota 10(e)) foi efetuado d) Hedge de ativos e passivos financeiros um Swap Pré x Libor 6 meses com terceiros, designando-o como O objetivo dos relacionamentos de hedge contábil designados instrumento derivativo de hedge em um hedge de valor de mercado pelo Safra é proteger o valor justo de ativos e passivos, decorrentes de taxa de juros. O valor de mercado do passivo objeto de hedge do risco de oscilação da taxa de juros referencial de mercado (CDI em 31.12.2011 era de R$ 1.075.220, sendo que o swap ou Libor) ou variação cambial, conforme o caso. tem exatamente o mesmo referencial, moeda, taxa de juros e Neste contexto, o Banco Safra designou ativos e passivos financeiros com taxas pré-fixadas, representados substancialmente por operações de crédito e captações, como itens objeto de hedge em um relacionamento de hedge contábil de portfólio. Para proteger o valor de mercado dos itens que compõe referido portfólio, no montante de R$ 16.157.030 (R$ 10.471.586 vencimento da dívida original. O resultado (perda) não realizado acumulado pela marcação a mercado do passivo objeto de hedge foi de R$ (113.283) e se encontra registrado integralmente no resultado. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 96 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) Para proteger o valor de mercado da captação pré-fixada efetuada Para proteger o valor de mercado da captação pré-fixada em 08.08.2011 pelo Banco Safra, através da emissão de R$ 800.000 pela Agência Grand Cayman, através da emissão de R$ 300.000 (Nota 10(c)) foram designados contratos futuros DI negociados (Nota 10(c)) foram designados contratos futuros DI negociados na BM&FBOVESPA como instrumentos derivativos de hedge, na BM&FBOVESPA como instrumentos derivativos de hedge, cujo valor referencial em 31.12.2011 era de R$ 895.049. cujo valor referencial em 31.12.2011 era de R$ 307.825. O valor de mercado do passivo objeto de hedge em 31.12.2011 O valor de mercado do passivo objeto de hedge em 31.12.2011 era de R$ 863.380. O resultado (perda) não realizado acumulado era de R$ 307.399. O resultado (perda) não realizado acumulado pela marcação a mercado do passivo objeto de hedge foi de pela marcação a mercado do passivo objeto de hedge foi R$ (35.562) e se encontra registrado integralmente no resultado. de R$ (2.801) (R$ 8.793 em 31.12.2010) e se encontra registrado Para proteger o valor de mercado da captação pré-fixada integralmente no resultado. efetuada em 16.05.2011 pelo Banco Safra, através da emissão A efetividade apurada para os hedges contábeis designados de US$ 300.000 (Nota 10(c)) foram designados contratos futuros pelo Safra estão em conformidade com o estabelecido na Circular DDI negociados na BM&FBOVESPA como instrumentos BACEN nº. 3.082/2002. derivativos de hedge, cujo valor referencial em 31.12.2011 era de R$ 573.948. O valor de mercado do passivo objeto de hedge em 31.12.2011 era de R$ 559.838. O resultado (ganho) não realizado acumulado pela marcação a mercado do passivo objeto de hedge foi de R$ 949 e se encontra registrado integralmente no resultado. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 97 8. CARTEIRA DE CRÉDITO a) Distribuição da carteira de crédito por nível de risco e provisão: BANCO 31.12.2011 31.12.2010 Níveis de risco AA A Empréstimos e títulos descontados 12.064.985 2.374.186 779.276 520.481 279.003 166.656 38.800 7.139.299 160.644 37.667 4.179 174 1.871 45 - 175 Financiamentos B C D E Financiamentos rurais e agroindustriais 697.397 56.232 16.692 2.956 377 Financiamentos imobiliários 157.541 126.297 357 7.431 350 109 F G Total Total 301.552 16.579.488 14.327.548 4.304 7.348.183 4.769.133 106 104 773.864 1.043.066 - 472 292.732 226.422 54.549 H Adiantamentos de contrato de câmbio 1.173.857 44.330 6.496 5.056 1.842 - - 1.231.581 746.220 Repasses BNDES/FINAME 5.448.926 1.208.988 559.259 186.560 88.801 23.029 7.233 2.894 17.869 7.543.559 5.397.168 695.722 419.593 30.230 20.427 14.191 5.823 3.709 3.078 20.073 1.212.846 2.013.286 684.279 31.044 2.272 2.023 2.583 482 286 328 3.136 726.433 792.359 CDC e Arrendamento mercantil Crédito direto consumidor Arrendamento mercantil Outros créditos - - 11.443 388.549 27.958 18.404 11.608 5.341 3.423 2.750 16.937 486.413 1.220.927 3.086.285 1.629.768 71.533 52.100 22.455 717 158 1.234 3.300 4.867.550 2.432.318 30.464.012 6.020.038 1.501.510 799.190 407.193 198.205 50.120 61.861 347.674 39.849.803 30.955.161 - - - - - - - - 8.767.100 5.809.039 30.464.012 6.020.038 1.501.510 799.190 61.861 347.674 48.616.903 36.764.200 Total das operações com características de concessão de crédito Avais e fianças - Total com avais e fianças em 31.12.2011 Provisão em 31.12.2011 (9.404) (59.598) (44.733) 407.193 198.205 (79.839) (121.583) (99.083) 50.120 (35.079) (61.855) (347.674) (858.849) Total das operações com características de concessão de crédito Avais e fianças 24.487.656 3.718.792 1.431.028 609.439 - - - - 24.487.656 3.718.792 1.431.028 609.439 372.185 - 48.648 29.580 38.316 219.517 30.955.161 - - - - 5.809.039 38.316 219.517 36.764.200 Total com avais e fianças em 31.12.2010 Provisão em 31.12.2010 (111.621) (34.991) (40.681) 372.185 48.648 (57.680) (106.122) (23.098) 29.580 (19.662) (36.456) (219.517) (649.828) Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 98 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 Níveis de risco AA A Empréstimos e títulos descontados 12.064.985 2.375.970 779.276 520.481 279.003 166.656 38.800 7.139.299 160.643 37.667 4.180 174 1.871 45 - - 109 175 Financiamentos B C D E Financiamentos rurais e agroindustriais 697.397 56.232 16.692 2.956 377 Financiamentos imobiliários 157.541 126.297 357 7.431 350 F G Total Total 301.552 16.581.272 14.338.784 4.304 7.348.183 4.769.133 106 104 773.864 1.043.066 - 472 292.732 226.422 54.549 H Adiantamentos de contrato de câmbio 1.173.857 44.330 6.495 5.056 1.842 1.231.580 746.220 Repasses BNDES/FINAME 5.889.677 1.294.926 603.627 219.226 102.585 26.332 7.568 3.961 24.680 8.172.582 6.081.292 BNDES/FINAME 5.621.699 1.275.108 595.842 203.021 98.988 24.235 7.529 3.691 19.708 7.849.821 5.478.560 267.978 19.818 7.785 16.205 3.597 2.097 39 270 4.972 322.761 602.732 FINAME - Arrendamento CDC e Arrendamento mercantil Crédito direto consumidor Arrendamento mercantil Outros créditos - - - - 1.966.939 4.846.370 575.947 987.022 195.952 67.849 34.966 24.997 173.954 8.873.996 7.726.189 1.469.981 4.370.919 518.498 927.113 146.924 50.118 24.935 21.307 109.442 7.639.237 4.733.410 496.958 475.451 57.449 59.909 49.028 17.731 10.031 3.690 64.512 1.234.759 2.992.779 3.086.237 1.629.769 71.533 52.100 22.501 717 158 1.235 3.300 4.867.550 2.432.319 2.091.594 1.798.452 602.784 263.534 81.712 84.848 508.366 48.141.759 37.363.425 - - - 8.767.100 5.809.039 56.908.859 43.172.464 Total das operações com características de concessão de crédito Avais e fianças 32.175.932 10.534.537 - - - - - - Total com avais e fianças em 31.12.2011 Provisão em 31.12.2011 32.175.932 10.534.537 (9.404) (104.274) 2.091.594 1.798.452 602.784 263.534 (62.377) (179.665) (180.228) (131.740) 81.712 (57.190) 84.848 508.366 (84.839) (508.366) (1.318.083) Total das operações com características de concessão de crédito Avais e fianças 26.564.897 6.507.697 - - 26.564.897 6.507.697 2.051.165 1.254.261 - - 525.643 - 69.559 - 45.217 - 51.441 293.544 37.363.425 - - 5.809.039 51.441 293.544 43.172.464 Total com avais e fianças em 31.12.2010 Provisão em 31.12.2010 (111.621) (49.014) 2.051.165 1.254.261 (46.882) 525.643 69.559 (77.026) (121.468) (29.371) 45.217 (27.480) (45.644) (293.544) (802.050) O saldo das operações vencidas há mais de 60 dias, não atualizadas (“Non Accrual”), montam em R$ 386.923 (R$ 286.250 em 31.12.2010) no Banco e R$ 669.968 (R$ 427.974 em 31.12.2010) no Consolidado. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 99 b) Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa no período: A provisão para operações de crédito apresentou a seguinte movimentação: Saldo no início do período Constituição de provisão Mínimo obrigatório (Resolução CMN nº. 2.682/1999) Adicional Baixas a prejuízo Saldo no final do período BANCO 31.12.2011 31.12.2010 CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 649.828 511.203 523.363 (12.160) (302.182) 800.335 222.577 184.932 37.645 (371.084) 802.050 919.047 762.147 156.900 (403.014) 951.566 341.383 344.636 (3.253) (490.899) 649.828 800.335 802.050 951.566 Provisão mínima requerida (Resolução CMN nº. 2.682/1999) 585.309 364.128 875.483 516.350 Provisão adicional 273.540 285.700 442.600 285.700 A Administração do Banco, para a constituição da provisão acima, considera não somente os níveis mínimos de provisionamento definidos através da Resolução CMN nº. 2.682/1999, como também realiza uma apurada análise quanto ao risco de realização dos créditos, suportada por metodologia interna de classificação de risco amplamente testada e periodicamente reavaliada e aprovada pela Administração. c) Operações renegociadas e recuperações de crédito O saldo de operações de crédito renegociadas no período era de R$ 279.105 (R$ 154.862 em 2010) no Banco e de R$ 290.371 (R$ 163.888 em 2010) no Consolidado, cuja provisão montava a R$ 162.737 (R$ 109.612 em 2010) no Banco e R$ 172.770 (R$ 115.997 em 2010) no Consolidado. As recuperações de crédito foram de R$ 1.055.629 (R$ 59.848 em 2010) acumulado no período no Banco e R$ 1.069.650 (R$ 75.815 em 2010) no Consolidado, e incluem R$ 958.534 referente homologação judicial com acordo firmado entre o Banco Safra S.A. e a Whirlpool S.A. em 08.07.2011 para encerrar a ação judicial ordinária de cobrança movida pelo Banco Safra desde 2001. Este montante foi dividido em duas parcelas fixas, sendo que a primeira de R$ 468.965 foi recebida em 14.07.2011, e a segunda, no montante de R$ 489.569, foi recebida em 12.01.2012. O montante total do acordo foi reconhecido pelo Banco Safra na data da referida homologação. d) Distribuição das carteiras por prazo de vencimento das operações: BANCO 31.12.2011 31.12.2010 CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 Vencidos: Até 14 dias De 15 a 60 dias De 61 a 90 dias De 91 a 180 dias Acima de 180 dias Subtotal vencidos 407.277 437.321 79.680 154.727 152.516 1.231.521 567.357 301.271 84.093 88.800 113.357 1.154.878 739.187 754.856 146.906 256.554 266.508 2.164.011 834.990 472.750 115.441 142.600 169.933 1.735.714 A vencer: Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Subtotal a vencer Total 14.901.132 11.131.763 12.585.387 38.618.282 39.849.803 12.226.008 9.261.681 8.312.594 29.800.283 30.955.161 15.892.781 13.629.791 16.455.176 45.977.748 48.141.759 13.047.365 11.280.292 11.300.054 35.627.711 37.363.425 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 100 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) e) Distribuição das carteiras por ramo de atividade: Setor Privado Rural Indústria Comércio Intermediário Financeiro Outros Serviços Pessoas Físicas Habitação Total BANCO 31.12.2011 31.12.2010 CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 784.034 12.579.457 11.546.973 777.584 12.426.684 1.442.340 292.731 39.849.803 789.086 13.063.215 11.999.890 781.050 14.801.899 6.413.888 292.731 48.141.759 1.049.353 9.051.132 8.708.580 1.023.279 8.885.242 2.011.153 226.422 30.955.161 1.049.353 9.688.772 9.223.084 1.113.463 11.201.501 4.860.830 226.422 37.363.425 9. CARTEIRA DE CÂMBIO BANCO E CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 Ativo Passivo Ativo Passivo Câmbio vendido e comprado a liquidar Obrigações e direitos por compra e venda de câmbio (-) Importação financiada – câmbio contratado Adiantamentos em moeda nacional recebidos Outros Total Resultado de operações de câmbio 1.481.427 241.919 (8.383) 1.714.963 55.683 242.000 1.341.564 (118) 399 1.583.845 - 735.173 126.469 (90.121) 771.521 43.241 123.917 764.155 (6.037) 59 153 882.247 - 10. CAPTAÇÃO DE RECURSOS E OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES, RECURSOS ADMINISTRADOS Em 31 de dezembro os recursos captados eram demonstrados conforme abaixo: BANCO 31.12.2011 31.12.2010 Depósitos (a) Captações no mercado aberto (b) Recursos de aceites e emissão de títulos (c) Obrigações por empréstimos e repasses (d) Dívida subordinada (e) Operações estruturadas de renda fixa (1) Total de recursos captados Fundos administrados (2) (f ) Total de recursos administrados 27.545.588 27.396.399 10.531.301 12.424.919 2.120.428 3.156.897 83.175.532 3.331.159 86.506.691 (1) Recursos registrados em instrumentos financeiros derivativos (Nota 7(a)). (2) Não inclui fundos de aplicações em cotas de fundos de investimento e fundos exclusivos. 22.198.850 27.922.004 3.309.426 9.624.364 1.027.905 4.070.016 68.152.565 2.871.243 71.023.808 CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 16.500.700 27.304.390 10.178.498 13.055.023 2.120.428 2.901.330 72.060.369 45.085.690 117.146.059 14.567.228 27.904.197 3.131.560 10.315.793 1.027.905 3.877.095 60.823.778 32.776.875 93.600.653 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 101 a) Depósitos BANCO 31.12.2011 Depósitos à vista Depósitos a prazo Depósitos de poupança Depósitos interfinanceiros Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 31.12.2010 Sem Vencimento Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total Total 811.639 1.207.831 2.019.470 2.123.360 2.723.626 10.198.215 12.921.841 11.249.798 7.292.918 4.051.139 11.344.057 7.115.565 1.132.880 127.340 1.260.220 1.710.127 811.639 11.149.424 1.207.831 14.376.694 27.545.588 22.198.850 1.305.624 9.313.281 817.736 10.762.209 22.198.850 CONSOLIDADO 31.12.2011 Depósitos à vista Depósitos a prazo Depósitos de poupança Depósitos interfinanceiro Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 Sem Vencimento Até 90 dias 809.667 1.207.831 2.017.498 2.121.024 2.585.426 1.529.065 4.114.491 3.622.074 31.12.2010 De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total Total 7.292.918 1.815.573 9.108.491 7.106.386 1.132.880 127.340 1.260.220 1.717.744 809.667 11.011.224 1.207.831 3.471.978 16.500.700 14.567.228 1.303.288 9.173.011 817.736 3.273.193 14.567.228 b) Captação no mercado aberto BANCO 31.12.2011 Carteira própria Tesouro Nacional Títulos de emissão própria Carteira de terceiros Tesouro Nacional Carteira livre movimentação Tesouro Nacional Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total Total - - - - 1.025.646 3.319.466 9.434.581 3.937.560 16.691.607 16.145.871 10.704.792 - - 10.704.792 10.549.013 14.024.258 16.670.264 9.434.581 8.137.907 3.937.560 3.113.833 27.396.399 27.922.004 201.474 27.922.004 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 102 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) CONSOLIDADO 31.12.2011 Carteira própria Tesouro Nacional Títulos de emissão própria Carteira de terceiros Tesouro Nacional Carteira livre movimentação Tesouro Nacional Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total Total - - - - 1.025.646 9.434.581 3.937.560 16.691.607 16.145.871 10.612.783 - - 10.612.783 10.531.206 13.932.249 16.652.457 9.434.581 8.137.907 3.937.560 3.113.833 27.304.390 27.904.197 201.474 27.904.197 3.319.466 c) Recursos de aceites e emissão de títulos BANCO 31.12.2011 Recursos de letras financeiras, de crédito e similares Letras financeiras Letras de crédito de agronegócio Letras hipotecárias Outros Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Medium Term Note (Reais) - R$ 800.000 (1) Medium Term Note (Dólar) - US$ 300.000 (1) Medium Term Note (Reais) - R$ 300.000 (1) Medium Term Note (Iene) – Nota 18 (c) Medium Term Note (Outras) Custo de transação incorrida – Nota 3 (k) Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias 569.729 507.166 62.563 35.210 5.828 29.424 (42) 604.939 156.198 1.964.235 784.807 1.032.069 106.008 41.351 98.306 32.686 2.871 10.621 2.253 49.991 (116) 2.062.541 681.773 Acima de 365 dias 4.540.969 4.515.646 25.323 3.322.851 824.865 556.967 296.778 453.199 1.193.832 (2.790) 7.863.820 2.471.455 31.12.2010 Total Total 7.074.933 5.300.453 1.564.558 168.571 41.351 3.456.367 863.379 559.838 307.399 455.452 1.273.247 (2.948) 10.531.300 3.309.426 1.627.838 726.759 884.569 16.510 1.681.588 290.742 383.205 1.007.641 3.309.426 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 103 CONSOLIDADO 31.12.2011 Recursos de letras financeiras, de crédito e similares Letras financeiras Letras de crédito de agronegócio Letras hipotecárias Outros Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Medium Term Note (Reais) - R$ 800.000 (1) Medium Term Note (Dólar) - US$ 300.000 (1) Medium Term Note (Reais) - R$ 300.000 (1) Medium Term Note (Outras) Custo de transação incorrida – Nota 3 (k) Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias 569.729 507.166 62.563 35.210 5.828 29.424 (42) 604.939 156.198 1.964.235 784.807 1.032.069 106.008 41.351 98.305 32.686 2.871 10.621 52.243 (116) 2.062.540 711.924 Acima de 365 dias 4.643.295 4.515.646 25.323 102.326 2.867.724 824.865 556.967 296.778 1.191.904 (2.790) 7.511.019 2.263.438 31.12.2010 Total Total 7.177.259 5.300.453 1.564.558 168.571 143.677 3.001.239 863.379 559.838 307.399 1.273.571 (2.948) 10.178.498 3.131.560 1.833.177 726.759 884.569 16.510 205.339 1.298.383 290.742 1.007.641 3.131.560 (1) Hedge contábil - Nota 7 (d). d) Obrigações por títulos e valores mobiliários e empréstimos BANCO 31.12.2011 (1) Obrigações por empréstimos no exterior Obrigações por transferência de ativos financeiros Repasses no país Tesouro Nacional BNDES FINAME Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total Total 1.907.000 7.006 1.030.058 73.979 171.716 784.363 2.944.064 1.962.886 2.746.908 10.246 2.080.009 38.814 366.608 1.674.587 4.837.163 4.258.122 107.376 1.232 4.535.084 11.642 812.431 3.711.011 4.643.692 3.403.356 4.761.284 18.484 7.645.151 124.435 1.350.755 6.169.961 12.424.919 9.624.364 4.033.555 99.869 5.490.940 104.480 1.521.636 3.864.824 9.624.364 CONSOLIDADO 31.12.2011 (1) Obrigações por empréstimos no exterior Obrigações por transferência de ativos financeiros Empréstimos de ações Repasses no país Tesouro Nacional BNDES FINAME Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 31.12.2010 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Total Total 1.906.859 7.006 1.109.327 73.979 173.379 861.969 3.023.192 2.072.714 2.727.780 10.246 2.275.695 38.814 371.274 1.865.607 5.013.721 4.500.669 126.645 1.232 4.890.233 11.642 828.719 4.049.872 5.018.110 3.742.410 4.761.284 18.484 8.275.255 124.435 1.373.372 6.777.448 13.055.023 10.315.793 4.033.555 99.869 704 6.181.665 104.480 1.521.636 4.555.549 10.315.793 (1) Linhas de crédito destinadas para financiamentos de importações e exportações. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 104 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) e) Dívida subordinada BANCO E CONSOLIDADO Datas Emissão Vencimento Certificados de depósitos bancários – CDB (1) 699.279 699.463 Taxa 2006 2016 150.152 150.192 106% do CDI 2006 2016 150.152 150.192 106% do CDI 2006 2016 150.152 150.192 106% do CDI 248.823 248.887 106% do CDI (3) 2006 2016 345.929 328.442 2010 2016 93.689 81.493 IPCA + 7,7% 2010 (1) 2016 206.241 205.922 114% do CDI 2010 (2) 2016 20.802 18.150 IPCA + 7,32% 2010 (2) 2016 13.524 12.680 IPCA + 7,19% 2010 (2) 2020 11.673 10.197 IPCA + 7,27% (1) 2021 1.075.220 - 2.120.428 1.027.905 Letras financeiras – LF Medium term notes - Hedge – Nota 7(e) Saldo Contábil em 31.12.2011 31.12.2010 2011 Total US$ + 6,75% (1) Operações com pagamento de juros semestrais. (2) Operações com pagamento de juros na liquidação do contrato. (3) Do montante emitido R$ 1.430 (R$ 1.431 em 31.12.2010) encontra-se em carteira. f) Fundos administrados O Grupo Safra é responsável pela gestão, administração e distribuição de cotas de fundos de investimento, cujos patrimônios em 31.12.2011, incluindo os fundos administrados por empresa fora do Consolidado, totalizavam R$ 62.471.936 (R$ 56.475.895 em 31.12.2010), sendo R$ 39.785.460 (R$ 27.284.126 em 31.12.2010) em fundos de investimento financeiro, R$ 16.790.952 (R$ 17.312.428 em 31.12.2010) em fundos de aplicações em cotas, R$ 5.300.230 (R$ 5.492.759 em 31.12.2010) em outros fundos e R$ 595.294 (R$ 6.386.582 em 31.12.2010) em fundos exclusivos (Nota 7(c)). As receitas com taxas de gestão, administração e distribuição de cotas dos referidos fundos, registradas na rubrica “Receitas de Prestação de Serviços”, representam R$ 107.466 (R$ 102.732 em 2010) no Banco e R$ 201.809 (R$ 200.447 em 2010) no Consolidado (Nota 13 (e)). Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 105 11. OPERAÇÕES DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA a) Provisões técnicas CONSOLIDADO Seguros Previdência 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Provisão matemática de benefícios a conceder e concedidos Total 31.12.2011 31.12.2010 - - 2.367.208 1.823.389 2.367.208 1.823.389 Prêmios não ganhos 51.188 43.048 - - 51.188 43.048 Sinistros a liquidar 56.823 72.812 - - 56.823 72.812 Provisão de sinistros ocorridos e não avisados (IBNR) 21.587 5.689 - - 21.587 5.689 Insuficiência de prêmios – Benefícios a conceder - - 11.475 6.893 11.475 6.893 Insuficiência de contribuição – Benefícios a conceder - - 4.391 3.352 4.391 3.352 Provisão complementar de prêmios 736 503 - - 736 503 Provisão despesas administrativas 160 133 Outras - - Total 130.494 122.185 751 601 911 734 15 13 15 13 2.383.840 1.834.248 2.514.334 1.956.433 b) Recursos garantidores de reservas técnicas CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 2.506.592 2.367.270 424.927 104.658 92.003 176.313 1.502.831 852.193 650.638 66.538 1.941.237 1.823.409 500.104 83.308 130.247 1.088.272 298.189 102.159 687.924 21.478 Outros títulos Títulos públicos – Letras do Tesouro Nacional Cotas de fundos de investimento – DPVAT convênio 139.322 80.384 58.938 117.828 60.037 57.791 Créditos com operações de resseguros – Nota 13 (c) 18.124 19.511 2.524.716 1.960.748 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Cotas de fundos PGBL/VGBL Certificados de depósitos bancários – CDB (*) Debêntures Ações Letras financeiras Títulos públicos Letras Financeiras do Tesouro Letras do Tesouro Nacional Notas do Tesouro Nacional Outros Total (*) Inclui R$ 100.103 (R$ 101.512 em 31.12.2010) em operações de CDB subordinado. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 106 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) c) Resultado com operações de seguros e previdência CONSOLIDADO Resultado da intermediação financeira Receitas financeiras com seguros e previdências Despesas financeiras com seguros e previdências Resultado das Operações com Seguros e Previdências Receita de prêmios e contribuições – Seguros e Previdência Variação das provisões técnicas – Seguros e Previdência Despesas com sinistros Despesas de comercialização Outras receitas e despesas Receita com prestação de serviços (Nota 13(e)) Receita com administração de fundos de previdência Total 31.12.2011 31.12.2010 14.984 189.387 (174.403) 98.413 600.922 (413.950) (63.561) (22.165) (2.833) 21.526 21.526 134.923 10.837 143.104 (132.267) 83.637 707.801 (546.725) (65.942) (13.183) 1.686 22.445 22.445 116.919 d) Teste de adequação do passivo I – Ações Cíveis O teste de adequação do passivo é realizado semestralmente, sendo Estão representadas, substancialmente, por pleitos de indenização que o efetuado em 31.12.2011 não resultou em ajustes na por danos materiais e/ou morais, versando, principalmente, demonstração da posição financeira. sobre questões atinentes a crédito direto ao consumidor, cobrança e empréstimos, protestos de títulos, inclusão de informações 12. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E no cadastro de restrições ao crédito e expurgos inflacionários OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS em Planos Econômicos. a) Ativos contingentes As ações cíveis são avaliadas quando do recebimento da notificação A Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil requereu à Secretaria da Receita Federal a habilitação de Créditos Fiscais no montante de R$ 84.218, originados com o trânsito em julgado do processo judicial que pleiteava a repetição do indébito decorrente de pagamentos indevidos a titulo de CPMF sobre as operações de captação e aplicação de recursos da companhia – no período de 2002 a 2007. O imposto a compensar foi registrado em dezembro de 2011 e está divulgado na Demonstração de Resultado como redutor das despesas para contingências fiscais e previdenciárias (Nota 13 (j)). judicial e atualizadas mensalmente, revisadas periodicamente e quantificadas com base na fase processual, nas provas apresentadas e na jurisprudência de acordo com a avaliação da Administração quanto ao grau de risco de perda da ação judicial. A provisão é constituída quando a probabilidade de perda é considerada provável. II – Ações Trabalhistas Buscam o pagamento de pretensos direitos trabalhistas, relativos à legislação trabalhista específica da categoria profissional, em especial horas extras. São quantificadas e provisionadas quando do recebimento b) Passivos contingentes da notificação judicial, apurando-se o valor com base no percentual São quantificados conforme segue: histórico de perdas (custo médio), relativos a causas consideradas Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 107 semelhantes e usuais. São ajustados ao valor do depósito judicial da notificação dos processos administrativos, com base no valor de execução quando realizado. de autuação e atualizados mensalmente. A provisão é constituída pelo valor integral para os processos classificados como risco de perda provável. III – Ações Fiscais e Previdenciárias Representadas, principalmente, por processos administrativos c ) As provisões constituídas e as respectivas movimentações estão e judiciais relacionados a tributos municipais e federais. assim demonstradas: Quantificadas individualmente quando do recebimento I. Cíveis e Trabalhistas BANCO 01.01 a 31.12.2011 Saldo inicial Movimentação do período Refletida no Resultado (2) Constituição Reversão Pagamento Saldo Final Depósitos em Garantia de Recursos (3) Títulos e valores mobiliários em garantia (4) Total de Recursos em Garantia em 31.12.2011 Depósitos em Garantia de Recursos (3) Títulos e valores mobiliários em garantia (4) Total de Recursos em Garantia em 31.12.2010 Cíveis Trabalhista 133.458 79.865 80.569 (704) (28.966) 184.357 24.696 2.197 26.893 30.556 1.664 32.220 96.993 131.188 146.985 (15.797) (70.476) 157.705 31.464 46.745 78.209 44.367 26.972 71.339 01.01 a 31.12.2010 Total (1) 230.451 211.053 227.554 (16.501) (99.442) 342.062 56.160 48.942 105.102 74.923 28.636 103.559 Total (1) 206.128 67.151 79.690 (12.539) (42.828) 230.451 CONSOLIDADO 01.01 a 31.12.2011 Saldo inicial Movimentação do período Refletida no Resultado (2) Constituição Reversão Pagamento Saldo Final Depósitos em Garantia de Recursos (3) Títulos e valores mobiliários em garantia (4) Total de Recursos em Garantia em 31.12.2011 Depósitos em Garantia de Recursos (3) Títulos e valores mobiliários em garantia (4) Total de Recursos em Garantia em 31.12.2010 01.01 a 31.12.2010 Cíveis Trabalhista Total (1) Total (1) 154.706 99.191 100.393 (1.202) (31.111) 222.786 32.207 2.382 34.589 37.068 1.743 38.811 100.308 141.236 157.650 (16.414) (75.795) 165.749 32.263 46.745 79.008 44.568 26.972 71.540 255.014 240.427 258.043 (17.616) (106.906) 388.535 64.470 49.127 113.597 81.636 28.715 110.351 225.223 77.271 92.307 (15.036) (47.480) 255.014 (1) Nota 13(d); (2) Notas 13(j) – Contingências cíveis e 13(g) – Contingências trabalhistas; (3)Nota 13(c); (4) Nota 6(b) Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 108 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) II. Contingências Fiscais e Previdenciárias e Obrigações Legais BANCO 01.01 a 31.12.2011 Saldo inicial Atualização / Encargos (2) Movimentação do Período Refletida no Resultado (3) Constituição Reversão Pagamento Outras movimentações Saldo Final Depósitos em Garantia de Recursos em 31.12.2011 (4) Depósitos em Garantia de Recursos em 31.12.2010 (4) 01.01 a 31.12.2010 Contingências Fiscais e Previdenciárias Obrigações Legais Total (1) Total (1) 189.260 10.988 175.236 175.236 (38.043) 2.598 340.039 25.523 25.523 426.423 41.968 126.685 127.401 (716) (9.574) 585.502 10.244 10.244 615.683 52.956 301.921 302.637 (716) (47.617) 2.598 925.541 35.767 35.767 481.738 37.986 101.568 123.111 (21.543) (5.609) 615.683 CONSOLIDADO 01.01 a 31.12.2011 Saldo inicial AAtualização / Encargos (2) Movimentação do Período Refletida no Resultado (3) Constituição Reversão Pagamento Outras movimentações Saldo Final Depósitos em Garantia de Recursos em 31.12.2011 (4) Depósitos em Garantia de Recursos em 31.12.2010 (4) 01.01 a 31.12.2010 Contingências Fiscais e Previdenciárias Obrigações Legais Total (1) Total (1) 372.447 23.529 231.259 231.259 (41.618) 1.143 586.760 32.858 26.594 466.181 46.717 140.804 141.520 (716) (11.420) 642.282 10.244 10.244 838.628 70.246 372.063 372.779 (716) (53.038) 1.143 1.229.042 43.102 36.838 665.307 54.306 132.833 168.617 (35.784) (13.818) 838.628 (1) Nota 14(c); (2) Nota 13(j); (3) Contingências fiscais e previdenciárias – Nota 13(j); Obrigações legais registradas em despesas tributárias e despesas com imposto de renda e contribuição social; (4) Nota 13(c) As principais ações relativas às Contingências Fiscais e Previdenciárias e Obrigações Legais são: Contingências Fiscais e Previdenciárias: • ISS sobre operações de Leasing: diversos autos de infração e processos judiciais relacionados à incidência do imposto nas operações de leasing, cuja discussão é atinente ao local da incidência do tributo e a sua base de cálculo, no montante de R$ 19.594 (R$ 14.747 em 31.12.2010) no Banco e R$ 229.013 (R$ 177.786 em 31.12.2010) no Consolidado. • CPMF - Gestão de Pagamentos: autuação em relação ao produto Gestão de Pagamentos, por ter entendido a Autoridade Fiscal que houve a liquidação/pagamento de créditos, por conta e ordem de terceiros, sem o respectivo crédito em conta do beneficiário, tendo sido ainda atribuída a responsabilidade pela retenção e recolhimento do tributo nos termos do artigo 5º., inciso I, da Lei nº. 9.311/1996, no montante de R$ 96.050 (R$ 90.488 em 31.12.2010) no Banco e no Consolidado. Obrigações Legais: Alargamento da base de PIS e COFINS, instituída pelo parágrafo 1º., artigo 3º. da Lei nº. 9.718/1998, no montante de R$ 570.682 (R$ 406.846 em 31.12.2010) no Banco e R$ 627.462 (R$ 446.603 em 31.12.2010) no Consolidado, substancialmente garantido por carta de fiança. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 109 13. OUTRAS CONTAS no Banco e R$ 5.394.015 (R$ 1.377.969 em 31.12.2010) a) Depósitos no Banco Central: no Consolidado. O resultado oriundo dos recolhimentos Em 31.12.2011, os depósitos no Banco Central estavam substancialmente representados por recolhimentos compulsórios no montante de R$ 4.449.927 (R$ 1.377.721 em 31.12.2010) compulsórios sujeitos a remuneração foi de R$ 264.243 (R$ 49.519 em 2010) no Banco e R$ 314.721 (R$ 49.519 em 2010) no Consolidado, estão demonstrados em Resultado de aplicações compulsórias. b) Negociação e intermediação de valores: BANCO 31.12.2011 31.12.2010 Ativo CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 514 3.425 56.419 200.839 (1) Devedores conta de liquidação pendente Caixa de registro e liquidação (1) Ativos financeiros e mercadorias a liquidar Outras 483 31 3.260 137 28 34.600 21.304 483 32 92.706 107.968 137 28 Passivo Credores conta de liquidação pendente (1) Caixa de registro e liquidação (1) Ativos financeiros e mercadorias a liquidar Outras 20.688 1 20.000 687 1.463 1.178 285 75.512 26.169 23.534 24.979 830 198.749 83.875 90.875 23.714 285 (1) Refere-se substancialmente a operações em Bolsa registradas pela J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. c) Outros créditos diversos: BANCO 31.12.2011 31.12.2010 Créditos tributários – Nota 14(b-I) Devedores por depósito em garantia de contingências fiscais e previdenciárias e obrigações legais (1) Devedores por depósito em garantia de contingências cíveis e trabalhistas – Nota 12(c-I) Dividendos a receber de partes relacionadas – Nota 18(c) Impostos e contribuições a compensar Operações ativas a processar Cessão de crédito a receber Ajuste a mercado do hedge - Nota 7(e) Crédito das operações com seguros e resseguros- Nota 11(b) Equalização de taxas em operações de crédito Outros Total CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 155.287 110.093 261.871 230.372 162.712 153.295 170.047 169.655 56.160 141 26.727 95.092 10.242 158.475 78.865 63.749 74.923 314.304 26.861 243.017 31.372 8.139 98.942 19.410 64.470 161.190 320.413 10.242 158.475 55.123 78.865 51.324 81.636 63.253 247.013 31.372 8.139 47.323 98.942 21.035 807.450 1.080.356 1.332.020 998.740 (1) As parcelas vinculadas a contingências fiscais e previdenciárias e obrigações legais estão relacionadas na Nota 12 (c-II). Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 110 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) d) Outras obrigações diversas: BANCO 31.12.2011 31.12.2010 CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 Provisão para passivos contingentes cíveis e trabalhistas – Nota 12 (c-I) Provisão para pagamentos a efetuar Credores diversos exterior Obrigações com administradoras de cartões de crédito Mandato a liberar Operações passivas a processar Repasse de valores a liberar Outros 342.062 92.672 98.687 100.186 12.696 67.788 36.072 230.451 65.423 77.652 76.700 11.518 282.253 27.060 388.535 100.489 98.700 100.186 15.678 269.535 75.638 255.014 72.732 77.681 76.700 72.746 11.694 282.261 55.701 Total 750.163 771.057 1.048.761 904.529 e) Receitas de Prestação de Serviços: BANCO CONSOLIDADO 2011 2010 2011 2010 Serviços de gestão e custódia de fundos de investimento (Nota 10 (f )) Corretagem sobre operações em bolsa Cobrança Garantias prestadas Operações e cartões de crédito Serviços de câmbio Outras 107.466 67.765 190.702 53.529 13.317 6.240 102.732 73.240 129.447 29.303 15.678 4.424 201.809 18.416 67.765 191.967 55.813 13.317 13.914 200.447 27.057 73.240 129.447 30.676 15.678 19.666 Total 439.019 354.824 563.001 496.212 f) Rendas de tarifas bancárias: BANCO Operações de crédito DOC/TED Pacotes de serviços e cadastros Outros serviços de conta corrente Total CONSOLIDADO 2011 2010 2011 2010 52.676 14.185 11.934 39.987 20.987 14.922 7.377 32.748 53.161 14.185 106.716 39.987 20.987 14.922 71.271 32.748 118.782 76.034 214.049 139.928 g) Despesas de pessoal: BANCO Remuneração e participação nos resultados Benefícios Encargos sociais Contingências trabalhistas – Nota 12(c-I) Desligamentos Total CONSOLIDADO 2011 2010 2011 2010 623.054 76.782 166.032 131.188 10.726 504.905 66.124 134.332 11.042 5.466 762.610 77.819 195.057 141.236 12.128 632.131 66.888 159.373 10.539 6.723 1.007.782 721.869 1.188.850 875.654 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 111 h) Despesas administrativas: BANCO Instalações Aluguéis Publicidade e propaganda Processamento de dados e telecomunicações Serviços de terceiros Viagens Serviços do sistema financeiro Serviços de vigilância e segurança Transportes Proteção a informação Depreciação e amortização Cartórios e honorários advocatícios Outras Total CONSOLIDADO 2011 2010 2011 2010 25.837 97.644 9.225 43.691 70.032 15.977 35.207 11.522 21.736 68.971 18.599 82.921 25.932 24.077 87.361 8.107 48.764 53.643 9.686 29.653 9.671 20.911 45.788 17.394 74.275 20.003 27.513 45.684 11.224 52.539 88.911 17.839 37.500 11.939 22.266 81.809 38.030 113.042 23.578 26.419 35.143 10.713 55.827 81.990 11.173 30.703 10.046 21.443 49.253 37.934 89.724 38.945 527.294 449.333 571.874 499.313 i) Outras receitas operacionais: BANCO CONSOLIDADO 2011 2010 2011 2010 Recuperação de encargos e despesas Rendas de aluguéis Atualização de impostos a compensar e depósitos judiciais Outras 6.107 30.509 9.675 11.715 1.882 21.459 3.432 11.074 33.003 13.414 18.774 9.593 8.705 24.056 Total 46.291 35.056 60.923 61.128 j) Outras despesas operacionais: BANCO CONSOLIDADO 2011 2010 2011 2010 Contingências cíveis - Nota 12 (c-I) Contingências fiscais e previdenciárias – Nota 12 (a) e (c-II) Atualizações de contingências fiscais e previdenciárias e obrigações legais - Nota 12 (c-II) Outras 79.865 175.236 56.109 13.104 99.191 147.041 66.732 31.031 52.956 19.884 37.986 38.798 70.246 38.022 54.306 52.235 Total 327.941 145.997 354.500 204.304 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 112 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) 14. TRIBUTOS a) Composição das despesas com impostos e contribuições I – Conciliação das despesas de Imposto de Renda e Contribuição Social BANCO 31.12.2011 31.12.2010 Resultado Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social Encargo (Imposto de Renda e Contribuição Social) às alíquotas vigentes - Nota 3(o) 1.783.296 1.298.808 CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 2.048.695 (713.318) (519.523) (Inclusões) Exclusões Permanentes Participações em coligadas e controladas no país 11.678 141.693 Ganho/(Perda) Cambial sobre investimentos no exterior 59.155 (7.935) 62.465 267.436 267.436 97.770 (14.016) 111.786 267.436 267.436 111.786 111.786 Dividendos e juros sobre títulos de outros países 24.490 33.488 24.860 34.220 Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributadas 11.586 (5.232) 23.977 (6.047) Juros sobre Capital Próprio: (Recebido) Creditado individualizadamente Crédito tributário não reconhecido no período/ reconhecimento de períodos anteriores (189.878) Imposto de Renda e Contribuição Social do período (528.851) 9.014 (250.725) (819.478) 1.539.013 (114) (615.605) 998 (9.065) (353.396) (7.217) (794.250) (490.930) II – Composição das despesas tributárias BANCO 31.12.2011 31.12.2010 CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 PIS/COFINS ISS – Imposto sobre serviços IPTU – Imposto predial e territorial urbano IOF – Imposto sobre operações financeiras Outras 185.422 20.600 4.088 8.235 1.094 113.410 15.364 3.790 6.925 5.235 234.673 29.539 4.665 8.598 4.158 147.945 26.067 4.193 7.177 12.174 Total 219.439 144.724 281.633 197.556 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 113 b) Tributos diferidos I – Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos: BANCO Saldo em 31.12.2010 Provisão para contingências cíveis Provisão para contingências trabalhistas Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para negociação Outros Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda Total dos créditos tributários – Nota 13 (c) 53.383 38.798 4.814 12.933 109.928 165 110.093 CONSOLIDADO Saldo em 31.12.2010 Provisão para contingências cíveis Provisão para contingências trabalhistas Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para negociação Outros Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda Total dos créditos tributários – Nota 13 (c) 61.844 40.045 4.814 17.381 124.084 106.117 171 230.372 Constituição Realização Saldo em 31.12.2011 31.946 49.616 12.265 93.827 93.827 (11.586) (28.191) (4.814) (3.877) (48.468) (165) (48.633) 73.743 60.223 21.321 155.287 155.287 Constituição Realização Saldo em 31.12.2011 39.278 53.433 164 16.902 109.777 109.777 (12.057) (30.314) (4.814) (10.617) (57.802) (20.305) (171) (78.278) 89.065 63.164 164 23.666 176.059 85.812 261.871 II – Obrigações fiscais diferidas: BANCO 31.12.2011 31.12.2010 Superveniência de depreciação Ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 374.168 415.207 893.019 1.080.106 23.683 74.278 19.163 19.388 Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda 6.618 - 6.766 - Atualização de depósitos judiciais 8.615 - 8.781 - Total – Nota 14 (c) 463.679 434.370 927.954 1.103.789 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 114 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) III. Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e impostos diferidos sobre superveniência. BANCO Exercício de Realização Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias Provisão para Impostos e Contribuições Diferidos Tributos Diferidos Líquidos 41.156 31.634 27.974 27.730 26.793 155.287 133.513 (317.343) (141.167) (1.723) (1.723) (1.723) (463.679) (430.222) (276.187) (109.533) 26.251 26.007 25.070 (308.392) (296.709) Provisão para Impostos e Contribuições Diferidos Tributos Diferidos Líquidos 2012 2013 2014 2015 2016 Total Valor Presente (*) CONSOLIDADO Créditos Tributários Exercício de Realização Diferenças Temporárias Prejuízo e Base Negativa Total 2012 45.590 32.751 78.341 (488.736) (410.395) 2013 35.905 36.026 71.932 (337.381) (265.449) 2014 32.245 17.035 49.279 (98.325) (49.046) 2015 31.873 - 31.873 (1.756) 30.117 30.446 176.059 151.244 85.012 77.568 30.446 261.871 228.812 (1.756) (927.954) (849.380) 2016 Total Valor Presente (*) (*) Para o ajuste a valor presente, foi utilizada a taxa de CDI projetada para os períodos futuros, líquida dos efeitos fiscais. 28.690 (666.083) (620.658) Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 115 Em 31.12.2011 o saldo de crédito tributário, sobre diferenças c) As obrigações fiscais e previdenciárias estão assim temporárias, não reconhecido, monta a importância demonstradas: de R$ 698.962 (R$ 494.146 em 31.12.2010) no Banco e R$ 979.450 (R$ 625.785 em 31.12.2010) no Consolidado. BANCO 31.12.2011 31.12.2010 Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar Impostos e Contribuições a Recolher Provisões para Impostos e Contribuições Diferidos - Nota 14 (b-II) Contingências fiscais e previdenciárias e obrigações legais - Nota 12 (c-II) Total 287.857 160.257 463.679 925.541 1.837.334 110.760 434.370 615.683 1.160.813 CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 530.406 192.205 927.954 1.229.042 2.879.607 187.283 147.054 1.103.789 838.628 2.276.754 15. ATIVO PERMANENTE a) Investimentos em coligadas e controladas – Banco Safra 31.12.2011 Patrimônio Líquido Lucro Líquido (Prejuízo) Exercício Part. % No país: Safra Leasing S.A. Safra CVC Ltda. Safra DTVM Ltda. Banco J.Safra S.A. Sercom Comércio e Serviços Ltda. Elong Adm. Rep. Ltda. Safra Vida e Previdência S.A. Safra Seguros Gerais S.A Safra Cia. Securitizadora Outros 31.12.2010 Valor Contábil do Investimento Resultado de Equivalência Exercício Valor Contábil do Investimento Resultado de Equivalência Exercício 2.783.114 29.194 2.563.060 354.216 786.136 114.453 172.010 438.755 610.209 137.024 202.965 55.340 26.629 19.539 150.266 14.085 9.300 36.727 57.481 15.851 58.007 8.017 3.199 1.283 599.052 119.176 197.723 236.609 1.252.725 149.009 143.221 58.002 385.493 - 141.986 4.928 7.278 (293.503) 83.563 11.985 62.452 7.481 49.236 - 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 99,99 7,16 - 599.052 119.176 197.723 236.609 1.252.725 149.009 143.221 58.002 27.597 - 141.986 4.928 7.278 (293.503) 83.564 11.985 62.452 7.481 3.525 (500) 237.775 900 100,00 237.775 27.369 3.020.889 56.563 No exterior Banco Safra (Cayman Islands) Limited. Total em 31.12.2011 Total em 31.12.2010 210.407 335 2.773.467 354.551 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 116 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) b) Investimentos em coligadas e controladas – Consolidado Em 31.12.2011 e 31.12.2010, outros investimentos são representados substancialmente por ações e cotas de empresas Em 31.12.2010, estão representados por participação na empresa não ligadas ao Grupo, mantidos ao valor de custo, nos montantes Pastoril Agropecuária Couto Magalhães S.A no montante de R$ 316.678 e R$ 456.113, respectivamente. de R$ 10.612. Os resultados de equivalência patrimonial nos períodos findos em 31.12.2011 e de 31.12.2010, foram (R$ 283) e R$ 2.405, respectivamente, relativos à empresa Pastoril Agropecuária Couto Magalhães S.A. c) Imobilizado de uso e Ativos intangíveis: BANCO 31.12.2011 Taxa anual de Depreciação/ Amortização Imobilizado de uso: 31.12.2010 Custo Depreciação/ Amortização Acumulada Valor Líquido Valor Líquido - 192.913 (131.870) 61.043 51.986 Imobilizações em curso – Móveis e equipamentos - 7.646 - 7.646 478 Imóveis destinados ao uso: Edificações 4% 2.000 2.000 (380) (380) 1.620 1.620 1.700 1.700 Instalações, móveis e equipamentos de uso: Instalações Móveis e equipamentos 10% 10% 46.433 27.226 19.207 (22.508) (8.495) (14.013) 23.925 18.731 5.194 26.714 20.552 6.162 Equipamentos de informática e processamento: Sistema de comunicação Sistema de processamento de dados 10% 20% 123.353 10.662 112.691 (101.574) (8.754) (92.820) 21.779 1.908 19.871 16.921 2.225 14.696 Outros: Sistema de segurança Sistema de transporte 10% 20% 13.481 2.771 10.710 (7.408) (1.897) (5.511) 6.073 874 5.199 6.173 1.060 5.113 Ativos Intangíveis: Software 20% 47.527 47.527 (22.718) (22.718) 24.809 24.809 14.908 14.908 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 117 CONSOLIDADO 31.12.2011 Taxa anual de Depreciação/ Amortização Imobilizado de uso: 31.12.2010 Custo Depreciação/ Amortização Acumulada Valor Líquido Valor Líquido - 549.200 (341.819) 207.381 263.358 Imobilizações em curso – Móveis e equipamentos - 7.646 7.646 482 Imóveis destinados ao uso: Terrenos Edificações 4% 220.677 56.437 164.240 (111.341) (111.341) 109.336 56.437 52.899 166.173 97.701 68.472 Imóveis destinados a renda: Terrenos Edificações 4% 12.481 2.263 10.218 (10.130) (10.130) 2.351 2.263 88 2.369 2.263 106 10% 10% 66.156 41.253 24.903 (34.341) (17.426) (16.915) 31.815 23.827 7.988 36.370 27.090 9.280 Equipamentos de informática e processamento: Sistema de comunicação Sistema de processamento de dados 10% 20% 128.587 11.909 116.678 (108.149) (11.819) (96.330) 20.438 90 20.348 16.372 1.290 15.082 Outros: Sistema de segurança Sistema de transporte 10% 20% 113.653 3.452 110.201 (77.858) (2.325) (75.533) 35.795 1.127 34.668 41.592 1.382 40.210 52.492 52.405 87 (23.505) (23.449) (56) 28.987 28.956 31 17.815 17.765 50 Instalações, móveis e equipamentos de uso: Instalações Móveis e equipamentos Ativos Intangíveis: Software Outros 20% - Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 118 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) 16. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Ações O capital social do Banco Safra S.A. está representado por ações de acionista domiciliado no país, sem valor nominal, e apresentou a seguinte movimentação no período: Quantidade de Ações PN Total ON Saldo em 31.12.2010 AGE 10.05.2011 – Grupamento de ações, a razão de 400 para cada uma ação (1) Saldo após grupamento de ações Aumentos de Capital AGE 29.04.2011 – com Reservas de Capital AGE 31.05.2011 – com Reservas de Lucros Redução de Capital – AGE 17.05.2011 (2) Saldo antes do desdobramento de ações AGE 21.11.2011 – Desdobramento de ações Aumentos de Capital AGE 25.12.2011 – com Juros sobre capital próprio e espécie em moeda nacional AGE 29.12.2011 – com Reservas de Lucros Saldo em 31.12.2011 Valor do Capital Social 566.749 565.804 1.132.553 2.245.458 (565.332) 1.417 (564.389) 1.415 (1.129.721) 2.832 - - - - 138 137 275 (21) 1.534 (22) 1.530 (43) 3.064 70.143 587.052 (90.653) 613.598.466 611.998.470 1.225.596.936 54.476.123 62.619.403 54.334.073 62.456.119 108.810.196 125.075.522 568.315 600.000 730.695.526 728.790.192 1.459.485.718 3.980.315 (1)Todos os acionistas que detinham individualmente quantidade de ações inferior àquela adotada como razão para o Grupamento, tiveram suas ações canceladas, recebendo o valor patrimonial a elas correspondente na data-base 30.04.2011, no valor de R$ 7.528, debitado de Reserva de Lucros. O valor patrimonial equivalente às ações canceladas por conta do Grupamento foi disponibilizado a partir de 31.05.2011 e permanecerá à disposição dos acionistas que tiveram suas ações canceladas para recebimento na sede da Companhia, pelo prazo de 3 anos contados a partir da data do grupamento e será atualizado com base na Taxa SELIC (taxa média ajustada dos financiamentos diários, relativos às operações com prazo de 1 dia útil com títulos federais, custodiados no Sistema de Liquidação e Custódia – SELIC) até a data do efetivo pagamento. (2)Foi aprovado a redução do capital social através da transferência para o acionista controlador de imóveis no valor de R$ 68.651, investimentos no valor de R$ 10.308, ações no valor de R$ 6.670 e R$ 5.024 em espécie. b) Dividendos Os acionistas têm direito ao dividendo mínimo obrigatório anual o Conselho de Administração aprovou o crédito individualizado estabelecido no estatuto social equivalente a 1% sobre o valor dos Juros sobre Capital Próprio no valor bruto de R$ 668.604, do capital social correspondente as ações ordinárias e preferenciais, sendo R$ 328.539 referente ao exercício de 2011 e R$ 340.065 respectivamente. Em 12.08.2011, o Conselho de Administração referente aos exercícios de 2008 e 2009. O valor líquido aprovou dividendos no valor de R$ 665.000, a débito da conta de IR Fonte é de R$ 568.315, e foi utilizado para aumento “Reserva Especial”, pagos em 15.08.2011. Em 19.12.2011, de capital ocorrido em 28.12.2011. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 119 Na rubrica “Sociais e estatutárias”, incluem-se os montantes Exposições a este tipo de risco decorrem principalmente de R$ 5.751 (R$ 5.228 em 31.12.2010), referente a dividendos de operações de crédito diretas, indiretas (repasses por meio e juros sobre capital próprio a pagar de períodos anteriores de agentes financeiros), de debêntures, aplicações financeiras e R$ 3.960 relativos ao saldo remanescente atualizado e operações com derivativos e de outros títulos e valores das ações canceladas decorrente do grupamento de ações mobiliários. Há também o risco de crédito em acordos financeiros ocorrido em 30.04.2011. não registrados no Balanço Patrimonial, como compromissos de empréstimos ou prestação de garantias financeiras, avais e fianças. c) Reservas de Capital e de Lucros 31.12.2011 Reservas de capital Incentivos fiscais Outros - Reservas de lucros Legal Especial (1) 2.024.647 104.599 1.920.048 31.12.2010 72.723 70.142 2.581 3.295.806 436.230 2.859.576 (1) Em 29.04.2011, foi aprovada a reformulação e alteração do Capítulo VII – dos Balanços, Resultados e sua Destinação do Estatuto Social da Sociedade, no qual o saldo formado a partir de 1996 até 31.12.2010 registrado na rubrica “Reserva de Expansão” seja destinado para rubrica “Reserva Especial”. O Comitê de Gerenciamento de Risco de Crédito concentra a governança do Risco de Crédito de modo a garantir a visão completa do ciclo de crédito. Para assegurar a independência necessária para a sua atuação, este comitê conta com a participação de diretores e superintendentes executivos responsáveis pelas áreas de Gerenciamento de Riscos Corporativos, Análise de Crédito, Políticas, Modelagens e Gestão de Carteira, Monitoramento, Cobrança e Validação. De acordo com a natureza do assunto, o Comitê pode remetê-lo ao Conselho de Administração. b) Risco de mercado Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência 17. GESTÃO DE RISCOS de perdas resultantes de flutuações nos valores de mercado de posições detidas. O Banco Safra mantém um conjunto de normas e procedimentos para assegurar o cumprimento das determinações legais, regulamentares, das melhores práticas de mercado e de suas políticas internas. O Banco Safra concentra na Diretoria Executiva de Riscos Corporativos as estruturas responsáveis pela gestão dos riscos de mercado, liquidez e operacional e na Diretoria de Análise de Crédito a gestão do risco de crédito, formando a base necessária para atendimento da regulamentação vigente. O Banco Safra mantém sua exposição total a riscos de mercado, medida pelo Value at Risk (VaR) diário com 99% de confiança, adotando como política a perda máxima esperada inferior a 1% do seu Patrimônio de Referência nível 1. Visando ao cumprimento desta determinação, estipula metas para a Tesouraria compatíveis com esta exposição ao risco. O Banco Safra complementa suas avaliações de risco de mercado com a utilização de métricas de estresse, contemplando crises a) Risco de crédito em períodos históricos e cenários econômicos estressados O Banco Safra está exposto ao risco de crédito, que é o risco prospectivos, além de efeitos de estresse de correlações entre pelo qual uma contraparte pode causar perda financeira ao falhar famílias de fatores de riscos. Adicionalmente, são estabelecidos na liquidação de uma obrigação. Mudanças significativas limites de Stop Loss. na economia ou na saúde financeira de um segmento específico da indústria que represente uma concentração das carteiras de investimentos, de empréstimos e adiantamentos mantidas pelo Banco Safra podem resultar em perdas que são diferentes daquelas provisionadas na data do Balanço Patrimonial. Portanto, o Banco Safra controla e reavalia cuidadosamente a exposição ao risco de crédito. A área de Risco de Mercado tem participação relevante na aprovação de novos produtos ou instrumentos financeiros que ocasionem novos fatores de risco para a gestão da Tesouraria. Por ser responsável pelos processos de apreçamento para marcação a mercado e apuração de resultado e risco, é requerida a aprovação da área de Risco de Mercado antes da implantação de novos produtos. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 120 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) As políticas que regem a gestão do risco de mercado – Política de Risco de Mercado e Política de Limites de Riscos de Mercado – são divulgadas aos gestores da Tesouraria e das áreas de controle e suporte (gestores de risco de mercado e de liquidez, de auditoria interna, de controles internos e “compliance”, de validação • Cumprir as exigências estabelecidas pelos órgãos reguladores dos mercados bancários onde opera; • Salvaguardar a capacidade operacional de forma que continue proporcionando retorno aos acionistas e benefícios aos outros interessados; e de risco de mercado e de liquidez e de tecnologia da informação), através da Intranet corporativa, além de haver publicação da estrutura de gerenciamento de Risco de Mercado em ambiente de acesso público. • Manter uma sólida base de capital para suportar o desenvolvimento de seus negócios. A adequação do capital e o uso de capital regulatório são monitorados pelo Banco Safra, através de técnicas baseadas c) Risco de liquidez em orientações estabelecidas pelo Comitê Basileia, na forma O Risco de Liquidez consiste na possibilidade da instituição implementada pelo Banco Central do Brasil - BACEN, não possuir recursos financeiros suficientes para honrar seus para fins de supervisão. As informações exigidas são submetidas compromissos em razão dos descasamentos entre pagamentos mensalmente ao órgão competente. e recebimentos, considerando as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. Para a gestão do risco de liquidez, são realizados comitês para a gestão de ativos e passivos, com periodicidade mensal, A autoridade bancária exige que cada Banco ou grupo de instituições bancárias mantenha um registro mínimo de 11% do capital regulatório. O capital regulatório do Banco Safra está dividido em dois níveis: tendo como objetivo definir as estratégias de liquidez a serem seguidas em um horizonte de dois anos. O caixa é monitorado diariamente, com reportes aos gestores e diretores responsáveis. Capital nível I – capital social, lucros acumulados e reservas criadas para apropriação de lucros acumulados. O Banco Safra envia ao Banco Central os relatórios de risco Capital nível II – dívida subordinada qualificada e lucros de liquidez determinados pela Resolução CMN nº. 2.804/2000, não realizados decorrentes da justa avaliação de instrumentos com especificações estabelecidas pela Circular BACEN de patrimônio disponíveis para venda. nº. 3.393/2008. Esses reportes são elaborados com base em informações gerenciais da área de Riscos de Investimento Os investimentos em coligadas são deduzidos dos capitais de nível 1 e 2 para atingir o capital regulatório. de modo a atender à regulamentação vigente. Ativos ponderados pelo risco são mensurados por meio A área de Riscos de Investimento utiliza estatísticas e projeções sobre o comportamento de pagamentos e recebimentos, a fim de avaliar os impactos no caixa ao longo do tempo em um conjunto de cenários: planejamento ou normalidade, esgotamento de ativos e de passivos (run off ), crise geral (stress) e crise geral mais crise específica (hard stress), havendo ainda a possibilidade de utilização de cenário arbitrário. Os resultados produzidos pela aplicação desses de uma hierarquia de 5 pesos de riscos determinados de acordo com a natureza de cada ativo e sua contrapartida - além de refletir uma estimativa de riscos de crédito, liquidez, mercado e outros riscos associados - considerando todas as garantias possíveis. Um tratamento similar é adotado para exposição não registrada contabilmente, com alguns ajustes efetuados para refletir a natureza mais contingente das perdas potenciais. cenários são discutidos nas reuniões do Comitê de Ativos e Passivos. e) Risco Operacional d) Gestão de capital Risco operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas Os objetivos do Banco Safra na gestão de capital consistem em um conceito mais amplo do que o de "patrimônio” e agrupam os seguintes aspectos: resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 121 O risco operacional inclui também o risco legal, associado os instrumentos financeiros são segregados em Carteira de à inadequação ou deficiência em contratos firmados Negociação (Trading) e Carteira Estrutural (Banking). pelo Banco Safra e controladas, bem como sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pelo Banco Safra e Controladas. A avaliação do risco legal A Carteira Trading consiste em todas as operações, inclusive derivativos, detidas com a intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros instrumentos financeiros desta estratégia. São operações destinadas à revenda, obtenção de benefícios é realizada de forma contínua nas áreas jurídicas do Banco Safra e Controladas e nos Comitês específicos com alçada para tanto. Dessa definição está excluído o risco reputacional ou de imagem dos movimentos de preços, efetivos ou esperados ou realização de arbitragens. Esta carteira tem limites rígidos definidos pelas áreas de risco e é diariamente controlada. e os demais riscos como o estratégico ou de negócios. A Carteira Banking abriga as operações que não se enquadram A área de Risco Operacional é uma unidade de controle no conceito de Carteira Trading e são, tipicamente, operações independente, segregada da unidade executora da atividade de auditoria interna. A Área de Risco Operacional é a responsável por atender as exigências emanadas da Resolução CMN estruturais das linhas de negócio da instituição e seus respectivos hedges , que podem ou não ser realizados com instrumentos financeiros derivativos. Portanto, os derivativos desta carteira nº. 3.380/2006, do Banco Central do Brasil, sobre a necessidade não são utilizados para fins especulativos. de identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação do risco operacional, bem como pela elaboração e manutenção da Política de Risco Operacional. É responsável também pelas A análise de sensibilidade abaixo consiste em uma simulação que não considera o poder de reação da Administração frente aos cenários apresentados, o que certamente mitigaria atividades de Controles Internos e Compliance. as perdas que seriam incorridas. Além disso, os impactos f) Análise de sensibilidade (Carteiras Trading e Banking) apresentados não representam potencial prejuízo contábil, De acordo com os critérios de classificação de operações previstos na Resolução CMN nº. 3.464/2007 e na Circular BACEN pois a metodologia utilizada não se baseia em práticas contábeis do Safra. nº. 3.354/2007 e no Novo Acordo de Capitais – Basileia II, CARTEIRA TRADING Fatores de Riscos Risco de Variação em 1 31.12.2011 Cenários 2 Ações Cupom e moedas Variação do preço de ações Taxa dos cupons de moedas de estrangeiras e Variação cambial Variação de taxas de juros denominadas em real Total sem Correlação Total com Correlação (511) (12.780) (25.564) (939) (24.143) (49.552) (238) (1.688) (193) (5.822) (42.745) (5.600) (11.395) (86.511) (12.711) Renda fixa 3 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 122 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) CARTEIRA TRADING E BANKING Fatores de Riscos Risco de Variação em 1 31.12.201 Cenários 2 Ações Cupom e moedas Variação do preço de ações Taxa dos cupons de moedas de estrangeiras e Variação cambial Variação de taxas de juros denominadas em real Total sem Correlação Total com Correlação (511) (12.780) (25.564) (42) (2.001) (5.813) (1.290) (1.843) (329) (31.233) (46.014) (8.574) (60.570) (91.947) (17.896) Renda fixa A análise de sensibilidade foi efetuada a partir dos seguintes cenários: • Cenário 1: Aplicação de choques de 1 ponto-base para taxa de juros e 1% de variação para preços, com base nas informações de mercado (BM&FBovespa, Anbima etc.). 3 • Cenário 3: Aplicação de choque de 50% nas respectivas curvas ou preços, com base no mercado. Exemplo: a cotação Real/Dólar utilizada foi de R$ 2,7999 e a taxa pré-fixada de 1 ano aplicada foi de 15,06% a.a. g) Exposição cambial Exemplo: a cotação Real/Dólar utilizada foi de R$ 1,8853 e a taxa pré-fixada de 1 ano aplicada foi de 10,05% a.a. Os valores das exposições em ouro, moeda estrangeira e ativos e passivos sujeitos à variação cambial, incluindo instrumentos • Cenário 2: Aplicação de choque de 25% nas respectivas curvas ou preços, com base no mercado. Exemplo: a cotação financeiros derivativos e investimentos permanentes no exterior, apresentados às autoridades legais são: Real/Dólar utilizada foi de R$ 2,3333 e a taxa pré-fixada de 1 ano aplicada foi de 12,55% a.a. 31.12.2011 31.12.2010 Exposição líquida no país Comprada Vendida (87.680) 8.004.834 (8.092.514) 50.583 5.129.308 (5.078.725) Exposição líquida no exterior Comprada Vendida (105.438) 7.733.473 (7.838.911) (9.480) 5.200.691 (5.210.171) Exposição Líquida Total (193.118) 41.103 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 123 h) No site do Banco Safra (www.safra.com.br) estão disponíveis O Grupo não possui benefícios de longo prazo, de rescisão as informações relativas às estruturas de gerenciamento de riscos de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações de crédito, mercado e operacional e de gestão de risco. O relatório para o seu pessoal-chave da Administração. de gestão de risco será disponibilizado nesse endereço no prazo estabelecido pela Circular BACEN nº. 3.477/2009. b) Participação Acionária: Participação integral de Joseph Yacoub Safra. 18. OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS a) Remuneração da Administração: c) Transações com Partes Relacionadas As operações realizadas entre partes relacionadas são divulgadas Em Assembleia Geral de Acionistas, realizada em 29.04.2011, em atendimento à Resolução CMN nº. 3.750/2009. Essas operações foi estabelecida a remuneração máxima total anual para a Diretoria são efetuadas a valores, prazos e taxas médias usuais de mercado, e Conselho de Administração no montante de R$ 109.000. vigentes nas respectivas datas. A remuneração recebida pela Administração monta a R$ 40.236 (R$ 35.057 em 2010) no Banco e R$ 72.688 (R$ 62.601 em 2010) no Consolidado. As operações entre as empresas incluídas na consolidação foram eliminadas nas demonstrações consolidadas e consideram, ainda, a ausência de risco. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 124 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) BANCO Ativos/(Passivos) Disponibilidades Banco Safra Luxemburgo Safra National Bank of New York Aplicações interfinanceiras de liquidez Banco J Safra S.A. Banco Safra (Cayman Islands) Limited. Aplicações em moedas estrangeiras – Safra National Bank of New York Títulos e valores mobiliários Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Banco Safra (Cayman Islands) Limited. Dividendos e JCP a receber/(pagar) – Nota 13(c) Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Safra Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. J Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. Safra Vida e Previdência S.A. Banco J Safra S.A. Demais empresas Negociação intermediação de valores Valores a receber/(pagar) – Demais empresas Depósitos - Demais empresas Depósitos interfinanceiros Banco J Safra S.A Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Banco Safra Luxemburgo Safra National Bank of New York Demais empresas Obrigações por operações compromissadas – Banco J Safra S.A. Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Banco Safra Luxemburgo Banco Safra (Cayman Islands) Limited. Relações interfinanceiras e interdependências – Banco J. Safra S.A. Instrumentos financeiros derivativos – Ativo/(Passivo) Banco J. Safra S.A. Safra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários Sercom Comércio e Serviços Ltda. Demais empresas Negociação e intermediação de valores – Demais empresas Despesa de arrendamento de bens – Kiama S.A. Despesas com Corretagem Pessoa Jurídica Despesas de aluguéis Safra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários Demais empresas Parte Relacionada Parte Relacionada Controlada Controlada Parte Relacionada Controlada Controlada Controlada Controlada Controlada Controlada Controlada Controlada Controlada Parte Relacionada Parte Relacionada Controlada Parte Relacionada Controlada Controlada Controlada Controlada Controlada Controlada Controlada Receitas/(Despesas) 31.12.2011 31.12.2010 2011 2010 84.869 64.264 20.605 - 331.769 13.725 318.044 700.885 700.885 20 20 19 19 931 1.981.460 1.904.871 76.589 - 119.485 60.725 58.760 709.049 18.706.444 17.969.676 736.768 141 138 3 22.563 (1.973) (11.625.211) (1.537.188) (9.171.851) (176.582) (371.306) (368.284) 70.780 16.689.680 16.689.680 314.630 66.875 24.097 62.052 48.693 104.257 8.656 3.260 1.100 (7.666) (8.033.984) (7.487.447) (341.315) (27.800) (177.422) 794 1.297.418 1.297.418 - (1.356.787) (242.352) (1.068.599) (6.192) (1.896) (37.748) (581.785) (17.533) (546.448) (4.485) (168) (13.151) (92.009) (514.530) (59.078) (455.452) (17.807) (434.111) (50.906) (383.205) (12.712) (17.505) (17.505) (2.096) (12.440) (12.440) (1.144) (97.374) 145.843 (255.259) 12.042 (9) - (76.046) (197.487) 7.102 (211.780) 7.191 (1.259) - 137.169 128.780 (9.493) (7.110) 24.992 (420) (9.407) (420) (52.234) (48.843) (3.391) 35.631 7.203 (28.246) 56.674 (960) (12.167) (49.357) (45.590) (3.767) Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 125 CONSOLIDADO Ativos/(Passivos) Receitas/(Despesas) 31.12.2011 31.12.2010 2011 2010 94.085 72.396 21.689 354.139 20.389 333.750 31 31 - 28 28 - Aplicações em moedas estrangeiras – Safra National Bank of New York 721.055 70.780 985 827 Títulos e valores mobiliários - Banco Safra Luxemburgo 437.735 410.561 1.339 1.508 Disponibilidade Banco Safra Luxemburgo Safra National Bank of New York (452) (4.575) - - (582.572) (176.582) (371.306) (34.684) (406.251) (341.315) (27.800) (37.136) (8.207) (6.192) (1.896) (119) (5.148) (4.485) (168) (495) Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior – Banco Safra Luxemburgo (59.078) (50.906) - - Instrumentos financeiros derivativos - Ativo/(Passivo) – Banco Safra Luxemburgo (1.423) (6.372) Depósitos – Demais empresas Depósitos interfinanceiros Banco Safra Luxemburgo Safra National Bank of New York Demais empresas Recursos de aceites e Emissões de Títulos Fundação Filantrópica Vicky e Joseph Safra Irati Imóveis e Representações Demais empresas (102.327) (62.719) (10.896) (28.712) Negociação e intermediação de valores Despesas de aluguéis – Demais empresas 19. LIMITES OPERACIONAIS O BACEN divulgou os Comunicados nº.s 12.746/2004 e 16.137/2007, que tratam das diretrizes e cronogramas para a implantação dos conceitos do novo Acordo da Basileia (Basileia II). Estes Comunicados têm como orientação as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, contidas no documento “Convergência Internacional de Mensuração e Padrões de Capital: Uma Estrutura Revisada”, que estabelece critérios mais adequados aos níveis de riscos associados às operações das instituições financeiras para alocação - (8) - 32.147 (8.431) (4.338) (336) (3.757) - - - (3.391) (3.767) (21) - 40.868 • Resolução CMN nº. 3.444/2007 – Define o Patrimônio de Referência (PR), utilizado para fins da verificação do cumprimento dos limites operacionais das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil; • Resolução CMN nº. 3.490/2007 – Define o Patrimônio de Referência Exigido (PRE); • Circular BACEN nº. 3.360/2007 – Estabelece os procedimentos para o cálculo da parcela do PRE referente às exposições ponderadas por fator de risco (PEPR); de capital regulamentar. • Circulares BACEN nº.s 3.361/2007 a 3.364/2007 – Em complemento aos Comunicados acima mencionados, o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Brasil divulgaram diversos normativos que estabelecem as diretrizes para a apuração do capital regulatório, que passaram a produzir efeitos a partir de 01.07.2008, entre eles: Estabelecem os procedimentos para o cálculo da parcela do PRE referente às exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real, taxa dos cupons de moedas estrangeiras, taxa dos cupons de índices de preços e taxa dos cupons de taxa de juros (PJUR); Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 126 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 (EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO) • Circular 3.366/2007 – Estabelece os procedimentos para • Circular BACEN nº. 3.383/2008 (alterada pela Circular o cálculo da parcela do PRE referente ao risco das exposições nº. 3.476/2009) – Estabelece os procedimentos para o cálculo sujeitas à variação do preço de ações (PACS); da parcela do PRE referente ao risco operacional (POPR); e • Circular 3.368/2007 - Estabelece os procedimentos para • Circular BACEN nº. 3.365/2007 – Dispõe sobre o cálculo da parcela do PRE referente às exposições sujeitas a mensuração de risco de taxas de juros das operações à variação dos preços de mercadorias (PCOM); não classificadas na carteira de negociação. • Circular BACEN nº. 3.389/2008 – Estabelece os Com base nos normativos mencionados no parágrafo anterior, procedimentos para o cálculo da parcela do PRE referente em 31 de dezembro, o Patrimônio de Referência (PR) é ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira demonstrado conforme a seguir: e em ativos e passivos sujeitos à variação cambial (PCAM); CONSOLIDADO FINANCEIRO 31.12.2011 31.12.2010 Patrimônio de referência (PR) CONSOLIDADO 31.12.2011 31.12.2010 8.043.906 6.600.399 8.043.906 6.498.785 Nível I Patrimônio líquido Ativo permanente diferido excluído do nível I Ajuste de avaliação patrimonial excluído do nível I 5.979.632 6.015.659 (25.330) (10.697) 5.595.616 5.613.742 (18.371) 245 5.979.632 6.015.659 (25.330) (10.697) 5.595.616 5.613.742 (18.371) 245 Nível II Instrumentos de dívida subordinada Ajuste de avaliação patrimonial 2.064.274 2.053.577 10.697 1.004.783 1.005.028 (245) 2.064.274 2.053.577 10.697 1.004.783 1.005.028 (245) Deduções Cotas de fundo de investimento Patrimônio de referência exigido (PRE) 6.835.390 5.161.642 6.690.143 (101.614) 5.130.487 6.551.790 101.826 4.940.560 111.038 6.391.684 101.826 4.897.358 111.038 81.322 103.852 81.322 103.852 14.918 48.552 17.852 7.938 37.924 57.990 14.918 48.552 17.852 7.938 37.924 57.990 1.367 1.434 1.367 1.434 19.137 5.752 19.137 5.752 181.774 12,9 110.044 14,1 196.633 13,2 122.091 13,9 24.771 1.183.745 8.945 1.429.812 24.771 1.328.992 8.945 1.359.353 Risco de crédito Exposições ponderadas por fatores de risco (PEPR) Risco de mercado Exposições classificadas na carteira de negociação sujeitas à variação de taxas de juros (PJUR) Taxas de juros prefixadas denominadas em real (PJUR1) Cupons de moedas estrangeiras (PJUR2) Cupons de índices de preços (PJUR3) Risco de operações sujeitas à variação de preços de commodities (PCOM) Exposições classificadas na carteira de negociação sujeitas à variação do preço de ações (PACS) Risco operacional (POPR) Índice de Basileia [PR*100/(PRE/0,11)] Montante do PR apurado para cobertura do risco de taxa de juros das operações não classificadas na carteira de negociação (RBAN) Margem de capital (PR-PRE-RBAN) Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 127 20. EVENTO SUBSEQUENTE a) Política de seguros b) Comitê de auditoria O Comitê de Auditoria é composto por cinco integrantes, nomeados pelo Conselho de Administração dentre os quais quatro são diretores O Banco Safra e suas controladas, apesar de possuírem reduzido grau de risco em função da não concentração física de seus ativos, tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para cobertura de eventuais sinistros. do Banco, e um é membro independente. O Comitê tem por objetivo monitoramento e acompanhamento da efetividade dos controles internos, da qualidade e integridade de suas demonstrações contábeis e do desempenho das auditorias interna e independente. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 129 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") R E S U M O D O R E L AT Ó R I O D O C O M I T Ê D E A U D I T O R I A O Comitê de Auditoria do Grupo Financeiro Safra é órgão estatutário que atua em consonância com as disposições da Resolução 3.198, de 27.05.2004, do Conselho Monetário Nacional. O Grupo Financeiro Safra utiliza-se de Comitê de Auditoria único, que integra a estrutura do Banco Safra S.A., sua instituição líder. O Comitê é composto por cinco membros nomeados pelo Conselho de Administração, sendo quatro diretores da empresa e um membro independente, além de um coordenador dos trabalhos que dedica tempo integral à função. O Comitê desenvolve suas atividades com base nas disposições de seu regulamento e de plano de trabalho anual. Dentre os trabalhos de avaliação e supervisão efetuados no 2º semestre de 2011, o Comitê destaca: a) Atuação da Ouvidoria; b) Soluções das recomendações e determinações dos órgãos reguladores; c) Estrutura e funcionamento dos controles internos das empresas do Grupo; d) Integridade e qualidade das demonstrações contábeis e respectivos relatórios; e) Planejamento e desempenho das auditorias independente e interna; f ) Confirmação dos aspectos relacionados à independência e não restrições de atuação das auditorias independente e interna; g) Avaliação do cumprimento, pela administração do Grupo Financeiro Safra, das recomendações feitas pelas auditorias independente e interna; h) Integridade e qualidade das demonstrações contábeis de acordo com as normas vigentes; Adicionalmente, o Comitê acompanhou as atividades desenvolvidas pela equipe de fiscalização do Banco Central do Brasil e o atendimento às solicitações e recomendações apresentadas. Em vista dos resultados dos trabalhos que desenvolveu, o Comitê de Auditoria recomenda ao Conselho de Administração a aprovação das demonstrações contábeis consolidadas datadas de 30 de janeiro de 2012, referentes ao período findo em 31 de dezembro de 2011. São Paulo, 01 de fevereiro de 2012. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 130 BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO") R E L AT Ó R I O D O S A U D I T O R E S I N D E P E N D E N T E S Aos Administradores e Acionistas do Banco Safra S.A. São Paulo – SP Examinamos as demonstrações contábeis individuais do Banco Safra S.A. (“Banco”) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício e semestre findos nessa data, bem como as demonstrações contábeis consolidadas do Banco Safra S.A. e suas controladas (“Consolidado”) que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2011, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações contábeis A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco e do Consolidado em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa (individual e consolidado) para o exercício findo nessa data, e o desempenho de suas operações e o seu fluxo de caixa (individual) para o semestre findo em 31 de dezembro de 2011, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 131 Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos também as demonstrações do valor adicionado (DVA) para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 (individual e consolidada) e para o semestre findo em 31 de dezembro de 2011 (individual), preparadas sob a responsabilidade da Administração, cuja apresentação está sendo efetuada de forma voluntária. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Exame dos valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010 O exame das demonstrações contábeis individuais e consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2010, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram relatório de auditoria com data de 11 de fevereiro de 2011, sem ressalvas. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto. Como parte de nossos exames das demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011, examinamos também as reclassificações descritas na Nota 2(c) que foram efetuadas para permitir a comparabilidade das demonstrações contábeis de 2010. Em nossa opinião, tais ajustes são apropriados e foram corretamente efetuados. Não fomos contratados para auditar, revisar ou aplicar quaisquer outros procedimentos sobre as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010 e, portanto, não expressamos opinião ou qualquer forma de asseguração sobre essas demonstrações contábeis tomadas em conjunto. São Paulo, 1º de fevereiro de 2012. PRICEWATERHOUSECOOPERS Luiz Antonio Fossa Auditores Independentes Contador CRC nº. 2SP000160/O-5 CRC nº. 1SP196161/O-8 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 132 BANCO SAFRA S.A. MATRIZ Av. Paulista, 2100 Tel.: (11) 3175.7575 Cep: 01310-930 SÃO PAULO (SP) Aeroporto Internacional de Guarulhos - Cumbica 1º. andar - Asa B Tel.: (11) 2413.8100 Fax: (11) 2413.8107 Cep: 07141-970 Alphaville - Barueri Al. Rio Negro, 1084 - lj. 2 Tel.: (11) 4166.6500 Fax: (11) 4166.6544 Cep: 06454-000 Angélica Rua Maranhão, 527 Tel.: (11) 3829.2200 Fax: (11) 3829.2202 Cep: 01240-001 Aricanduva Av. Aricanduva, 5555 - lj. 128 Tel.: (11) 2723.7400 Fax: (11) 2723.7402 Cep: 03527-000 Barão Rua Barão de Itapetininga, 215 Tel.: (11) 3124.7400 Fax: (11) 3124.7402 Cep: 01042-001 Berrini Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 1062 Tel.: (11) 5503.2200 Fax: (11) 5503.2202 Cep: 04571-000 Boa Vista Rua Boa Vista, 87 Tel.: (11) 3293.4100 Fax: (11) 3293.4102 Cep: 01014-001 Bom Retiro Rua da Graça, 109 Tel.: (11) 3353.3399 Fax: (11) 3353.3362 Cep: 01125-001 Brás Rua Mendes Júnior, 605 Tel.: (11) 2799.9988 Fax: (11) 2799.9982 Cep: 03013-011 Campo Belo Av. Vereador José Diniz, 3707 Tel.: (11) 5090.3100 Fax: (11) 5090.3131 Cep: 04603-004 Central XV Rua XV de Novembro, 212 Tel.: (11) 3293.7100 Fax: (11) 3293.7101 Cep: 01013-000 Cidade Jardim Av. Brig. Faria Lima, 2668 Tel.: (11) 3039.2200 Fax: (11) 3039.2202 Cep: 01452-002 AGÊNCIAS NO PAÍS Dom José Gaspar Av. São Luiz, 84 Tel.: (11) 3124.7300 Fax: (11) 3124.7302 Cep: 01046-010 Paraíso Praça Oswaldo Cruz, 74 Tel.: (11) 3265.2200 Fax: (11) 3265.2202 Cep: 04004-070 Guarulhos Rua Felício Marcondes, 365 Tel.: (11) 2472.4100 Fax: (11) 2472.4102 Cep: 07010-030 Einstein Av. Albert Einstein, 665 Tel.: (11) 3745.2200 Fax: (11) 3745.2202 Cep: 05652-000 Paulista/Augusta/Haddock Lobo/Luiz Coelho Av. Paulista, 2100 Tel.: (11) 3175.7205 Fax: (11) 3175.7923 Cep: 01310-930 Jundiaí Rua Rangel Pestana, 305 Tel.: (11) 4583.4399 Fax: (11) 4583.4384 Cep: 13201-000 Faria Lima Av. Brig. Faria Lima, 1581 Tel.: (11) 3035.2200 Fax: (11) 3035.2202 Cep: 01451-001 Gabriel Monteiro Av. Brig. Faria Lima, 1581 - sobreloja Tel.: (11) 3035.2213 Fax: (11) 3035.2202 Cep: 01451-001 Graça Rua da Graça, 206 Tel.: (11) 2177.5560 Fax: (11) 2177.5581 Cep: 01125-000 Higienópolis Av. Angélica, 1263 Tel.: (11) 3821.2200 Fax: (11) 3821.2202 Cep: 01227-100 Ipiranga Rua Silva Bueno, 1100 Tel.: (11) 2066.7100 Fax: (11) 2066.7102 Cep: 04208-000 Itaim Rua Joaquim Floriano, 737 Tel.: (11) 3074.1600 Fax: (11) 3074.1602 Cep: 04534-012 Lapa Rua Roma, 695 Tel.: (11) 3677.2200 Fax: (11) 3677.2202 Cep: 05050-090 Moema Av. Min. Gabriel Resende Passos, 500 Tel.: (11) 5053.2255 Fax: (11) 5053.2252 Cep: 05421-022 Mooca Av. Paes de Barros, 242 Tel.: (11) 2797.6699 Fax: (11) 2797.6672 Cep: 03114-000 Morumbi Av. Morumbi, 8384 Tel.: (11) 5097.2200 Fax: (11) 5097.2202 Cep: 04703-004 Pacaembu Praça Charles Miller, 8 Tel.: (11) 2886.5509 Fax: (11) 2886.5519 Cep: 01234-010 Santana Rua Voluntários da Pátria, 1409 Tel.: (11) 2224.7300 Fax: (11) 2224.7302 Cep: 02011-100 Santo Amaro Av. Santo Amaro, 7123 Tel.: (11) 5525.2200 Fax: (11) 5525.2202 Cep: 04701-200 Sírio Libanês Rua Barata Ribeiro, 360 - loja Tel.: (11) 3122.6700 Fax: (11) 3122.6717 Cep: 01308-000 Tatuapé Rua Cantagalo, 76 Tel.: (11) 2095.6150 Fax: (11) 2095.6162 Cep: 03323-010 Trianon Av. Paulista, 1063 Tel.: (11) 3178.2200 Fax: (11) 3178.2204 Cep: 01311-200 Vila Maria Av. Guilherme Cotching, 955 Tel.: (11) 2633.1111 Fax: (11) 2633.1140 Cep: 02113-013 Vila Olímpia - JK Av. Juscelino Kubitscheck, 1327 Tel.: (11) 3217.2512 Fax: (11) 3217.2502 Cep: 04543-011 Bauru Rua Rio Branco - Quadra 24, 65 Tel.: (14) 3104.4000 Fax: (14) 3104.4002 Cep: 17016-190 Campinas Cambuí Rua Olavo Bilac, 101 Tel.: (19) 3753.8500 Fax: (19) 3753.8502 Cep: 13024-110 Mogi das Cruzes Av. Voluntário Fernando Pinheiro Franco, 249 - loja e sobreloja Condomínio Edifício Diomar de Mello Freire Tel.: (11) 4736.9100 Fax: (11) 4736.9120 Cep: 08710-500 Osasco Rua Antônio Agu, 1015 Tel.: (11) 3652.2200 Fax: (11) 3652.2202 Cep: 06013-000 Piracicaba Praça José Bonifácio, 783 Tel.: (19) 3437.8500 Fax: (19) 3437.8502 Cep: 13400-340 Ribeirão Preto Alto da Boa Vista Rua Inácio Luiz Pinto, 82 Tel.: (16) 3913.9560 Fax: (16) 3913.9571 Cep: 14025-680 Corporate Ribeirão Av. Presidente Vargas, 2164 Tel.: (16) 2111.5555 Fax: (16) 2111.5585 Cep: 14025-700 Ribeirão Preto Rua Duque de Caxias, 521 Tel.: (16) 3977.4900 Fax: (16) 3977.4913 Cep: 14015-020 Santo André Rua Senador Flaquer, 304 Tel.: (11) 4433.3300 Fax: (11) 4433.3302 Cep: 09010-160 Santos Rua São Francisco, 165 Tel.: (13) 3226.2200 Fax: (13) 3226.2203 Cep: 11013-201 São Bernardo do Campo Rua Mal. Deodoro, 490 Tel.: (11) 4122.6200 Fax: (11) 4122.6202 Cep: 09710-000 Campinas Rua Dr. Costa Aguiar, 700 Tel.: (19) 3733.8500 Fax: (19) 3733.8502 Cep: 13010-061 São Caetano do Sul Rua Manoel Coelho, 560 Tel.: (11) 4223.7300 Fax: (11) 4223.7302 Cep: 09510-101 Nova Campinas Av. José de Souza Campos, 900 Tel.: (19) 3794-8500 Fax: (19) 3794.8510 Cep: 13092-123 São José do Rio Preto Rua Bernardino de Campos, 3390 Tel.: (17) 3214.6200 Fax: (17) 3214.6244 Cep: 15015-300 Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 133 São José dos Campos Av. 9 de Julho, 95 - lj. 2 a 4 Tel.: (12) 3924.4400 Fax: (12) 3924.4402 Cep: 12243-000 Sorocaba Rua São Bento, 141 Tel.: (15) 3331.8500 Fax: (15) 3331.8502 Cep: 18010-030 BELÉM (PA) Av. Nazaré, 811 Tel.: (91) 4005.4917 Fax: (91) 4005.4916 Cep: 66035-170 BRASÍLIA (DF) SCS - Qd. 6 - Bl. A - lj. 76 Ed. Sofia Tel.: (61) 2102.4400 Fax: (61) 2102.4444 Cep: 70300-968 CAMPO GRANDE (MS) Rua Mal. Rondon, 1740 Tel.: (67) 2106.6800 Fax: (67) 2106.6822 Cep: 79002-200 CUIABÁ (MT) Av. Hist. Rubens de Mendonça, 1757 Tel.: (65) 2121.7400 Fax: (65) 2121.7403 Cep: 78050-000 FORTALEZA (CE) Aldeota Av. Santos Dumont, 2750 Tel.: (85) 4006.5900 Fax: (85) 4006.5914 Cep: 60150-161 Fortaleza Rua Barão do Rio Branco, 1411 Tel.: (85) 4006.6200 Fax: (85) 4006.6244 Cep: 60025-061 GOIÂNIA (GO) Centro-Oeste Rua João de Abreu, 192 - 13º. andar sl. B 132 a B 135 Tel.: (62) 3605.2900 Fax: (62) 3605.2915 Cep: 74120-110 Goiânia Av. República do Líbano, 2030 Tel.: (62) 4005.4244 Fax: (62) 4005.4229 Cep: 74115-030 Nova Suíça Av. T63, N 1509, Quadra 585 - Lote 01 Tel.: (62) 3237-9800 Fax: (62) 3237-9802 Cep: 74280-235 MACEIÓ (AL) Rua do Sol, 154 Tel.: (82) 2121.5200 Fax: (82) 2121.5244 Cep: 57020-070 MANAUS (AM) Rua José Paranaguá, 186 Tel.: (92) 2121.9110 Fax: (92) 2121.9130 Cep: 69005-130 MINAS GERAIS (MG) Belo Horizonte Av. João Pinheiro, 215 Tel.: (31) 2122.7900 Fax: (31) 2122.7949 Cep: 30130-180 Savassi Av. do Contorno, 6082 Funcionários Tel.: (31) 2127.6200 Fax: (31) 2127.6209 Cep: 30110-110 Juiz de Fora Av. Barão do Rio Branco, 2957 Tel.: (32) 3313.3100 Fax: (32) 3313.3103 Cep 36010-560 Uberlândia Av. Afonso Pena, 778 Tel.: (34) 2101.1300 Fax: (34) 2101.1312 Cep: 38400-130 NATAL (RN) Av. Prudente de Morais, 2936 Tel.: (84) 4005.3700 Fax.: (84) 4005.3711 Cep: 59020-510 PARANÁ (PR) Curitiba Batel Al. Dr. Carlos de Carvalho, 555 23º. andar Tel.: (41) 2102.5555 Fax: (41) 2102.5540 Cep: 80430-180 Curitiba Rua Marechal Deodoro, 240 Tel.: (41) 2106.1420 Fax: (41) 2106.1439 Cep: 80010-010 Portão Rua Carlos Dietzsh, 120 Tel.: (41) 2106.5000 Fax: (41) 2106.5002 Cep: 80330-000 Cascavel Rua Barão do Cerro Azul, 1266 Tel.: (45) 2101.5200 Fax: (45) 2101.5210 Cep: 85801-080 Londrina Av. Higienópolis, 270 Tel.: (43) 2101.9440 Fax: (43) 2101.9484 Cep: 86020-040 Maringá Rua Santos Dumont, 2699 Tel.: (44) 2101.4700 Fax: (44) 2101.4710 Cep: 87013-050 RIO GRANDE DO SUL (RS) Porto Alegre Corporate Porto Alegre Rua Mariante, 11 Tel.: (51) 4009.5554 Fax: (51) 4009.5567 Cep: 90430-181 Moinhos de Vento Rua Mariante, 86 - lj. 3 a 5 Tel.: (51) 2139.6260 Fax: (51) 2139.6290 Cep: 90430-180 Niterói Av. Ernani do Amaral Peixoto, 479 Tel.: (21) 2199.5600 Fax: (21) 2199.5632 Cep: 24020-072 Porto Alegre Rua dos Andradas, 1035 Tel.: (51) 2131.3722 Fax: (51) 2131.3741 Cep: 90020-007 Private Leblon Rua Dias Ferreira, 190 - sala 702 Tel.: (21) 3797.4300 Cep: 22431-050 Caxias do Sul Rua Júlio de Castilhos, 1500 Tel.: (54) 2101.7500 Fax: (54) 2101.7522 Cep: 95010-000 Novo Hamburgo Rua Júlio de Castilhos, 400 Tel.: (51) 2123.9900 Fax: (51) 2123.9909 Cep: 93510-130 RECIFE (PE) Boa Viagem Av. Conselheiro Aguiar, 3190 Tel.: (81) 2129.7800 Fax: (81) 2129.7818 Cep: 51020-021 Recife Av. Dantas Barreto, 514 Tel.: (81) 2122.1250 Fax: (81) 2122.1277 Cep: 50010-360 RIO DE JANEIRO (RJ) Barra da Tijuca Av. das Américas, 500 Tel.: (21) 2122.8111 Fax: (21) 2122.8132 Cep: 22640-100 Bonsucesso Rua Cardoso de Morais, 247 Tel.: (21) 2131.2300 Fax: (21) 2131.2332 Cep: 21032-000 Candelária Praça Pio X, 17 Tel.: (21) 2199.2818 Fax: (21) 2199.2927 Cep: 20040-020 Castelo Av. Erasmo Braga, 277 Tel.: (21) 2122.5010 Fax: (21) 2122.5031 Cep: 20020-000 Copacabana Av. Atlântica, 1782 - lj. A e B Tel.: (21) 2545.1920 Fax: (21) 2545.1903 Cep: 22021-001 Duque de Caxias Av. Brig. Lima e Silva, 1807 Tel.: (21) 3575.6155 Fax: (21) 3575.6150 Cep: 25071-182 Ipanema Rua Visconde de Pirajá, 240 Tel.: (21) 2141.2100 Fax: (21) 2141.2132 Cep: 22410-000 Rio Branco Av. Rio Branco, 80 Tel.: (21) 2122.3400 Fax: (21) 2122.3432 Cep: 20040-070 SALVADOR (BA) Iguatemi Av. Tancredo Neves, 148 Shopping Center Iguatemi Bahia Tel.: (71) 2106.8320 Fax: (71) 2106.8328 Cep: 41828-900 Salvador Rua Estados Unidos, 14 Tel.: (71) 2106.4500 Fax: (71) 2106.4527 Cep: 40010-020 SANTA CATARINA (SC) Blumenau Rua 7 de Setembro, 673 Tel.: (47) 2123.6600 Fax: (47) 2123.6640 Cep: 89010-201 Chapecó Av. Getúlio Dorneles Vargas, 927 N Tel.: (49) 3661.1100 Fax: (49) 3661.1102 Cep: 89802-002 Criciúma Rua Saldanha da Gama, 3954 Tel.: (48) 2101.3200 Fax: (48) 2101.3203 Cep: 88802-470 Florianópolis Rua Arcipreste Paiva, 187 Tel.: (48) 2107.3535 Fax: (48) 2107.3536 Cep: 88010-530 Joinville Rua do Príncipe, 158 Tel.: (47) 2101.7600 Fax: (47) 2101.7634 Cep: 89201-000 SÃO LUIZ (MA) Av. Cel. Colares Moreira, 07 - lj. 01 Tel.: (98) 2109.9620 Fax: (98) 2109.9630 Cep: 65075-440 VITÓRIA (ES) Av. Nossa Senhora dos Navegantes, 451 Tel.: (27) 2121.1777 Fax: (27) 2121.1788 Cep: 29050-335 AGÊNCIA NO EXTERIOR P.O. Box 1034 KY1-1102, Harbour Place, 4th Floor, 103 South Church Street, Grand Cayman, Cayman Islands Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 134 BANCO SAFRA S.A. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Carlos Alberto Vieira (presidente) Rossano Maranhão Pinto Joseph Safra Alberto Joseph Safra David Joseph Safra João Inácio Puga Silvio Aparecido de Carvalho DIRETORIA Rossano Maranhão Pinto (diretor-presidente) Agostinho Stefanelli Filho Alberto Corsetti Eduardo Pinto de Oliveira Eduardo Sosa Filho Hélio Albert Sarfaty Hiromiti Mizusaki Luiz Carlos Zambaldi Marcelo Balan Márcio Appel Murilo Roboton Filho Paulo Sérgio Cavalheiro Sérgio Luiz Ambrosi Sidney da Silva Mano Silvio Aparecido de Carvalho Walton Magalhães de Campos Filho Af-CoverEngl2011_CoverRelatSafra 5/16/12 3:22 PM Page 1 BRIC The new global economic power Annual Report 2011