III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO
UNISALESIANO
Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de
pesquisadores
Lins, 17 – 21 de outubro de 2011
A IMPORTANCIA DA GESTÃO DE CAPITAL DE GIRO
Flávio Augusto da Silva Dias
[email protected]
Julio Cesar Sgarbi
[email protected]
RESUMO
Com a busca de melhores resultados e maximização dos lucros as empresas
se preocupam cada vez mais em buscar conhecimentos e técnicas de gestão que
lhe tragam melhores resultados sobre os negócios da empresa. O capital de giro na
gestão financeira das empresas é de fundamental importância, haja vista estar
relacionado diretamente com ciclo operacional e o giro dos negócios. Existem
técnicas que permitem conhecer a política de compra e venda. A má gestão do
capital de giro pode trazer sérios problemas, podendo levar a empresa em uma
situação de insolvência. O artigo tem como objetivo analisar as técnicas de gestão
de capital de giro e avalizar a influência de uma eficaz gestão do capital de giro nos
resultados das empresas. Pois a gestão de capital de giro envolve um processo
continuo de tomada de decisões voltadas principalmente, para preservação da
liquidez da empresa que também afeta a rentabilidade.
Palavras – chave: Gestão do Capital de Giro. Capital de Giro. Resultados.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo do capital de giro,
onde é abordado o conceito, a importância, as contas do ativo circulante e do
passivo circulante, capital giro bruto e capital giro liquido.
A gestão de capital de giro tem participação de grande importância no
desempenho operacional de uma empresa, pois através dele serão financiado as
atividades da empresa. Uma má gestão do capital de giro traz sérias e desastrosas
conseqüências financeiras para empresa, contribuindo para uma situação de
insolvência.
Através de uma boa gestão do capital giro é possível trazer bons resultados e
preservar da saúde financeira da empresa, pois envolve um processo continuo de
tomada de decisões voltadas principalmente, para preservação da liquidez da
empresa, que consequentemente afeta a rentabilidade.
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Para elaboração do trabalho fez-se revisão bibliográfica para fundamentar os
conceitos e a teoria sobre assunto. Sendo composto o artigo pelos trechos mais
importantes das obras de autores que tiveram suas matérias publicadas.
O trabalho foi elaborado através de pesquisas bibliográfica, das principais obras
que abordam sobre o tema, em seguida foi realizado um levantamento dos principais
autores que trataram do assunto referente a gestão de capital de giro e como uma
boa gestão auxilia no resultados de uma empresa.
Por fim, houve a união das idéias e a conclusão do artigo científico.
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Conforme Tófoli (2008), a administração de capital de giro é a maneira de se
gerenciar os ativos e passivos circulantes da empresa. Quando Ativo Circulante (AC)
for maior que o Passivo Circulante (PC), a empresa possui capital giro liquido
positivo e quando ocorre ao contrário, possui capital de giro liquido negativo.
De acordo com Assaf Neto (2003), a administração do capital de giro engloba
decisões de compra e venda, e também as mais diversas atividades operacionais e
financeiras de uma empresa. Observa-se que a administração do capital de giro
deve garantir a uma empresa a adequada consecução de sua política de
estocagem, compra de materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e
prazo de recebimento.
Segundo Braga (1995, p. 81), “a administração do capital de giro envolve um
processo contínuo de tomada de decisões voltadas principalmente para a
preservação da liquidez da empresa, mas que também afeta sua rentabilidade”.
Gitman (1997) considera que uma das decisões mais importantes que precisa ser
tomada com respeito aos itens circulantes da empresa é determinar como usar os
passivos circulantes para financiar os ativos circulantes. O montante de passivos
circulantes disponíveis é limitado pelo valor das compras a prazo (duplicatas a
pagar), pelo valor das despesas (contas a pagar) e pelo valor considerado aceitável
para credores (empréstimos).
Complementa Assaf Neto (2010), uma administração inadequada do capital de
giro resulta normalmente em sérios problemas financeiros, contribuindo efetivamente
para a formação de uma situação de insolvência.
2.1 Gestão de capital de giros
Para Gitman (1987, p.279) a administração de capital de giro abrange a
administração das contas circulantes da empresa, incluindo ativos e passivos
circulantes. A administração de capital de giro é um dos aspectos mais importantes
da administração financeira considerada globalmente, já que os ativos circulantes
representam mais da metade do ativo total, e uma parcela dos financiamentos totais
que é representado pelo passivo circulante nas empresas.
ATIVO
Ativo Circulante (AC)
Disponível
Valores a Receber
Estoques
PASSIVO
Passivo Circulante (PC)
Fornecedores
Salários e Encargos Sociais
Empréstimos e Financiamentos
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Ativo Realizável a Longo Prazo (RLP)
Passivo Exigível a Longo Prazo (ELP)
Empréstimos e Financiamentos
Ativo Permanente (AP)
Patrimônio Líquido (PL)
Investimentos
Capital
Imobilizado
Reservas
Diferido
Lucros/Prejuízos Acumulados
Figura 1. Balanço Patrimonial e capital de giro.
Fonte: Assaf Neto (2010).
O capital de giro é o montante de recursos necessários para que empresa
possa desempenhar suas atividades operacionais a curto prazo, onde é
representado pelos recursos exigidos para financiar as necessidades operacionais
de uma empresa. Ele é extremamente importante para as empresas, pois é através
desses recursos que a empresa mantém em funcionamento a curto prazo.
A gestão de capital de giro é freqüentemente visto como um indicador de
liquidez e tem participação relevante no desempenho operacional da empresa.
Através desse indicador pode se verificar a situação financeira de uma empresa a
curto prazo.
Segundo a ADEMPE (1997, p. 130), onde foi feita uma analogia sobre o
termo, o Capital de Giro de uma empresa é:
Como a rotação do motor de um carro. Quanto mais
giros tiver o motor, mais potência tem. Quanto menos giros
tiver o motor, menos potência tem. Ou seja: quanto mais capital
(dinheiro) girar a empresa, mais potência tem. Quanto menos
capital (dinheiro) girar a empresa, menos potência
tem.(ADEMPE, 1997, p.130)
A gestão capital de giro trata dos ativos e passivos correntes (circulantes)
identificados como aqueles capazes de serem convertidos em caixa no prazo de um
ano, onde envolve basicamente a decisões de compra e venda tomada de decisão
pelo gestor financeiro, e outras diversas atividades operacionais e financeiras. Os
ativos circulantes, comumente chamados de capital giro, representam a proporção
do investimento total da empresa que circula, afim de financiar operações, como,
caixa, estoques, contas a receber, etc. Os passivos circulantes representa de curto
prazo por que incluem todas as dividas vencem no prazo máximo de um ano que
incluem valores devidos fornecedores, bancos, funcionário e governo.
O objetivo da administração financeira de curto prazo é
gerir cada ativo circulante (estoques, contas a receber, caixa e
aplicações financeira a curto prazo) e cada passivo circulante
(contas a pagar, despesas a pagar, e instituições financeira a
pagar a curto prazo) de maneira a alcançar um equilíbrio entre
rentabilidade e risco que contribua positivamente para valor da
empresa. (GITMAN, 2004, p. 510).
Evidentemente, se as atividades de seus vários elementos ocorressem de
forma sincronizada, não haveria necessidade de se manterem recursos aplicados
em capital de giro, e não teria finalidade estudar sobre o capital de giro.
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Conforme Tófoli (2008) visto que o objetivo da gestão da capital de giro é
alcançar um equilíbrio entre rentabilidade e risco, pelo fato das operações de
produção, venda e cobrança não serem sincronizadas entre si, o capital de giro
divide-se em:
a) fixo ou permanente – o capital de giro fixo ou permanente refere-se
ao volume mínimo de necessário para manter a empresa em
condições normais de funcionamento.
b) variável ou sazonal – é definido pelas necessidades adicionais e
temporais de recursos verificados em determinados período, onde
se exige compras antecipadas de estoques, maior tardança das
contas a receber, recursos do disponível em transito, maiores
volumes de vendas em certos períodos do ano etc.
2.2.1 Capital de giro bruto
O Capital de bruto compreende se pelo total do ativo circulante, mais
precisamente pelas contas estoque, valores a receber, caixa e outros.
2.2.2 Capital de giro líquido
O capital de giro liquido é obtido pala diferença entre o ativo circulante e passivo
circulante. Através dessa operação podemos analisar se empresa possui uma folga
financeira positiva, podendo liquidar seu exigível a curto prazo, ou capital de giro
liquido negativo não podendo honrar suas dividas a curto prazo. (GITMAN, 1987).
2.2.3 Capital giro próprio
Conforme Tófoli (2008) “O Capital Circulante Próprio revela, basicamente, os
recursos próprios da empresas que estão financiados suas atividades correntes – o
ativo circulante.”
Corresponde a parcela de capital da empresa (sócios), que esta sendo usado
para financiar os elementos ativo circulante como duplicatas a receber (créditos).
2.3 Técnicas de gestão do capital de giro
Os indicadores de prazos médios ou conhecidos também como indicadores de
atividade, através deles se permitem conhecer a política de compra e venda adotada
pela empresa, podendo, dessa forma, contatar a eficiência com que os recursos
alocados estão sendo administrados.
Uma boa gestão do capital de giro envolve imprimir
alta rotação (giro) ao circulante, tornando mais dinâmico seu
fluxo de operações. Este incremento de atividade no capital de
giro proporciona, de forma favorável à empresa, menor
necessidade de imobilização de capital no ativo circulante e
conseqüente ao aumento da rentabilidade. (ASSAF, 2010,
p.19)
Na gestão de capital de giro através dos prazos médios, é possível verificar
quanto tempo, em média, a empresa demora a receber suas vendas a prazo,
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renovar seus estoques, e pagar seus fornecedores. Essas ferramentas são de
grande importância para gestão do capital de giro, e recebem a denominação de
Prazo Médio de Recebimento de Vendas, Prazo Médio de Renovação de Estoques,
e Prazos Médios de Pagamento de Compras. Esses indicadores devem ser
analisados em conjuntamente, sua analise isoladamente não representam
informações e sim um simples dado.
A analise desses três índices conjuntamente forma o Ciclo Operacional e o
Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa, elementos fundamentais na elaboração de
estratégias gerencias e avaliação do comportamento das atividades da empresa.
De acordo com Tófoli (1945). “A má administração dos prazos médios afeta
diretamente o resultado e a liquidez da empresa.”
Através dos índices de atividade é possível medir a velocidade a que as
contas são convertidas em vendas ou em entradas e saídas de caixa.
2.3.1
Prazo médio de Renovação de Estoque – PMRE
Na administração dos estoques devem ser levados em conta os fatores: custo
de capital, custo das instalações, custos dos serviços e riscos de estocagem.
(ARANHA, 2011).
O custo de manter estoques se traduz no volume de recursos investidos nos
materiais e produtos estocados, nas instalações, e nos equipamentos necessário
para locomoção física e armazenagem.
Os custos de instalações incluem o custo de aluguéis, impostos, taxas,
manutenção, limpeza, refrigeração, seguro e depreciação.
Entretanto os custos de serviços compreendem os gastos com mão - de- obra
utilizada para recebimento, movimentação e controles administrativos.
Os riscos são em relação furtos, deterioração, obsolescência, conjunturas,
etc.
A administração dos estoques é um assunto complexo, todavia, para um
gestor financeiro, é importante calcular sua rotação e interpretar os índices e seus
reflexos na liquidez e rentabilidade da empresa.
Entretanto para gestão de capital de giro, o gestor financeiro deve conhecer o
indicador prazo médio de renovação de estoques que exprime números de dias que
estoques são renovados, ou ainda numero de dias, em média, os estoques
permanece armazenado na empresa antes de serem vendidos. Quanto menos o
prazo e maior o giro dos estoques, melhor.
O índice é obtido pela seguinte fórmula:
PMRE = (Estoques/CMV) x 360
2.3.2 Prazo médio de Recebimento de Vendas – PMRV
As vendas a prazo de uma empresa devem ser seguidas de uma política de
crédito que seja adequada a sua atividade, uma vez que, conceder crédito significa
assumir risco e custos, que é inexistente na modalidade à vista.
Por outro lado deve se levar consideração a concessão de prazo, que
propicia a ampliação dos níveis operacionais, ganho de escala, além favorecimento
do escoamento de produção, aumento do giro de estoques e permissão da
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ampliação das atividades das empresas do terceiro setor, em contrapartida requer
um maiores investimentos.
A conta duplicatas a receber ou cliente, geralmente tem valor relevante no
ativo circulante, onde são representados os custos de produção e vendas, impostos
sobre as vendas e lucro bruto ainda não realizado.
O indicador de prazo médio de recebimento indica o tempo decorrido, em
média, entre a venda de seus produtos e o efetivo ingresso de recursos. O ideal é
que o recebimento das vendas se efetue no menor prazo possível. (ARANHA, 2011).
O índice é obtido pela seguinte fórmula:
PMCR = (Duplicatas a receber/Vendas) x 360
2.3.3 Prazo Médio de Pagamento de Compras – PMPC
Os saldos de duplicatas a pagar ou fornecedores, representa para empresa
uma fonte de recursos operacionais, ligada diretamente aos negócios da empresa.
O prazo médio de pagamentos de compras representa o prazo, em média,
que empresa obtém de seus fornecedores para pagamento dos insumos ou
mercadorias. Quanto maior prazo, melhor para empresa. (ARANHA, 2011).
A fórmula é seguinte:
PMPC = (Fornecedores/CMV) x 360
2.3.4 Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico
O ciclo operacional representa o intervalo de tempo decorrido entre momento
que a empresa adquire as matérias-primas ou mercadoria e o momento em que
recebe o dinheiro relativo às vendas. (ARANHA, 2011).
Conforme Aranha (2011), refere-se ao período (em média) que os recursos
estão investidos nas operações sem que tenham ocorridos os correspondentes
ingressos de caixa. Parte desse capital é financiado pelos fornecedores que
concederam prazo de pagamento.
O ciclo financeiro indica, em termos médios, o tempo decorrido entre o
momento do pagamento dos fornecedores pelas matérias primas ou mercadorias
adquiridas e as entradas de caixa referente recebimento de vendas. É o tempo que
empresa necessita ou não para financiamento complementar do seu ciclo
operacional. Através da apuração do ciclo financeiro pode se evidenciar qual o prazo
eu empresa financia seus clientes, com os recursos próprio e terceiros. Quanto
maior o ciclo financeiro de uma empresa, mais necessidades de obtenção de
financiamentos complementar para giro de seus negócios. Se obtido através de
fontes onerosas, poderá provocar redução da rentabilidade e contribuir para um
processo de insolvência da empresa.
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Figura 2. Fornecedores Financiam apenas parte da estocagem.
Fonte: Tófoli (2008).
O ciclo econômico considera unicamente as ocorrências de natureza econômica,
envolvendo a compra de materiais até as respectivas vendas. Não leva em
consideração os reflexos de caixa verificados em cada fase operacional.
Os prazos de estocagem e de recebimento afetam significativamente as
necessidades de recursos para financiamentos do giro das operações.
2.4 Influencia de uma eficaz gestão de capital de giros no resultado da
empresa
O valor do capital se sustenta em três fatores: volumes de vendas, políticas de
crédito e níveis de estoque.
Uma empresa que apresenta um capital de giro liquido positivo, podemos afirmar
que é menor o risco de insolvência? Não é de toda veracidade, pois se deve alisar a
evolução das contas que compõem o ativo circulante, dependendo da situação a
folga financeira se torna ilusória. Como exemplo, se o ativo circulante apresentar
uma evolução nas contas estoques e duplicatas receber decorrido o aumento das
vendas podemos considerar um fato normal. Caso ocorra uma evolução das contas
estoques e duplicatas a receber sem conseqüência do aumento das vendas
podemos considera uma estratégia irregular.
Da mesma forma pode ocorrer na ausência de capital de giro negativo, não
indica dificuldade financeira. As contas que compõem o passivo circulante podem
existir um descompasso de vencimentos investidos, sendo possível liquidar os
compromissos nos valores devidos e data prazadas. Como exemplo podemos citar
um fato onde os valores a receber vencem a cada 30 dias e os compromissos
vencem a cada 90 dais. Nesse caso a empresa consegue trabalhar com capital de
terceiros, ocorrendo o ciclo operacional da seguinte maneira:
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Figura 3. Ciclo Operacional
Fonte: Elaborado pelo próprio autor.
Quando ocorrer o aumento das contas duplicatas a receber e estoques sem
correspondente crescimento das vendas, há um forte indicio de elevação de
inadimplência ou de mudanças na política de crédito, e inibir os investimentos em
estoques por existir o custo de manter estoque. Todos necessitam de maiores
investimentos, porém o menos preocupante as vendas.
Um capital de giro elevado inibi investimentos em Ativos Permanentes
necessário, sem necessidade de investimentos. Por outro lado, Capital Giro reduzido
implicará na capacidade de operar empresa.
“Assim, o capital de giro deve ser administrado de
forma que não sejam mantidos estoques em excesso e
desnecessário que fatalmente incidirão em custos (custo de
manter estoque). O mesmo raciocínio para cuidado da política
de crédito, pois uma política mais liberal ampliará o volume das
contas a receber e provável aumento da inadimplência, e maior
espaço de tempo no ciclo de caixa (ou ciclo financeiro).”
(TÓFOLI, 2008, p. 151).
O enfoque da área financeira para realização da gestão de capital de giro,
basicamente, na procura da eficiência na gestão dos recursos, o que é feito através
da maximização de seus retornos e minimização de seus custos.
O capital giro precisa ser acompanhado periodicamente, pois esta
constantemente sofrendo mudanças enfrentadas pela empresa.
“Uma administração inadequada do capital de giro resulta normalmente em
sérios problemas financeiros, contribuindo efetivamente para formação de uma
situação de insolvência.” (Alexandre Assaf Neto, 1946, p.13).
Quando há uma boa gestão dos Ativos Circulantes e Passivo Circulante,
buscando um equilíbrio entre as contas que compõem, certamente haverá uma
liquidez.
A gestão inadequada do Capital Giro resulta naturalmente em sérias e
desastrosas conseqüências, chegando muitas vezes, até concordata ou falecia da
empresa. A imobilização excessiva da empresa é um dos exemplos. Os recursos
que deveriam investidos no capital giro foram desviados para outra finalidade.
CONCLUSÃO
Tendo em vista a pesquisa apresentada conclui-se que é de extrema importância
uma boa gestão do capital de giro para saúde financeira de uma empresa, pois
estão diretamente ligados com ciclo operacional e o giro dos negócios.
O presente estudo mostrou os conceitos, algumas técnicas para gestão
financeira do capital de giro e sua importância para saúde financeira das empresas.
A gestão eficiente dos seus elementos contribui significativamente para a
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maximização do lucro da empresa, entretanto uma má gestão do capital giro pode
causar problemas financeiros para empresa, levando até a falência.
O capital de giro está diretamente associado às fontes, as quais a empresa
necessita para financiar seu crescimento.
Através dos indicadores de atividade permitem conhecer política venda e compra
adotada pela empresa, podendo contatar a eficiência com os recursos alocados
estão sendo administrados.
A necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do administrador
financeiro. Um elevado volume de capital de giro irá desviar recursos financeiros que
poderiam ser investidos nos ativos permanentes da empresa. Por outro lado, o
capital de giro muito reduzido restringirá a capacidade de operação e de vendas da
empresa.
Por fim, concluímos que as empresas de um modo geral necessitam de uma
reserva de capital de giro e que este é de fundamental importância para o sucesso
das empresas.
REFERÊNCIAS
ADEMPE (Associação dos Empresários da Pequena e Média Empresa do Brasil).
Socorro: tenho uma empresa! – Como Organizar e Dirigir Uma Empresa. São
Paulo, 1997.
Aranha, J. A. Indicadores de ciclos financeiro e operacional: uma abordagem
com enfoque na liquidez e rentabilidade . Campo Grande MS, agosto 2008.
Disponível
em:<http://www.neonconcursos.com.br/artigos/moura/Artigo%20ciclo.pdf>.
Acesso em: 02 jun. 2011.
Assaf Neto, Alexandre. Administração de Capital de Giro. 3 ed. São Paulo: Atlas,
2010.
BRAGA, R. Análise avançada do capital de giro. Caderno de Estudos FIPECAFI,
n.3, set/1991.
GITMAN, Laurence J. Princípios de administração financeira. 3 ed. São Paulo:
Harbra, 1987.
Tófoli, Irso. Administração Financeira empresarial: uma tratativa prática. 1 ed.
Campinas: Arte Brasil Editora/Unisalesiano – Centro Universitário Católico Auxilium,
2008.
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