ECONOMIA BRASILEIRA E A EVOLUÇÃO DO MERCADO DE CRÉDITO ABERJ - 28 de Agosto de 2006 Demian Fiocca Presidente do BNDES www.bndes.gov.br 1 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO ¾Panorama Econômico Brasileiro em 2006. ¾Evolução do Mercado de Crédito. ¾Políticas do BNDES -Ações Recentes do Banco. www.bndes.gov.br 2 BRASIL: NOVO CICLO DE INVESTIMENTO ¾ Um novo ciclo de desenvolvimento iniciou-se em 2004. ¾ Combinação única de condições favoráveis ao crescimento e ao desenvolvimento. 9 Geração de empregos; 9 Melhor distribuição de renda; 9 Inflação baixa; 9 Redução das restrições externas; e 9 Responsabilidade fiscal. www.bndes.gov.br 3 GERAÇÃO DE EMPREGOS Entre 2004 e 2005 foram criados mais de 2,7 milhões de empregos no mercado formal. No primeiro semestre de 2006 foram criados 923.798 empregos líquidos formais. Média anual 2003-2005: Criação Líquida de Empregos Formais 1.523.276 1,14 milhões 1.253.981 1.300.000 Média anual 20002002: 762.414 0,67 milhões 800.000 657.596 645.433 591.058 300.000 (35.731) (200.000) (129.339) (196.001) (271.298) 1995 www.bndes.gov.br Fonte: MTE (581.753) (700.000) 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 4 MELHOR DISTRIBUIÇÃO DE RENDA Em 2003-04, a parcela dos 50% mais pobres da população na renda total cresceu mais rapidamente que antes. O BNDES prevê a continuidade desse crescimento, alcançando 15,1% da renda total nacional em 2006. + 0,12 pp. ao ano (1993-2002) 15,1 14,3 13,2 14,1 11,9 12,1 * Números interpolados; (e) Estimativa do BNDES www.bndes.gov.br 20 03 20 02 12,4 20 01 19 99 20 00 * 19 98 * 19 96 19 97 * 12,6 + 0,53 pp. ao ano (2003-2006*) 20 04 20 05 (e ) 20 06 (e ) 13,5 19 95 * 19 93 19 94 * 15,5 15,0 14,5 14,0 13,5 13,0 12,5 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 Parcela dos 50% mais pobres 5 INFLAÇÃO BAIXA Horizonte de baixo risco de descontrole inflacionário. IPCA acumulado em 12 meses e esperado para 2006 Esperado Efetivo no v/ 06 /0 6 se t ju l/0 6 ar /0 6 m ai /0 6 m ja n/ 06 no v/ 05 /0 5 se t ju l/0 5 ar /0 5 m ai /0 5 3,8% m ja n/ 05 8,5% 8,0% 7,5% 7,0% 6,5% 6,0% 5,5% 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% Fonte: Banco Central www.bndes.gov.br 6 SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES O saldo médio positivo foi de 1,5% do PIB ao ano de 2003 a 2005. No primeiro semestre de 2006, foi de 0,69%. Desde 1947, o Brasil não apresentava quatro anos seguidos de superávit. Transações Correntes/PIB (%) % PIB 2 * 1 2005 2003 2001 1999 1997 1995 1993 1991 1989 1987 1985 1983 1981 1979 1977 1975 -2 1973 -1 1971 0 -3 -4 -5 -6 -7 www.bndes.gov.br * 2006 = expectativa Fonte: Banco Central 7 REDUÇÃO DAS RESTRIÇÕES EXTERNAS Relação dívida externa líquida sobre exportações chegou a 0,6 em 2005. Dívida Externa Líquida / Exportações 4,5 Crise da dívida 4,10 Crise do Real 4,0 3,10 3,5 3,0 2,5 2,0 1,20 1,5 1,0 0,60 www.bndes.gov.br (*) junho estimado Fonte: Ministério da Fazenda 2006 * 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 0,0 1972 0,5 8 REDUÇÃO DAS RESTRIÇÕES EXTERNAS Risco-país em novos patamares: a média dos últimos 12 meses é a mais baixa da última década 2.400 EMBI+ Brasil 2.200 2.000 1.800 1.600 CRISE DO REAL Média: 1.500 pontos 1.400 1.200 CRISE ASIÁTICA Média: 1.067 1.000 800 600 400 MELHOR PERÍODO ANTERIOR: Média: 445 200 ÚLTIMOS 12 MESES Média: 280 jan95 www.bndes.gov.br jul95 jan96 jul96 jan97 jul97 jan98 jul98 jan99 jul99 jan00 jul00 jan01 jul01 jan02 jul02 jan03 jul03 jan04 jul04 Fonte: Ministério da Fazenda jan05 jul05 jan06 jul06 9 MELHORA DAS CONTAS FISCAIS A trajetória de crescimento da Dívida/PIB foi invertida a partir de 2003. Dívida Líquida do setor público (% do PIB) 70 60 52,6 50 48,7 48,8 1999 2000 55,5 57,2 51,7 51,5 2004 2005 jun/06 50,3 41,7 40 30 30,6 33,3 34,4 1996 1997 20 10 0 1995 www.bndes.gov.br 1998 2001 2002 2003 Fonte: BCB 10 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO ¾Panorama Econômico Brasileiro em 2006. ¾Evolução do Mercado de Crédito. ¾Políticas do BNDES -Ações Recentes do Banco. www.bndes.gov.br 11 EVOLUÇÃO RECENTE DO CRÉDITO O crédito está em expansão desde 2003, liderado pelo segmento de Pessoas Físicas. Evolução do Crédito por Componentes - % PIB 32,4 28,7 30 25,9 24,9 10 0 5,3 4,3 4,4 4,5 2,6 2,6 1,6 2,8 2,9 1,4 3,1 3,5 3,2 1,4 3,5 1,6 7,2 6,9 6,9 7,1 0,8 1,1 1,0 1,0 jun/03 jun/04 jun/05 jun/06 Setor Público www.bndes.gov.br 8,6 6,4 5,8 20 10,4 Indústria Habitação Rural Comércio Outros Serviços Fonte: Banco Central Pessoas Físicas 12 EVOLUÇÃO RECENTE DO CRÉDITO A retração do crédito entre 1995-2002 foi revertida em todos os segmentos a partir de 2003 (*) 8,4 9 6 1995-2002 3 1,3 0,1 0 -3 (1,0) 5,0 2003-2006** -0,1 (1,3) 1,1 2,3 1,0 (0,1) (1,7) -6 (6,2) -9 Indústria Habitação Rural Comércio Pessoas Físicas Outros Serviços Fonte: Banco Central do Brasil (Elaboração Própria) (*) Crédito das Instituições Financeiras www.bndes.gov.br (8,0) Total Setor Privado **até junho Fonte: Banco Central 13 MERCADO DE CRÉDITO A participação do crédito total no PIB tem aumentado de forma expressiva nos últimos anos. 35 Operações de crédito em % do PIB 30 26,2 32,4 28,3 26,9 25,6 32,0 31,2 25 20 15 10 z/0 e d www.bndes.gov.br 3 r/0 a m 4 j /04 n u s /0 et 4 z/0 e d 4 r/0 a m 5 j /05 n u s /0 et 5 z/0 e d 5 r/0 a m 6 Fonte: Banco Central j /06 n u 14 MERCADO DE CRÉDITO O crédito consignado já representa 18,9% do crédito pessoa física, alcançando segmentos antes atendidos por instrumentos informais de crédito. 20 Evolução Da Relação Crédito Consignado / Crédito Pessoa Física- 2004-2006 19 18 17 16,5 16 15,3 17,3 17,0 17,1 17,1 16,9 16,8 17,7 18,0 18,5 18,5 18,9 15,7 15,9 14,7 15 14,0 14 13,3 13 12,7 www.bndes.gov.br ja de z /0 4 n/ 0 fe 5 v/ 0 m 5 ar /0 ab 5 r/0 m 5 ai /0 ju 5 n/ 05 ju l/0 ag 5 o/ 0 se 5 t/0 ou 5 t/0 no 5 v/ 0 de 5 z/ 0 ja 5 n/ 0 fe 6 v/ 0 m 6 ar /0 ab 6 r/0 m 6 ai /0 ju 6 n/ 06 12 Fonte: Banco Central 15 MERCADO DE CRÉDITO Evolução das Taxas de Juros Cobradas nas Operações de Crédito Pessoal e de Crédito Consignado – 2004 – 2006. 100 90 80 77,3 77,7 70 Taxa de juros - Outros Créditos 60 Taxa de juros - Crédito Consignado 50 40 39,2 35,8 de z/0 4 jan /05 fe v/ 05 m ar /05 ab r/0 5 m ai/ 05 ju n/ 05 ju l/0 5 ag o/ 05 se t/0 5 ou t/0 5 no v/ 05 de z/0 5 jan /06 fe v/ 06 m ar /06 ab r/0 6 m ai/ 06 ju n/ 06 30 www.bndes.gov.br Fonte: Banco Central 16 BANCO DO INVESTIMENTO Junho 2006 Recursos Livres 67,9% BNDES 19,2% Rural, Habitação e Outros Recursos Direcionados 12,9% O BNDES representa hoje 19 % do crédito total do país. Seu foco é o financiamento do investimento, base do crescimento não inflacionário. www.bndes.gov.br 17 ATUAÇÃO DE FORMA ANTI-CÍCLICA As operações de crédito do BNDES atuam como estabilizador automático da economia, suavizando as oscilações do crédito privado. 30 % CRÉDITO LIVRE / PIB % 25 CRÉDITO BNDES / CRÉDITO TOTAL 25 20 20 15 15 10 10 BNDES/PIB 5 0 jun/00 dez/00 jun/01 dez/01 jun/02 dez/02 jun/03 dez/03 jun/04 dez/04 jun/05 dez/05 www.bndes.gov.br 5 0 18 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO ¾Panorama Econômico Brasileiro em 2006. ¾Evolução do Mercado de Crédito. ¾Políticas do BNDES - Ações Recentes do Banco. www.bndes.gov.br 19 O BNDES É O BANCO DO LONGO PRAZO Em 2005, o prazo médio dos financiamentos concedidos pelo BNDES foi de 82 meses. No setor privado, esse mesmo prazo foi de 7 meses. Exemplos de Prazo de Operações Linhas de Atuação Prazo Inovação Até 12 anos; Logística Ferroviária Energia - Geração Até 15 anos; Até 14 anos; Aquisição de Bens de Capital desvinculados de projetos www.bndes.gov.br Até 7 anos e meio. 20 A PRINCIPAL FONTE DE RECURSOS DO BANCO É O RETORNO DE SUAS OPERAÇÕES BNDES – Fontes de Recursos Renda Variável 10% Outros 4% 2005 FAT 17% Retorno das Operações 69% www.bndes.gov.br 21 Distribuição dos Desembolsos do BNDES por Modalidade Operacional -% 100 90 80 49 52 70 53 41 54 55 53 46 45 47 2003 2004 2005 60 50 40 30 51 48 47 1999 2000 2001 20 59 10 0 2002 Operação Direta Obs.: Não inclui as aplicações no mercado secundário. 6www.bndes.gov.br Operação Indireta 22 PAPEL DO BNDES O BNDES preenche uma lacuna do mercado, garantindo crédito de longo prazo, de baixo custo em moeda nacional. Desembolsos do BNDES 50,0 (R$ bilhões) Total 37,4 40,0 30,0 25,2 20,0 6,0 7,4 10,0 0,4 39,8 33,5 6,0 47,0 1,8 11,1 1,1 14,0 11,8 11,9 6,8 7,8 11,8 12,8 12,0 14,2 16,6 2001 2002 2003 2004 2005 13,4 16,0 0,0 Outros Infra-Estrutura Exportação PEE www.bndes.gov.br Entre 2001 e 2005, os desembolsos do BNDES cresceram em termos reais 7,1% ao ano, em média. No setor de infraestrutura, esse crescimento foi de 12,6%*. *Nota: Deflacionado pelo IPCA ** PEE – Programa Emergial de Energia 23 APOIO A MPMEs A participação média dos desembolsos para MPMEs cresceu de 20% no período 1999-2002 para 29%, entre 2003-2006. Este ano, está em 28%. 40% % DESEMBOLSOS BNDES PARA MPMEs Média MPMEs 1999-02 = 20% Média MPMEs 2003-06 = 29% 30% 20% 30% 10% 15% 19% 23% 22% 32% 25% 28% 0% 1999 www.bndes.gov.br 2000 2001 MPME 2002 2003 Media 1999-02 2004 2005 Media 2003-06 2006 ATÉ JUNHO 24 NOVA POLÍTICA OPERACIONAL: Custo das = TJLP + Spread Básico + Spread de Risco Operações Diretas 9 Redução do Spread Básico Médio de 2,0 para 1,4%; 9 Simplificação das prioridades em cinco categorias; Prioridade AA A B C D Spread (%) 0,0 1,0 1,5 2,0 3,0 Exemplos: - Inovação - AA - Redução de Gargalos Ferroviários no Norte e Nordeste - AA - MPME – A, sem spread de risco - Geração de Energia – B 9Spread de Risco varia de 0,8% a 1,8% - antes era de 1,5% para todos os empréstimos. www.bndes.gov.br 25 NOVA POLÍTICA OPERACIONAL: ¾ O BNDES, além do FAT, capta recursos no mercado internacional e junto a Organismos Multilaterais. MUDANÇAS RECENTES: 9 O percentual obrigatório de repasses em moeda estrangeira caiu. Percentual do Financiamento Atrelado à Moeda Estrangeira Área de Demais Comércio Áreas do Exterior BNDES Até Março de 2005 40% 30% Em Abril de 2005 20% 15% Em Dez de 2005 20% 10% 9 O setor elétrico passou a ter 20% do custo de seus empréstimos indexado ao índice que corrige suas tarifas (IPCA), ao invés do dólar (fonte de problemasno setor elétrico em governos anteriores); 9 Os demais setores de infra-estrutura foram isentados do custo em dólar; 9 O custo dos empréstimos em dólar caiu de 8,7% em outubro de 2002 para 6,3%, desde abril de 2006. www.bndes.gov.br 26 DESENVOLVIMENTO REGIONAL PROGRAMA DE DINAMIZAÇÃO REGIONAL - PDR 9 Classificação dos municípios segundo duas dimensões: renda (renda média) e dinamismo econômico (taxa de crescimento do PIB municipal). 9 Três categorias: renda alta; renda média; e renda baixa. 9 Flexibilização das exigências de garantias para regiões de baixa renda e MPME. Programas PDR Alta Renda Média Renda Baixa Renda www.bndes.gov.br Municípios Nº % 35 590 1167 2% 33% 65% Redução de Spread Aumento de Participação -1% -1% -1% 5% 25% 45% 27 SIMPLIFICAÇÃO DO ACESSO AO CRÉDITO 9 Cartão BNDES: mecanismo que simplifica e amplia o acesso ao crédito da PME: - Elevação do valor do limite de crédito (de R$ 50 para R$ 250 mil). - Os desembolsos, que no primeiro semestre de 2005 não ultrapassavam R$ 18 milhões, superaram em julho de 2006 a marca dos R$ 100 milhões. Cartão 2003 2004 2005 1.029 5.790 Número de Operações 97 1.170.253 12.141.961 71.707.185 Desembolsos www.bndes.gov.br 28 INFRA-ESTRUTURA Aperfeiçoamentos Recentes na Política do BNDES: 9 Utilização de recebíveis; 9 Fundo de Investimento em Participações; 9 PPP: Modificação na Leis das Concessões para incluir os “step-in-rights” já aprovados na Lei das PPPs; 9 Project Finance: Ampliação do conceito do BNDES, estabelecendo ratings específicos e flexibilização de exigências. www.bndes.gov.br 29 EXPORTAÇÃO Linhas de apoio à exportação: 9 Financiamento à produção (pré-embarque): a empresa obtém recursos para produzir o bem ou serviço a ser exportado. 9 Financiamento à comercialização (pós-embarque): o importador é financiado e o exportador recebe os recursos antecipadamente. 9 Composição em 2005: 54% pré-embarque e 46% pós-embarque. www.bndes.gov.br 30 INCENTIVO ÀS INOVAÇÕES Novidade: Programa FUNTEC ¾ Energia renovável, com destaque para o etanol. ¾ Software, soluções microeletrônicas e biotecnológicas voltados para o desenvolvimento da agropecuária brasileira. ¾ Medicamentos e insumos para doenças negligenciadas e fármacos obtidos por biotecnologia avançada. www.bndes.gov.br 31 www.bndes.gov.br www.bndes.gov.br 32