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BRIC
A nova
força
econômica
mundial
Relatório Anual 2011
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SAFRA GROUP
BRAZIL
Banco Safra S.A.
Banco J. Safra S.A.
Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Safra Asset Management Ltda.
J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda.
Safra Seguros Gerais S.A.
Safra Vida e Previdência S.A.
JS Administração de Recursos S.A.
Banco Safra (Cayman Islands) Limited
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“Se escolher navegar os mares do sistema bancário, construa seu banco
como construiria seu barco: sólido para enfrentar, com segurança,
qualquer tempestade.”
JACOB SAFRA,
fundador
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CONTEÚDO
PALAVRA DO PRESIDENTE
ECONOMIA INTERNACIONAL
ECONOMIA BRASILEIRA
GRUPO SAFRA
BANCO SAFRA S.A. E SAFRA
CONSOLIDADO – DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
AGÊNCIAS NO PAÍS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO/
DIRETORIA
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PRINCIPAIS
NÚMEROS
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PALAVRA DO PRESIDENTE
O Brasil demonstrou mais uma vez, em 2011, sua
Nesse cenário, o desempenho do Banco Safra em 2011
capacidade de reação a um cenário econômico
foi consistente com o seu histórico. Os resultados
desfavorável. A crise de endividamento dos países
mantiveram a linha de sólida evolução, com o
periféricos europeus e a escalada dos preços do
aumento significativo das operações e a manutenção
petróleo afetaram adversamente o crescimento global
do foco na solidez.
mas, mesmo assim, conseguimos uma expansão na
economia de 2,7%, com o desemprego atingindo o
menor patamar da série histórica e com robusto
crescimento da renda.
Muito expressivo, por exemplo, foi o crescimento dos
recursos de terceiros – a soma das captações e dos
recursos administrados – que atingiram R$ 106,5 bilhões,
total 28,6% superior ao registrado em dezembro de 2010.
Vivemos, assim, uma situação diferenciada em relação
Desse montante, R$ 45,1 bilhões – mais 37,6%, sobre os
à maior parte dos países desenvolvidos, assolados por
R$ 32,8 bilhões registrados no final do exercício anterior –
problemas de desemprego e endividamento elevado.
correspondentes a recursos dos fundos de investimento
E mostrou-se novamente decisivo um ativo
sob gestão da J. Safra Asset Management, que se
extremamente valioso que possuímos: o grande
manteve como uma das maiores do mercado. A carteira
mercado interno, que cresce com o aumento da
de crédito totalizou R$ 56,9 bilhões, registrando
inclusão social e com a expansão, em bases seguras,
crescimento superior a 30%, taxa que repetiu a obtida
do crédito ao consumo.
no exercício de 2010.
Tais resultados refletem-se no otimismo das famílias
O lucro líquido do exercício foi de R$ 1.254,4 milhões,
brasileiras que, conforme pesquisa recente, subiu de
19,7% superior aos R$ 1.048,1 milhões de 2010.
67,2% para 69%. Outro detalhe revelador: mais de
Os ativos elevaram-se 18,5%, totalizando R$ 86,9 bilhões.
80% dos responsáveis pelos domicílios sentem-se
O patrimônio líquido aumentou para R$ 6,0 bilhões e a
seguros em sua ocupação atual.
rentabilidade anualizada foi de 21,6%, acima da taxa
dos anos anteriores.
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É com otimismo que vemos o cenário para o futuro.
A inflação deve desacelerar, com crescimento econômico
maior. E iniciativas no horizonte mais longo sugerem um
crescimento potencial mais expressivo para o futuro, com
ênfase no aprimoramento da infraestrutura, com maior
participação do setor privado – como no caso dos
aeroportos – e o ciclo de investimentos associado à
exploração do petróleo da camada pré-sal.
Em meio às dificuldades dos Estados Unidos e dos
países periféricos da Europa, os chamados BRICs – Brasil,
Rússia, Índia e China – entram fortemente em cena e com
brilho próprio. O que isso significa para o futuro é o tema
de nosso Relatório Anual 2011. Ninguém melhor para
escrever sobre os BRICs do que Jim O’Neill, o
economista-chefe da Goldman Sachs, criador da sigla,
em estudo de 2001.
Rossano Maranhão
Presidente
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ARTICULISTA
A Importância dos BRICs
Jim O’Neill
É uma honra ter sido convidado para escrever um artigo para esta
publicação. Como muitos leitores talvez já saibam, em dezembro último,
publiquei um livro intitulado The Growth Map: Economic Opportunity in the
BRICs and Beyond (O Mapa do Crescimento: Oportunidades Econômicas
nos BRICs e Além), em que aproveitei o décimo aniversário do conceito
BRIC para discutir o que aconteceu e, mais importante ainda, o que
acontecerá no futuro nessas e noutras “economias em crescimento”,
como prefiro chamá-las agora. Reproduzo abaixo a pequena seção sobre
o Brasil, onde falo sobre sua emergência como BRIC em linguagem
simples de leigo.
Mas antes quero acrescentar minha perspectiva mais atual sobre o mundo
e as economias dos BRICs. Continuo a acreditar que tive sorte de
identificar por acaso o maior fenômeno econômico do nosso tempo e que,
graças aos BRICs, o mundo está economicamente mais forte do que
percebe muita gente, especialmente os comentaristas ocidentais.
Vamos tentar colocar essa afirmação no seu devido contexto. No ano de
2012, o valor em dólares do Produto Interno Bruto (PIB) total de todos os
BRICs provavelmente crescerá de cerca de US$ 13 trilhões para US$ 15
trilhões. Trata-se de um aumento de US$ 2 trilhões, em apenas um ano.
É quase como criar outra Itália em meros 12 meses. Na década de
2010-19, a expansão do PIB do conjunto dos BRICs ficará entre
US$ 12 trilhões a US$ 15 trilhões, mesmo com premissas bastante
modestas quanto aos vetores do crescimento e, coletivamente, essas
economias se tornarão maiores do que os Estados Unidos da América
(EUA) já em 2015, se não um ano antes disso. Consequentemente, e
apesar dos desafios enfrentados pela Europa, pelo Japão e pelos EUA, a
economia mundial provavelmente crescerá entre 4% e 4,5% em média,
nessa década, taxa essa que é maior do que nas três primeiras décadas
que testemunhei durante a minha carreira profissional.
No cerne da história dos BRICs, está a China, evidentemente. O país é
particularmente especial para todos nós. Em 2011, o PIB da China cresceu
de US$ 5,9 trilhões para US$ 7,3 trilhões, saltando espantosamente
US$ 1,4 trilhão em apenas 12 meses. Como costumo dizer com
frequência, a China gera o equivalente a outra Grécia a cada 11 semanas
e meia. Nas primeiras sete semanas de 2012, a China gerou meia Grécia.
Quem se importa economicamente com a Grécia, a não ser que venha a
acontecer uma contaminação destruidora ou que você seja cidadão
daquele belo país? É um lugar de história e cultura grandiosas mas
economicamente não é tão relevante assim.
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O Brasil é especial para mim, entre os BRICs, porque provavelmente foi o país de maior risco que incluí no grupo
de quatro países simbolizado por essa sigla específica, quando a inventei, em 2001. Conforme discutido, muitas
pessoas questionaram minha sanidade mental, mas acabou mostrando-se talvez o juízo mais acertado. Até fins
de 2010, o Brasil já havia se tornado uma economia que eu não achava possível por mais uma década, ajudado
evidentemente pela força notável do real. Com a realização dos dois maiores eventos esportivos mundiais, daqui
a quatro anos e pouco, no Brasil, continuará sendo uma época muito especial para esse belo país. Espero ter o
prazer de visitá-lo durante grande parte de ambos os eventos em 2014 e 2016!
Brasil
A primeira vez em que estive no Brasil foi em 2004, para fazer uma palestra sobre o sonho dos BRICs. Quando eu
estava a ponto de iniciar a palestra, o homem que me havia convidado cochichou no meu ouvido: “A única razão
pela qual você incluiu o Brasil foi para criar uma sigla que soasse bem”. Até mesmo os brasileiros não
conseguiam acreditar que o sonho econômico tão longamente acalentado estivesse finalmente se tornando
realidade. Assim que voltei para casa, após essa visita, decidi comprar reais. Vendi os reais cerca de três meses
depois, mas deveria tê-los guardado. Nos últimos seis anos, a moeda brasileira demonstrou força espetacular.
Se tivesse contado para os operadores de câmbio com os quais andava nos anos 80 que a moeda mais forte dos
anos 2000 seria o real, teriam rido da minha cara. Mas evidentemente é isso que aconteceu. Hoje, o Brasil é o
mais popular dos BRICs e recebo constantemente convites para fazer palestras em reuniões de investidores em
São Paulo e no Rio. Os investidores, desde empresas globais de private equity até hedge funds, estão brigando
entre si para comprar ativos brasileiros. Pouco antes da eclosão da crise financeira, estive em Tóquio onde me
reuni com vários bancos de varejo japoneses, que me disseram que as donas de casa conservadoras do Japão,
as lendárias Sras. Watanabe, estavam loucas para investir no real. Por volta dessa mesma época, conheci o
presidente de um banco sul-africano, que me disse estar pensando em investir num banco brasileiro.
Agora, o mundo inteiro percebe que o Brasil finalmente se transformou de caso perdido hiperinflacionário
para a superpotência latino-americana do século XXI.
Da mesma forma que a China me comprovou sua maturidade durante a crise financeira asiática de 1997, o Brasil
demonstrou sua força na crise financeira de 2008. No passado, com certeza, o Brasil teria ficado no olho do
furacão, com sua moeda, suas taxas de juros e sua taxa de câmbio flutuando adoidado. Em vez disso, reduziu os
juros em resposta à crise global de crédito. Não se curvou diante da crise. Administrou tudo muito bem enquanto
a crise durou, recuperando-se rapidamente e com facilidade. Políticas estáveis, ao longo da década anterior,
permitiram aos dirigentes brasileiros implementar políticas expansionistas num momento em que outros países
estavam acuados, sem conseguir reagir. Era algo praticamente inédito para uma economia em desenvolvimento
e certamente para o Brasil. O boom que vimos no Brasil, em 2008-09, enquanto uma parte tão grande do mundo
estava sofrendo, só intensificou o namoro dos investidores com o país.
Mas a popularidade tem seu preço. Hoje em dia fico preocupado quando tantos investidores brasileiros que me
visitam em meu escritório em Londres dizem que acham Londres uma cidade barata. Essa não é a percepção de
muitas outras nacionalidades, mas reflete a força do real. Em meados de 2011, a moeda brasileira era a mais
plenamente valorizada dos BRICs – e talvez supervalorizada. Mas quero frisar que se trata de uma perspectiva
tática de investidor, de uma perspectiva de curto prazo baseada em avaliações. Para o longo prazo, continuo
sendo extremamente otimista sobre o Brasil. Seus êxitos recentes, após décadas de fracasso econômico,
justificam fortes expectativas positivas.
A decisão de incluir o Brasil nos BRICs não foi nada inevitável. Os outros três eram óbvios e, como disse, eu
estava procurando um país na América Latina. O Brasil sobressaía, com mais de 180 milhões de habitantes e
formuladores de políticas públicas apaixonados pelo regime de metas de inflação. Mas muita gente rejeitou a
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inclusão. Algumas pessoas chegaram a me implorar para não incluir o
Brasil, inclusive brasileiros. No estudo de 2003, em que traçamos a
trajetória dos BRICs até 2050, incluímos uma grande seção específica
sobre o Brasil, em que detalhamos as condições e as razões pelas quais o
País poderia não ser considerado ao lado de Rússia, Índia e China.
O próprio economista brasileiro da Goldman Sachs, Paulo Leme,
compartilhava as preocupações de muitos. Paulo tinha razões muito boas
para duvidar das perspectivas para o seu próprio país.
Afinal, o Brasil sempre tinha sido “o país do futuro” – de um futuro que
nunca chegava. Com seu vasto território e seus recursos naturais
abundantes, o país possuía um potencial econômico gritante. Durante
grande parte do século XX, era um dos países de crescimento mais rápido
do mundo e atraía milhões de imigrantes. Nos anos 50, o investimento
estrangeiro começou a fluir fortemente ao Brasil e as multinacionais
abriram filiais no país. Nos anos 60, havia previsões de que Brasil e
Argentina em breve seriam as maiores economias do mundo. O sonho foi
assassinado pela inflação, ao lado da inépcia de uma liderança política
altamente centralizada. O Brasil foi derrubado por uma sucessão infindável
de crises econômicas e políticas, alternando entre democracia e ditadura
militar, com períodos de crescimento econômico vigoroso seguidos de
depressões profundas. Os governos apontavam para os altos níveis de
investimento externo e o êxito da seleção brasileira no futebol, falando do
país com superlativos. O Brasil tinha a ponte mais cumprida e a maior
usina hidrelétrica do mundo. Mas esses autoelogios não podiam
escamotear o fato de que o país raramente alcançava a estabilidade que é
essencial para quem quer conquistar o progresso econômico sério.
O crescimento brasileiro era irregular e mal distribuído, sem equidade.
As condições de vida para os pobres do campo e da cidade manchavam
sua reputação. Suas cidades tornaram-se notórias pela violência.
Chegou-se ao fundo do poço, em São Paulo, em 1997, quando foram
assassinadas 8.092 pessoas, o que equivale a uma média de um
assassinato por hora. Durante minha carreira profissional, o Brasil teve
quatro moedas, o que reflete o caos econômico que castigava o país.
Os problemas da corrupção e ineficiência era endêmicos. E para pessoas
comuns isso se manifestava na ida diária à feira ou ao supermercado,
onde os preços era tão voláteis que nunca se sabia o preço de nada.
Desde 1950, o Brasil havia crescido a uma taxa anual de 5,3%, mas entre
1995 e 2005, a taxa diminuiu para 2,9%. Isso resultou de um doloroso
reajuste econômico, que transformou o destino econômico do país.
Somente nos anos 60, o Brasil passou por três crises financeiras. Mas um
grupo de políticos e economistas, que subiu ao poder em meados dos
anos 90, notavelmente Fernando Henrique Cardoso e Armínio Fraga,
identificou a hiperinflação como o maior flagelo do Brasil e decidiu
combatê-la. Após décadas de dependência do financiamento externo, o
Brasil finalmente dedicou-se à árdua tarefa de estabilizar a moeda. A dura
política de cortes de gastos adotada pelo governo reduziu o investimento
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em infraestrutura e o estoque de capital do país. A inflação foi finalmente
domada. Mas os benefícios desse plano de estabilização macroeconômica
demoraram para se traduzir em maior crescimento. Em 2003, nós
argumentamos que o Brasil ainda tinha de fazer reformas importantes,
tais como a abertura comercial e a redução da dívida em proporção ao
PIB, além de permitir que o setor privado entrasse nos mercados de dívida
e elevar as taxas de investimento e poupança. Sem essa reforma, de
acordo com o nosso argumento, o Brasil poderia continuar a apresentar
um desempenho aquém dos demais BRICs. Escrevemos, em 2003, que as
nossas esperanças para o Brasil “ainda poderão mostrar-se otimistas
demais sem reformas estruturais mais profundas”.
Tudo mais sobre o Brasil era imensamente sedutor – sua cultura, seu
esporte, seus recursos. Sempre foi um país pelo qual se apaixona
facilmente. Foi só a economia brasileira decolar e o mundo estava pronto
para abraçá-lo. A ascensão do Brasil como potência econômica aconteceu
muito mais rapidamente, pelo menos em termos de dólares, do que
antevíamos lá atrás, em 2001 e 2003. Isso deve-se em grande medida à
notável ascensão do real contra o dólar e muitas outras moedas. No final
de 2010, a economia brasileira já tinha chegado a US$ 2,15 trilhões. Isso
aconteceu cerca de 15 anos mais cedo do que havíamos previsto.
Em nossas projeções para 2050, um dos principais pressupostos era de
que haveria algum grau de valorização das moedas dos BRICs, mas não
a esse ponto. No caso brasileiro, existe o perigo de sobrevalorização do
real em 2011 e isso traz seus próprios perigos, principalmente o aumento
do custo de suas exportações, que são tão importantes. Essa apreciação
cambial constante poderá ter de ser revertida nos próximos anos para que
o crescimento brasileiro seja mais sustentável.
Voltando agora para a perspectiva macro, os fatos econômicos básicos do
Brasil são muito impressionantes. Sua população, de cerca de 180 milhões
de habitantes, é a quinta maior do mundo, além de ser jovem e ainda em
crescimento. Como demonstrou o crescimento dos EUA, ter uma
população jovem e crescente pode ajudar a gerar taxas muito fortes de
crescimento econômico e prosperidade. O Brasil tem o potencial de ser
muito maior, conforme mostram as projeções para 2050. Tem a
capacidade de tornar-se uma economia de perto de US$ 10 trilhões, ou
cerca de cinco vezes o tamanho atual. Comparativamente falando,
o Brasil tem o potencial de ultrapassar a Alemanha e o Japão, embora seja
improvável que chegue algum dia ao tamanho dos EUA ou, evidentemente,
da China. Hoje é o segundo maior, entre os BRICs, mas é provável que a
Índia supere o Brasil em algum momento dos próximos dez anos mais ou
menos, simplesmente por causa do número de habitantes da Índia.
Porém, se o Brasil puder continuar a trilhar o mesmo caminho dos
últimos 10 a 15 anos, então, sua população tem uma boa chance de
alcançar taxas de crescimento real do PIB de acordo com o potencial
econômico do país.
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Uma das mudanças mais importantes foi a transformação da cultura política do Brasil. Quando Luiz Inácio Lula da
Silva, líder do Partido dos Trabalhadores, estava prestes a tornar-se presidente, em 2003, muitas pessoas temiam
que pudesse reverter as políticas econômicas dos seus antecessores. Em vários círculos, Lula era visto como
esquerdista irresponsável, alguém que iria desmontar as políticas econômicas de FHC e a substituí-las com
políticas populistas para agradar a seus seguidores. Se eu tivesse passado muito tempo estudando sua história
como líder sindical e político, talvez tivesse compartilhado esses temores. Mas Lula fez duas coisas que me
tranquilizaram. Prometeu apoiar a política do regime de metas de inflação e confirmou a permanência na
presidência do Banco Central, de Armínio Fraga, o principal expoente dessa política. Isso bastou para mim.
Em retrospecto, ele aparece como o maior formulador de políticas do G20 na primeira década do século XXI.
Conseguiu convencer as classes inferiores, no Brasil, de que as políticas ocidentais lhes são favoráveis.
Independentemente da dor causada pelo regime de metas de inflação em termos de disciplina monetária, com
certeza, era melhor saber quanto valia o dinheiro que se tinha no bolso. O Lula havia tido uma infância pobre e
sabia muito bem como a hiperinflação e a constante insegurança financeira podem ser devastadoras.
Mostrou-se um defensor convincente das políticas necessárias para assegurar o crescimento de uma
economia em desenvolvimento.
Em setembro de 2010, a entrevista semanal do Financial Times (Lunch with the FT) foi feita com Fernando
Henrique Cardoso, num restaurante em São Paulo. Pediram-me para escrever uma matéria curta que
acompanharia a entrevista, dando a oportunidade para que eu comparasse o legado de FHC com o de Lula.
Comecei dizendo que poucas coisas me dariam mais prazer do que ter meu próprio Almoço FT, sorvendo
caipirinhas na praia de Ipanema e ouvindo um debate entre FHC e Lula. Embora sejam muito diferentes,
Lula é herdeiro de FHC de várias maneiras. FHC lhe deu o trampolim para alcançar o êxito e Lula teve a
inteligência para manter a maior parte do que herdou, transferindo os benefícios da estabilidade para a massa
e permitindo que as pessoas melhorassem em matéria de renda. Isso, por sua vez, deu aos formuladores de
políticas a credibilidade necessária para persistir com a política orientada à estabilidade. Conforme as palavras
de FHC na entrevista: “Eu fiz as reformas. Ele surfa na onda” (I did the reforms, Lula surfed the wave).
Em 2010, o manto político foi herdado por Dilma Rousseff, a sucessora de Lula. O desafio para ela é melhorar os
Growth Environment Scores, do Brasil, de modo a garantir sua capacidade de continuar a crescer. Em 2011, os
índices GES do Brasil estavam entre os mais altos, entre os BRICs, mas existe o perigo de que o êxito econômico
possa ter, para usar o termo de FHC, “anestesiado” o país quanto à necessidade de manter o momentum das
reformas. O Brasil de hoje abriga empresas gigantescas como a Petrobras que, em setembro de 2010, lançou a
maior oferta de ações do mundo, no valor de US$ 67 bilhões, para financiar a exploração de algumas das
maiores reservas de petróleo do mundo. No entanto, em 2010 o Brasil ficou apenas em 129º. lugar entre 183
países na pesquisa anual, Doing Business, do Banco Mundial. O país ainda precisa de reformas em áreas que vão
desde tributação até infraestrutura. A democracia brasileira necessitará de novos programas de grande escala
para melhorar a qualidade da assistência à saúde e da educação e para aumentar o uso da tecnologia. Mesmo
com tantos êxitos, os índices GES do Brasil ainda estão dois pontos abaixo dos da Coreia do Sul, indicando a
distância que ainda tem de percorrer para ser considerado uma economia plenamente desenvolvida.
Em algum momento, o Brasil terá de reverter os gastos liberados para combater os efeitos da crise financeira,
incrementar sua participação no comércio internacional e ampliar o investimento do setor privado. Apesar do
crescimento animador do Investimento Externo Direto (IED), o Brasil continua mais fechado para o comércio
mundial do que deveria estar. O governo deveria incentivar as empresas do país a explorar mais oportunidades
internacionais. Ampliar o investimento do setor privado será difícil porque as taxas de juros ainda estão
extremamente altas, apesar da longa e bem-sucedida batalha para estabilizar a inflação. É discutível se isso é
porque os cidadãos brasileiros duvidam da longevidade da inflação baixa ou se é um sintoma do crowding out, do
deslocamento do investimento privado pelos gastos do governo. Talvez ambas as explicações sejam verdadeiras.
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Reverter o aumento pós-crise dos gastos públicos poderia ajudar a reduzir
as taxas de juros reais e aliviar parte da pressão altista sobre o real.
A força do real é outro desafio. Desconfio que o nível relativamente alto
dos juros no Brasil ajuda a sustentar essa valorização do real,
especialmente em vista dos escassos retornos disponíveis na maioria dos
outros mercados. Se a Sra. Watanabe está comprando reais pelo retorno
que oferecem, então, pode-se imaginar que muita gente esteja fazendo o
mesmo. Mas pode ser que haja outras razões para a força do real.
Pode ser que reflita o desejo de investidores e empresários em todo o
mundo de investir no país quando não desejavam isso no passado.
A única maneira de se saber ao certo seria se os juros nominais e reais no
Brasil caíssem. Outro ponto de vista é que os juros reais brasileiros estão
onde deveriam estar e que são os juros de outros países que estão baixos
demais. Segundo esse argumento, as taxas de juros ao redor do mundo
acabarão subindo, diminuindo o diferencial com os níveis brasileiros.
De qualquer modo, os altos juros reais não impediram o Brasil de crescer
fortemente nos últimos anos, pelo menos até agora, e portanto não
podem ser vistos como um obstáculo insuperável ao crescimento.
Mas a coisa mais importante que a Dilma pode fazer, a meu ver, é garantir
que o Banco Central continue independente e possa trilhar o seu próprio
caminho para manter a inflação baixa e estável. A vida do Brasil, enquanto
BRIC, criou o potencial de renascimento econômico. A inflação baixa e
estável dá a cada brasileiro a chance de planejar o futuro de modo mais
sensato, o que é uma causa subestimada do crescimento sustentável.
No momento em que escrevo, em meados de 2011, a riqueza média
brasileira está em cerca de US$ 10 mil per capita, tendo aumentado
dramaticamente na última década. Dezenas de milhões de brasileiros
saíram da pobreza. Até 2050, o Brasil terá a chance de ver sua riqueza
crescer rumo aos níveis atualmente usufruídos pelos melhores, entre os
países desenvolvidos, correspondentes a pelo menos quatro vezes os
níveis atuais. Isso fará do Brasil não apenas uma das mais ricas entre as
economias chamadas, cada vez menos apropriadamente, de “economias
em desenvolvimento”, mas também e finalmente um país de hoje
e não só do futuro.
Faz pouco tempo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, visitou-me
em meu escritório em Londres. Os Jogos Olímpicos serão realizados no
Rio em 2016, quatro anos depois dos Jogos de Londres em 2012, e o
prefeito queria aprender com os preparativos em Londres. Convidou-me
a fazer uma palestra num congresso dos BRICs no Rio. Na data proposta
eu não poderia, mas ele é um homem carismático e insistiu para que
realizássemos o evento na semana do carnaval. Quando fui ver, verifiquei
que se tratava da semana de half-term (folga no meio do período letivo)
para minha mulher, que dá aula para adultos com dificuldades de
aprendizagem. Acabamos passando oito dias fantásticos no Rio.
Normalmente, quando viajo a trabalho, sou obrigado a chegar na cidade,
ficar pouco tempo e partir sem conhecer o lugar. Dessa vez foi diferente.
Fiz a palestra e, em seguida, pudemos dedicar alguns dias a férias
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pessoais. Naturalmente, parte consistiu na segunda visita de minha vida ao
estádio do Maracanã, para ver um jogo de futebol. Também tive a
oportunidade de visitar a maior favela do Rio. A maioria das pessoas fora
do Rio pensa que as favelas são lugares caóticos, desesperadores e
sórdidos. Eu visitei o Rio pela primeira vez em 2003 e tinha lido muitas
histórias sobre o crime e a pobreza da cidade e sobre assaltos violentos
nas ruas ao redor de Copacabana. Talvez eu tenha tido sorte, mas nunca
considerei o Rio pior do que Nova York ou Londres. Visitar a favela foi uma
experiência e tanto. Foi de dia, devo reconhecer, e talvez a gente tenha sido
levada apenas às áreas menos conturbadas. Mas fiquei surpreso com a
aparência de organização e normalidade que vi em toda parte. Comparada
com as áreas mais degradadas das cidades da Índia, a favela carioca
parecia quase um luxo! O sol estava em brasa e num determinado
momento paramos para beber algo num minúsculo barzinho. Lá estava eu
sentado quando percebi uma agência de viagens ao lado. Sua vitrine exibia
anúncios de voos para outras partes do Brasil e do mundo. Quando
perguntei aos brasileiros a respeito disso, disseram que a presença de uma
agência de viagens numa favela era apenas mais um sinal do progresso de
seu país. Sei perfeitamente que o Rio não é o Brasil e que não se deve
julgar nada por uma única experiência. Mas essa viagem realmente
influenciou minhas percepções do Brasil, acrescentando detalhes e
enriquecendo aquilo que já aprendo com os dados econômicos brutos que
analiso todos os dias. Parti cheio de admiração pela diversidade e
tolerância do povo brasileiro. Pode ser óbvio para alguns, mas eu nunca
tinha apreciado plenamente a grande mescla que é o Brasil, com pessoas
de tantas cores e origens étnicas e nacionais convivendo na maior
tranquilidade nas praias de Copacabana ou Ipanema e em toda a cidade.
Eduardo Paes e sua equipe têm um plano para fazer do Rio de Janeiro a
Cidade do Hemisfério Sul, concorrendo com Sydney e Cidade do Cabo,
além de rivais latino-americanos como Buenos Aires. É um desafio.
Mas dadas as belezas naturais do Rio, desde que se consiga melhorar a
infraestrutura, sobretudo o aeroporto, ampliar as instalações em geral e
reduzir o crime, é uma meta fantástica. A realização da Copa do Mundo,
em 2014, no Brasil e dos Jogos Olímpicos, em 2016, no Rio, certamente
ajudará. Serão grandes oportunidades para realçar os pontos fortes do
Brasil e estimular melhorias ainda maiores no país inteiro. Os chineses
certamente adotaram essa atitude para os Jogos Olímpicos de Pequim em
2008. No mínimo, esses eventos esportivos deverão melhorar a situação
hoteleira no Rio. Nos 16 quilômetros da orla marítima de Copacabana e
Ipanema, ainda há somente dois hotéis cinco estrelas, em 2011. Contraste
isso com Miami, onde hotéis de luxo enfileiram-se pela orla toda.
Quando aquele homem cochichou no meu ouvido que, em 2004, o Brasil
só foi incluído entre os BRICs para tornar a sigla mais eufônica, percebi
quão baixas estavam as expectativas para o país. Não precisaria saltar a
grandes alturas para surpreender. Na verdade, acabou saltando muito alto
e, se deixarmos de lado as altas valorizações atuais, poderá saltar a
alturas ainda maiores.
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Jim O’Neill
Investment Management
Londres
Jim O’Neill é o presidente não executivo (chairman) da
Goldman Sachs Asset Management (GSAM). Como
chairman, ajuda a orientar todos os aspectos das atividades
da GSAM ao redor do mundo. Antes de assumir esse cargo,
em setembro de 2010, dirigiu a área de Economia Global,
Commodities e Análise Estratégica. Além disso, tem assento
no Conselho Sênior de Diversidade. Começou na Goldman
Sachs em 1995 como sócio, co-chefe da área de Análise
Econômica Global e chief currency economist.
Antes disso, chefiou a área de análise em escala global, na
Swiss Bank Corporation (SBC), entre 1991 e 1995. Começou
na SBC em 1988. Antes disso, trabalhou no Bank of America
e na International Treasury Management, uma divisão do
Marine Midland Bank.
Jim criou a sigla BRIC. Junto com seus colegas, publicou
muitos estudos sobre os BRICs e a sigla tornou-se sinônimo
da emergência de Brasil, Rússia, Índia e China como
oportunidades de crescimento do futuro.
Jim é membro do conselho do Instituto Itinera e participa do
conselho do Bruegel desde sua fundação. É membro da
Mesa-Redonda Reino Unido-Índia e do UK India Business
Council (UKIBC). É chairman e um dos mantenedores
fundadores da SHINE, entidade filantrópica sediada em
Londres. Também é chairman do Greater Manchester Local
Enterprise Partnership Advisory Board, conselho de
assessoria de parcerias com empreendedores locais da
Região Metropolitana de Manchester. Além disso, Jim é
membro dos conselhos da Teach for All e de várias outras
entidades filantrópicas especializadas em educação.
Foi diretor não executivo do Manchester United antes da
volta do clube para as mãos da iniciativa privada, em 2005.
Jim O’Neill recebeu o título de bacharel em economia da
Universidade de Sheffield, na Inglaterra, em 1978, e um
doutorado da Universidade de Surrey, em 1982. Recebeu o
título de Doutor Honoris Causa do Instituto de Educação da
Universidade de Londres, em 2009, pela sua filantropia
educacional.
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ECONOMIA INTERNACIONAL
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1.1. AMBIENTE ECONÔMICO EM 2011 E PERSPECTIVAS PARA 2012
O ano de 2011 ficou marcado por importante revisão da perspectiva para
o crescimento econômico global no mundo pós-crise, evidenciando o
agravamento de diversos entraves que o complexo cenário atual impõe à
retomada do crescimento. No início do ano, era esperada a solidificação
do processo de recuperação da atividade econômica iniciado em 2010.
A Tabela 1 (baseada em dados e projeções do Fundo Monetário
Internacional - FMI) exibe a diferença entre a expectativa para o
crescimento do PIB em janeiro de 2011 e o desempenho efetivo das
principais economias no ano.
Nota-se que, de modo geral, a dinâmica de crescimento no ano foi
decepcionante. Mesmo as economias emergentes apresentaram
desempenho mais fraco do que o originalmente estimado, refletindo a
implementação de medidas de contenção da demanda agregada com
efeito superior ao previsto sobre a atividade.
Tabela 1: Diferença entre crescimento efetivo e o projetado em 2011 - em %
Mundo
Economias Avançadas
EUA
Zona do Euro
Japão
Economias Emergentes
Brasil
China
Índia
Rússia
Crescimento
em 2011
Crescimento
projetado
em jan/2011
3,8
1,6
1,7
1,6
-0,9
6,2
2,7
9,2
7,4
4,1
4,4
2,5
3
1,5
1,6
6,5
4,5
9,6
8,4
4,5
Fonte: IMF World Economic Outlook (jan/2011 e jan/2012)
Diferença
-0,6
-0,9
-1,3
0,1
-2,5
-0,3
-1,6
-0,4
-1,0
-0,4
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Ao longo do ano, ficou evidenciada a ausência de resolução para os principais obstáculos ao crescimento nas
economias avançadas, notadamente os de origem no endividamento excessivo, como a crise fiscal europeia e a
frágil recuperação do consumo das famílias norte-americanas. Adicionalmente, fenômenos de natureza
imprevisível (como a Primavera Árabe e o terremoto/tsunami no Japão) resultaram em choques de oferta de
complicada absorção em um contexto já bastante difícil, no primeiro semestre.
Ao mesmo tempo, as taxas de inflação mostravam aceleração na maioria dos países, refletindo o processo de
valorização das commodities nos mercados globais. Esse processo foi induzido pelo consumo crescente nos
países emergentes, pelo excesso de liquidez na economia global e enfraquecimento do dólar norte-americano e,
no caso do petróleo e seus derivados (Gráfico 1), agravado pelas tensões no norte da África e Oriente Médio,
grandes produtores dessas commodities. Nas economias emergentes, a combinação de forte crescimento com
inflação elevada resultou em reversão do arranjo de política monetária e fiscal frouxas. Mesmo na Zona do Euro,
sob fortes restrições ao crescimento, o Banco Central Europeu (BCE) empreendeu um curto ciclo de alta dos juros
(posteriormente revertido).
Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:03 PM Page 20
Não bastassem esses desdobramentos – cujos reflexos eram de difícil
avaliação a priori –, verificou-se aumento da incerteza quanto aos rumos
da política fiscal norte-americana e suas consequências sobre o
crescimento. Na Europa, a crise de solvência também se intensificou,
resultando no anúncio de novos pacotes de socorro para os países em
dificuldades, como Portugal e Grécia (o último já no segundo pacote de
auxílio). As medidas de austeridade empregadas fragilizaram ainda mais o
desempenho econômico local, além de contribuírem para o
descontentamento popular em diversos países, resultando em queda de
governos parlamentares – notadamente o de Silvio Berlusconi, na Itália.
Esses eventos resultaram em elevação dos juros cobrados pelos
investidores para rolagem da dívida dos países europeus (Gráfico 2), de
forma que o problema não mais ficou restrito à periferia da Zona do Euro.
A possibilidade de um default soberano aumentou o risco sistêmico e o
temor de colapso da moeda comum. As preocupações relacionadas à
solidez do sistema financeiro da Zona do Euro (grande detentor de títulos
públicos) tiveram efeitos negativos sobre os canais de crédito locais e
sobre os fluxos de capital no mundo todo.
Irlanda
Portugal
Espanha
Itália
Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:03 PM Page 21
A minoração desses problemas só foi possibilitada por uma ação mais agressiva das principais economias
avançadas no provimento de liquidez. Em novembro, a ação conjunta dos BCs garantiu linhas de financiamento
em dólares a menores custos para as instituições financeiras fora dos EUA. No mesmo sentido, a atuação do
BCE, no mercado de dívida, se mostrou importante para acalmar os mercados. Ainda assim, o contexto
econômico mundial encerrou o ano sob expressiva desconfiança.
As dificuldades de ordens política e econômica ainda presentes comprometem as perspectivas de um crescimento
mais robusto em 2012; a falta de resolução para os desequilíbrios que marcaram os anos anteriores e o pouquíssimo
espaço para a execução de políticas voltadas para o crescimento sugerem um cenário pouco animador para a
economia global.
Assim, as principais economias avançadas tendem a apresentar expansão abaixo do nível necessário para (i)
reduzir significativamente a taxa de desemprego e (ii) afastar o temor de insustentabilidade fiscal. Nesse cenário,
a extraordinária liquidez global não deve sair de cena, possivelmente tendo sua escala intensificada ao longo de
2012. As economias emergentes, por sua vez, devem manter uma dinâmica de crescimento mais intenso,
relacionado principalmente à força de seus mercados consumidores.
Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:04 PM Page 22
1.2. ESTADOS UNIDOS
A economia norte-americana encerrou 2010 mostrando sinais de melhora,
com os dados de atividade econômica surpreendendo positivamente, ao
mesmo tempo em que o afrouxamento das políticas fiscal e monetária
avançava. Essa conjuntura levou ao aumento da expectativa para o crescimento da principal economia do mundo em 2011. No entanto, logo nos
primeiros meses daquele ano, ficou evidente que uma série de
desequilíbrios ainda não estava superada. Tal percepção levou à redução
das projeções para o crescimento, como ilustrado no Gráfico 3.
O principal entrave para a recuperação seguiu sendo o frágil consumo das
famílias, ainda sob sérias limitações. Desde o início da recessão, a
melhora do mercado de trabalho norte-americano mostra-se bastante lenta
(Gráfico 4), com desemprego em patamar elevado e dinâmica desfavorável
dos salários. A percepção de riqueza das famílias norte-americanas, outro
elemento que poderia, em tese, estimular o aumento do consumo, não
apresentou evolução favorável, por estar bastante atrelada ao valor (ainda
deprimido) dos imóveis. O forte aumento dos preços do petróleo no
primeiro semestre, por sua vez, ampliou o comprometimento da renda com
os gastos de energia, reduzindo a renda disponível para consumo de
outros bens e serviços.
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Somada a esses problemas de ordem estrutural, a pressão da oposição
republicana (contrária aos estímulos fiscais empreendidos pelo governo
Obama) ganhou corpo no Congresso. Situação e oposição não foram
capazes de impedir o acirramento do embate político em torno da
aprovação do aumento do teto da dívida federal, necessário para evitar o
que seria o primeiro calote da dívida soberana dos EUA na história
recente. A longa espera para a resolução da questão resultou no
rebaixamento da nota de risco soberano do país por uma agência
internacional de classificação de risco. Em um ambiente já frágil, tais
desdobramentos ampliaram a incerteza, influenciando negativamente a
confiança de empresários e consumidores.
Ao fim, o partido do presidente Barack Obama não pôde evitar seu
comprometimento com a reversão parcial das medidas de expansão fiscal
nos próximos anos, em um contexto de atividade econômica ainda
debilitada, como moeda de troca pela elevação do limite de
endividamento. Foi definido um comitê suprapartidário encarregado de
apontar áreas que sofrerão cortes de gastos a fim de reduzir o elevado
déficit orçamentário nos próximos anos (Gráfico 5).
A condução da política monetária pelo Banco Central norte-americano
(Fed), por sua vez, continuou extremamente acomodatícia em 2011.
Ao longo do ano, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) utilizou diversas
ferramentas não convencionais para afrouxar as condições monetárias,
dado que a taxa de juros (Fed Funds) já se encontrava no seu piso (entre
0% e 0,25% ao ano). Até junho, o Fed conduziu seu segundo programa
de compra de títulos públicos por meio da expansão do balanço
patrimonial do banco, chamado também de Quantitative Easing 2 (QE2).
O Gráfico 6 apresenta a evolução do balanço do Fed ao longo de 2011.
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Novas medidas foram tomadas nesse sentido, ao longo do segundo
semestre. Em agosto, em uma tentativa de aumentar a transparência da
comunicação entre o Fed e o mercado, os membros votantes do Fomc
afirmaram que as condições econômicas (marcadas por ociosidade dos
fatores de produção e inflação esperada comportada no médio prazo)
seriam suficientes para garantir que a taxa dos Fed Funds continuasse em
níveis baixos ao menos até meados de 2013.
A persistência do crescimento em ritmo lento levou a tomada de medidas
adicionais. E, na reunião de setembro, o Fomc decidiu alongar o perfil da
carteira de ativos do Fed, no que ficou conhecido como Operação Twist.
A operação, que consistiu em vender títulos do Tesouro norte-americano
com vencimento de até três anos e comprar papéis com prazo entre seis e
trinta anos, visava pressionar para baixo as taxas de juros de prazo mais
longo, aliviando ainda mais as condições do mercado de crédito.
Apesar de todos os esforços, o crescimento econômico norte-americano,
em 2011, foi de 1,7%, abaixo do verificado em 2010 (2,9%) e a taxa de
desemprego, ainda que em trajetória de queda, encerrou o ano em 8,5%,
ainda longe da normalidade.
Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:06 PM Page 27
Para 2012, julgamos que o ritmo de crescimento dos EUA deve prosseguir modesto, levemente acima de 2%.
O consumo das famílias deverá ainda ser afetado negativamente: (i) pela lenta recuperação do patrimônio líquido
dos consumidores; (ii) pelo processo de desalavancagem; e (iii) pelo lento crescimento do emprego e da renda.
Da perspectiva da política monetária, o Fed não deverá adotar medidas adicionais, ao menos até meados do ano
e, em caso de desaceleração do crescimento e/ou iminência de processo deflacionário, a autoridade monetária
poderá lançar mão de mais medidas de estímulo.
O ano também será marcado pelas eleições presidencial e para o Congresso, programadas para novembro.
A manutenção dos democratas no poder tenderia a favorecer um ajuste fiscal mais diluído no tempo, quando
comparado a um eventual governo republicano, que penalizaria em maior escala o crescimento no curto prazo.
Um cenário mais adverso poderá emergir, caso o presidente eleito não obtenha controle absoluto do Congresso.
Nesse caso, é provável que a intransigência política entre os partidos continue, o que poderá, em última
instância, desencadear novo rebaixamento da classificação de risco soberano do país. Novamente, tais
incertezas poderiam afetar negativamente a confiança e as perspectivas de crescimento norte-americano.
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1.3. ZONA DO EURO
Em 2011, o cenário econômico no Velho Continente seguiu marcado pela
falta de solução para o excessivo endividamento público de diversos países
dentro da Zona do Euro. Durante todo o ano, o balanço de riscos da região
permaneceu agravado pelo aumento da probabilidade de reestruturação da
dívida pública grega, com potenciais efeitos severos sobre o sistema
financeiro da região. Os mecanismos de governança do bloco econômico
não mostraram possuir a celeridade necessária para enfrentar tais
problemas, com efeitos perversos sobre a confiança e o crescimento da
economia da região.
Cumpre ressaltar que o debate fiscal não ficou circunscrito apenas aos
países da periferia (principalmente Portugal, Grécia e Irlanda), como em
2010. Ao longo de 2011, a sustentabilidade da dívida pública na Itália e
Espanha foi colocada em xeque de uma maneira até então inédita, com
forte elevação dos juros cobrados pelos investidores e dificuldade na
rolagem das dívidas soberanas. Já no campo da política monetária, a
atuação do BCE – que teve dois momentos bastante distintos, refletindo a
troca de comando da instituição – foi vital para evitar um evento de ruptura.
Nos primeiros meses do ano, o crescimento econômico europeu seguiu
bastante heterogêneo, entre os países. Se, por um lado, Alemanha e
França registravam forte expansão da indústria, crescimento robusto das
exportações e recuperação do consumo das famílias, por outro, Grécia,
Irlanda, Portugal, Itália e Espanha apresentavam crescimento anêmico.
Tal dinâmica foi intensificada pelos rigorosos processos de ajuste fiscal
que esses últimos países empreenderam, seja por exigência dos
provedores de pacotes de ajuda (FMI, UE e BCE) seja para recuperar a
confiança dos credores privados.
Em abril, o BCE, ainda sob o comando de Jean-Claude Trichet, decidiu
iniciar um processo de elevação da taxa básica de juros da área monetária
comum, respondendo à aceleração dos preços. Essa postura rígida do
BCE foi justificada pela necessidade de ancorar as expectativas de
inflação, evitando efeitos de segunda ordem sobre os demais preços da
economia. No entanto, a percepção crescente de que a expansão
econômica da região era mais frágil que o esperado aumentou o receio
sobre o desempenho da atividade em um ambiente de condições
monetárias mais restritivas, o que levou o BCE a interromper o curto ciclo
de alta dos juros (+50 p.b. no acumulado entre abril e julho).
Ao final do primeiro semestre, as preocupações dos investidores se
voltaram mais uma vez para o problema grego de solvência fiscal.
Novas medidas passaram a ser negociadas, como a necessidade de um
segundo pacote de ajuda à Grécia e a reestruturação ordenada de sua
dívida, envolvendo de alguma forma um haircut para seus credores.
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A expansão do risco sistêmico foi intensificada pela resistência das autoridades em apresentar soluções críveis
para a crise. O sistema financeiro europeu passou a ficar mais restritivo dado o aumento do risco de crédito
percebido pelos bancos europeus (grandes detentores de títulos públicos) com repercussões negativas sobre a
economia real e aumento expressivo dos juros cobrados para rolagem da dívida pública de países centrais (Itália,
Espanha e França). Assim, ficava clara a necessidade de maior intervenção do BCE nos mercados de dívida
soberana e de expansão da liquidez para o sistema bancário.
Diferentemente dos sistemas bancários brasileiro e norte-americano, o sistema bancário europeu tem
dependência relativa muito maior do mercado de atacado de financiamento, inclusive de fontes externas.
Frente à paulatina elevação do risco soberano, os bancos europeus sofreram deterioração de sua base de
financiamento, notadamente em relação a bancos e investidores americanos. Essa escassez de funding em
dólares levou à ação coordenada dos bancos centrais dos principais países desenvolvidos, que ampliou as
linhas de liquidez denominadas em dólares norte-americanos, reduzindo também o custo dessas operações.
As medidas anunciadas em julho, como um segundo pacote de socorro aos gregos, e a disposição em usar o
Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, em inglês) para abrir linhas de crédito para a compra de títulos
soberanos no mercado secundário e recapitalizar os bancos, se mostraram de difícil implementação, dada a
lentidão do processo político. Exauriu-se a possibilidade de uma solução que fosse predominantemente fiscal.
A eventual ampliação do EFSF esbarrou na inconsistência lógica de se alavancar (endividar) o fundo, que tem
como papel resolver uma crise de endividamento, gerando desconfiança de potenciais investidores. Na ausência
de uma solução via política fiscal, a única resposta possível foi o estímulo monetário. Assim, uma solução de
curto prazo que contasse com participação mais incisiva do BCE mostrou-se indispensável.
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Diante disso, o BCE usou de sua prerrogativa de independência e
anunciou que compraria papéis soberanos da Itália e Espanha diretamente
no mercado secundário de maneira temporária (já comprava os títulos da
Grécia e de Portugal), até que fosse solucionada a questão de como
capitalizar o EFSF para que tivesse recursos à altura de seus novos
desafios (ver Gráfico 8). Desta forma, Trichet conseguiu blindar, Itália e
Espanha, mas se distanciava de seu discurso anterior, contrário a um
socorro dessa magnitude aos países endividados.
Nas semanas posteriores, o italiano Mario Draghi assumiu a presidência do
BCE e, logo na primeira reunião de política monetária sob sua gestão, a
taxa de juros foi cortada em 25 p.b. diante do risco de recessão (Gráfico
9). Porém, tanto a atuação mais intensa do EFSF quanto o novo pacote de
ajuda à Grécia seguiam sem implementação, imersos nas dificuldades de
governança da região. A piora do cenário aumentava a pressão para que o
BCE assumisse o papel de emprestador de última instância.
Na reunião seguinte, em dezembro, o BCE anunciou medidas adicionais
para prover liquidez ao sistema bancário, além de reduzir novamente os
juros em 25 p.b. De forma inédita, foi oferecido o Long-Term Refinancing
Operation (LTRO), oferta de crédito ilimitado aos bancos comerciais a 1%
de juros anuais, com prazo de recompra após três anos (em 2008, o prazo
máximo foi de 1 ano). A medida, que atraiu € 489,0 bilhões no primeiro
leilão, em dezembro último, e € 529,0 bilhões, no leilão de fevereiro de
2012, implicou forte aumento do balanço patrimonial do BCE.
Adicionalmente, foi decidida a ampliação do leque de garantias que os
bancos podem usar para conseguir crédito da autoridade monetária.
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Ao permitir um ganho de arbitragem por parte dos bancos comerciais, a
atuação do BCE por meio do LTRO facilitou também a rolagem da dívida
soberana dos países em crise, cujos títulos pagam juros bastante
superiores ao custo de financiamento dos bancos. De toda forma, a
resolução definitiva da crise fiscal europeia não foi alcançada em 2011 e
ainda levou o risco sistêmico para o centro da Zona do Euro.
No campo político, a crise de endividamento soberano resultou na queda
de diversos líderes de governo. De modo geral, as saídas de primeirosministros refletiram o desgaste social causado por planos de austeridade
fiscal de difícil aceitação popular, com consequente perda de apoio nos
parlamentos. Em janeiro, o então primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen,
renunciou; no mês de março, foi a vez de José Sócrates entregar sua carta
de renúncia ao Parlamento Português; em novembro, Giorgos Papandreou
deixou o posto de primeiro-ministro grego em prol de um governo de
coalizão que permitisse a continuidade das duras medidas de ajuste; ao
mesmo tempo, Silvio Berlusconi anunciou sua saída do gabinete italiano;
na Espanha, José Luis Zapatero convocou eleições e decidiu não
concorrer à reeleição em meio à queda de sua popularidade.
1.4. ÁSIA
O cenário econômico de 2011 na Ásia foi marcado pela ocorrência de
desastres naturais e pela ascensão da China ao posto de segunda maior
economia mundial, ultrapassando a economia japonesa. No Japão, os
reflexos do terremoto seguido de tsunami sobre a atividade e o saldo
comercial foram significativos. Na Tailândia, inundações de proporções
catastróficas também afetaram o funcionamento das cadeias de produção
da economia, no último trimestre do ano, impactando também seus
parceiros comerciais.
O saldo comercial japonês registrou queda abrupta ao longo do ano, se
reduzindo de um superávit de US$ 75,7 bilhões, em 2010, para um déficit
de US$ 31,7 bilhões, ao final de 2011. As consequências do terremoto de
março afetaram negativamente diversas indústrias do país, também
prejudicadas pelo iene apreciado. Esses fatores reduziram a produção e a
competitividade de bens exportáveis. Adicionalmente, dada a interrupção
do funcionamento de usinas nucleares, houve aumento expressivo da
importação de combustíveis fósseis para uso energético.
Na China, o crescimento econômico desacelerou para 9,2%, em 2011,
após expansão de 10,3% do PIB no ano anterior. Essa dinâmica foi
influenciada pelas medidas de aperto monetário tomadas pelo governo
para conter o aumento da inflação ao consumidor ao longo de 2011.
O índice de preços ao consumidor aumentou de forma contínua, nos
primeiros sete meses do ano passado (Gráfico 10), ao passar de 4,6%
para 6,5% – acima do nível tolerado pelo governo. Parcela expressiva da
inflação decorreu do aumento de preço dos alimentos, cuja taxa de
inflação elevou-se de 9,6% em janeiro de 2011 para 14,8%, ao final de
julho daquele ano. De agosto em diante, a inflação passou a ceder,
encerrando o ano passado em 4,1%.
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Em resposta ao processo inflacionário, houve seis elevações da alíquota
dos depósitos compulsórios, entre janeiro e junho, enquanto a taxa de
juros foi elevada em três oportunidades, em 2011 (Gráfico 11). A condução
da política monetária foi uma das responsáveis pela desaceleração do
ritmo de crescimento do comércio e da produção industrial no país, ainda
que ambos indicadores sigam apresentando taxas de expansão elevadas
para os padrões internacionais.
Com relação ao setor externo chinês, o saldo comercial recuou, mais uma
vez, diante da menor demanda estrangeira resultante do cenário global
mais restritivo. Essa foi a terceira queda consecutiva do saldo anual, como
pode ser verificado no Gráfico 12. Tal comportamento derivou do maior
ritmo de expansão das importações no ano (24,9%), em relação às
exportações (20,3%). Dentre os bens que compõem a pauta de
importação chinesa, o crescimento foi mais intenso nos itens petróleo
e derivados e minério de ferro.
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Para o cenário prospectivo, é provável a manutenção de um ritmo de crescimento robusto, ao longo dos
próximos anos, na China. Não obstante, em 2012, a expansão econômica deve moderar diante do ritmo de
crescimento verificado nos últimos anos. As chances de que a China enfrente uma desaceleração abrupta da
atividade econômica são pequenas e os temores em relação à saúde do sistema financeiro local não parecem
elevados. Dado o baixo nível de endividamento público, a China ainda tem amplo espaço fiscal e, pelo fato de
ser uma economia controlada pelo Estado, possui facilidade em adotar rapidamente políticas anticíclicas caso
julgue necessário.
Esperamos também que o governo chinês intensifique seus esforços na direção de priorizar a construção de
imóveis residenciais para as classes de menor renda. Autoridades do governo têm destacado que essa é uma
prioridade do Estado e que investimentos nessa área, até certo ponto, serão capazes de contrabalançar a
esperada desaceleração da demanda estrangeira.
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ECONOMIA BRASILEIRA
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2.1. CRESCIMENTO ECONÔMICO
O ritmo da atividade econômica desacelerou-se, em 2011, passando de um crescimento de 7,5%, em 2010, para
2,7%. A dinâmica de crescimento em 2011 foi condicionada pelo comportamento restritivo das políticas fiscal e
monetária. Se em 2010 a política fiscal foi mais frouxa e a política monetária pouco restritiva, no ano passado,
ambas agiram inicialmente no sentido de desacelerar o ritmo de expansão, com vistas a controlar as fortes pressões
inflacionárias sobre o consumidor. No âmbito das finanças públicas, houve a contenção do ritmo de expansão das
despesas e o aumento da arrecadação. Do lado da política monetária, o BC aumentou a taxa de juros entre janeiro e
agosto, além de implementar medidas macroprudenciais para contenção do crescimento do crédito.
O fraco desempenho da atividade econômica mundial também explica a desaceleração do crescimento no Brasil.
O desempenho relativo da economia nacional, a partir do segundo semestre, no entanto, foi inferior à maioria dos
mercados desenvolvidos e emergentes. Assim, consideramos que o papel da política macroeconômica foi
preponderante para a dinâmica do crescimento doméstico em 2011.
Dentre os componentes da demanda agregada, a formação bruta de capital fixo registrou a maior desaceleração,
recuando para uma taxa de crescimento de 4,7%, em 2011, ante 21,3% em 2010. Tanto o consumo das famílias
quanto o do governo mostraram menor ritmo de crescimento no ano (4,1% e 1,9%, em 2011, contra 6,9% e
4,2%, respectivamente, em 2010). Sob a ótica da oferta, a desaceleração foi verificada em todos os setores da
economia, com expansão de 3,9% do setor agropecuário (+6,3%, em 2010), alta de 1,6% do setor industrial
(+10,4%, em 2010) e de 2,7% do setor de serviços (+5,5%, em 2010).
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A análise do IBC-Br, proxy do BC para o PIB mensal, indica que o piso da atividade econômica foi atingido no
3T11. Após esse momento, o índice voltou a mostrar aceleração da economia, indicando crescimento de 0,27%
no 4T11. Assim, no acumulado de 2011, o IBC-Br apontou expansão de 2,72%, abaixo do verificado em 2010 e
também da expectativa dos analistas no início do ano. A pesquisa Focus, do BC, respondida no início de janeiro
de 2011, indicava que a expectativa de crescimento para o ano passado era substancialmente maior, de 4,5%.
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2.2. INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA
Em 2011, a inflação medida pelo IPCA, foi de 6,5%, acima do centro da meta oficial (4,5%) e exatamente no limite
superior do intervalo de tolerância. O Gráfico 13 destaca a trajetória de aceleração dos preços em doze meses, que
teve início em 2010 e atingiu seu máximo em setembro (7,5%), passando a recuar depois disso. Dois foram os fatores
que contribuíram para essa dinâmica inflacionária: (i) o forte descompasso entre a oferta e demanda no período,
decorrente do expressivo crescimento econômico até o final do primeiro semestre de 2011, com impacto principalmente sobre a inflação de serviços; e (ii) o aumento expressivo dos preços das commodities a partir do final de 2010.
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Janeiro de 2011 marcou o início da gestão do novo presidente do BC, Alexandre Tombini. Diante da forte alta dos
preços, no início do ano (até abril, o IPCA já acumulava alta de 3,23%), que tornava inviável o alcance da meta
sem uma redução expressiva do produto, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por acomodar a
elevação do IPCA dentro do intervalo de confiança. Assim, a partir da reunião de abril, o comitê deixou explícito
que balizaria suas decisões visando convergir o IPCA para a meta em 2012.
Na primeira reunião do Copom do ano, a taxa Selic foi elevada em 50 p.b. para 11,25% a.a., movimento repetido
no encontro de março. Entre abril e julho, a taxa básica de juros foi elevada em mais três ocasiões, porém a um
ritmo de 25 p.b. por reunião, até 12,50% a.a. A partir da reunião de agosto, diante da substancial deterioração do
cenário internacional e da revisão para baixo das perspectivas para o crescimento tanto da economia brasileira
como dos principais blocos econômicos, o Copom passou a reduzir a taxa Selic, entendendo que tal movimento
seria consistente com a convergência da inflação para a meta em 2012. Nas últimas duas reuniões do ano, o
comitê novamente reduziu a taxa de juros em 50 p.b., com a Selic encerrando 2011 em 11,00% a.a.
Dentre os itens que compõem o IPCA, destacamos a contribuição inflacionária dos preços de Alimentação (+1,7 p.p.
em 2011), Transportes (+1,1 p.p.), Despesas Pessoais (+0,9 p.p.) e Habitação (+0,9 p.p.), que responderam por 70%
da inflação do ano. Já o IGP-M, por sua vez, apresentou desaceleração em 2011, com a inflação medida pelo
indicador registrando alta de 5,1% no ano, inferior ao verificado ao longo de 2010, quando houve inflação de 11,3%.
Tal dinâmica reflete a desaceleração dos preços no atacado agrícola (+3,1% em 2011, ante +25,3% em 2010) e
industrial (+4,8% em 2011, ante +10,3% no ano anterior), influenciados pelo menor crescimento relativo dos preços
das commodities em 2011.
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2.3. PERSPECTIVAS
Há preocupação quanto à trajetória do crescimento econômico brasileiro relacionada não somente ao baixo nível
de atividade esperado no exterior, mas também às condições domésticas. O mercado de trabalho apertado, o
crescimento fraco da indústria e o menor espaço para alavancagem do consumidor são os fatores que nos
sugerem que o Brasil poderá não repetir, no Governo Dilma, as taxas médias de crescimento do governo Lula
(4,1%, entre 2003 a 2010), embora essas não devam ser tão baixas quanto no governo FHC (2,3% entre 1995
e 2002), quando o País enfrentou diversos choques externos com uma situação fiscal e de conta-corrente
mais frágil.
42
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Nos últimos cinco anos, o crescimento econômico beneficiou-se do expressivo aumento do crédito às famílias.
Mesmo com uma taxa de juros nominal média do crédito à pessoa física em 46% ao ano, ao se partir de um nível
de endividamento muito baixo, os consumidores conseguiram arcar com o serviço de suas dívidas, ajudados
também pela progressiva melhoria do mercado de trabalho e aumento da renda. Mas, como o orçamento das
famílias não é ilimitado, entendemos que há sinais de moderação dessa tendência, o que sugere possível perda
de fôlego no crescimento do crédito ao consumo nos próximos anos.
Outro ponto de restrição ao crescimento dá-se no mercado de trabalho. Os números oficiais do IBGE confirmam
evidências de que o mercado de trabalho transformou-se em gargalo para o crescimento no curto prazo, tanto
no caso de mão de obra qualificada como não qualificada (caso da construção civil). Com a oferta de trabalho
restringida, reformas (microeconômicas) do lado da oferta são essenciais para elevar o potencial de crescimento
econômico.
Por fim, a falta de dinamismo da indústria nacional, cuja produção ao final de 2011 ainda se encontra abaixo do
nível verificado em 2008, deve impedir uma retomada vigorosa da atividade. Assim, entendemos que o
crescimento econômico no Brasil deva ser de 3,3%, em 2012, e de 3,5%, em 2013. A inflação ficará praticamente
estável (5,3%, este ano e 5,2%, em 2013), com os preços de commodities também mostrando estabilidade em
reais e preços de serviços ainda em patamares elevados.
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2.4. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS
2.4.1. ATIVIDADE ECONÔMICA
A atividade econômica em 2011 foi marcada pela expressiva diferença entre o comportamento do comércio e da
indústria (Gráfico 15). Após um desempenho animador no primeiro trimestre, a produção industrial entrou em
tendência de queda, no restante do ano, apesar do quadro de baixo desemprego e consumo robusto. Ao mesmo
tempo, as vendas do varejo prosseguiram em franca ascenção. O Gráfico 15 indica o hiato entre o consumo e a
produção, que reflete sobretudo a penetração das importações. Essa dinâmica é explicada principalmente pela
apreciação do real (prevalecente durante boa parte do ano).
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No ano, a indústria acumulou crescimento de apenas 0,3%, mostrando expressiva desaceleração em relação a
2010, quando houve alta de 10,5%. O setor de bens de capital teve crescimento de 3,3%, enquanto o setor de
bens intermediários cresceu 0,3%. O segmento de bens de consumo, por sua vez, registrou queda na produção
(-0,7%). O desempenho do comércio, em 2011, também apresentou desaceleração quando comparado a 2010,
embora ainda tenha crescido a taxas expressivas. O volume de vendas varejistas no conceito restrito (que exclui
as vendas de automóveis e materiais de construção) apresentou expansão de 6,7%, ante crescimento de 10,9%,
em 2010. No conceito ampliado, o ritmo de expansão das vendas no varejo desacelerou para 6,6% no ano, ante
incremento de 12,2%, em 2010.
O mercado de trabalho permaneceu bastante robusto, ao longo de todo o ano, com a taxa de desemprego média
em 6,0% (menor valor da série histórica), abaixo da média de 2010 (6,7%) (Gráfico 16). A parcela de
trabalhadores formais alcançou 65,6% da população ocupada ao final do ano, acima do verificado ao final de
2010 (63,8%). O processo de formalização do mercado de trabalho também pôde ser verificado pelos dados
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indicaram criação líquida de 1,566 milhões
de postos de trabalho formais em 2011, ainda que em ritmo inferior ao ocorrido no ano anterior (2,136 milhões).
Beneficiada tanto pelo aumento da população ocupada quanto pelo rendimento médio, a massa salarial teve
alta real de 4,8% em 2011 (ante +7,4% no ano anterior).
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2.4.2. CRÉDITO
A política creditícia, em 2011, foi marcada pela utilização de diversas medidas de caráter regulatório, com o
objetivo de moderar o ritmo de expansão do crédito, um dos principais fatores a explicar o forte crescimento do
consumo. Assim, conjugada com o aumento da taxa de juros até agosto e uma política fiscal mais rígida, a
dinâmica do crédito serviu ao objetivo de controlar o processo inflacionário.
Ainda em dezembro de 2010, o BC impôs uma série de medidas de caráter macroprudencial, que envolviam a
elevação dos compulsórios e mudanças na regulamentação dos empréstimos à pessoa física. Enquanto a
primeira medida teve o impacto de retirar R$ 61,0 bilhões da economia, segundo o próprio BC, o conjunto de
mudanças relativo ao financiamento à PF implicou redução no prazo médio dos empréstimos para os segmentos
de crédito pessoal, consignado e veículos, além de aumentar a exigência de entrada para cartões de crédito.
Adicionalmente, em abril, o Ministério da Fazenda elevou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF) das operações de crédito para PF de 1,5% a.a. para 3,0% a.a., medida que também encareceu a tomada
de crédito pelo consumidor.
Não houve medidas macroprudenciais, por parte do BC, que afetassem diretamente a oferta de crédito para PJ.
No entanto, tal categoria foi afetada por medida mais abrangente tomada pelo Ministério da Fazenda, que elevou
o IOF sobre as captações externas acima de dois anos, restringindo a capacidade de funding das instituições
financeiras, sobretudo pequenas e médias.
Em termos gerais, o estoque de crédito cresceu 19,0% em 2011, desacelerando ligeiramente em relação à
expansão de 20,6%, no acumulado de 2010. As operações de crédito para PF desaceleraram de 19,2% para
16,3%, no ano passado, enquanto o financiamento para PJ acelerou-se de 14,7%, em 2010, para 17,7%, em
2011 (Gráfico 17). Embora tenha mantido um ritmo de expansão ainda elevado, o crescimento do estoque de
crédito direcionado desacelerou de 28,3% para 22,8%.
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No que tange ao crédito para PF, a expansão foi contida, no caso de veículos e crédito pessoal, ao passo que
cresceu relativamente mais nos segmentos de pior qualidade (cartões de crédito e cheque especial), não
atingidos pelas medidas macroprudenciais. Cumpre ressaltar o desempenho expressivo do crédito habitacional,
cujo estoque aumentou 44,5%, em 2011, alcançando 4,85% do PIB (3,68% do PIB, em 2010).
Por fim, a inadimplência evoluiu desfavoravelmente, em 2011 (Gráfico 18). Considerados os atrasos acima de 90
dias, a taxa de inadimplência das PF atingiu 7,4%, em dezembro último, ante 5,7%, ao final de 2010. Para PJ,
tanto o nível quanto o aumento dessa taxa foram mais modestos, com a inadimplência subindo para 3,9%, em
2011, acima dos 3,5% verificados em 2010.
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2.4.3. SETOR EXTERNO
Em 2011, o saldo comercial brasileiro aumentou para US$ 29,8 bilhões (1,20% do PIB), de US$ 20,1 bilhões
(0,96% do PIB) em 2010. Essa melhora refletiu o aumento de 26,8% no valor exportado, favorecido
principalmente pelo aumento de preço das commodities exportadas pelo País. As importações, beneficiadas pela
taxa de câmbio apreciada ao longo de boa parte do ano passado, aumentaram 24,5%, em relação a 2010.
O déficit de transações correntes acumulado em 12 meses foi de US$ 52,6 bilhões, ou 2,12% do PIB, resultado
ligeiramente menor do que o apresentado em 2010 (déficit de US$ 47,3 bilhões, 2,26% do PIB) (Gráfico 19).
Essa melhora refletiu a já citada expansão do superávit comercial, enquanto o déficit da balança de serviços e
renda aprofundou-se, passando de -3,36% do PIB em 2010 para -3,44% no ano passado. A conta capital e
financeira apresentou ingresso líquido de US$ 111,2 bilhões no ano, resultante principalmente do forte ingresso
de investimento estrangeiro direto (US$ 66,7 bilhões). Dessa forma, a entrada de capital externo foi mais que
suficiente para financiar o déficit em transações correntes, como tem ocorrido desde 2008.
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O real encerrou o ano de 2011 com desvalorização de 12,5% em relação ao dólar. A taxa do dólar para venda
foi cotada a R$ 1,88/US$, no fechamento do ano, após iniciar 2011 em R$ 1,66/US$. No entanto, quando
comparamos os valores médios no ano, o valor da taxa de câmbio, em 2011 (R$ 1,67/US$), foi 4,8% menor do
que o verificado em 2010 (R$ 1,76/US$). De fato, nos primeiros meses do ano, a valorização excessiva do real
levou o governo federal a impor medidas de contenção do fluxo cambial, como o aumento do IOF sobre
empréstimos tomados por empresas e bancos no exterior.
O BC seguiu atuando como comprador no mercado à vista da divisa norte-americana até 16 de setembro, com
o consequente aumento das reservas internacionais, que alcançaram US$ 352,3 bilhões até aquela data (aumento
de US$ 63,7 bilhões no período). De outubro em diante, com o recrudescimento da crise na Europa, o fluxo
cambial passou a ser negativo, principalmente por fortes saídas líquidas pelo segmento financeiro (afetado pelo
aumento da aversão ao risco). Isso levou o BC a interromper suas compras da moeda norte-americana em
mercado. As compras de dólar foram retomadas em fevereiro de 2012, diante de nova rodada de valorização
do real no primeiro bimestre.
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2.4.4. FINANÇAS PÚBLICAS
Em 2011, o comportamento das finanças públicas foi pautado pela disposição do governo federal em praticar
um novo mix de política econômica, pautado pela recomposição do resultado primário em relação aos níveis
baixos verificados no biênio 2009-10, com a consequente redução da demanda agregada. No ano, o superávit
primário acumulado do setor público atingiu R$ 128,7 bilhões (3,1% do PIB), comparativamente a R$ 70,0 bilhões
(1,9% do PIB) no ano anterior. Com esse resultado, cumpriu-se integralmente a meta de superávit primário
estipulada para o ano, de R$ 127,9 bilhões (meta que havia sido elevada em R$ 10,0 bilhões em agosto de 2011,
em relação ao valor estabelecido na lei orçamentária daquele ano).
O aumento do superávit foi verificado tanto no resultado do governo central (aumento de 1,0 p.p., em relação a
2010) como no desempenho dos governos regionais (aumento de 0,2 p.p.), beneficiado pelo forte aumento das
receitas e pelo baixo nível de crescimento das despesas em 2011 (Gráfico 20). No caso do governo central
(governo federal, previdência social e Banco Central), os gastos tiveram crescimento real interanual de 3,4%,
em 2011, o menor valor desde 2003. O controle das despesas de pessoal e a ausência de reajuste real do
salário-mínimo, que influencia os gastos previdenciários e com benefícios sociais, garantiram o crescimento
modesto das despesas no ano. Tal fato, aliado à forte arrecadação de receitas, permitiu a recomposição
do resultado primário.
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Em 2011, os juros nominais apropriados totalizaram R$ 236,7 bilhões (5,7% do PIB), tendo apresentado aumento
de 0,5 p.p. do PIB em relação ao ano anterior. Tal dinâmica foi resultante da aceleração do IPCA e do nível mais
elevado da taxa Selic (que indexam parcela expressiva da dívida pública) na comparação com 2010. O déficit
nominal, por sua vez, encerrou 2011 em R$ 108 bilhões, equivalente a 2,6% do PIB. Um superávit primário
elevado em 2012 (3,1% do PIB, de acordo com nossas projeções), combinado com a redução dos juros
nominais, deve garantir a trajetória de queda do déficit nominal em 2012.
A dívida líquida do setor público (DLSP) (Gráfico 21) atingiu 36,5% do PIB em dezembro. No último ano, a
relação DLSP/PIB apresentou redução expressiva, de 2,7 p.p. Dada a posição externa credora do setor público,
a desvalorização cambial contribuiu para redução de 1,6 p.p. Já o efeito do crescimento do PIB e o superávit
primário resultaram em queda de 3,5 p.p. e 3,1 p.p., respectivamente. Em sentido contrário, a já mencionada
apropriação de juros nominais implicou aumento de 5,7 p.p. na relação.
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GRUPO SAFRA
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GRUPO SAFRA
A economia brasileira superou relativamente bem as consequências da crise que envolveu os países da zona do
euro e, como em 2008, embora desacelerando, fechou 2011 com 2,7% de crescimento do PIB e num ambiente
de otimismo e de estabilidade monetária.
Mesmo nesse contexto de menor crescimento econômico, o desempenho do Safra no ano passado foi
consistente com o seu histórico. Os resultados mantiveram a linha de sólida evolução, com aumento
significativo das operações.
Em seu balanço consolidado referente ao exercício de 2011, o Banco revelou um lucro líquido de R$ 1.254,4
milhões, 19,7% superior aos R$ 1.048,1 milhões obtidos no ano anterior.
O balanço consolidado abrange o Banco Safra e suas controladas. Entre estas empresas, as principais:
Banco J. Safra S.A., J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda., Safra Distribuidora de Títulos e Valores
Mobiliários Ltda., Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil, Safra Cia Securitizadora de Créditos Imobiliários,
Safra Vida e Previdência S.A., a Safra Seguros Gerais S.A. e o Banco Safra (Cayman Islands) Limited. A atuação
do Safra e de suas controladas é ampla, abrangendo uma grande quantidade de produtos e serviços oferecidos
aos seus clientes Pessoas Jurídicas e Físicas, no Brasil e no exterior.
Os ativos totalizaram R$ 86,9 bilhões, evoluindo 18,5% sobre os R$ 73,3 bilhões consolidados em 31 de
dezembro de 2010. Esse montante é composto por R$ 36,3 bilhões (R$ 34,0 bilhões, no final do ano anterior)
em ativos de tesouraria (disponibilidades, aplicações financeiras de liquidez, títulos e valores mobiliários e
relações interfinanceiras e interdependências); e R$ 46,8 bilhões (R$ 36,6 bilhões, em 31/12/2010)
correspondentes a operações de crédito líquido de provisões.
O patrimônio líquido fechou o ano em R$ 6,0 bilhões, indicando uma evolução de 7,2%, quando comparado
com o exercício anterior e a Dívida Subordinada alcançou o valor de R$ 2,1 bilhões. A mensuração do capital
regulamentar ocorreu de acordo com o Método Padronizado de Basiléia II, que considera os riscos de crédito,
riscos de mercado e os riscos operacionais. O Índice de Basiléia, que indica a capitalização do banco, atingiu
13,2%, situando-se confortavelmente acima do mínimo de 11,0% exigido pelo Banco Central do Brasil.
O retorno anualizado sobre o Patrimônio Líquido médio foi de 21,6%, acima da já elevada taxa de retorno
dos anos anteriores e indicando, mais uma vez, o eficiente gerenciamento dos negócios do Banco e de suas
empresas controladas. O resultado bruto da intermediação financeira, após os créditos de liquidação duvidosa,
cresceu 38,9%, elevando-se a R$ 3.506,3 milhões, ante R$ 2.524,0 milhões, em 2010. As receitas com prestação
de serviços e tarifas bancárias cresceram 22,2%, quando comparadas ao ano anterior.
Por seu desempenho operacional, solidez e qualidade da administração, o Banco Safra manteve em 2011 a
classificação “Investment Grade” atribuída pela Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s, as três principais agências
internacionais de análise de riscos.
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BANCO COMERCIAL: CRÉDITO, SERVIÇOS E CAPTAÇÃO
Mantendo seu conhecido conservadorismo, mais uma vez, o Banco Safra confirmou a eficácia da sua rigorosa
política e da tecnologia que utiliza na análise e concessão de crédito. A carteira de crédito, incluindo avais e
fianças, apresentou um crescimento de 31,8% ao longo do ano de 2011 e fechou o ano com o total de R$ 56,9
bilhões, dos quais R$ 1,6 bilhão referente a operações de arrendamento mercantil.
A carteira de crédito sem avais e fianças atingiu, em 31 de dezembro de 2011, R$ 48,1 bilhões e, mesmo com o
crescimento de 28,8% no ano, a inadimplência, considerando-se créditos vencidos em prazo superior a 90 dias,
foi de 1,1%, índice dos mais baixos do mercado financeiro brasileiro.
Do total dos créditos das carteiras, 93,1% fecharam o ano classificados nos níveis AA, A e B, os melhores na
escala de risco definida pelo Banco Central. Tradicionalmente, apesar do rigor do processo que aplica na análise
e concessão do crédito, que visa fundamentalmente proteger ativos e sua estrutura de capital, o Banco aloca
provisões para cada nível de risco acima do mínimo requerido pelo Banco Central. O saldo total da provisão
representava no final de 2011, 2,7% da carteira de crédito.
A distribuição das carteiras por ramo de atividade do setor privado apresentou, por ordem de volume de crédito,
o setor de serviços como o mais representativo, seguindo-se o da indústria e do comércio.
Os recursos de captação são diversificados, incluindo depósitos, operações no mercado aberto, operações
estruturadas de renda fixa, recursos de aceites e emissão de títulos, captações no mercado externo, dívidas
subordinadas, obrigações por empréstimos, além de repasses de recursos oficiais ao setor produtivo.
Esse último instrumento encerrou o ano contabilizando repasses de R$ 8,3 bilhões, o que assegurou ao
Banco Safra a posição de um dos mais importantes agentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES).
Manteve-se, também, a conservadora política de alongamento da carteira de captação, com importante
participação da emissão de Letras Financeiras, que apresentaram um crescimento de R$ 3,8 bilhões
ao longo do exercício.
Também ocorreram três emissões de títulos no exterior, uma delas como dívida subordinada (R$ 0,8 bilhão)
e as demais no programa Medium Term Notes (R$ 1,3 bilhão), que totalizaram R$ 2,1 bilhões (equivalente as
US$ 1,3 bilhão). Todas apresentaram demanda muito superior ao valor emitido, numa demonstração de
confiança dos investidores na solidez do Banco. As operações possibilitam melhor gerenciamento da liquidez.
Ao longo de 2011, as operações de crédito mantiveram o foco nos clientes corporativos, seguindo a longa
tradição do Safra no apoio ao setor produtivo brasileiro. Em 2012, apesar da perspectiva de expansão menor
da economia, em relação a 2011, o Safra confia no contínuo crescimento de seus clientes e, por consequência,
de sua carteira de crédito e prestação de serviços.
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BANCO DE INVESTIMENTOS E ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS
As atividades de banco de investimentos e administração de recursos têm grande destaque no conglomerado,
contribuindo significativamente para os resultados alcançados em 2011.
O Safra tem amplo trânsito com investidores locais e internacionais, o que lhe assegura o êxito e o crescimento
de suas operações relacionadas a IPOs, e como sole advisor em processos de aquisição e incorporação de
empresas.
O Private Banking do Safra manteve-se, em 2011, entre os maiores gestores de recursos do mercado. Atuando
com discrição e segurança, valores herdados e preservados pela família Safra há quase 200 anos, a área atende
clientes de alta renda de todo o País, por meio de escritórios nas principais capitais.
A Safra Wealth Management, área com autonomia de gestão de recursos do Banco J. Safra, é uma multi family
office que opera gerindo carteiras de grandes clientes. Estes têm acesso aos melhores e mais renomados
gestores de fundos e produtos de investimento do mercado, bem como à assessoria de equipes especializadas
na busca de mais eficiência financeira, fiscal e sucessória.
A área de Asset Management oferece diversificado e completo portfólio de produtos, desde fundos de renda
fixa conservadores a fundos multimercados e de ações arrojados.
No encerramento de 2011, havia sob gestão, recursos de fundos de investimento no total R$ 45,1 bilhões,
com expressivo crescimento, de 37,6%, quando comparado aos R$ 32,8 bilhões no final de 2010.
Com esse resultado, a Safra Asset manteve a posição de uma das maiores administradoras de recursos
de terceiros do País.
Os recursos sob gestão da Asset, somados aos R$ 61,4 bilhões correspondentes a captações do banco
comercial, totalizaram R$ 106,5 bilhões, em recursos de terceiros, revelando um crescimento de 28,6%,
ao longo do ano de 2011. A J. Safra Asset Management teve reafirmada, em 2011, a nota M1(bra) da
Fitch Ratings, a máxima avaliação concedida por essa importante agência de análise de risco.
Em 2012, espera-se um crescimento significativo dos recursos administrados, motivado pela queda da taxa
básica de juros de mercado, que tende a aumentar a procura por produtos de investimento sofisticados, seguros
e competitivos. Neste contexto, destaca-se a performance e solidez da J. Safra Asset Management.
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SEGUROS, VIDA E PREVIDÊNCIA
O Safra, através de suas controladas do ramo de seguros, vida e previdência, disponibiliza aos seus clientes
produtos de Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) e Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), além de
seguros elementares. Também é participante do Convênio de Operações de Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
O segmento encerrou 2011 com lucro líquido de R$ 69,9 milhões, com significativo crescimento de receita e
redução da taxa de sinistralidade. O resultado das operações de seguros e previdência cresceu 17,7%,
igualmente em relação ao obtido no mesmo período de 2010.
As provisões técnicas das carteiras de VGBL e PGBL fecharam o ano com um montante de R$ 2.383,8 milhões
(R$ 1.834,2 milhões, no final de 2010).
RECURSOS HUMANOS
Na área de Recursos Humanos, o Banco Safra tem foco permanente em programas de desenvolvimento e
capacitação dos funcionários. Em 2011, os cursos em treinamentos presenciais e a distância registraram
7.435 participações e 54.881 horas.
Entre os programas, destacaram-se aqueles direcionados ao aprimoramento das equipes comerciais, das áreas
administrativas e de apoio operacional, bem como os cursos de capacitação e treinamento de gerentes
comerciais: os de aprimoramento nos produtos Pessoa Física e Jurídica; a formação e atualização voltada às
Certificações Obrigatórias (CPA 10, CPA 20 e Programa de Qualificação Operacional - PQO), além do Programa
de Gestão de Carreira Comercial.
Também foram mantidos os cursos técnicos e funcionais em Prevenção à Lavagem de Dinheiro, Código de Ética,
Risco Operacional (Suitability), Atendimento ao Cliente, Matemática Financeira, Prevenção a Fraudes, Prevenção
e Redução da Fraude em Seguros e Operações Técnicas em BackOffice.
O Banco ainda promoveu ações de graduação em cursos superiores, em educação continuada, como MBAs e
Pós- Graduação, além dos programas de formação para pessoas com deficiência física, estes em parceria com
a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).
O Safra encerrou 2011 com um efetivo de 5.605 colaboradores que, entre outros benefícios, recebem assistência,
médica e odontológica de alta qualidade, auxílio educacional, auxílio creche, cesta alimentação e acesso a
variadas atividades culturais e sociais promovidas por sua associação.
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GESTÃO DE RISCOS E GOVERNANÇA CORPORATIVA
O Banco Safra mantém um conjunto de normas e procedimentos para assegurar o cumprimento das
determinações legais regulamentares, das melhores práticas do mercado e de suas políticas internas, cujas
diretrizes são estipuladas, revisadas e monitoradas pelos seguintes comitês:
• Comitê de Auditoria: conta com um membro independente e quatro diretores do banco e possui o objetivo de
avaliar a efetividade dos controles internos, a qualidade e a integridade de suas demonstrações contábeis e o
desempenho das auditorias interna e independente.
• Comitê de Gerenciamento de Risco de Crédito: concentra a governança do Risco de Crédito de modo a
garantir a visão e o domínio completo do ciclo de crédito e o alinhamento estratégico entre as áreas e
proporcionar uma visão sistêmica do risco de crédito. Além disso, acompanha a carteira do conglomerado,
podendo remeter casos específicos ao Conselho de Administração.
• Comitê de Risco de Mercado: tem o objetivo principal de avaliar, discutir e analisar as conjunturas
econômicas nacional e internacional.
• Comitê de Riscos e Tesouraria: tem o objetivo de discutir de forma detalhada aspectos da gestão de Risco
de Mercado, bem como revisar limites, cenários, estratégias e resultados.
• Comitê de gestão de Ativos e Passivos: tem o objetivo de definir as estratégias de liquidez a serem seguidas
em um horizonte de dois anos.
• Comitê de Controles Internos Pleno: fórum norteador e decisório dos assuntos referentes ao gerenciamento
do risco operacional no conglomerado, que visa tratá-lo como uma categoria distinta de risco a ser gerenciada,
avaliando a efetividade dos controles internos, inclusive quanto ao cumprimento de dispositivos legais e de
normativos, além de regulamentos e de códigos da organização.
A execução das diretrizes definidas pelos comitês descritos acima é de responsabilidade da Diretoria de Análise
de Crédito, responsável pela gestão do risco de crédito, e da Diretoria Executiva de Riscos Corporativos,
responsável pela gestão de riscos de mercado, liquidez e operacional.
A estrutura da gestão de risco de mercado busca, dentre suas demais atribuições, manter a política de baixa
exposição ao risco de mercado. Tem ainda participação relevante na aprovação de novos produtos e/ou
instrumentos financeiros que possam ocasionar novos fatores de risco para a gestão da Tesouraria.
O Banco Safra mantém sua exposição total a riscos de mercado medida pelo Value at Risk (VaR) diário, com 99%
de confiança, adotando como política a perda máxima esperada, inferior a 1%, do seu Patrimônio de Referência
nível 1. A Tesouraria trabalha com metas estipuladas e compatíveis com essa exposição ao risco.
O monitoramento é complementado por avaliações de risco de mercado com a utilização de métricas de estresse
histórico e prospectivo, além de efeitos de estresse de correlações entre famílias de fatores de risco.
Af-RelatSafra2011a_Layout 1 5/4/12 7:23 PM Page 66
A estrutura da gestão de risco de liquidez, dentre suas demais atribuições, é responsável pelo monitoramento
diário do caixa, com relatórios de controle aos gestores e diretores responsáveis.
A estrutura da gestão de risco operacional, que também é responsável pelas atividades de Controles Internos e
Compliance, é uma unidade de controle independente, segregada da unidade executora da atividade de auditoria
interna. É responsável pela identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação do risco operacional,
bem como pela elaboração e manutenção da Política de Risco Operacional.
Apesar de concentradas e coordenadas pelas diretorias acima descritas, as melhores práticas e controles de
riscos são amplamente disseminadas em todo o conglomerado, fazendo parte da rotina diária de todas as áreas.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCOS
Risco de Crédito: decorre de eventual perda financeira de uma contraparte que pode vir a falhar na liquidação
de uma obrigação, devido a mudanças significativas na economia ou na saúde financeira de segmento específico
da produção, do comércio ou do setor de prestação de serviços em que atua.
Risco de Mercado: definido como aquele derivado da possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de
flutuações nos valores de mercado de posições detidas.
Risco de Liquidez: contempla a necessidade de a instituição possuir recursos financeiros suficientes para honrar
seus compromissos em razão de descasamentos entre pagamentos e recebimentos, considerando diferentes
moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.
Risco Operacional: decorre da possibilidade de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de
processos internos, pessoas e sistemas, além de eventos externos. Inclui, também, o risco legal, associado à
inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição e sanções em razão de descumprimento de
dispositivos legais.
As informações completas relativas às estruturas de gerenciamento de riscos de crédito, mercado e operacional,
além do relatório de gestão de risco, estão disponíveis no site www.safra.com.br.
DESAFIOS E INVESTIMENTOS EM 2012
Para o ano de 2012, dentre várias iniciativas relevantes, destacamos a maturação dos investimentos realizados
em tecnologia visando melhorias no fluxo de informação, desde sua captura até o processamento nas áreas de
controle, e maior eficiência aos processos.
Dentro do contexto de normas regulamentares, a implementação gradual dos novos processos de gestão
de capital e Basiléia III, prevista para se iniciar em 2013, embora desafiadora, será de extrema importância
para o grupo, dado que, além de colaborar para a otimização de capital, contribuirá para um sistema
financeiro mais sólido.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:27 PM Page 68
BANCO SAFRA S.A. E
SAFRA CONSOLIDADO
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
Balanços Patrimoniais
Demonstrações do Resultado
Demonstrações das Mutações do
Patrimônio Líquido do Controlador
Demonstração do Valor Adicionado
Demonstrações dos Fluxos de Caixa
Notas Explicativas da Administração
às Demonstrações Contábeis
Resumo do Relatório do Comitê
de Auditoria
Relatório dos Auditores Independentes
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 70
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
B A L A N Ç O S PAT R I M O N I A I S
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS)
BANCO SAFRA S.A.
Notas
SAFRA CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
31.12.2011
31.12.2010
56.971.625
46.655.360
65.725.517
58.639.429
246.604
141.362
380.224
143.045
3(c) 4 e 5
20.279.323
18.111.372
1.441.219
726.732
17.514.554
15.328.777
1.772.483
413.294
20.291.328
18.111.372
1.441.219
738.737
17.191.479
15.328.777
1.355.971
506.731
3(d) e 6
3.342.051
2.498.438
80.873
188.582
574.158
4.174.379
2.340.672
1.024.944
98.172
136.235
574.356
6.462.882
3.117.946
42.997
188.582
606.765
13.241.771
9.450.648
1.024.944
88.214
136.235
600.493
-
2.506.592
1.941.237
4.508.665
3.956
4.449.927
54.782
1.383.148
2.096
1.377.721
3.331
5.452.851
3.956
5.394.015
54.880
1.383.386
2.096
1.377.959
3.331
26.466.506
22.034.950
30.455.189
25.272.813
26.877.493
22.356.317
31.016.615
25.635.397
ATIVO
CIRCULANTE
Disponibilidades
Aplicações interfinanceiras de liquidez
Aplicações no mercado aberto
Aplicações em depósitos interfinanceiros
Aplicações em moedas estrangeiras
Títulos e valores mobiliários e
instrumentos financeiros derivativos
Carteira própria
Vinculados a compromissos de recompra
Instrumentos financeiros derivativos
Vinculados ao Banco Central
Vinculados a prestação de garantias
Recursos garantidores de reservas técnicas
de seguros e previdências
Relações interfinanceiras e interdependências
Pagamentos e recebimentos a liquidar
Depósitos no Banco Central
Transferências internas de recursos e outros
Operações de crédito
Operações com características de concessão
de crédito
(Provisão para operações de crédito
de liquidação duvidosa)
Outros créditos
Carteira de câmbio
Negociação e intermediação de valores
Diversos
Outros valores e bens
Despesas antecipadas
(continua)
3(b) e 4
3(e) e 7
11(b)
13(a)
3(g) e 8
-
(410.987)
9
13(b)
13(c)
3(h)
(321.367)
(561.426)
(362.584)
2.123.226
1.714.963
514
407.749
1.394.024
771.521
3.425
619.078
2.582.713
1.714.963
56.419
811.331
1.377.764
771.521
200.839
405.404
5.250
5.250
12.943
12.943
100.330
100.330
29.171
29.171
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 71
BANCO SAFRA S.A.
Notas
SAFRA CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
31.12.2011
31.12.2010
NÃO CIRCULANTE
36.952.692
30.579.143
21.141.505
14.674.017
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
33.524.852
27.280.375
20.581.622
13.918.846
3(c) e 4 e 5
1.243.441
1.243.441
663.187
201.169
462.018
1.243.441
1.243.441
378.814
201.169
177.645
3(d) e 6
19.348.724
2.132.921
16.634.394
480.961
100.448
17.885.377
1.574.864
16.108.904
197.696
3.913
2.440.247
1.982.731
357.068
100.448
1.626.775
1.442.969
179.893
3.913
12.524.448
8.270.383
16.368.487
11.288.561
12.972.310
8.598.844
17.125.144
11.728.028
Aplicações interfinanceiras de liquidez
Aplicações no mercado aberto
Aplicações em depósitos interfinanceiros
Títulos e valores mobiliários e
instrumentos financeiros derivativos
Carteira própria
Vinculados a compromissos de recompra
Instrumentos financeiros derivativos
Vinculados a prestação de garantias
Operações de crédito
Operações com características de
concessão de crédito
(Provisão para operações de crédito de
liquidação duvidosa)
3(e) e 7
3(g) e 8
(447.862)
(328.461)
(756.657)
(439.467)
Outros créditos - diversos
Diversos
13(c)
13(c)
399.701
399.701
461.278
461.278
520.689
520.689
593.336
593.336
Outros valores e bens
Outros valores e bens
3(h)
8.538
8.538
150
150
8.758
8.758
31.360
31.360
3.427.840
3.298.768
559.883
755.171
3.341.988
3.231.874
323.515
473.998
2.783.114
237.775
321.099
2.563.060
210.407
458.407
323.515
10.612
463.386
PERMANENTE
Investimentos
Participações em coligadas e controladas:
No país
No exterior
Outros investimentos
3(i) e 15(a) e (b)
Imobilizado de uso
Imóveis
Outras imobilizações de uso
(Depreciações acumuladas)
3(i) e 15(c)
61.043
2.000
190.913
(131.870)
51.986
2.000
175.480
(125.494)
207.381
233.158
316.042
(341.819)
263.358
289.842
291.732
(318.216)
Intangível
Ativos intangíveis
(Amortizações acumuladas)
3(i) e 15(c)
24.809
47.527
(22.718)
14.908
33.947
(19.039)
28.987
52.492
(23.505)
17.815
36.945
(19.130)
TOTAL DO ATIVO
93.924.317
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
77.234.503
86.867.022
73.313.446
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 72
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
B A L A N Ç O S PAT R I M O N I A I S
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS)
BANCO SAFRA S.A.
Notas
SAFRA CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
31.12.2011
31.12.2010
66.048.172
56.296.959
55.688.840
49.651.728
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CIRCULANTE
Depósitos
Depósitos à vista
Depósitos de poupança
Depósitos interfinanceiros
Depósitos a prazo
3(k) e 10(a)
26.285.368
811.639
1.207.831
14.249.354
10.016.544
20.488.723
1.305.624
817.736
10.578.817
7.786.546
15.240.480
809.667
1.207.831
3.344.638
9.878.344
12.849.484
1.303.288
817.736
3.082.184
7.646.276
Captações no mercado aberto
Carteira própria
Carteira de terceiros
3(k) e 10(b)
23.458.839
12.754.047
10.704.792
24.808.171
14.259.158
10.549.013
23.366.830
12.754.047
10.612.783
24.790.364
14.259.158
10.531.206
Recursos de aceites e emissão de títulos
Recursos de letras financeiras, de crédito e similares
Obrigações por títulos e valores mobiliários
no exterior
3(k) e 10(c)
2.667.480
2.533.964
837.971
769.121
2.667.479
2.533.964
868.122
799.272
133.516
68.850
133.515
68.850
251.673
11
2.020
248.925
717
220.580
2.374
77.461
140.735
10
250.529
11
876
248.925
717
144.533
2.374
1.414
140.735
10
3(k) e 10(d)
7.781.227
4.653.908
17.252
3.110.067
-
6.221.008
3.881.801
98.924
2.240.283
-
8.036.913
4.634.639
17.252
3.385.022
-
6.573.383
3.881.801
98.924
2.591.954
704
3(e) e 7
3.109.242
3.109.242
2.166.611
2.166.611
2.831.845
2.831.845
2.143.691
2.143.691
2.494.343
16.740
1.583.845
9.708
448.114
1.553.895
13.594
882.247
5.225
110.760
3.294.764
20.263
1.583.845
9.712
722.611
2.282.151
16.365
882.247
5.228
334.337
20.688
415.248
1.463
540.606
215.280
75.512
667.541
195.768
198.749
649.457
Relações interfinanceiras e interdependências
Recebimentos e pagamentos a liquidar
Correspondentes
Recursos em trânsito de terceiros
Transferências internas de recursos
Obrigações por empréstimos e repasses
Empréstimos no exterior
Obrigações por transferência de ativos financeiros
Repasses no país
Empréstimos de ações
Instrumentos financeiros derivativos
Instrumentos financeiros derivativos
Outras obrigações
Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados
Carteira de câmbio
Sociais e estatutárias
Fiscais e previdenciárias
Provisões técnicas – operações de seguros
e previdência
Negociação e intermediação de valores
Diversas
(continua)
9
16(b)
14(c)
3(l) e 11(a)
13(b)
13(d)
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 73
BANCO SAFRA S.A.
Notas
SAFRA CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
31.12.2011
31.12.2010
NÃO CIRCULANTE
21.860.486
15.323.802
25.162.523
18.047.976
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
21.822.117
15.301.168
25.124.154
18.025.342
Depósitos
Depósitos interfinanceiros
Depósitos a prazo
3(k) e 10(a)
1.260.220
127.340
1.132.880
1.710.127
183.392
1.526.735
1.260.220
127.340
1.132.880
1.717.744
191.009
1.526.735
Captações no mercado aberto
Carteira própria
Carteira livre movimentação
3(k) e 10(b)
3.937.560
3.937.560
-
3.113.833
2.912.359
201.474
3.937.560
3.937.560
-
3.113.833
2.912.359
201.474
Recursos de aceites e emissão de títulos
Recursos de letras financeiras. de
crédito e similares
Obrigações por títulos e valores
mobiliários no exterior
3(k) e 10(c)
7.863.820
2.471.455
7.511.019
2.263.438
4.540.969
858.717
4.643.295
1.033.905
3.322.851
1.612.738
2.867.724
1.229.533
Obrigações por empréstimos e repasses
Empréstimos no exterior
Obrigações por transferência de ativos financeiros
Repasses no país
3(k) e 10(d)
4.643.692
107.376
1.232
4.535.084
3.403.356
151.754
945
3.250.657
5.018.110
126.645
1.232
4.890.233
3.742.410
151.754
945
3.589.711
272.262
272.262
2.293.988
2.293.988
439.547
439.547
2.201.858
2.201.858
14(c)
3.844.563
1.389.220
2.308.409
1.050.053
6.957.698
2.156.996
4.986.059
1.942.417
3(l) e 11(a)
3(k) e 10(e)
13(d)
2.120.428
334.915
1.027.905
230.451
2.299.054
2.120.428
381.220
1.760.665
1.027.905
255.072
38.369
38.369
22.634
22.634
38.369
38.369
22.634
22.634
Instrumentos financeiros derivativos
Instrumentos financeiros derivativos
Outras obrigações
Fiscais e previdenciárias
Provisões técnicas – operações de seguros
e previdência
Dívida subordinada
Diversas
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Resultados de exercícios futuros
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social
Reservas de capital
Reservas de lucros
Ajuste de avaliação patrimonial
TOTAL DO PASSIVO
3(e) e 7
3(o)
16
6.015.659
3.980.315
2.024.647
10.697
93.924.317
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
5.613.742
2.245.458
72.723
3.295.806
(245)
77.234.503
6.015.659
3.980.315
2.024.647
10.697
86.867.022
5.613.742
2.245.458
72.723
3.295.806
(245)
73.313.446
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 74
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
D E M O N S T R A Ç Ã O D O R E S U LTA D O PA R A O S P E R Í O D O S F I N D O S
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS)
BANCO SAFRA S.A.
Notas
RECEITAS DA
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Operações de crédito
Resultado de operações com títulos e valores mobiliários
Receitas financeiras das operações com
seguros e previdências
Resultado de operações de câmbio
Resultado de aplicações compulsórias
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Resultado com instrumentos financeiros derivativos
Operações de captação no mercado
Operações de empréstimos e repasses
Despesas financeiras com recursos de previdências
Operações de venda ou de transferência
de ativos financeiros
11(c)
9
13(a)
11(c)
2º. Semestre
2011
2011
2010
2011
2010
5.748.891
2.659.990
2.857.699
10.414.598
4.798.505
5.296.167
7.671.950
3.645.798
3.933.392
10.151.012
5.940.473
3.650.748
7.790.657
4.425.629
3.129.164
17.369
213.833
55.683
264.243
43.241
49.519
189.387
55.683
314.721
143.104
43.241
49.519
(4.382.503) (7.757.169)
90.816
(77.908)
(4.218.213) (7.215.746)
(252.615)
(454.755)
(2.491)
(8.760)
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA ANTES DOS CRÉDITOS
DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
1.366.388
2.657.429
RESULTADO DE CRÉDITOS
DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
Despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa 3(g) e 8(b)
Receita de recuperação de créditos baixados como prejuízo 3(g) e 8(c)
661.972
(352.517)
1.014.489
544.426
(511.203)
1.055.629
RESULTADO BRUTO DA
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
2.028.360
3.201.855
OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS
Receitas de prestação de serviços
Rendas de tarifas bancárias
Despesas de pessoal
Despesas administrativas
Despesas tributárias
Resultado de participações em coligadas e controladas
Resultado com operações de seguros e previdência
Outras receitas operacionais
Outras despesas operacionais
13(e)
13(f )
13(g)
13(h)
14(a-II)
15(a)
11(c)
13(i)
13(j)
RESULTADO OPERACIONAL
RESULTADO NÃO OPERACIONAL
RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO
SOBRE O LUCRO
IMPOSTO DE RENDA E
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
LUCRO LÍQUIDO
Lucro por lote de mil ações em R$ (Nota 3(a))
14(a-I)
SAFRA CONSOLIDADO
Exercícios
(1.032.228) (1.421.801)
220.972
439.019
74.449
118.782
(573.352) (1.007.782)
(286.757)
(527.294)
(135.081)
(219.439)
(93.213)
56.563
15.517
46.291
(254.763)
(327.941)
(5.576.328)
(555.340)
(4.514.468)
(469.775)
(36.745)
2.095.622
(162.729)
(222.577)
59.848
1.932.893
(641.458)
354.824
76.034
(721.869)
(449.333)
(144.724)
354.551
35.056
(145.997)
(6.795.356) (5.000.120)
(204.848) (554.258)
(5.922.872) (3.880.047)
(484.473) (396.803)
(174.403) (132.267)
(8.760)
3.355.656
150.603
(919.047)
1.069.650
3.506.259
(1.460.754)
563.001
214.049
(1.188.850)
(571.874)
(281.633)
(283)
98.413
60.923
(354.500)
(36.745)
2.790.537
(265.568)
(341.383)
75.815
2.524.969
(993.517)
496.212
139.928
(875.654)
(499.313)
(197.556)
2.405
83.637
61.128
(204.304)
996.132
1.780.054
1.291.435
2.045.505
1.531.452
319
3.242
7.373
3.190
7.561
996.451
1.783.296
1.298.808
2.048.695
1.539.013
(326.940)
(528.851)
(250.725)
(794.250)
(490.930)
669.511
1.254.445
1.048.083
1.254.445
1.048.083
0,46
0,86
0,93
0,86
0,93
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 75
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
D E M O N S T R A Ç Ã O D A S M U TA Ç Õ E S D O PAT R I M Ô N I O L Í Q U I D O PA R A O S P E R Í O D O S F I N D O S
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS)
Capital
social
realizado
Reservas
de capital
Reservas
de lucros
Ajuste de
avaliação
patrimonial
Lucros
acumulados
Total
2.007.958
72.723
1.509.418
(1.324)
1.317.771
4.906.546
-
-
-
-
-
1.017.771
-
1.079
-
-
-
52.404
716.213
-
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010
2.245.458
72.723
Grupamento de ações
Aumento de capital
Incorporação de reservas
Juros sobre capital próprio e espécie
Redução de capital
Ajuste de avaliação patrimonial –
títulos disponíveis para venda
Juros sobre capital próprio
Lucro líquido no período
Destinação:
Reserva legal
Reserva especial
Juros sobre capital próprio
Dividendos
1.825.510
1.257.195
568.315
(90.653)
(72.723)
(72.723)
-
-
-
(340.065)
-
-
-
62.723
863.183
(665.000)
SALDOS EM 31 DEZEMBRO DE 2011
3.980.315
-
2.024.647
10.697
-
6.015.659
SALDOS EM 1º. DE JULHO DE 2011
2.812.000
-
3.123.234
(8.603)
-
5.926.631
Grupamento de ações
Aumento de capital
Incorporação de reservas
Juros sobre capital próprio e espécie
Ajuste de avaliação patrimonial –
títulos disponíveis para venda
Juros sobre capital próprio
Lucro líquido no período
Destinações:
Reserva legal
Reserva especial
Juros sobre capital próprio
Dividendos
1.168.315
600.000
568.315
-
(447)
(600.000)
(600.000)
-
-
-
(447)
568.315
568.315
-
-
(340.065)
-
669.511
19.300
(340.065)
669.511
-
-
33.476
473.449
(665.000)
(33.476)
(473.449)
(162.586)
-
(162.586)
(665.000)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
3.980.315
-
SALDOS EM 1º. DE JANEIRO DE 2010
Aumento de capital - juros sobre capital próprio e espécie
Dividendos
Ajuste de avaliação patrimonial –
títulos disponíveis para venda
Transferência para reservas de expansão
Lucro líquido no período
Destinações:
Reserva legal
Reserva especial
Juros sobre capital próprio
237.500
-
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
(300.000)
(1.017.771)
1.048.083
-
(52.404)
(716.213)
(279.466)
3.295.806
(245)
-
(7.528)
(1.184.472)
(1.184.472)
-
-
-
2.024.647
10.942
-
19.300
10.697
1.254.445
(62.723)
(863.183)
(328.539)
-
-
237.500
(300.000)
1.079
1.048.083
(279.466)
5.613.742
(7.528)
568.315
568.315
(90.653)
10.942
(340.065)
1.254.445
(328.539)
(665.000)
6.015.659
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 76
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
D E M O N S T R A Ç Ã O D O VA L O R A D I C I O N A D O PA R A O S P E R Í O D O S F I N D O S
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS)
BANCO SAFRA S.A.
2011
SAFRA CONSOLIDADO
2010
2011
2010
Receitas
Intermediação financeira
Receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias
Resultado de créditos de liquidação duvidosa
Resultado com operações de seguros e previdência
Outras receitas operacionais
Resultado não operacional
11.566.358
10.414.598
557.801
544.426
46.291
3.242
7.982.508
7.671.950
430.858
(162.729)
35.056
7.373
11.241.191
10.151.012
777.050
150.603
98.413
60.923
3.190
8.313.555
7.790.657
636.140
(265.568)
83.637
61.128
7.561
Despesas
Intermediação financeira
Outras despesas operacionais
(8.085.110)
(7.757.169)
(327.941)
(5.722.325)
(5.576.328)
(145.997)
(7.149.856)
(6.795.356)
(354.500)
(5.204.424)
(5.000.120)
(204.304)
(411.051)
(25.837)
(43.691)
(70.032)
(35.207)
(33.258)
(82.921)
(120.105)
(344.578)
(24.077)
(48.764)
(53.643)
(29.653)
(30.582)
(74.275)
(83.584)
(488.160)
(27.513)
(52.539)
(88.911)
(37.500)
(34.205)
(113.042)
(134.450)
(426.236)
(26.419)
(55.827)
(81.990)
(30.703)
(31.489)
(89.724)
(110.084)
Valor adicionado bruto
Retenções - depreciações e amortizações
3.070.197
(18.599)
1.915.605
(17.394)
3.603.175
(38.030)
2.682.895
(37.934)
Valor adicionado líquido produzido
Valor adicionado recebido em transferência resultado de equivalência patrimonial
3.051.598
1.898.211
3.565.145
2.644.961
56.563
354.551
Valor adicionado líquido a distribuir
3.108.161
2.252.762
3.564.862
2.647.366
Distribuição do valor adicionado
Pessoal
Remuneração e participação nos resultados
Benefícios
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
Contingências Trabalhistas
Outros
3.108.161
885.056
623.054
76.782
41.069
131.188
12.963
2.252.762
620.814
504.905
66.124
33.277
11.042
5.466
3.564.862
1.042.676
762.610
77.819
46.454
141.236
14.557
2.647.366
754.406
632.130
66.888
38.125
10.539
6.724
871.016
845.049
432
25.535
496.504
474.757
2.226
19.521
1.222.057
1.186.390
455
35.212
809.734
770.982
7.637
31.115
97.644
87.361
45.684
35.143
1.254.445
714.281
540.164
1.048.083
41.966
1.006.117
1.254.445
714.281
540.164
1.048.083
41.966
1.006.117
3.108.161
2.252.762
3.564.862
2.647.366
Despesas de insumos adquiridos
Instalações
Processamento de dados e telecomunicações
Serviços de terceiros
Serviços do sistema financeiro
Serviços de vigilância. segurança e transportes
Cartórios e honorários advocatícios
Outros
Impostos. taxas e contribuições
Federais
Estaduais
Municipais
Remuneração de capital de terceiros – aluguéis
Remuneração de capital próprio
Juros sobre capital próprio e dividendos
Lucro retido do período
Distribuição do valor adicionado
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
(283)
2.405
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 77
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA REFERENTES AOS PERÍODOS FINDOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS)
BANCO SAFRA S.A.
SAFRA CONSOLIDADO
2011
2010
2011
2010
2.796.186
1.254.445
1.351.533
1.048.083
3.645.222
1.254.445
2.124.010
1.048.083
18.599
511.203
(56.563)
10.942
211.053
301.921
15.735
528.851
(90.870)
(1.107.436)
1.264.007
(1.345.086)
17.394
222.577
(354.551)
1.079
64.653
101.568
5
250.725
4.221.708
4.688.031
(2.771.885)
(1.586.320)
38.030
919.047
283
10.942
240.427
372.063
15.735
794.250
(5.505.283)
(1.399.426)
2.850.189
(1.206.140)
37.934
341.383
(2.405)
1.079
74.170
132.831
5
490.930
(2.723.943)
4.511.168
(2.933.543)
(1.474.509)
(3.010.968)
(9.280.280)
302.030
7.693
5.346.738
(525.605)
2.800.554
5.922.985
(241.844)
3.146
22.416
(249.220)
(609.079)
(7.873.969)
(137.260)
(6.697)
5.098.587
2.576.162
3.184.977
1.425.215
30.261
3.443
301.893
(101.651)
(3.880.013)
(11.264.805)
(160.145)
(71.159)
1.933.472
(599.807)
2.739.934
5.748.049
(241.844)
3.898
673.024
(630.510)
(684.748)
(9.837.992)
(323.257)
(22.579)
887.737
2.567.352
2.956.655
1.328.896
30.261
5.067
569.534
(303.985)
2.705.316
5.573.241
(1.860.061)
(599.933)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Dividendos recebidos
Títulos disponíveis para venda
Títulos mantidos até o vencimento
Aquisição de imobilizado de uso
Alienação de imobilizado de uso
Aquisição de bens não de uso
Alienação de bens não de uso
Aquisição de investimentos
Alienação de investimentos
Aplicação no intangível
456.432
(1.592.983)
(64.713)
(21.114)
1.898
(5.965)
(600.000)
131.304
(17.192)
1.095.269
(4.341.124)
537.904
(17.669)
6.079
3.571
(113.941)
11.384
(875)
(409.249)
(316.353)
(13.805)
(5.965)
(1.925)
134.407
(18.739)
1.728.948
536.725
(25.824)
7.224
2.518
(3.226)
CAIXA LÍQUIDO GERADO (APLICADO) NAS
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
(1.712.333)
(2.819.402)
(631.629)
2.246.365
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
Redução de capital
Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior
Dívida subordinada
Juros sobre capital próprio e dividendos pagos
(5.024)
1.298.889
821.272
(765.291)
314.653
(300.000)
(5.024)
1.298.889
821.272
(765.291)
314.653
(300.000)
CAIXA LÍQUIDO GERADO (APLICADO) NAS
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
1.349.846
14.653
1.349.846
14.653
AUMENTO EM CAIXA E EQUIVALENTE A CAIXA
Caixa e equivalente a caixa no início do período
Caixa e equivalente a caixa no final do período
2.342.829
6.327.835
8.670.664
2.768.492
3.559.343
6.327.835
(1.141.844)
10.553.427
9.411.583
1.661.085
8.892.342
10.553.427
AUMENTO EM CAIXA E EQUIVALENTE A CAIXA
2.342.829
2.768.492
(1.141.844)
1.661.085
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO
Lucro líquido do período
Ajustes ao lucro líquido:
Depreciações e amortizações
Despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa
Resultado de participação em coligadas e controladas
Ajuste ao valor de mercado – TVM e derivativos
Provisões para contingências cíveis e trabalhistas
Provisões para obrigações legais. fiscais e previdenciárias
Resultado de exercícios futuros
Provisão para impostos sobre o lucro corrente e diferido
VARIAÇÕES DOS ATIVOS E OBRIGAÇÕES
(Aumento) Redução em aplicações interfinanceiras de liquidez
(Aumento) Redução em títulos e valores mobiliários
(Aumento) Redução em instrumentos financeiros derivativos (ativos/passivos)
(Aumento) Redução em relações interfinanceiras e
interdependências (ativos/passivos)
(Aumento) Redução em operações de crédito
(Aumento) Redução em outros créditos
(Aumento) Redução em outros valores e bens
Aumento (Redução) em depósitos
Aumento (Redução) em captações no mercado aberto
Aumento (Redução) em obrigações por empréstimos e repasses
Aumento (Redução) em recursos de aceites e emissão de títulos
Aumento (Redução) em operações de câmbio (ativos/passivos)
Aumento (Redução) em cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados
Aumento (Redução) em outras obrigações
Impostos pagos
CAIXA LÍQUIDO GERADO NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
O Banco Safra S.A., em conjunto com suas empresas controladas,
Com isso, o resultado financeiro dessas operações é apresentado agrupado
na rubrica Operações de crédito da demonstração do resultado.
tem como objeto social a prática de operações ativas, passivas e
As operações de adiantamento sobre contratos de câmbio estão
acessórias inerentes às respectivas carteiras autorizadas (comercial,
apresentadas conjuntamente às operações de crédito. A apresentação
inclusive câmbio, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento
do resultado de câmbio considera as receitas e despesas que
e investimentos, e arrendamento mercantil), e de atividades
representam as diferenças de taxas incidentes sobre os montantes
complementares dentre as quais se destacam as operações
representativos de moedas estrangeiras.
de seguros, previdência privada, corretagem e distribuição de
títulos e valores mobiliários, administração de cartões de crédito
As demonstrações contábeis consolidadas do Banco Safra S.A.
foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 30.01.2012.
e de fundos de investimento e carteiras administradas, de acordo
com as disposições legais e regulamentares em vigor.
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
b) Consolidação
Os saldos das contas patrimoniais e os resultados entre a
controladora e as sociedades controladas, bem como os resultados
a) Apresentação das demonstrações contábeis
não realizados entre as empresas incluídas na consolidação,
As demonstrações contábeis do Banco Safra S.A. e controladas
foram eliminados nas demonstrações contábeis consolidadas.
(“CONSOLIDADO”) foram elaboradas e estão apresentadas em
A agência de Cayman Islands figura de forma consolidada
conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis
nas demonstrações contábeis do Banco, e seus saldos, excluídos
às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central
os montantes das transações com a matriz, convertidos à taxa
do Brasil (BACEN) e com observância às disposições contidas na Lei
de câmbio vigente em 31 de dezembro são: Ativo R$ 7.051.645
das Sociedades por Ações e incorporam as alterações trazidas pelas
(R$ 5.231.908 em 31.12.2010), Passivo R$ 7.193.260 (R$ 5.017.201
Leis nº. 11.638/2007 e nº. 11.941/2009, associadas às normas e
em 31.12.2010) e Patrimônio Líquido no montante de R$ 934.771
instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), da Comissão
(R$ 248.913 em 31.12.2010). O lucro líquido do exercício findo
de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros
em 31 de dezembro foi de R$ 87.049 (R$ 42.551 em 2010).
Privados (SUSEP), no que forem aplicáveis.
As demonstrações contábeis consolidadas abrangem o Banco Safra e
As demonstrações contábeis foram elaboradas considerando as
suas controladas abaixo relacionadas, destacando-se:
operações de arrendamento mercantil pelo método financeiro.
PARTICIPAÇÃO (%)
31.12.2011
31.12.2010
Banco Safra (Cayman Islands) Limited (1)
J.Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda.
Safra Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil
Banco J. Safra S.A.
Safra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários (2)
Sercom Comércio e Serviços Ltda.
Elong Administração e Representações Ltda.
Safra Vida e Previdência S.A.
Safra Seguros Gerais S.A.
Aratu Segurança e Vigilância S/S Ltda.
Taquari Representações e Participações Ltda.
Stone Fountain Investments Inc. (1)
Kiama S.A. (1)
(1) Entidades sediadas no exterior
(2) Consolidação proporcional
100,00
99,99
99,99
99,99
99,99
90,98
99,99
99,99
99,98
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
100,00
99,99
99,99
99,99
99,99
90,42
99,99
99,99
99,98
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 79
c) Reclassificações para fins de comparabilidade
Foram efetuadas reclassificações no balanço patrimonial,
basicamente em repasses interfinanceiros para carteira de crédito
pela entidade como aqueles decorrentes de atividades
operacionais, de investimento e de financiamento, sendo que:
• Atividades operacionais são as principais atividades
e nos certificados de depósitos no exterior de aplicação
geradoras de receita da entidade e outras atividades
interfinanceira de liquidez para títulos e valores mobiliários
que não são de investimento e tampouco de financiamento.
e instrumentos financeiros derivativos. Na demonstração
Inclui as captações efetuadas para financiar operações
do resultado, foram reclassificadas as perdas de crédito com
de intermediação financeira e outras atividades operacionais
operações de arrendamento mercantil. Destacamos que as
típicas de instituições financeiras;
reclassificações mencionadas não alteraram o lucro líquido,
o patrimônio líquido ou o resultado por ações.
3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
a) Apuração do resultado
O resultado é apurado pelo regime de competência, ou seja,
• Atividades de investimento são as referentes à aquisição
e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos
não incluídos nos equivalentes de caixa, tais como
as aplicações em títulos e valores mobiliários disponíveis
para venda e mantidos até o vencimento; e
• Atividades de financiamento são aquelas que resultam
as receitas e despesas são reconhecidas no resultado no período
em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio
em que elas ocorrem, simultaneamente quando se relacionarem,
e no capital de terceiros da entidade. Inclui aquelas operações
independentemente do efetivo recebimento ou pagamento.
de captação estruturadas com o objetivo de obter recursos
O resultado por ação para o exercício findo em 31.12.2011
para o financiamento da própria Entidade.
foi apurado com base na quantidade de ações na data-base
(1.459.485.718). Para fins de comparabilidade, para o exercício
c) Aplicações interfinanceiras de liquidez
findo em 31.12.2010 foi calculado com base na quantidade
Demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável,
equivalente de ações considerando a movimentação acionária
os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até
ocorrida no exercício.
a data do balanço, calculadas “pro rata temporis”.
b) Fluxo de Caixa
d) Títulos e valores mobiliários
I. Caixa e equivalentes a caixa: são representados por dinheiro
De acordo com a Circular BACEN nº. 3.068/2001, os títulos
em caixa e depósitos em instituições financeiras, incluídos
e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção
na rubrica de disponibilidades, aplicações em depósitos
da Administração em três categorias específicas:
interfinanceiros, aplicações em cotas de fundo de investimento
• Negociação: classificam-se nesta categoria aqueles títulos
e em títulos de renda fixa livres, com prazo total de aplicação
e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem
de até 90 dias, sendo o risco de mudança no valor de mercado
ativa e frequentemente negociados. Por isso, são apresentados
destes considerado imaterial. Os equivalentes a caixa são aqueles
no ativo circulante, independentemente do seu prazo
recursos mantidos com a finalidade de atender a compromissos
de vencimento. São ajustados pelo valor de mercado
de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins.
em contrapartida ao resultado do período;
II. Demonstração do fluxo de caixa: é elaborada pelo método
• Disponíveis para venda: classificam-se nesta categoria aqueles
indireto, com base nos critérios estabelecidos pelo
títulos e valores mobiliários que podem ser negociados, porém
Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos fluxos
não são adquiridos com o propósito de serem frequentemente
de caixa, aprovado pela Resolução CMN nº. 3.604/2008,
negociados ou de serem mantidos até o seu vencimento.
que prevê a apresentação dos fluxos de caixa gerados
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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
Os rendimentos intrínsecos (“accrual”) são reconhecidos
de hedge contábil estabelecidos pelo Banco Central do Brasil,
na demonstração de resultado e as variações no valor de mercado
principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição
ainda não realizados em contrapartida a conta destacada
global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado,
do patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários;
com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente
• Mantidos até o vencimento: nesta categoria são classificados
aqueles títulos e valores mobiliários para os quais o banco
no resultado do período.
f) Mensuração do valor a mercado
tem a intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira
até seu vencimento. São contabilizados ao custo de aquisição,
acrescidos dos rendimentos intrínsecos.
A metodologia aplicada para mensuração do valor de mercado
(valor provável de realização) dos títulos e valores mobiliários
e instrumentos financeiros derivativos é baseada no cenário
A reavaliação quanto à classificação dos títulos e valores mobiliários
é efetuada por ocasião da elaboração dos balanços semestrais,
levando em conta a intenção e a capacidade financeira, observado
os procedimentos estabelecidos pela Circular BACEN nº. 3.068/2001.
e) Instrumentos financeiros derivativos
econômico e nos modelos de precificação desenvolvidos
pela Administração, que incluem a captura de preços médios
praticados no mercado, aplicáveis para a data-base do balanço.
Assim, quando da efetiva liquidação financeira destes itens,
os resultados poderão vir a ser diferentes dos estimados.
Os instrumentos financeiros derivativos utilizados para proteger
g) Operações de crédito e provisão para operações de crédito de
exposições a risco, por meio da modificação de certas características
liquidação duvidosa
de ativos e passivos financeiros objetos de “hedge”, que sejam
altamente efetivos e que atendam a todos os demais requerimentos
de designação e documentação de que trata a Circular BACEN
nº. 3.082/2002, são classificados como “hedge” contábil de acordo
com sua natureza:
• “Hedge” de risco de mercado – os ativos e passivos financeiros
objetos de hedge e os respectivos instrumentos financeiros
derivativos relacionados são contabilizados pelo valor
de mercado, com as correspondentes valorizações
ou desvalorizações reconhecidas no resultado do período; e
• “Hedge” de fluxo de caixa – os ativos e passivos financeiros
Demonstradas a valor presente com base no indexador e na taxa
de juros contratuais, calculadas “pro rata temporis” até a data
do balanço. As operações são atualizadas até o 60º. dia de atraso.
Aquelas vencidas há mais de 60 dias, independentemente
do seu nível de classificação de risco, têm sua receita reconhecida
somente quando recebidas.
São constituídas provisões para fazer face ao risco de realização
dos créditos, em conformidade com os parâmetros estabelecidos
pela Resolução CMN nº. 2.682/1999, que requer a classificação
das operações em nove níveis de risco, sendo “AA” (risco mínimo)
e “H” (risco máximo), e também fundamentada na análise
objetos de hedge e os respectivos instrumentos financeiros
das operações em aberto, efetuada e revisada periodicamente
derivativos relacionados são contabilizados pelo valor
pela Administração, que leva em conta, entre outros elementos,
de mercado, com as correspondentes valorizações
a experiência histórica com os tomadores de recursos, a conjuntura
ou desvalorizações, deduzidas dos efeitos tributários,
econômica e os riscos globais e específicos das carteiras.
reconhecidas em conta destacada do patrimônio líquido
sob o título de “Ajuste de Avaliação Patrimonial”. A parcela
não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente no resultado
do período.
Os instrumentos financeiros derivativos efetuados por solicitação
de clientes ou por conta própria, que não atendam aos critérios
As operações classificadas como nível “H” permanecem por seis
meses nesta classificação, quando então são baixadas contra
a provisão existente e controladas em conta de compensação
por no mínimo cinco anos, não sendo mais registradas em
contas patrimoniais.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 81
As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo
• Intangível: corresponde aos direitos adquiridos que tenham
nível em que estavam classificadas. As renegociações que já haviam
por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção
sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas
das atividades do Banco e de suas controladas ou exercidos
de compensação, são classificadas como nível “H” e as eventuais
com tal finalidade e, aqueles com vida útil definida,
receitas provenientes da renegociação somente são reconhecidas
são amortizados linearmente durante o período estimado
quando efetivamente recebidas. Quando houver amortização
do benefício econômico do bem, ajustados por provisão
significativa da operação ou quando novos fatos relevantes
para perdas não temporárias (“impairment”).
justificarem a mudança do nível de risco, poderá ocorrer
a reclassificação da operação para categoria de menor risco.
h) Outros valores e bens
j) Redução do valor recuperável – ativos não financeiros
A Resolução nº. 3.566/2008, do Conselho Monetário Nacional
(CMN), dispõe sobre procedimentos aplicáveis no reconhecimento,
Compostos basicamente por bens não destinados a uso, notadamente
mensuração e divulgação de perdas no valor recuperável de ativos,
aqueles recebidos em dação de pagamento; e despesas antecipadas,
e determina o atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 01 –
correspondentes a aplicações de recursos cujos benefícios
Redução ao valor recuperável de ativos.
ou prestação de serviços decorrentes ocorrerão em períodos futuros.
i) Ativo permanente
• Investimentos: os investimentos em empresas controladas
e em empresas coligadas onde haja influência significativa
ou a participação seja igual ou superior a 20% do capital
votante são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial.
Os outros investimentos são representados basicamente
por ações e cotas de empresas em que o Banco, direta
ou indiretamente, não exerce influência significativa
A redução do valor recuperável dos ativos não financeiros
(“impairment”) é reconhecida como perda quando o valor
de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa registrado
contabilmente for maior do que o seu valor recuperável
ou de realização. Uma unidade geradora de caixa é o menor
grupo identificável de ativos que gera fluxos de caixa substanciais,
independentemente de outros ativos ou grupos de ativos.
As perdas por “impairment”, quando aplicável, são registradas
no resultado do período em que foram identificadas.
ou não possui mais de 20% do capital votante, e que por isso
Os valores dos ativos não financeiros, são objeto de revisão
são mantidos ao valor de custo, ajustados por provisão para
periódica, no mínimo anual, para determinar se existe alguma
perdas não temporárias (“impairment”). Os dividendos
indicação de perda no valor recuperável ou de realização destes ativos.
recebidos destes investimentos são reconhecidos no resultado.
Desta forma, em atendimento aos normativos relacionados, a
• Imobilizado de uso: corresponde aos direitos que tenham
Administração do Grupo Safra não tem conhecimento de quaisquer
por objeto bens corpóreos destinados à manutenção
ajustes relevantes que possam afetar a capacidade de recuperação dos
das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive
valores registrados no ativo permanente em 31.12.2011 e 2010.
os bens decorrentes de operações que transfiram ao Banco
os benefícios, riscos e controle desses bens. São demonstrados
k) Captações de recursos e obrigações por empréstimos e repasses
ao valor de custo, líquido das respectivas depreciações
São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram,
acumuladas. Tais depreciações são calculadas pelo método
quando aplicável, os encargos incorridos até a data do balanço,
linear, sendo que as taxas anuais que contemplam a vida útil
reconhecidos em base “pro-rata” dia.
econômica dos bens são as seguintes: imóveis de uso – 4%;
sistemas de comunicação e segurança, instalações, aeronaves,
móveis e utensílios – 10%; e veículos e equipamentos
de processamento de dados – 20%, ajustados por provisão
para perdas não temporárias (“impairment”).
Os custos de transação incorridos, referentes basicamente por
valores pagos a terceiros pelo serviço de intermediação, colocação
e distribuição de títulos de emissão própria são contabilizados
como redutores dos títulos e são apropriadas mensalmente,
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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
“pro rata temporis”, para a adequada conta de despesa, exceto
• Provisão para insuficiência de prêmio (PIP): apurada através
nos casos em que os títulos sejam mensurados a valor justo
de cálculo atuarial prospectivo, é constituída se for constatada
por meio do resultado.
insuficiência da PPNG;
l) Operações de seguros e previdência privada
I – Provisões técnicas de seguros e previdência privada
As provisões técnicas de seguros e previdência privada
são calculadas de acordo com as notas técnicas atuariais,
• Provisão para despesas administrativas (PDA): constituída
para cobrir despesas administrativas dos planos VGBL,
PGBL e seguro de vida individual, sendo calculada conforme
metodologia aprovada na nota técnica atuarial;
• Provisão complementar de prêmios (PCP): constituída
conforme disposto pela SUSEP e segundo critérios
mensalmente para complementar a PPNG, e o seu valor
estabelecidos nas Resoluções do Conselho Nacional de Seguros
é igual à diferença, se positiva, entre a média da soma
Privados – CNSP nº.s 162/2006, 181/2007, 195/2008 e
dos valores apurados diariamente no mês de constituição
204/2009:
e a PPNG constituída, considerando todos os riscos vigentes,
• Provisão de prêmios não ganhos (PPNG): constituída
para cobertura de sinistros a ocorrer referentes aos riscos
emitidos ou não.
II - Teste de adequação do passivo
vigentes na data de cálculo, pela parcela dos prêmios retidos
correspondentes aos períodos de riscos não decorridos
O teste de adequação do passivo, instituído pela Circular
de contratos de seguros, calculada “pro rata temporis”.
SUSEP nº. 410/2010, é realizado semestralmente, com o
As referentes a operações de retrocessão são constituídas com
objetivo de averiguar a adequação do montante registrado
base em informações recebidas do IRB Brasil Resseguros S.A.
contabilmente a título de provisões técnicas, considerando as
Adicionada a esta provisão, é constituída a reserva de riscos
premissas mínimas determinadas pela Superintendência de
vigentes e não emitidos (RVNE) para cobertura dos riscos
Seguros Privados – SUSEP e pelos atuários internos do Safra.
que ainda não foram emitidos na data base de cálculo;
A cada data da demonstração consolidada da posição
• Provisão de sinistros a liquidar: constituída com base
financeira, o teste de adequação do passivo é efetuado para
em estimativa de pagamento de indenizações, conforme
verificar a adequação dos passivos de seguro líquidos dos custos
avisos de sinistros recebidos até a data-base, e atualizada
de aquisição relacionados. Para efetuar esse teste, o Safra utiliza
monetariamente de acordo com normas da SUSEP;
as melhores estimativas dos fluxos de caixa futuros, sinistros
• Provisões matemáticas de benefícios a conceder e
e despesas administrativas. Qualquer deficiência é contabilizada,
concedidos: representam o valor das obrigações assumidas
inicialmente, utilizando os custos de aquisição diferidos
com os participantes de planos PGBL e VGBL, e são
relacionados e, posteriormente, uma provisão no passivo.
constituídas conforme nota técnica atuarial aprovada
pela SUSEP;
• Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR):
calculada atuarialmente e constituída para a cobertura
Contratos de seguro de longo prazo são mensurados com base
em premissas do início do contrato. Quando o teste de adequação
requer a adoção de novas premissas, essas são usadas prospectivamente.
dos sinistros que ocorreram mas não foram avisados
pelos segurados;
• Provisão para insuficiência de contribuição (PIC):
anualmente apurada através de cálculo atuarial, é constituída
para cobrir eventual insuficiência de provisões matemáticas
de benefícios a conceder e concedidos;
III – Apuração de resultado de seguros e resseguros
Os prêmios de seguros deduzidos dos prêmios cedidos
em cosseguro e os respectivos custos de comercialização
são registrados por ocasião da emissão das respectivas apólices
ou faturas, e reconhecidos no resultado no decorrer do prazo
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 83
de vigência das apólices, por meio da constituição da provisão
Também se caracteriza como passivo contingente as possíveis
de prêmios não ganhos e do diferimento dos custos de aquisição.
obrigações resultantes de eventos passados e cuja existência
seja confirmada apenas pela ocorrência de um ou mais eventos
As receitas de contribuições previdenciárias são reconhecidas
futuros incertos não totalmente sobre controle da entidade.
por ocasião de seu recebimento.
Essas obrigações possíveis também devem ser divulgadas.
Prêmios de resseguros cedidos são diferidos e reconhecidos
As obrigações são avaliadas pela Administração, com base
no resultado no decorrer do prazo de cobertura.
nas melhores estimativas e levando em consideração o parecer
As receitas e despesas decorrentes de operações de seguros
dos assessores jurídicos, que reconhece uma provisão quando
do ramo DPVAT são contabilizadas com base nas informações
a probabilidade de perda é considerada provável; e divulga
recebidas da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro
sem reconhecer provisão quando a probabilidade de perda
DPVAT S.A.
é considerada possível. As obrigações cuja probabilidade
de perda é considerada remota não requerem provisão ou
m)Provisões, ativos e passivos contingentes e obrigações legais,
divulgação.
fiscais e previdenciárias
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos
(iii) Obrigações legais (fiscais e previdenciárias) – referem-se
a demandas judiciais onde estão sendo contestadas a legalidade
e passivos contingentes e das obrigações legais são efetuados
e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições.
de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico
O montante discutido é quantificado, provisionado e atualizado
CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes,
mensalmente.
aprovados pela Resolução CMN nº. 3.823/2009 e Carta Circular
BACEN nº. 3.429/2010, da seguinte forma:
Os depósitos judiciais não vinculados às provisões para
contingências e às obrigações legais são atualizados
(i) Ativos Contingentes: são possíveis ativos que resultam
mensalmente.
de eventos passados e cuja existência será confirmada
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos
n) Tributos
futuros incertos e não totalmente sob controle da entidade.
O ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações
contábeis, e sim divulgado caso a realização do ganho seja
provável. Porém, quando existem evidências de que a realização
do ganho é praticamente certa, o ativo deixa de ser contingente
e passa a ser reconhecido.
(ii) Passivos Contingentes: uma obrigação presente (legal ou não
formalizada) resultante de evento passado, na qual seja provável
Calculados às alíquotas abaixo demonstradas, consideram,
para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente
pertinente a cada encargo.
Imposto de Renda
15,00%
Adicional de Imposto de Renda
10,00%
Contribuição Social (1)
15,00%
PIS (2)
0,65%
(2)
uma saída de recursos para sua liquidação e que seja mensurada
COFINS
com confiabilidade, deve ser reconhecida pela entidade
ISS
como uma provisão. Caso a saída de recursos para liquidar
(1) As controladas não financeiras permanecem sujeitas à alíquota de
a obrigação presente não seja provável ou não possa
9% da referida contribuição.
ser confiavelmente mensurada, ela não se caracteriza como
uma provisão, mas sim como um passivo contingente, não
devendo ser reconhecida mas divulgada, a menos que a saída
de recursos para liquidar a obrigação seja remota.
4,00%
até 5,00%
(2) As controladas não financeiras que se enquadram no regime de
apuração não cumulativa ficam sujeitas às alíquotas do PIS e da
COFINS, respectivamente, de 1,65% e 7,6%.
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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
A Lei nº. 11.941/2009, criou o chamado Regime Tributário
ativos e passivos, financeiros ou não, receitas e despesas e outras
de Transição – RTT, buscando, senão, neutralizar os impactos
transações, tais como:
da adoção dos novos critérios contábeis, tais como instituídos
pela Lei nº. 11.638/2007 e pela própria Lei nº. 11.941/2009.
(i) o valor de mercado de determinados ativos e passivos
financeiros e instrumentos financeiros derivativos;
Assim, o RTT, que aplicado a todas as pessoas jurídicas a partir
do ano de 2010, estabeleceu, em suma, "que devem ser considerados,
para fins fiscais, os métodos e critérios contábeis vigentes
em 31.12.2007".
(ii) as taxas de depreciação dos itens do ativo imobilizado;
(iii) amortizações de ativos intangíveis;
(iv) provisões necessárias para absorver eventuais riscos decorrentes
dos passivos contingentes;
o) Resultados de exercícios futuros
Referem-se às rendas recebidas antes do cumprimento do prazo
da obrigação que lhes deu origem, e cuja apropriação, como renda
efetiva, depende apenas da fluência do prazo.
(v) créditos tributários;
(vi) créditos de liquidação duvidosa e
(vii) provisões técnicas de seguros e previdência complementar.
Os valores de eventual liquidação destes ativos e passivos,
p) Uso de estimativas contábeis
financeiros ou não, podem vir a ser diferentes dos valores
A preparação das demonstrações contábeis exige que
apresentados com base nessas estimativas.
a Administração efetue certas estimativas e adote premissas,
no melhor de seu julgamento, que afetam os montantes de certos
4. CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA
BANCO
Disponibilidades
(1)
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
31.12.2011
31.12.2010
246.604
141.362
380.224
143.045
-
-
595.294
4.128.806
7.405.924
4.634.665
7.405.924
4.634.665
Aplicações em depósitos interfinanceiros
291.404
1.138.514
291.404
1.140.180
Aplicações em moedas estrangeiras
726.732
413.294
738.737
506.731
8.670.664
6.327.835
9.411.583
10.553.427
Cotas de fundos de investimentos exclusivos
Aplicações no mercado aberto - posição bancada
Total
(1) Recursos aplicados em operações compromissadas.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 85
5. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ
BANCO
31.12.2011
Valor por prazos de vencimento
Aplicações no mercado aberto
Posição bancada – Tesouro Nacional
Posição financiada – Tesouro Nacional
Posição vendida – Tesouro Nacional
Aplicações em depósitos interfinanceiros
(1)
Aplicações em moedas estrangeiras
31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
18.111.372
-
-
18.111.372
15.529.946
7.405.924
-
-
7.405.924
4.780.902
10.705.448
-
-
10.705.448
10.547.875
-
-
-
-
1.243.441
2.684.660
2.234.501
726.732
413.294
18.177.741
573.469
726.732
867.750
-
-
Total em 31.12.2011
19.411.573
867.750
1.243.441
21.522.764
Total em 31.12.2010
16.734.348
780.206
663.187
18.177.741
Total
201.169
CONSOLIDADO
31.12.2011
Valor por prazos de vencimento
Aplicações no mercado aberto
Posição bancada – Tesouro Nacional
Posição financiada – Tesouro Nacional
Posição vendida – Tesouro Nacional
Aplicações em depósitos interfinanceiros
Aplicações em moedas estrangeiras
(1)
31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
18.111.372
-
-
18.111.372
15.529.946
7.405.924
-
-
7.405.924
4.780.902
10.705.448
-
-
10.705.448
10.547.875
-
-
-
-
1.243.441
2.684.660
1.533.616
738.737
506.731
17.570.293
573.469
738.737
867.750
-
-
Total em 31.12.2011
19.423.578
867.750
1.243.441
21.534.769
Total em 31.12.2010
16.418.890
772.589
378.814
17.570.293
Total
201.169
(1) Deste montante, R$ 570.000 (R$ 290.000 em 31.12.2010) no Banco e no Consolidado, referem-se a operações contratadas com instituições
financeiras não ligadas, objeto de vinculação ao recolhimento compulsório sobre recursos a prazo.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 86
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
6. CARTEIRA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
a) Por classificação contábil:
BANCO
31.12.2011
Custo
Contábil
Títulos para negociação
Tesouro Nacional
Letras do Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
Letras Financeiras do Tesouro
Títulos Exterior
Certificado de depósito bancário
Ações
2.644.745
2.274.926
405.989
1.844.888
24.049
369.819
303.697
66.122
Títulos disponíveis para venda
19.371.522
Tesouro Nacional
550.867
Letras do Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
550.867
Títulos Privados
18.348.908
18.119.303
Debêntures (1)
Certificado de recebíveis imobiliários
155.355
Ações
74.250
Títulos Exterior
471.747
Certificado de depósito bancário
435.858
Eurobonds
35.889
Títulos mantidos até o vencimento
Títulos Privados – Notas Promissórias
Títulos Exterior
Certificado de depósito bancário
Instrumentos financeiros
derivativos – Ativo (Nota 7)
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
89.624
15.248
74.376
74.376
Ajuste a
Mercado
6.505
6.505
1.873
4.636
(4)
16.545
11.318
11.318
5.227
4.702
525
-
412.403 149.431
22.518.294 172.481
21.976.656 83.100
Valor de
Mercado
Sem
Vencimento
31.12.2010
Até
90 dias
2.651.250
2.281.431
407.862
1.849.524
24.045
369.819
303.697
66.122
66.122
66.122
66.122
43.041
43.041
38.654
4.387
-
19.388.067
562.185
562.185
18.354.135
18.119.303
160.057
74.775
471.747
435.858
35.889
74.775
74.775
74.775
-
436.193
436.193
435.858
335
-
-
140.897
93.500
30.630
509.864
1.065.435
89.624
15.248
74.376
74.376
561.834
22.690.775
22.059.756
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
2.542.087
2.238.390
407.862
1.810.870
19.658
303.697
303.697
-
-
9.336 18.867.763
9.336
552.849
9.336
552.849
18.279.360
18.119.303
160.057
35.554
35.554
89.624
15.248
74.376
74.376
Valor de
Mercado
3.943.892
3.943.892
1.841.399
2.098.562
3.931
17.795.085
3.519
818
2.701
17.791.551
17.521.710
176.341
93.500
15
15
-
-
50.243
480.961
2.691.290 19.348.724
3.015.444 17.885.377
24.911
15.217
9.694
9.694
295.868
22.059.756
(1) Debêntures emitidas pela empresa Safra Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil (controlada) no valor de R$ 17.969.675 (R$ 16.689.679
em 31.12.2010).
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 87
CONSOLIDADO
31.12.2011
Custo
Contábil
Títulos para negociação
Tesouro Nacional
Letras do Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
Letras Financeiras do Tesouro
Vinculados a Reserva Técnica –
Nota 11 (b)
Tesouro Nacional
Cotas de fundos de investimentos
PGBL e VGBL
Cotas de fundos de investimentos
DPVAT
Cotas de fundos de investimentos –
Nota 6(c)
Títulos Exterior - Ações
Instrumentos financeiros derivativos –
Ativo (Nota 7)
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
Valor de
Mercado
Sem
Vencimento
31.12.2010
Até
90 dias
Acima de
365 dias
Valor de
Mercado
2.318.774
2.238.390
407.862
1.810.870
19.658
-
12.272.416
3.943.892
22.039
1.819.378
2.102.475
80.384
80.384
-
1.941.237
60.037
7.383
6.504
1.872
4.636
(4)
5.449.439
2.281.431
407.862
1.849.524
24.045
3.087.624
-
2.505.713
79.505
879
879
2.506.592
80.384
2.426.208
-
-
2.367.270
-
2.367.270
2.367.270
-
-
-
1.823.409
58.938
-
58.938
58.938
-
-
-
57.791
595.294
66.122
-
595.294
66.122
595.294
66.122
-
-
-
6.386.583
704
2.696.777
595.232
33.047
562.185
1.627.921
1.027.564
160.957
74.775
364.625
473.624
35.889
437.735
74.775
74.775
74.775
-
489.182
51.112
51.112
438.070
335
437.735
49.641
42.383
33.047
9.336
7.258
6.431
827
-
2.083.179
552.849
552.849
1.494.776
1.021.133
160.957
312.686
35.554
35.554
-
2.287.528
31.926
29.225
2.701
1.839.652
832.051
176.341
93.500
737.760
415.950
5.389
410.561
16.787
16.787
16.787
-
340.061
265.684
265.684
-
40.495
79
30.722
15.505
15.217
74.377
-
9.694
16.915
11.688
370
11.318
5.227
4.702
525
-
43.041
43.041
38.654
4.387
De 91 a
365 dias
5.442.056
2.274.927
405.990
1.844.888
24.049
Títulos disponíveis para venda
2.679.862
Tesouro Nacional
583.544
Letras do Tesouro Nacional
32.677
Notas do Tesouro Nacional
550.867
Títulos Privados
1.622.694
Debêntures
1.027.564
Certificado de recebíveis imobiliários 156.255
Ações
74.250
Certificado de depósito bancário
364.625
Títulos Exterior
473.624
Títulos de governo outros países
Eurobonds
35.889
Certificado de depósito bancário
437.735
Títulos mantidos até o vencimento
Tesouro Nacional
Títulos Privados
Debêntures
Notas Promissórias
Títulos Exterior – Certificado de
depósito bancário
Ajuste a
Mercado
356.848
282.471
16.787
265.684
-
356.848
282.471
16.787
265.684
-
74.377
-
74.377
-
-
3.162.399
8.361.988
24.944
573.954
1.624.550
378.579
8.857.345
14.787.933
21.486
45.784
80.613
400.065
8.903.129
14.868.546
18.053
2.726.529
3.255.233
357.068
2.440.247
1.626.775
268.107
14.868.546
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 88
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
b) Por característica:
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
Sem
Vencimento
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
Total
Carteira própria
Tesouro Nacional
Letras do Tesouro Nacional
Letras Financeiras do Tesouro
Notas do Tesouro Nacional
Títulos Privados
Debêntures (1)
Ações
Notas Promissórias
Certificado de recebíveis imobiliários
Títulos Exterior
Certificado de depósito bancário
Ações
Eurobonds
140.897
74.775
74.775
66.122
66.122
-
474.867
38.674
20
38.654
436.193
435.858
335
1.882.674
1.489.353
294.618
19.246
1.175.489
15.248
15.248
378.073
378.073
-
2.132.921
452.401
452.401
1.644.966
1.484.909
160.057
35.554
35.554
4.631.359
1.980.428
294.618
19.266
1.666.544
1.734.989
1.484.909
74.775
15.248
160.057
915.942
813.931
66.122
35.889
3.915.536
2.207.963
199.643
9
2.008.311
1.697.864
1.412.807
93.500
15.217
176.340
9.709
9.709
-
Vinculados a compromissos de recompra
Tesouro Nacional
Letras do Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
Títulos Privados - Debêntures (1)
Vinculados ao Banco Central –
Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
Letras do Tesouro Nacional
-
-
-
16.634.394
16.634.394
16.634.394
16.634.394
17.133.848
1.024.945
1.012.970
11.975
16.108.903
-
-
188.582
188.580
2
-
188.582
188.580
2
136.235
136.235
Vinculados a prestação de garantias –
Tesouro Nacional (2)
Letras do Tesouro Nacional
Letras Financeiras do Tesouro
Notas do Tesouro Nacional
-
Instrumentos financeiros derivativos –
Ativo (Nota 7)
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
140.897
93.500
4.367
4.367
-
569.791
113.242
412
456.137
100.448
100.448
674.606
113.242
4.779
556.585
578.269
493.371
3.922
80.976
30.630
509.864
1.065.435
50.243
2.691.290
3.015.444
480.961
19.348.724
17.885.377
561.834
22.690.775
22.059.756
295.868
22.059.756
(1) Debêntures emitidas pela empresa Safra Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil (controlada) no valor de R$ 17.969.675 (R$ 16.689.679 em
31.12.2010).
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 89
CONSOLIDADO
31.12.2011
Sem
Vencimento
Carteira própria
Tesouro Nacional
Letras do Tesouro Nacional
Letras Financeiras do Tesouro
Notas do Tesouro Nacional
Títulos Privados
Debêntures
Ações
Notas Promissórias
Cotas de fundo de investimento –
Nota 6(c)
Certificado de depósito bancário
Certificado de recebíveis imobiliários
Títulos Exterior
Títulos de governo outros países
Certificado de depósito bancário
Ações
Eurobonds
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
Total
736.191
670.069
74.775
-
544.643
38.674
20
38.654
67.899
16.787
-
1.837.113
1.489.794
295.059
19.246
1.175.489
272.942
6.431
265.684
1.982.731
452.401
452.401
1.494.776
1.021.133
-
5.100.678
1.980.869
295.059
19.266
1.666.544
2.505.686
1.044.351
74.775
265.684
10.893.617
2.210.313
201.992
9
2.008.312
8.257.659
847.556
94.204
15.217
595.294
66.122
66.122
-
51.112
438.070
437.735
335
-
312.686
160.957
35.554
35.554
595.294
364.625
160.957
614.123
512.112
66.122
35.889
6.386.582
737.759
176.341
425.645
5.019
420.626
-
Vinculados a compromissos de recompra –
Tesouro Nacional
Letras do Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
-
-
Vinculados ao Banco Central –
Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
Letras do Tesouro Nacional
-
-
Vinculados a prestação de garantias –
Tesouro Nacional (2)
Letras do Tesouro Nacional
Letras Financeiras do Tesouro
Notas do Tesouro Nacional
-
Recursos garantidores de reservas técnicas
de seguros e previdência – (Nota 11 (b))
Tesouro Nacional
Cotas de fundo de investimento –
DPVAT
Cotas de fundo de investimento –
PBGL e VGBL
Instrumentos financeiros derivativos –
Ativo (Nota 7)
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
31.12.2010
Até
90 dias
4.367
4.367
-
827
74.377
74.377
188.582
188.580
2
602.397
145.849
411
456.137
80.384
80.384
-
-
1.024.944
1.012.970
11.974
188.582
188.580
2
136.235
136.235
707.212
145.849
4.778
556.585
604.406
519.508
3.922
80.976
-
2.506.592
80.384
1.941.237
60.037
100.448
100.448
2.426.208
-
-
58.938
-
-
-
58.938
57.791
2.367.270
-
-
-
2.367.270
1.823.409
3.162.399
8.361.988
24.944
573.954
1.624.550
18.053
2.726.529
3.255.233
400.065
8.903.129
14.868.546
268.107
14.868.546
357.068
2.440.247
1.626.775
(2)Refere-se a garantia de operações realizadas em bolsa no valor de R$ 533.365 (R$ 476.407 em 31.12.2010) no Banco e R$ 565.786 (R$ 502.465
em 31.12.2010) no Consolidado, realizadas em câmara de liquidação e custódia no valor de R$ 92.299 (R$ 73.226 em 31.12.2010) no Banco e no
Consolidado e recursos cíveis e trabalhistas (Nota 12(c-I)) no valor de R$ 48.942 (R$ 28.636 em 31.12.2010) no Banco e R$ 49.127 (R$ 28.715 em
31.12.2010) no Consolidado.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 90
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
c) Fundos de investimentos exclusivos das empresas do Grupo Safra:
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
-
1.033.056
1.005.778
26.865
413
Operações Compromissadas
Letras do Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
Letras Financeiras do Tesouro
595.294
595.294
4.128.806
1.004.161
297.759
2.826.886
Operações estruturadas de renda fixa (a)
TOTAL
595.294
1.224.720
6.386.582
Títulos para negociação
Certificados de Depósito Bancário – CDB
Debêntures
Letras do Tesouro Nacional – LTN
(a) Operações estruturadas com o objetivo de alcançar rentabilidade semelhante à do CDI contratadas junto ao Banco Safra S.A.
7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
A utilização de instrumentos financeiros derivativos
no Conglomerado, tem por objetivo principal proporcionar
aos seus clientes, produtos que possibilitem a proteção
de seus ativos contra eventuais riscos provenientes de oscilações
de moedas e de taxas de juros. Além disso, estes instrumentos
• Define-se como risco de liquidez a ocorrência de desequilíbrios
entre ativos negociáveis e passivos exigíveis decorrentes
de operações com instrumentos financeiros derivativos
que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição,
levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos
de liquidação de seus direitos e obrigações.
são utilizados na administração diária dos riscos assumidos
As posições do Banco Safra e controladas são monitoradas
em operações, incluindo-se também os "hedges" das carteiras
por área de controle independente, que utiliza sistema específico
de títulos e de operações prefixadas definidos pela Administração.
para administração de risco, com cálculo do VaR (Value at Risk)
Os principais riscos relacionados aos instrumentos financeiros
com intervalo de confiança de 99%, testes de estresse, back testing
derivativos são: risco de crédito, risco de mercado e risco
e demais recursos técnicos. O Grupo possui um Comitê de Risco
de liquidez, abaixo definidos:
de Mercado, composto por executivos do alto escalão, que se reúne
• Risco de crédito é o risco decorrente da possibilidade de perda
devido ao não recebimento de valores contratados com
contrapartes.
semanalmente, com foco principal na discussão de conjuntura
econômica, e um Comitê de Riscos e Tesouraria, com participação
de membros do Comitê Executivo, que se reúne mensalmente para
discutir de forma detalhada aspectos da gestão de risco de mercado,
• Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação
nas taxas de juros, taxas de câmbio, cotações de mercadorias,
preços cotados em mercados de ações e outros valores,
e em função do tipo de produto, do volume de operações,
prazo e condições do contrato e da volatilidade subjacente.
bem como revisar limites de risco, estratégias e resultados.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 91
a) Contas patrimoniais
BANCO
31.12.2011
Custo
Contábil
Ajuste a
Mercado
Valor de
Mercado
31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Valor de
Mercado
Instrumentos financeiros derivativos – Ativo
Non Deliverable Forward - NDF
61.788
61.788
4.712
7.062
403
4.766
3.963
803
-
21.839
1.164
403
1.567
764
803
-
21.789
3.199
-
3.199
3.199
-
50
Prêmios de opções
4.363
Índice Bovespa
Moeda estrangeira
Termo - Ações
1.400
Swap - valores a receber
Taxa de juros
Moeda estrangeira
Derivativos de crédito - CDS
(108)
-
-
449
1.292
1.292
149.136
477.908
20.663
42.378
414.867
264.108
51.746
132.381
184.127
15.166
37.318
131.643
211.556
277.026
16.755
293.781
5.497
5.060
283.224
52.552
-
16.080
-
-
16.080
1.242
-
-
-
-
50.014
328.772
16.080
Futuro
-
-
-
-
Total do Ativo em 31.12.2011
412.403
149.431
561.834
30.630
50.243
480.961
Total do Ativo em 31.12.2010
211.737
84.131
295.868
46.228
51.944
197.696
8.093
137
295.868
Instrumentos financeiros derivativos - Passivo
Non Deliverable Forward – NDF
Prêmios de opções (1)
Índice Bovespa
Moeda estrangeira
Swap - valores a pagar (1)
(1.065)
(2.766.248)
18.979
(196)
340
(2.766.052)
18.639
(1.065)
(946)
(119)
(2.747.269)
(884.428)
(1.810.418)
144
158
(14)
(2.747.413)
(884.586)
(1.810.404)
-
(19.916)
(52.423) (4.136.970)
-
(11.184)
(52.423) (4.125.786)
(583.680)
(39.632)
(623.312)
(246.808)
(164.283)
(212.221)
(301.642)
Taxa de juros
(130.417)
(21.366)
(151.783)
(43.047)
(75.133)
(33.603)
(185.580)
Moeda estrangeira
(453.263)
(18.266)
(471.529)
(203.761)
(89.150)
(178.618)
(116.062)
(7.618)
(412)
Derivativos de crédito - CDS
Futuro
(7.618)
-
-
(2.240)
Total do Passivo em 31.12.2011
(3.358.611)
(22.893)
Total do Passivo em 31.12.2010
(4.096.641)
(363.958)
(7.618)
(2.240)
(2.240)
-
(3.381.504) (1.134.422)
(1.974.820)
(4.460.599)
(1.382.151)
(784.460)
-
(1.659)
(272.262) (4.460.599)
(2.293.988)
(1) Inclui prêmios de operações estruturadas de renda fixa no montante de R$ 3.156.897 (R$ 4.070.016 em 31.12.2010) no Banco e de R$ 2.901.330
(R$ 3.877.095 em 31.12.2010) no Consolidado – Nota 10.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 92
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
CONSOLIDADO
31.12.2011
Custo
Contábil
Ajuste a
Mercado
Valor de
Mercado
31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Valor de
Mercado
Instrumentos financeiros derivativos – Ativo
Non Deliverable Forward - NDF
61.788
61.788
4.712
7.062
403
3.883
3.080
803
-
21.799
1.164
403
1.567
764
803
-
21.789
2.316
-
2.316
2.316
-
10
Prêmios de opções
3.480
Índice Bovespa
Moeda estrangeira
Termo - Ações
1.400
Swap - valores a receber
311.911
Taxa de juros
Moeda estrangeira
Derivativos de crédito - CDS
(108)
21.191
-
1.292
1.292
333.102
15.860
10.188
-
50.014
-
449
8.093
307.054
236.387
18.805
4.436
23.241
10.363
5.128
7.750
183.835
277.026
16.755
293.781
5.497
5.060
283.224
52.552
-
16.080
16.080
1.242
16.080
Futuro
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Total do Ativo em 31.12.2011
378.579
21.486
400.065
24.944
18.053
357.068
Total do Ativo em 31.12.2010
181.088
87.019
268.107
44.251
43.963
179.893
137
268.107
Instrumentos financeiros derivativos - Passivo
Non Deliverable Forward – NDF
Prêmios de opções (1)
Índice Bovespa
Moeda estrangeira
Swap - valores a pagar (1)
(1.065)
(2.511.338)
18.171
(196)
340
(2.511.142)
17.831
(1.065)
(946)
(119)
(2.493.167)
(630.326)
(1.810.418)
144
158
(14)
(2.493.311)
(630.484)
(1.810.404)
-
(19.916)
(52.423) (3.942.937)
-
(11.184)
(52.423) (3.931.753)
(719.673)
(47.629)
(767.302)
(246.630)
(141.166)
(379.506)
(380.625)
Taxa de juros
(121.999)
(29.363)
(151.362)
(42.869)
(75.069)
(33.424)
(179.827)
Moeda estrangeira
(597.674)
(18.266)
(615.940)
(203.761)
(66.097)
(346.082)
(200.798)
(7.618)
(412)
Derivativos de crédito - CDS
Futuro
(7.618)
-
(7.618)
-
-
-
(2.240)
(2.240)
(2.240)
Total do Passivo em 31.12.2011
(3.239.694)
(31.698)
(3.271.392)
(880.142)
(1.951.703)
-
Total do Passivo em 31.12.2010
(4.122.011)
(223.538)
(4.345.549)
(786.087)
(1.357.604)
-
(1.659)
(439.547) (4.345.549)
(2.201.858)
(1) Inclui prêmios de operações estruturadas de renda fixa no montante de R$ 3.156.897 (R$ 4.070.016 em 31.12.2010) no Banco e de R$ 2.901.330
(R$ 3.877.095 em 31.12.2010) no Consolidado – Nota 10.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 93
b) Composição da carteira de instrumentos financeiros derivativos
por Valor Referencial:
BANCO
31.12.2011
Locais de
Negociação
Até
90 dias
Non Deliverable Forward - NDF
1.026.236
359.526
114.826
460.031
1.017.845
349.647
8.391
9.879
26.136.289
61.966.558
386.487
5.445.703
CETIP
442.988
8.391
Moeda estrangeira
CETIP
Índice Bovespa
Moeda estrangeira
Termo - Ações
-
16.817.919
380.883
5.604
-
5.604
-
11.327
5.112.463
-
-
375.160
333.240
25.749.802
56.520.855
11.828
4.996.960
25.737.974
51.523.895
1.413
8.651
375.160
Vendido
-
8.665.230
5.723
BM&FBOVESPA
8.284.347
16.812.315
11.593
235
BM&FBOVESPA
8.272.754
16.812.080
BM&FBOVESPA
1.413
CETIP
Swap
Total
Referencial
460.031
CETIP
Índice Bovespa
Total
Referencial
114.826
Comprada
Comprado
Acima de
365 dias
451.379
Vendida
Prêmios de opções
31.12.2010
De 91 a
365 dias
653.140
653.140
653.140
-
-
3.952.069
6.168.751
6.159.817
16.280.637
11.969.510
65.000
170.000
243.500
478.500
595.581
Taxa de juros
BM&FBOVESPA
Taxa de juros
CETIP
2.801.944
4.187.928
5.119.803
12.109.675
9.452.019
Moeda estrangeira
CETIP
1.085.125
1.810.823
796.514
3.692.462
1.921.910
9.595.833
4.950.934
10.884.521
25.431.288
19.525.001
473.840
342.603
1.950.255
2.766.698
2.034.256
342.603
1.950.255
2.693.684
1.870.030
73.014
164.226
Mercado Futuro
Posições compradas
Taxa de juros
BM&FBOVESPA
400.826
Moeda estrangeira
BM&FBOVESPA
73.014
9.121.993
4.608.331
8.934.266
22.664.590
17.490.745
BM&FBOVESPA
9.004.985
4.608.331
8.934.266
22.547.582
1.730.969
66.736
-
-
66.736
15.759.776
50.272
-
-
50.272
-
-
-
Posições vendidas
Taxa de juros
Moeda estrangeira
BM&FBOVESPA / CME
(1)
Outros
BM&FBOVESPA
Swap Cambial
BM&FBOVESPA
-
Termo SCC
BM&FBOVESPA
-
(1) Chicago Mercantile Exchange – CME.
445.012
-
-
-
124.965
445.012
-
CETIP
4.355.764
6.119.416
6.376.348
16.851.528
82.580.282
BM&FBOVESPA
18.310.052
22.378.026
11.781.161
52.469.239
11.021.379
CME (1)
Total
-
108
22.665.924
-
-
28.497.442
18.157.509
108
352.550
69.320.875
93.954.211
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 94
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
CONSOLIDADO
31.12.2011
Locais de
Negociação
Até
90 dias
Non Deliverable Forward - NDF
1.026.236
359.526
114.826
460.031
1.017.845
349.647
8.391
9.879
23.731.793
57.441.894
386.487
5.778.943
CETIP
442.988
8.391
Moeda estrangeira
CETIP
Índice Bovespa
Moeda estrangeira
Termo – Ações
-
16.817.919
380.883
5.604
-
5.604
-
11.327
5.112.463
-
-
375.160
666.480
23.345.306
51.662.951
11.828
4.996.960
23.333.478
46.665.991
1.413
8.651
375.160
Vendido
-
6.260.734
5.723
BM&FBOVESPA
5.879.851
16.812.315
11.593
235
BM&FBOVESPA
5.868.258
16.812.080
BM&FBOVESPA
1.413
CETIP
Swap
Total
Referencial
460.031
CETIP
Índice Bovespa
Total
Referencial
114.826
Comprada
Comprado
Acima de
365 dias
451.379
Vendida
Prêmios de opções
31.12.2010
De 91 a
365 dias
653.140
653.140
653.140
-
-
2.948.909
3.816.328
2.279.321
9.044.558
6.993.737
65.000
170.000
243.500
478.500
595.581
Taxa de juros
BM&FBOVESPA
Taxa de juros
CETIP
1.522.033
1.835.505
1.239.307
4.596.845
4.230.419
Moeda estrangeira
CETIP
1.361.876
1.810.823
796.514
3.969.213
2.167.737
9.595.833
4.950.934
10.884.521
24.431.288
19.525.001
473.840
342.603
1.950.255
2.766.698
2.034.256
342.603
1.950.255
2.693.684
1.870.030
73.014
164.226
Mercado Futuro
Posições compradas
Taxa de juros
BM&FBOVESPA
400.826
Moeda estrangeira
BM&FBOVESPA
73.014
9.121.993
4.608.331
8.934.266
22.664.590
17.490.745
BM&FBOVESPA
9.004.985
4.608.331
8.934.266
22.547.582
1.730.969
Posições vendidas
Taxa de juros
Moeda estrangeira
Outros
BM&FBOVESPA / CME
BM&FBOVESPA
(1)
66.736
-
-
66.736
15.759.776
-
-
50.272
-
-
-
BM&FBOVESPA
-
Termo SCC
BM&FBOVESPA
-
445.012
-
-
124.965
445.012
-
CETIP
3.352.604
3.766.993
2.495.852
9.615.449
6.398.156
BM&FBOVESPA
15.905.556
22.378.026
11.781.161
50.064.743
77.703.068
CME (1)
(1) Chicago Mercantile Exchange – CME.
-
50.272
Swap Cambial
Total
-
108
19.258.268
-
-
26.145.019
14.277.013
108
352.550
59.680.300
84.453.774
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 95
c) Derivativos de Crédito
emissão de títulos e valores mobiliários, oportunidades de
O Banco Safra faz utilização de instrumentos financeiros derivativos
de crédito com o objetivo de oferecer aos seus clientes, por meio de
diversificação de seus portfólios de investimento.
O Banco Safra detinha as seguintes posições em derivativos de
crédito, demonstradas pelo seu valor referência:
BANCO E CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
Riscos Transferidos
Swap de crédito cujos ativos subjacentes são: Títulos e Valores Mobiliários
(232.205)
(232.205)
(21.394)
(21.394)
Riscos Recebidos (1)
Swap de crédito cujos ativos subjacentes são: Títulos e Valores Mobiliários
232.205
232.205
14.479
14.479
-
(6.915)
-
(1)
Total líquido de exposição transferido
Total líquido de exposição recebido
(1) Os riscos transferidos e recebidos referem-se aos mesmos emissores.
Durante o período não houve ocorrência de evento de crédito
em 31.12.2010) foram designados como instrumentos derivativos
relativo aos fatos geradores previstos nos contratos.
de hedge contratos futuros DI negociados na BM&FBOVESPA,
Não houve efeito relevante no cálculo do Patrimônio de Referência
Exigido (PRE) em 31.12.2011, de acordo com a Resolução CMN
nº. 3.490/2007. As exposições em risco de crédito do Banco Safra
são mitigadas, conforme previsto na Circular BACEN
sendo que o resultado (ganho) não realizado acumulado pela
marcação a mercado do ativo objeto de hedge foi de R$ 158.475
(R$ 8.139 em 31.12.2010) (Notas 13(c)) e se encontra registrado
integralmente no resultado.
nº. 3.360/2007, por instrumentos de garantia contratados
Para proteger o valor de mercado da captação pré-fixada efetuada
junto aos clientes.
em 27.01.2011 pela Agência Grand Cayman, através da emissão
de US$ 500.000 de Dívida Subordinada (Nota 10(e)) foi efetuado
d) Hedge de ativos e passivos financeiros
um Swap Pré x Libor 6 meses com terceiros, designando-o como
O objetivo dos relacionamentos de hedge contábil designados
instrumento derivativo de hedge em um hedge de valor de mercado
pelo Safra é proteger o valor justo de ativos e passivos, decorrentes
de taxa de juros. O valor de mercado do passivo objeto de hedge
do risco de oscilação da taxa de juros referencial de mercado (CDI
em 31.12.2011 era de R$ 1.075.220, sendo que o swap
ou Libor) ou variação cambial, conforme o caso.
tem exatamente o mesmo referencial, moeda, taxa de juros e
Neste contexto, o Banco Safra designou ativos e passivos
financeiros com taxas pré-fixadas, representados substancialmente
por operações de crédito e captações, como itens objeto de hedge
em um relacionamento de hedge contábil de portfólio.
Para proteger o valor de mercado dos itens que compõe referido
portfólio, no montante de R$ 16.157.030 (R$ 10.471.586
vencimento da dívida original. O resultado (perda) não realizado
acumulado pela marcação a mercado do passivo objeto de hedge
foi de R$ (113.283) e se encontra registrado integralmente
no resultado.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 96
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
Para proteger o valor de mercado da captação pré-fixada efetuada
Para proteger o valor de mercado da captação pré-fixada
em 08.08.2011 pelo Banco Safra, através da emissão de R$ 800.000
pela Agência Grand Cayman, através da emissão de R$ 300.000
(Nota 10(c)) foram designados contratos futuros DI negociados
(Nota 10(c)) foram designados contratos futuros DI negociados
na BM&FBOVESPA como instrumentos derivativos de hedge,
na BM&FBOVESPA como instrumentos derivativos de hedge,
cujo valor referencial em 31.12.2011 era de R$ 895.049.
cujo valor referencial em 31.12.2011 era de R$ 307.825.
O valor de mercado do passivo objeto de hedge em 31.12.2011
O valor de mercado do passivo objeto de hedge em 31.12.2011
era de R$ 863.380. O resultado (perda) não realizado acumulado
era de R$ 307.399. O resultado (perda) não realizado acumulado
pela marcação a mercado do passivo objeto de hedge foi de
pela marcação a mercado do passivo objeto de hedge foi
R$ (35.562) e se encontra registrado integralmente no resultado.
de R$ (2.801) (R$ 8.793 em 31.12.2010) e se encontra registrado
Para proteger o valor de mercado da captação pré-fixada
integralmente no resultado.
efetuada em 16.05.2011 pelo Banco Safra, através da emissão
A efetividade apurada para os hedges contábeis designados
de US$ 300.000 (Nota 10(c)) foram designados contratos futuros
pelo Safra estão em conformidade com o estabelecido na Circular
DDI negociados na BM&FBOVESPA como instrumentos
BACEN nº. 3.082/2002.
derivativos de hedge, cujo valor referencial em 31.12.2011
era de R$ 573.948. O valor de mercado do passivo objeto
de hedge em 31.12.2011 era de R$ 559.838. O resultado (ganho)
não realizado acumulado pela marcação a mercado do passivo
objeto de hedge foi de R$ 949 e se encontra registrado
integralmente no resultado.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 97
8. CARTEIRA DE CRÉDITO
a) Distribuição da carteira de crédito por nível de risco e provisão:
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
Níveis de risco
AA
A
Empréstimos e
títulos descontados
12.064.985
2.374.186
779.276
520.481
279.003
166.656
38.800
7.139.299
160.644
37.667
4.179
174
1.871
45
-
175
Financiamentos
B
C
D
E
Financiamentos rurais e
agroindustriais
697.397
56.232
16.692
2.956
377
Financiamentos imobiliários
157.541
126.297
357
7.431
350
109
F
G
Total
Total
301.552
16.579.488
14.327.548
4.304
7.348.183
4.769.133
106
104
773.864
1.043.066
-
472
292.732
226.422
54.549
H
Adiantamentos de contrato
de câmbio
1.173.857
44.330
6.496
5.056
1.842
-
-
1.231.581
746.220
Repasses BNDES/FINAME
5.448.926
1.208.988
559.259
186.560
88.801
23.029
7.233
2.894
17.869
7.543.559
5.397.168
695.722
419.593
30.230
20.427
14.191
5.823
3.709
3.078
20.073
1.212.846
2.013.286
684.279
31.044
2.272
2.023
2.583
482
286
328
3.136
726.433
792.359
CDC e Arrendamento
mercantil
Crédito direto consumidor
Arrendamento mercantil
Outros créditos
-
-
11.443
388.549
27.958
18.404
11.608
5.341
3.423
2.750
16.937
486.413
1.220.927
3.086.285
1.629.768
71.533
52.100
22.455
717
158
1.234
3.300
4.867.550
2.432.318
30.464.012
6.020.038
1.501.510
799.190
407.193
198.205
50.120
61.861
347.674
39.849.803
30.955.161
-
-
-
-
-
-
-
-
8.767.100
5.809.039
30.464.012
6.020.038
1.501.510
799.190
61.861
347.674
48.616.903
36.764.200
Total das operações com
características de concessão
de crédito
Avais e fianças
-
Total com avais e fianças
em 31.12.2011
Provisão em 31.12.2011
(9.404)
(59.598)
(44.733)
407.193
198.205
(79.839) (121.583) (99.083)
50.120
(35.079)
(61.855) (347.674)
(858.849)
Total das operações com
características de concessão
de crédito
Avais e fianças
24.487.656
3.718.792
1.431.028
609.439
-
-
-
-
24.487.656
3.718.792
1.431.028
609.439
372.185
-
48.648
29.580
38.316
219.517
30.955.161
-
-
-
-
5.809.039
38.316
219.517
36.764.200
Total com avais e fianças
em 31.12.2010
Provisão em 31.12.2010
(111.621)
(34.991)
(40.681)
372.185
48.648
(57.680) (106.122) (23.098)
29.580
(19.662)
(36.456) (219.517)
(649.828)
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 98
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
Níveis de risco
AA
A
Empréstimos e
títulos descontados
12.064.985
2.375.970
779.276
520.481
279.003
166.656
38.800
7.139.299
160.643
37.667
4.180
174
1.871
45
-
-
109
175
Financiamentos
B
C
D
E
Financiamentos rurais e
agroindustriais
697.397
56.232
16.692
2.956
377
Financiamentos imobiliários
157.541
126.297
357
7.431
350
F
G
Total
Total
301.552
16.581.272
14.338.784
4.304
7.348.183
4.769.133
106
104
773.864
1.043.066
-
472
292.732
226.422
54.549
H
Adiantamentos de contrato
de câmbio
1.173.857
44.330
6.495
5.056
1.842
1.231.580
746.220
Repasses BNDES/FINAME
5.889.677
1.294.926
603.627
219.226
102.585
26.332
7.568
3.961
24.680
8.172.582
6.081.292
BNDES/FINAME
5.621.699
1.275.108
595.842
203.021
98.988
24.235
7.529
3.691
19.708
7.849.821
5.478.560
267.978
19.818
7.785
16.205
3.597
2.097
39
270
4.972
322.761
602.732
FINAME - Arrendamento
CDC e Arrendamento
mercantil
Crédito direto consumidor
Arrendamento mercantil
Outros créditos
-
-
-
-
1.966.939
4.846.370
575.947
987.022
195.952
67.849
34.966
24.997
173.954
8.873.996
7.726.189
1.469.981
4.370.919
518.498
927.113
146.924
50.118
24.935
21.307
109.442
7.639.237
4.733.410
496.958
475.451
57.449
59.909
49.028
17.731
10.031
3.690
64.512
1.234.759
2.992.779
3.086.237
1.629.769
71.533
52.100
22.501
717
158
1.235
3.300
4.867.550
2.432.319
2.091.594 1.798.452
602.784
263.534
81.712
84.848
508.366
48.141.759
37.363.425
-
-
-
8.767.100
5.809.039
56.908.859
43.172.464
Total das operações com
características de concessão
de crédito
Avais e fianças
32.175.932 10.534.537
-
-
-
-
-
-
Total com avais e fianças
em 31.12.2011
Provisão em 31.12.2011
32.175.932 10.534.537
(9.404)
(104.274)
2.091.594 1.798.452
602.784
263.534
(62.377) (179.665) (180.228) (131.740)
81.712
(57.190)
84.848
508.366
(84.839) (508.366) (1.318.083)
Total das operações com
características de concessão
de crédito
Avais e fianças
26.564.897
6.507.697
-
-
26.564.897
6.507.697
2.051.165 1.254.261
-
-
525.643
-
69.559
-
45.217
-
51.441
293.544
37.363.425
-
-
5.809.039
51.441
293.544
43.172.464
Total com avais e fianças
em 31.12.2010
Provisão em 31.12.2010
(111.621)
(49.014)
2.051.165 1.254.261
(46.882)
525.643
69.559
(77.026) (121.468) (29.371)
45.217
(27.480)
(45.644) (293.544)
(802.050)
O saldo das operações vencidas há mais de 60 dias, não atualizadas (“Non Accrual”), montam em R$ 386.923 (R$ 286.250 em 31.12.2010) no Banco
e R$ 669.968 (R$ 427.974 em 31.12.2010) no Consolidado.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 99
b) Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa no período:
A provisão para operações de crédito apresentou a seguinte movimentação:
Saldo no início do período
Constituição de provisão
Mínimo obrigatório (Resolução CMN nº. 2.682/1999)
Adicional
Baixas a prejuízo
Saldo no final do período
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
649.828
511.203
523.363
(12.160)
(302.182)
800.335
222.577
184.932
37.645
(371.084)
802.050
919.047
762.147
156.900
(403.014)
951.566
341.383
344.636
(3.253)
(490.899)
649.828
800.335
802.050
951.566
Provisão mínima requerida (Resolução CMN nº. 2.682/1999)
585.309
364.128
875.483
516.350
Provisão adicional
273.540
285.700
442.600
285.700
A Administração do Banco, para a constituição da provisão acima,
considera não somente os níveis mínimos de provisionamento
definidos através da Resolução CMN nº. 2.682/1999, como
também realiza uma apurada análise quanto ao risco de realização
dos créditos, suportada por metodologia interna de classificação
de risco amplamente testada e periodicamente reavaliada e aprovada
pela Administração.
c) Operações renegociadas e recuperações de crédito
O saldo de operações de crédito renegociadas no período
era de R$ 279.105 (R$ 154.862 em 2010) no Banco
e de R$ 290.371 (R$ 163.888 em 2010) no Consolidado,
cuja provisão montava a R$ 162.737 (R$ 109.612 em 2010)
no Banco e R$ 172.770 (R$ 115.997 em 2010) no Consolidado.
As recuperações de crédito foram de R$ 1.055.629 (R$ 59.848
em 2010) acumulado no período no Banco e R$ 1.069.650
(R$ 75.815 em 2010) no Consolidado, e incluem R$ 958.534
referente homologação judicial com acordo firmado entre o Banco
Safra S.A. e a Whirlpool S.A. em 08.07.2011 para encerrar a ação
judicial ordinária de cobrança movida pelo Banco Safra desde 2001.
Este montante foi dividido em duas parcelas fixas, sendo
que a primeira de R$ 468.965 foi recebida em 14.07.2011,
e a segunda, no montante de R$ 489.569, foi recebida em
12.01.2012. O montante total do acordo foi reconhecido pelo
Banco Safra na data da referida homologação.
d) Distribuição das carteiras por prazo de vencimento
das operações:
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
Vencidos:
Até 14 dias
De 15 a 60 dias
De 61 a 90 dias
De 91 a 180 dias
Acima de 180 dias
Subtotal vencidos
407.277
437.321
79.680
154.727
152.516
1.231.521
567.357
301.271
84.093
88.800
113.357
1.154.878
739.187
754.856
146.906
256.554
266.508
2.164.011
834.990
472.750
115.441
142.600
169.933
1.735.714
A vencer:
Até 90 dias
De 91 a 365 dias
Acima de 365 dias
Subtotal a vencer
Total
14.901.132
11.131.763
12.585.387
38.618.282
39.849.803
12.226.008
9.261.681
8.312.594
29.800.283
30.955.161
15.892.781
13.629.791
16.455.176
45.977.748
48.141.759
13.047.365
11.280.292
11.300.054
35.627.711
37.363.425
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 100
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
e) Distribuição das carteiras por ramo de atividade:
Setor Privado
Rural
Indústria
Comércio
Intermediário Financeiro
Outros Serviços
Pessoas Físicas
Habitação
Total
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
784.034
12.579.457
11.546.973
777.584
12.426.684
1.442.340
292.731
39.849.803
789.086
13.063.215
11.999.890
781.050
14.801.899
6.413.888
292.731
48.141.759
1.049.353
9.051.132
8.708.580
1.023.279
8.885.242
2.011.153
226.422
30.955.161
1.049.353
9.688.772
9.223.084
1.113.463
11.201.501
4.860.830
226.422
37.363.425
9. CARTEIRA DE CÂMBIO
BANCO E CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
Ativo
Passivo
Ativo
Passivo
Câmbio vendido e comprado a liquidar
Obrigações e direitos por compra e venda de câmbio
(-) Importação financiada – câmbio contratado
Adiantamentos em moeda nacional recebidos
Outros
Total
Resultado de operações de câmbio
1.481.427
241.919
(8.383)
1.714.963
55.683
242.000
1.341.564
(118)
399
1.583.845
-
735.173
126.469
(90.121)
771.521
43.241
123.917
764.155
(6.037)
59
153
882.247
-
10. CAPTAÇÃO DE RECURSOS E OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS
E REPASSES, RECURSOS ADMINISTRADOS
Em 31 de dezembro os recursos captados eram demonstrados conforme abaixo:
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
Depósitos (a)
Captações no mercado aberto (b)
Recursos de aceites e emissão de títulos (c)
Obrigações por empréstimos e repasses (d)
Dívida subordinada (e)
Operações estruturadas de renda fixa (1)
Total de recursos captados
Fundos administrados (2) (f )
Total de recursos administrados
27.545.588
27.396.399
10.531.301
12.424.919
2.120.428
3.156.897
83.175.532
3.331.159
86.506.691
(1) Recursos registrados em instrumentos financeiros derivativos (Nota 7(a)).
(2) Não inclui fundos de aplicações em cotas de fundos de investimento e fundos exclusivos.
22.198.850
27.922.004
3.309.426
9.624.364
1.027.905
4.070.016
68.152.565
2.871.243
71.023.808
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
16.500.700
27.304.390
10.178.498
13.055.023
2.120.428
2.901.330
72.060.369
45.085.690
117.146.059
14.567.228
27.904.197
3.131.560
10.315.793
1.027.905
3.877.095
60.823.778
32.776.875
93.600.653
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 101
a) Depósitos
BANCO
31.12.2011
Depósitos à vista
Depósitos a prazo
Depósitos de poupança
Depósitos interfinanceiros
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
31.12.2010
Sem
Vencimento
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
Total
811.639
1.207.831
2.019.470
2.123.360
2.723.626
10.198.215
12.921.841
11.249.798
7.292.918
4.051.139
11.344.057
7.115.565
1.132.880
127.340
1.260.220
1.710.127
811.639
11.149.424
1.207.831
14.376.694
27.545.588
22.198.850
1.305.624
9.313.281
817.736
10.762.209
22.198.850
CONSOLIDADO
31.12.2011
Depósitos à vista
Depósitos a prazo
Depósitos de poupança
Depósitos interfinanceiro
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
Sem
Vencimento
Até
90 dias
809.667
1.207.831
2.017.498
2.121.024
2.585.426
1.529.065
4.114.491
3.622.074
31.12.2010
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
Total
7.292.918
1.815.573
9.108.491
7.106.386
1.132.880
127.340
1.260.220
1.717.744
809.667
11.011.224
1.207.831
3.471.978
16.500.700
14.567.228
1.303.288
9.173.011
817.736
3.273.193
14.567.228
b) Captação no mercado aberto
BANCO
31.12.2011
Carteira própria
Tesouro Nacional
Títulos de emissão própria
Carteira de terceiros
Tesouro Nacional
Carteira livre movimentação
Tesouro Nacional
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
Total
-
-
-
-
1.025.646
3.319.466
9.434.581
3.937.560
16.691.607
16.145.871
10.704.792
-
-
10.704.792
10.549.013
14.024.258
16.670.264
9.434.581
8.137.907
3.937.560
3.113.833
27.396.399
27.922.004
201.474
27.922.004
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 102
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
CONSOLIDADO
31.12.2011
Carteira própria
Tesouro Nacional
Títulos de emissão própria
Carteira de terceiros
Tesouro Nacional
Carteira livre movimentação
Tesouro Nacional
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
Total
-
-
-
-
1.025.646
9.434.581
3.937.560
16.691.607
16.145.871
10.612.783
-
-
10.612.783
10.531.206
13.932.249
16.652.457
9.434.581
8.137.907
3.937.560
3.113.833
27.304.390
27.904.197
201.474
27.904.197
3.319.466
c) Recursos de aceites e emissão de títulos
BANCO
31.12.2011
Recursos de letras financeiras, de crédito e similares
Letras financeiras
Letras de crédito de agronegócio
Letras hipotecárias
Outros
Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior
Medium Term Note (Reais) - R$ 800.000 (1)
Medium Term Note (Dólar) - US$ 300.000 (1)
Medium Term Note (Reais) - R$ 300.000 (1)
Medium Term Note (Iene) – Nota 18 (c)
Medium Term Note (Outras)
Custo de transação incorrida – Nota 3 (k)
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
569.729
507.166
62.563
35.210
5.828
29.424
(42)
604.939
156.198
1.964.235
784.807
1.032.069
106.008
41.351
98.306
32.686
2.871
10.621
2.253
49.991
(116)
2.062.541
681.773
Acima de
365 dias
4.540.969
4.515.646
25.323
3.322.851
824.865
556.967
296.778
453.199
1.193.832
(2.790)
7.863.820
2.471.455
31.12.2010
Total
Total
7.074.933
5.300.453
1.564.558
168.571
41.351
3.456.367
863.379
559.838
307.399
455.452
1.273.247
(2.948)
10.531.300
3.309.426
1.627.838
726.759
884.569
16.510
1.681.588
290.742
383.205
1.007.641
3.309.426
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 103
CONSOLIDADO
31.12.2011
Recursos de letras financeiras, de crédito e similares
Letras financeiras
Letras de crédito de agronegócio
Letras hipotecárias
Outros
Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior
Medium Term Note (Reais) - R$ 800.000 (1)
Medium Term Note (Dólar) - US$ 300.000 (1)
Medium Term Note (Reais) - R$ 300.000 (1)
Medium Term Note (Outras)
Custo de transação incorrida – Nota 3 (k)
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
569.729
507.166
62.563
35.210
5.828
29.424
(42)
604.939
156.198
1.964.235
784.807
1.032.069
106.008
41.351
98.305
32.686
2.871
10.621
52.243
(116)
2.062.540
711.924
Acima de
365 dias
4.643.295
4.515.646
25.323
102.326
2.867.724
824.865
556.967
296.778
1.191.904
(2.790)
7.511.019
2.263.438
31.12.2010
Total
Total
7.177.259
5.300.453
1.564.558
168.571
143.677
3.001.239
863.379
559.838
307.399
1.273.571
(2.948)
10.178.498
3.131.560
1.833.177
726.759
884.569
16.510
205.339
1.298.383
290.742
1.007.641
3.131.560
(1) Hedge contábil - Nota 7 (d).
d) Obrigações por títulos e valores mobiliários e empréstimos
BANCO
31.12.2011
(1)
Obrigações por empréstimos no exterior
Obrigações por transferência de ativos financeiros
Repasses no país
Tesouro Nacional
BNDES
FINAME
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
Total
1.907.000
7.006
1.030.058
73.979
171.716
784.363
2.944.064
1.962.886
2.746.908
10.246
2.080.009
38.814
366.608
1.674.587
4.837.163
4.258.122
107.376
1.232
4.535.084
11.642
812.431
3.711.011
4.643.692
3.403.356
4.761.284
18.484
7.645.151
124.435
1.350.755
6.169.961
12.424.919
9.624.364
4.033.555
99.869
5.490.940
104.480
1.521.636
3.864.824
9.624.364
CONSOLIDADO
31.12.2011
(1)
Obrigações por empréstimos no exterior
Obrigações por transferência de ativos financeiros
Empréstimos de ações
Repasses no país
Tesouro Nacional
BNDES
FINAME
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
31.12.2010
Até
90 dias
De 91 a
365 dias
Acima de
365 dias
Total
Total
1.906.859
7.006
1.109.327
73.979
173.379
861.969
3.023.192
2.072.714
2.727.780
10.246
2.275.695
38.814
371.274
1.865.607
5.013.721
4.500.669
126.645
1.232
4.890.233
11.642
828.719
4.049.872
5.018.110
3.742.410
4.761.284
18.484
8.275.255
124.435
1.373.372
6.777.448
13.055.023
10.315.793
4.033.555
99.869
704
6.181.665
104.480
1.521.636
4.555.549
10.315.793
(1) Linhas de crédito destinadas para financiamentos de importações e exportações.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 104
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
e) Dívida subordinada
BANCO E CONSOLIDADO
Datas
Emissão
Vencimento
Certificados de depósitos bancários – CDB (1)
699.279
699.463
Taxa
2006
2016
150.152
150.192
106% do CDI
2006
2016
150.152
150.192
106% do CDI
2006
2016
150.152
150.192
106% do CDI
248.823
248.887
106% do CDI
(3)
2006
2016
345.929
328.442
2010
2016
93.689
81.493
IPCA + 7,7%
2010
(1)
2016
206.241
205.922
114% do CDI
2010
(2)
2016
20.802
18.150
IPCA + 7,32%
2010
(2)
2016
13.524
12.680
IPCA + 7,19%
2010 (2)
2020
11.673
10.197
IPCA + 7,27%
(1)
2021
1.075.220
-
2.120.428
1.027.905
Letras financeiras – LF
Medium term notes - Hedge – Nota 7(e)
Saldo Contábil em
31.12.2011
31.12.2010
2011
Total
US$ + 6,75%
(1) Operações com pagamento de juros semestrais.
(2) Operações com pagamento de juros na liquidação do contrato.
(3) Do montante emitido R$ 1.430 (R$ 1.431 em 31.12.2010) encontra-se em carteira.
f) Fundos administrados
O Grupo Safra é responsável pela gestão, administração
e distribuição de cotas de fundos de investimento, cujos patrimônios
em 31.12.2011, incluindo os fundos administrados por empresa
fora do Consolidado, totalizavam R$ 62.471.936 (R$ 56.475.895
em 31.12.2010), sendo R$ 39.785.460 (R$ 27.284.126
em 31.12.2010) em fundos de investimento financeiro,
R$ 16.790.952 (R$ 17.312.428 em 31.12.2010) em fundos
de aplicações em cotas, R$ 5.300.230 (R$ 5.492.759
em 31.12.2010) em outros fundos e R$ 595.294 (R$ 6.386.582
em 31.12.2010) em fundos exclusivos (Nota 7(c)). As receitas
com taxas de gestão, administração e distribuição de cotas dos
referidos fundos, registradas na rubrica “Receitas de Prestação
de Serviços”, representam R$ 107.466 (R$ 102.732 em 2010)
no Banco e R$ 201.809 (R$ 200.447 em 2010) no Consolidado
(Nota 13 (e)).
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 105
11. OPERAÇÕES DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA
a) Provisões técnicas
CONSOLIDADO
Seguros
Previdência
31.12.2011
31.12.2010
31.12.2011
31.12.2010
Provisão matemática de benefícios
a conceder e concedidos
Total
31.12.2011
31.12.2010
-
-
2.367.208
1.823.389
2.367.208
1.823.389
Prêmios não ganhos
51.188
43.048
-
-
51.188
43.048
Sinistros a liquidar
56.823
72.812
-
-
56.823
72.812
Provisão de sinistros ocorridos
e não avisados (IBNR)
21.587
5.689
-
-
21.587
5.689
Insuficiência de prêmios –
Benefícios a conceder
-
-
11.475
6.893
11.475
6.893
Insuficiência de contribuição –
Benefícios a conceder
-
-
4.391
3.352
4.391
3.352
Provisão complementar de prêmios
736
503
-
-
736
503
Provisão despesas administrativas
160
133
Outras
-
-
Total
130.494
122.185
751
601
911
734
15
13
15
13
2.383.840
1.834.248
2.514.334
1.956.433
b) Recursos garantidores de reservas técnicas
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
2.506.592
2.367.270
424.927
104.658
92.003
176.313
1.502.831
852.193
650.638
66.538
1.941.237
1.823.409
500.104
83.308
130.247
1.088.272
298.189
102.159
687.924
21.478
Outros títulos
Títulos públicos – Letras do Tesouro Nacional
Cotas de fundos de investimento – DPVAT convênio
139.322
80.384
58.938
117.828
60.037
57.791
Créditos com operações de resseguros – Nota 13 (c)
18.124
19.511
2.524.716
1.960.748
Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
Cotas de fundos PGBL/VGBL
Certificados de depósitos bancários – CDB (*)
Debêntures
Ações
Letras financeiras
Títulos públicos
Letras Financeiras do Tesouro
Letras do Tesouro Nacional
Notas do Tesouro Nacional
Outros
Total
(*) Inclui R$ 100.103 (R$ 101.512 em 31.12.2010) em operações de CDB subordinado.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 106
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
c) Resultado com operações de seguros e previdência
CONSOLIDADO
Resultado da intermediação financeira
Receitas financeiras com seguros e previdências
Despesas financeiras com seguros e previdências
Resultado das Operações com Seguros e Previdências
Receita de prêmios e contribuições – Seguros e Previdência
Variação das provisões técnicas – Seguros e Previdência
Despesas com sinistros
Despesas de comercialização
Outras receitas e despesas
Receita com prestação de serviços (Nota 13(e))
Receita com administração de fundos de previdência
Total
31.12.2011
31.12.2010
14.984
189.387
(174.403)
98.413
600.922
(413.950)
(63.561)
(22.165)
(2.833)
21.526
21.526
134.923
10.837
143.104
(132.267)
83.637
707.801
(546.725)
(65.942)
(13.183)
1.686
22.445
22.445
116.919
d) Teste de adequação do passivo
I – Ações Cíveis
O teste de adequação do passivo é realizado semestralmente, sendo
Estão representadas, substancialmente, por pleitos de indenização
que o efetuado em 31.12.2011 não resultou em ajustes na
por danos materiais e/ou morais, versando, principalmente,
demonstração da posição financeira.
sobre questões atinentes a crédito direto ao consumidor, cobrança
e empréstimos, protestos de títulos, inclusão de informações
12. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E
no cadastro de restrições ao crédito e expurgos inflacionários
OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS
em Planos Econômicos.
a) Ativos contingentes
As ações cíveis são avaliadas quando do recebimento da notificação
A Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil requereu à Secretaria
da Receita Federal a habilitação de Créditos Fiscais no montante
de R$ 84.218, originados com o trânsito em julgado do processo
judicial que pleiteava a repetição do indébito decorrente
de pagamentos indevidos a titulo de CPMF sobre as operações
de captação e aplicação de recursos da companhia – no período
de 2002 a 2007. O imposto a compensar foi registrado
em dezembro de 2011 e está divulgado na Demonstração
de Resultado como redutor das despesas para contingências
fiscais e previdenciárias (Nota 13 (j)).
judicial e atualizadas mensalmente, revisadas periodicamente
e quantificadas com base na fase processual, nas provas apresentadas
e na jurisprudência de acordo com a avaliação da Administração
quanto ao grau de risco de perda da ação judicial. A provisão é
constituída quando a probabilidade de perda é considerada provável.
II – Ações Trabalhistas
Buscam o pagamento de pretensos direitos trabalhistas, relativos
à legislação trabalhista específica da categoria profissional,
em especial horas extras.
São quantificadas e provisionadas quando do recebimento
b) Passivos contingentes
da notificação judicial, apurando-se o valor com base no percentual
São quantificados conforme segue:
histórico de perdas (custo médio), relativos a causas consideradas
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semelhantes e usuais. São ajustados ao valor do depósito judicial
da notificação dos processos administrativos, com base no valor
de execução quando realizado.
de autuação e atualizados mensalmente. A provisão é constituída
pelo valor integral para os processos classificados como risco
de perda provável.
III – Ações Fiscais e Previdenciárias
Representadas, principalmente, por processos administrativos
c ) As provisões constituídas e as respectivas movimentações estão
e judiciais relacionados a tributos municipais e federais.
assim demonstradas:
Quantificadas individualmente quando do recebimento
I. Cíveis e Trabalhistas
BANCO
01.01 a 31.12.2011
Saldo inicial
Movimentação do período Refletida no Resultado (2)
Constituição
Reversão
Pagamento
Saldo Final
Depósitos em Garantia de Recursos (3)
Títulos e valores mobiliários em garantia (4)
Total de Recursos em Garantia em 31.12.2011
Depósitos em Garantia de Recursos (3)
Títulos e valores mobiliários em garantia (4)
Total de Recursos em Garantia em 31.12.2010
Cíveis
Trabalhista
133.458
79.865
80.569
(704)
(28.966)
184.357
24.696
2.197
26.893
30.556
1.664
32.220
96.993
131.188
146.985
(15.797)
(70.476)
157.705
31.464
46.745
78.209
44.367
26.972
71.339
01.01 a 31.12.2010
Total
(1)
230.451
211.053
227.554
(16.501)
(99.442)
342.062
56.160
48.942
105.102
74.923
28.636
103.559
Total (1)
206.128
67.151
79.690
(12.539)
(42.828)
230.451
CONSOLIDADO
01.01 a 31.12.2011
Saldo inicial
Movimentação do período Refletida no Resultado (2)
Constituição
Reversão
Pagamento
Saldo Final
Depósitos em Garantia de Recursos (3)
Títulos e valores mobiliários em garantia (4)
Total de Recursos em Garantia em 31.12.2011
Depósitos em Garantia de Recursos (3)
Títulos e valores mobiliários em garantia (4)
Total de Recursos em Garantia em 31.12.2010
01.01 a 31.12.2010
Cíveis
Trabalhista
Total (1)
Total (1)
154.706
99.191
100.393
(1.202)
(31.111)
222.786
32.207
2.382
34.589
37.068
1.743
38.811
100.308
141.236
157.650
(16.414)
(75.795)
165.749
32.263
46.745
79.008
44.568
26.972
71.540
255.014
240.427
258.043
(17.616)
(106.906)
388.535
64.470
49.127
113.597
81.636
28.715
110.351
225.223
77.271
92.307
(15.036)
(47.480)
255.014
(1) Nota 13(d); (2) Notas 13(j) – Contingências cíveis e 13(g) – Contingências trabalhistas; (3)Nota 13(c); (4) Nota 6(b)
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 108
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
II. Contingências Fiscais e Previdenciárias e Obrigações Legais
BANCO
01.01 a 31.12.2011
Saldo inicial
Atualização / Encargos (2)
Movimentação do Período Refletida no Resultado (3)
Constituição
Reversão
Pagamento
Outras movimentações
Saldo Final
Depósitos em Garantia de Recursos em 31.12.2011 (4)
Depósitos em Garantia de Recursos em 31.12.2010 (4)
01.01 a 31.12.2010
Contingências
Fiscais e
Previdenciárias
Obrigações
Legais
Total (1)
Total (1)
189.260
10.988
175.236
175.236
(38.043)
2.598
340.039
25.523
25.523
426.423
41.968
126.685
127.401
(716)
(9.574)
585.502
10.244
10.244
615.683
52.956
301.921
302.637
(716)
(47.617)
2.598
925.541
35.767
35.767
481.738
37.986
101.568
123.111
(21.543)
(5.609)
615.683
CONSOLIDADO
01.01 a 31.12.2011
Saldo inicial
AAtualização / Encargos (2)
Movimentação do Período Refletida no Resultado (3)
Constituição
Reversão
Pagamento
Outras movimentações
Saldo Final
Depósitos em Garantia de Recursos em 31.12.2011 (4)
Depósitos em Garantia de Recursos em 31.12.2010 (4)
01.01 a 31.12.2010
Contingências
Fiscais e
Previdenciárias
Obrigações
Legais
Total (1)
Total (1)
372.447
23.529
231.259
231.259
(41.618)
1.143
586.760
32.858
26.594
466.181
46.717
140.804
141.520
(716)
(11.420)
642.282
10.244
10.244
838.628
70.246
372.063
372.779
(716)
(53.038)
1.143
1.229.042
43.102
36.838
665.307
54.306
132.833
168.617
(35.784)
(13.818)
838.628
(1) Nota 14(c); (2) Nota 13(j); (3) Contingências fiscais e previdenciárias – Nota 13(j); Obrigações legais registradas em despesas tributárias e despesas
com imposto de renda e contribuição social; (4) Nota 13(c)
As principais ações relativas às Contingências Fiscais e
Previdenciárias e Obrigações Legais são:
Contingências Fiscais e Previdenciárias:
• ISS sobre operações de Leasing: diversos autos de infração
e processos judiciais relacionados à incidência do imposto
nas operações de leasing, cuja discussão é atinente ao local
da incidência do tributo e a sua base de cálculo, no montante
de R$ 19.594 (R$ 14.747 em 31.12.2010) no Banco
e R$ 229.013 (R$ 177.786 em 31.12.2010) no Consolidado.
• CPMF - Gestão de Pagamentos: autuação em relação
ao produto Gestão de Pagamentos, por ter entendido
a Autoridade Fiscal que houve a liquidação/pagamento
de créditos, por conta e ordem de terceiros, sem o respectivo
crédito em conta do beneficiário, tendo sido ainda atribuída
a responsabilidade pela retenção e recolhimento do tributo
nos termos do artigo 5º., inciso I, da Lei nº. 9.311/1996,
no montante de R$ 96.050 (R$ 90.488 em 31.12.2010)
no Banco e no Consolidado.
Obrigações Legais:
Alargamento da base de PIS e COFINS, instituída pelo parágrafo
1º., artigo 3º. da Lei nº. 9.718/1998, no montante de R$ 570.682
(R$ 406.846 em 31.12.2010) no Banco e R$ 627.462 (R$ 446.603
em 31.12.2010) no Consolidado, substancialmente garantido
por carta de fiança.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 109
13. OUTRAS CONTAS
no Banco e R$ 5.394.015 (R$ 1.377.969 em 31.12.2010)
a) Depósitos no Banco Central:
no Consolidado. O resultado oriundo dos recolhimentos
Em 31.12.2011, os depósitos no Banco Central estavam
substancialmente representados por recolhimentos compulsórios
no montante de R$ 4.449.927 (R$ 1.377.721 em 31.12.2010)
compulsórios sujeitos a remuneração foi de R$ 264.243
(R$ 49.519 em 2010) no Banco e R$ 314.721 (R$ 49.519
em 2010) no Consolidado, estão demonstrados em Resultado
de aplicações compulsórias.
b) Negociação e intermediação de valores:
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
Ativo
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
514
3.425
56.419
200.839
(1)
Devedores conta de liquidação pendente
Caixa de registro e liquidação (1)
Ativos financeiros e mercadorias a liquidar
Outras
483
31
3.260
137
28
34.600
21.304
483
32
92.706
107.968
137
28
Passivo
Credores conta de liquidação pendente (1)
Caixa de registro e liquidação (1)
Ativos financeiros e mercadorias a liquidar
Outras
20.688
1
20.000
687
1.463
1.178
285
75.512
26.169
23.534
24.979
830
198.749
83.875
90.875
23.714
285
(1) Refere-se substancialmente a operações em Bolsa registradas pela J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda.
c) Outros créditos diversos:
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
Créditos tributários – Nota 14(b-I)
Devedores por depósito em garantia de contingências
fiscais e previdenciárias e obrigações legais (1)
Devedores por depósito em garantia de contingências
cíveis e trabalhistas – Nota 12(c-I)
Dividendos a receber de partes relacionadas – Nota 18(c)
Impostos e contribuições a compensar
Operações ativas a processar
Cessão de crédito a receber
Ajuste a mercado do hedge - Nota 7(e)
Crédito das operações com seguros e resseguros- Nota 11(b)
Equalização de taxas em operações de crédito
Outros
Total
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
155.287
110.093
261.871
230.372
162.712
153.295
170.047
169.655
56.160
141
26.727
95.092
10.242
158.475
78.865
63.749
74.923
314.304
26.861
243.017
31.372
8.139
98.942
19.410
64.470
161.190
320.413
10.242
158.475
55.123
78.865
51.324
81.636
63.253
247.013
31.372
8.139
47.323
98.942
21.035
807.450
1.080.356
1.332.020
998.740
(1) As parcelas vinculadas a contingências fiscais e previdenciárias e obrigações legais estão relacionadas na Nota 12 (c-II).
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 110
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
d) Outras obrigações diversas:
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
Provisão para passivos contingentes cíveis e trabalhistas – Nota 12 (c-I)
Provisão para pagamentos a efetuar
Credores diversos exterior
Obrigações com administradoras de cartões de crédito
Mandato a liberar
Operações passivas a processar
Repasse de valores a liberar
Outros
342.062
92.672
98.687
100.186
12.696
67.788
36.072
230.451
65.423
77.652
76.700
11.518
282.253
27.060
388.535
100.489
98.700
100.186
15.678
269.535
75.638
255.014
72.732
77.681
76.700
72.746
11.694
282.261
55.701
Total
750.163
771.057
1.048.761
904.529
e) Receitas de Prestação de Serviços:
BANCO
CONSOLIDADO
2011
2010
2011
2010
Serviços de gestão e custódia de fundos de investimento (Nota 10 (f ))
Corretagem sobre operações em bolsa
Cobrança
Garantias prestadas
Operações e cartões de crédito
Serviços de câmbio
Outras
107.466
67.765
190.702
53.529
13.317
6.240
102.732
73.240
129.447
29.303
15.678
4.424
201.809
18.416
67.765
191.967
55.813
13.317
13.914
200.447
27.057
73.240
129.447
30.676
15.678
19.666
Total
439.019
354.824
563.001
496.212
f) Rendas de tarifas bancárias:
BANCO
Operações de crédito
DOC/TED
Pacotes de serviços e cadastros
Outros serviços de conta corrente
Total
CONSOLIDADO
2011
2010
2011
2010
52.676
14.185
11.934
39.987
20.987
14.922
7.377
32.748
53.161
14.185
106.716
39.987
20.987
14.922
71.271
32.748
118.782
76.034
214.049
139.928
g) Despesas de pessoal:
BANCO
Remuneração e participação nos resultados
Benefícios
Encargos sociais
Contingências trabalhistas – Nota 12(c-I)
Desligamentos
Total
CONSOLIDADO
2011
2010
2011
2010
623.054
76.782
166.032
131.188
10.726
504.905
66.124
134.332
11.042
5.466
762.610
77.819
195.057
141.236
12.128
632.131
66.888
159.373
10.539
6.723
1.007.782
721.869
1.188.850
875.654
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 111
h) Despesas administrativas:
BANCO
Instalações
Aluguéis
Publicidade e propaganda
Processamento de dados e telecomunicações
Serviços de terceiros
Viagens
Serviços do sistema financeiro
Serviços de vigilância e segurança
Transportes
Proteção a informação
Depreciação e amortização
Cartórios e honorários advocatícios
Outras
Total
CONSOLIDADO
2011
2010
2011
2010
25.837
97.644
9.225
43.691
70.032
15.977
35.207
11.522
21.736
68.971
18.599
82.921
25.932
24.077
87.361
8.107
48.764
53.643
9.686
29.653
9.671
20.911
45.788
17.394
74.275
20.003
27.513
45.684
11.224
52.539
88.911
17.839
37.500
11.939
22.266
81.809
38.030
113.042
23.578
26.419
35.143
10.713
55.827
81.990
11.173
30.703
10.046
21.443
49.253
37.934
89.724
38.945
527.294
449.333
571.874
499.313
i) Outras receitas operacionais:
BANCO
CONSOLIDADO
2011
2010
2011
2010
Recuperação de encargos e despesas
Rendas de aluguéis
Atualização de impostos a compensar e depósitos judiciais
Outras
6.107
30.509
9.675
11.715
1.882
21.459
3.432
11.074
33.003
13.414
18.774
9.593
8.705
24.056
Total
46.291
35.056
60.923
61.128
j) Outras despesas operacionais:
BANCO
CONSOLIDADO
2011
2010
2011
2010
Contingências cíveis - Nota 12 (c-I)
Contingências fiscais e previdenciárias – Nota 12 (a) e (c-II)
Atualizações de contingências fiscais e previdenciárias e
obrigações legais - Nota 12 (c-II)
Outras
79.865
175.236
56.109
13.104
99.191
147.041
66.732
31.031
52.956
19.884
37.986
38.798
70.246
38.022
54.306
52.235
Total
327.941
145.997
354.500
204.304
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 112
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
14. TRIBUTOS
a) Composição das despesas com impostos e contribuições
I – Conciliação das despesas de Imposto de Renda e Contribuição Social
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
Resultado Antes do Imposto de Renda
e Contribuição Social
Encargo (Imposto de Renda e Contribuição Social)
às alíquotas vigentes - Nota 3(o)
1.783.296
1.298.808
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
2.048.695
(713.318)
(519.523)
(Inclusões) Exclusões Permanentes
Participações em coligadas e controladas no país
11.678
141.693
Ganho/(Perda) Cambial sobre investimentos no exterior
59.155
(7.935)
62.465
267.436
267.436
97.770
(14.016)
111.786
267.436
267.436
111.786
111.786
Dividendos e juros sobre títulos de outros países
24.490
33.488
24.860
34.220
Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributadas
11.586
(5.232)
23.977
(6.047)
Juros sobre Capital Próprio:
(Recebido)
Creditado individualizadamente
Crédito tributário não reconhecido no período/
reconhecimento de períodos anteriores
(189.878)
Imposto de Renda e Contribuição Social do período
(528.851)
9.014
(250.725)
(819.478)
1.539.013
(114)
(615.605)
998
(9.065)
(353.396)
(7.217)
(794.250)
(490.930)
II – Composição das despesas tributárias
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
PIS/COFINS
ISS – Imposto sobre serviços
IPTU – Imposto predial e territorial urbano
IOF – Imposto sobre operações financeiras
Outras
185.422
20.600
4.088
8.235
1.094
113.410
15.364
3.790
6.925
5.235
234.673
29.539
4.665
8.598
4.158
147.945
26.067
4.193
7.177
12.174
Total
219.439
144.724
281.633
197.556
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 113
b) Tributos diferidos
I – Origem dos créditos tributários de imposto de renda e
contribuição social diferidos:
BANCO
Saldo em
31.12.2010
Provisão para contingências cíveis
Provisão para contingências trabalhistas
Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para negociação
Outros
Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias
Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda
Total dos créditos tributários – Nota 13 (c)
53.383
38.798
4.814
12.933
109.928
165
110.093
CONSOLIDADO
Saldo em
31.12.2010
Provisão para contingências cíveis
Provisão para contingências trabalhistas
Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para negociação
Outros
Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias
Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social
Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda
Total dos créditos tributários – Nota 13 (c)
61.844
40.045
4.814
17.381
124.084
106.117
171
230.372
Constituição
Realização
Saldo em
31.12.2011
31.946
49.616
12.265
93.827
93.827
(11.586)
(28.191)
(4.814)
(3.877)
(48.468)
(165)
(48.633)
73.743
60.223
21.321
155.287
155.287
Constituição
Realização
Saldo em
31.12.2011
39.278
53.433
164
16.902
109.777
109.777
(12.057)
(30.314)
(4.814)
(10.617)
(57.802)
(20.305)
(171)
(78.278)
89.065
63.164
164
23.666
176.059
85.812
261.871
II – Obrigações fiscais diferidas:
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
Superveniência de depreciação
Ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
374.168
415.207
893.019
1.080.106
23.683
74.278
19.163
19.388
Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda
6.618
-
6.766
-
Atualização de depósitos judiciais
8.615
-
8.781
-
Total – Nota 14 (c)
463.679
434.370
927.954
1.103.789
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 114
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
III. Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças
temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e
impostos diferidos sobre superveniência.
BANCO
Exercício de Realização
Créditos
Tributários sobre
Diferenças Temporárias
Provisão para
Impostos e
Contribuições Diferidos
Tributos
Diferidos
Líquidos
41.156
31.634
27.974
27.730
26.793
155.287
133.513
(317.343)
(141.167)
(1.723)
(1.723)
(1.723)
(463.679)
(430.222)
(276.187)
(109.533)
26.251
26.007
25.070
(308.392)
(296.709)
Provisão para
Impostos e
Contribuições Diferidos
Tributos
Diferidos
Líquidos
2012
2013
2014
2015
2016
Total
Valor Presente (*)
CONSOLIDADO
Créditos Tributários
Exercício de Realização
Diferenças
Temporárias
Prejuízo e Base
Negativa
Total
2012
45.590
32.751
78.341
(488.736)
(410.395)
2013
35.905
36.026
71.932
(337.381)
(265.449)
2014
32.245
17.035
49.279
(98.325)
(49.046)
2015
31.873
-
31.873
(1.756)
30.117
30.446
176.059
151.244
85.012
77.568
30.446
261.871
228.812
(1.756)
(927.954)
(849.380)
2016
Total
Valor Presente (*)
(*) Para o ajuste a valor presente, foi utilizada a taxa de CDI projetada para os períodos futuros, líquida dos efeitos fiscais.
28.690
(666.083)
(620.658)
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 115
Em 31.12.2011 o saldo de crédito tributário, sobre diferenças
c) As obrigações fiscais e previdenciárias estão assim
temporárias, não reconhecido, monta a importância
demonstradas:
de R$ 698.962 (R$ 494.146 em 31.12.2010) no Banco
e R$ 979.450 (R$ 625.785 em 31.12.2010) no Consolidado.
BANCO
31.12.2011
31.12.2010
Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar
Impostos e Contribuições a Recolher
Provisões para Impostos e Contribuições Diferidos - Nota 14 (b-II)
Contingências fiscais e previdenciárias e obrigações legais - Nota 12 (c-II)
Total
287.857
160.257
463.679
925.541
1.837.334
110.760
434.370
615.683
1.160.813
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
530.406
192.205
927.954
1.229.042
2.879.607
187.283
147.054
1.103.789
838.628
2.276.754
15. ATIVO PERMANENTE
a) Investimentos em coligadas e controladas – Banco Safra
31.12.2011
Patrimônio
Líquido
Lucro Líquido
(Prejuízo)
Exercício
Part.
%
No país:
Safra Leasing S.A.
Safra CVC Ltda.
Safra DTVM Ltda.
Banco J.Safra S.A.
Sercom Comércio e Serviços Ltda.
Elong Adm. Rep. Ltda.
Safra Vida e Previdência S.A.
Safra Seguros Gerais S.A
Safra Cia. Securitizadora
Outros
31.12.2010
Valor
Contábil do
Investimento
Resultado de
Equivalência
Exercício
Valor
Contábil do
Investimento
Resultado de
Equivalência
Exercício
2.783.114
29.194
2.563.060
354.216
786.136
114.453
172.010
438.755
610.209
137.024
202.965
55.340
26.629
19.539
150.266
14.085
9.300
36.727
57.481
15.851
58.007
8.017
3.199
1.283
599.052
119.176
197.723
236.609
1.252.725
149.009
143.221
58.002
385.493
-
141.986
4.928
7.278
(293.503)
83.563
11.985
62.452
7.481
49.236
-
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
99,99
7,16
-
599.052
119.176
197.723
236.609
1.252.725
149.009
143.221
58.002
27.597
-
141.986
4.928
7.278
(293.503)
83.564
11.985
62.452
7.481
3.525
(500)
237.775
900
100,00
237.775
27.369
3.020.889
56.563
No exterior
Banco Safra
(Cayman Islands) Limited.
Total em 31.12.2011
Total em 31.12.2010
210.407
335
2.773.467
354.551
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 116
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
b) Investimentos em coligadas e controladas – Consolidado
Em 31.12.2011 e 31.12.2010, outros investimentos são
representados substancialmente por ações e cotas de empresas
Em 31.12.2010, estão representados por participação na empresa
não ligadas ao Grupo, mantidos ao valor de custo, nos montantes
Pastoril Agropecuária Couto Magalhães S.A no montante
de R$ 316.678 e R$ 456.113, respectivamente.
de R$ 10.612. Os resultados de equivalência patrimonial nos
períodos findos em 31.12.2011 e de 31.12.2010, foram (R$ 283)
e R$ 2.405, respectivamente, relativos à empresa Pastoril
Agropecuária Couto Magalhães S.A.
c) Imobilizado de uso e Ativos intangíveis:
BANCO
31.12.2011
Taxa anual de
Depreciação/
Amortização
Imobilizado de uso:
31.12.2010
Custo
Depreciação/
Amortização
Acumulada
Valor
Líquido
Valor
Líquido
-
192.913
(131.870)
61.043
51.986
Imobilizações em curso –
Móveis e equipamentos
-
7.646
-
7.646
478
Imóveis destinados ao uso:
Edificações
4%
2.000
2.000
(380)
(380)
1.620
1.620
1.700
1.700
Instalações, móveis e equipamentos de uso:
Instalações
Móveis e equipamentos
10%
10%
46.433
27.226
19.207
(22.508)
(8.495)
(14.013)
23.925
18.731
5.194
26.714
20.552
6.162
Equipamentos de informática e processamento:
Sistema de comunicação
Sistema de processamento de dados
10%
20%
123.353
10.662
112.691
(101.574)
(8.754)
(92.820)
21.779
1.908
19.871
16.921
2.225
14.696
Outros:
Sistema de segurança
Sistema de transporte
10%
20%
13.481
2.771
10.710
(7.408)
(1.897)
(5.511)
6.073
874
5.199
6.173
1.060
5.113
Ativos Intangíveis:
Software
20%
47.527
47.527
(22.718)
(22.718)
24.809
24.809
14.908
14.908
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 117
CONSOLIDADO
31.12.2011
Taxa anual de
Depreciação/
Amortização
Imobilizado de uso:
31.12.2010
Custo
Depreciação/
Amortização
Acumulada
Valor
Líquido
Valor
Líquido
-
549.200
(341.819)
207.381
263.358
Imobilizações em curso –
Móveis e equipamentos
-
7.646
7.646
482
Imóveis destinados ao uso:
Terrenos
Edificações
4%
220.677
56.437
164.240
(111.341)
(111.341)
109.336
56.437
52.899
166.173
97.701
68.472
Imóveis destinados a renda:
Terrenos
Edificações
4%
12.481
2.263
10.218
(10.130)
(10.130)
2.351
2.263
88
2.369
2.263
106
10%
10%
66.156
41.253
24.903
(34.341)
(17.426)
(16.915)
31.815
23.827
7.988
36.370
27.090
9.280
Equipamentos de informática e processamento:
Sistema de comunicação
Sistema de processamento de dados
10%
20%
128.587
11.909
116.678
(108.149)
(11.819)
(96.330)
20.438
90
20.348
16.372
1.290
15.082
Outros:
Sistema de segurança
Sistema de transporte
10%
20%
113.653
3.452
110.201
(77.858)
(2.325)
(75.533)
35.795
1.127
34.668
41.592
1.382
40.210
52.492
52.405
87
(23.505)
(23.449)
(56)
28.987
28.956
31
17.815
17.765
50
Instalações, móveis e equipamentos de uso:
Instalações
Móveis e equipamentos
Ativos Intangíveis:
Software
Outros
20%
-
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 118
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
16. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Ações
O capital social do Banco Safra S.A. está representado por ações de
acionista domiciliado no país, sem valor nominal, e apresentou a
seguinte movimentação no período:
Quantidade de Ações
PN
Total
ON
Saldo em 31.12.2010
AGE 10.05.2011 – Grupamento de ações,
a razão de 400 para cada uma ação (1)
Saldo após grupamento de ações
Aumentos de Capital
AGE 29.04.2011 – com Reservas de Capital
AGE 31.05.2011 – com Reservas de Lucros
Redução de Capital – AGE 17.05.2011 (2)
Saldo antes do desdobramento de ações
AGE 21.11.2011 – Desdobramento de ações
Aumentos de Capital
AGE 25.12.2011 – com Juros sobre capital próprio
e espécie em moeda nacional
AGE 29.12.2011 – com Reservas de Lucros
Saldo em 31.12.2011
Valor do
Capital Social
566.749
565.804
1.132.553
2.245.458
(565.332)
1.417
(564.389)
1.415
(1.129.721)
2.832
-
-
-
-
138
137
275
(21)
1.534
(22)
1.530
(43)
3.064
70.143
587.052
(90.653)
613.598.466
611.998.470
1.225.596.936
54.476.123
62.619.403
54.334.073
62.456.119
108.810.196
125.075.522
568.315
600.000
730.695.526
728.790.192
1.459.485.718
3.980.315
(1)Todos os acionistas que detinham individualmente quantidade de ações inferior àquela adotada como razão para o Grupamento, tiveram suas ações
canceladas, recebendo o valor patrimonial a elas correspondente na data-base 30.04.2011, no valor de R$ 7.528, debitado de Reserva de Lucros.
O valor patrimonial equivalente às ações canceladas por conta do Grupamento foi disponibilizado a partir de 31.05.2011 e permanecerá à disposição
dos acionistas que tiveram suas ações canceladas para recebimento na sede da Companhia, pelo prazo de 3 anos contados a partir da data do grupamento
e será atualizado com base na Taxa SELIC (taxa média ajustada dos financiamentos diários, relativos às operações com prazo de 1 dia útil com títulos
federais, custodiados no Sistema de Liquidação e Custódia – SELIC) até a data do efetivo pagamento.
(2)Foi aprovado a redução do capital social através da transferência para o acionista controlador de imóveis no valor de R$ 68.651, investimentos
no valor de R$ 10.308, ações no valor de R$ 6.670 e R$ 5.024 em espécie.
b) Dividendos
Os acionistas têm direito ao dividendo mínimo obrigatório anual
o Conselho de Administração aprovou o crédito individualizado
estabelecido no estatuto social equivalente a 1% sobre o valor
dos Juros sobre Capital Próprio no valor bruto de R$ 668.604,
do capital social correspondente as ações ordinárias e preferenciais,
sendo R$ 328.539 referente ao exercício de 2011 e R$ 340.065
respectivamente. Em 12.08.2011, o Conselho de Administração
referente aos exercícios de 2008 e 2009. O valor líquido
aprovou dividendos no valor de R$ 665.000, a débito da conta
de IR Fonte é de R$ 568.315, e foi utilizado para aumento
“Reserva Especial”, pagos em 15.08.2011. Em 19.12.2011,
de capital ocorrido em 28.12.2011.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 119
Na rubrica “Sociais e estatutárias”, incluem-se os montantes
Exposições a este tipo de risco decorrem principalmente
de R$ 5.751 (R$ 5.228 em 31.12.2010), referente a dividendos
de operações de crédito diretas, indiretas (repasses por meio
e juros sobre capital próprio a pagar de períodos anteriores
de agentes financeiros), de debêntures, aplicações financeiras
e R$ 3.960 relativos ao saldo remanescente atualizado
e operações com derivativos e de outros títulos e valores
das ações canceladas decorrente do grupamento de ações
mobiliários. Há também o risco de crédito em acordos financeiros
ocorrido em 30.04.2011.
não registrados no Balanço Patrimonial, como compromissos
de empréstimos ou prestação de garantias financeiras, avais e fianças.
c) Reservas de Capital e de Lucros
31.12.2011
Reservas de capital
Incentivos fiscais
Outros
-
Reservas de lucros
Legal
Especial (1)
2.024.647
104.599
1.920.048
31.12.2010
72.723
70.142
2.581
3.295.806
436.230
2.859.576
(1) Em 29.04.2011, foi aprovada a reformulação e alteração do Capítulo
VII – dos Balanços, Resultados e sua Destinação do Estatuto Social da
Sociedade, no qual o saldo formado a partir de 1996 até 31.12.2010
registrado na rubrica “Reserva de Expansão” seja destinado para rubrica
“Reserva Especial”.
O Comitê de Gerenciamento de Risco de Crédito concentra
a governança do Risco de Crédito de modo a garantir a visão
completa do ciclo de crédito. Para assegurar a independência
necessária para a sua atuação, este comitê conta com a participação
de diretores e superintendentes executivos responsáveis pelas áreas
de Gerenciamento de Riscos Corporativos, Análise de Crédito,
Políticas, Modelagens e Gestão de Carteira, Monitoramento,
Cobrança e Validação. De acordo com a natureza do assunto,
o Comitê pode remetê-lo ao Conselho de Administração.
b) Risco de mercado
Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência
17. GESTÃO DE RISCOS
de perdas resultantes de flutuações nos valores de mercado
de posições detidas.
O Banco Safra mantém um conjunto de normas e procedimentos
para assegurar o cumprimento das determinações legais,
regulamentares, das melhores práticas de mercado e de suas
políticas internas. O Banco Safra concentra na Diretoria Executiva
de Riscos Corporativos as estruturas responsáveis pela gestão
dos riscos de mercado, liquidez e operacional e na Diretoria
de Análise de Crédito a gestão do risco de crédito, formando
a base necessária para atendimento da regulamentação vigente.
O Banco Safra mantém sua exposição total a riscos de mercado,
medida pelo Value at Risk (VaR) diário com 99% de confiança,
adotando como política a perda máxima esperada inferior
a 1% do seu Patrimônio de Referência nível 1. Visando
ao cumprimento desta determinação, estipula metas para
a Tesouraria compatíveis com esta exposição ao risco.
O Banco Safra complementa suas avaliações de risco de mercado
com a utilização de métricas de estresse, contemplando crises
a) Risco de crédito
em períodos históricos e cenários econômicos estressados
O Banco Safra está exposto ao risco de crédito, que é o risco
prospectivos, além de efeitos de estresse de correlações entre
pelo qual uma contraparte pode causar perda financeira ao falhar
famílias de fatores de riscos. Adicionalmente, são estabelecidos
na liquidação de uma obrigação. Mudanças significativas
limites de Stop Loss.
na economia ou na saúde financeira de um segmento específico
da indústria que represente uma concentração das carteiras de
investimentos, de empréstimos e adiantamentos mantidas pelo
Banco Safra podem resultar em perdas que são diferentes daquelas
provisionadas na data do Balanço Patrimonial. Portanto,
o Banco Safra controla e reavalia cuidadosamente a exposição
ao risco de crédito.
A área de Risco de Mercado tem participação relevante
na aprovação de novos produtos ou instrumentos financeiros
que ocasionem novos fatores de risco para a gestão da Tesouraria.
Por ser responsável pelos processos de apreçamento para marcação
a mercado e apuração de resultado e risco, é requerida a aprovação
da área de Risco de Mercado antes da implantação de novos produtos.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 120
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
As políticas que regem a gestão do risco de mercado – Política
de Risco de Mercado e Política de Limites de Riscos de Mercado –
são divulgadas aos gestores da Tesouraria e das áreas de controle
e suporte (gestores de risco de mercado e de liquidez, de auditoria
interna, de controles internos e “compliance”, de validação
• Cumprir as exigências estabelecidas pelos órgãos reguladores
dos mercados bancários onde opera;
• Salvaguardar a capacidade operacional de forma que continue
proporcionando retorno aos acionistas e benefícios aos outros
interessados; e
de risco de mercado e de liquidez e de tecnologia da informação),
através da Intranet corporativa, além de haver publicação
da estrutura de gerenciamento de Risco de Mercado em ambiente
de acesso público.
• Manter uma sólida base de capital para suportar
o desenvolvimento de seus negócios.
A adequação do capital e o uso de capital regulatório
são monitorados pelo Banco Safra, através de técnicas baseadas
c) Risco de liquidez
em orientações estabelecidas pelo Comitê Basileia, na forma
O Risco de Liquidez consiste na possibilidade da instituição
implementada pelo Banco Central do Brasil - BACEN,
não possuir recursos financeiros suficientes para honrar seus
para fins de supervisão. As informações exigidas são submetidas
compromissos em razão dos descasamentos entre pagamentos
mensalmente ao órgão competente.
e recebimentos, considerando as diferentes moedas e prazos
de liquidação de seus direitos e obrigações.
Para a gestão do risco de liquidez, são realizados comitês
para a gestão de ativos e passivos, com periodicidade mensal,
A autoridade bancária exige que cada Banco ou grupo
de instituições bancárias mantenha um registro mínimo
de 11% do capital regulatório.
O capital regulatório do Banco Safra está dividido em dois níveis:
tendo como objetivo definir as estratégias de liquidez a serem
seguidas em um horizonte de dois anos. O caixa é monitorado
diariamente, com reportes aos gestores e diretores responsáveis.
Capital nível I – capital social, lucros acumulados e reservas criadas
para apropriação de lucros acumulados.
O Banco Safra envia ao Banco Central os relatórios de risco
Capital nível II – dívida subordinada qualificada e lucros
de liquidez determinados pela Resolução CMN nº. 2.804/2000,
não realizados decorrentes da justa avaliação de instrumentos
com especificações estabelecidas pela Circular BACEN
de patrimônio disponíveis para venda.
nº. 3.393/2008. Esses reportes são elaborados com base
em informações gerenciais da área de Riscos de Investimento
Os investimentos em coligadas são deduzidos dos capitais
de nível 1 e 2 para atingir o capital regulatório.
de modo a atender à regulamentação vigente.
Ativos ponderados pelo risco são mensurados por meio
A área de Riscos de Investimento utiliza estatísticas e projeções
sobre o comportamento de pagamentos e recebimentos, a fim
de avaliar os impactos no caixa ao longo do tempo em um conjunto
de cenários: planejamento ou normalidade, esgotamento de ativos
e de passivos (run off ), crise geral (stress) e crise geral mais crise
específica (hard stress), havendo ainda a possibilidade de utilização
de cenário arbitrário. Os resultados produzidos pela aplicação desses
de uma hierarquia de 5 pesos de riscos determinados de acordo
com a natureza de cada ativo e sua contrapartida - além de refletir
uma estimativa de riscos de crédito, liquidez, mercado e outros
riscos associados - considerando todas as garantias possíveis.
Um tratamento similar é adotado para exposição não registrada
contabilmente, com alguns ajustes efetuados para refletir a natureza
mais contingente das perdas potenciais.
cenários são discutidos nas reuniões do Comitê de Ativos e Passivos.
e) Risco Operacional
d) Gestão de capital
Risco operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas
Os objetivos do Banco Safra na gestão de capital consistem
em um conceito mais amplo do que o de "patrimônio” e agrupam
os seguintes aspectos:
resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos
internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 121
O risco operacional inclui também o risco legal, associado
os instrumentos financeiros são segregados em Carteira de
à inadequação ou deficiência em contratos firmados
Negociação (Trading) e Carteira Estrutural (Banking).
pelo Banco Safra e controladas, bem como sanções em razão
de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações
por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas
pelo Banco Safra e Controladas. A avaliação do risco legal
A Carteira Trading consiste em todas as operações, inclusive
derivativos, detidas com a intenção de negociação ou destinadas
a hedge de outros instrumentos financeiros desta estratégia.
São operações destinadas à revenda, obtenção de benefícios
é realizada de forma contínua nas áreas jurídicas do Banco Safra
e Controladas e nos Comitês específicos com alçada para tanto.
Dessa definição está excluído o risco reputacional ou de imagem
dos movimentos de preços, efetivos ou esperados ou realização
de arbitragens. Esta carteira tem limites rígidos definidos
pelas áreas de risco e é diariamente controlada.
e os demais riscos como o estratégico ou de negócios.
A Carteira Banking abriga as operações que não se enquadram
A área de Risco Operacional é uma unidade de controle
no conceito de Carteira Trading e são, tipicamente, operações
independente, segregada da unidade executora da atividade
de auditoria interna. A Área de Risco Operacional é a responsável
por atender as exigências emanadas da Resolução CMN
estruturais das linhas de negócio da instituição e seus respectivos
hedges , que podem ou não ser realizados com instrumentos
financeiros derivativos. Portanto, os derivativos desta carteira
nº. 3.380/2006, do Banco Central do Brasil, sobre a necessidade
não são utilizados para fins especulativos.
de identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação
do risco operacional, bem como pela elaboração e manutenção
da Política de Risco Operacional. É responsável também pelas
A análise de sensibilidade abaixo consiste em uma simulação
que não considera o poder de reação da Administração frente
aos cenários apresentados, o que certamente mitigaria
atividades de Controles Internos e Compliance.
as perdas que seriam incorridas. Além disso, os impactos
f) Análise de sensibilidade (Carteiras Trading e Banking)
apresentados não representam potencial prejuízo contábil,
De acordo com os critérios de classificação de operações previstos
na Resolução CMN nº. 3.464/2007 e na Circular BACEN
pois a metodologia utilizada não se baseia em práticas
contábeis do Safra.
nº. 3.354/2007 e no Novo Acordo de Capitais – Basileia II,
CARTEIRA TRADING
Fatores de Riscos
Risco de Variação em
1
31.12.2011
Cenários
2
Ações
Cupom e moedas
Variação do preço de ações
Taxa dos cupons de moedas de estrangeiras e
Variação cambial
Variação de taxas de juros denominadas
em real
Total sem Correlação
Total com Correlação
(511)
(12.780)
(25.564)
(939)
(24.143)
(49.552)
(238)
(1.688)
(193)
(5.822)
(42.745)
(5.600)
(11.395)
(86.511)
(12.711)
Renda fixa
3
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 122
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
CARTEIRA TRADING E BANKING
Fatores de Riscos
Risco de Variação em
1
31.12.201
Cenários
2
Ações
Cupom e moedas
Variação do preço de ações
Taxa dos cupons de moedas de estrangeiras e
Variação cambial
Variação de taxas de juros denominadas
em real
Total sem Correlação
Total com Correlação
(511)
(12.780)
(25.564)
(42)
(2.001)
(5.813)
(1.290)
(1.843)
(329)
(31.233)
(46.014)
(8.574)
(60.570)
(91.947)
(17.896)
Renda fixa
A análise de sensibilidade foi efetuada a partir dos seguintes
cenários:
• Cenário 1: Aplicação de choques de 1 ponto-base para taxa
de juros e 1% de variação para preços, com base nas
informações de mercado (BM&FBovespa, Anbima etc.).
3
• Cenário 3: Aplicação de choque de 50% nas respectivas
curvas ou preços, com base no mercado. Exemplo: a cotação
Real/Dólar utilizada foi de R$ 2,7999 e a taxa pré-fixada de 1
ano aplicada foi de 15,06% a.a.
g) Exposição cambial
Exemplo: a cotação Real/Dólar utilizada foi de R$ 1,8853 e a
taxa pré-fixada de 1 ano aplicada foi de 10,05% a.a.
Os valores das exposições em ouro, moeda estrangeira e ativos e
passivos sujeitos à variação cambial, incluindo instrumentos
• Cenário 2: Aplicação de choque de 25% nas respectivas
curvas ou preços, com base no mercado. Exemplo: a cotação
financeiros derivativos e investimentos permanentes no exterior,
apresentados às autoridades legais são:
Real/Dólar utilizada foi de R$ 2,3333 e a taxa pré-fixada de 1
ano aplicada foi de 12,55% a.a.
31.12.2011
31.12.2010
Exposição líquida no país
Comprada
Vendida
(87.680)
8.004.834
(8.092.514)
50.583
5.129.308
(5.078.725)
Exposição líquida no exterior
Comprada
Vendida
(105.438)
7.733.473
(7.838.911)
(9.480)
5.200.691
(5.210.171)
Exposição Líquida Total
(193.118)
41.103
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 123
h) No site do Banco Safra (www.safra.com.br) estão disponíveis
O Grupo não possui benefícios de longo prazo, de rescisão
as informações relativas às estruturas de gerenciamento de riscos
de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações
de crédito, mercado e operacional e de gestão de risco. O relatório
para o seu pessoal-chave da Administração.
de gestão de risco será disponibilizado nesse endereço no prazo
estabelecido pela Circular BACEN nº. 3.477/2009.
b) Participação Acionária:
Participação integral de Joseph Yacoub Safra.
18. OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
a) Remuneração da Administração:
c) Transações com Partes Relacionadas
As operações realizadas entre partes relacionadas são divulgadas
Em Assembleia Geral de Acionistas, realizada em 29.04.2011,
em atendimento à Resolução CMN nº. 3.750/2009. Essas operações
foi estabelecida a remuneração máxima total anual para a Diretoria
são efetuadas a valores, prazos e taxas médias usuais de mercado,
e Conselho de Administração no montante de R$ 109.000.
vigentes nas respectivas datas.
A remuneração recebida pela Administração monta a R$ 40.236
(R$ 35.057 em 2010) no Banco e R$ 72.688 (R$ 62.601 em 2010)
no Consolidado.
As operações entre as empresas incluídas na consolidação foram
eliminadas nas demonstrações consolidadas e consideram, ainda,
a ausência de risco.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 124
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
BANCO
Ativos/(Passivos)
Disponibilidades
Banco Safra Luxemburgo
Safra National Bank of New York
Aplicações interfinanceiras de liquidez
Banco J Safra S.A.
Banco Safra (Cayman Islands) Limited.
Aplicações em moedas estrangeiras –
Safra National Bank of New York
Títulos e valores mobiliários
Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Banco Safra (Cayman Islands) Limited.
Dividendos e JCP a receber/(pagar) – Nota 13(c)
Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Safra Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
J Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda.
Safra Vida e Previdência S.A.
Banco J Safra S.A.
Demais empresas
Negociação intermediação de valores
Valores a receber/(pagar) – Demais empresas
Depósitos - Demais empresas
Depósitos interfinanceiros
Banco J Safra S.A
Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil
Banco Safra Luxemburgo
Safra National Bank of New York
Demais empresas
Obrigações por operações compromissadas –
Banco J Safra S.A.
Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior
Banco Safra Luxemburgo
Banco Safra (Cayman Islands) Limited.
Relações interfinanceiras e interdependências –
Banco J. Safra S.A.
Instrumentos financeiros derivativos – Ativo/(Passivo)
Banco J. Safra S.A.
Safra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários
Sercom Comércio e Serviços Ltda.
Demais empresas
Negociação e intermediação de valores – Demais empresas
Despesa de arrendamento de bens – Kiama S.A.
Despesas com Corretagem Pessoa Jurídica
Despesas de aluguéis
Safra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários
Demais empresas
Parte Relacionada
Parte Relacionada
Controlada
Controlada
Parte Relacionada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Parte Relacionada
Parte Relacionada
Controlada
Parte Relacionada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Controlada
Receitas/(Despesas)
31.12.2011
31.12.2010
2011
2010
84.869
64.264
20.605
-
331.769
13.725
318.044
700.885
700.885
20
20
19
19
931
1.981.460
1.904.871
76.589
-
119.485
60.725
58.760
709.049
18.706.444
17.969.676
736.768
141
138
3
22.563
(1.973)
(11.625.211)
(1.537.188)
(9.171.851)
(176.582)
(371.306)
(368.284)
70.780
16.689.680
16.689.680
314.630
66.875
24.097
62.052
48.693
104.257
8.656
3.260
1.100
(7.666)
(8.033.984)
(7.487.447)
(341.315)
(27.800)
(177.422)
794
1.297.418
1.297.418
-
(1.356.787)
(242.352)
(1.068.599)
(6.192)
(1.896)
(37.748)
(581.785)
(17.533)
(546.448)
(4.485)
(168)
(13.151)
(92.009)
(514.530)
(59.078)
(455.452)
(17.807)
(434.111)
(50.906)
(383.205)
(12.712)
(17.505)
(17.505)
(2.096)
(12.440)
(12.440)
(1.144)
(97.374)
145.843
(255.259)
12.042
(9)
-
(76.046)
(197.487)
7.102
(211.780)
7.191
(1.259)
-
137.169
128.780
(9.493)
(7.110)
24.992
(420)
(9.407)
(420)
(52.234)
(48.843)
(3.391)
35.631
7.203
(28.246)
56.674
(960)
(12.167)
(49.357)
(45.590)
(3.767)
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 125
CONSOLIDADO
Ativos/(Passivos)
Receitas/(Despesas)
31.12.2011
31.12.2010
2011
2010
94.085
72.396
21.689
354.139
20.389
333.750
31
31
-
28
28
-
Aplicações em moedas estrangeiras –
Safra National Bank of New York
721.055
70.780
985
827
Títulos e valores mobiliários - Banco Safra Luxemburgo
437.735
410.561
1.339
1.508
Disponibilidade
Banco Safra Luxemburgo
Safra National Bank of New York
(452)
(4.575)
-
-
(582.572)
(176.582)
(371.306)
(34.684)
(406.251)
(341.315)
(27.800)
(37.136)
(8.207)
(6.192)
(1.896)
(119)
(5.148)
(4.485)
(168)
(495)
Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior –
Banco Safra Luxemburgo
(59.078)
(50.906)
-
-
Instrumentos financeiros derivativos - Ativo/(Passivo) –
Banco Safra Luxemburgo
(1.423)
(6.372)
Depósitos – Demais empresas
Depósitos interfinanceiros
Banco Safra Luxemburgo
Safra National Bank of New York
Demais empresas
Recursos de aceites e Emissões de Títulos
Fundação Filantrópica Vicky e Joseph Safra
Irati Imóveis e Representações
Demais empresas
(102.327)
(62.719)
(10.896)
(28.712)
Negociação e intermediação de valores
Despesas de aluguéis – Demais empresas
19. LIMITES OPERACIONAIS
O BACEN divulgou os Comunicados nº.s 12.746/2004
e 16.137/2007, que tratam das diretrizes e cronogramas
para a implantação dos conceitos do novo Acordo da Basileia
(Basileia II). Estes Comunicados têm como orientação
as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia,
contidas no documento “Convergência Internacional de
Mensuração e Padrões de Capital: Uma Estrutura Revisada”,
que estabelece critérios mais adequados aos níveis de riscos
associados às operações das instituições financeiras para alocação
-
(8)
-
32.147
(8.431)
(4.338)
(336)
(3.757)
-
-
-
(3.391)
(3.767)
(21)
-
40.868
• Resolução CMN nº. 3.444/2007 – Define o Patrimônio
de Referência (PR), utilizado para fins da verificação
do cumprimento dos limites operacionais das instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil;
• Resolução CMN nº. 3.490/2007 – Define o Patrimônio
de Referência Exigido (PRE);
• Circular BACEN nº. 3.360/2007 – Estabelece
os procedimentos para o cálculo da parcela do PRE referente
às exposições ponderadas por fator de risco (PEPR);
de capital regulamentar.
• Circulares BACEN nº.s 3.361/2007 a 3.364/2007 –
Em complemento aos Comunicados acima mencionados,
o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Brasil
divulgaram diversos normativos que estabelecem as diretrizes
para a apuração do capital regulatório, que passaram a produzir
efeitos a partir de 01.07.2008, entre eles:
Estabelecem os procedimentos para o cálculo da parcela
do PRE referente às exposições sujeitas à variação de taxas
de juros prefixadas denominadas em real, taxa dos cupons
de moedas estrangeiras, taxa dos cupons de índices de preços
e taxa dos cupons de taxa de juros (PJUR);
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 126
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
NOTA S E X P L I C AT I VA S DA A DM I N I S T R A Ç Ã O À S DEMO N S TRA Ç Õ ES C O N TÁ BEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010
(EM MILHARES DE REAIS OU CONFORME INDICADO)
• Circular 3.366/2007 – Estabelece os procedimentos para
• Circular BACEN nº. 3.383/2008 (alterada pela Circular
o cálculo da parcela do PRE referente ao risco das exposições
nº. 3.476/2009) – Estabelece os procedimentos para o cálculo
sujeitas à variação do preço de ações (PACS);
da parcela do PRE referente ao risco operacional (POPR); e
• Circular 3.368/2007 - Estabelece os procedimentos para
• Circular BACEN nº. 3.365/2007 – Dispõe sobre
o cálculo da parcela do PRE referente às exposições sujeitas
a mensuração de risco de taxas de juros das operações
à variação dos preços de mercadorias (PCOM);
não classificadas na carteira de negociação.
• Circular BACEN nº. 3.389/2008 – Estabelece os
Com base nos normativos mencionados no parágrafo anterior,
procedimentos para o cálculo da parcela do PRE referente
em 31 de dezembro, o Patrimônio de Referência (PR) é
ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira
demonstrado conforme a seguir:
e em ativos e passivos sujeitos à variação cambial (PCAM);
CONSOLIDADO FINANCEIRO
31.12.2011
31.12.2010
Patrimônio de referência (PR)
CONSOLIDADO
31.12.2011
31.12.2010
8.043.906
6.600.399
8.043.906
6.498.785
Nível I
Patrimônio líquido
Ativo permanente diferido excluído do nível I
Ajuste de avaliação patrimonial excluído do nível I
5.979.632
6.015.659
(25.330)
(10.697)
5.595.616
5.613.742
(18.371)
245
5.979.632
6.015.659
(25.330)
(10.697)
5.595.616
5.613.742
(18.371)
245
Nível II
Instrumentos de dívida subordinada
Ajuste de avaliação patrimonial
2.064.274
2.053.577
10.697
1.004.783
1.005.028
(245)
2.064.274
2.053.577
10.697
1.004.783
1.005.028
(245)
Deduções
Cotas de fundo de investimento
Patrimônio de referência exigido (PRE)
6.835.390
5.161.642
6.690.143
(101.614)
5.130.487
6.551.790
101.826
4.940.560
111.038
6.391.684
101.826
4.897.358
111.038
81.322
103.852
81.322
103.852
14.918
48.552
17.852
7.938
37.924
57.990
14.918
48.552
17.852
7.938
37.924
57.990
1.367
1.434
1.367
1.434
19.137
5.752
19.137
5.752
181.774
12,9
110.044
14,1
196.633
13,2
122.091
13,9
24.771
1.183.745
8.945
1.429.812
24.771
1.328.992
8.945
1.359.353
Risco de crédito
Exposições ponderadas por fatores de risco (PEPR)
Risco de mercado
Exposições classificadas na carteira de negociação sujeitas
à variação de taxas de juros (PJUR)
Taxas de juros prefixadas denominadas em real (PJUR1)
Cupons de moedas estrangeiras (PJUR2)
Cupons de índices de preços (PJUR3)
Risco de operações sujeitas à variação de preços de
commodities (PCOM)
Exposições classificadas na carteira de negociação sujeitas
à variação do preço de ações (PACS)
Risco operacional (POPR)
Índice de Basileia [PR*100/(PRE/0,11)]
Montante do PR apurado para cobertura do risco de
taxa de juros das operações não classificadas na carteira
de negociação (RBAN)
Margem de capital (PR-PRE-RBAN)
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 127
20. EVENTO SUBSEQUENTE
a) Política de seguros
b) Comitê de auditoria
O Comitê de Auditoria é composto por cinco integrantes, nomeados
pelo Conselho de Administração dentre os quais quatro são diretores
O Banco Safra e suas controladas, apesar de possuírem reduzido
grau de risco em função da não concentração física de seus ativos,
tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados
adequados para cobertura de eventuais sinistros.
do Banco, e um é membro independente. O Comitê tem por objetivo
monitoramento e acompanhamento da efetividade dos controles
internos, da qualidade e integridade de suas demonstrações contábeis
e do desempenho das auditorias interna e independente.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 129
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
R E S U M O D O R E L AT Ó R I O D O C O M I T Ê D E A U D I T O R I A
O Comitê de Auditoria do Grupo Financeiro Safra é órgão estatutário que atua em consonância com as disposições da Resolução 3.198,
de 27.05.2004, do Conselho Monetário Nacional.
O Grupo Financeiro Safra utiliza-se de Comitê de Auditoria único, que integra a estrutura do Banco Safra S.A., sua instituição líder.
O Comitê é composto por cinco membros nomeados pelo Conselho de Administração, sendo quatro diretores da empresa e um membro
independente, além de um coordenador dos trabalhos que dedica tempo integral à função.
O Comitê desenvolve suas atividades com base nas disposições de seu regulamento e de plano de trabalho anual.
Dentre os trabalhos de avaliação e supervisão efetuados no 2º semestre de 2011, o Comitê destaca:
a) Atuação da Ouvidoria;
b) Soluções das recomendações e determinações dos órgãos reguladores;
c) Estrutura e funcionamento dos controles internos das empresas do Grupo;
d) Integridade e qualidade das demonstrações contábeis e respectivos relatórios;
e) Planejamento e desempenho das auditorias independente e interna;
f ) Confirmação dos aspectos relacionados à independência e não restrições de atuação das auditorias independente e interna;
g) Avaliação do cumprimento, pela administração do Grupo Financeiro Safra, das recomendações feitas pelas auditorias independente
e interna;
h) Integridade e qualidade das demonstrações contábeis de acordo com as normas vigentes;
Adicionalmente, o Comitê acompanhou as atividades desenvolvidas pela equipe de fiscalização do Banco Central do Brasil e o atendimento
às solicitações e recomendações apresentadas.
Em vista dos resultados dos trabalhos que desenvolveu, o Comitê de Auditoria recomenda ao Conselho de Administração a aprovação
das demonstrações contábeis consolidadas datadas de 30 de janeiro de 2012, referentes ao período findo em 31 de dezembro de 2011.
São Paulo, 01 de fevereiro de 2012.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 130
BANCO SAFRA S.A. E BANCO SAFRA S.A. E CONTROLADAS ("SAFRA CONSOLIDADO")
R E L AT Ó R I O D O S A U D I T O R E S I N D E P E N D E N T E S
Aos Administradores e Acionistas do
Banco Safra S.A.
São Paulo – SP
Examinamos as demonstrações contábeis individuais do Banco Safra S.A. (“Banco”) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de
dezembro de 2011, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício
e semestre findos nessa data, bem como as demonstrações contábeis consolidadas do Banco Safra S.A. e suas controladas (“Consolidado”)
que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2011, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado
e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e as demais notas explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações contábeis
A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN e pelos controles
internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida
de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas
pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis
estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações
apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação
dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos,
o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis para planejar
os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles
internos. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis
feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição
patrimonial e financeira do Banco e do Consolidado em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos
de caixa (individual e consolidado) para o exercício findo nessa data, e o desempenho de suas operações e o seu fluxo de caixa (individual)
para o semestre findo em 31 de dezembro de 2011, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 131
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Examinamos também as demonstrações do valor adicionado (DVA) para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 (individual
e consolidada) e para o semestre findo em 31 de dezembro de 2011 (individual), preparadas sob a responsabilidade da Administração,
cuja apresentação está sendo efetuada de forma voluntária. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria
descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação
às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Exame dos valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010
O exame das demonstrações contábeis individuais e consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2010, apresentadas para fins
de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram relatório de auditoria com data
de 11 de fevereiro de 2011, sem ressalvas. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.
Como parte de nossos exames das demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2011, examinamos também as reclassificações descritas
na Nota 2(c) que foram efetuadas para permitir a comparabilidade das demonstrações contábeis de 2010. Em nossa opinião, tais ajustes
são apropriados e foram corretamente efetuados. Não fomos contratados para auditar, revisar ou aplicar quaisquer outros procedimentos
sobre as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010 e, portanto, não expressamos opinião
ou qualquer forma de asseguração sobre essas demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
São Paulo, 1º de fevereiro de 2012.
PRICEWATERHOUSECOOPERS
Luiz Antonio Fossa
Auditores Independentes
Contador
CRC nº. 2SP000160/O-5
CRC nº. 1SP196161/O-8
Af-RelatSafra2011b_Layout 1 5/4/12 7:28 PM Page 132
BANCO SAFRA S.A.
MATRIZ
Av. Paulista, 2100
Tel.: (11) 3175.7575
Cep: 01310-930
SÃO PAULO (SP)
Aeroporto Internacional
de Guarulhos - Cumbica
1º. andar - Asa B
Tel.: (11) 2413.8100
Fax: (11) 2413.8107
Cep: 07141-970
Alphaville - Barueri
Al. Rio Negro, 1084 - lj. 2
Tel.: (11) 4166.6500
Fax: (11) 4166.6544
Cep: 06454-000
Angélica
Rua Maranhão, 527
Tel.: (11) 3829.2200
Fax: (11) 3829.2202
Cep: 01240-001
Aricanduva
Av. Aricanduva, 5555 - lj. 128
Tel.: (11) 2723.7400
Fax: (11) 2723.7402
Cep: 03527-000
Barão
Rua Barão de Itapetininga, 215
Tel.: (11) 3124.7400
Fax: (11) 3124.7402
Cep: 01042-001
Berrini
Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 1062
Tel.: (11) 5503.2200
Fax: (11) 5503.2202
Cep: 04571-000
Boa Vista
Rua Boa Vista, 87
Tel.: (11) 3293.4100
Fax: (11) 3293.4102
Cep: 01014-001
Bom Retiro
Rua da Graça, 109
Tel.: (11) 3353.3399
Fax: (11) 3353.3362
Cep: 01125-001
Brás
Rua Mendes Júnior, 605
Tel.: (11) 2799.9988
Fax: (11) 2799.9982
Cep: 03013-011
Campo Belo
Av. Vereador José Diniz, 3707
Tel.: (11) 5090.3100
Fax: (11) 5090.3131
Cep: 04603-004
Central XV
Rua XV de Novembro, 212
Tel.: (11) 3293.7100
Fax: (11) 3293.7101
Cep: 01013-000
Cidade Jardim
Av. Brig. Faria Lima, 2668
Tel.: (11) 3039.2200
Fax: (11) 3039.2202
Cep: 01452-002
AGÊNCIAS NO PAÍS
Dom José Gaspar
Av. São Luiz, 84
Tel.: (11) 3124.7300
Fax: (11) 3124.7302
Cep: 01046-010
Paraíso
Praça Oswaldo Cruz, 74
Tel.: (11) 3265.2200
Fax: (11) 3265.2202
Cep: 04004-070
Guarulhos
Rua Felício Marcondes, 365
Tel.: (11) 2472.4100
Fax: (11) 2472.4102
Cep: 07010-030
Einstein
Av. Albert Einstein, 665
Tel.: (11) 3745.2200
Fax: (11) 3745.2202
Cep: 05652-000
Paulista/Augusta/Haddock
Lobo/Luiz Coelho
Av. Paulista, 2100
Tel.: (11) 3175.7205
Fax: (11) 3175.7923
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