Caderno de Resumos
III Seminário de Avaliação de
Universidade Brasília
Proficiência em Língua Estrangeira
06 a 08 de maio de 2015
T315
III SEMAPLE : Seminário de Avaliação de Proficiência em
Língua Estrangeira : caderno de resumos / [comissão do
caderno de resumos Gerson Rossi dos Santos ... et al.]. –
Brasília : UnB, LET, 2015.
62 p. ; 29,7 cm.
Inclui índice.
Textos em português e inglês.
1. Língua estrangeira – Proficiência – Resumos.
I. Santos, Gerson Rossi dos. II. Seminário de Avaliação de
Proficiência em Língua Estrangeira (3. : 2015 : Brasília).
III. Título.
CDU 81‟243
Realização
Instituto de Letras da Universidade de Brasília
Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Reitor
Prof. Dr. Ivan Marques de Toledo Camargo
Vice-reitora
Profa. Dra. Sônia Nair Báo
Decanato de Administração
Prof. Dr. Luís Afonso Bermúdez
Decanato de Assuntos Comunitários
Profa. Dra. Denise Bomtempo
Decanato de Ensino de Graduação
Prof. Dr. Mauro Luiz Rabelo
Decanato de Extensão
Profa. Dra. Thérèse Hofmann Gatti Rodrigues da Costa
Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação
Prof. Dr. Jaime Martins de Santana
Decanato de Gestão de Pessoas
Profa. Dra. Maria Angela Guimarães Feitosa
Decanato de Planejamento e Orçamento
Prof. Dr.César Augusto Tibúrcio Silva
Instituto de Letras
Prof. Dr. Enrique Huelva Unternbäumen
Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução
Profa. Dra. Ana Helena Rossi
Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Prof. Dr. José Carlos Paes de Almeida Filho
ORGANIZAÇÃO
Comissão Organizadora
Vanessa Borges de Almeida (UnB/presidente)
Gladys Plens de Quevedo Camargo Pereira (UnB/vice-presidente)
Aline Mara Fernandes (INEP e PPGEL/UNESP São José do Rio Preto)
Ana Luiza Gabatteli (PPGLA/UnB)
Douglas Altamiro Consolo (UNESP São José do Rio Preto)
Gerson Rossi dos Santos (IFSP / PPGEL-Unesp São José do Rio Preto)
Hélcio de Pádua Lanzoni (Tese Prime)
Janaína Soares Alves (UnB)
Jaqueline Pires Realina (PPGLA-UnB)
José Carlos Paes de Almeida Filho (UnB)
Keni Carla da Silva Machado (PPGLA-UnB)
Lucas Henrique Garcia (PPGLA-UnB)
Magali Barçante (FATEC Indaiatuba / UnB)
Melissa Alves Baffi Bonvino (UNESP São José do Rio Preto)
Paula Silva Resende Fernandes (PPGLA-UnB)
Paula Tavares Pinto (UNESP São José do Rio Preto)
Vera Lúcia Teixeira da Silva (UERJ / ISAT)
Verônica Vinecky (UnB)
Comitê Científico
Douglas Altamiro Consolo (UNESP São José do Rio Preto, Brasil/presidente)
Alma Ortiz Provenzal (UNAM, México)
April Ginther (Purdue University, EUA)
Christine Nicolaides (UFRJ, Brasil)
Fernanda Silva Veloso (UFPR, Brasil)
Gladys Quevedo de Camargo (UnB, Brasil)
Hélcio de Pádua Lanzoni (UNISEB, Brasil)
Lucilla Loprioli (Roma Tre University, Roma, Itália)
Magali Barçante (FATEC, Brasil)
Marcelo Concário (UNESP, Brasil)
Maria de Fátima Amarante (PUCCAMP, Brasil)
Matilde Virgínia Ricardi Scaramucci (UNICAMP, Brasil)
Marisela Colin Rodea (UNAM, México)
Paulo José Andrelino (UEM, Brasil)
Sandra Regina Butros Gattolin de Paula (UFSCar, Brasil)
Suzi Marques Spatti Cavalari (UNESP, Brasil)
Teresa Helena Buscato Martins (FATEC, Brasil)
Vera Lúcia Lopes Cristóvão (UEL, Brasil)
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG, Brasil)
Viviane Aparecida Bagio Furtoso (UEL, Brasil)
Comissão do Caderno de Resumos
Gerson Rossi dos Santos (IFSP / PPGEL-Unesp São José do Rio Preto)
Paula Silva Resende Fernandes (PPGLA-UnB)
Vanessa Borges de Almeida (UnB)
Douglas Altamiro Consolo (UNESP São José do Rio Preto)
Monitores
Keni Carla da Silva Machado (PPGLA-UnB/Coordenação)
Ana Carolina de Castro Rodrigues
Ana Laura Cabral de Farias
Ariane Rodrigues
Aryanne de Morais Junqueira
Clésio do Carmo Santos
Elizabeth Linares
Fidel Armando Cañas
Gabriel Bonifácio Sousa e Silva
Gilha Crispim Cardoso dos Santos
Gustavo Tozetti Martins de Souza
Jordanah Schroder Fortes de Oliveira
Lígia Soares Sene
Lucas Henrique Garcia
Marcelo Augusto Ribeiro dos Santos Batista
Tábata Quintana Yonaha
Arte e Tecnologia
Ana Luiza Gabatteli (PPGLA/UnB)
Keni Carla da Silva Machado (PPGLA-UnB)
UnBIdiomas
Fotografia
Janaína Soares Alves (UnB)
REALIZAÇÃO E APOIO
SUMÁRIO
SUMÁRIO .................................................................................................................6
PREFÁCIO ...............................................................................................................1
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................2
PROGRAMAÇÃO GERAL .....................................................................................6
ENSALAMENTO .....................................................................................................8
MINI CURSO PRÉ-CONFERÊNCIA .....................................................................15
CONFERÊNCIA DE ABERTURA ..........................................................................16
MESA REDONDA 1: POLÍTICAS PÚBLICAS DE AVALIAÇÃO DE
PROFICIÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS .....................................17
MESA REDONDA 2: AVALIAÇÃO PARA FINS ESPECÍFICOS .......................19
CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO ..............................................................21
COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS .........................................................................22
TRABALHOS EM ANDAMENTO .........................................................................44
OFICINAS.................................................................................................................50
PÔSTERES ...............................................................................................................53
PALESTRANTES .....................................................................................................56
ÍNDICE REMISSIVO POR NOME DO AUTOR ...................................................60
PREFÁCIO
Welcome to the III SEMAPLE, the Seminário de Avaliação de Proficiência em
Língua Estrangeira.
This third edition of the conference makes us believe that we have been
successful in promoting a conference that is unique as being the first and only regular
seminar on language assessment and testing in Brazil. By “us” I make a special
reference to my colleagues and members of the research group “ENAPLE-CCC”
(Ensino e Aprendizagem de Língua Estrangeira: crenças, construtos e competências), a
group that is certified by UNESP, the State University of Sao Paulo and registered at the
CNPq, a major Brazilian scientific sponsoring organization.
After the I SEMAPLE, at the Federal University of Sao Carlos, we managed to
organize its second edition to take place at the FATEC, in the city of Indaiatuba, in
which an international guest and expert in language assessment and teacher education
joined us – Alma Ortiz Provenzal, from the Universidad Nacional Autonoma de Mexico
(UNAM).
In the III SEMAPLE we have two international guests and also experts on
language testing, April Ginther, from Purdue University, Indiana, USA, and Barry
O‟Sullivan, from the British Council in the UK. I am sure that both of them will
contribute to our knowledge about exams, tests and language assessment. Besides the
guests from abroad, Brazilian specialists on language assessment and teacher education
will participate in round tables, and various other researchers and postgraduate students
will present papers and offer workshops.
The III SEMAPLE was advertised on the webpage of the ILTA, the
International Language Testing Association, what also contributes to the international
status of the conference.
In this book of abstracts, you will be able to read about the presentations to take
place during the conference and, in the cases of sessions that will run in parallel, choose
which ones to attend. All the papers were carefully reviewed and selected by a team of
experienced researchers in Applied Linguistics, in Brazil and abroad.
We hope you enjoy the III SEMAPLE and have the opportunity not only to meet
people who may share similar academic interests, but also to enlarge your experience in
the area of language teaching and testing.
Brasilia, Brazil, May 2015
Douglas Altamiro Consolo
Co-ordinator for the ENAPLE-CCC and
President of the Scientific Committee of the III SEMAPLE
1
APRESENTAÇÃO
É com imensa satisfação que realizamos esta terceira edição do Seminário de
Avaliação de Proficiência em Língua Estrangeira (SEMAPLE) na Universidade de
Brasília. O SEMAPLE é atualmente o único evento dessa natureza no Brasil e reúne
pesquisadores que atuam em diversas dimensões da avaliação de proficiência não
apenas no país, mas também em outros continentes.
Por “avaliação de proficiência em língua estrangeira” entendemos o julgamento
de valor sobre a capacidade de um indivíduo usar a língua (BACHMAN, 1990) para
agir num contexto social. Daí, depreendemos duas questões. A primeira, a de que a
língua só se realiza socialmente, sendo mediada pelos falantes que dela fazem uso
(BAKHTIN, 1929). Consequentemente, esse julgamento de valor deve levar em
consideração os propósitos para os quais alguém usa a língua (SCARAMUCCI, 2000).
Nessa perspectiva, esse tema será discutido no III SEMAPLE considerando a
conjuntura acadêmico-profissional relacionada a línguas estrangeiras no Brasil.
O tema “avaliação de proficiência” nunca foi tão relevante em nosso país quanto
nos dias de hoje. No universo acadêmico, o crescente interesse pelo assunto pode ser
observado nas produções acadêmicas de dissertações e teses, cujo maior contingente
provém das universidades brasileiras do eixo sul-sudeste. A própria criação do
SEMAPLE evidencia esse aumento de interesse pela avaliação de proficiência. Afora as
publicações acadêmico-científicas, certos acontecimentos na nossa sociedade
evidenciam a urgência de intensificar as discussões em torno deste assunto. Sobre essa
conjuntura é que passamos a discorrer e problematizar neste breve texto de
apresentação.
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é hoje um dos maiores exame de
avaliação da educação formal no mundo, considerando o volume de candidatos. Foram
mais de seis milhões de candidatos apenas na última edição, em 2014 (BRASIL, 2015).
O novo ENEM, em vigor desde 2010, apóia-se sobre uma matriz de habilidades e
conteúdos a ela associados. O Ministério da Educação (MEC) afirma que duas
demandas colaboraram para a definição dos novos parâmetros do exame: a necessidade
de democratizar o acesso dos alunos à universidade pública, facilitando o processo ao
criar outra porta de entrada (em muitos casos, substituindo o vestibular), e a percepção
de que os currículos escolares do ensino médio necessitavam ser reformulados
(BRASIL, 2008). Nessa perspectiva, o MEC esperava – e espera – um forte efeito
retroativo positivo para o ensino. Pesquisadores demonstram, entretanto, que o efeito
retroativo é um conceito complexo, multidimensional e dinâmico influenciado por
diversos fatores, não sendo possível estabelecer, portanto, uma relação simples de causa
e efeito (GREEN, 2013; SCARAMUCCI, 2012b, 2004; ALDERSON; WALL, 1993).
Em muitas situações parecidas – embora em menor escala – os exames não foram
capazes de promover mudanças significativas nas práticas de sala de aula, mas uma
mera transposição, em geral conteudista, que pouco contribuiu para ganhos substanciais
nos cenários educacionais investigados.
2
Por sua vez, o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para
Estrangeiros (Celpe-Bras), outorgado pelo MEC e atualmente administrado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP),
recebeu mais de cinco mil candidatos inscritos para a segunda aplicação em 2014. O
exame é aplicado em todo o Brasil e em aproximadamente 30 outros países, em parceria
com o Ministério das Relações Internacionais (BRASIL, 2014b, 2014c). O Celpe-Bras
configura um exame de proficiência dividido em duas provas (uma escrita e uma
entrevista oral) de habilidades integradas, e destina-se, dentre outros fins, a avaliação
para ingresso de estrangeiros em cursos de graduação e programas de pós-graduação no
Brasil, validação de diplomas de profissionais estrangeiros e inscrição em entidades de
classe, como o Conselho Regional de Medicina (CRM). Ele está embasado numa visão
de linguagem como prática social e realiza-se na avaliação do desempenho do candidato
em tarefas semelhantes a tarefas de uso da língua na vida real (BRASIL, 2012a). O
exame tem crescido e representa um caso de sucesso no país em avaliação de
proficiência, tendo despertado o interesse de muitos pesquisadores. Recentemente o
INEP oficializou junto aos centros aplicadores do Celpe-Bras uma política de acesso
aos dados das aplicações do exame para fins de pesquisa, guardado o sigilo dos
participantes.
Ainda na esfera acadêmica, o Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) foi
instaurado com o objetivo de “proporcionar oportunidades de acesso, através do
programa Ciência sem Fronteiras e de outros programas de mobilidade estudantil, a
universidades de países onde a educação superior é conduzida em sua totalidade ou em
parte por meio de línguas estrangeiras” (BRASIL, 2014e). O IsF consiste na oferta de
cursos preparatórios para as certificações internacionais exigidas por essas
universidades, já tendo ofertado mais de 55 mil vagas desde o seu início (BRASIL,
2013-2015). O IsF-Inglês faz atualmente uso do Test of English as a Foreign Language
(TOEFL® ITP) para o nivelamento dos alunos que ainda necessitam de formação
lingüística para atingirem os níveis mínimos exigidos pelas universidades onde desejam
se inscrever a uma vaga (BRASIL, 2012b).
Faz perfeito sentido facilitar o acesso à certificação exigida pelas universidades
no exterior, bem como utilizar o TOEFL® ITP como diagnóstico e nivelamento para
um curso cujo objetivo final é preparar para esse mesmo exame. Entretanto, o objetivo e
conteúdo do TOEFL® distanciam-se daqueles preconizados nas diretrizes e orientações
curriculares propostas para a Educação Básica, em especial para o Ensino Médio. A
disseminação tão forte desse exame com a chancela do MEC, aliada à pressão de órgãos
governamentais, como a Capes, para que as universidades brasileiras se
internacionalizem – e nesse processo os intercâmbios têm papel primordial –, pode levar
a um efeito retroativo e reformulações no currículo do Ensino Médio. Por essa razão, é
necessária a discussão das conseqüências sociais do Programa IsF no longo prazo, o que
nos parece ainda não ter ganhado as esferas mais importantes da Linguística Aplicada.
No âmbito de certificação profissional, o Programa Mais Médicos, sancionado
pela Presidência da República em 2013 (BRASIL, 2013b), foi amplamente criticado na
mídia por razões diversas ao permitir que médicos estrangeiros atuassem em território
nacional. Uma parcela da sociedade sentiu-se ofendida com a abertura de vagas públicas
a estrangeiros, numa atitude clara por manter seus postos de trabalho. Outra
3
preocupação, legítima no nosso entender, foi com a qualidade da formação médica
desses profissionais. O que nos interessa discutir neste fórum é a avaliação da
proficiência linguística desses médicos, de forma a garantir que o atendimento e correta
avaliação e prescrição ao paciente não sejam prejudicados por uma baixa proficiência
em português como língua estrangeira. Parece-nos que essa questão não recebeu a
devida atenção nem na mídia, nem tampouco nos fóruns especialistas no tema. Os
documentos oficiais pouco dizem sobre essa avaliação, limitando-se a definir as
habilidades a serem avaliadas, mas deixando de contemplar os métodos. Tampouco há
informações claras à sociedade a respeito dos construtos que embasam a avaliação
atualmente realizada ao término do módulo de acolhimento dos estrangeiros (BRASIL,
2014a, 2013a). Assim, essas questões têm de ser trazidas, não apenas para este evento,
mas também para outras reuniões de especialistas em avaliação de proficiência.
Ainda na esfera profissional, alguns pesquisadores têm discutido uma política de
avaliação de proficiência no Brasil (CONSOLO, 2013, 2011; 2007, 2005; CONSOLO
et al, 2010; TEIXEIRA DA SILVA; CONSOLO, 2014, no prelo; SCARAMUCCI,
2012a) que certifique professores de línguas. Em congruência com essa proposta, o
projeto de lei 6.114 de 2009, do senador Wilson Matos, que atualmente tramita na
Câmara dos Deputados, propõe uma certificação docente facultativa posterior ao
ingresso na carreira. O apensado projeto de lei 1.088 de 2007, de autoria do Senador
Gastão Vieira, propunha instituir a certificação prévia como requisito para o exercício
da docência em diversas áreas da educação básica, inclusive em línguas estrangeiras
(BRASIL, 2014d). O Deputado Carlos Abicalil sinalizou, entretanto, como desejável
que se respeitassem “as prerrogativas de autonomia das universidades, inclusive no que
se refere à declaração de conclusão de curso e concessão de diplomas. A proposta
introduziria um instrumento de avaliação externa dentro da trajetória curricular dos
cursos, com requisito de pontuação mínima.” (BRASIL, 2014d, p. 06). A relatora,
deputada professora Soninha Seabra Rezende, entendeu a importância da proposta, mas
recomendou que se aprofundassem as discussões a respeito, sendo contrária a sua
adoção imediata. A viabilidade de implantação de um exame com essa finalidade
tampouco é consenso entre os pesquisadores e, por isso mesmo, representa um valioso
tema para discussão.
A avaliação de proficiência para fins específicos, como é o caso da certificação
de professores, médicos e controladores de tráfego aéreo, por exemplo, realiza-se numa
avaliação de desempenho em que é impossível distanciar (a) o domínio do
conhecimento do assunto de especialidade (b) do domínio de uso da língua. Assim,
essas questões continuam a ser desafiadoras para aqueles que trabalham nessa
perspectiva.
Juntamente com essas demandas sociais especificamente vivenciadas no Brasil,
a demanda universal da tecnologia exige um repensar das práticas avaliativas. Assim
como a Educação a Distância traz consigo outras exigências, precisamos discutir se a
avaliação de proficiência por meio de outras tecnologias deve ou não ser tratada
simplesmente como a realocação das mesmas técnicas ao “novo” meio.
4
Dessa forma, acreditamos que o III SEMAPLE abordará temas de atual e
altíssima relevância social. Foi com muito carinho, portanto, que pensamos em cada
tema e organizamos este evento que, esperamos, seja enriquecedor para todos os
participantes.
Aproveitem!
Vanessa Borges de Almeida
Universidade de Brasília
Presidente da Comissão Organizadora
5
PROGRAMAÇÃO GERAL
Quarta-feira – 06 de maio de 2015
14h-18h
Minicurso pré-conferência
Designing and using task specific rating scales for
speaking - Part 2
Barry O‟Sullivan (Roehampton University/British
Council)
Auditório Haruka
Nakayama
(Sala de reuniões
do LET antigo)
Quinta-feira – 07 de maio de 2015
12h-13h30
13h30-13h45
Encerramento das inscrições de ouvintes e distribuição
de material
Abertura
13h45-15h
Conferência de abertura
Testing Speaking: how innovative should we be?
Auditório do
Centro de
Excelência
em Turismo
Prof. Dr. Barry O‟Sullivan
(Roehampton University/British Council)
15h-16h
Sessão especial de trabalhos em andamento
16h-16h30
Coffee break com sessão integrada de pôsteres
16h30-18h
Sessão de comunicações 1
18h-19h15
Mesa-redonda 1
Políticas públicas de avaliação de proficiência e suas
consequências sociais
Consultar
neste caderno
Auditório do
Centro de
Excelência
em Turismo
Consultar neste
caderno
Coordenação: José Carlos Paes de Almeida Filho (UnB)
A prova de língua estrangeira do ENEM e suas
consequências sociais
Sandra Gattolin (UFSCar)
O Exame Celpe-Bras e o ensino de Português como
Língua Adicional
Juliana Schöffen (UFRGS)
Auditório do
Centro de
Excelência
em Turismo
O Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) e as
implicações para uma política linguística
Denise Abreu e Lima (UFSCar/MEC)
19h15
Encerramento e saída para jantar por adesão
6
Sexta-feira – 08 de maio de 2015
Mesa-redonda 2
Avaliação para Fins Específicos
Coordenação: Melissa Baffi Bonvino (UNESP – São
José do Rio Preto)
08h15-09h30
Avaliação para fins específicos: o exame de Português
para o Programa Mais Médicos para o Brasil
Leandro Diniz (UFMG)
Políticas públicas de avaliação da proficiência do
professor de LE: impactos sociais e qualidade escolar
Douglas Consolo (UNESP – São José do Rio Preto)
Auditório do
Centro de
Excelência
em Turismo
Avaliação de proficiência no contexto da aviação: o
projeto brasileiro
Matilde Scaramucci (UNICAMP)
09h30-10h
Coffee break
10h-12h
Sessão de comunicações 2
12h-13h30
Almoço
13h30-15h
Oficinas
Consultar
neste caderno
Consultar
neste caderno
Conferência de encerramento
15h-16h15
Oral English proficiency assessment at Purdue
University
April Ginther (Purdue University)
16h15-16h45
Encerramento
Auditório do
Centro de
Excelência
em Turismo
7
ENSALAMENTO
SESSÃO ESPECIAL DE TRABALHOS EM ANDAMENTO
Quinta-feira – 07 de maio de 2015
15h-16h
O CELPE-BRAS COMO INSTRUMENTO DE POLÍTICA LINGUÍSTICA
EXTERIOR DO BRASIL: DEMANDAS ATUAIS SOBRE O EXAME DE
PROFICIÊNCIA BRASILEIRO
Thomás Dorigon
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
BSA S BT
47/13
EL PORTUÑOL DESDE LA PERSPECTIVA DE LA INTERLENGUA EN LA
CARRERA DE FORMACIÓN DOCENTE DE ESPAÑOL COMO LENGUA
EXTRANJERA (ELE)
Jane da Silva Amorim
Universidad Antonio de Nebrija
O EFEITO RETROATIVO DO EPLIS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE
INGLÊS NA FORMAÇÃO DO CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO
Paula Ribeiro e Souza
Universidade Estadual de Campinas
BSA S B1
19/13
PERCEPÇÃO DE ALUNOS ACERCA DO SEU DESEMPENHO: AVALIANDO O
DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA EM UM CURSO
DE ESPANHOL PARA FINS ESPECÍFICOS
Renata Mourão Guimarães
Magali Barçante
Universidade de Brasília
O ESTABELECIMENTO DE INTERSUBJETIVIDADE NA ATIVIDADE DE
ENSINAR LÍNGUAS E SEU PAPEL ENTRE AS COMPETÊNCIAS DOCENTES
BSA S B2
28/14
Gerson Rossi dos Santos
Instituto Federal de São Paulo
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
CURSO PREPARATÓRIO ONLINE PARA O CELPE-BRAS: AVALIAÇÃO COMO
ELEMENTO INTEGRADOR ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM
Ana Luíza Gabatteli
Universidade de Brasília
BSA S B2
47/10
A LÍNGUA ESPANHOLA NO ENEM: INDÍCIOS DE EFEITO RETROATIVO EM
UMA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO
Paula Silva Resende Fernandes
Universidade de Brasília
8
PROPOSTA INICIAL DE UMA ESCALA PARA O EPPLE-INGLÊS ESCRITO:
FOCO NA PRECISÃO GRAMATICAL
BSA S B2
47/10
Jaqueline Realina Pires
Universidade de Brasilia
SESSÃO DE PÔSTERES (INTEGRADA COM COFFEE BREAK)
Quinta-feira – 07 de maio de 2015
16h-16h30
PROPPOR: O PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL E OS DESAFIOS DO
PROCESSO DE ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UMA PROVA DE
PROFICIÊNCIA
Jéssica da Rosa Souza
Valesca Brasil Irala
Universidade Federal do Pampa
PRECISÃO GRAMATICAL EM TAREFAS INTEGRADAS DE COMPREENSÃO E
PRODUÇÃO ESCRITA DE UM EXAME DE PROFICIÊNCIA PARA
PROFESSORES
Alexandre Lopes Silva
Universidade de Brasília
COMPLEXIDADE GRAMATICAL EM TAREFAS INTEGRADAS DE
COMPREENSÃO E PRODUÇÃO ESCRITA DE UM EXAME DE PROFICIÊNCIA
PARA PROFESSORES
Auditório
do CET
Lucas Henrique Garcia
Vanessa Borges de Almeida
Universidade de Brasília
ORALIDADE E ESCRITA: DESAFIOS DA AVALIAÇÃO DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA
Vanuza de Paula Siqueira
Wendell Fiori de Faria
João Gouveia Coelho
Paulo Roberto de Freitas Morais
Universidade Federal de Rondônia
DESCRIÇÃO DA LINGUAGEM DE CANDIDATOS AO EPPLE (INGLÊS):
FOCO NA PRECISÃO GRAMATICAL
Isabelle Lisbôa Santos
Vanessa Borges de Almeida
Universidade de Brasília
9
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 1
Quinta-feira – 07 de maio de 2015
16h30-18h
PROCESSOS FORMATIVOS NA PREPARAÇÃO PARA O CELPE-BRAS: O
EFEITO DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO EM UMA TURMA DE INICIANTES
Myriam Crestian Cunha
Fernanda Souza e Silva
Universidade Federal do Pará
AS FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO E AS ETAPAS DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA:
PERCORRENDO CAMINHOS NO DESENVOLVIMENTO DA PROFICIÊNCIA
BSA S B1
19/13
Vera Lucia Lopes Cristóvão
Marileuza Miquelante
Claudia Lopes Pontara
Rosinalva Ordonia da Silva
Universidade Estadual de Londrina
AM COM DM NA AVALIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA ORAL
Volnei Magalhães Carvalho
Universidade Federal da Bahia
REPRESENTAÇÕES SOBRE O PROCESSO AVALIATIVO DE DOCENTES DE
LE EGRESSOS DO CURSO DE LETRAS DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL
Adriana Celia Alves
Universidade Federal de Uberlândia
OS DIVERSOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO CONDUZIDOS POR
PROFESSORES DE LETRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
BSA S B2
47/13
Anelise Fonseca Dutra
Universidade Federal de Ouro Preto
PRÁTICAS AVALIATIVAS EM CURSOS DE LETRAS: UM ESTUDO DE CASO
Gabriel Bonifácio Souza e Silva
Gladys Quevedo-Camargo
Universidade de Brasília
MODOS DE AVALIAR A PROFICIÊNCIA EM ESPANHOL: O DELE E O CELU
BSA S B2
28/14
Lilian Reis dos Santos
Universidade Federal Fluminense
EXAMES DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: FINALIDADES
Joselita Júnia Viegas Vidotti
Universidade de Brasília
10
DAS QUESTÕES À SALA DE AULA, A LÍNGUA INGLESA NO ENEM:
VALIDADE, POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E ENSINO
BSA S A2
16/37
Juliana Blanco
Universidade Federal de São Carlos
CRITÉRIOS AVALIATIVOS PARA ENSINO DE LÍNGUA INGLESA ATRAVÉS
DE PROJETOS
Gladys de Sousa
Universidade Federal de Minas Gerais
EL PORTUÑOL DESDE LA PERSPECTIVA DE LA INTERLENGUA EN LA
CARRERA DE FORMACIÓN DOCENTE DE ESPAÑOL COMO LENGUA
EXTRANJERA (ELE)
Jane da Silva Amorim
Universidad Antonio de Nebrija
LA UTILIDAD DEL ANÁLISIS MULTI-FACET RASCH MEASUREMENT PARA
DETERMINAR EL GRADO DE SEVERIDAD DE LOS EVALUADORES DE
PRUEBAS ESCRITAS EN EXÁMENES DE LENGUAS EXTRANJERAS
Auditório
do IL
Arturo Mendoza Ramos
Universidad Nacional Autónoma de México
ORGANIZACIÓN DE LA EVALUACIÓN CRÍTICA- COLABORATIVA EN LA
FORMACIÓN INICIAL DEL EDUCADOR DE E/LE EN EL CONTEXTO
FRONTERIZO BRASIL-VENEZUELA
Leonor Nora FabiánBráñez
Universidade Federal de Roraima
Iris Anita Fabián Ramírez
Universidade Estadual de Roraima
AVALIAÇÃO DE VOCABULÁRIO EM UM TESTE ESCRITO DE LE:
CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO, LEXICOLOGIA, LINGUÍSTICA DE E
TAXONOMIA DE BLOOM
Eduardo Batista da Silva
Universidade Estadual de Goiás
Auditório
do CET
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS E RESULTADOS DO PROCESSO DE
VALIDAÇÃO DO DESCRITOR “VOCABULÁRIO” DE UM TESTE DE
PROFICIÊNCIA ORAL PARA PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA
Melissa Alves Baffi Bonvino
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
A NATUREZA DA COMPETÊNCIA GRAMATICAL NAS FAIXAS DE UM
EXAME DE PROFICIÊNCIA REFERENCIADO A CRITÉRIO
Vanessa Borges de Almeida
Universidade de Brasília
11
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 2
Sexta-feira – 08 de maio de 2015
10h-12h
O EXAME DE PROFICIÊNCIA DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS (EPLE) DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE: PERCURSOS E RESULTADOS
INICIAIS DA ÁREA DE ESPANHOL
Sandro Marcio Drumond Alves
Universidade Federal de Sergipe
TESTE DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA (TEPLE): UMA
ANÁLISE DO SEU HISTÓRICO
Luciana Cabrini Simões Calvo
Paulo José Andrelino
Universidade Estadual de Maringá
BSB S BT
54/13
A PROPOSAL FOR A READING COMPREHENSION PROFICIENCY EXAM IN
ENGLISH TO BE USED AT A UNIVERSITY IN BRAZIL
Gisele Werneck Divardin
Denise Cristina Kluge
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
THE ACCEPTABILITY JUDGMENT TASK AS A PSYCHOMETRIC MEASURE
FOR HIGH AND LOW L2 PROFICIENCY
Jesiel Soares-Silva
Universidade Federal de Minas Gerais
PERCEPÇÕES DE CANDIDATOS E ENTREVISTADORES DO EXAME CELPEBRAS EM RELAÇÃO AOS ELEMENTOS PROVOCADORES DA INTERAÇÃO
FACE A FACE
Elaine Risques Faria
Sandra Regina Buttros Gattolin de Paula
Universidade Federal de São Carlos
DESAFIOS E DISCUSSÕES SOBRE TAREFAS NA PERSPECTIVA DO FUTURO
EXAMINANDO EM CURSO PREPARATÓRIO PARA O EXAME DE PROFICIÊNCIA
EM LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS (CELPE-BRAS)
BSA S A2
16/37
Marina AyumiIzaki
Nelson Viana
Universidade Federal de São Carlos
ELABORAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS DE PLE QUE VISEM À
PREPARAÇÃO DE ALUNOS PEC-G PARA O EXAME CELPE-BRAS
Verônica Vinecky
Universidade de Brasília
12
AVALIAÇÃO DE PROFICIÊNCIA ORAL NO CELPE-BRAS: ATUAÇÃO E
FORMAÇÃO DE ENTREVISTADORES
BSA S A2
16/37
Eleonora Bambozzi Bottura
Universidade Federal de São Carlos
EVIDÊNCIAS PARA VALIDAÇÃO DE UM TESTE DE CLASSIFICAÇÃO EM
INGLÊS: UM ESTUDO DE CASO EM CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA
Teresa Helena Buscato Martins
Faculdade de Tecnologia de Jundiaí-Itu
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Universidade Paulista
TAI-PI: TESTE ADAPTATIVO INFORMATIZADO PARA A PROFICIÊNCIA DE
LEITURA EM INGLÊS ACADÊMICO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Andrea Monzón
Juliane Moura
Cecília Brasil
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
Auditório
do IL
Mariana Cúri
Universidade de São Paulo
EXAMES DE PROFICIÊNCIA NA UNIVERSIDADE: A PORTA DE ENTRADA
PARA OS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Lilian Cristina Corrêa
Luciana Duenha Dimitrov
Milton Pignatari Filho
Universidade Presbiteriana Mackenzie
EXPERIÊNCIA DE ELABORAÇÃO DE PROVA DE PROFICIÊNCIA E ACESSO À
MOBILIDADE ESTUDANTIL
Iranildes Almeida de Oliveira
Kassia da Silva Santana
Liz Sandra Souza e Souza
Universidade Estadual de Feira de Santana
ELABORAÇÃO DE UM TESTE COM PROPOSTAS ESPECÍFICAS PARA
(FUTUROS) PROFESSORES DE ITALIANO
Fernanda Silva Veloso
Universidade Federal do Paraná
Auditório
do CET
CONTRIBUIÇÕES DE UM CORPUS PARA A ELABORAÇÃO DE TAREFAS E
ITENS DO EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA PARA
CONTROLADORES DE TRÁFEGO AÉREO
Patrícia Tosqui Lucks
Paula Ribeiro e Souza
Instituto de Controle do Espaço Aéreo
13
REFLEXÕES ACERCA DA AVALIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA ORAL DO
PROFESSOR DE INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA CRIANÇAS
NO CONTEXTO BRASILEIRO
Auditório
do CET
Camila Sthéfanie Colombo
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
OFICINAS
Sexta-feira – 08 de maio de 2015
13h30-15h
SPEAKING AND WRITING SKILLS: TOEFL IBT SCORING AND ASSESSMENT
BSA S BT
11/10
Adiane M. Blum,
Educational Testing Service
AVALIAÇÃO DE INSTRUÇÕES ORAIS NA FALA DO PROFESSOR DE LE:
PRÁTICA E TEORIA
BSB S BT
11/13
Paulo José Andrelino
Universidade Estadual de Maringá
DESIGN E IMPLEMENTAÇÃO DE TAREFAS PARA TESTES ORAIS DE
PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
BSA S BT
34/13
Vera Lucia Teixeira da Silva
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
William Eduardo da Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
AVALIAÇÃO: EXPERIÊNCIA NO INSTITUTO CERVANTES
BSA S B1
19/13
Ana Isabel Reguillo Pelayo
Luis Martín Carretero
Instituto Cervantes
14
MINI CURSO PRÉ-CONFERÊNCIA
DESIGNING AND USING TASK SPECIFIC
RATING SCALES FOR SPEAKING
Barry O‟Sullivan
University of Reading
British Council
In this workshop, I will first present to the audience an overview, with rationale, of the
British Council‟s Aptis English language assessment service with particular focus on
the speaking paper. Emphasis will be given on how the different tasks included in this
paper reflect the requirements of the Council of Europe Common European Framework
of Reference (CEFR). Participants will then work in groups to create test tasks suitable
for use with their students, based on the approach taken in Aptis. In the second part of
the workshop, the process and products of a major rating scale development project for
the Aptis English language assessment service will be presented and discussed. The
scales that emerged from this project were designed to present an accurate estimate of
performance ability at particular CEFR levels while also reflecting the expectations of
performance on specific test tasks. Participants will be encouraged to use the scales to
award scores to a small set of actual test performances in order to demonstrate how easy
and efficiently they can be applied. The workshop will end with an open question and
answer session, in which participants are encouraged to bring up practical and/or
theoretical issues they have struggled with in the past.
15
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
TESTING SPEAKING: HOW INNOVATIVE SHOULD WE BE?
Barry O‟Sullivan
University of Reading
British Council
Speaking was, most likely, the first language skill to be tested formally in education
systems. In other words, we have been doing it for hundreds of years. Unlike the other
skills, speaking assessment was the last to be standardised, with formal set tasks and
rating scales only appearing in the mid-1950s. However, over the past two decades, the
situation has changed quite dramatically. Changes have come to the ways in which we
present test tasks (face-to-face; audio or video recorded; via computer interfaces), the
approach to awarding scores (training; moderation; scale type), the process of scoring
(in real time; post-test from recordings; automatically by computer programme) and in
the way in which we report achievement. In this talk, I will critically evaluate the
current state of play in speaking assessment by addressing how each of the above
innovations have helped to forge a new understanding of the way in which we currently
approach the assessment of speaking ability – with a particular focus on technology. It
is clear that technology has brought with it some significantly beneficial changes to
assessment practice, though it must also be recognised that not all technology-led
innovations have succeeded in improving assessment practice. Indeed, some have, in
reality, led to what I see as very serious limitations in assessment practice. The
implications for assessing speaking of new developments in technology will also be
presented and discussed.
16
MESA REDONDA 1:
POLÍTICAS PÚBLICAS DE AVALIAÇÃO DE
PROFICIÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS
A PROVA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DO ENEM
E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS
Sandra Regina Buttros Gattolin de Paula
Universidade Federal de São Carlos
Na área de avaliação em contextos de ensino-aprendizagem de línguas, inferências
feitas com base nos resultados de exames têm sido utilizadas de forma crescente na
tomada de decisões sobre a vida das pessoas avaliadas e também daquelas indiretamente
envolvidas (MCNAMARA, 2000). No Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM), proposto inicialmente como um exame de rendimento externo, ganha
notoriedade na medida em que é, hoje, um dos principais meios de acesso à
universidade, recebendo, portanto, o status de exame de entrada. Como tal, o conteúdo
avaliado, assim como o formato de suas provas, passa a se refletir no conteúdo
programático do Ensino Médio, na abordagem de ensino dos professores, nos métodos
selecionados para o ensino e na abordagem do material didático. Em suma, as
capacidades e habilidades avaliadas no ENEM tendem a ser enfatizadas ao longo da
educação básica e do Ensino Médio em especial, interferindo na qualidade da formação
não só acadêmica, mas também cidadã dos estudantes. Como exame de entrada, o
ENEM passou a avaliar, a partir de 2010, as línguas inglesa e espanhola, contemplando,
assim, uma área de línguas estrangeiras, que há décadas permanecia negligenciada.
Nesta oportunidade, pretende-se discorrer sobre as consequências decorrentes da
inclusão das provas de língua estrangeira na sociedade.
O EXAME CELPE-BRAS
E O ENSINO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL
Juliana Roquele Schöffen
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
A primeira aplicação do Exame Celpe-Bras, em 1998, contou com 127 examinandos. O
reconhecimento de instituições brasileiras e estrangeiras, que passaram a exigir o CelpeBras como comprovação de proficiência, juntamente com o crescimento da imagem do
Brasil no cenário internacional, tem aumentado a repercussão do exame, o que tem feito
o número de examinandos e a demanda por credenciamento de novos postos aplicadores
crescer a cada semestre. Já consolidado e perto de alcançar a cifra de 10 mil
examinandos no ano de 2014, o Celpe-Bras comemora, após 17 anos, o fato de ter se
mantido fiel a seu construto teórico, responsável por forte efeito retroativo no ensinoaprendizagem de Português como Língua Adicional no Brasil e no exterior, conforme já
relatado em vários estudos acadêmicos. O objetivo desta fala é refletir sobre a
importância do Celpe-Bras como instrumento de promoção não apenas da Língua
Portuguesa e da cultura brasileira, mas também de um ensino de língua que se afaste da
17
noção de “erro” (julgamento baseado em normas abstratas e descontextualizadas) e se
aproxime da noção de “adequação” ou “preferência” (julgamento baseado no que foi
historicamente construído com base no contexto de produção / recepção proposto),
privilegiando, assim, uma forma de ensinar e aprender centrada na ação e buscando
contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e capacitados para agir em
língua portuguesa.
O PROGRAMA IDIOMAS SEM FRONTEIRAS (ISF)
E AS IMPLICAÇÕES PARA UMA POLÍTICA LINGUÍSTICA
Denise Abreu e Lima
Universidade Federal de São Carlos
Ministério da Educação
O Programa Idiomas sem Fronteiras – IsF foi criado em novembro de 2014 a partir da
experiência realizada com o Inglês sem Fronteiras, lançado em dezembro de 2012 pelo
Ministério da Educação, em uma iniciativa da Secretaria de Educação Superior (SESu)
e CAPES. O programa visa preparar alunos e servidores de instituições públicas de
nível superior para a internacionalização, ofertando possibilidades de estudo, presencial
e a distância, além de dar acesso a testes de nivelamento e proficiência. No âmbito das
ações do IsF – inglês, foram aplicados cerca de 200 mil testes TOEFL ITP com
objetivos de diagnóstico do nível do idioma nas instituições públicas brasileiras, como
nivelamento para os cursos presenciais ofertados nas universidades federais e também
como proficiência quando os editais indicavam a aceitação deste resultado para
programas de mobilidade internacional. Esta apresentação tem como objetivo explicitar
uma das ações do Programa IsF, a aplicação de testes de nivelamento e proficiência
dentro do âmbito dos oito idiomas contemplados pelo Programa, e explicitar as
articulações que o Núcleo Gestor do Programa está realizando para consolidação de
testes de nivelamento em nível nacional. Além disso, a intenção é a de refletir sobre os
impactos das ações do Programa no âmbito da formação de professores de língua
estrangeira, na formulação de política linguística para o país.
18
MESA REDONDA 2:
AVALIAÇÃO PARA FINS ESPECÍFICOS
AVALIAÇÃO PARA FINS ESPECÍFICOS: O EXAME DE PORTUGUÊS
PARA O PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL
Leandro Rodrigues Alves Diniz
Universidade Federal de Minas Gerais
O início do programa “Mais Médicos para o Brasil”, em 2013, compreendeu, entre
outras iniciativas, a convocação de médicos para trabalharem em regiões brasileiras
onde faltam esses profissionais. A maior parte das vagas foi ocupada por estrangeiros, o
que acarretou a necessidade de desenho de cursos e avaliações de Português Língua
Adicional (PLA) para fins específicos. Neste trabalho, focalizaremos o principal
instrumento avaliativo do eixo de Língua Portuguesa de diferentes edições do chamado
“Módulo de Acolhimento e Avaliação” desse programa: um teste de desempenho cujos
resultados estão diretamente relacionados à possibilidade de o participante iniciar sua
atuação profissional no Brasil, e que objetiva avaliar não só o rendimento do médico no
curso de PLA, mas também sua proficiência para trabalhar na Atenção Básica no
Sistema Único de Saúde brasileiro. Chamaremos a atenção, em particular, para a
interação entre diferentes variáveis (por exemplo, relativas à elaboração das grades de
avaliação, à integração de habilidades, aos perfis dos examinadores, à duração de cada
exame, ao número de examinandos), ora fortalecendo, ora diminuindo, a possibilidade
de inferências válidas e adequadas a partir dos resultados do teste. Análises dessa
interação levaram a comissão de Língua Portuguesa do referido programa a realizar
ajustes no instrumento avaliativo ao longo das diferentes edições do curso, sobre os
quais nos deteremos em nossa apresentação, a fim de fomentar o debate sobre validade
e consequências sociais de exames de larga escala.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE AVALIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA
DO PROFESSOR DE LE: IMPACTOS SOCIAIS
E QUALIDADE ESCOLAR
Douglas Altamiro Consolo
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
A licenciatura em Letras representa, no Brasil, formação inicial e formal de professores
de línguas, e pode-se associar a qualidade da (futura) docência de licenciandos nesses
cursos à qualidade dos cursos e ao engajamento dos graduandos na busca por qualidade
em sua formação professional. A qualidade dos cursos tem sido verificada, em âmbito
nacional, por políticas públicas de avaliação estabelecidas pelo Ministério da Educação
e, atualmente, por meio de avaliações de cada curso, quando de sua criação, e
posteriormente por meio do ENADE. A qualidade da formação em línguas estrangeiras
(LE), todavia, não tem sido contemplada diretamente ou de modo suficientemente
abrangente nas políticas públicas de avaliação, mesmo sabendo-se que o “sucesso na
formação desses professores justifica uma certificação válida, como resultado de um
19
processo de educação para a profissionalização” (CONSOLO, 2014). A certificação em
Letras deve(ria) comprovar “uma formação por meio da qual os licenciados
desenvolveram as competências necessárias e atingiram níveis de proficiência
linguística desejados para professores de LE no cenário escolar brasileiro” (CONSOLO,
op. cit.). Em termos de políticas linguísticas que almejem qualidade e colocação
profissional, podemos pensar em certificações de proficiência linguística obtidas por
meio de exames e testes consagrados – em LE e, nesse sentido, discuto, nesta
apresentação, o papel de critérios e instrumentos de avaliação de proficiência em LE
língua que possam, por um lado, favorecer o processo de formação docente, e por outro,
colaborar para a validade das certificações de professores e valorização curricular,
trazendo o EPPLE (Exame de Proficiência para Professores de Línguas Estrangeiras)
como escolha no contexto brasileiro de (formação de) professores.
AVALIAÇÃO DE PROFICIÊNCIA NO CONTEXTO DA AVIAÇÃO:
O PROJETO BRASILEIRO
Matilde V. R. Scaramucci
Universidade Estadual de Campinas
A comunicação no espaço aéreo internacional tem mobilizado a atenção da mídia
devido ao número de acidentes aéreos originados por falhas na interação entre pilotos e
controladores de voo de nacionalidades e/ou línguas distintas. A avaliação dessa
proficiência tem, consequentemente, se mostrado um tema extremamente relevante no
mundo todo. O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), órgão do Departamento
de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), sediado em São José dos Campos, estado de
São Paulo, foi o responsável pela elaboração do exame de proficiência em inglês para
controladores de voo e operadores das estações aeronáuticas em uso no Brasil desde
2007. Denominado EPLIS (Exame de Proficiência em Inglês do SISCEAB), seu
objetivo é certificar a proficiência dos controladores militares e civis de forma a elevar o
nível dessa proficiência para assegurar maior eficiência nas comunicações
radiotelefônicas com pilotos e menor risco de acidentes e incidentes aéreos. Tendo
como pressuposto a importância de se considerar a natureza da linguagem no processo
de avaliação nesse contexto, o objetivo desta apresentação é descrever o projeto de
validação e validade do exame EPLIS, coordenado por mim em 2010, e mostrar os
resultados obtidos.
20
CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
ORAL ENGLISH PROFICIENCY ASSESSMENT AT PURDUE UNIVERSITY
April Ginther
Purdue University
The Oral English Proficiency Test (OEPT) is a semi-direct, computer administered test
of oral English proficiency that has been used to screen the oral English of prospective
international teaching assistants (ITAs) at Purdue University since 2001. We report
scores to more than 70 departments and programs across the University, and test
approximately 500 examinees every year. Half of these tests are administered and rated
in a week‟s time right in the week preceding the first day of classes fall semester.
OEPT content was developed to introduce prospective ITAs to language tasks and
activities that they would encounter in Purdue‟s undergraduate instructional contexts,
and we developed an instrument that has demonstrable face, content, and construct
validity. However, the OEPT does not stand alone but rather is embedded in a larger
system that includes an accompanying administrative platform, a rater application, a
rater training program, an on-line student orientation program, and a pair of practice
tests. The larger, comprehensive testing, training, and test preparation components
serve, in many ways, as the foundation to our ITA instructional program. The
development and the continual maintenance of the OEPT system also creates
opportunities for research, conducted primarily by graduate students who are enrolled in
the doctoral program in Second Language Studies at Purdue. The OEPT system ensures
reliability, validity, and fairness for both examinees and test score users across the
University. In this presentation, I will discuss the evolution of the OEPT -- its strengths
and weaknesses and the many challenges encountered during our development and
maintenance of the system.
21
COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS
THE ACCEPTABILITY JUDGMENT TASK AS A PSYCHOMETRIC
MEASURE FOR HIGH AND LOW L2 PROFICIENCY
Jesiel Soares-Silva
Universidade Federal de Minas Gerais
Several studies have suggested the relation between vocabulary knowledge and reading,
writing, listening and speaking abilities in bilinguals (Staehr, 2008, Zimmerman,
2004,Milton et al. 2010), and also between vocabulary level and the CEFR - Common
European Framework of Reference for Languages (Milton, 2010). In this study, we
investigated the extent of overlap between L2 proficiency level and performance in an
L2 acceptability judgment (AJ) tasks. The purpose is to assess whether the latter type of
task is a valid psychometric measure of L2 proficiency. Thirty Brazilian PortugueseEnglish bilinguals participated in the experiment (age mean=25.6). As independent
measure of proficiency we administrate a Vocabulary Levels Test (VLT), and the
Oxford Placement Test (OPT).The target sentences of the AJ task were composed of 16
ungrammatical sentences and40 grammatical sentences. The ungrammatical sentences
had argument structure realization violations, namely forged causatives with unergative
verbs (The man laughed the children in the party.), morphosyntatic violations subject/verb agreement (The girl give the cats milk twice a day), and WH-movement
(Who did Jane call her friend after she saw?). To provide contrasts, we included
grammatical sentences with manner-of-motion verbs in causative constructions, socalled induced movement alternation (The instructor ran the boys around the park.)
(Levin, 1993). There was a statistically significant correlation between the proficiency
measures of VLT with OPT (r= .843, p< .05), and with acceptability judgments across
the three types of violations and the grammatical sentences: r(1)= -.799, r(2)= -.791,
r(3)= -.807, r(4)=.772 (p< .05). The judgment means by low- and high- proficient
participants were significantly different across the three types of ungrammatical
sentences, as well as in the grammatical sentences. It suggests that the participants‟
proficiency level correlates with their performance in the judgment task. These results
suggests that the accuracy of sentence judgments were sensitive to the levels of
proficiency based on VLT scores. Moreover, our results attest to the viability of
employment of AJ as measures of L2 proficiency with certain L2 structures.
Keywords: Acceptability Judgment Task. Vocabulary Level Test. English Proficiency.
O EXAME DE PROFICIÊNCIA DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS (EPLE) DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE: PERCURSOS
E RESULTADOS INICIAIS DA ÁREA DE ESPANHOL
Sandro Marcío Drumond Alves
Universidade Federal de Sergipe
No ano de 2013, por meio da Resolução de número 27, emitida e aprovada pelo
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONEPE), foi criado o Exame de
Proficiência de Línguas Estrangeiras (EPLE) da Universidade Federal de Sergipe
22
(UFS). O EPLE é articulado pelo Departamento de Letras Estrangeiras (DLES) em
conjunto com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (POSGRAP), uma vez que
seu objetivo principal é centralizar as avaliações e medidas para a compreensão de
textos escritos (SOLÉ, 1998; FERNANDEZ & KANASHIRO, 2006; CASSANY, 2006;
KANASHIRO, 2007; KANASHIRO, 2012) dos candidatos às vagas dos Programas de
Pós-Graduação Stricto Sensu da Instituição. As Línguas estrangeiras/adicionais
envolvidas nesse processo, até o presente momento, são o inglês, o espanhol e o francês.
Dessa forma, estabelecemos como objetivo deste trabalho, em um primeiro momento,
apresentar suscintamente o percurso histórico da criação do EPLE, bem como as
concepções linguísticas (FREITAS, 2005; LAPKOSKI, 2005; CELANI et alii, 2009;
VERDELHO, 2011) que o regem. Posteriormente, passados dois anos de sua criação –
contabilizando quatro aplicações do exame desde então- procuraremos mostrar os
resultados quantitativos e qualitativos depreendidos das provas de língua espanhola, as
reflexões advindas da análise desses resultados (algumas vezes em caráter comparativo
com o inglês e o francês) e as (re)elaborações conceituais aplicadas, em diálogo com as
demais línguas envolvidas, de modo a atender às verdadeiras necessidades dos
Programas de Pós-Graduação da UFS (IGLESIAS & BATISTA, 2010).
Palavras-chave: Teste de Proficiência. Língua Espanhola. Leitura.
AVALIAÇÃO DE PROFICIÊNCIA NO ENSINO
DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA CRIANÇAS
Naraina de Melo Martins Kuyumjian
Universidade de Brasília
Refletir sobre a avaliação de proficiência com crianças de 3 a 7 anos é uma necessidade
premente diante do aumento da demanda cada vez mais precoce por instituições de
ensino de uma língua estrangeira nas suas diversas modalidades. Para tal reflexão
proponho um percurso em três etapas. Em um primeiro momento considero relevante
apontar algumas especificidades que concernem a faixa etária em questão. Por um lado
ao mesmo tempo em que estrutura a sua língua materna a criança aprende uma segunda
língua. Por outro lado deve-se considerar a fase de desenvolvimento cognitivo,
linguístico, emocional e físico na qual a criança se encontra. Esses aspectos permitem
desenvolver o segundo momento do nosso percurso, a definição da metodologia
pedagógica a ser usada em sala de aula. A avaliação aparece então como uma prática
situada no do processo educativo proposto à criança. Trata-se do terceiro momento. A
experiência docente com crianças nesta faixa etária e alguns aspectos abordados na
dissertação de mestrado recentemente defendida sobre o ensino de uma língua
estrangeira para crianças me permitem compartilhar uma experiência de avaliação que
englobam alguns aspectos que serão desenvolvidos: tipos de avaliação (diagnóstica e
formativa), aspectos linguísticos e discursivos contemplados na avaliação; o lugar da
língua materna na avaliação da LE. Os documentos de referência utilizados poderão ser
visualizados para durante a apresentação para maior clareza e possibilidade de
contribuição do público.
Palavras-chave: LE para crianças. Avaliação diagnóstica e formativa. Aspectos
linguísticos e discursivos da avaliação.
23
PERCEPÇÕES DE CANDIDATOS E ENTREVISTADORES DO EXAME
CELPE-BRAS EM RELAÇÃO AOS ELEMENTOS PROVOCADORES DA
INTERAÇÃO FACE A FACE
Elaine Risques Faria
Sandra Regina Buttros Gattolin de Paula
Universidade Federal de São Carlos
O Celpe-Bras (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros) é
um exame de proficiência de alta relevância, a partir do qual decisões importantes
podem ser tomadas em relação à vida do candidato, como por exemplo, o ingresso em
universidades brasileiras tanto para cursos de graduação ou pós-graduação e a validação
de diplomas de profissionais estrangeiros que pretendem trabalhar no Brasil. O exame
possui duas partes: Parte Escrita e Parte Oral. A Parte Oral constitui-se de uma interação
face a face, na qual, nos primeiros cinco minutos, são feitas perguntas pessoais baseadas
em um questionário que os candidatos respondem ao fazerem a inscrição no exame e,
em seguida, a interação segue tendo como base três figuras, chamadas de Elementos
Provocadores (EPs), utilizadas para impulsionar a conversa entre entrevistador e
examinando, com duração de quinze minutos. Considerando o fato de esses EPs serem o
gatilho para a interação entre examinador e examinando e também o fato de o resultado
do exame depender, em grande parte, dessa interação, torna-se relevante uma
investigação sobre os EPs. Assim, o objetivo desta apresentação é mostrar a percepção
dos candidatos e dos entrevistadores em relação aos EPs utilizados na aplicação do
exame no segundo semestre de 2014. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa
qualitativa de natureza interpretativista na qual são analisados questionários respondidos
tanto pelos candidatos quanto pelos entrevistadores de um centro aplicador do estado de
São Paulo. Baseamos nosso estudo em Brown (2007), Bachman (1990; 1996), Douglas
(2010), Luoma (2004), McNamara (1996; 2000), Scaramucci (1995; 1999; 2000; 2004),
Shohamy (1995) entre outros pesquisadores da área de avaliação em ensino de línguas,
validade, testes de proficiência e desempenho e interação. Pretendemos, a partir dos
resultados obtidos, apresentar quais Elementos Provocadores, ou quais características
desses EPS, potencializaram a interação face a face, segundo a percepção dos
candidatos e entrevistadores.
Palavras-chave: Celpe-Bras. Elementos Provocadores. Proficiência.
DESAFIOS E DISCUSSÕES SOBRE TAREFAS NA PERSPECTIVA DO
FUTURO EXAMINANDO EM CURSO PREPARATÓRIO
PARA O EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA PARA
ESTRANGEIROS (CELPE-BRAS)
Marina Ayumi Izaki
Nelson Viana
Universidade Federal de São Carlos
Por meio de Programas como PEC-G (Programa de Estudante-Convênio de Graduação)
e PEC-PG (Programa de Estudante-Convênio de Pós-Graduação) e intercâmbios em
geral, o país tem recebido estrangeiros de diversos lugares (América Latina, Ásia e
África) para desenvolverem estudos em universidades brasileiras. Nesse sentido, a
24
procura tanto pelo ensino de português quanto pelo exame de Proficiência em Língua
Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) tem se tornado frequente e o trabalho
desenvolvido em instituições, para atender aos interesses e às exigências desse público,
uma necessidade premente. Levando em consideração esse contexto, temos como
objetivo apresentar perspectivas de futuros examinandos acerca de tarefas do referido
exame, discutidas durante o curso preparatório para o Celpe-Bras. De acordo com o
Manual do Aplicador, tarefa comunicativa é um “convite para agir no mundo”
(SCARAMUCCI, 2003) e, basicamente, é caracterizada por envolver ação, propósito e
interlocutores. O referido manual exemplifica tarefa como: escrever um e-mail (ação)
para um amigo (interlocutor) sugerindo atividades para o fim de semana (propósito). De
acordo com os alunos, é possível questionarmos se tarefas propostas no exame
correspondem ao “agir no mundo”, pois parecem se distanciar de ações realizadas no
cotidiano deles. Embora esses alunos considerem que algumas tarefas apresentem certo
grau de dificuldade para um estrangeiro, é indiscutível a relevância que o exame CelpeBras possui na atualidade e seu impacto nos cursos regulares de português para
estrangeiros. A partir da apresentação de perspectivas de alunos, esperamos, contudo,
construir reflexão sobre tarefa comunicativa “ouvindo” aquele para quem o exame é
direcionado: o (futuro) examinando. Nesse sentido, a discussão proposta pode suscitar
reflexões não só para o ensino e aprendizagem de português língua estrangeira, mas
também para exame de proficiência Celpe-Bras.
Palavras-chave: Celpe-Bras. Exame de Proficiência. Tarefa Comunicativa.
AVALIAÇÃO DE VOCABULÁRIO EM UM TESTE ESCRITO DE LE:
CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO, LEXICOLOGIA,
LINGUÍSTICA DE CORPUS E TAXONOMIA DE BLOOM
Eduardo Batista da Silva
Universidade Estadual de Goiás
O domínio de vocabulário pode ser considerado uma habilidade basilar na comunicação
em língua estrangeira (LE). Neste contexto, o objetivo geral deste trabalho é propor um
teste escrito em língua inglesa (LI) tendo como foco a habilidade de uso de vocabulário
de futuros professores de língua inglesa, em uma perspectiva quantiqualitativa. No que
se refere à fundamentação teórica, recorremos às contribuições da área de Avaliação de
Proficiência em LE (HUGHES, 2003; MCNAMARA, 2000; BACHMAN; PALMER,
1997) e da Lexicologia (SCHMITT, 2008; NATION, 2001). Os objetivos específicos
são 1) utilizar o repositório vocabular, New General Service List (BREZINA;
GABLASOVA, 2013), para a seleção dos itens lexicais e 2) utilizar a Taxonomia de
Bloom (ANDERSON et al, 2001) – em seu domínio cognitivo – na elaboração de um
teste escrito em LI. Quanto aos procedimentos metodológicos, a primeira etapa foi a
consulta às primeiras 1.000 palavras mais frequentes do inglês, às próximas 1.000 mais
frequentes, e por último, às palavras comuns nos textos acadêmicos. Nas etapas
seguintes, contando com o aporte da Linguística de Corpus, selecionamos o vocabulário
e aplicamos os seis níveis, em ordem crescente de dificuldade, da Taxonomia de Bloom
(“lembrar”, “entender”, “aplicar”, “analisar”, “avaliar” e “criar”) na construção do teste.
Formandos de um curso de licenciatura em Letras realizaram o teste composto por seis
tarefas, exigindo respostas essencialmente discursivas. Os resultados obtidos
demonstraram um rendimento regular nos níveis inferiores de aprendizagem: “lembrar”,
25
“entender” e “aplicar”; Nos níveis superiores de aprendizagem, aqueles ligados às
categorias “analisar”, “avaliar” e “criar”, percebemos que a competência dos futuros
professores necessita ser desenvolvida. A dificuldade apresentada pode ser oriunda da
falta de familiaridade com o tipo de tarefa ou, ainda, à lacunas no domínio lexical.
Nossa proposta lança luz sobre um arcabouço teórico-metodológico para atividades de
planejamento, elaboração, testagem e aplicação de tarefas que avaliam vocabulário.
Palavras-chave: Avaliação de vocabulário. Taxonomia de Bloom. Lexicologia.
MODOS DE AVALIAR A PROFICIÊNCIA EM ESPANHOL:
O DELE E O CELU
Lilian Reis dos Santos
Universidade Federal Fluminense
Esta comunicação tem por objetivo mostrar a análise de dois exames de proficiência em
língua espanhola aplicados no Brasil: o Diploma de Español como Lengua Extranjera
(DELE) e o Certificado de Español Lengua y Uso (CELU). Esses estudos foram
realizados durante a pesquisa para a elaboração da dissertação de mestrado, feita na
Universidade Federal Fluminense sob a orientação do Dr. Xoan Lagares. Sobre a
escolha do tema da pesquisa, podemos afirmar que a avaliação de proficiência tem sido
objeto de discussão no Brasil pelo seu efeito retroativo, pelo questionamento de sua
finalidade e do uso que tem sido feito de seus certificados, concedidos aos candidatos
aprovados em seus exames (de acordo com o nível ao qual se candidatou, no caso do
DELE ou de acordo com o nível alcançado, no caso do CELU). Em nossa pesquisa
utilizamos os estudos sobre construção de exames de McNamara (2000) e de Bachman
(1990); de Bordón (2004, 2006) sobre os tipos de exames de línguas estrangeiras e suas
principais características, e também de Scaramucci (2000) e Prati (2007), que tratam o
tema da avaliação de proficiência levando em consideração os diversos aspectos que
cercam esse tipo de exame. Nosso objetivo é mostrar por meio da análise das atividades
propostas por cada exame, o modo como cada um das provas entende sobre o que é ser
proficiente em espanhol como língua estrangeira.
Palavras-chave: Espanhol. Avaliação. Proficiência.
OS DIVERSOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO CONDUZIDOS
POR PROFESSORES DE LETRAS
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Anelise Fonseca Dutra
Universidade Federal de Ouro Preto
Existem dois grandes tipos de avaliação que são utilizadas nos processos de ensinoaprendizagem, a avaliação formativa e a somativa (Tyler, 1942). Ambas vêm sendo
utilizadas como um instrumento de orientação para as práticas docentes desde a década
de 80 no Brasil com a publicação do Manual de avaliação formativa e somativa do
aprendizado escolar (Blomm, 1983). Na Universidade Federal de Ouro Preto, os
professores da Licenciatura em Língua Inglesa se utilizam de diversos instrumentos de
26
avaliação que servem o propósito de avaliar os alunos visando seu desenvolvimento
acadêmico, assim como sua preparação para desenvolver avaliações como futuros
profissionais. Essa é uma forma coerente de formar novos professores que devem
conhecer de forma teórica e prática avaliações que desenvolvam a reflexão e contribuam
para a construção de competências técnicas e sócio-político-culturais (Rodrigues, 2008).
Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento de formas de avaliação
utilizadas pelos professores do curso de Letras Licenciatura em Língua Inglesa e a
forma como os alunos encaram essas diversas possibilidades de avaliação. Os resultados
apontam para uma a soberania da avaliação somativa, mas igualmente demonstram
avaliações formativas das mais diferentes formas que têm a aprovação e um interesse
elevado por parte dos alunos.
Palavras-chave: Avaliação somativa e formativa. Instrumentos de avaliação.
TESTE DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA (TEPLE): UMA
ANÁLISE DO SEU HISTÓRICO
Luciana Cabrini Simões Calvo
Paulo José Andrelino
Universidade Estadual de Maringá
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um histórico do “TEPLE – Teste de
Proficiência em Língua Estrangeira” oferecido pela Universidade Estadual de Maringá
(UEM). Para tanto, será feita uma análise dos modelos de provas elaborados em
diferentes períodos de sua realização. O TEPLE é viabilizado por meio de um projeto de
prestação de serviços e de extensão do Departamento de Letras Modernas da
universidade em questão. A ideia de proficiência leitora subjacente ao teste atual é a de
decodificação e compreensão da língua estrangeira por meio de tradução de excertos e
da busca de informações „localizadas‟ em textos com temáticas voltadas ao meio
acadêmico. Os docentes participantes elaboram, revisam, aplicam e corrigem as provas
de proficiência destinadas para a comunidade acadêmica. O Teste é aplicado desde 1993
e é um requisito obrigatório para os alunos de pós-graduação da UEM, bem como de
outras instituições brasileiras de ensino superior que aceitam a certificação oferecida
pelo referido teste.
Palavras-chave: Teste de proficiência. Pós-graduação. Leitura.
REFLEXÕES ACERCA DA AVALIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA ORAL DO
PROFESSOR DE INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
PARA CRIANÇAS NO CONTEXTO BRASILEIRO
Camila Sthéfanie Colombo
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
A oferta do ensino de inglês como língua estrangeira para crianças (ILEC) tem se
expandido no cenário brasileiro, sendo motivada, especialmente, por discursos de ordem
mercadológica (GIMENEZ, 2010). No entanto, é consenso entre os pesquisadores que a
referida oferta se configura em uma “colcha de retalhos” (ROCHA, 2006), devido à
27
falta de políticas educacionais de orientação de prática. Almejando contribuir com o
delineamento da área de ensino de ILEC, este trabalho objetiva refletir acerca dos
requisitos necessários para a formulação do construto de um teste de proficiência oral
voltado a professores. Para tanto, inicialmente, apresenta uma descrição de práticas de
ensino em cenários brasileiros com base, especialmente, nos dados empíricos
apresentados em Colombo (2014), em cujo trabalho se investigou o insumo oral
oferecido por meio da fala docente, tecendo, também, considerações acerca dos
materiais didáticos empregados nas aulas de uma escola de idiomas, de uma escola
regular pública e de uma escola regular particular. Na sequência, descreve o TKT: YL,
um teste de conhecimento teórico-pedagógico voltado ao profissional que atua com o
ensino de línguas para o público infantil. Com base nos dados de prática de ensino do
cenário brasileiro e dos conhecimentos avaliados pelo teste, uma discussão inicial é
apresentada, confrontando a realidade avaliada pelo teste e a realidade de ensino
investigada, percebendo-se a existência de incongruências entre ambas e promovendo
um questionamento acerca da relevância do ensino nos contextos objetos de estudo.
Promove-se, por fim, com base nos pressupostos das práticas de ensino do TKT: YL,
uma reflexão acerca dos requisitos necessários para a elaboração do construto de um
teste de proficiência oral para professores de ILEC, almejando-se o desenvolvimento de
um instrumento de avaliação que contemple as necessidades linguístico-comunicativapedagógicas dos profissionais em atuação, tratando, principalmente, dos seguintes
conceitos: nível de proficiência necessário para atuação e relevância da LM, da fala
facilitadora e da fala facilitada para a linguagem pedagógica.
Palavras-chave: Avaliação de proficiência oral. Inglês como língua estrangeira. Língua
estrangeira para crianças.
EVIDÊNCIAS PARA VALIDAÇÃO
DE UM TESTE DE CLASSIFICAÇÃO EM INGLÊS:
UM ESTUDO DE CASO EM CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA
Teresa Helena Buscato Martins
Faculdade de Tecnologia - Jundiaí-Itu
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Universidade Paulista
Esta comunicação tem por objetivo apresentar evidências que possam assegurar a
validação de um teste de classificação em Inglês, mediado por computador, aplicado em
uma Faculdade de Tecnologia Pública que está localizada a 60 km da capital de São
Paulo. O propósito da pesquisa foi o de avaliar a pertinência e qualidade dos itens que
compõem cada nível do teste de classificação aplicado a alunos ingressantes dos cursos
de Eventos, Logística (manhã e noite) e de Gestão da Tecnologia da Informação, em um
intervalo de quatro semestres letivos, em comparação com o que está previsto como
conteúdo programático de língua inglesa apresentado nas ementas das disciplinas Inglês
I a VI. A pesquisa foi tratada como um estudo de caso, de caráter descritivo e
exploratório, considerando para análise dados quantitativos e qualitativos, com o
objetivo de verificar e discutir as validades de construto e de conteúdo nos testes de
classificação, consideradas como aspectos substanciais para o processo de sua
validação. A avaliação dos itens do teste permitiram diagnosticar aspectos das práticas
avaliativas da instituição e sua relevância para o processo ensino/aprendizagem de
28
língua estrangeira, além de contribuir para futuras pesquisas sobre elaboração,
processamento e validação de instrumentos avaliativos em língua estrangeira.
Palavras-chave: Avaliação. Teste de classificação. Validade de construto. Validade de
conteúdo. Validação de testes.
PROCESSOS FORMATIVOS NA PREPARAÇÃO
PARA O CELPE-BRAS: O EFEITO DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO EM
UMA TURMA DE INICIANTES
Myriam Crestian Cunha
Fernanda Souza e Silva
Universidade Federal do Pará
A experiência relatada neste trabalho constituiu um estudo preliminar de uma pesquisa
mais ampla sobre a implementação de procedimentos de avaliação formativa e de (auto)
regulação da aprendizagem em aulas de Português Língua Estrangeira (PLE). Como
mostram autores que se dedicam à avaliação formativa, como Allal (1993), Nunziati
(1991) ou Perrenoud (1998), e estudiosos da autorregulação da aprendizagem, como
Laveault (2000), Mottier-Lopez (2012) e Hadji (2012), tais procedimentos, que levam
os aprendentes a desenvolverem suas capacidades reflexivas, são considerados como
objetos de aprendizagem indissociáveis dos objetos propriamente linguísticos e
linguageiros. De fato, permitem que o aprendente passe a gerenciar de forma mais
autônoma e motivada seu próprio processo de aprendizagem. De um modo geral, nesse
estudo, buscou-se averiguar de que maneira a avaliação formativa, enquanto facilitadora
dos processos de autorregulação da aprendizagem, podia contribuir para o
desenvolvimento das competências de produção oral de alunos iniciantes completos em
PLE. Mais especificamente, visava-se investigar a apropriação dos critérios de avaliação
da competência de produção oral do exame Celpe-Bras por alunos de uma turma
PECG/2015 da UFPA, junta a qual foi realizada uma pesquisa-ação. Serão
apresentados, nesta comunicação, os procedimentos metodológicos utilizados na
oportunidade e será analisado o impacto que os critérios de avaliação da proficiência,
associados a atividades de cunho formativo, tiveram na aprendizagem dos alunos.
Descrevem-se os resultados obtidos em termos sociais e didático-pedagógicos, no
próprio ambiente de ensino, referindo-se à noção de efeitos retroativos das avaliações
tal como analisada por Scaramucci (2004), dentre outros.
Palavras-chave: Efeito retroativo. Celpe-Bras. Avaliação formativa.
REPRESENTAÇÕES SOBRE O PROCESSO AVALIATIVO
DE DOCENTES DE LE EGRESSOS DO CURSO DE LETRAS
DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL
Adriana Celia Alves
Universidade Federal de Uberlândia
Esta pesquisa é qualitativa interpretativista, um estudo de caso, que visa a verificar e
interpretar as representações sobre o processo avaliativo de seis discentes egressos do
29
curso de Letras de uma universidade federal, professores em serviço de Língua
Estrangeira – Língua Inglesa e Espanhola – em escolas públicas e particulares, no
intuito de discutir os desdobramentos dessas representações na formação e na prática
docente desses egressos. Analisamos as representações pelo viés do interacionismo
sociodiscursivo (BRONCKART, 1997), que as compreende representações como um
processo de significações, construídas socialmente em um determinado contexto e
tempo, em confronto com as normas do mundo objetivo, social e subjetivo. Depois de
feita uma entrevista semiestruturada, consideramos as representações mais recorrentes.
Percebemos que a maioria dos professores demonstra ter a representação da avaliação
como produto. Entretanto, associam a avaliação, ou atribuem aos alunos, ou ao sistema
educacional, a necessidade de uma avaliação escrita e uma nota. Pudemos observar que
a avaliação também é entendida, em alguns momentos, como processo, isto é, visa
acompanhar o desenvolvimento do aluno ao longo do ensino-aprendizagem. Em outros
momentos, percebemos em alguns enunciados a visão de avaliação como instrumento
punitivo. A avaliação também foi representada como auxílio da aprendizagem, tanto
para a aprendizagem do aluno como para o trabalho do professor. Ademais, a avaliação
desencadeou reflexões referentes ao trabalho do professor e ao desempenho do aluno,
todavia, em poucos momentos, a avaliação foi formativa. As avaliações, de maneira
geral, são centradas em provas escritas; e são centradas no professor. Percebemos,
também, que os professores parecem demonstrar conhecer a avaliação formativa,
contudo, fatores como o contexto, a ausência de políticas linguísticas, déficit na
formação, falta de contato com a teoria, ou mesmo o conformismo com a situação, em
alguns momentos, tornam a avaliação desvinculada do processo de ensinoaprendizagem.
Palavras-chave: Avaliação. Representação. Ensino-aprendizagem.
EL PORTUÑOL DESDE LA PERSPECTIVA DE LA INTERLENGUA
EN LA CARRERA DE FORMACIÓN DOCENTE
DE ESPAÑOL COMO LENGUA EXTRANJERA (ELE)
Jane da Silva Amorim
Universidad Antonio de Nebrija
El presente trabajo es parte de un proyecto mayor en desarrollo que aproxima, desde un
amplio estudio, el tema del portuñol/portunhol desde la perspectiva de la interlengua de
las transferencias lingüísticas de la Lengua Materna - LM – portugués Lengua Brasileña
(PLB) de aprendices brasileños de español en contexto formal de aprendizaje. En él, se
ha descrito, discutido y analizado los elementos fonéticos-fonologicos y morfo lexicales que están involucrados en esta situación de contacto entre lenguas próximas.
Para ello, fueron usados como soporte para la investigación algunas consideraciones
teóricas de investigadores del fenómeno en proceso formal de aprendizaje. Para este
estudio en particular, fueron cuidadosamente controladas las características sociales y
lingüísticas de los sujetos de la investigación. El trabajo en desarrollo en este proyecto
(Tesis) fue inspirado, en la voluntad de obtener un estudio exploratorio, sobre un tema
poco investigado por los estudiosos de la Lingüística Aplicada en Brasil, La
investigación fue orientada bajo los aportes de la lingüística aplicada como ciencia
interdisciplinar en la que se puede encuadrar también, aportes de la sociolingüística y
psicolingüística. Se ha hecho un abordaje teórico, lingüístico y pedagógico, en el
30
processo intralingüístico, verificando aspectos: fonéticos, morfológicos, lexicales y
etiológico que generaron el portuñol desde la perspectiva de la interlengua. Luego se ha
verificado en las producciones idiosincráticas de los alumnos lo que estaba generando
los errores y el porqué de mantenerse. Se trata de un estúdio descriptivo de naturaleza
cualitativa combinando criterios cuantitativos Creemos que este estudio lingüístico y de
interacción del portuñol desde la perspectiva de la interlengua, en ambiente formal de
aprendizaje, puede ampliar el conocimiento sobre aspectos del sistema de la lengua
española y brasileña que puede servir de base para la elaboración de materiales
lingüísticos orientados al aprendizaje de español LE a luso hablantes brasileños en
cursos de formación docente. Del mismo modo, con los resultados se ha logrado cubrir
carencias en lo que se refiere a crear o ampliar banco de datos espontáneos y
experimentales, con relación al problema de desarrollo en el aprendizaje de ELE en
ámbitos formales de aprendizaje del Español LE.
Palabras clave: Lingüística Aplicada. Psicolingüística. Sociolingüística cognitiva.
Interlengua. Portunhol.
AVALIAÇÃO DE PROFICIÊNCIA ORAL NO CELPE-BRAS:
ATUAÇÃO E FORMAÇÃO DE ENTREVISTADORES
Eleonora Bambozzi Bottura
Universidade Federal de São Carlos
O presente trabalho investiga as atuações de entrevistadores em uma edição do exame
Celpe-Bras de um Posto Aplicador no Brasil no ano de 2012, com enfoque em
conjuntos de estratégias e apoios utilizados pelos entrevistadores para o
encaminhamento das interações face a face. Por se tratar de um Teste de Desempenho,
entende-se que nessas interações há o impacto de certas variáveis que podem
comprometer a confiabilidade e a validade do exame. Sabe-se que um teste de
proficiência oral bem sucedido não depende exclusivamente da figura do entrevistador
nas interações, contudo sua atuação é significativa e influencia diretamente o
desempenho de seus examinados, sobremaneira pela variabilidade associada ao
entrevistador, pelo efeito que ele possui nos resultados do exame e pela relação social
que estabelece na interação com seus interlocutores. É pertinente e necessário, portanto,
investigar quais são esses efeitos e de que modo eles podem ser minimizados para que
não configurem ameaças à validade e confiabilidade do exame Celpe-Bras. Tendo isso
em vista, os dados da pesquisa referentes ao exame do Posto Aplicador em estudo foram
analisados com base na literatura correlata, mobilizando concepções e aspectos
elementares para área de avaliação de proficiência oral. De modo geral, foi possível
verificar nos cinco entrevistadores investigados oito estratégias na interação com os EP
e o Roteiro de Perguntas, por meio das quais a assimetria própria da interação entre
entrevistador-examinando foi atenuada, por meio de desdobramentos, comentários e
tipos de apoio bastante colaborativos, de modo a proporcionar boas oportunidades de
produção de amostras de desempenho significativas. Dentre as estratégias, algumas
foram mais recorrentes e caracterizaram-se como boas estratégias para conduzir a
interação de modo qualitativamente relevante ao examinando; outras contribuíram
pouco para a interação, tais como a não realização da Etapa 2 presente no Roteiro de
Perguntas e que deve ser cumprida conforme consta no Manual do Examinador
disponível para cada aplicação do exame. Conclui-se, portanto, que diferentes
31
estratégias e apoios desempenhados pelos entrevistadores podem interferir de maneira
significativa na confiabilidade e validade do exame, já que promovem diferentes
condições de avaliação as quais refletem e interferem, positiva ou negativamente,
diretamente no desempenho dos examinandos. O estudo também confirma a relevância
de investir na formação de novos e antigos entrevistadores, como caminho mais
promissor para minimizar riscos de ameaça à validade do exame Celpe-Bras.
Palavras-chave: Celpe-Bras. Avaliação de proficiência oral. Entrevistador. Estratégias.
Confiabilidade e validade.
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS E RESULTADOS DO PROCESSO
DE VALIDAÇÃO DO DESCRITOR “VOCABULÁRIO” DE UM TESTE
DE PROFICIÊNCIA ORAL PARA PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA
Melissa Alves Baffi Bonvino
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
É sabido que instituições europeias e americanas têm procurado desenvolver
instrumentos de avaliação de acordo com aspectos que perpassam a área de avaliação,
como as questões de justiça e confiabilidade de um teste, oferecendo resultados
consistentes e precisos. Preocupam-se ainda com a qualidade das avaliações,
representatividade, a praticidade e a autenticidade. Pesquisas importantes na área de
avaliação de línguas apontam para a necessidade de que as especificações estejam
claramente declaradas antes de se começar a elaborar o teste, ou seja, deixam bem claro
quais são os objetivos do teste, além de se observar a relação entre os construtos, as
tarefas e as escalas para que seja possível propor critérios válidos de avaliação e, para o
caso deste estudo, da avaliação da produção de vocabulário nos descritores de um teste.
A partir desses fundamentos, esta comunicação tem como finalidade apresentar os
resultados de uma pesquisa realizada no Brasil, no âmbito da avaliação de proficiência
oral, com foco específico no vocabulário, tendo como instrumento um exame em fase
de validação destinado a professores de inglês como língua estrangeira. Considerandose a análise do vocabulário produzido oralmente e o referencial teórico utilizado,
elaborou-se a metodologia desta investigação para a obtenção de resultados qualitativos
e quantitativos. Assim, objetivou-se constituir o embasamento para a definição de
parâmetros que possibilitassem determinar o papel do descritor de vocabulário para o
teste analisado, visando à validação desse descritor na escala do exame em questão.
Com a elaboração de uma proposta de critérios de avaliação de vocabulário claramente
especificados na escala do teste oral, esta pesquisa pretende contribuir para as questões
que envolvem as implicações sobre validação de critérios de avaliação de vocabulário a
serem utilizados em testes orais.
Palavras-chave: Avaliação de proficiência oral. Validação. Vocabulário.
32
DAS QUESTÕES À SALA DE AULA, A LÍNGUA INGLESA NO ENEM:
VALIDADE, POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E ENSINO
Juliana Blanco
Universidade Federal de São Carlos
Nessa comunicação visamos apresentar uma pesquisa de doutorado, em fase inicial,
com a apresentação e discussão sobre a teoria e os objetivos iniciais. Nosso enfoque
encontra-se na prova língua inglesa do ENEM, em sua nova versão, e suas
consequências. Em 2010 o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi reformulado
e dentre as alterações está a inserção da prova de língua inglesa. Tal reformulação visa
sua utilização como processo seletivo, ou parte dele, de instituições de ensino superior.
Ao assumir o papel de exame de entrada o ENEM torna-se de alta relevância, visto que
as decisões tomadas a partir de seus resultados têm consequências diretas para os
examinandos. Sendo assim, as chances do mesmo ter consequências no ensino e na
sociedade são grandes e torna-se importante investigá-las, com enfoque na língua
inglesa. Além disso, um dos objetivos do exame é de reformulação do currículo, de
acordo com o MEC, que reconhece, assim, o potencial do exame de levar a mudanças.
Para isso, nossa pesquisa terá o ENEM como tema central e visamos, a partir dele,
discutir políticas linguísticas implícitas e explícitas, e documentos que embasam o
ensino de línguas no contexto nacional, relacionando isso à avaliação em larga escala e
aspectos sociais de sua validade. Dentre os autores nos quais nos basearemos está
Shohamy (2006), ao afirmar que exames podem ser um mecanismo de política
linguística, a qual tem como central as práticas sociais e as representações (crenças),
aspectos que também estão diretamente relacionados à avaliação, considerando o poder
que a mesma exerce no processo de ensino/aprendizagem e na sociedade em geral.
Palavras-chave: Validade. Impacto. Políticas linguísticas. ENEM.
TAI-PI: TESTE ADAPTATIVO INFORMATIZADO
PARA A PROFICIÊNCIA DE LEITURA EM INGLÊS ACADÊMICO
EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Andrea Monzón
Juliane Moura
Cecília Brasil
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
Mariana Cúri
Universidade de São Paulo
Em vários programas de pós-graduação brasileiros, os alunos devem comprovar sua
proficiência em leitura de Língua Inglesa através de exames das próprias instituições ou
de provas já renomadas. Há mais de 10 anos (ALUÍSIO et al., 2003; MONZÓN, 2008),
em um programa de mestrado nas áreas de Ciência da Computação, Matemática e
Estatística de uma universidade paulista, realiza-se um exame de proficiência em inglês
acadêmico (EPI), que visa a mensurar a capacidade de leitura e compreensão de
convencionalidades gramaticais, discursivas e estruturais concernentes ao gênero textual
artigo científico (SWALES, 1990). A presente pesquisa insere-se em um projeto maior
33
(CÚRI, 2013), que visa aprimorar tal EPI, tornando-o um TAI-PI - Teste Adaptativo
Informatizado para a Proficiência em Inglês Acadêmico - (LIU et al., 2013), bem como
introduzir novos itens em seu banco de questões. Para tanto, configurou-se uma equipe
multidisciplinar de pesquisadores das áreas de Letras, Estatística e Computação. Neste
trabalho, descreve-se especificamente o andamento das pesquisas da equipe responsável
pela elaboração, análise, revisão e calibração dos itens. O banco de questões já
existente, composto por 250 itens, foi analisado e revisado baseando-se em análises
estatísticas resultantes das aplicações dos mesmos nos últimos anos, verificando-se seu
poder de descriminação e seu nível de dificuldade (SILVA; CÚRI, 2014). Essas tarefas
subsidiaram a elaboração, revisão e calibração de 129 itens novos, baseando-se no uso
de corpora (McNERY, WILSON, 1997), na Medida de Probabilidade Admissível
(SHUFORD; BROWN, 1974), na Teoria de Resposta ao Item (KLEIN; FONTANINE,
1995) e Teoria de Competências e Habilidades (PRIMI et al., 2001). Os resultados
demonstraram que a avaliação da proficiência de leitura em inglês acadêmico baseada
não somente em erros e acertos, mas também na discriminação do conhecimento parcial
dos avaliandos, tendo-se, especialmente, o aporte de modelos estatísticos e
computacionais, configura-se como uma proposta empiricamente relevante.
Palavras-chave: Exame de proficiência em inglês. Teste adaptativo informatizado.
Elaboração de itens.
A PROPOSAL FOR A READING COMPREHENSION PROFICIENCY EXAM
IN ENGLISH TO BE USED AT A UNIVERSITY IN BRAZIL
Gisele Werneck Divardin
Denise Cristina Kluge
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
The aim of this research was to construct and validate a highly reliable English
proficiency exam to be used with students enrolled in both graduate programs –
Graduate Program in Production Engineering (PPGEP) e PPGECT (Graduate Program
in Science Teaching and Technology) – at the Federal University of Technology of the
State of Paraná – Ponta Grossa Campus. Firstly, in order to find out which ability was
most needed for the programs, a needs analysis was conducted with a questionnaire
which was answered by students, teachers and coordinators from both Graduate
Programs. The analysis revealed that reading to understand details was the most
important and necessary ability for the students, teachers and coordinators. Secondly, a
linguistic analysis, which involved the translation of the introduction to a scientific
article from English to Portuguese, was carried out in order to determine the linguistic
difficulties that students face when they have to read academic articles in English. The
findings present the types of syntactic and morphological errors and the frequency of
occurrence of each error type. Thirdly, the specification of the exam was drawn up and
its content based on the linguistic difficulties revealed. The test content was validated
by 4 specialists and a pilot version was produced. After the necessary changes were
made, a final version of the exam was prepared. The test was used with50 students,
from both graduate programs, who also took the reading section of the international
proficiency exam First Certificate of English (FCE) for parallel validation purposes.
The correlation coefficient between the two tests confirmed the existence of a linguistic
34
threshold without which ESL/EFL students cannot have access to their L1reading
strategies.
Keywords: Test development. Reading in LE. Linguistic threshold hypothesis.
CERTIFICAÇÃO EM IDIOMAS NO EXÉRCITO BRASILEIRO
Simone Correia Tostes
Centro de Estudos de Pessoal
Este relato pretende apresentar a experiência do Exército Brasileiro com a certificação
de proficiência linguística do seu efetivo profissional. Há mais de dez anos após sua
implementação, os exames de proficiência no âmbito da Força Terrestre já sofreram
modificações a fim de se aproximar das práticas dos grandes centros internacionais de
certificação. Houve a migração de um processo avaliativo estrutural, com ênfase na
produção de enunciados gramaticalmente corretos para uma abordagem funcional, que
valoriza as habilidades comunicativas dentro de situações contextualizadas. Assim, em
vez de quantificar o número de acertos transformando-o em notas em uma escala, os
exames de proficiência dentro da Força passaram a tentar localizar em que ponto da
escala de proficiência se enquadra o candidato. Para tanto, adaptou-se a escala da
OTAN (STANAG 6001) para os descritores linguísticos que delineiam o perfil
linguístico do profissional em cada um dos níveis avaliados no exame. A experiência foi
inovadora, e nota-se um processo avaliativo mais próximo de prever o desempenho
linguístico de militares em diversas situações de emprego militar em missões de paz da
ONU. Fica evidente que a função de avaliador demanda um profissional
especificamente capacitado a fim de prover uma situação que imite um contexto real de
comunicação e que enseje a utilização combinada de diversos recursos comunicativos
por parte do candidato.
Palavras-chave: Certificação. Exército. Idiomas.
AM COM DM NA AVALIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA ORAL
Volnei Magalhães Carvalho
Universidade Federal da Bahia
O presente trabalho procura desconstruir a crença disseminada em muitos cursos livres
de LE de que constantes exposições alongadas de discurso oral por parte do aprendiz,
como em debates, p. ex., facilitariam o desenvolvimento de proficiência e forneceriam
ao professor elementos definitivos para a classificação do aluno. Propomos em lugar
desse procedimento a utilização de discurso mínimo (DM) para que o aluno e o
professor/avaliador possam atingir o aproveitamento máximo (AM) de estruturas e
ideias e,assim, a avaliação seja mais próxima da realidade.
Palavras-chave: Discurso mínimo. Aproveitamento máximo. Proficiência oral.
35
CRITÉRIOS AVALIATIVOS PARA ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
ATRAVÉS DE PROJETOS
Gladys de Sousa
Universidade Federal de Minas Gerais
As atuais tendências da linguística apontam a necessidade de considerar a linguagem
inserida nos amplos e complexos processos de sua construção. Nesse sentido, na relação
ensino-aprendizagem deve-se enfatizar o processo, em detrimento do resultado final.
Este estudo originou-se a partir de demanda prática para estabelecer parâmetros
avaliativos para o trabalho final de disciplina de inglês técnico para o curso de turismo
que pudessem estar em consonância com a proposta da Ecolinguística. Como a
produção final exigiu criatividade artística, além do uso da língua inglesa, era necessário
criar e adaptar instrumentos de avaliação interdisciplinares. Desse modo, o objetivo foi
descrever a metodologia construída e apresentar o quadro final de critérios avaliativos
usados pela professora. O trabalho se enquadra dentro da perspectiva da pesquisa-ação
no qual o professor, após identificar um problema ou desafio, faz um planejamento,
implementa a proposta e depois a avalia. Foi feito o levantamento das necessidades dos
alunos e posteriormente escolhida uma proposta didático-pedagógica baseada em
projetos e tarefas. No início do curso os alunos assistiram ao filme “Up” (Pixel) e, a
partir dele, criaram e construíram o projeto final intitulado “My Adventure Book” (Meu
livro de aventuras). O quadro final de critérios avaliativos empregou critérios tais como:
organização do conteúdo, apresentação estética, uso correto da língua, layout e
referências. Com o evidente engajamento dos alunos na atividade, a proposta do quadro
final de critérios avaliativos foi bem recebida por eles, no sentido de valorizar o trabalho
produzido, além de facilitar o trabalho de avaliação da professora, pois permitiu dar
similitude aos elementos presentes nos projetos finais, aparentemente tão díspares. Ao
adaptar o sistema avaliativo à tarefa multifacetada dos discentes de conciliar
conhecimentos teóricos e pragmáticos de língua inglesa com habilidades criativas, foi
possível ampliar e adaptar o escopo avaliativo frente ao desafio apresentado.
Palavras-chave: Parâmetros. Avaliação. Projetos.
LA UTILIDAD DEL ANÁLISIS MULTI-FACET RASCH MEASUREMENT
PARA DETERMINAR EL GRADO DE SEVERIDAD DE LOS EVALUADORES
DE PRUEBAS ESCRITAS EN EXÁMENES
DE LENGUAS EXTRANJERAS
Arturo Mendoza Ramos
Universidad Nacional Autónoma de México
La inclusión de pruebas de respuesta construida en los exámenes que evalúan
habilidades lingüísticas ha evidenciado que la forma en que evalúan los correctores no
siempre es consistente. Por esta razón, la confiabilidad y la validez de estas pruebas se
ha puesto en tela de juicio. Sin embargo, el uso de Multi-Facet Rasch Measurement
(MFRM) permite llevar a cabo análisis politómicos de los ítems y también establecer las
posibles fuentes de variabilidad intrínsecas al proceso de corrección de las pruebas
escritas: el nivel del sustentante, la severidad del evaluador, la dificultad de la tarea y las
categorías de la rúbrica. El estudio se llevó a cabo con los textos escritos provenientes
36
del pilotaje de un examen de español com fines académicos. Cada uno de los textos fue
corregido por dos evaluadores y em caso de discrepancia mayor a un diez por ciento,
intervino un tercer evaluador. Cinco evaluadores experimentados y nativo hablantes del
español participaron en el proceso de corrección. El análisis de MFRM demuestra que
las simples correlaciones entre evaluadores no son suficientes ni apropiadas para lograr
la confiabilidad entre los evaluadores. Finalmente, el análisis calcula el puntaje que
sería justo para el evaluado dependiendo de la dificultad de la tarea y de la severidad del
evaluador. Em conclusión, el análisis de MFRM para pruebas escritas en exámenes de
lenguas resulta una útil herramienta para ver de qué manera interfieren las distintas
facetas (evaluador, tarea, rúbrica) en el puntaje que se le otorga a un candidato.
Palabras clave: Multi-Facet Rasch Measurement. Validez de pruebas escritas. Severidad
de los evaluadores.
EXAMES DE PROFICIÊNCIA NA UNIVERSIDADE:
A PORTA DE ENTRADA PARA OS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Lilian Cristina Corrêa
Luciana Duenha Dimitrov
Milton Pignatari Filho
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Para muitos ingressantes no universo acadêmico da pós-graduação, o desejo em
aprimorar-se parece nem sempre terminar na escolha da área de especificidade de seu
curso. Alguns dos maiores obstáculos que se apresentam a esses candidatos aos cursos
acadêmicos desse novo universo se mostra, muitas vezes, através dos exames
curriculares, de sua experiência profissional, de um possível projeto e, talvez, o maior
dos obstáculos a serem transpostos, sejam os exames de proficiência em língua
estrangeira. Em algumas universidades, os exames têm caráter excludente, ou seja, uma
vez não aprovado, o candidato não tem sua entrada garantida no programa ou, se já
estiver matriculado, não tem como dar continuidade aos seus estudos. Em outras
universidades, impõem determinados idiomas como essenciais à formação de seus
candidatos. Dentro desse panorama, o presente trabalho pretende discutir a elaboração, a
aplicação e a média de resultados de exames de proficiência em diferentes programas de
Pós-Graduação (stricto sensu) de uma universidade privada do Estado de São Paulo.
Palavras-chave: Pós-graduação. Exame de proficiência. Língua estrangeira.
A NATUREZA DA COMPETÊNCIA GRAMATICAL NAS FAIXAS
DE UM EXAME DE PROFICIÊNCIA REFERENCIADO A CRITÉRIO
Vanessa Borges de Almeida
Universidade de Brasília
Exames de proficiência referenciados a critério, como é o caso do Exame de
Proficiência para Professores de Língua Estrangeira (EPPLE), não atribuem o nível de
proficiência pelo escore que o candidato obtém ao acertar e errar itens diferentes – que
podem ter o mesmo valor ou valores diferentes, dependendo da teoria estatística que
37
embasa o exame. Pelo contrário, aqueles baseados em critérios comparam a produção
dos candidatos aos descritores de proficiência elencados em diferentes faixas. Nesse
sentido, as escalas de proficiência, juntamente com as sessões de treinamento de
examinadores, são o mais importante instrumento para os avaliadores atribuírem notas.
Muitas escalas de proficiência são construídas de forma intuitiva, e não a partir de
dados, fazendo com que todos os elementos da proficiência sejam descritos como um
pouco mais adequados a cada faixa de proficiência, se comparados aos da faixa
adjacente inferior. Este trabalho discute os resultados de uma investigação quantitativa
sobre a competência gramatical considerando duas de suas dimensões: precisão e
complexidade. Por competência gramatical referimo-nos à subcompetência
morfossintática descrita no modelo de Bachman (1990). Dezoito provas orais e escritas
do EPPLE, retiradas do banco de dados do exame, são analisadas a partir de quatro
indicadores de proficiência. Para a precisão, utilizamos os índices (a) unidades sem
desvio e (b) desvios por unidade; para a complexidade, (c) orações por unidade e (d)
palavras por unidade. Todas as provas analisadas são de candidatos alunos formandos
de cursos de Licenciatura em Letras (Inglês). Os resultados permitem engendrar uma
discussão a respeito do desenvolvimento do elemento gramatical na proficiência dos
candidatos, e têm implicações para a construção de escalas de proficiência. A discussão
e os resultados podem interessar a pesquisadores em SLA e/ou em Avaliação de
Proficiência.
Palavras-chave: Competência gramatical. Precisão. Complexidade.
AS FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO E AS ETAPAS DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA:
PERCORRENDO CAMINHOS
NO DESENVOLVIMENTO DA PROFICIÊNCIA
Vera Lucia Lopes Cristovão
Marileuza Miquelante
Claudia Lopes Pontara
Rosinalva Ordonia da Silva
Universidade Estadual de Londrina
O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados da análise da implementação de
sequências didáticas (SD) em três contextos de ensino de Língua Estrangeira (LEM):
Educação Básica, Centro de Línguas e Ensino Superior, lançando um olhar para as
etapas da sequência didática (SD) em relação às funções da avaliação: diagnóstica,
formativa e somativa. Em relação à geração de dados, tomamos como base atividades
avaliativas de diferentes momentos da SD. Para este fim, pautamos nosso trabalho nos
pressupostos teórico-metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD)
(BRONCKART, 1997/2007), do ensino de gêneros e capacidades de linguagem
(SCHNEUWLY E DOLZ, 2004; MACHADO, 2004; MACHADO e CRISTOVÃO,
2006; CRISTOVÃO, 2009; CRISTOVÃO E STUTZ, 2011)da Sequência Didática
(SCHNEUWLY, DOLZ E NOVERRAZ, 2004), da avaliação atendendo às suas
diferentes funções (SOUZA, 2012; GONÇALVES, 2011; GONÇALVES E BARROS,
2010; FURTOSO, 2008, 2012; SCARAMUCCI, 1998/1999, 2006). Os resultados
revelam que o procedimento SD possibilita ao professor colocar em prática as diferentes
38
funções da avaliação, o que permite acompanhar o desenvolvimento da proficiência dos
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem de LEM.
Palavras-chave: Avaliação. Sequência didática. Ensino e aprendizagem de LEM.
ELABORAÇÃO DE UM TESTE COM PROPOSTAS ESPECÍFICAS PARA
(FUTUROS) PROFESSORES DE ITALIANO
Fernanda Silva Veloso
Universidade Federal do Paraná
Embora já existam, no contexto italiano, vários exames que têm como objetivo certificar
a competência profissional ou pedagógico-didática de professores de italiano, ainda não
foi elaborado um teste de proficiência linguística voltado para professores de italiano
como língua estrangeira. Uma busca mais refinada, no entanto, nos mostra que existem
exames elaborados fora do contexto italiano que já avaliam a proficiência linguística em
língua estrangeira com base em situações de uso da fala do professor e em tipos de
tarefa que façam parte da vida profissional do candidato. Diante do exposto, este
trabalho busca subsídios para a elaboração de um teste com propostas específicas de
habilidades orais integradas que vise a atestar a proficiência na compreensão oral e na
produção oral de professores de língua italiana no contexto brasileiro. Adotamos a
classificação “teste com propostas específicas", elaborada por Douglas (2000), dado que
é baseado em uma atenta análise das necessidades dos usuários e que a linguagem
utilizada possui características específicas, típicas de profissionais que trabalham em
uma determinada área devem conhecer, como a metalinguagem, sempre utilizada pelo
professor de línguas. O referido instrumento será utilizado como uma avaliação que se
propõe a assegurar que os professores de língua italiana como língua estrangeira, nos
mais variados contextos de ensino, tenham níveis de proficiência nas habilidades orais
que lhes permitam desempenhar sua função de forma adequada em sala de aula.
Palavras-chave: Testes de proficiência. Formação de professores. Língua italiana.
PRÁTICAS AVALIATIVAS EM CURSOS DE LETRAS:
UM ESTUDO DE CASO
Gabriel Bonifácio Sousa e Silva
Gladys Quevedo-Camargo
Universidade de Brasília
Considerando que avaliar é parte do processo de ensino-aprendizagem, que práticas
avaliativas podem impulsionar o desenvolvimento profissional (de professores de
línguas) pelo fato de serem um artefato cultural que pode ser transformado em
instrumento de intervenção didática, e que a linguagem desempenha um papel crucial
no desenvolvimento humano, em atividades coletivas, formações sociais e mediações
formativas humanas (BAKTHIN, 2006; BRONCKART, 1999), esta apresentação se
concentra nos resultados de um projeto PIBIC desenvolvido ao longo de um ano (agosto
2013 - julho 2014) cujo objetivo foi investigar as formas de avaliação de ensino39
aprendizagem de disciplinas ligadas à língua inglesa no contexto de ensino superior,
cursada basicamente por alunos de dois cursos voltados para a língua inglesa:
bacharelado em tradução e licenciatura. a investigação concentrou-se: (1) no
conhecimento e compreensão do desenvolvimento histórico da avaliação da língua
inglesa no Brasil e no mundo; (2) a natureza das práticas de avaliação empregadas nas
disciplinas; e (3) no impacto de tais práticas na aprendizagem e no desenvolvimento dos
alunos. Para alcançar o objetivo proposto, a metodologia incluiu revisão da literatura
pertinente, análise documental, questionários e entrevistas com professores e alunos.
Devido à importância da avaliação no cenário acadêmico, este projeto pretendeu
contribuir no sentido de apontar caminhos para aprimorar as práticas de avaliação nos
cursos universitários e fazer com que elas, por meio da lingua(gem), sejam de fato
indissociáveis do processo de ensino- aprendizagem e constituam-se em instrumentos
eficazes tanto para o desenvolvimento profissional dos alunos quanto dos professores.
Palavras-chave: Língua inglesa. Avaliação. Ensino superior.
ORGANIZACIÓN DE LA EVALUACIÓN CRÍTICA-COLABORATIVA EN LA
FORMACIÓN INICIAL DEL EDUCADOR DE E/LE
EN EL CONTEXTO FRONTERIZO BRASIL-VENEZUELA
Leonor Nora Fabián Bráñez
Universidade Federal de Roraima
Iris Anita Fabián Ramírez
Universidade Estadual de Roraima
El objetivo del presente estudio es comprender de modo crítico-reflexivo, la
organización de la evaluación, en la formación inicial del educador de Español como
Lengua Extranjera en el contexto fronterizo multicultural Brasil-Venezuela. El interés
em esa cuestión se inició con las experiencias como docentes en Cursos de Licenciatura
em Letras, Habilitación Portugués-Español, que nos permitieron identificar temas
complejos de formación profesional. Esa complejidad está relacionada a la comprensión
del currículo del Curso, Proyecto Político Pedagógico (PPP, 2009), en forma específica
a las disciplinas de Práctica de la Enseñanza/Estágio Curricular Supervisado (PE/ECS).
La PE/ECS es un componente curricular, pilar articulador, teórico- práctico de la
profesión, en la Praxis Pre-servicio y cuya relevancia es fundamental en la formación
lingüística y pedagógica del aprendiz de profesor de Lengua Española. La organización
de los criterios de evaluación se fundamentó en el proceso enseñanza-aprendizaje,
dentro del marco epistemológico de la teoría Socio-histórico-cultural de Vygotsky
(1993), Bakhtin/Volochinov (1993), en la perspectiva de evaluar para conocer, formar,
motivar, orientar las actividades educativas, de interacción social, dialógicas y
dialécticas mediadas por el lenguaje, para el desarrollo de la competencia comunicativa,
en el contexto escolar, en la relación profesor-alumno, alumno-alumno. La metodologia
desarrollada, consideró la organización de la evaluación de las Disciplinas PE/ECS de
Observación 6° semestre, PE/ECS durante el 7° y 8°semestres, con base al enfoque
critico colaborativo conforme Magalhães y Fidalgo (2010), Alvarez Mendez (2002),
Freire (2003). Los resultados preliminares indican que, la evaluación
40
críticocolaborativa, en la PE/ECS de E/LE, es un indicador de progreso, en la formación
inicial lingüístico-pedagógico pre-servicio.
Palabras clave: Evaluación critica-colaborativa. Práctica de la enseñanza/Estágio
Curricular Supervisado de E/LE. Lingüística Aplicada.
CONTRIBUIÇÕES DE UM CORPUS PARA A ELABORAÇÃO
DE TAREFAS E ITENS DO EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA
INGLESA PARA CONTROLADORES DE TRÁFEGO AÉREO
Patrícia Tosqui Lucks
Paula Ribeiro e Souza
Instituto de Controle do Espaço Aéreo
Com o objetivo de minimizar a ocorrência de acidentes causados ou agravados por
problemas de comunicação entre pilotos e controladores de tráfego aéreo (Cushing,
1994), a Organização Internacional de Aviação Civil elaborou um documento intitulado
“Requisitos para Implementação de Proficiência Linguística”, (OACI, 2004), no qual se
encontram recomendações para treinamento e avaliação da proficiência em língua
inglesa desses profissionais. Para atender a essas recomendações, o ICEA (Instituto de
Controle do Espaço Aéreo), organização do Comando da Aeronáutica, é responsável
pela elaboração e aplicação de um exame de proficiência em língua inglesa dos
controladores de tráfego aéreo brasileiros para o exercício de sua profissão. A fim de
conhecer e descrever as características dessa linguagem tão específica, chamada de
'inglês aeronáutico', está sendo desenvolvido no ICEA um corpus eletrônico oral, a
partir da transcrição de gravações das comunicações rotineiras e não rotineiras, em
língua inglesa, entre pilotos e controladores de tráfego aéreo do Sistema de Controle do
Espaço Aéreo Brasileiro. A Linguística de Corpus têm, nas últimas décadas, trazido
contribuições para a Linguística Aplicada e, especialmente, para o ensino e avaliação de
línguas estrangeiras (Bieswanger, 2014; Römer, 2014). Neste trabalho, serão
apresentados alguns critérios usados na compilação desse corpus, levando em conta as
necessidades comunicativas desses profissionais. Em seguida, serão discutidas algumas
possíveis aplicações do corpus para a elaboração e validação das tarefas que compõem o
exame, bem como dos itens que compõem cada tarefa do exame. O corpus se mostra
uma ferramenta de consulta rápida, prática e confiável, que oferece muitas contribuições
para o desenvolvimento de um exame de proficiência para fins específicos.
Palavras-chave: Corpus de inglês aeronáutico. Avaliação para fins específicos. Controle
de tráfego aéreo.
ELABORAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS DE PLE QUE VISEM
À PREPARAÇÃO DE ALUNOS PEC-G PARA O EXAME CELPE-BRAS
Verônica Vinecky
Universidade de Brasília
Todos os anos, a área de Português para Estrangeiros do Departamento de Línguas
Estrangeiras e Tradução (LET) da Universidade de Brasília (UnB) recebe alunos do
41
Programa Estudante Convênio-Graduação (PEC-G) com a incumbência de prepará-los
para o exame que confere a estrangeiros o Certificado de Proficiência em Língua
Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras). As aulas de Português para Estrangeiros
preparatórias para o referido exame acontecem no período de março a outubro, quando
intercorrem ininterruptamente dois semestres letivos, sendo que, em cada semestre,
quatro disciplinas do fluxo de graduação do LET são oferecidas, exclusivamente, a esse
grupo de alunos. São elas: Português para estrangeiros: língua e cultura 1, Português
para estrangeiros: língua e cultura 2, Português para estrangeiros: comunicação oral e
escrita 1, e Português para estrangeiros: comunicação oral e escrita 2. Tais disciplinas
foram criadas em 2014 visando a uma preparação mais específica desse grupo discente
para o exame Celpe-Bras, no qual a aprovação é pré-requisito para a permanência no
Brasil e ingresso nas Instituições de Ensino Superior (IES) às quais foram selecionados.
A elaboração de materiais didáticos de PLE para cursos oferecidos a alunos pré-PEC-G,
justifica-se pelo fato de existir, atualmente, uma carência de materiais que atendam à
demanda provocada pelo efeito retroativo do exame para obtenção do Celpe-Bras. O
material produzido, portanto, visa a desenvolver habilidades linguísticas na língua
portuguesa prioritariamente dentro de um propósito social e comunicativo para que o
aluno amplie a sua capacidade de uso da língua-alvo em situações semelhantes às
situações encontradas na vida real, possibilitando ao aluno um ganho pessoal: cognitivo,
cultural, social, educativo e linguístico. A elaboração deste material trabalha, não só,
mas preferencialmente, as tarefas comunicativas visando a uma preparação mais
específica do aluno para o exame Celpe-Bras.
Palavras-chave: Material didático. Celpe-Bras. PEC-G.
EXPERIÊNCIA DE ELABORAÇÃO DE PROVA DE PROFICIÊNCIA
E ACESSO À MOBILIDADE ESTUDANTIL
Iranildes Almeida de Oliveira
Kassia da Silva Santana
Liz Sandra Souza e Souza
Universidade Estadual de Feira de Santana
No contexto de internacionalização das universidades brasileiras, uma das políticas
públicas que vêm sendo amplamente implementadas é a mobilidade de docentes e
discentes. Nesse contexto, o desenvolvimento de programas de ensino-aprendizagem de
línguas estrangeiras para a comunidade universitária tem-se revelado uma necessidade
imprescindível e urgente, já que o desconhecimento de línguas adicionais tem sido uma
das barreiras mais visíveis e impeditivas do êxito dos programas de mobilidade. Em
resposta a essa necessidade, a Extensão universitária da Universidade Estadual de Feira
de Santana (UEFS) através dos programas de ensino-aprendizagem de línguas,
PALLE&PORTAL, vem organizando e oferecendo a alunos, professores e funcionários,
cursos que visam o desenvolvimento da competência comunicativa em inglês, francês e
espanhol. Em especial, neste trabalho, compartilharemos uma experiência de elaboração
do exame de proficiência em língua espanhola que certifica os estudantes interessados
em estudar em instituições estrangeiras de ensino superior que exigem o no nível B1 de
uso da língua, conforme o Marco Comum de Referência de Línguas e as exigências dos
editais de acesso à mobilidade estudantil da UEFS. Nossa discussão tomará como
referência três aspectos que têm se mostrado fundamentais nas pesquisas sobre
42
avaliação: validade, confiabilidade e praticidade na elaboração. Esperamos que a
proposição desta comunicação possa contribuir para o contexto dos estudos de avaliação
na perspectiva da Linguística Aplicada e para o processo de autoavaliação do
desenvolvimento dessa atividade por parte da equipe PALLE&PORTAL.
Palavras-chave: Avaliação. Língua Espanhola. Exame de Certificação.
EXAMES DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: FINALIDADES
Joselita Júnia Viegas Vidotti
Universidade de Brasília
A proficiência em língua estrangeira é comumente classificada em níveis e em
habilidades. Tal classificação nos permite elaborar meios de avaliar a proficiência, e o
exame de proficiência é o principal deles, com diferentes finalidades. O CPE, por
exemplo, (Certificate of Proficiency in English) da Universidade de Cambridge,
definido no Nível C2 do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR),
avalia cinco diferentes níveis de proficiência em inglês e é direcionado para aqueles que
precisam comprovar qualificação tanto para o ingresso em universidades do Reino
Unido quanto para admissão nas principais empresas do mundo. Já o IELTS é o único
exame de língua inglesa aceito para fins de imigração por todos os países que exigem
um. O TOEFL comprova as habilidades na língua inglesa que serão usadas em uma sala
de aula de um ambiente acadêmico. Já o TOEIC é uma certificação internacional de
inglês voltada ao ambiente corporativo. Em suma, conhecer a finalidade dos exames de
proficiência possibilita maior clareza para orientar os alunos na escolha do exame mais
adequado aos seus objetivos e necessidades.
Palavras-chave: Exame. Proficiência. Finalidade.
43
TRABALHOS EM ANDAMENTO
O CELPE-BRAS COMO INSTRUMENTO DE POLÍTICA LINGUÍSTICA
EXTERIOR DO BRASIL: DEMANDAS ATUAIS
SOBRE O EXAME DE PROFICIÊNCIA BRASILEIRO
Thomás Dorigon
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Esta pesquisa pretende tratar do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para
Estrangeiros (Celpe-Bras) como instrumento de política linguística do Brasil, com foco
nos seus aspectos políticos. Valendo-se de metodologia qualitativa e de análise
documental, este trabalho tem como objetivo analisar se (e se sim, como) o Celpe-Bras
é um instrumento de difusão da língua portuguesa falada e escrita no Brasil e se está
trabalhando para atender as demandas que se apresentam sobre ele, considerando o
cenário geopolítico brasileiro atual, o perfil dos candidatos do exame e o processo de
internacionalização das Universidades brasileiras. O trabalho problematiza a noção de
'instrumento' de política linguística, termo que aparece recorrentemente em diversos
trabalhos sobre o Celpe-Bras. O que esse uso implica para as discussões de política
linguística? Por que o exame de proficiência brasileiro é um instrumento? Leituras
preliminares, como Shohamy (2006), indicam que instrumentos de política linguística
se relacionam com a sua gestão e também são formas de se criar outras políticas.
Sugerem, ainda, que o Celpe-Bras difunde gêneros circulantes na sociedade brasileira
(COSTA & CARVALHO, 2013) e que se configura como um convite para que o
candidato conheça o Brasil e a sua língua (MACHADO, 2009). Tendo em vista que o
contexto atual é bem diferente de quando o Celpe-Bras foi criado, no início dos anos
1990, a pesquisa pretende verificar se o crescimento da Rede Brasil Cultural, gerida
pelo Itamaraty, o aumento no número de candidatos interessados em prestar o exame, a
internacionalização da educação superior brasileira, com o lançamento de programas
como o Ciência sem Fronteiras e Português para Estrangeiros sem Fronteiras etc podem
criar demandas sobre o exame. Como ele é afetado e como responde a essas demandas?
Existem propostas para a criação de outros exames ou para a reformulação do CelpeBras?
Palavras-chave: Celpe-Bras. Políticas Linguísticas. Internacionalização.
EL PORTUÑOL DESDE LA PERSPECTIVA DE LA INTERLENGUA
EN LA CARRERA DE FORMACIÓN DOCENTE
DE ESPAÑOL COMO LENGUA EXTRANJERA (ELE)
Jane da Silva Amorim
Universidad Antonio de Nebrija
El presente trabajo es parte de un proyecto mayor en desarrollo que aproxima, desde un
amplio estudio, el tema del portuñol/portunhol desde la perspectiva de la interlengua de
las transferencias lingüísticas de la Lengua Materna - LM – portugués Lengua Brasileña
(PLB) de aprendices brasileños de español en contexto formal de aprendizaje. En él, se
ha descrito, discutido y analizado los elementos fonéticos-fonologicos y morfo 44
lexicales que están involucrados en esta situación de contacto entre lenguas próximas.
Para ello, fueron usados como soporte para la investigación algunas consideraciones
teóricas de investigadores del fenómeno en proceso formal de aprendizaje. Para este
estudio en particular, fueron cuidadosamente controladas las características sociales y
lingüísticas de los sujetos de la investigación. El trabajo en desarrollo en este proyecto
(Tesis) fue inspirado, en la voluntad de
obtener un estudio exploratorio, sobre un tema poco investigado por los estudiosos de la
Lingüística Aplicada en Brasil, La investigación fue orientada bajo los aportes de la
lingüística aplicada como ciencia interdisciplinar en la que se puede encuadrar también,
aportes de la sociolingüística y psicolingüística. Se ha hecho un abordaje teórico,
lingüístico y pedagógico, en el processo intralingüístico, verificando aspectos:
fonéticos, morfológicos, lexicales y etiológico que generaron el portuñol desde la
perspectiva de la interlengua. Luego se ha verificado en las producciones idiosincráticas
de los alumnos lo que estaba generando los errores y el porqué de mantenerse. Se trata
de un estúdio descriptivo de naturaleza cualitativa combinando criterios cuantitativos
Creemos que este estudio lingüístico y de interacción del portuñol desde la perspectiva
de la interlengua, en ambiente formal de aprendizaje, puede ampliar el conocimiento
sobre aspectos del sistema de la lengua española y brasileña que puede servir de base
para la elaboración de materiales lingüísticos orientados al aprendizaje de español LE a
luso hablantes brasileños en cursos de formación docente. Del mismo modo, con los
resultados se ha logrado cubrir carencias en lo que se refiere a crear o ampliar banco de
datos espontáneos y experimentales, con relación al problema de desarrollo en el
aprendizaje de ELE en ámbitos formales de aprendizaje del Español LE.
Palabras clave: Lingüística Aplicada.
Interlengua. Portunhol.
Psicolingüística.
Sociolingüística cognitiva.
O EFEITO RETROATIVO DO EPLIS
NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE INGLÊS
NA FORMAÇÃO DO CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO
Paula Ribeiro e Souza
Universidade Estadual de Campinas
O EPLIS é um exame de proficiência, com propósitos específicos, desenvolvido pelo
ICEA (Instituto de Controle do Espaço Aéreo), para avaliar a capacidade de uso da
língua inglesa dos controladores de tráfego aéreo brasileiros na solução de situações
rotineiras, inesperadas e/ou emergenciais. Por ser considerado um exame de
altarelevância, acredita-se que o seu uso possa provocar mudanças no ensino de língua
inglesa na escola de formação desses profissionais. Essa pesquisa pretende investigar o
efeito retroativo do EPLIS em diferentes aspectos do ensino e aprendizagem de inglês
no curso de formação de controladores de tráfego aéreo. Parte-se do pressuposto de que
um exame pode influenciar não apenas o conteúdo trabalhado em sala de aula, mas
também todo o currículo, o material didático, as avaliações de rendimento, a
metodologia de ensino, as percepções e comportamentos de professores e alunos
(Mcnamara, 1996). Para o desenvolvimento da pesquisa, serão utilizados métodos de
coleta de dados oriundos da pesquisa etnográfica, tais como, documentos, questionários,
entrevistas, grupos focais, notas de campo, observações de aulas e sessões
colaborativas. Já foram coletados dados sobre a percepção dos professores a cerca do
45
papel e influência do EPLIS no contexto escolar e em suas práticas de sala de aula. Uma
análise preliminar desses dados será discutida durante a apresentação. Espera-se que
esses dados apontem uma variação nas percepções dos professores, o que reforçaria a
afirmação de que o efeito retroativo não possui caráter determinista e pode sofrer
influência de outros fatores como, por exemplo, as crenças, a formação e experiência do
professor (Cheng, 1999, Watanabe 2003 e Scaramucci, 2004).
Palavras-chave: Efeito Retroativo. Exame de Proficiência. Ensino de Inglês
Aeronáutico.
PERCEPÇÃO DE ALUNOS ACERCA DO SEU DESEMPENHO: AVALIANDO
O DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA EM UM
CURSO DE ESPANHOL
PARA FINS ESPECÍFICOS
Renata Mourão Guimarães
Magali Barçante
Universidade de Brasília
Este trabalho teve como objetivo investigar as percepções que os alunos de um curso de
espanhol para fins específicos (Educação Profissional de Nível Técnico) revelam sobre
o processo de desenvolvimento da competência comunicativa (Hymes, 1972; Canale &
Swain, 1980; Canale, 1983; Celce-Murcia, Dörnyei & Thurrell, 1995; Celce-Murcia,
2007; Cantero, 2008; Almeida Filho, 1993) a partir da implementação de um
planejamento temático baseado em tarefas (XAVIER, 1999; BARBIRATO, 1999 e
2005; ALMEIDA FILHO e BARBIRATO, 2000). Os dados foram coletados por meio
de questionário de auto avaliação, que permitiu identificar além das percepções dos
alunos quanto ao desenvolvimento da competência comunicativa antes e depois do
curso, os fatores individuais que influenciaram seu desempenho.
Palavras-chave: Avaliação. Competência comunicativa. Espanhol para fins específicos.
O ESTABELECIMENTO DE INTERSUBJETIVIDADE
NA ATIVIDADE DE ENSINAR LÍNGUAS
E SEU PAPEL ENTRE AS COMPETÊNCIAS DOCENTES
Gerson Rossi dos Santos
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Da perspectiva da intersubjetividade, o ato comunicativo é compreendido como um
esforço compartilhado entre duas – ou mais – pessoas para encontrar e definir um
território comum, a partir (e apesar) de seus territórios individuais, que exercem força
predominante nas escolhas linguísticas feitas pelo falante ao produzir enunciados. Tratase de um conjunto de repertórios de naturezas diversas que empregam os sujeitos
engajados em se comunicar. Reconhecidamente, o mais comum e pragmático é o
repertório linguístico, isto é, sujeitos que compartilham o mesmo código linguístico
46
podem se comunicar mais facilmente. Contudo, no contexto de ensino e aprendizagem
de línguas, geralmente caracterizado por uma assimetria nas competências linguísticas
de quem ensina e de quem aprende, outros tipos de repertório são empregados
alternativamente. Um número importante de estudos sobre o estabelecimento de
intersubjetividade na relação professor-aluno para a promoção de aprendizagem de
línguas aponta que o emprego de gestualidade – ou seja, de um repertório
extralinguístico compartilhado – revela-se como um recurso facilitador da comunicação
nesse contexto. Contudo, os repertórios linguístico e extralinguístico possivelmente não
representam a totalidade de recursos para o estabelecimento de um território
intersubjetivo que facilite a comunicação verbal entre indivíduos. A observação
preliminar de gravações de sessões de Teletandem coletadas no escopo do projeto
institucional e integrado (iiTTD) da Unesp de São José do Rio Preto, envolvendo alunos
de 3° e 4° anos de licenciatura em Letras aponta, também, para a emergência de
repertórios cognitivos compartilhados (conhecimento em comum entre os
interlocutores), repertórios afetivos compartilhados (interesses pessoais em comum) e
repertórios culturais compartilhados (conjunto de percepções e representações que
autorizam os interlocutores a se reconhecerem mutuamente como pertencentes ao
mesmo contexto cultural) como fatores que promovem ou facilitam a interação entre
falantes. Além disso, entre essas categorias, o compartilhamento do repertório cognitivo
revela-se como o de menor demanda para a comunicação, um dado que possivelmente
corrobora a hipótese de que atos comunicativos se favorecem de lacunas de
conhecimento entre os interlocutores. No escopo da avaliação de proficiência em língua
estrangeira, este estudo de doutoramento procura compreender a relação entre os
processos intersubjetivos em iiTTD essenciais à comunicação e os conjuntos de
competências esperadas do professor de línguas.
Palavras-chave: Intersubjetividade. Competências docentes. Teletandem.
PROPOSTA INICIAL DE UMA ESCALA PARA O EPPLE-INGLÊS ESCRITO:
FOCO NA PRECISÃO GRAMATICAL
Jaqueline Realina Pires
Universidade de Brasília
Este trabalho apresenta uma investigação de mestrado em andamento, cujo objetivo é
analisar as características da precisão da linguagem produzida por 18 candidatos do
EPPLE-inglês eletrônico entre 2011 e 2013. A amostra foi selecionada aleatoriamente
do banco de provas realizadas do EPPLE, de forma que os candidatos são alunos do
curso de Letras/inglês oriundos de diferentes universidades públicas e particulares de
três estados do sudeste e centro-oeste brasileiros. Quatro pesquisadores familiarizados
com o exame participam do estudo como juízes, e utilizam uma escala holística
preliminar elaborada pela pesquisadora para classificação dos candidatos em faixas de
proficiência. Após segmentação dos dados em T-units, as produções escritas dos
candidatos são analisadas quanto à precisão gramatical por meio de índices
quantitativos (desvios por unidade; unidades sem desvio). Os desvios também foram
categorizados quanto ao constituinte sintático afetado. Os resultados contribuirão para
uma proposta de escala para precisão gramatical do EPPLE escrito.
Palavras-chave: EPPLE. Escala de proficiência. Precisão gramatical.
47
CURSO PREPARATÓRIO ONLINE PARA O CELPE-BRAS: AVALIAÇÃO
COMO ELEMENTO INTEGRADOR
ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM
Ana Luíza Gabatteli
Universidade de Brasília
A popularização da internet e o desenvolvimento das tecnologias da informação e
comunicação reformularam as relações entre alunos e professores e a concepção de sala
de aula ao diversificar os espaços de construção do conhecimento. Considerando esse
novo paradigma e o entendimento de que avaliação é um elemento integrador entre o
ensino e a aprendizagem, este trabalho visa à formulação de um curso preparatório para
a Parte Oral do Celpe-Bras (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para
Estrangeiros) totalmente a distância, cujo objetivo principal é investigar o potencial da
avaliação em um processo de aprendizagem online e a mudança de concepção do
conceito de avaliação dos alunos-participantes no decorrer do curso. Sabe-se que o
Celpe-Bras constitui-se como um exame de proficiência de natureza comunicativa em
que a competência do examinando é avaliada pelo seu desempenho em tarefas que
lembram situações reais do dia-a-dia, assim a escolha das ferramentas tecnológicas e o
planejamento do curso foram pensados de forma a ir além da apresentação de estruturas
linguísticas para, assim, permitir que os aprendizes fossem capazes de compreender e de
produzir a língua de forma adequada às situações cotidianas.
Palavras-chave: Avaliação de proficiência. Avaliação de rendimento. Celpe-Bras.
Tecnologia no ensino de línguas.
A LÍNGUA ESPANHOLA NO ENEM: INDÍCIOS DE EFEITO RETROATIVO
EM UMA SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO
Paula Silva Resende Fernandes
Universidade de Brasília
A publicação da Lei 11.161/2005 colocou em evidência o ensino de Língua Espanhola
no contexto educacional brasileiro tanto que, em 2010, questões avaliativas dessa língua
passaram a compor as edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), exame que
a cada ano cresce em importância, dado que é crescente o número de Instituições de
Ensino Superior que o tem adotado em seus processos seletivos. Nessa pesquisa de
mestrado, em andamento, objetivou-se identificar indícios de efeito retroativo da prova
de LE do Enem na prática docente dessa língua em uma sala de aula pertencente ao
Ensino Médio público regular. Para tanto, buscou-se analisar itens da prova de LE, a
partir da edição de 2010, ano em que a competência de área 2, referente à LEM, é
inserida na Matriz de Referência do Enem. A conceituação do Efeito Retroativo foi
embasada teoricamente nos modelos propostos por Alderson e Wall (1993) e
Scaramucci (1999; 2004; 2005). Essa pesquisa será desenvolvida em uma sala de aula
do terceiro ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual localizada no interior
do Estado de Goiás cujos participantes serão o professor de LE da turma e seus alunos.
De natureza qualitativa e cunho etnográfico, a pesquisa utiliza-se de notas de campo,
questionários semiestruturados aplicados aos alunos e professor, entrevista ao professor
48
em serviço de LE, informações e documentos oficiais relacionados ao Enem, durante a
fase de coleta de dados. A triangulação de dados será adotada como procedimento de
análise.
Palavras-chave: Efeito Retroativo. Enem. Língua Espanhola.
49
OFICINAS
DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE AVALIAÇÕES
REFLEXIVAS POR UM QUADRO TEÓRICO-METODOLÓGICO
EM ATIVIDADES SOCIAIS E PELA DISCUSSÃO DESSAS ATIVIDADES
Márcia Pereira de Carvalho
Monica Galante Gorini Guerra
Rosemary Hohlenwerger Schettini
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
O objetivo desta oficina é discutir a relevância do processo avaliativo em uma
perspectiva crítica. O recorte feito é na disciplina de Língua Inglesa do Ensino Médio.
Parte-se da ideia que práticas avaliativas possibilitam formação crítica. Considera-se a
relevância das avaliações e questionários reflexivos para propor análise de uma
avaliação de múltipla escolha de acordo com os padrões do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas (INEP) e pela perspectiva de ensino-aprendizagem embasada na
formação crítica de alunos (as) e professora. A avaliação e as respostas dos alunos nos
questionários reflexivos analisados são provenientes de uma sequência didática dirigida
ao 3º ano do Ensino Médio em uma escola pública do Estado de São Paulo. A sequência
recria uma atividade real de “conversa sobre perspectivas de futuro profissional” e se
compõe pelo tema escolha profissional. A atividade social de conversa sobre aspirações
para vida profissional apoiada na vida real e trará a seguinte questão: Como o processo
avaliativo contribui ou não nas formações crítico-reflexivas dos sujeitos sobre escolhas
e futuro profissional? A análise se dá no processo avaliativo em cadeia criativa
(Liberali, 2006) cujos esforços em parceria em uma atividade, produzem significados
posteriormente compartilhados com novos sujeitos pelos modos e sentidos individuais
que cada um traz da atividade. Os novos significados são deslocados para novas
atividades em forma de ideias e ações e que criam outros novos significados coletivos, e
tornam-se característicos da totalidade (LIBERALI, 2009, p.102). Dessa forma, a
avaliação e as respostas nos questionários reflexivos desenvolvem e implementam um
quadro referente teórico-metodológico em atividades sociais e pela discussão dessas
atividades. Esse material resgata as discussões nas aulas, os conhecimentos de
linguagem da sequência de tarefas ou antes delas e possibilita o uso de diferentes
habilidades cognitivas para vivenciar e refletir sobre a avaliação.
Palavras-chave: Avaliação. Formação crítica. TASHC.
AVALIAÇÃO DE INSTRUÇÕES ORAIS
NA FALA DO PROFESSOR DE LE: PRÁTICA E TEORIA
Paulo José Andrelino
Universidade Estadual de Maringá
Quando pensamos em avaliação em língua estrangeira, um dos primeiros passos a ser
seguido é a identificação do domínio de uso da língua. A palavra domínio é utilizada
aqui no sentido de „esfera de ação‟, de um „âmbito de uso‟ da língua alvo. Elder (1994)
e Elder e Brown (1997), por exemplo, analisam o domínio de uso da língua de
50
professores de italiano como língua estrangeira. Tendo como público-alvo acadêmicos,
professores e formadores de professores de LE, essa oficina tem por objetivo
oportunizar aos participantes possibilidades de prática e análise de instruções orais,
tarefas muito presentes no domínio de uso da língua do professor de LE. Para a análise,
utilizaremos como aporte teórico a Linguística Sistêmico Funcional, mais
especificamente os trabalhos de Martin (1997, 1999, 2009) e os trabalhos de Hasan
sobre estrutura genérica do texto (1977, 1985, 1996). Essa teoria nos auxilia na
caracterização das instruções orais enquanto gênero e isso tem facilitado nosso
entendimento desse aspecto do domínio de uso da língua do professor, servindo,
consequentemente, de base para a avaliação oral do profissional do ensino de línguas.
Palavras-chave: Avaliação. Instruções orais. Professor de LE.
DESIGN E IMPLEMENTAÇÃO DE TAREFAS PARA TESTES ORAIS DE
PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Vera Lucia Teixeira da Silva William Eduardo da Silva
Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Esta oficina se propõe à análise, à criação e ao uso de tarefas em testes orais de
proficiência em língua estrangeira. Nesta perspectiva, acreditamos que o uso de tarefas
traz uma visão mais apurada sobre os objetivos e as decisões a serem tomadas no
momento da avaliação. Ajuda-nos, ainda, a perceber melhor o grau de desempenho do
candidato ao se deparar com situações-alvo de uso da língua estrangeira (BACHMAN,
2002). A partir da experiência de dois pesquisadores na área de Linguística Aplicada e
designers de tarefas orais para o Exame de Proficiência para Professores de Língua
Estrangeira (EPPLE), os participantes terão a chance de refletir sobre as condições
necessárias para se implementar uma proposta de Avaliação Baseada em Tarefas
(LONG & NORRIS, 2000; NORRIS, 2002; SHEHADED, 2014). Para tanto, serão
abordados aspectos fundamentais no design de tarefas para avaliação de proficiência,
como o conceito de tarefa adotado, a autenticidade da tarefa e a sua relação com as
situações reais de uso da língua, os critérios de avaliação (faixas holísticas e analíticas),
entre outros.
Palavras-chave: Teste oral. Avaliação baseada em tarefas. Exame para professores de
língua
Estrangeira.
AVALIAÇÃO: EXPERIÊNCIA DO INSTITUTO CERVANTES
Ana Isabel Reguillo Pelayo
Luis Martín Carretero
Instituto Cervantes
El objetivo de este taller es presentar la experiencia del Instituto Cervantes como ente
gubernamental español encargado de la enseñanza y certificación del español como
lengua extranjera.Se presentarán la génesis, las características y la evolución de los
51
DELE desde 1988 hasta la fecha así como la estrecha colaboración con entidades
dedicadas a la evaluación y certificación tanto nacionales como internacionales, la
adecuación a diferentes perfiles de estudiantes y los recursos en línea de los que
dispone el Instituto Cervantes para formar los miembros examinadores de los tribunales
DELE.
SPEAKING AND WRITING SKILLS:
TOEFL IBT SCORING AND ASSESSMENT
Adiane M. Blum
Educational Testing Service
More than 30 million people from all over the world have taken TOEFL iBT test to demonstrate
their English-language proficiency. The test is recognized by more than 9.000colleges,
universities and agencies in 130 countries worldwide. This workshop will provide attendees an
overall view of the criteria that TOEFL iBT uses to assess and score two of the four primary
language skills present on the test: Speaking and Writing. Participants will be involved on
hands-on activities designed to improve their knowledge regarding English proficiency test
assessment as well as work as raters and evaluate and score some TOEFL iBT real responses.
After attending this workshop attendees will be able to better understand TOEFL iBT Speaking
and Writing sections, have an overview of how TOEFL iBT scores and assess Speaking and
Writing responses and understand the main criteria that TOEFL iBT uses to assess and score
Speaking and Writing responses. The workshop will answer questions like the following: What
is the format of both speaking and writing sections on the TOEFL iBT test? What are the
TOEFL iBT test scores like? Who assesses and scores the TOEFL iBT Speaking and Writing
responses? Which criteria does TOEFL iBT use to assess speaking and writing responses?
Keywords: Speaking, Writing, Assessment, Scoring, English proficiency test
52
PÔSTERES
PROPPOR: O PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL
E OS DESAFIOS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO
E AVALIAÇÃO DE UMA PROVA DE PROFICIÊNCIA
Jéssica da Rosa Souza
Valesca Brasil Irala
Universidade Federal do Pampa
Este trabalho visa discutir algumas implicações decorrentes do processo de
elaboração/construção e avaliação de uma prova de proficiência em língua portuguesa
desenvolvida em um contexto fronteiriço (Brasil/Uruguai), bem como da preparação
dos envolvidos na elaboração/avaliação dessa. Para isso, foi necessária uma abordagem
que (re)pense a língua portuguesa como língua adicional. A ProPPor - Prova de
Proficiência em Português se destina a falantes de português de/em contextos bilíngues
ou multilíngues e busca classificar o seu desempenho, para que possam atestar seu
conhecimento da língua para realizar tarefas cotidianas, profissionais e/ou acadêmicas,
nas quais o seu uso lhes é exigido. Esta prova é produto de um convênio entre a
Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) e uma escola particular situada na
cidade de Rivera-Uruguai, a qual possui ensino bilíngue inglês-espanhol, contando
também com aulas de/em língua portuguesa. Tal convênio surgiu de uma
demanda/necessidade dessa escola em oferecer a alunos de diferentes nacionalidades e
faixa etárias, moradores na região de fronteira, a oportunidade de, através de um exame,
comprovar o domínio da Língua Portuguesa. Todo o processo de elaboração/aplicação
da prova está sendo realizado por uma equipe proveniente do grupo FLEP (Fronteira e
Linguagem no Espaço Platino), composta de professores doutores, pós-graduados na
área de línguas e graduandos dos cursos de Licenciatura em Letras (Línguas Adicionais
e Língua Portuguesa) da UNIPAMPA-Bagé. Como resultados, embora algumas
mudanças necessárias já tenham sido notadas, pode-se dizer que o andamento da prova
é satisfatório. O mais interessante nesse contexto de fronteira específico é que nos
revela questões diferentes de outros não-fronteiriços, que podem ser compreendidas
para além do trabalho didático, independente das línguas de maior circulação na escola,
mas, certamente, demandando o envolvimento de docentes/discentes das três línguas de
ensino integradamente. Agradecimentos a FAPERGS pela bolsa concedida.
Palavras-chave: Prova de proficiência. ProPPor. Português língua adicional.
PRECISÃO GRAMATICAL EM TAREFAS INTEGRADAS
DE COMPREENSÃO E PRODUÇÃO ESCRITA
DE UM EXAME DE PROFICIÊNCIA PARA PROFESSORES
Alexandre Lopes Silva
Universidade de Brasília
Uma das diversas características passíveis de serem avaliadas na linguagem escrita é a
precisão gramatical. A partir desta característica, o objetivo desta pesquisa é analisar a
precisão gramatical de candidatos ao Exame de Proficiência de Língua Estrangeira de
53
língua inglesa (EPPLE - Inglês) e verificar se a ausência de desvios por oração
juntamente com a quantidade de desvios por oração presentes em suas produções
escritas servem para que sejam descritas e reforçadas as faixas de proficiência do
exame.
Palavras-chave: Exame. Proficiência. Precisão.
COMPLEXIDADE GRAMATICAL EM TAREFAS INTEGRADAS
DE COMPREENSÃO E PRODUÇÃO ESCRITA
DE UM EXAME DE PROFICIÊNCIA PARA PROFESSORES
Lucas Henrique Garcia
Vanessa Borges de Almeida
Universidade de Brasília
O presente trabalho examina e discute a complexidade gramatical na produção escrita
de candidatos ao Exame de Proficiência para Professores de Línguas Estrangeiras
(EPPLE) a partir de análises qualitativas e quantitativas. Como medidas de
complexidade, foram empregados os índices de (a) orações por unidade e (b) palavras
por unidade. Foram analisadas oito provas realizadas por alunos de Letras. Os
resultados apontam que os índices quantitativos são insuficientes para descrever o
fenômeno da complexidade nos níveis de proficiência investigados. Na análise
qualitativa, entretanto, é possível observar diferenças entre faixas.
Palavras-chave: Proficiência. Complexidade Gramatical. Produção Escrita.
ORALIDADE E ESCRITA:
DESAFIOS DA AVALIAÇÃO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Vanuza de Paula Siqueira
Wendell Fiori de Faria
João Gouveia Coelho
Paulo Roberto de Freitas Morais
Universidade Federal de Rondônia
Particularidades e propriedades a parte, a Oralidade e a Escrita se identificam. O que
fala não escreve exatamente como fala, pois a mesma traz, caracteristicamente, uma
liberdade maior no discurso, uma vez que não precisa ser planejada; pode apresentar
redundância; pode ser enfática; usando timbre, modulação vocal e pausas conforme a
oratória. Ultimamente, o que vemos em comentários e matérias jornalísticas é que os
jovens leem e escrevem cada vez menos. Na verdade, o que houve foi uma mudança na
forma de escrever. Errada? Do ponto gramatical sim, porém eles criaram uma escrita
própria – a do SMS, por exemplo – e se fazem entender através dela. A expansão dos
meios audiovisuais foi um dos fatores responsáveis por esta nova modalidade de escrita,
cheia de erros e abreviaturas. A escrita faz relação indireta entre escritor e leitor. Com
objetividade, pede grande atenção às normas gramaticais. Veremos um quadro
apresentado por Cassany com elementos que devem ser levados em consideração na
hora de avaliar um texto escrito. No nosso ponto de vista, não há eficácia maior no
54
estabelecimento de relações interpessoais, do que com a comunicação oral. Com o
avanço das redes sociais e as novas tecnologias galgando cada vez mais espaço, a
oralidade se faz imprescindível para a manutenção dessas relações. Baseados nos
objetivos da avaliação, a licitude e a confiabilidade dos resultados, Juan Eguiluz
Pacheco e Ángel Eguiluz Pacheco (2004, p. 1007), argumentam que devem ser levados
em consideração modelos, técnicas, critérios e requisitos normativos para os atingir.
Observamos então a complexidade de se avaliar a expressão oral quando, em sala de
aula, é promovida a comunicação entre os alunos já na língua ministrada. Se o mesmo
se fez entender, mesmo com suas particularidades de entonação vocal, expressões, como
atribuir um juízo de valor particular?
Palavras-chave: Avaliação oral e escrita. Avaliação de Língua Estrangeira. Ensino de
Língua Estrangeira.
DESCRIÇÃO DA LINGUAGEM DE CANDIDATOS AO EPPLE (INGLÊS):
FOCO NA PRECISÃO GRAMATICAL
Isabelle Lisbôa Santos
Vanessa Borges de Almeida
Universidade de Brasília
O Exame de Proficiência para Professores de Língua Estrangeira, EPPLE, visa avaliar o
desempenho dos atuais e futuros professores de língua estrangeira nas quatro
habilidades linguísticas. Buscando relacionar os dados obtidos nas avaliações com o uso
da língua esperado de um professor em sala de aula, o EPPLE apresenta como um dos
parâmetros de sua avaliação oral a capacidade do candidato de produzir um discurso
bem estruturado para os alunos, com poucos desvios. A precisão gramatical que, como
evidencia Borges-Almeida (2009), é um importante fator diferenciador entre os níveis
de proficiência, é elemento das avaliações orais do EPPLE que carece descrição. Este é
o objetivo deste trabalho, que apresenta resultados de um projeto de Iniciação
Científica. Esta pesquisa promove a análise quantitativa e qualitativa de 30 amostras de
linguagem oral coletadas no contexto do projeto de pesquisa EPPLE. Os dados
transcritos foram segmentados em AS-units e, em seguida, analisados e categorizados
com relação à precisão gramatical. Os seguintes índices foram calculados: índice de
desvio por unidade e índice de unidade sem desvio. Posteriormente, os desvios foram
categorizados de acordo o constituinte gramatical afetado pelo desvio, conforme
descrito em Borges-Almeida (2009).
Palavras-chave: Precisão gramatical. Avaliação de proficiência. EPPLE.
55
PALESTRANTES
April Ginther tem doutorado em Educational Linguistics pela
universidade do Novo México (1994). Após concluir o
doutorado, realizou pós-doutorado na Educational Testing
Service, onde tornou-se Pesquisadora Associada. Atualmente,
atua como Professora Associada de inglês e Diretora do
Programa de Proficiência em Inglês Oral da Universidade de
Purdue em West Lafayette, Indiana, EUA, onde leciona no
Programa de Pós-graduação em Linguística e Estudos em
Segunda Língua, e regularmente oferece dois cursos:
Metodologia de Pesquisa Quantitativa e Avaliação de
Proficiência. Seus interesses atuais de pesquisa incluem
treinamento de examinadores de testes de proficiência oral,
desenvolvimento de sistemas de pontuação automatizados para
avaliação de linguagem oral, desenvolvimento, implementação
e avaliação de programas universitários para a promoção da
internacionalização e a aprendizagem de língua inglesa. É
atualmente coeditora do periódico Language Testing.
Barry O’Sullivan interessa-se particularmente por assuntos
relacionados a avaliação de desempenho, validação de exames
e gerenciamento e análise de dados provenientes de exames.
Lecionou por diversos anos sobre vários aspectos da avaliação
de proficiência, e foi Diretor do Centro de Pesquisa em
Avaliação de Proficiência (CLARe). Suas publicações figuram
em vários periódicos internacionais. Seu primeiro livro, Issues
in Business English Testing, foi publicado pela editora
Cambridge University Press na série Studies in Language
Testing in 2006. Seu segundo livro, Modelling Performance in
Oral Language Testing, foi publicado por Peter Lang em 2008.
Atualmente organiza outros volumes. Barry é muito atuante em
avaliação de proficiência ao redor do mundo e trabalha como
consultor para órgãos governamentais, universidades e centros
desenvolvedores de testes na Europa, Ásia, Oriente Médio e
América Central. É membro do corpo editorial de vários
periódicos na área de avaliação de proficiência e linguística
aplicada. Atualmente trabalha no Conselho Britânico em
Londres.
56
Denise Abreu e Lima tem graduação em Letras pela UNESP,
mestrado em Linguística e Língua Portuguesa pela UNESP,
doutorado em Linguística Aplicada pela UNICAMP e pósdoutorado pela Purdue University, Estados Unidos. Tem
formação em Inteligências Múltiplas e Tutoria Virtual pela
Universidade de Harvard. É docente da Universidade Federal
de São Carlos - UFSCar desde 1994. Foi coordenadora UAB da
UFSCar de 2006 a 2012 e presidente do Fórum de
Coordenadores UAB de 2011 a 2013. Atualmente é assessora
do secretário de Educação Superior - SESu/MEC e presidente
do Programa Idiomas sem Fronteiras.
Douglas Altamiro Consolo concluiu o doutorado em
Linguística Aplicada / TEFL - University of Reading em 1996.
Possui título de Livre-Docente em Língua Inglesa pela UNESP
(2004). Atualmente é Professor Adjunto - Nível III, em
RDIDP, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho. Publicou 33 artigos em periódicos especializados e 124
trabalhos em anais de eventos. Possui 18 capítulos de livros e 3
livros publicados. Possui 248 itens de produção técnica.
Participou de inúmeros eventos especializados, no Brasil e no
exterior. Orientou 21 dissertações de mestrado e 10 teses de
doutorado, além de 06 trabalhos finais de pós-graduação lato
sensu em Língua Inglesa, 39 trabalhos de iniciação científica e
um estágio de pós-doutorado, nas áreas de Linguística e Letras.
Recebeu 5 prêmios e/ou homenagens. Atua na área de
Linguística Aplicada, com ênfase em Ensino Aprendizagem de
Línguas Estrangeiras. Realizou estágio de pesquisa como
professor visitante no CELE (Centro de Enseñanza de Lenguas
Extranjeras) na Universidade Nacional Autônoma do México
(UNAM), com bolsa da PROPG/UNESP, de outubro a
dezembro de 2012. Em suas atividades profissionais interagiu
com 56 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos.
Atua como membro dos conselhos editoriais de 06 periódicos
nacionais, e como parecerista ad hoc para agências de fomento,
editoras e periódicos nacionais e internacionais. Em seu
currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização
da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são:
língua estrangeira, formação de professores, língua inglesa,
aprendizagem, ensino, interação, avaliação, EFL, teacher
development e crenças.
57
Juliana Roquele Schöffen possui graduação em Licenciatura
em Letras (2000), mestrado em Estudos da Linguagem (2003) e
doutorado em Linguística Aplicada pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (2009). Atualmente é professora adjunta
de Língua Portuguesa da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul e coordenadora da Comissão Técnica do Exame CelpeBras. Atua no ensino e na formação de professores de língua
materna e de língua adicional e desenvolve pesquisa na área de
avaliação de proficiência.
Leandro Rodrigues Alves Diniz é bacharel, mestre e doutor
em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e é professor adjunto na Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), onde atua, particularmente, na área de
Português como Língua Adicional. É membro do corpo docente
do Programa de Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras)
nessa mesma universidade. De setembro de 2010 a março de
2011, realizou um estágio sanduíche na Université de la
Sorbonne Nouvelle (Paris III), com o apoio da CAPES.
Trabalhou como professor de Português Língua Adicional e
Linguística na Universidade Federal da Integração LatinoAmericana (UNILA). É membro da equipe de coordenadores
do Eixo de Português Língua Estrangeira do Projeto Mais
Médicos para o Brasil e do Programa Português sem Fronteiras
(SESu/MEC). Participou, em diversas ocasiões, da banca de
correção das provas de Redação e Língua Portuguesa do
vestibular da Unicamp e do Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM). Conta, ainda, com experiência na aplicação e
correção do Celpe-Bras, exame que acompanha como membro
da comissão técnico-científica desde 2012. É autor de materiais
didáticos de português para o Ensino Médio e para falantes de
outras línguas.
58
Matilde V. R. Scaramucci possui graduação em Letras
Português Inglês pela Universidade do Vale do Paraíba (1974),
mestrado em Linguistics TESOL por San Jose State University
(1980), doutorado em Linguística pela Universidade Estadual
de Campinas (1995) e pós-doutorado pela University of
Melbourne, Australia (2008). Atualmente é professora titular
do Departamento de Linguística Aplicada da Universidade
Estadual de Campinas. Foi colaboradora do Ministério da
Educação de 1993-2006, tendo sido uma das responsáveis pelo
desenvolvimento do exame para a obtenção do Certificado de
Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras). Sua área
principal de pesquisa é avaliação em contextos de
ensino/aprendizagem de línguas, tanto materna, como
estrangeira e segunda (Inglês e Português para estrangeiros).
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Diretora do Instituto de Estudos da Linguagem no quadriênio
2011-2014 e editora-chefe da revista Trabalhos em Linguística
Aplicada. é membro da Comissão Técnico-científica do exame
Celpe-Bras (2012-atual).
Sandra Regina Buttros Gattolin de Paula é mestre e doutora
em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de
Campinas, instituição em que desenvolveu sua pesquisa na área
de ensino-aprendizagem de segunda língua e língua estrangeira.
Há quinze anos no ensino superior, é atualmente professora
adjunta do Departamento de Letras da Universidade Federal de
São Carlos, onde ministra as disciplinas de Língua Inglesa,
Leitura em Língua Inglesa, Linguística Aplicada e Metodologia
de Ensino de Língua Inglesa. Atua no Programa de PósGraduação em Linguística, da UFSCar, onde ministra a
disciplina de Abordagens de Ensino de Línguas e Avaliação e
Aprendizagem de Línguas. Foi presidente da Associação dos
Professores de Língua Inglesa do Estado de São Paulo nos
períodos de 2005 a 2007 e 2009 a 2011. Suas áreas de interesse
em pesquisa são o ensino-aprendizagem-avaliação em língua
estrangeira, o ensino de inglês para fins específicos e a
formação de professores de língua estrangeira.
59
ÍNDICE REMISSIVO POR NOME DO AUTOR
A
Adiane M. Blum, 52
Adriana Celia Alves, 29
Alexandre Lopes Silva, 53
Ana Isabel Reguillo Pelayo, 51
Ana Luíza Gabatteli, 48
Andrea Monzón, 33
Anelise Fonseca Dutra, 26
April Ginther, 1, 21, 56
Arturo Mendoza Ramos, 36
B
Barry O‟Sullivan, 1, 15, 16, 56
C
Camila Sthéfanie Colombo, 27
Cecília Brasil, 33
Claudia Lopes Pontara, 38
D
Denise Abreu e Lima, 18, 57
Denise Cristina Kluge, 34
Douglas Altamiro Consolo, 1, 19, 57
E
Eduardo Batista da Silva, 25
Elaine Risques Faria, 24
Eleonora Bambozzi Bottura, 31
F
Fernanda Silva Veloso, 39
Fernanda Souza e Silva, 29
G
Gabriel Bonifácio Sousa e Silva, 39
Gerson Rossi dos Santos, 46
Gisele Werneck Divardin, 34
Gladys de Sousa, 36
Gladys Quevedo-Camargo, 39
I
Iranildes Almeida de Oliveira, 42
Iris Anita Fabián Ramírez, 40
Isabelle Lisbôa Santos, 55
J
Jane da Silva Amorim, 30, 44
60
Jaqueline Realina Pires, 47
Jesiel Soares-Silva, 22
Jéssica da Rosa Souza, 53
João Gouveia Coelho, 54
Joselita Júnia Viegas Vidotti, 43
Juliana Blanco, 33
Juliana Roquele Schöffen, 17, 58
Juliane Moura, 33
K
Kassia da Silva Santana, 42
L
Leandro Rodrigues Alves Diniz, 19, 58
Leonor Nora Fabián Bráñez, 40
Lilian Cristina Corrêa, 37
Lilian Reis dos Santos, 26
Liz Sandra Souza e Souza, 42
Lucas Henrique Garcia, 54
Luciana Cabrini Simões Calvo, 27
Luciana Duenha Dimitrov, 37
Luis Martín Carretero, 51
M
Magali Barçante, 46
Márcia Pereira de Carvalho, 50
Mariana Cúri, 33
Marileuza Miquelante, 38
Marina Ayumi Izaki, 24
Matilde V. R. Scaramucci, 20, 59
Melissa Alves Baffi Bonvino, 32
Milton Pignatari Filho, 37
Monica Galante Gorini Guerra, 50
Myriam Crestian Cunha, 29
N
Naraina de Melo Martins Kuyumjian, 23
Nelson Viana, 24
P
Patrícia Tosqui Lucks, 41
Paula Ribeiro e Souza, 41, 45
Paula Silva Resende Fernandes, 48
Paulo José Andrelino, 27, 50
Paulo Roberto de Freitas Morais, 54
R
Renata Mourão Guimarães, 46
Rosemary Hohlenwerger Schettini, 50
Rosinalva Ordonia da Silva, 38
S
Sandra Regina Buttros Gattolin de Paula, 17, 24, 59
Sandro Marcío Drumond Alves, 22
61
Simone Correia Tostes, 35
T
Teresa Helena Buscato Martins, 28
Thomás Dorigon, 44
V
Valesca Brasil Irala, 53
Vanessa Borges de Almeida, 5, 37, 54, 55
Vanuza de Paula Siqueira, 54
Vera Lucia Lopes Cristovão, 38
Vera Lucia Teixeira da Silva, 51
Verônica Vinecky, 41
Volnei Magalhães Carvalho, 35
W
Wendell Fiori de Faria, 54
William Eduardo da Silva, 51
62
Download

Caderno de Resumos