26 de maio de 2011
Ergonomia do produto: Um estudo sobre a relação de idosos com o
computador
Gabriela Alves de Novaes
Pós-graduanda em Gestão Estratégica de Pessoas (UFSJ) – [email protected]
Laiana Gonçalves Sabioni
Estudante do curso de Administração (UFV) – [email protected]
Sara Maria Lopes Salgado
Estudante do curso de mestrado em Economia Doméstica (UFV) – [email protected]
Simone Caldas Tavares Mafra
Professora Associada do Departamento de Economia Doméstica (UFV) – [email protected]
Vania Eugênia da Silva
M.Sc. Economia Doméstica. Pesquisadora vinculada ao ERGOPLAN (UFV) – [email protected]
Resumo: O objetivo deste estudo foi observar, discutir e propor alternativas em relação aos
hábitos e atitudes relacionados ao uso do computador pelo público da terceira idade. Para
atingir esse propósito, acompanhou-se o grupo de idosos participantes do projeto “Ginástica
para terceira idade - De bem com a vida”, desenvolvido pelo Departamento de Educação
Física, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em parceria com a Prefeitura Municipal de
Viçosa - MG. A metodologia adotada foi a Análise Ergonômica do Trabalho para orientação
do estudo. Foram aplicados dois tipos questionários para uma amostra não probabilística. O
primeiro questionário teve a intenção de delimitar o objeto de estudo, definido como o
computador e o segundo, com o intuito de compreender o uso deste pelos idosos. Observou-se
que, mesmo com acesso ao computador, uma parcela dos entrevistados (76,3%) não o teria
usado, muitos por insegurança e crença de que seria complicado. Identificou-se que o lazer
era o principal atrativo para o contato com a máquina, e que estes indivíduos tinham
dificuldades em interpretar os termos em inglês, assim como manusear o teclado e o mouse.
Ao final do estudo, foi possível sugerir ajustes a serem implementados no computador com o
propósito de aproximar a terceira idade do ambiente tecnológico atual, como por exemplo, a
tradução e simplificação dos termos frequentemente utilizados, ajuste dos ícones das
principais funções e adaptação do mouse e teclado.
Palavras-chave: Ergonomia; Tecnologia; Idosos; Qualidade de vida na terceira idade.
1. Introdução
O avanço da tecnologia gera grandes desafios para a sociedade que se depara com
objetos de uso cotidiano cada vez mais sofisticados. Percebe-se que o desenvolvimento dessas
novas tecnologias e o acesso a novas informações, muitas vezes, não é
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transmitido a todos. Os complexos processos de comunicação da sociedade difundem
linguagens e conhecimentos que, na maioria das vezes, não são repassados às pessoas da
terceira idade1. Considerando que a expectativa de vida da população tem aumentado
expressivamente, resultando numa nova configuração demográfica caracterizada pelo
crescimento do número de idosos no Brasil; a preocupação acerca da inclusão digital do idoso
torna-se ainda mais relevante. A importância crescente do idoso na sociedade brasileira se
confirma através dos dados apresentados por Inouye; Pedrazzani e Pavarini (2008:351):
No ano 2000, a população brasileira de idosos apresentou crescimento oito
vezes maior quando comparada às taxas de crescimento da população jovem,
estando previsto, que em 2025, o país venha a ocupar o sexto lugar na
classificação mundial em número de idosos, isto é, terá cerca de 34 milhões,
chegando à marca de 15% da população total.
Observada esta nova configuração da sociedade, é imprescindível que os esforços
direcionados à parcela idosa da população sejam revistos. Deve-se enfatizar os cuidados
relacionados às perdas físicas trazidas pelo envelhecimento, na busca tanto de preveni-los
quanto de minimizar seus efeitos, além de promover avanços no que diz respeito a fatores
subjetivos relacionados à qualidade de vida deste grupo. O presente estudo contribui na
sugestão de algumas medidas a serem implementadas nos computadores a fim de adaptá-los
às perdas funcionais apresentadas pela camada mais idosa da sociedade e através deste
mecanismo pretende promover a inclusão do idoso no mundo digital melhorando sua relação
social e beneficiando sua qualidade de vida.
Sendo assim, objetivou-se compreender o uso do computador, sob a perspectiva da
Análise Ergonômica do Trabalho, pelos participantes do Grupo “Ginástica para terceira idade
- De bem com a vida”. Especificamente, pretendeu-se identificar as possíveis dificuldades do
grupo durante o uso do computador; propor medidas para minimizar as possíveis limitações
observadas e sugerir medidas de promoção da socialização deste público por meio do uso do
computador.
2. Revisão de literatura
Buscou-se nesse estudo compor um quadro teórico sobre o que os principais autores
apontam sobre o uso do computador pelo grupo da terceira idade, as perdas funcionais
causadas pelo envelhecimento e também sobre o conceito de Ergonomia. Para tanto, foram
abordados nesta revisão, os seguintes tópicos: Ergonomia, Uso da Tecnologia por idosos e
Envelhecimento funcional e psicológico.
2.1 Ergonomia
Santos e Fialho (1997) entendem por Ergonomia: o estudo que se preocupa com a
adaptação de máquinas, espaços, ferramentas e produtos às necessidades humanas. Este
estudo surgiu quando as longas rotinas de trabalho começaram a trazer forte desgaste para os
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Entende-se por terceira idade o grupo de idosos, ou seja, pessoas acima de 60 anos, conforme estatuto do idoso
(ESTATUTO DO IDOSO, 2009).
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trabalhadores e a ideia de tentar moldar o homem às suas condições de trabalho, ao longo do
tempo, foi sendo substituída pela tentativa de adequar o trabalho, compreendido como
máquinas, ferramentas e ambiente, ao homem. Os autores afirmam que desde que o trabalho
humano deixou de ser essencialmente físico para se tornar um esforço mental, a ergonomia
passou a englobar inúmeras áreas de estudo, transformando-se numa ciência interessada na
análise das atividades humanas, em geral.
Ainda que a ergonomia observe as condições ideais de trabalho buscando uma
melhora na relação do homem com suas atividades. Santos e Fialho (1997) lembram que
outros fatores interferem quando da concepção de produtos e ambientes de trabalho; tais como
critérios sociais e econômicos. Os autores destacam, também, que a situação de trabalho
caracterizada pelo sistema homem-tarefa envolve um complexo número de expectativas,
relacionadas ao desempenho global do trabalhador e, portanto, a avaliação das circunstâncias
de trabalho pode sofrer interferência desta gama de fatores.
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) envolve a compreensão de três fases, de
acordo com Santos e Fialho (1997), a saber: Análise da demanda - que é compreendida como
delimitação do objeto de estudo ou problema; Análise da Tarefa - diz respeito à execução
esperada das tarefas e as condições ambientais adequadas de trabalho; e Análise das
Atividades - que corresponde as ações realmente realizadas, fruto das observações sobre as
práticas de trabalho. Cada uma dessas fases requer uma minuciosa descrição e observação de
forma a trazer os melhores resultados para o pesquisador.
A definição de Fisher e Guimarães (2000) afirma que a Ergonomia tem a finalidade de
adaptar as condições de trabalho às características e restrições do usuário, de forma a trazer
conforto e segurança para ele. As autoras colocam também que essa tarefa de adequação
abrange diversas áreas de estudo desde biomecânica até a psicologia (FISHER;
GUIMARÃES, 2000).
A interdisciplinaridade no estudo da ergonomia também em lembrada por outros
autores: “a ergonomia possui um campo de abrangência bastante amplo, que inclui diversas
situações da atividade humana, tais como: posturas, movimentos, fluxo de informações,
postos de trabalho, cognição, controles, formas de organização do trabalho, fatores humanos,
entre outros” (ELIAS; MERINO, 2007, p.26). Os autores comungam também a noção de que
os estudos ergonômicos buscam compreender as interações homem e sistema, buscando o
bem estar humano e garantindo o desempenho adequado do trabalho.
Abrahão e Pinho afirmam que “é consensual, na comunidade científica, que na relação
com as outras ciências, a ergonomia faz empréstimos conceituais de áreas do conhecimento,
tais como, fisiologia, psicologia, sociologia, dentre outras” (ABRAHÃO; PINHO, 1999), tal
situação permite uma reflexão de que os conhecimentos de todas essas áreas permitirão a
formação de teorias ergonômicas, que possam auxiliar os profissionais a executarem seus
projetos.
Em relação ao universo da ergonomia do produto existe uma preocupação com o
público alvo que irá utilizar o produto quando se elabora o design do mesmo, como explica
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Pequini (2005): “para o design de produtos de alta qualidade, deve-se colocar maior ênfase na
adequação das características dos produtos aos requisitos e às capacidades físicas, perceptuais
e cognitivas dos consumidores” (PEQUINI, 2005: 7.1).
A ergonomia do produto está fortemente relacionada com uma série de fatores
multidisciplinares como a facilidade do uso, segurança, aparência e custo. Por isso, sua
importância se destaca no fato de que “construir ou acrescentar valor a um produto requer
uma abordagem sistemática de concepção começando com uma avaliação das necessidades e
capacidades dos utilizadores” (ERGONOMIA 560, 2009).
2.2 Envelhecimento funcional e psicológico
O envelhecimento funcional é um processo contínuo que atinge o funcionamento do
organismo tornando o idoso mais frágil e suscetível às variações do ambiente. O
envelhecimento provoca a redução da capacidade física em razão da diminuição do fluxo
sanguíneo para os músculos esqueléticos e das fibras musculares. Por consequência, durante o
exercício físico, a resposta do idoso em relação ao mais jovem é menos proveitosa (ZIEMAN;
GERSTENBLITH, 1999 apud NOGUEIRA, 2008).
A avaliação da independência e autonomia do idoso inclui a capacidade do indivíduo
em realizar certos tipos de tarefas, quais sejam, as atividades básicas da vida diária, que estão
relacionadas ao cuidado pessoal; as atividades instrumentais da vida diária, que correspondem
as tarefas realizadas na rotina do trabalho doméstico e que não exigem grande esforço; e as
atividades avançadas da vida diária, que dizem respeito as atividades com um grau elevado de
dificuldade (BANDEIRA; PIMENTA; SOUZA, 2006).
O processo do envelhecimento psicológico foi entendido muitos anos como o processo
de envelhecimento funcional, ou seja, marcado por períodos de ascensão na juventude e
seguido pelo declínio na terceira idade. Sob essa perspectiva o idoso era considerado
importante pelas suas contribuições à sociedade, ao longo da vida, no entanto, ao atingir a
velhice, perdia a posição de uma pessoa ainda capaz de trazer benefícios à sociedade
(MOREIRA; MAFRA, 2009).
Moreira e Mafra (2009) afirmam que, ao contrário do que se imaginava, mesmo com a
idade avançada os indivíduos podem manter ativa sua capacidade funcional, exercendo
atividades que prezem pela manutenção do estado físico e ainda execute tarefas que tragam
contribuições para sociedade, desmistificando a crença de que o idoso já concluiu suas
funções sociais. Fatores ambientais, culturais, hereditários e psicossociais estariam fortemente
relacionados a essa nova realidade. O autor ainda acrescenta que as pessoas podem atenuar os
efeitos negativos do envelhecimento através da realização de atividades que mantenham o
indivíduo em constante aprendizado e enfatizem sua importância na sociedade.
Percebe-se que, o conhecimento das novas tecnologias, como o computador, mantém
ativa a capacidade funcional dos idosos e também traz a possibilidade de ampliar os espaços
de socialização deste grupo.
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2.3 O uso da tecnologia por idosos
Um produto tecnológico que passa constantes adaptações e aprimoramento é o
computador. O computador moderno apresenta avanços tecnológicos adquiridos após anos de
estudo e desenvolvimento científico, sua história teve início em 1941, durante a 2° Guerra
Mundial, onde os alemães o construíram com a principal função de codificação de mensagens.
Logo após, os ingleses desenvolveram o Colossus, que funcionava por meio de válvulas
capazes de processar cerca de 5 mil caracteres por segundo. O primeiro computador
eletromecânico construído, Mark I, tinha um formato bem diferente dos utilizados hoje,
possuía 18 metros de comprimento, dois metros de largura e pesava 70 toneladas, esta
máquina logo foi substituída pelos computadores eletrônicos. Em 1945, foi desenvolvido o
primeiro computador baseado na lógica com armazenamento eletrônico da informação e de
dados de programação. O primeiro computador comercial, UNIVAC, surgiu apenas em 1948
com o patenteamento do primeiro transmissor (MUSEU DO COMPUTADOR, 2009).
Desde o início de sua comercialização, a utilização desta máquina aumenta de maneira
exorbitante. Uma pesquisa realizada pelo Institute Research, dos Estados Unidos e publicada
no website do jornal Estadão, demonstra que o Brasil teve um aumento de 22 pontos
percentuais no uso do computador entre 2002 e 2007. Apesar deste fato, o nível de acesso a
computadores no Brasil ainda é menor do que em países desenvolvidos (BBC BRASIL,
2007).
Outra pesquisa realizada nesta área foi desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em seu censo 2008, onde relaciona o uso de computador e
acesso a internet no Brasil. A pesquisa identificou que entre os 57.557 mil domicílios
brasileiros, 17.925 mil (31,2%) possuíam microcomputadores e a maior parte das pessoas que
possuía computador (10.119 mil) estavam na região Sudeste, sendo que, o acesso à internet
era de 13.716 (23,8%) para quem possuía microcomputador e de 7.978 para quem possuía
computador na região Sudeste. A pesquisa ressalta a desigualdade de acesso à informação a
partir da Internet: “a região Sudeste possuía 31,5% de seus domicílios conectados à Internet; a
Região Sul, 28,6%; a Região Centro-Oeste, 23,5%; a Região Nordeste, 11,6%; e, a Região
Norte, 10,6%”.
Carvalho e Silva (s.d.) afirmam que “o melhor computador de hoje não passará, daqui
a dois anos, de uma simples máquina de jogos sem qualquer utilidade para realizar tarefas
produtivas.” Diante dessas constantes mudanças tecnológicas, a adaptação ao uso do novo
produto nem sempre é alcançada facilmente, principalmente a parcela da sociedade que não
desenvolve atividades constantemente empregando o computador.
Pasqualotti; Baroni e Doll (2007) mencionam que as tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) se renovam em uma velocidade cada vez maior, e a exclusão digital
passa a exprimir um aumento gradativo na sociedade. Cada indivíduo reage de uma maneira
diante das mudanças na tecnologia, expressando necessidades específicas devido às diferentes
realidades, o que demonstra a necessidade das instituições trabalharem além do manuseio das
novas tecnologias, atingindo o processo da inclusão digital de forma continuada. Propostas
efetivas de uso só são adequadas mediante análise de como as pessoas lidam com aprendizado
de novas habilidades.
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A utilização do computador é algo novo quando se trata de atender as expectativas dos
idosos, a exclusão dessa população é percebida principalmente quanto ao acesso e quanto à
adaptação no manuseio dos recursos tecnológicos, porém, existem outras variáveis de
exclusão que deveriam estar voltadas para as especificidades do idoso como a funcionalidade
da tecnologia, sua validade e praticidade (PASQUALOTTI; BARONI; DOLL, 2007)
Vasconcelos (2008) indica que as pessoas estão presas a costumes adquiridos a partir
de seu nascimento, e o conhecimento de novas tecnologias nem sempre é uma tarefa fácil,
assim como se adaptar as terminologias desconhecidas. O autor também aponta as
dificuldades de efetuar uma atividade ainda nunca realizada:
Um adulto que nunca usou qualquer equipamento com botões, mesmo sendo
pessoa instruída, quando solicitado a fazer simples operações numa
calculadora de bolso, fica no princípio totalmente inibido. Tem receio de que
possa queimar algum circuito, colocar o equipamento em situação de risco,
ou obter resultados falsos quando aperta botões errados. Só se sente à
vontade quando, depois de várias tentativas mal sucedidas, verifica que nada
de grave aconteceu. Percebe que basta retomar as mesmas operações desde o
início e que os erros anteriores foram ignorados. Logo percebe quando perde
dados armazenados ao guardar novos valores no mesmo lugar
(VASCONCELOS, 2008:1).
O computador é uma tecnologia de informação e comunicação amplamente utilizada
no mundo, e que passa por constantes modificações, tanto em sua estrutura física, quanto em
seus programas. A adaptação às mudanças não são facilmente alcançadas por quem não
interage constantemente com esta máquina. Os idosos, assim como um cidadão que não
conhece o equipamente, só são capazes de se sentirem seguros para o uso do computador
quando, após experimentarem, perceberem que o erro não causa necessariamente danos,
assim se sentem mais confiantes para interagir com o objeto.
3. Procedimentos metodológicos
O presente trabalho foi realizado no Projeto “Ginástica para Terceira Idade - De bem
com a vida”, promovido pelo Departamento de Educação Física, da UFV, em parceria com a
Prefeitura Municipal de Viçosa-MG. O programa oferece gratuitamente atividades físicas
durante todos os dias da semana para um grupo de idosos de ambos os sexos. Foi feita a
aplicação de questionários, em duas etapas, durante o mês de novembro de 2009.
A pesquisa limitou-se a descrever determinados aspectos de uma certa população e,
portanto, de acordo com Vergara (2006), este estudo se classifica, quanto aos fins, como
pesquisa descritiva. Utilizou-se como base para a revisão de literatura autores que versam
sobre ergonomia, envelhecimento e suas perdas funcionais, e o uso da tecnologia por idosos, o
que vem a definir o estudo como pesquisa bibliográfica. A investigação exploratória também
pode definir esta pesquisa, justamente por ainda não existirem muitos estudos que se
dediquem exclusivamente a desenvolver análise ergonômica em computadores sob a
perspectiva de uso pela terceira idade.
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Durante a Análise da demanda foi aplicado um questionário (Apêndice A) a todas as
pessoas presentes na aula de ginástica, separando-os em grupo de três pessoas, de acordo com
exigência do monitor, com o objetivo de identificar qual produto gerava algum desconforto
quando utilizado, definindo, assim, o objeto de estudo. Em seguida, foi aplicado um segundo
questionário (Apêndice B) que possibitou a avaliação de duas fases da AET: Análise da
tarefa, com perguntas direcionadas a identificação das condições ambientais onde ocorria o
uso do computador; e Análise da atividade, quando se analisou as limitações relacionadas à
execução das tarefas.
Quando da execução da primeira etapa o público analisado apontou o computador
como o produto que gera maiores problemas no uso e, portanto, foi o objeto escolhido para o
estudo. Foram aplicados 38 questionários de um total de 107 participantes do projeto,
representando a amostra uma parcela de aproximadamente 35,51% do universo estudado, no
entanto, o critério para escolha desta amostra não foi probabilístico. Considerando o conceito
de Vergara (2006) ,a acessibilidade foi o critério de representatividade utilizado, justamente
pela assiduidade nas aulas desenvolvidas figurar como um fator limitante quando da seleção
dos sujeitos da pesquisa. Verificou-se a presença nas aulas em um período de 25 dias no mês
de outubro de 2009, considerando assíduos aqueles alunos que frequentaram as aulas durante
10 dias dentro deste período. Dentre o grupo dos 107 participantes, três não compareceram à
nenhuma das aulas, 49 pessoas foram de uma a três vezes, 27 pessoas foram de quatro a nove
vezes e somente 28 alunos foram 10 vezes ou mais no período analisado. Estes dados
justificam a escolha do critério acessibilidade quando da seleção da amostra.
Todos os participantes foram informados em uma breve reunião sobre os objetivos do
trabalho, e foram convidados a participar da pesquisa.Vale ressaltar que a aplicação foi feita
durante as aulas, o que de certo modo prejudicou a execução dessa etapa. Durante a aplicação
dos questionários, todos os participantes foram interrogados sobre o interesse em colaborar
com a pesquisa; desta forma, somente foram respondentes aqueles que desmonstraram
interesse na participação do trabalho.
4. Resultados e discussões
No primeiro encontro com o grupo de idosos, o questionário aplicado (Apêndice A)
identificou os principais problemas relacionados a determinado objeto. Entre os produtos
citados os que apareceram com maior frequencia foram computador, celular e aparelho de
DVD. Dentre estes, o produto mais citado foi o computador, que apareceu na resposta de
todos os grupos entrevistados. Por ter sido muito citado e justamente pelo grupo notar a
presença constante do computador nas atividades diárias e mesmo assim existir um conflito
com esta máquina, este produto foi escolhido como objeto de análise.
A partir da definição do produto, aplicou-se um segundo questionário (Apêndice B)
para analisar o processo de uso e as possíveis dificuldades à realização das tarefas. Para tanto,
foram aplicados 38 questionários sendo que a maioria dos entrevistados foram do sexo
feminino, correspondendo a um total de 34 pessoas.
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Uma parcela do total de entrevistados, correspondente a 47,3%, tinha computador em
casa, e uma parte equivalente a 63,16% disse que tinha acesso ao computador em outros
lugares. Mesmo tendo computador em casa ou acesso ao computador em outros locais como
por exemplo, na casa dos filhos, netos, ou em aulas de informática, apenas 23,7% já haviam
usado o computador pelo menos uma vez. O discurso dos entrevistados que não utilizavam o
computador revelou que alguns usavam a idade como barreira para não aprender, outros
diziam não querer incomodar alguém para que os ensinassem e uma usuária ainda acrescentou
que tinha medo de danificar o computador, mas que se fosse de sua propriedade, ela teria mais
vontade de usá-lo.
Os respondentes que nunca haviam usado o computador somavam uma parcela de
76,32%, e apontavam como os motivos mais significativos para nunca o terem feito: falta de
interesse (27,77%); falta de acesso (27,77%); crença de que o computador era complicado
(22,22%); e dentro da alternativa outros os mais relevantes foram: falta de tempo (16,67%); e
falta de paciência para ficar parado em frente a uma máquina (5,56%).
A falta de acesso, um dos itens de maior relevância que explicava o não uso do
computador pelos idosos atendidos pelo programa, merece maior atenção por parte da
sociedade, de modo geral, já que a inclusão digital dos idosos pode significar a melhora da
qualidade de vida para este grupo. Entre as pessoas que nunca utilizaram computador,
observou-se que uma parcela de 22,22%, mesmo sem nunca ter usufruido desta tecnologia, já
afirmava que era um processo complicado, demonstrando que a insegurança era um bloqueio
à interação homem-máquina.
Dentre as atividades executadas pelas pessoas que utilizavam o computador, as
principais foram relacionadas à lazer (66,67%), como por exemplo leitura de notícias, filmes e
músicas. Uma pequena parcela do grupo o utilizava para trabalho (8,33%), como por
exemplo, as atividades que requerem o uso da internet e outras que necessitavam de pesquisa
para o desenvolvimento dos produtos comercializados. Os programas mais usados eram o
editor de texto (37,5%), a internet (31,25%) e o programa de bate papo (18,75%).
Ao utilizar o computador, 71,42% dos entrevistados tiveram ajuda de outra pessoa e
mesmo com essa ajuda 57,15% sentiram alguma dificuldade para realizar as tarefas, e ainda
60% dessas pessoas disseram que sem essa ajuda não iriam conseguir usar o computador. Um
dos motivos de maior dificuldade apresentado pelos entrevistados, e que não foi esperado no
início do trabalho foi o problema com palavras em inglês, porém, no decorrer do estudo foi
significativamente lembrado. Essa ideia é melhor ilustrada nas palavras de uma entrevistada
“não sei nada em inglês, melhor que fosse tudo em português e com linguagem mais
simples”.
Como exposto, o maior entrave apontado foi com os termos técnicos em inglês
(31,57%), seguido pela dificuldade com o tamanho dos ícones da tela do computador
(15,78%), outra parcela diz que gravar as diversas etapas exigidas para o uso do computador
era algo muito complexo (15,78%), por fim, a soma das pessoas que relataram algum
problema com teclado e mouse alcançou 21% dos entrevistados.
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5. Considerações finais
O público de idosos do grupo “Ginástica para Terceira Idade - De bem com a vida”
apontou o computador como objeto que gerava maiores dificuldades no uso. Assim, as
recomendações foram baseadas nos principais problemas descritos na análise de dados. Essas
medidas tem o propósito de promover a socialização dos idosos através do uso do
computador.
A demanda sugere que as modificações devam ocorrer sob alguns aspectos do
software e hardware. As alternativas propostas para a adaptação do software aos idosos estão
relacionadas às palavras em inglês e ao tamanho dos ícones dispostos. Os dois problemas
podem ser minimizados a partir de mudanças básicas feitas pelo fabricante, o primeiro através
da tradução e simplificação dos termos e o último por meio do aumento dos ícones e seleção
das principais funções, objetivando facilitar o processo de interação.
Em relação ao hardware, os ajustes fundamentais estão relacionados ao mouse e
teclado. As soluções para o teclado podem ocorrer com o aumento do tamanho e da distância
entre as teclas, em razão da redução da agilidade ocasionada pelo envelhecimento; e também
com a diferenciação por cores das teclas essenciais como Enter, Shift, Back Space e Caps
Lock.
A Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS), uma instituição
portuguesa, iniciou mudanças para facilitar o contato do público idoso com o computador, as
modificações a serem introduzidas em um computador portátil são: teclas maiores e mais
espaçadas do que o comum, monitor com 15 polegadas, internet com um ótimo sinal, web
cam e mouse anatômico. Uma outra proposta é a da empresa firstSTREET, que segue nessa
mesma linha de elaboração de computadores direcionados à terceira idade, as adaptações
incluem: monitor de LCD de 19 polegadas, teclados destacados por tamanho e cores
diferenciados que facilitam a distinção das teclas e funções importantes, além de um atalho da
área de trabalho que permite um acesso rápido à internet e outras atividades. O modelo deste
computador pode ser visto no Anexo A.
Outra sugestão que teria por objetivo melhorar o entendimento acerca das inúmeras
etapas a serem desempenhadas no computador é a criação de uma cartilha. Esta, por sua vez,
teria um caráter mais simples do que geralmente é oferecido e se basearia em informações
diretas e gerais sobre as etapas mais usadas, justamente para facilitar a compreensão do
público.
Percebeu-se que, as pessoas que não fazem uso do computador demonstram certo
medo em danificar a máquina, ou mesmo, apresentam um distanciamento desta tecnologia
puramente por julgá-la complicada, antes mesmo de utilizá-la. Acredita-se que os bloqueios
citados possam ser superados através do contato dos idosos com o computador. A
aproximação deste público com o ambiente tecnológico poderia ser feita por meio de
programas governamentais que incentivassem a criação de laboratórios e a promoção de
cursos para a terceira idade.
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Na cidade de Viçosa-MG, onde já é realizado o programa para saúde física, seria
interessante desenvolver um programa que priorizasse o exercício da mente. Sugere-se que o
governo local utilize os laboratórios já existentes na UFV ou mesmo ofereça este serviço por
intermédio de lan houses.
Enfatiza-se ainda a importância das diversas instituições sociais na inclusão digital do
idoso, como por exemplo, oferecimento de cursos pelo governo; preocupação da família na
inclusão do idoso sobre o conhecimento das inovações tecnológicas; e interesse das empresas
no desenvolvimento de produtos personalizados. A interação entre o público da terceira idade
com ambiente tecnológico poderá trazer inúmeros benefícios para a qualidade de vida deste
grupo e a sociedade deve estar atenta a este fato.
Referências
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ESTATUTO
DO
IDOSO.
Parecer
Nº
1301,
de
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APÊNDICE A – Questionário para identificação da demanda
1. Durante as atividades diárias, há alguma tarefa que poderia ser realizada de maneira
mais prática/rápida?
a. Em casa
b. “Na rua”
(Quais os produtos relacionados a essas tarefas?).
2. Dentre essas atividades, possui dificuldade em manusear determinado objeto? Qual
dificuldade? Qual é o objetivo do uso do objeto? (qualquer objeto)
3. Já perdeu a paciência e desistiu de realizar alguma tarefa por achar muito difícil de
manusear o objeto?
4. Possui dificuldade de interação com produtos eletrônicos? Quais produtos? Quais
dificuldades?
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APÊNDICE B – Questionário sobre o uso do computador
Nome:
Idade:
Sexo: ( )Feminino ( )Masculino
•
Na sua casa tem computador? ( ) Sim ( ) Não
•
Você tem acesso a computador em outros locais? ( ) Sim ( ) Não
•
Você já usou um computador? ( ) Sim ( ) Não (Se a resposta for NÃO, responda a
questão 4, Se a resposta for SIM responda a questão 5 )
•
Porque você nunca usou um computador?
( ) Não tem interesse ( ) Não tem acesso ( ) Por ser complicado ( ) outros ______
•
Utilizou computador com qual finalidade?
( ) Lazer ( ) Trabalho ( ) Contato com familiares ( ) Pesquisa ( ) Outros: ______
•
Quais dos programas abaixo descritos você já utilizou?
a. ( )Bate papo on line b. ( ) Internet c. ( ) Editor de texto d. ( ) Editor de planilhas e. ( )Jogos
f. ( ) outros: ________
•
•
Ao utilizar o computador, recebe ajuda de alguém? ( ) Sim ( ) Não
•
Sem essa ajuda você conseguiria usar o computador? ( ) Sim ( ) Não
•
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Ao utilizar o(s) programa(s) selecionado(s), sente ou já sentiu alguma dificuldade?
Explique: _______________________________________________________________
Analise a lista abaixo e identifique a dificuldade encontrada na utilização do
computador:
( )Dificuldade com o teclado
( )Tamanho dos ícones
( ) Palavras em Inglês
( ) Dificuldade com o mouse
( ) Dificuldade em ligar
( ) Dificuldade em cumprir várias etapas (Etapas em ligar, mexer no software)
( ) Dificuldade em diferenciar cores
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h)
i)
( ) Outra: ________________________________________________________________
( ) Não tenho dificuldades na utilização do computador
•
O senhor (a) tem alguma sugestão a fazer para melhoria do uso do
computador?_____________________________________________________________
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ANEXO A – Modelo do computador fabricado pela empresa firstSTREET
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Ergonomia do produto: Um estudo sobre a relação de idosos com o