FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
MORFODINÂMICA DO CABEDELO DA FOZ DO RIO
DOURO: PERSPECTIVA HISTÓRICA E
MONITORIZAÇÃO POR GPS PARA O
CONHECIMENTO DA SUA EVOLUÇÃO ACTUAL.
APLICABILIDADE PEDAGÓGICA NUMA VERTENTE CTSA
VOLUME II
FACULDADE DE CIÊNCIAS
UNIVERSIDADE DO PORTO
Maria Eduarda Rodrigues Vieira de Jesus
2003
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
MORFODINÂMICA DO CABEDELO DA FOZ DO RIO
DOURO: PERSPECTIVA HISTÓRICA E
MONITORIZAÇÃO POR GPS PARA O
CONHECIMENTO DA SUA EVOLUÇÃO ACTUAL.
APLICABILIDADE PEDAGÓGICA NUMA VERTENTE CTSA
VOLUME II
Dissertação para obtenção
do grau de Mestre em
Geologia para o Ensino
Sob a orientação de
Professor Doutor
Eugénio Correia
FACULDADE DE CIÊNCIAS
UNIVERSIDADE DO PORTO
Maria Eduarda Rodrigues Vieira de Jesus
2003
«JL onda vem, espraia-se e saípica-nos de
espuma. Catca-se esse mosto branco e
salgado, que geia e vivifica, e caminha-se
sempre ao todo dos sucessivos rotos que se
despedaçam na areia.»
Raul Brandão, Os Pescadores
«A Foz»
Artur Loureiro
Óleo sobre tela
(Séc. XK-XX)
(in CLÁUDIO, 2001)
« Com que terno prazer eu te saúdo [Toz], sempre
que te avisto, ou penso em til
<Estamos 6em mudados amôos - veCfta amigai- - tu
do quefoste, eu do que eral»
Ramalho Ortigão, 1876
INDICE GERAL
Página
APÊNDICES
APÊNDICE 1 - SÉCULOS XVIII, XIX E XX - CHEIAS HISTÓRICAS
OCORRIDAS NA FOZ DO RIO DOURO
A - Principais cheias ocorridas no século XVIII
B - Principais cheias ocorridas no século XIX
C - Principais cheias ocorridas no século XX
II
III
IV
VI
APÊNDICE 2 - PRINCIPAIS NAUFRÁGIOS E ENCALHES REGISTADOS
NAS IMEDIAÇÕES DA BARRA DO DOURO (1727 - 1980)
VIII
APÊNDICE 3 - A FOZ DE D. MIGUEL DA SELVA
A - D. Miguel da Silva
B - O Farol de S. Miguel-o-Anjo
C - Estátua togada da Foz
XV
XVI
XVI
XVII
APÊNDICE 4 - TEXTO PRESENTE NO «(...) MAPA HE ADEMONSTRAÇÃO
DA COSTA DO MAR DESDE A VILLA DE
MATOZINHOS, ATHE A BARRA DA CIDADE DO PORTO
(...)», POR JOSÉ GOMES DA CRUZ, EM 1775
XIX
APÊNDICE 5 - PROJECTOS, ESTUDOS E OBRAS VISANDO O
MELHORAMENTO DAS CONDIÇÕES DE ACESSO À
BARRA DO DOURO
XXI
5-A - José Monteiro Salazar - 1779
5-B - Reynaldo Oudinot - 1789
5-C - Reynaldo Oudinot - 1793
5-D - Luiz Gomes de Carvalho - 1820
5-E - Andrea Sheerboon - 1838
5-F-Joseph Gibbs-1840
5-G- Bigot -1843/1844
5-H - William Jates Freebody - 1855
5-1-John Rennie-1855
5-J-Lazeu-1863
5-K - Manuel Afonso Espregueira - 1866
5-L - William Trery - 1878/1879
5-M - Carlos Marnay - 1879
5-N - Projecto de um Engenheiro Civil Português
5-0 - Russel Aitkens - 1880
5-P - Afonso Joaquim Nogueira Soares - 1881
5-Q-John Coode-1881
5-R - Eduardo Augusto Falcão - s/ data
5-S - Artur Guimarães - 1903
5-T - Hidrotécnica Portuguesa - 1975
5-U-APDL-1989
5-V-APDL-1996
5-X - IND s/ data
5-Z - IND - 2000
XXII
xxm
XXIV
xxv
XXVI
XXVII
XXVIII
XXIX
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXV
XXXVI
XXXVII
xxxvni
XXXIX
XL
XLI
XLII
XLm
XLIV
XLV
111
APÊNDICE 6 - CARTOGRAFIA ANTIGA DA FOZ DO DOURO E DO
CABEDELO (SÉCULOS XVII A XIX)
6-A - «Der Zeecusten van Portugal - van Viana tot Avero», 1619
6-B - «Leça, Cidade do Porto e Aveiro», 1673
6-C - «Mappa da Barra e Rio da Cidade do Porto, com todas as
suas pedras, Bancos d'Areia e palmos que tem o ditto rio na
baixa-mar», 1779
6-D - «Planta da Foz do Douro, e dos Projectos de Fortificação para
a Defesa da Mesma», 1793
6-E - «Planta da ...a da Cidade do Porto», 1815
6-F - «Planta da Foz do Douro até Quebrantões», 1820
6-G - «Plan de la Ville, du Port e des Environs d'Oporto en
Portugal», 1832
6-H - «Oporto and Environs, with the lines of Don Pedro and
Positions of Don Miguel's Army», 1832
6-1-«Oporto», 1833
6-J - «Entrance of River Douro», 1833
6-L - «Planta Militar do Porto», s/ data
6-M - «Porto e Arrabaldes, linha de D. Pedro e posições do
Exército de D. Miguel», 1833
6-N - «Carte Topographique des Lignes d'Oporto», s/ data
6-0 - «Planta do porto e Suas Vizinhanças», s/ data
6-P - «Planta do porto», s/ data
6-Q - «Plan von o Porto und Umgegend gez und Herausgegeben
von C Brügner», 1833
6-R - «Plan af Porto», 1833
6-S - «Carta Topográfica do porto», 1892
XLVI
XLVII
XLVIII
XLIX
L
LI
LII
LUI
LIV
LV
L VI
LVII
LVffl
LLX
LX
LXI
LXII
LXIII
LXIV
APÊNDICE 7 - BLOCOS GRANÍTICOS DO CABEDELO DA FOZ DO
DOURO - ALGUNS PORMENORES GEOLÓGICOS
LXV
APÊNDICE 8 - SEQUENCIA DE CARTOGRAMAS RELATIVOS AO
CABEDELO PÓS-CHEIA DE 1909
LXVII
APÊNDICE 9 - MODOS DE POSICIONAMENTO COM GPS
LXXI
APÊNDICE 10 - SOFTWARE UTILIZADO E LISTA DE PROCEDIMENTOS
PARA PROCESSAMENTO DOS DADOS DE CAMPO
LXXIII
APÊNDICE 11 - VALORES MÉDIOS DE ONDAS E MARES (Maio de 2001 a
Março de 2003)
LXXXI
LXXXIII
ANEXOS
ANEXO 1 - «PLANTA GEOGRÁFICA DA BARRA DA CIDADE DO PORTO»,
1789
ANEXO 2 - «OPORTO», 1736
ANEXO 3 - CAUDAIS MÉDIOS DIÁRIOS LANÇADOS EM CRESTUMA
LXXXIV
LXXXVI
LXXXVIII
IV
APÊNDICES
Marcas de cheias. A mão da senhora desta fotografia de Benoliel indica o nível atingido
pela cheia de 1909. In PEREIRA e BARROS, (2001).
APÊNDICE 1
SÉCULOS XVIII, XIX E XX - CHEIAS HISTÓRICAS
OCORRIDAS NA FOZ DO RIO DOURO
VM'/Jv/M&yjr/Jr/MW/*'/jr/jr/&/jr/&/M^
Doía da Cheia
1703
1722
28 Dez 1727
1729
srwi73Q
jucíi/jy
15 Jan 1740
3 Jan 1741
Nov. 1750
14 Jan 1751
10 Dez 1754
9 Fev 1755
:;
' 29 Nov. 1757
24 Abr. 1758
17 Fev. 1759
3 Fev. 1763
11 Jan. 1765
Set 1768
11 M a r 1771
24 Mar. 1772
22 Dez. 1773
12 Dez. 1774
11 Fev. 1776
1777
5Mai
18-19 Out
28 Out 1778
Dez. 1779
10 Mar.
31 Dez 1783
4 Jan
2 Fev
7 Mar. 1784
1 Jan. 1785
14 Jan
7 Mar. 1786
I 7, 23 e 26 Dez.
1787
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a);b);c);d);
eV f)" g)'h)
Esta cheia terá atingido, na Régua, um caudal de 18000 m/s (ap.
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MDSUSTÉRIO DO AMBIENTE, 1996). AZEVEDO, J.M. (1881, p.119) refere
d)
diversos documentos que abordam esta cheia extraordinária em dimensão e
c);d)
efeitos e descreve-a nos seguintes termos: ela «Foi muito superior à de 1729, e
c);d)
em todas as suas funestas consequências perfeitamente igual, ou excedente àquela
c);d)
de 1727; pois consta por todas as tradições, que esta cheia fora a maior, de que há
c);d)
memória».
Esta situação foi confirmada, em meados do século XX, por TATO, J.F.
c); d)
(1966, p.157) quando refere: «Célebre cheia de 1739, aquela que até agora ainda
c);d)
não foi ultrapassada».
c);d)
Esta enchente subiu aos 6 metros acima do cais da Ribeira, pelo que teria
c);d)
ultrapassado, em vinte centímetros, a ponte Pênsil e quase atingiria a ponte D.
c);d)
Luís, se elas existissem naquela altura (ver Figura n.2. no Volume D. Carríngton
da COSTA (1938) refere, igualmente, que a impetuosidade desta cheia varreu o
c); d) C abedelo trezentos metros para Sul.
g)
a); b); c); d);
fV g)
c);d)
c);d)
c);d)
a);c);d);f);g)
c);d)
c);d)
«Em 10 de Abril de 1769 cresceu o rio Douro como nunca, [...], o que admirou
por ser de repente» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.127). LOUREIRO, A. (1903)
acrescenta que esta enchente arrastou alguns navios para o mar.
«11 Dezembro de 1774 foi tão copiosa a chuva, que na 2' feira 12 do mesmo mês
encheu o rio Douro em forma e com tal repente, que em poucas horas chegou à
altura, que só diminuiu 10 palmos de altura da cheia do ano de 1739 [sic]» (ap.
AZEVEDO, J.M., 1881, p.128). Esta cheia subiu 3,80 metros sobre o cais da
Ribeira, arrastando navios para fora da barra (TATO, J.F., 1966).
c); d)
Estas cheias alagaram intensamente o cais da Ribeira.
a); c); d); g) C obriu, em 4,90 metros, o cais da Ribeira. Segundo BESSA, A. (1910), esta
,
cheia terá sido idêntica à de 1727, causando medonhos prejuízos e reduzindo à
miséria várias famílias de rendeiros e agricultores.
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C)
c)
27 Nov. 1791
a);b);c);d);
e);f);g);h)
c);d)
25 Jan. 1792
c);d)
31 Jan. 1796
14 Dez. 1798
Dez 1799
15 Jan. 1800
c); d)
c);d)
a);g)
c); d)
22­25 Fev. 1788
:
Bibliografia
Pormenores Descriíiros
c); d)
É curioso o facto de em todas as descrições destas catástrofes naturais se
c)' f)
mencionar o carácter repentino da sua formação como, por exemplo, o registo do
Padre
REBEL0 D A C OSTA (1789, p.299), referindo-se a esta cheia de 1727,
a )- bVcV d)"—
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considerada como a maior de todos os tempos até aquela data (TATO, J.F.,
—— ' "
1966): «O caudalosorioDouro no dia vinte e oito de Dezembro de mil setecentos a); c); f); g)
e yime e sete, formou uma enchente tão grossa, repentina, e precipitada f...]».
Quase igual à de 1727 e «Precedida de um terrível furacão do Oeste»
(AZEVEDO, J.M., 1881, p.115) provocou grandes estragos em embarcações e
outras construções.
Esta cheia terá atingido, na Régua, um caudal máximo de 15500 m3/s (ap.
MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996) e terá subido 4,16 metros acima do nível
do cais da Ribeira (TATO, J.F., 1966).
«Uma grande cheia no rio Douro, quase igual à de 1739 e bem semelhante a ela
nos gravíssimos prejuízos que causou» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.128). Para
este autor, esta cheia foi comparável à de 1788; opinião semelhante tem BESSA,
A (1910).
Quadro 1.A - Principais cheias ocorridas na foz do rio Douro durante o século XVUJ.
a) AZEVEDO, J.M., 1881;
f) LOUREIRO, A., 1903
b) COSTA, C, 1938;
g) BESSA, A., 1910;
c) MAIA, S.O., 2000;
d) TATO, J.F., 1966;
h) MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996.
e) LNEC, 1994;
III
M a da Gbeía
11 Jan 1821
Bibliografia
a); c); d); f);
g)
2 Fev 1823
a); b); c); d);
e)' g)" h)
2 Fev 1825
1829
c); d)
a); c); d); f);
g)
20/21 Nov
1837
17 Fev 1843
a); c); f); g)
Ï845
a); b); c); e);
f); g)
cVdVf)
1850
1851
e)
c); d); f)
20 Jan 1853
c); d)
20 Fev
29 Dez 1855
8Jan
25 Jan 1856
a); e); g)
1 Dez 1858
a)" cV dV f)'
g) '
a); c); d); f);
g)
Pormenores Descritivos
«Muito dano em propriedades, [...], devido à rapidez, e ao demasiado
crescimento das águas, cuja força, e violência aluiu o cais em muitas partes;
destruiu casas, e armazéns; [...]; levou na sua furiosa corrente muitos barcos,
e algumas barracas; [...] deixou de si uma lembrança tristíssima, e
duradoura» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.137). TATO, J.F. (1966) refere que
esta cheia atingiu os 2,86 metros acima do cais da Ribeira e que a sua
corrente arrastou para fora da barra diversos navios.
Segundo AZEVEDO, J.M. (1881), esta enchente, de «imensas areias»
subiu mais alguns palmos que a de 1821, embora com crescimento mais
vagaroso e corrente menos impetuosa. Na Régua, o caudal de cheia atingiu
os 15600 m3/s (LNEC, 1994; ap. MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996).
Segundo TATO, J.F. (1966), esta cheia atingiu os 3,74 metros sobre o cais da
Ribeira e cerca de 14 milhas/s de velocidade.
Atingiu 3,82 metros na Ribeira e cerca de 14 milhas/s (TATO, J.F., 1966)
Esta foi marcante pelo facto de ter destruído a ponte então existente na
Ribeira - a ponte das Barcas. «Subiram as águas tão inesperadamente, [...]
foi por último arrebatador pela furiosa corrente, largando as barcas do seu
ponto umas depois d'outras sem governo» (AZEVEDO, J.M., 1881, p.138).
Esta cheia obrigou à retirada da Ponte das Barcas (AZEVEDO, J.M.,
1881).
Também esta enchente levou à retirada da Ponte das Barcas, obrigando à
abertura precipitada da circulação na nova ponte Pênsil, sem as formalidades
d e feste
J° (AZEVEDO, J.M., 1881; COSTA, C, 1938). O caudal de cheia
atingiu, na Régua, 13000 m3/s (LNEC, 1994).
~ O caudal de cheia alcançou os 13900raVsna Régua (LNEC, 1994).
Atingiu 3,33 metros na Ribeira e cerca de 13,5 milhas/s (TATO, J.F.,
1966)
3,34 metros na Ribeira e a mesma velocidade da anterior (TATO, IF.,
1966)
A cheia de Dezembro atingiu os 2,09 metros e a sua corrente (de cerca de
12 milhas) levou barra fora vários navios, causando perdas materiais e
humanas (TATO, J.F., 1966). A mesma enchente atingiu os 12500 m3/s de
caudal de cheia na Régua.
r/ar/M/*F/&/jr/jr.M-.i? s
Nestas últimas cheias, apesar de ter sido ultrapassado o limite ordinário do leito do Douro, os prejuízos não foram
muito avultados (AZEVEDO, J.M., 1881). Das cheias do século XTX marcadas a picão nos "Arcos da Ribeira", a
maior é, sem dúvida, a de 1860, seguindo-se-lhe a de 1823.
Quadro 1.B - Principais cheias ocorridas na foz do rio Douro durante o século XIX.
a) AZEVEDO, J.M., 1881;
f) LOUREIRO, A, 1903
b) COSTA, C , 1938;
g) BESSA, A, 1910;
c) MAIA, S.O., 2000;
d) TATO, J.F., 1966;
h) MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996.
e) LNEC, 1994;
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Data da Cheia
28 Dez 1860
9
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I
í
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1864
27 Jan 1865
1869
—
J87Ï
1872
~
1873
6 Dez 1876
1877
21 Dez 1878
1879
19 Fev 1880
30 Jan 1881
1882
"
1883
1884
1887
1888
1889
1891
1894
1895
1896
1899
2 Fev 1900
Bibliografia j
Pormenores Descriírvos
a); b); d); e);
A água chegou a estar a um metro da ponte Pênsil (COSTA, C, 1938;
fv gY h)
OLIVEIRA, J.M., 1973). Os estragos foram avultados e o Cabedelo foi
destruído quase na totalidade (COSTA, C, 1938). Segundo TATO, J.F.
(1966), esta cheia atingiu 22,95 metros na Régua e 4,38 na Ribeira,
deslocando-se a uma velocidade de cerca de 15 milhas/s e acarretando
grandes prejuízos. O caudal de cheia terá chegado aos 15100 m3/s na Régua
(LNEC, 1994). Na zona da actual ponte de D. Luís (Porto), a cheia de 1860
$ alcançou os 10,38 metros (ap. MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996).
c); d)
15,95 metros na Régua, 1,58 metros sobre o cais da Ribeira e 11,3 milhas
d); f)
jg velocidade (TATO, J.F., 1966).
c); d); f)
Atingiu, na Régua, 13,20 metros, 48 centímetros na Ribeira e cerca de 10
c)" d)' f)
milhas de velocidade (TATO, J.F., 1966).
c)
c); d); f)
19,30 metros na Régua e sobre o cais da Ribeira; 2,92 metros e 13
c); d)
milhas/s de velocidade.
c)
Alcançou, na Régua, os 18, 57 metros e na Ribeira os 2,63 metros e as
c)
12,7 milhas/s de velocidade.
d)
13,50 metros na Régua, 60 centímetros acima do cais da Ribeira e 9,7
cV^d)
milhas/s de velocidade (TATO, J.F., 1966)
c); d)
Na Régua atingiu quase os 25 metros e, na Ribeira, os 3,30 metros e 13,5
c);d) ~ milhas/s (TATO, J.F., 1966).
c)
c)
e)
c);e)
c)
c)
c)
c);d)
c)
c)
c);d)
Esta cheia chegou aos 13500 nxVs de caudal de cheia na Régua (LNEC,
1994).
Foram atingidos os 11800 m3/s de caudal de cheia na Régua.
Com cerca de 14,5 metros na Régua, 1 metro na Ribeira e cerca de 10,5
milhas/s (TATO, J.F., 1966).
Quadro 1.B (cont) - Principais cheias ocorridas na foz do rio Douro durante o século XLX.
a) AZEVEDO, J.M., 1881;
f) LOUREIRO, A, 1903
b) COSTA, C , 1938;
g) BESSA, A, 1910;
c) MAIA S.O., 2000;
d) TATO, J.F., 1966;
h) MINISTÉRIO DO AMBIENTE, 1996.
e) LNEC, 1994;
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Abril de 1934. José Fernandes Amaro Júnior, Livro das
Ocorrências, 1931-1934 (in PEREIRA e BARROS,
2001).
APÊNDICE 2
PRINCIPAIS NAUFRÁGIOS E ENCALHES
REGISTADOS NAS IMEDIAÇÕES DA BARRA DO
DOURO (1727-1980)
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«Margens do Douro. A Cantareira» (1848), é uma litografia de Cesário Augusto Pinto. Encontra-se no
seu álbum «As Margens do Douro», constituindo uma das últimas representações do farol de S. Miguel-o-Anjo antes da construção do edifício dos Pilotos da Barra e da Torre dos Semáforos, em 1852.
APÊNDICE 3
A FOZ DE D. MIGUEL DA SILVA
(SÉCULO
xvi)
A - D. MIGUEL DA SILVA
Em 1535, D. Miguel encomendou um conjunto de pinturas a Vasco Fernandes. Numa
delas, "Cristo na Casa de Marta", Grão Vasco retratou o bispo D. Miguel (com cerca de 55
anos), quando pintou a figura de Lázaro, sentado à direita de Cristo (BARROCA, 2001).
Este quadro encontra-se no Museu Grão Vasco, em Viseu. A imagem desta página é
uma cópia de um postal do referido Museu.
A
-là- -
Pormenor do quadro pintado por Vasco Fernandes "Cristo na Casa de
Marta", destacando afigurade D. Miguel da Silva.
B - O FAROL DE S. MIGUEL-O-ANJO
a)
b)
1.
a) Capela-Farol de S. Miguel-o-Anio. vista de terra (desenho e reconstituição de Gouveia Portuense).
Este farol, edificado em 1528, será o mais antigo farol português e o segundo mais antigo da Europa
(COUTINHO, 1965; MAIA, 2000; BARROCA, 2001), tendo sido classificado como Imóvel de Interesse
Público, em 5 de Janeiro de 1951 - Dec. n° 38147 (BARROCA, 2001).
Estes esquemas aparecem em bibliografia diversa consultada como, por exemplo, COUTINHO, 1965;
MAIA, 2000 e BARROCA, 2001.
b) Planta da Capela-Farol de S. Miguel-o-Anio (desenho e reconstituição de Gouveia Portuense), com
o pátio (a tracejado) sobre o qual se viria a construir a obra oitocentista "Torre do Semáforo".
Capela-Farol de S. Miguel-o-Anjo nas suas faces voltadas para
o rio e para o lado nascente, invocando a protecção de Deus e
incentivando aos navegadores a sua passagem, sem perigo, pela barra
(LANHOSO, 1963; COUTINHO, 1965 e MAIA, 2000). LANHOSO
(1963), menciona que num dos testemunhos deixados nas paredes
deste edifício se refere que o farol acendia todas as noites e era
sustentado pelos réditos do próprio Bispo, D. Miguel da Silva.
XVI
Perspectiva da entrada da Barra da cidade do Porto e Fortaleza que a defende (1790).
Nesta gravura, presente na Biblioteca Municipal do Porto, surge, em primeiro plano, o farol de S.
Miguel-o-Anjo. Também está representada a Fortaleza de S. João da Foz, que PORTELA (1994), lembra
como tendo estado encostada, noutros tempos, à embocadura dorioDouro.
Devido à rectificação que a foz sofreu ao longo do século XIX, a fortaleza e o farol passaram a
encontrar-se recuados relativamente ao rio (BARROCA, 2001). O Jornal «Comércio do Porto», de 4 de
Agosto de 1867, dá notícia da conclusão daquelas obras dirigidas pelo Engenheiro Manuel Afonso
Espregueira.
C -ESTÁTUA TOGADA DA FOZ
Estátua romana descoberta no fundo do
rio Douro (desenho de Gouveia Portuense).
Por altura das obras na barra do Douro, nomeadamente as destinadas ao quebramento
dos rochedos da barra, em Julho de 1868, o Jornal «Comércio do Porto», de 23 de Julho
daquele ano, refere a recolha de uma estátua de granito junto à Cruz de Ferro, na Foz do
Douro.
A Imprensa deu as seguintes informações:
«Na segunda-feira última, os mergulhadores empregados no quebramento e extracção dos rochedos da
barra encontraram uma estátua de pedra de granito que mede 1,30 metros de altura. Está bem esculpida e
xvn
representa um homem vestido à romana. [...] É de crer que fosse colocada na primeira Cruz de Ferro que
existiu na barra. O que não oferece dúvida é que esteve debaixo de água por espaço de mais de um século».
Excerto do Jornal «O Comércio do Porto»,23 de Julho de 1868,
página 1, 5a e 6a colunas, "Estátua da Barra".
A «síàina. d a barra. — Ha tempos
déinoii noticia de ter appareiiidfl jante á Cruz
de Ferro, na Fira, uma estatua de granito,
de cuja existência aíli, como dissemos, magoem soube dar razão, porque nenhuma tradição oral 011 eseripta era conhecida a simiihsnts respeito.
Kase estatua ainda se conserva so sitio
em quo appsreeeu, onde tem sido vista por
\nuitaspessoas.
Com a eontiriuação dos trabalhos psramelhreur a barra, t;em, segundo Desinformam,
sido ertrahiàns n!;:E:as pedras que indicam
pertencer ao pedestal ʌ que afigureassentava.
Ningnem ce lembra, como játemesdito,
da exiotínaia d'aqacila estitaa no local messioEtdo. Bií se, porém, oirso existente um
macQKsripfo em <rue so refere qae junto is
entradas doi portos era costam» colíowem:.-,; estatuas psra sorrirem de guia ás embarcações, fazenda o indicado uunusoripto especial menção da existência da duasfigura»de
pedra na Foa, no sitio- em que agora spp»roeeu x de que falíamos.
D'aqui á vet dude DSO «abertos que distancia vai. De que p w . ofim à que sé allude se ooïloeav»-;, marcos nos pontoe mais visíveis do mar existem documentos irrefraga
veie»- Da existência de estatuas para issosao
sabemos, mas bem pôde ser que em tempo
mais affastado se usassem. Como quer que
seja, é certo que a estatua que appareceu
junto a Crus de Ferro accusa antiguidade
tálveè bastante remota. Parece também que,
qualquer que seja o seu valor artístico, merece ser conservada, sendo removida do sitio onde appareceu para, lugar mais apropriado^
.
Hfomanento archéologie».—Ha
tempos demos noticia de ter appareddo no
sitio da Cruz de Ferro, na Foz, uma estatua de granito, na oecasiSo em que os mergulhadores andavam a extrahir pedra do
fundo do mar. Por essa oceasião muitas vers3es se espalharam acerca da origem d'esta
estatua, e algumas pessoas houve que chegaram a suppor que ella fosse do tempo doe
romanos.
O caso inspirou curiosidade o houve alguém que, revolvendo livros antigos, encontrou pouco-mais ou menos o seguinte: «Que
sendo a guia para a entrada dos navios no
porto d'esta cidade um pinheiro, houve um
individuo que o. di
n
condemnado e em 1533 foi coUâwJBB" uma
baliea de pedra, para servir de guia & entrada das embarcações.'
Esta noticia não diz nada do feitio da
balisa, e assim se conservava escurecido este ponto histórico, posto tivessem apparecido alguns capiteis de coramnas c até uma
base de uma d'ellas, no sítio onde appareceu
a estatua.
O caso agor%, porém, parece aclarar-se,
pois appareceu ultimamente uma lapide de
1™,18 de largura por l m ,30 de alto, com 23
centímetros de espessura, tendo em letras
bem visíveis a seguinte inscripcao:
No Jornal «Comércio do Porto» de 19 de Outubro
de 1869 também é referida a estátua e ainda que
«debaixo da água estava uma pedra em forma de coluna
que vai ser tirada por estes dias». A este propósito,
COUTINHO (1965), conclui tratar-se de uma das quatro
colunas que D. Miguel da Silva mandou instalar para
completar a balizagem do rio, em 1536.
HICHAIL STLVIVS
EPISCOP VISEXS
NAViOAKTIOM
SALVTIS CAVSA
TOBKIS n FECIT
ET IUI COLVMNAS
POSVTT
!
A:ÍN. JL D. X X X T I
Esta lapide está na Foz em exposição publica e pela inscripcao que ella tem vê-se
que a bíilisa tinha 4 columnas.
Informam-nos quo os mergulhadores dia
soram que debaixo da agua está uma pedra
! cm fôrma de columna qne vai ser tirada por
] estes dias.
Excerto do Jornal «O Comércio do Porto», 19 de Outubro de 1869,
página 1, 6a coluna, "Monumento Arqueológico".
XVIII
«(...)Mapa He Ademonstração da Costa do Mar Desde a Villa de Matozinhos, athe a Barra da
Cidade do Porto(...)», por José Gomes da Cruz, Piloto das Naus de Guerra, 1775. Cópia de 1906.
Arquivo da APDL (in CLETO, 1999).
APÊNDICE 4
TEXTO PRESENTE NO «(...) MAPA HE
ADEMONSTRAÇÃO DA COSTA DO MAR DESDE
A VILLA DE MATOZINHOS, ATHE A BARRA DA
CIDADE DO PORTO (...) N POR JOSÉ GOMES DA
CRUZ, EM 1775
Ç@áte JMafa
torrada
afienaó óertw Aara
iwtelfc^^
TDklaaedoi&oitoaJImrdeoeeoMarojMi&M
totalmente áeaaaèar de entu/kar de areia, miii/M óiueitoó têrn, Áis/ode/Mwtxiei^údü/ei^kfÁ,
<?/// aeonáelltoaur, Áe mande
entulhar,
e^c^erum/áo^n^DaiÁdeidea^OrnUdade^.
JMùMœlateà&riedra<Aamaah&K?erw
italerwto-óejbaawtcnit/Ja*
daÁmuita&l)edraó0U£amo<fodere&tÍM*^6eaeAamn^
da óuaflonta
e áem maia de&pe&aá óe/ord
tnondarfl^er.
&n»r^/oóé'(sfomei
da
aauelo tão-arande
KDru% em
aéra, owe log*» óe deoe
i77õ.
a
até à ^Marrada
KDédaded» Qn&rto, defronte da dita, ^Hla óe rtflreóenta,
ag&ande
fltedra de Lteiaoõeá, aueflotte áeratraflora aóáento> r/e a/m ^Daátelo, à 6&m6ra
tenham
aùriao- OÁ •JníatUM y we não-baderem
&nòrto>, tamóémóeflode
fledraá,
entulharflelafla^^
floraue,
a &rroia de
deQpuerraeóeaóaremdetr
//entoa, aflraiada
^MladeJMotoáimÁoA,
ourôerderem-óeidoóc&rridoó
TSaitel» d» igueüe-, Jbele- S&iisó
enão>/Jwflederã/P^z^er
muitc*danooóma/Á
^Hlade^aatoómAoóébr&brUíò^^
tenham^ teneão-de otaear a TDidadedo- &*ort» yuenã»óueeda6edeoe/aa^aditae6ra,
oó
JMatoóinAoóeo^nniaw^Jo^^/ieaeáo-,
dit» nove- KDaAtelo-flelo- (pfule (pfueóteeomo
^yyordeóteeom,oda
de
aiwlhefoam/felaltortedo-tJVerte
e laflleapemfltriáfaneiroá,
eem temfleval, tomóem reialtard^ear
da dita eidade do-
JA^aüiM oelhoó ear^aadoá
e outrai
deóta oóra reáultardno-tem/w
^yVaotoó recolher-6e à ^al^a,
eruzaráo-
na &Sarra
do- ^Wo^eo^n
u/m eápapc< auœ há,' ent/re a dttatfedra
e&meóteóinal
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do-aual
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waitelo-de (^.Jpoãodaâr&z,
eòara
áoére e&tejtevríimlíarfyvárufó easameS, andando
áondanae- aquele >^Mar dentro- de am eotraio- deòeóeaderei,
atendiadeápeáaónema»muitotralfalh^eriÁeodeandarno-^Maraào-,
e eomo6om
//aááa/onãoemtão-Aeguenu
XX
Projecto para melhoria do acesso e segurança da barra do Douro
(Extraído de IND, 2000, p.3)
APÊNDICE 5
PROJECTOS, ESTUDOS E OBRAS VISANDO O
MELHORAMENTO DAS CONDIÇÕES DE ACESSO
À BARRA DO DOURO
APÊNDICE 5-A
Figura A-l - Projecto de José Monteiro Salazar, de 1779. Extraído de LOUREIRO, A. (19096, p.277)
Neste projecto estão representadas quatro obras, sendo:
1 - Molhe partindo de SW do baluarte do Castelo da Foz em direcção às pedras «Felgueiras»;
2 - Esporão partindo das proximidades do Castelo até ao rochedo «Touro», em direcção N-S;
3 - Molhe alargado daquele que abrange a capela de S. Miguel-o-Anjo, com direcção N-S até ao canal
«Culhe-Culhe», aproximando-se ao penedo a norte da pedra «Mornaceira»;
4 - Dique ou molhe que, partindo da Afurada, segue rectilineamente na direcção E-W, passando pelas
pedras «Caranguejeiras» até se enraizar no Cabedelo. Termina em frente ao Castelo de S. João da Foz.
XXII
APÊNDICE 5-B
Figura B. 1 - Primeiro levantamento da barra do Douro
executado por Reynaldo Oudinot. A proposta deste
engenheiro francês envolvia a construção de um paredão
desde o farol da Cantareira até ao molhe das Felgueiras, cuja
obra iniciava neste ano (1790) e a reformulação da Fortaleza
de S. João da Foz. Encontra-se o original no Arquivo
Histórico Municipal do Porto com a referência AHMP, MNL
1, d-16, n°4644.
Reynaldo Oudinot justifica a realização deste projecto fazendo considerações sobre a navegação
na foz do rio Douro, que se encontrava praticamente interceptada devido à quantidade de areia que o
mar lançara na barra. Segundo ele, as ondas, deslocando-se de norte para sul, modificavam a sua
direcção pela configuração da costa a norte da barra e pelo próprio Cabedelo, entulhando a foz.
O C abedelo estaria, na época, a aumentar (referimos que o Inverno de 1789 fora seco) e, no
Verão, dadas a força do mar e a diminuição da corrente do rio, as suas areias formaram uma
sinuosidade crescente para norte, obstruindo o canal navegável por entre os rochedos da barra.
Notar, no mapa, o posicionamento do Cabedelo, limitando a largura do canal de navegação.
■ ....'., 4»..,., tf
Figura B.2 - Projecto de Reynaldo Oudinot, 1789. Extraído de LOUREIRO, A. (1910o, p.313)
Neste esquema da proposta de Oudinot pode descrever-se as seguintes obras:
1 - C onstrução de um cais desde a C apelinha da C antareira até ao rochedo «Sopena» e, se
possível, o seu prolongamento até às pedras «Felgueiras», para resistir ao entupimento da barra;
2 - E necessário fazer qualquer obra no C abedelo, pois ele condiciona a corrente das águas,
encanando o rio. Se se construísse outro cais na margem esquerda, este evitaria que as cheias
alargassem a foz, aprofundando-a, embora não contrariasse a acumulação de areias durante o estio.
Segundo Oudinot, as cheias atacavam o Cabedelo, podendo demolir aquela estrutura arenosa.
As obras projectadas por Oudinot foram realizadas durante vários anos, até serem interrompidas,
em 1805, com o desenrolar da Guerra Peninsular.
Os resultados foram algum aprofundamento da barra, bem como o deslocamento do C abedelo
para sul, sofrendo a rota dos navios uma correcção.
XXIII
APÊNDICE 5-C
«Planta da Foz do Douro e dos Projectos de Fortificação para a Defesa da mesma».
Reynaldo Oudinot, 1793.
Figura C. 1 - Encontra-se o original desta planta, de Reynaldo Oudinot, na Biblioteca da Cidade, com a
referência BPMP., Res.:C-M&A-Pasta 18(13).
Esta será uma das propostas mais arrojadas para a resolução dos problemas de defesa da
barra do Douro (BARROCA, 2001).
Oudinot pretendia a construção de uma fortificação de grandes dimensões, edificada em
terreno conquistado ao mar e ao rio, apoiada nas pedras «Sopena». Daqui sairia um molhe até
ao Farol da Cantareira (já anteriormente sugerida - ver APÊNDICE 5-B), mas agora com um
traçado mais afastado da linha de costa natural. Oudinot propunha ainda a implementação de
um farolim depois de construído o molhe das Felgueiras.
As folhas invertidas por cima da planta representam ampliações de partes do mapa, onde
se encontram as principais baterias projectadas para a defesa da foz. Notar que também no
Cabedelo está marcada uma bateria para, juntamente com as presentes a norte, defender o
acesso à barra.
XXIV
APÊNDICE 5-D
Em 1820, Luiz G omes de Carvalho elaborou um projecto 1 apresentado sobre uma
cópia, que ele mesmo desenhou, do projecto de Reynaldo Oudinot, de 1790.
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Figura D. 1 - Luiz Gomes de Carvalho propunha que a barra passasse a ter dois molhes: a norte, o já
desenvolvido por Oudinot e a sul, no Cabedelo, um molhe que cortaria a estrutura arenosa, para garantir a
passagem dos navios. Encontra-se o original no Arquivo Histórico da Cidade, com a referência
AHMP, MNL 4/A", n° 4644.
Figura D.2 - Projecto de Luiz Gomes de Carvalho, 1820. . Extraído de LOUREIRO, A. (1910*, p.329)
Do plano de Luiz Gomes de C arvalho constavam 5 operações que podem ser resumidas da
seguinte forma:
1 - C onstrução do molhe da margem esquerda, cortando a restinga ao nível das «C aranguejeiras»;
2/3 - C onstruídas as primeiras 80 a 100 braças (176 a 220 metros, respectivamente) e devendo as
águas ter estabelecido grande profundidade, a obra deveria ser continuada sazonalmente;
4 - Igualada a margem direita com a esquerda, prosseguir-se-ia as obras nas pedras «Felgueiras»
(que estavam interrompidas);
5 - C onstrução de diques na margem direita, por lanços, desde as pedras «Eiras», passando pelo
farol de S. Miguel-o-Anjo e continuando para montante.
A implementação deste projecto parece ter levado a alguns resultados, sobretudo na margem
direita, tornando-se menos tortuoso o canal de acesso ao rio e impedindo-se o avanço do C abedelo
para norte.
O dique de Luiz Gomes de carvalho atingiu 616 metros de comprimento; no entanto, não chegou
a ser concluído e, em 1825, as obras limitavam-se à simples conservação das estruturas.
Este projecto viria a ser retomado cinco anos mais tarde - 1825 - e publicado na sua «Memória sobre a
Restauração das Barras dos Portos...», in Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, vol. EX, Lisboa, 1825.
XXV
APÊNDICE 5-E
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il. ne. J.Il/ulr,!
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Figura E.l - Projecto de Andrea Sheerboon (de 1838). Extraído de LOUREIRO, A. (191(W, p.373)
Este projecto refere 5 propostas de obras para melhoramento da barra do Douro:
1 - Um dique ou paredão de pedra solta desde a ponta do C abedelo (pedras
«Caranguejeiras») até às pedras «Perlongas». Esta margem artificial avançaria sensivelmente
para o mar até igualar a margem direita;
2 - C ompletar, regularizar e reconstruir a margem direita através de outro paredão,
unindo a ponta da «Galeota» com as pedras «Felgueiras»;
3 - Implementar um dique desde Sobreiras até ao penedo «Cruz de Ferro» (em frente ao
Farol S. Miguel-o-Anjo);
4 - Remover artificialmente as areias do C abedelo que permanecessem a norte do
paredão e acima do nível da baixa-mar (volume avaliado de 16000 metros cúbicos);
5 - Aprofundar o canal da barra através de dragagens.
Este projecto é muito próximo do português Luiz Gomes de C arvalho, nomeadamente
nos pontos 1, 2 e 3.
XXVI
APÊNDICE 5-F
Sttf-ra JiF^r*
Figura F. 1 - Projecto de Joseph Gibbs (de 1840). . Extraído de LOUREIRO, A. (1910/; p.473)
Neste projecto propõe-se a construção de um dique, na margem direita da foz do Douro,
desde Sobreiras até às pedras «Felgueiras».
XXVII
APÊNDICE 5-G
ro*r*»oottn.
Figura G.l - Projecto de Bigot (em 1843/1844).. Extraído de LOUREIRO, A. (1910g, p.489)
Do projecto constam as seguintes propostas de trabalhos:
1 - Um paredão desde as pedras «Felgueiras» até à ponta saliente do Castelo de S. João
da Foz;
2 - Um paredão, ou cais, desde o último ponto até à pedra «Sopena»;
3 - Outro paredão desde a pedra «Sopena» até ao extremo oeste da Meia-Laranja;
4 - Um paredão paralelo à Meia-Laranja;
5 - Ligação até ao pontal de S. Miguel-o-Anjo;
6 - Reconstrução da parte ocidental daquele pontal;
7 - Paredão desde S. Miguel-o- Anjo até às pedras «Eiras»;
8 - Terraplanar os paredões indicados em 2, 3, 4, 5 e 6;
9 - Cobrir com cantaria todos os paredões;
10 - Ligar, através de um dique, as duas porções então começadas desde a Afurada até à
restinga das «Caranguejeiras»;
11 - Prolongar para o mar a obra do ponto anterior, se necessário;
12 - Remover do rio as rochas que dificultam a navegação.
O Inspector das Obras Públicas de então (Luiz Mousinho de Albuquerque) propôs
algumas modificações a este projecto que estão representadas a tracejado no respectivo
esquema. São elas:
A - A junção dos paredões entre as «Felgueiras» e a parte ocidental da Meia Laranja,
que deveria ser em linha recta, passando pelas pedras «Galeotas», ou um pouco curvilínea
para sul;
B - A parte do cais entre Meia Laranja e a ponta da rocha do «Anjo» em linha recta, ou
pouco curva;
C - As aberturas no paredão da rocha do «Anjo» terem, pelo menos, 6,60 metros;
D - O paredão sul, entre o Cabedelo e a Afurada, dotado de aberturas;
E - O mesmo paredão, desde o Cabedelo até ao mar curvado para sul.
Luiz Mousinho de Albuquerque referiu, ainda, quais as pedras a quebrar, sendo:
- no mar - rochedos «Abra», «Picão» e «Laje»;
- no rio - «Touro», «Olinda», «Ferro», «Bornaceira», «Arribadouros» e «João Boi».
XXVIII
APÊNDICE 5-H
Figura H. I - Projecto de William Jates Freebody (em 1855). Extraído de LOUREIRO, A.
(1910/J, p.93)
0 engenheiro Freebody considera mais importante o molhe do norte, para o qual
projecta as seguintes obras:
1 - Molhe do Castelo de S. João da Foz até às pedras «Felgueiras»;
2 - Muralha desde os escolhos «Felgueiras» até à Cantareira e sua continuação até à
zona do Ouro (a montante);
3 - Corte de alguns penedos que dificultam a entrada na barra;
4 - Construção, no interior da muralha, de grandes reservatórios para a água das cheias,
a utilizar, oportunamente, na desobstrução da barra.
XXIX
APÊNDICE 5-1
Figura 1.1 - Projecto de John Rcnnie (de 1855). Extraído de LOUREIRO, A. (1903)
Sobre o molhe das Felgueiras, Rennie conclui que deveria ser acompanhado de outro, a
sul. A construção do segundo molhe implicaria o corte do Cabedelo, facto que poderia tornar
a obra incomportável.
Para diminuir a despesa, Rennie propõe a destruição dos rochedos «Abra», «Picão« e
«Calhau», bem como da rocha «Cruz de Ferro». Propõe, igualmente, a construção de um
molhe desde as pedras «Forcadas» até à Cantareira, pois ao seguir a direcção da corrente,
poderá estabelecer-se melhor o movimento das marés na barra e na ponta do Cabedelo,
facilitando a navegação. Poderia ser construída, ainda, uma doca de abrigo, por exemplo entre
o Cabedelo e o molhe de Luiz Gomes de Carvalho.
XXX
APÊNDICE 5-J
Figura J. 1 - Projecto de H. Lazeu (de 1863). Extraído de REIS, (1984)
Neste projecto, Lazeu propõe «uma Bacia, uma Doca de Radoub [sic] uma Estância de
construção, Armazéns ou Docas de mercadorias, uma Ponte que unisse estas obras com a
Cidade, enfim um cais na margem Norte, e um caminho de ferro americano, que ligasse todas
as obras com o Porto, S. João da Foz e com a Estação de caminho de ferro em Vila Nova de
Gaia.»(ap. REIS, p.312).
Mais à frente, Lazeu justifica a sua proposta: «O Porto viria a ser um dos primeiros
portos da Europa, e o seu comércio, indústria e movimento marítimo tomaria um
campo/incremento/fácil de se apreciar» (ap. REIS, p.312)
XXXI
APÊNDICE 5-K
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Figura K.1 - Projecto de Manuel Afonso Espregueira, 1866.. Extraído de LOUREIRO, A. (1910/,
p.133)
Neste projecto, Manuel Afonso de Espregueira propõe:
♦ A conclusão do dique de Luiz Gomes de Carvalho (1) e o seu prolongamento para
o mar (2);
♦ A construção do molhe das Felgueiras (3), deixando uma abertura entre ele e o
dique marginal do norte (4) para que a bacia aí formada funcionasse como quebraondas;
♦ O quebramento dos rochedos que, na foz, se faria até aos 4,5 metros abaixo do
zero hidrográfico e, no interior do rio, até aos 3,0 metros;
♦ A eliminação da ponta do Cabedelo (5).
Curiosamente, no decorrer dos trabalhos orientados pelo engenheiro
Espregueira, a partir de 1867, quando se procedia ao quebramento de
algumas rochas da Barra, foi encontrada uma estátua em granito, com
1,30 metros de altura, representando um romano togado. Esta estátua terá
sido a colocada na primeira Cruz de Ferro que existiu na foz do Douro. A
notícia deste achado apareceu nos jornais diários da época, como o
Comércio do Porto, na edição do dia 13 de Junho de 1868. Actualmente,
este achado encontra-se no Museu Arqueológico, em Lisboa.
A 19 de Outubro de 1868, o mesmo Jornal ecoava o aparecimento
i
de uma inscrição, de 1536, que fora içada para a superfície. Neste relato
referia-se, ainda, uma «pedra em forma de coluna», que permaneceu debaixo de água durante
muito tempo.
Surgiam, aos poucos, os vestígios da marcação dos canais de navegação da barra do
Douro que D. Miguel da Silva mandara implementar no século XVI (ver capítulo HI.3.2).
XXXII
APÊNDICE 5-L
^SîSÉ?
Figura L. 1 - Projecto de William Trery, apresentado por Eduardo Moser (em 1878-1879). Extraído de
LOUREIRO, A. (1910OT, p.205)
O ante-porto projectado - 1 - media 137 hectares e tinha uma entrada voltada a sudoeste
com cerca de 450 metros de largura. Partindo do Cabedelo, para sul, surge um molhe
curvilíneo continuo, com cerca de 1450 metros de comprimento. Outro molhe, rectilíneo e
medindo 480 metros, seria construído a 600 metros para sul da Pedra do «Cão», orientado
para oeste.
No interior do porto, os navios poderiam carregar e descarregar sem problemas e
passariam para uma ampla doca através de um canal de flutuação (com 500 metros de
comprimento e 30 de largura), aberto através do Cabedelo.
Na doca desenvolver-se-iam, ainda, cais acostáveis com fortes guindastes e linhas
férreas e ela comunicaria com o Douro através de um outro canal que só fecharia durante as
cheias.
O projecto de Lavadores viria a ser alterado e completado, em Abril de 1880, com cais
acostáveis na bacia de S. Paio e molhes a construir a partir do dique de Luiz Gomes (a
tracejado), bem como os fundamentos dos benefícios desta solução em relação ao porto de
Leixões.
XXXIII
APÊNDICE 5-M
Figura M. 1 - Projecto de Carlos Marnay (de 1879). Extraído de MARNAY (1879).
O primeiro projecto consistia na abertura de uma nova entrada no rio através de um
largo canal, entre dois molhes prolongados para o mar (A). 0 canal abriria junto às pedras do
«Maroiço» (B), próximas do monte das Pedras Altas (( ), desembocando na baía de S. Paio
(D) e comunicando com o rio Douro através de uma comporta (E), situada um pouco a sul da
zona do Ouro.
Com o levantamento do dique de Luiz Gomes (F) até ao Cabedelo, pela actual
embocadura do rio sairiam as águas deste e das suas cheias. A barragem teria duas portas que
apenas abririam para dar entrada a embarcações, impedindo a entrada da água das enchentes.
O segundo projecto, segundo o próprio autor, «pode ser considerado quase sendo o
inverso do primeiro» (MARNAY, 1879, p.18). Ele consiste em desviar o curso do rio, na zona
da povoação da Afurada (margem esquerda), abrindo-lhe um novo leito para sul e sudoeste,
através da bacia de S. Paio e do Cabedelo, até ao oceano (G).
O leito actual passaria a constituir o novo porto do Douro, que comunicaria com o rio
através de uma eclusa (H). Para isso, prolongar-se-ia o molhe das Felgueiras para o mar
(direcção de NE-SW) (I) e construir-se-ia um dique, aproveitando os enrocamentos de Luiz
Gomes de Carvalho (J), e assentando nas pedras «Perlongas» (L) e «Fogamanadas» (M).
A montante, o leito do rio fecharia segundo dois alinhamentos oblíquos (H), ficando a
eclusa próxima da margem direita do curso fluvial.
XXXIV
APÊNDICE 5-N
Se/ir tf<a LtIZ
Foz
Âfi/mda
Figura N. 1 - Projecto de um Engenheiro Civil Português. Extraído de LOUREIRO, A., 1903
O ante-porto (A) seria fechado, a norte, por um molhe em continuação do das pedras
«Felgueiras» ( ), ao largo, por outro molhe com orientação N/S ( ) e, ao sul, por um terceiro
em continuação do dique de Luiz Gomes de Carvalho, que também marcaria a margem direita
(3, 4) do novo canal fluvial (B). A margem esquerda ( ), em linha recta, prolongar-se-ia para
jusante até ao mar e comunicaria com o rio, a montante, a sul da zona do Ouro ( ).
Um molhe transversal partindo deste ponto e disposto obliquamente ao rio ( ), deixaria
uma comunicação de 150 metros com a bacia de ancoragem (('). Esta seria formada através
de um dique com direcção aproximada do eixo do Cabedelo ( ), contendo aberturas ( ) para
permitir a comunicação das águas do Douro.
XXXV
APÊNDICE 5-0
•ggÉS 8
Figura 0.1 - Projecto de Russel Aitkens (1880). Extraído de LOUREIRO, A. (1903)
Russel Aitkens, engenheiro inglês, elaborou este projecto em resposta a um abaixo
assinado que lhe fora enviado por 250 comerciantes do Porto (Loureiro, 1910/w). Dele
constavam duas jetées, tendo a do sul, (A), 1200 metros e a do norte, (B), 880 metros. Entre
estes dois quebra-mares ficaria um canal de entrada, o qual seria dragado para manter a
profundidade.
Este plano de obras compreendia ainda um porto de abrigo (C) entre Sobreiras e o
Castelo de S. João da Foz, bem como uma doca (D). O seu muro exterior seria uma estrutura
importante na regularização das correntes fluviais.
XXXVI
APÊNDICE 5-P
Figura P. 1 - Projecto de Afonso Joaquim Nogueira Soares (1881). Extraído de LOUREIRO, A. (1910/,
p.165)
O engenheiro Afonso Joaquim Nogueira Soares propõe:
♦ o quebramento de rochedos, nomeadamente os próximos das pedras
«Felgueiras», tal como já havia sido sugerido por C aetano Maria Batalha (ver
referência aos anos compreendidos entre 1859 e 1867, no C apítulo IV.2.2) e
Manuel Afonso Espregueira (ver APÊNDIC E 5-K), bem como a extracção de
areias em dragagens.
♦ Um dique contínuo, na margem direita (A), em linha recta ou em curva de
grande raio, para regularização da corrente, desde o Ouro até à Cantareira. Este
dique pretendia tornar o canal mais directo, para contrariar o avanço do
Cabedelo e da restinga submarina, principalmente no Outono e no princípio do
Inverno, com a predominância dos ventos de sul e das águas vindas de montante.
♦ Um molhe do sul (B) cuja construção do troço inferior, próximo do C abedelo,
considera prioritária, embora a sua descontinuidade tenha levado à formação de
um banco interior.
♦ Um paredão do sul (C) para evitar a deslocação da foz.
XXXVII
APÊNDICE 5-Q
Figura Q.l - Projecto de John Coode (de 1881). Extraído de LOUREIRO, A. (1903).
Este projecto consiste na canalização do rio através da construção de diques
aproximadamente paralelos.
A norte, o molhe tem início em Sobreiras, até à zona da Cantareira, formando uma
pequena doca de abrigo. A sul, o dique de Luiz Gomes á aproveitado, prolongando-o para
montante, por S. Paio até à Afurada e terminando, a jusante, em esporão avançado para o mar.
xxxvin
APÊNDICE 5-R
Figura R.1 - Projecto de Eduardo Augusto Falcão. Extraído de LOUREIRO, A. (1903).
O engenheiro Eduardo Augusto Falcão propõe, neste projecto, a construção de um
esporão, ou molhe do sul, com traçado muito próximo do proposto pelo engenheiro Nogueira
Soares ( l ) e o levantamento, até ao nível da preia-mar das marés vivas, do molhe de Luiz
Gomes (2).
Acrescenta, ainda, a dragagem, a médio-prazo, de grandes quantidades de areia e o corte
de rochas submarinas, formando um canal navegável.
XXXIX
APÊNDICE 5-S
Figura S. 1 - Projecto de Artur Guimarães (em 1903). Extraído de LOUREIRO, A. (1903)
Este plano de obras inclui o corte de rochas como, por exemplo, «Abra», «Picão» e
«Aguião» e a regularização da corrente. No sentido de corrigir incidências e reflexões de
corrente entre as duas margens, Arthur de Guimarães propõe dois diques (A e B), um em cada
margem.
Margem direita: A parte norte seria constituída por um dique com várias interrupções.
Desde a Arrábida até próximo da «Fábrica do Gaz» surgiria um cais marginal 1 e, para
jusante, formar-se-ia uma área para os barcos descarregarem as mercadorias destinadas às
fábricas da região.
Próximo da zona do Ouro, utilizando os produtos dragados aterrar-se-ia e conquistar-seia um terreno, a jusante, destinado a duas docas de reparação e para montante da Cantareira,
duas carreiras de construção (1). Entre Sobreiras e Cantareira ficariam as docas para pequenas
embarcações (2). Para jusante da Cantareira (entre o pontal e o muro da Meia-Laranja)
surgiria mais uma doca (3).
Margem esquerda: Iniciado na Arrábida, a 220 metros da margem oposta, afastar-se-ia
dela até aos 234 metros, a jusante do Cabedelo.
Segundo Artur de Guimarães, o volume das águas do mar e do rio armazenadas na baía
de S. Paio permitiria uma velocidade de vazante tal, que considera suficiente para arrastar as
areias depositadas no canal.
Em vez de um dique contínuo, este engenheiro propõe pequenos lanços de diques, para
facilitar a entrada das águas na maré enchente e dirigir a corrente vazante para as pedras
«Abra», «Picão» e «Aguiar».
O molhe de Luiz Gomes de Carvalho seria aproveitado e o Cabedelo cortado por um
muro assente em enrocamentos, ao qual seguiria uma jetée até à parte exterior das
«Fogamanadas» (4).
O canal das pedras «Arribadouros» ficaria assim mais próximo da margem direita,
diminuindo a necessidade de extracção de rocha, limitando-a aos «Arribadouros» e «Cruz», a
montante, e «Abra», «Picão» e «Aguiar», a jusante.
XL
APÊNDICE 5-T
Figura T. 1 - Plano de obras de correcção para a barra do Douro, segundo proposta da Hidrotécnica
Portuguesa, em 1975 (adaptado de IHRH, 1989)
Deste projecto fazem parte vários molhes.
Na margem direita, desenha-se um molhe no prolongamento do molhe velho ou molhe
do Touro, inflectindo um pouco para SW, e um molhe desde a "Meia-Laranja", estendido para
montante, passando pela Cantareira, até às pedras da «Eira». Paralelo a este, para sul, surge
um outro molhe, formando um canal de 250 metros de largura.
Para montante destes molhes surge a hipótese de prolongamento, mantendo sempre o
canal com 250 metros de via navegável.
No prolongamento do molhe de Luiz Gomes de Carvalho, partindo das pedras «Débil» e
passando pelas «Perlongas», «Fogamanadas» e «Fogamanadas de Fora» projecta-se um
molhe encurvado cujo limite, mais interior que o do molhe norte, permite a existência de um
canal de acesso com 200 metros de largura.
XLI
APÊNDICE 5-U
Figura U. 1 - Hipóteses de utilização da bacia de S. Paio como porto comercialflúvio-marítimo,segundo a
APDL (adaptado de IHRH, 1989).
Ao equacionar a utilização da bacia de S. Paio como porto comercial, esta proposta visa
complementar o porto de Leixões com o porto do Douro, pois aquela mega-estrutura também
um dia se tornará insuficiente. Simultaneamente, um porto no estuário duriense constituiria
uma infra-estrutura da via navegável até Espanha, incentivando as trocas comerciais por via
flúvio-marítima.
O projecto previa:
♦ Um canal de acesso com 200 metros de largura, delimitado por dois molhes, com
aumento progressivo da largura e profundidade de -7,0m (Z.H.);
♦ Um canal fluvial, marginado por obras, dragado à cota de -7,0m (Z.H.) e 250 m de
largura;
♦ Duas docas de acostagem e amarração, com terraplenos adjacentes, fundos a -7,0m
(Z.H.) e 2600 metros de comprimento total do cais.
É possível ver as propostas de alteração do traçado do cais, realizadas pelo Instituto de
Hidráulica e Recursos Hídricos, após estudos hidromorfológicos.
XLII
APÊNDICE 5-V
VI.
\Í^ÍX
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Figura V. 1 - Extraído do "Estudo da Melhoria da Acessibilidade e das Condições de Segurança na Barra
do Douro", APDL, 1996.
Segundo Dias, B. (1997), esta obra tinha como principais objectivos:
♦Reconduzir as condições mínimas de segurança e estabilidade das margens ribeirinhas junto à foz;
♦Criar as condições de segurança para a navegabilidade e transposição da barra do Douro;
♦Contribuir para uma melhoria das condições ambientais e de estabilidade das zonas estuarina e
adjacente à foz, através da estabilização do cabedelo e da preservação da bacia de S. Paio.
Para a concretização dos objectivos presentes nesta proposta, «as obras consistem,
fundamentalmente, na construção de dois molhes projectados para o exterior do estuário; um, a Norte,
com cerca de 500 m de desenvolvimento, no prolongamento do existente molhe do Touro, e outro, a
Sul, com cerca de 750 m, aproveitando o molhe Luís Gomes de C arvalho e a existência de alguns
afloramentos rochosos. A execução destes dois molhes permitirá criar um canal seguro de acesso à
navegação, com cerca de 120 m de largura e fundos a -5,00m (Z.H.).» (BROGUEIRA DIAS, 1997,
p.2).
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Depósito de
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da barra do DOUTO;
Figura V.2 - Zonas a dragar e depósitos de dragados. Extraído de APDL, 1996
É entre o extremo norte do Cabedelo, a embocadura, o canal de acesso e o banco exterior que se
regista uma intensa circulação de caudais sólido e líquido.
As dragagens efectuadas de modo permanente na barra do Douro implicaram a extracção de
grandes quantidades de areia na embocadura do rio, local que se pode considerar como uma unidade
fisiográfica praticamente fechada. Este tipo de actividade revelou-se inconveniente, acarretando
consequências graves para a estabilidade do Cabedelo, do banco exterior e da orla costeira.
XLIII
APÊNDICE 5-X
A - O molhe sul é próximo do
proposto pela APDL, em 1996.
Corresponde a um prolongamento do
molhe de Luiz Gomes de Carvalho,
aproveitando as rochas graníticas quer lá
afloram. Trata-se de um projecto
relativamente económico, mas que
implica um elevado impacto ambiental.
B - Nesta proposta, o molhe enraízase sensivelmente a meio da língua do
cabedelo, criando um anteporto como
acontece noutros portos nacionais
estuarmos, de que Portimão, Figueira
da Foz e Aveiro são exemplos.
Também os aspectos ambientais são os
aspectos mais negativos desta solução.
Quadro X.1 - As duas alternativas destafiguracorrespondem a projectos abandonados pelos motivos
apresentados em cada uma delas (Extraído de IND, 2000, p.7).
APÊNDICE 5-Z
Figura Z. 1 - Projecto para melhoria do acesso e segurança da barra do Douro (Extraído de IND, 2000, p.3)
Os apologistas desta proposta defendem que a implantação desta estrutura (Figura Z.l)
reconfigurará o Cabedelo, língua arenosa resultante da acção conjugada das correntes fluviais e de
maré com a acção das ondas (IND, 2000).
As areias provenientes da praia do cabedelo serão travadas antes de atingirem o canal navegável
e as que aí chegarem, vindas de montante ou de jusante, acumular-se-ão mais à frente, na zona
abrigada do anteporto, até serem expulsas pelas cheias periódicas do Douro.
O projecto inclui, à semelhança de todos os anteriores, dragagens do canal de navegação, tal
como consta na Figura Z.2 deste apêndice. Os materiais dragados constituirão areias de enchimento
para a zona de praia fora do canal de navegação.
Figura Z.2 - Acesso marítimo, dragagens a efectuar e reconfiguração do Cabedelo (Extraído de IND,
2000, p.5).
XLV
«De Zeecusten van Portugal van Viana tot Avero», de
Willem Jansz Blaeu, 1619 (pormenor),
(in ESTAMPAS & MAPAS ANTIGOS DE GAIA, 1989)
APÊNDICE 6
CARTOGRAFIA ANTIGA DA FOZ D O DOURO E
D O CABEDELO
(SÉCULOS XVII A XIX)
APÊNDICE 6-A
«Der Zeecusíen van Portugal-van
-,...
Viana totAvero», de Willem Jansz Blaeu, 1619.
"Sí!Í2S
O original desta fotografia encontra-se na Biblioteca Pública da Câmara Municipal doPorto
Este mapa foi impresso, pela primeira vez, no ano de 1619, em Amsterdão, fazendo
parte de uma colectânea com o título «Le Flambeau de la Navegation».
A zona da Afurada Ç'clusenaer") era o lugar no qual os barcos que demandavam à barra
eram obrigados a fazer quarentena durante os períodos de peste. São bem visíveis o Castelo
de S. João da Foz e a Cruz de Ferro, então existente no leito do rio.
Na BPMP existe uma cópia, de 1638, correspondendo-lhe a cota BPMP. Res. C (I) - 2.
XLVH
APÊNDICE 6-B
«Leça, Cidade do Porto e Aveiro» (pormenor), de 1673, por Luís Serrão Pimentel.
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Figura BI - Pormenor da gravura «Leça, Cidade do Porto e Aveiro», da autoria
de Luís Serrão Pimentel, em 1673 (Extraído de ESTAMPAS & MAPAS
ANTIGOS DE GAIA 1989).
Luís Serrão Pimentel1 foi nomeado cosmógrafo-mor em 1641, sendo as suas lições
coligidas, em 1673, sob o título «Prática da Arte de Navegar».
A figura presente neste Apêndice é um pormenor de uma das 15 estampas da obra2
existente na Biblioteca Nacional.
1
Dados sobre Luís Serrão Pimentel e de Manuel Pimentel, seufilhoe sucessor no cargo de cosmógrafo-mor,
encontram-se em ALBUQUERQUE, 1969.
XLVin
APÊNDICE 6-C
«Mappa da Barra e Rio da Cidade do Porto, com todas as suas pedras, Bancos d'Areia e
palmos que tem o dito rio na baixa-mar». Feito por José Monteiro Salazar mestre piloto,
aprovado e lente da aula náutica, na dita cidade, em 1779. Copiado por António Martins
Álvares de Almeida, no Porto, aos 30 de Novembro de 1784.
B.P.M.P., Res.: C-M&A-Pasta 18(8)
Esta carta revela pormenores de grande interesse como, por exemplo, a velha Torre da
Marca (A), o Farol de S. Miguel-o-Anjo (B), a Fortaleza de S. João da Foz (C) e a Cruz de
Ferro (D), bem como os nomes de algumas pedras e escolhos da barra do Douro, ou ainda o
contorno do Cabedelo em 1789.
2
Existe uma edição prefaciada por Fontoura da Costa, em 1960, editada pela Agência Geral do Ultramar.
XLIX
APÊNDICE 6-D
«Planta da Foz do Douro, e dos Projectos de Fortificação para a Defesa da Mesma». Da
autoria de Reynaldo Oudinot, em 1793.
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B.P.M.P., Res.: C-M&A-Pasta 18(13)
Este mapa já foi referido no Apêndice 5-C. pois inclui projectos de obras para melhoramento
do acesso à barra do Douro
L
APÊNDICE 6-E
«Planta da ...a da Cidade do Porto». Feita por Joaquim de Sousa Picão, no ano de 1815,
em S. João da Foz (Dimensões: 57 em x SO em; Escala: Braças).
Figura E. 1 - Fotografia da carta de Sousa Picão. Encontra-se um exemplar no Arquivo Histórico da Cidade.
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Figura E.2 - Esta cópia do mapa de Sousa Picão encontra-se em ANDRADE (1948), e permite visualizar melhor
o contorno do cabedelo e da bacia de S. Paio.
Nesta carta figuram as rochas perigosas para a navegação e as direcções a seguir para a
entrada segura na Barra do Porto. Na restinga da foz do Douro encontra-se a seguinte
inscrição: «C abedelo muda de figura principalmente a ponta do norte que faz várias figuras e
sempre está visível o todo».
Na margem esquerda do rio figura, ainda, a bacia de S. Paio e, para o autor, os
«Areinhos mudam de figura muitas vezes no ano; ficam debaixo d'agua na enchente,
descobrem na vazante».
LI
APÊNDICE 6-F
«Planta da Foz do Douro até Quebrantões». Feita por Luiz Gomes de Carvalho, em 1820.
(Data provável: 1820; Dimensões: 54,2 em x 20,5 em; Escala métrica em braças)
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Cópia extraída de BARROCA (2001). Existe um exemplar na Biblioteca Pública Municipal do Porto
Esta planta será uma das representações cartográficas mais rigorosas do rio Douro na
sua parte mais a jusante. Luiz Gomes de Carvalho representou meticulosamente as rochas que
empederniam a entrada da barra, os movimentos das areias do Cabedelo e os meios
necessários que, segundo o autor, evitariam os perigos da navegação naquela zona do rio.
LII
APÊNDICE 6-G
«Plan de la Ville, du Port e Des Environs d'Oporto en Portugal». D'Après le grand Atlas
de Mr. Calmet - Beauvoisin, 1832 Le Dépôt Général, rue St. Honoré, n° 297. Lith. Delarue. Rue N.
D. des Victoires, 16» (Dimensões: 28,5 em x 39,0 em; Eseala: léguas).
Extraído de ANDRADE (1941)
Segundo ANDRADE, (1948), esta planta encontra-se, provavelmente, na Biblioteca
Nacional de Paris.
LIII
APÊNDICE 6-H
«Oporto and Environs, with the lines of Don Pedro and Positions of Don Miguel's
Army». Desenhada por I S . Gage, Porto, 1832. C. Firth Lith. 24 Birchin Lane Cornhill»
Published by John Brown, Stacioner & C. 17 old Broad Street, City & G.K.J. Cary 86 St.
James Street
Dimensões: 26,5 em x 21,0 em
Figura HI - Extraída de VITORINO, 1938
Esta carta, apresentando a escala em milhas, foi desenhada por J.S. Gage, do Porto e
impressa em Londres.
Pode deduzir-se a morfologia do Cabedelo e da bacia de S. Paio, bem como uma
legenda, em rodapé, com a simbologia utilizada na topografia.
LIV
APÊNDICE 6-1
«Oporto», 1833
Published under t h e superintendence of the society for t h e Difusion of Useful Knowledge.
Dimensões: 37,7 em x 31,2 em
Esta planta da cidade foi
impressa em Londres, em 1833,
existindo uma outra, igual, impressa
pela Casa Edward Stamford 6. Charing
Cross, em Londres.
No canto superior esquerdo
encontra-se a carta, em menor escala,
intitulada "The Environs of Oporto"3
e, na parte inferior, uma gravura,
"Mew of Oporto from Torre da
Marca. Published by Baldwin &
Cradok, 47 - Paternoster Row Jan.
1.1833. Printed by J. Henshall, Drawn
by W.B.Clarke Arch. ". Esta gravura
representa as vistas panorâmicas das
gens do rio, cujo ponto de partida,
ANDRADE (1941),
corresponláenão à Torre da Marca,
apresenta duas escalas: uma em metros e
Esta planta está publicada na obra The British Battalion at Oporto with adventures anedoctes and
exploits at Holland, at Waterloo, and in the expedition to Portugal, by Corporal Knight London. 1834.
(ANDRADE, 1941).
LV
APÊNDICE 6-J
«Entrance of River Douro», pelo Comandante Edward Belcher, 1833.
London Published according to Act Parliament at the Hidrographical Office of the
Admiralty Sept. 1st. 18334
J. & C. Walker esculp.
Dimensões: 61,0 em x 47,2 em
Extraído de ANDRADE (1941)
Esta carta destina-se, sem dúvida, à navegação, pois nela estão presentes a foz do Douro
e parte do seu curso com as respectivas cotas de profundidade, e marcados todos os percursos
que permitiam transpor a barra. Como escala métrica são utilizadas as milhas náuticas.
Segundo ANDRADE (1941), para a elaboração desta carta teriam sido utilizados os
dados dos levantamentos topográficos existentes na época.
A morfologia do Cabedelo surge pormenorizada no canto superior direito, bem como a
fortaleza de S. João da Foz.
4
Em 1866 saiu uma edição actualizada desta planta.
LVI
APÊNDICE 6-L
«Planta Militar do Porto»
A C . De Lemos Lith - off. R. Lith.
Dimensões: 30,0 em x 23,5 en
Extraído de ANDRADE (1942a)
Esta carta, com escala em léguas, permite concluir sobre a importância do Cabedelo
durante o Cerco do Porto, já que nesta época havia baterias nele instaladas, tornando-o um
local estratégico, como se refere no seguinte excerto:
O Governo Liberal destinou o dia 8 de Janeiro de 1833 para se fazer o primeiro desembarque de vários artigos
para o Exército e igualmente para os habitantes; as Catraias e mais embarcações destinadas a fazer aquela
operação, saíram de noite, pela barra, mesmo debaixo do fogo do inimigo, que se tinha estabelecido no areal da
ponta do Cabedelo, ao sul da barra, com o fim de obstar a trânsito do mais pequeno barco5
s
O Cerco do Porto em 1832 para 1833 - Por um Portuense - Porto, 1840, pp.99-100.
LVII
APÊNDICE 6-M
«Porto e Arrabaldes, linha de D. Pedro e posições do exército de D. Miguel», 1833
Uth. De Ant° Roiz de Araújo. 1833
Dimensões: 44 em x 38 em
Extraído de ANDRADE (1942a)
O exemplar da carta presente nesta página encontra-se muito degradado e incompleto.
Existe uma destas cartas em Luz Soriano (1890), embora por dificuldades logísticas não
tenhamos tido acesso a uma cópia. Nesse exemplar, as posições das tropas de D. Miguel são
indicadas a cor vermelha e as de D. Pedro a cor azul.
LVIII
APÊNDICE 6-N
«Carte Topographique des Lignes d'Oporto»
(Dressé et puôCié par Ordre de S. 9/L. I. par <F. <P. * Moreira, CoConeCdu Çenie Portugais
LitH de Lopes, %ua % (Dos M." 2
Dimensões: 42,5 em x 31,9 cm
Extraído de ANDRADE (1942a)
Nesta carta topográfica, cuja escala é expressa em léguas de 2540 braças, estão
marcadas as diversas baterias utilizadas durante o Cerco do Porto, salientando, mais uma vez,
a importância do Cabedelo para a ofensiva militar (canto inferior esquerdo).
Na época, a restinga da foz do rio Douro constituía uma estrutura de grandes dimensões
em forma de língua, situando-se a ponta do Cabedelo a meio caminho entre o Castelo de S.
João da Foz e a capela de S. Miguel-o-Anjo.
Desta carta consta, ainda, uma descrição histórica da cidade do Porto.
LIX
APÊNDICE 6-0
«Planta do Porto e Suas Vizinhanças»
Lith. da Acad. Real das Sciencias
Dimensões: 61 en x 50 em
Extraído de SÉREN e PEREIRA (2000)
Nesta carta, o Cabedelo surge deslocado para jusante, com o seu limite norte na direcção
das pedras «Felgueiras».
Na foz do rio Douro surge o molhe das Felgueiras como se já tivesse sido construído,
bem como o Marégrafo (em S. Miguel-o-Anjo) e uma bateria naquela zona para defesa da
entrada na barra.
LX
APÊNDICE 6-P
«Manta do Porto»
Lith. Da Acad. Real das Sciencias
Dimensões: 36,5 em x 24 em
Esta planta corresponde, certamente, a uma representação antiga, já que além do
pequeno desenvolvimento da cidade do Porto, nela se encontram marcadas as rochas que
dificultavam a transposição da barra do Douro, referidas na obra do padre Agostinho Rebelo
da Costa, em 1789. Salienta-se a morfologia do Cabedelo, muito próxima das representações
de 1789, quando a extremidade norte da restinga se aproximou da pedra «Olinda», fechando
praticamente a barra.
Apesar de algumas imprecisões na delimitação de certos edifícios e lugares, existe rigor
topográfico na representação das estradas, das linhas de água e dos principais relevos da
região.
LXI
APÊNDICE 6-Q
«Plan von o Porto und Umgegendgez und herausgegeben von G Brügner », 1833
Berlin in Februar 1833
* ÏVliwt bllKkii IIIMT the Si mil
O PORTO
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Extraído de ANDRADE (1948)
Este mapa apresenta muitas semelhanças com o existente no APÊNDICE 6-0, «Planta
do Porto e suas Vizinhanças», litografada pela Academia Real das Ciências. Provavelmente o
autor alemão baseou-se naquela planta para construir a carta presente neste Apêndice.
LXII
APÊNDICE 6-R
«Plan of Porto», 1833
«Plan af Porto Stentryck af G. Runbom. Salvagrand Huset n°l»
Dimensões: 19,8 en x 26,9 em
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1't.AV.irOrORTO
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Extraído de ANDRADE (1948)
A barra do rio Douro e as areias do Cabedelo estão representadas no canto superior
esquerdo desta carta. Todos os locais importantes estão marcados com um sinal (+) como, por
exemplo, o telégrafo da Foz e diversas capelas e igrejas.
LXIII
APÊNDICE 6-S
«Carta Topográfica do Porto», 1892
i
Fotografia obtida no Arquivo Histórico da Cidade
A Planta Topográfica do Porto é constituída por 464 folhas na escala 1:500, com
dimensões rectangulares de 80cm x 50cm. Augusto Gerardo Teles Ferreira aproveitou estas
cartas para elaborar outras plantas às escalas 1:2500 e 1:5000, respectivamente.
O exemplar deste Apêndice encontra-se no Arquivo Histórico da Cidade e representa,
segundo as palavras do próprio Teles Ferreira «um eficaz instrumento de gestão de espaço
urbano» (ap. FALCÃO e BRAVO, 1992).
LXIV
APÊNDICE 7
OS BLOCOS GRANÍTICOS DO CABEDELO DA FOZ
DO DOURO - ALGUNS PORMENORES
GEOLÓGICOS
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16 de Janeiro de 1910
19 de Outubro de 1910
APÊNDICE 8
SEQÜÊNCIA DE CARTOGRAMA5 RELATIVOS AO
CABEDELO PÓS-CHEIA DE 1909
CARTOGRAMA I - 16 de Janeiro
Em meados de Janeiro do ano de 1910, em
regime de maré-cheia apenas se notava a
acumulação de algumas areias apoiadas ao longo do
molhe de Luiz Gomes de Carvalho, ligeiramente
para oeste deste.
Iniciara-se,
simultaneamente,
uma ténue
reconstrução do Cabedelo na extremidade da
margem
esquerda,
em função
dos ventos
dominantes de sul e do interior do continente. Este
enraizamento, contudo, efectuou-se para leste
relativamente à situação normal, antes da cheia.
Nota: As zonas sombreadas correspondem ao
desenvolvimento do assoreamento visível em marébaixa.
CARTOGRAMA II - 15 de Março
Surgem ventos dos quadrantes marítimos e o
enraizamento, a sul, praticamente desaparece. Em
função dos ventos N e S, prolonga-se a língua de
assoreamento para SW e, no interior desta, forma-se
outra, resultante dos ventos de leste. No entanto, em
regime de maré-cheia não é ainda visível qualquer
deposição arenosa.
LXVIII
CARTOGRAMA III - 12 de Abril
Os ventos continuam a exercer forte influência no
desenvolvimento do Cabedelo. A acumulação apoiada no
molhe de Luiz Gomes de Carvalho é influenciada pelos
ventos do quadrante desde N até W, embora a inexistência
de ventos do quadrante W até Sul tenha implicado uma
redução do assoreamento para SW, registada no mês
anterior. Os ventos de leste fazem aumentar o
enraizamento a sul, já visível em preia-mar.
« ...
Nota: As linhas contínuas no interior das zonas
sombreadas correspondem às superfícies emersas durante
a baixa-mar.
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CARTOGRAMA IV - 9 de Maio
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Nesta hidrografia, o aparecimento do vento de sul é
pelo prolongamento,
para
SSW, da
acumulação arenosa.
A área do C abedelo apoiada na margem esquerda
aumenta ligeiramente, bem como a área sub-aérea e as
zonas visíveis em preia-mar.
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CARTOGRAMA V - 23 de Junho
0 predomínio dos ventos do lado marítimo permitem
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o desenvolvimento do assoreamento e a sua ligação à
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Verifica-se o avanço, para norte, da extremidade do
Cabedelo apoiada no molhe de Luiz Gomes de Carvalho,
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margem sul.
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pelo facto de, no Verão, dominar o efeito da ondulação e
das marés e do caudal fluvial reduzir significativamente,
implicando menor capacidade de arrastamento sedimentar.
Notar que o Cabedelo surge, pela primeira vez após a
cheia, de modo contínuo em maré-cheia.
LXLX
CARTOGRAMA VI - 22 de Agosto
Verifica-se um engrossamento claro da estrutura
arenosa.
O aparecimento dos ventos de leste leva a uma
diminuição de profundidade na zona interior do Cabedelo.
Aumenta, igualmente, a deposição de areias ao longo do
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molhe de Luiz Gomes de C arvalho, mas o C abedelo
enraizado na margem sul, no interior do assoreamento
principal, não sofreu grandes alterações, à semelhança da
hidrografia anterior.
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CARTOGRAMA VTI - 19 de Outubro
A bacia de S. Paio aparece reconstruída, verificandose acumulação de areias, na parte leste do Cabedelo, por
acção de ventos fortes do interior. No entanto, um
assinalável engrossamento do C abedelo é impedido
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devido a um temporal vindo de SSW. Este fez com que o
mar encurvasse o Cabedelo, deslocando-o um pouco para
montante. Apesar de em regime de maré-cheia a ponta
norte do C abedelo surgir para sul do molhe de Luiz
Gomes de C arvalho, as areias arrancadas ao lado oeste
deslocaram-se para norte do molhe, assoreando e
dificultando o acesso à barra.
(In OLIVEIRA, 1973)
LXX
APÊNDICE 9
MODOS DE POSICIONAMENTO COM GPS
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APÊNDICE 10
SOFTWARE UTILIZADO E LISTA DE
PROCEDIMENTOS PARA PROCESSAMENTO DOS
DADOS DE CAMPO
Após o trabalho de campo, é necessário trabalhar as informações captadas pelo receptor
de GPS. Para a obtenção de resultados, materializados por contornos do cabedelo e respectivos
valores de áreas e volumes associados, os dados de campo têm de ser processados através de
software específico, segundo uma ordem que, embora complexa, tentaremos sintetizar:
Programa Trim4000
É o programa utilizado para fazer o download dos ficheiros de dados dos receptores
"TRIMBLE" para o computador. Este programa corre em Dos, havendo necessidade de iniciar
o computador em modo DOS, uma vez que a janela de DOS que funciona sob o Windows
pode criar dificuldades ao seu funcionamento. Para a utilização deste programa é necessário
configurar os parâmetros da porta série do computador e da saída do receptor para ficarem
compatíveis.
Programa Geogenius
Este é um software comercial (Terrasat, 2001) de processamento de dados GPS a partir
dos ficheiros de observação obtidos na operação anterior. Utiliza técnicas OTF (On The Fly)
para resolução de ambiguidades.
Para o processamento foram seguidos os seguintes menus:
1. 'File'-'New'
2. 'Project' - 'Files into project' (inserir os ficheiros da campanha de observação)
3. Inserir as coordenadas conhecidas da estação de referência
Estação de referência do pilar TANGO (estação GPS do Observatório Astronómico):
Pilar TANGO (Coordenadas):
x = 4759051.781
y = -718824.336
z = 4171538.784
Receptor estacionado neste pilar:
Receptor:
Trimble 4000 S Se
Antena: ext_geodetic_L12
(Medir a altura da antena para introduzir no programa)
Nota: A altura da antena mede-se desde o topo do pilar até à base do prato da antena.
A estação que se utiliza no campo (designada por estação rover) corresponde ao
receptor Trimble, cujas características são:
Receptor: Trimble S Si
Antena: ext_compll2_gp
Altura do bastão: 1.976 m
LXXIV
4. Seleccionar a opção 'kinematic' para os ficheiros cinemáticos
Sempre que fizer uma das alterações anteriores não esquecer de, no final, colocar 'Assign'.
5. 'Tools' - 'Precise Ephemeris Import' (inserir os ficheiros de efemérides precisas)
As efemérides precisas permitem processar os resultados com maior rigor, uma vez que
contêm informação extremamente rigorosa sobre a posição de todos os satélites, para o
período de 24 horas em que decorreram as observações.
Normalmente são disponibilizadas na Internet, numa página da NASA podendo ser
facilmente retiradas por ftp:
ftp:igscb.jpl.nasa.gov
6. 'Process' - 'Settings' (validar a opção anterior)
7. 'File' - 'Save as' (gravar o projecto )
8. 'Process' - 'Process Project'
No final verificar a qualidade dos resultados e gravar para ficheiro a trajectória obtida
Formato: Spectra Precision Formats
Opções: Código e fase em Datum 73
O ficheiro cinemático, ou seja, das posições ao longo da trajectória tem uma extensão POS e o
seguinte aspecto:
Cabeçalho:
#datum: WGS_84 6378137.000 298.25722356
1.0000000000
0.000
0.000
0.000 0.000 0.000 0.000
tempo GPS
Latitude
Longitude
Alt
sigmas
391368.999404 40.599450919 -8.756113755 62.631 0.385 0.215 0.473 3.0 4 ????????
DGPS
391369.999405 40.599450194 -8.756113929 62.655 0.380 0.212 0.467 3.0 4 ????????
DGPS
O tempo GPS é contado em segundos a partir das zero horas da noite de Sábado para
Domingo em tempo universal coordenado UTC
Para Portugal, na hora de verão o UTC = tempo local - 1 hora
Na hora de inverno temos UTC = tempo local
Programa Texpad
O texpad é um programa de manipulação de ficheiros. A partir do ficheiro com
extensão POS que saiu do Geogenius podemos retirar as colunas que não interessam, deixando
assim o ficheiro pronto para poder ser utilizado por outros programas.
LXXV
Normalmente do ficheiro anterior só interessa ficar com a seguinte informação:
tempo GPS
384530.999596
384531.999598
384532.999599
384533.999601
Latitude
40.558980369
40.558980059
40.558979925
40.558980068
Longitude
-8.770911203
-8.770909144
-8.770908477
-8.770909883
Altura
63.316
63.886
64.091
63.724
Programa Matlab
O Matlab é uma ferramenta poderosa para tratamento de ficheiros. Quando se introduz
um ficheiro no Matlab, ele passa a ser reconhecido como um vector, permitindo o seu
tratamento matemático.
No Matlab são utilizadas duas rotinas para limpeza e filtragem de ficheiros,
respectivamente.
♦ GPSC LEAN (Rotina de limpeza de ficheiros)
Seguir os seguintes passos:
Ex: Ficheiro com o nome: dia21k2.txt
1. 'load' dia21k2.txt
2. 'clear' Ri
3. [Ri(:,l),Ri(:,2),Ri(:,3)]=Uh_ecf(dia21k2(:,2),dia21k2(:,3),dia21k2(:,4));
4. Ro=gpsclean([dia21m(:,l)Ri]);
5. [Lat,Long,H]=ecef_llh(Ro(:,2),Ro(:,3),Ro(:,4));
6. [M]=[Ro(.,l),Lat,Long,H];
7. 'save' 'dia21mclean.dat' M -ascii -double
♦ SPAC EPOS (Rotina para filtragem de ficheiros)
Normalmente utiliza-se o filtro de 1 metro, o qual permite obter espaçamentos de 1 metro
entre as posições registadas. Evita-se assim a sobreposição num mesmo local.
Por vezes, para o programa funcionar bem deve-se colocar o ficheiro spacepos.m na
directoria de trabalho.
Exemplo: para o ficheiro 'dia21mclean.dat'
1. 'load' dia21tclean.dat
2. [X,Y,Z]=Uh_ecf(dia21tclean(:,2),dia21tclean(:,3),dia21tclean(:,4));
3. R=spacepos([dia21tclean(:,l)X Y Z],l);
4. [Lat,Long,H]=ecef_llh(R(:,2),R(:,3),R(:,4));
5. [M]=[R(:,l),Lat,Long,H];
6. 'save' 'dia21tfilt.dat' M -ascii -double
LXXVI
Programa Datumcnv
Este programa corre em Dos e foi desenvolvido para realizar transformação de
coordenadas. Até ao momento estivemos a trabalhar em Datum WGS84, (coordenadas
geográficas). Agora vamos passar para Datum 73.
Proceder do seguinte modo:
Colocar o ficheiro que se pretende transformar na directoria que contém o programa. O
ficheiro deverá ter a seguinte estrutura:
Exemplo:
Longitude
-8.7607620920000040e+000
-8.7607670819999990e+000
-8.7607708759999990e+000
-8.7607744329999870e+000
-8.7607709610000090e+000
Latitude
4.0585973944940400e+001
4.0585963983940440e+001
4.0585954522940510e+001
4.0585944820940480e+001
4.0585956191940490e+001
Altura
5.8104099778706870e+001
5.8057099778887080e+001
5.8055099775542630e+001
5.8051099778203710e+001
5.8088099775470350e+001
Usar os seguintes comandos:
datumcnv-I wgs84 -o D73 < filel.txt | file2.txt
O ficheiro de output deverá ter este aspecto:
Exemplo:
m
520366.88
520366.46
520366.14
520365.84
p
4493039.56
4493038.46
4493037.41
4493036.33
altura elipsoidal
5.8104099778706870e+001
5.8057099778887080e+001
5.8055099775542630e+001
5.8051099778203 7 lOe+001
Uma vez que a altura deverá ser referida ao nível médio das águas do mar deverá ser
subtraída a ondulação do geoíde à altura elipsoidal.
A formula utilizada é a seguinte:
C=h-N
em que:
C - Altura ortomét rica
h - Altura elipsoidal
N - ondulação do geóide
N=5 5.068
(na região do Porto)
Esta operação pode ser facilmente executada no Excel
Lxxvn
Excel
Proceder do seguinte modo:
1. 'File' - 'Open file' (seleccionar a opção 'all files')
Aparece uma janela com as primeiras linhas do ficheiro e os campos pelos quais serão
separadas as colunas.
2. Seleccionar a opção 'fixed within'
3. Clicar 'next' repetidas vezes até abrir o ficheiro numa folha de excel
4. Após o ficheiro estar inserido na folha excel, seleccionar a coluna das alturas com o botão
direito do rato sobre a letra que lhe corresponde.
5. Sobre a janela que se abre seleccionar 'Format cells'.
6. Sobre a nova janela seleccionar 'Number' e dentro do respectivo campo escolher 'General'.
7. Após fazer 'OK' deverão aparecer na coluna das alturas os respectivos valores em metros
com várias casas decimais.
8. Na coluna livre da direita introduzir a seguinte formula na primeira célula:
=Cl-55.068, em que Cl representa, neste caso, a primeira célula da coluna C,
pressupondo que a coluna C é a que diz respeito aos valores das alturas. Se, por exemplo, as
alturas estiverem sob a coluna F, usar a formula:
=Fl-55.068
9. Após determinado o valor para a primeira linha, o resto da coluna pode ser corrigido
facilmente cucando com o botão esquerdo do rato sobre o canto inferior direito da primeira
célula e arrastando-o até ao final da coluna.
10. Gravar o ficheiro em formatos xis e prn
O formato prn permite que o ficheiro seja aberto numa aplicação do tipo texpad por
forma a fazer determinadas manipulações conforme os objectivos.
Se o objectivo for a implantação dos resultados sobre uma imagem raster utilize o
Autocad Map. Se o objectivo estiver relacionado com o cálculo de áreas e volumes utilize o
Surfer.
Surfer
O Software Surfer foi utilizado com o objectivo de criar a superfície do terreno para cada
época de observação, com base nos ficheiros de dados GPS obtidos nos levantamentos
efectuados no campo.
Procedimentos adoptados no processamento efectuado no software Surfer 7
1. Abrir o programa;
Lxxvni
♦ INTERPOLAÇÃO
2. Menu 'Grid'
Data
Abrir a directoria onde se encontram os dados
Selecionar o método de interpolação:
'TLN';
Escolher o espaçamento:
1 metro;
Opções:
isotrópico, com raio 1
Fazer OK
A partir deste momento a superficie do terreno é gerada.
♦ VISUALIZAÇÃO
3. Menu 'Map'
'Contour map'
Options: 'fill contours'
Levels: 'Load' (selecionar a palete de cores pretendida)
Fazer'OK'.
O contour map permite visualizar as cotas por variações de cor. É possível escolher as
cores, bem como os intervalos altimétricos pretendidos.
♦ C ÁLC ULO DE VOLUMES
Para o cálculo de volumes é necessário criar um ficheiro BLN, que representa os limites da
área cujo volume se pretende determinar. Esse ficheiro pode ser obtido a partir da
digitalização desse mesmo limite, usando a opção 'DIGITAZE' do menu 'MAP'. Após essa
determinação pode-se usar a opção 'BLANK', para branquear a zona externa ao limite, por
forma ao volume calculado corresponder apenas ao que fica no interior, representando a zona
onde a interpolação foi efectuada com base nos dados.
Os volumes são posteriormente calculados com a ferramenta 'VOLUME' do menu
'GRID'.
1. Menu 'Map'
'Post Map', fazer 'new post map'
Após abrir a janela procurar o ficheiro com os dados da campanha que se pretende
digitalizar
Fazer 'OK'
'Digitaze' (Digitalizar o contorno externo do ficheiro de dados por forma de delimitar
a zona de estudo)
Atribuir ao cabeçalho do ficheiro o número de linhas do ficheiro e o algarismo 0
(significa que a area que pretendemos branquear é a externa aos dados).
Gravar o ficheiro com extensão 'bin'
LXXIX
2. Menu 'Grid'
'Blank'
Abrir o ficheiro da grelha de interpolação
Abrir o ficheiro anteriormente gravado com a extensão bin
Gravar o novo ficheiro
Fazer 'OK'
3. Menu 'Grid'
'Volume'
Abrir o ficheiro anterior
Definir a cota minima a considerar para o cálculo volumétrico
Fazer 'OK'.
Autocad Map
Preparação do ficheiro para dar entrada no autocad.
1. Abrir o 'texpad'.
2. Utilizar apenas as colunas de m e p separadas por vírgulas.
3. A primeira linha do ficheiro deverá ter indicado: 'pline'
O formato é o seguinte:
pline
520756.10,4494536.62
520756.36,4494536.94
520757.21,4494537.79
520757.14,4494539.49
4. Gravar o ficheiro com extensão 'ser'
Abrir o autocad
1. Na linha de comandos digitar 'script'
2. Abre-se uma janela que nos conduz à directoria onde está o ficheiro. Fazer 'Ok'
3. O ficheiro é inserido.
APÊNDICE 11
VALORES MÉDIOS DE ONDAS E MARES
(MAIO DE 2001 A MARÇO DE 2003)
Meses
Altura Média Altura Média I
da. Onda
da Maré
Jan-01
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Mar-01
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Abr-01
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1,99
Mai-01
0,96
1,97
Jun-01
0,95
1,96
Jul-01
1,00
1,99
Ago-01
0,77
2,02
Set-01
0,97
2,03
Out-01
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Nov-01
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2,02
Dez-01
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1,95
2,04
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2,03
Mar-02
1,45
2,00
Abr-02
1,19
1,99
Mai-02
1,25
1,97
Jun-02
1,05
1,96
Jul-02
1,01
1,99
Ago-02
0,80
2,02
Set-02
1,05
2,03
Out-02
1,54
2,00
Nov-02
1,75
2,02
Dez-02
1,79
2,01
Jan-03
1,93
2,04
Fev-03
1,73
2,04
Mar-03
1,11
2,01
Os valores apresentados nesta tabela correspondem, no caso das marés, à média
das marés diárias previstas para cada mês, que se encontram nas tabelas de marés do
INSTITUTO HIDROGRÁFICO (2000, 2001, 2002). No caso das ondas, até Dezembro
de 2002 os valores apresentados correspondem à média das leituras diárias de cada mês
efectuadas por estimativa visual;1 para os meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2003
os valores correspondem aos dados obtidos pela bóia de Leixões , presentes no site do
Instituto Hidrográfico.2
1
2
Gentilmente cedidas pela APDL.
http://w\v\v.hidrografico.pt
LXXXII
AN EXOS
Polvorinho da Colecção do Paço Ducal de Vila Viçosa (século XIX). O desenho é de Teodoro
de Sousa Maldonado, representando a barra do Douro. Foi integrado na obra do Padre
Agostinho Rebelo da Costa, em 1789.
ANEXO 1
«PLANTA GEOGRÁFICA DA BARRA DA
CIDADE DO PORTO», 1789
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ANEXO 2
«OPORTO»», 1736
Barragem de Crestuma-Lever
ANEXO 3
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