Comunicação da Gerência Social - Província
Marista Brasil Centro-Norte - PMBCN
Brasília, 07 de maio de 20122012
Volume 2. edição 11
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara discute
situação dos moradores de rua do DF
A
Expediente
Gerente Social
Cláudia Laureth
Coordenadora
Milda Moraes
Analistas Sociais
Fábio Feitosa
Geraldo Costa
Lauriene Queiroz
Auxiliar Administrativa
Edileuza de Oliveira
Analista de
Comunicação
Social/Jornalista
Fernanda Carmo
Projeto Gráfico e
Assessoria de
Comunicação
Instituto Marista de
Assistência Social
(IMAS)
Jornalista
Responsável
Fernanda Carmo
Fale Conosco:
[email protected]
Telefones: (61) 30221345/3022-1324
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados realizou no dia 04
de abril uma Audiência Pública,
em Brasília, para discutir as
condições de vida da população
em situação de rua no Distrito
federal, bem como as medidas
que estão sendo adotadas para
o enfrentamento à violência
praticada contra estas pessoas.
Os trabalhos foram conduzidos
pela deputada federal e vicepresidente da comissão, Erika
Kokay (PT/DF).
Durante a audiência, algumas reportagens que revelam casos de agressão e exploração sexual, praticadas por policiais militares do DF contra meninos e meninas moradores de rua, foram analisadas e discutidas, entre elas, uma denúncia
recente, ocorrida em março, quando uma jovem de 16 anos acusou dois policiais
militares por estupro.
Sobre esses casos, Kokay disse que irá ativar o Ministério Público Militar para
acompanhar todos os casos de violência e abuso sexual contra moradores de rua.
Segundo a parlamentar, a denúncia não pode ser arquivada e caso isso aconteça
quer dizer que a investigação foi insuficiente.
O representante do Fórum Nacional de Pessoas em Situação de Rua, Jacinto Mateus afirmou que a quantidade de crimes contra os moradores de rua é apavorante. Segundo pesquisas, nos últimos 6 meses, 265 pessoas em situação de rua foram mortas no Brasil e em apenas 95 dias do ano de 2012, 170 morreram vítimas
de violência nas ruas. Jacinto considerou que a violência acontece diariamente,
é contínua e abrange não apenas do DF, mas todo o Brasil. Ele recomendou que o
Estado assumisse a responsabilidade de construir políticas efetivas para beneficiar os moradores de rua e citou a valorização da segurança pública como forma de
proteção aos desabrigados. “Que a segurança pública esteja verdadeiramente
voltada ao serviço de proteção à vida”, pediu.
Daniel Seidel, secretário de Desenvolvimento Social e Trabalho do DF, garantiu
que o governo está empenhado em realizar melhorias que contemple à população
de rua, como a criação de novos albergues e a instituição da política de atenção
aos moradores de rua, estabelecendo medidas de enfrentamento a violência contra eles.
A deputada Erika Kokay irá propor à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara dos Deputados a criação de um grupo de trabalho sobre a população de
rua do DF e as medidas tomadas para combater todo tipo de violência com esses
moradores. O objetivo, segundo a deputada, é permitir a participação da sociedade civil e dar voz a quem não tem.
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Formação
IMAS no Encontro dos Facilitadores de Comunicação da PMBCN
Nos dias 26 e 27 de abril os profissionais de comunicação dos Colégios, do Instituto Marista de Solidariedade (IMS)
e do Instituto Marista de Assistência Social (IMAS) participaram do Encontro de Facilitadores de Comunicação e
Marketing, em Brazlândia/DF.
O evento foi canalizado à formação para o exercício da atividade de facilitador, o aprofundamento sobre o Plano
de Comunicação e a imersão nas áreas fins da Província: educacional, social e pastoral. Dentre os convidados,
estiveram presentes o vice-provincial, Ir. José Wagner da
Cruz; a gerente de comunicação corporativa da Província
Marista do Rio Grande do Sul, Rosângela Florczak, e gestores
do Escritório Central.
O Encontro de Facilitadores de Comunicação e Marketing faz
parte das ações do Plano de Comunicação da PMBCN, lançado
no dia 07 de março de 2012, com o objetivo de orientar e
qualificar os processos comunicacionais na instituição.
A iniciativa foi coordenada pela Assessoria de Comunicação
em parceria com a Coordenação de Marketing e Inteligência
de Mercado.
Chá com Prosa - edição de abril
IMS e IMAS abordam Direitos dos Povos Indígenas e Tradicionais
A edição de abril do Chá com Prosa: Direitos Humanos
em Pauta destacou como temática os Direitos dos Povos
Indígenas e Tradicionais, em alusão ao Dia do Índio,
comemorado no dia 19 de abril. O evento aconteceu no
dia 24/04 e as convidadas para conduzirem a prosa do
mês foram Samantha Ro’otsiotsina de Carvalho Juruna
(Etnia Xavante), Zelandes Alberto (Etnia Patamona) e a
antropóloga e professora da UnB, Mônica Nogueira.
Os debates pontuaram questões relevantes como saúde,
educação, cultura, territórios, sustentabilidade e religião. Samantha relembrou a história do movimento indígena, que se iniciou na década de 1970 e os Direitos
conquistados com a Constituição de 1988. A estudante
Xavante acrescentou à discussão a PEC 215 (Proposta de
Emenda à Constituição) que retira do Executivo a função de demarcar terras indígenas e passa ao legislativo a função, numa clara manobra da bancada ruralista em se
apropriar dessa tarefa e dificultar a emancipação de povos indígenas e comunidades tradicionais.
Zelandes Alberto explicou que as manobras das elites tradicionais no Congresso são uma clara ameaça aos povos
indígenas. “É uma estratégia desarticular nossos povos. Colocam nosso povo como criminoso, culpado por embates com fazendeiros e madeireiros”, afirmou.
A experiência acadêmica e profissional da antropóloga Mônica Nogueira possibilitou a complementação das discussões durante todo o debate. Quando discutida a questão religiosa de missões dentro de aldeias, Mônica foi
categórica: “É importante que não pensemos nos índios como seres que devem viver em redomas de vidro. Não
somos nós que devemos decidir por eles, eles têm protagonismo e sabem lidar com as diversas frentes que chegam até eles, tanto é que até hoje resistem às imensas dificuldades que enfrentam”, concluiu.
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Educação, Direitos Humanos e Sustentabilidade
Leonardo Boff discute Sustentabilidade em Aula Magna Marista
O
IMAS participou de mais uma edição das Aulas
Magnas (18/04). O debate sobre “Sustentabilidade
e a Crise do Planeta” foi enriquecido com a palestra do ativista social, ambientalista, filósofo, teólogo, escritor e professor universitário, Leonardo
Boff. A aula foi transmitida diretamente do Colégio
Marista Champagnat de Taguatinga (Brasília/DF) e
contou com a participação das unidades sociais,
educacionais e pastorais de toda província. O Ir.
Iranilson Lima, assessor Educacional da PMBCN, iniciou o momento de oração lembrando os 13 anos de
canonização de São Marcelino Champagnat, pai fundador do Instituto Marista, e seguiu o momento de
espiritualização com o Cântico das Criaturas, de
São Francisco de Assis.
A Carta da Terra
Na abertura da aula, Leonardo Boff apresentou o
vídeo “A Carta da Terra”, narrado por ele próprio, que traz os 16 princípios norteadores para a construção de
sociedades sustentáveis. A carta foi escrita por importantes lideranças de todos os continentes do planeta, e nela temos a presença de dois brasileiros: Leonardo Boff e Paulo Freire.
O Planeta Terra pede socorro
O professor disse que a sustentabilidade é um tema de “vida ou morte”, pois, ou se garante o cuidado dos recursos naturais e dos seres vivos ou então a humanidade corre efetivamente o risco de sofrer grandes catástrofes
por que vêm desafiando os limites da terra. Segundo Boff, um documento publicado em 2005, pela Organização
das Nações Unidas (ONU), chamado “Planeta Vivo”, diz que em 1960 precisávamos de meio planeta para atender
as demandas humanas, em 1975 já necessitávamos de um planeta, em 1980 um planeta e mais 10%, 1990 um planeta e 20% e 2011 um planeta inteiro e mais 30%. “É o planeta que já não temos”, lamentou. De acordo com Leonardo Boff, a terra gasta um ano e meio para repor aquilo que é retirado dela durante um ano e isso mostra que
não há mais sustentabilidade. O teólogo afirmou ainda que outro documento importante da ONU apontou que,
dos 24 elementos que são essenciais para a vida, 17 estão em alto grau de degradação, entre eles estão: a água,
o solo, o ar, as sementes, os alimentos, as fibras e a energia. “Chegamos ao limite e isso se revela pelo aquecimento global, a febre da terra”, deplorou. De acordo com Boff, o metano, o dióxido de carbono e o nitrito são os
principais vilões que vem contribuindo para deterioração do planeta terra. “A advertência dos grandes centros
de ciências do mundo, alerta que nos próximos 15 anos a humanidade pode não resistir à elevação da temperatura da terra e se extinguir”, aconselhou.
Sustentabilidade: uma questão de responsabilidade coletiva
Nesse contexto, Boff disse que a sustentabilidade tem como objetivo promover estratégias que devolvem vitalidade a terra para evitar que ela entre em processo de destruição.Boff disse também que as discussões que serão
debatidas na Rio+ 20 (saiba mais:www.rio20.gov.br) serão tentativas de disseminar a conscientização social sobre a sustentabilidade. Para o ativista social, é preciso que haja mudanças profundas e responsabilidade coletiva
para salvar o planeta das inúmeras ameaças de destruição que a “mãe terra” vem sofrendo. “O tempo do relógio
corre contra nós. Não posso mudar o mundo, mas posso mudar esse pedaço do mundo que sou eu mesmo. Uma
gota não faz uma chuva, porém várias gotas faz uma tempestade capaz de regenerar a nossa mãe terra”, aconselhou Leonardo Boff finalizando sua palestra sendo ovacionado pela juventude marista.
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Entrevista - Leonardo Boff
“Precisamos resistir às pressões do consumismo”, diz Boff
Por Fernanda Carmo e Oniodi Gregolin - jornalistas PMBCN - Comunicação da Gerência Social
CGS – Durante sua participação no Fórum Social Temático 2012, em
Porto Alegre, o senhor falou da sustentabilidade como substantivo e
não como adjetivo. Poderia explicar melhor esse conceito?
LB – A sustentabilidade como substantivo supõe uma relação diferente
com a natureza, mais leve, não agressiva, não destrutiva e respeita o
alcance e os limites que a natureza oferece. É uma produção sustentável,
pois mantém o equilíbrio entre a minha intervenção e a capacidade de
autoregeneração. Quando é adjetiva, eu extraio da natureza e colo uma
etiqueta no produto final sem me dar conta de todo o processo de vida
que ele foi produzido e geralmente é poluente.
Leonardo Boff
CGS- A Economia Verde é uma sustentabilidade adjetiva?
LB – A chave da economia verde é preservar o planeta por que os recursos estão escassos e aí se coloca preço em tudo para reduzir o consumo.
Porém são coisas que você não pode colocar preço, por exemplo, a água
é vida, a semente é vida. E aí o último golpe que o capitalismo dá é
transformar tudo em mercadoria para ganhar dinheiro. Por isso devemos
guardar o elemento positivo da economia verde que é a preservação e a
regeneração das florestas e recuperar o que já foi devastado. Acredito
que os bens vitais devem ser acessíveis para a população gratuitamente.
CGS- De que maneira conscientizar às novas classes médias que estão
atingindo cada vez mais o patamar do consumo?
LB – De um lado o consumo exacerbado e do outro a extrema miséria. Precisamos ter uma visão mais filosófica e
abrangente. O capital natural que nós exploramos é finito e está acabando. Temos o capital humano que é a solidariedade e a simplicidade e o capital espiritual que é ilimitado e contempla a caridade e o ser solidário com a
pessoa, com a planta ou com o animal que sofre. A crise que vivenciamos nos despertará, pois nos fará sofrer as
consequências dos nossos próprios atos e reconhecer os limites da natureza e essa será uma oportunidade de mudarmos nossas ações.
CGS– A mídia tem contribuído consideravelmente para potencializar o consumismo. Como o senhor analisa
isso?
LB – A mídia é de fato um convite ao consumismo e por isso nós precisamos ter uma cidadania crítica para analisar de fato o que realmente precisamos. O primeiro passo é não comprar impulsionado pela sedução da propaganda. Se você entra em um shopping 99% do que está ali você não precisa. É a famosa história do Socrátes que
passeava no mercado, não comprava nada e dizia que estava vendo aquilo que ele não precisava para viver.
CGS - E o papel da educação e da família na formação humana e cidadã das crianças, como deve ser feito,
uma vez que as crianças são o alvo mais fácil para a prática do consumismo?
LB – As famílias e as escolas precisam orientar as crianças sobre os apelos sedutores das propagandas da mídia. É
preciso fazer isso. A conscientização humana e cidadã deve ser desenvolvida já na infância para que tenhamos no
futuro adultos conscientes para renunciar os encantos abusivos que nos incentiva a consumir desenfreadamente e
desnecessariamente. O consumismo não passa de uma sofisticação, temos que resistir a isso. Não precisamos desse desejo mimético (querer imitar o outro) para viver.
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De Olho no PNE
Quanto Custa Universalizar o Direito à Educação?
O Instituto Marista de Assistência Social (IMAS), participou
no dia 25 de
abril, na Câmara dos Deputados, em Brasília, do lançamento do Livro
“Quanto Custa Universalizar o Direito à Educação?”. A publicação foi feita pelo Instituto de Estudos Socioeconomicos (INESC) e visa dialogar com
o Plano Nacional de Educação (PNE) com foco nas seguintes temáticas:
qualidade da educação, educação e Direitos Humanos, financiamento da
educação, gestão, educação infantil, alfabetização, educação de jovens
e adultos, dentre outros. A construção coletiva do livro contou com a
colaboração de diversos especialistas da educação e ativistas. Vale ressaltar que o PNE foi pauta durante todo o ano de 2011 e a questão mais
pontuada se refere à meta de financiamento público para o setor. De
acordo com Cleomar Manhas, assessora política do INESC, o livro testifica
que a Sociedade Civil protege o PNE para garantir uma educação qualificada em todas as suas fases. Acesse o livro na íntegra:http://
www.inesc.org.br/biblioteca/publicacoes/livros/2012/quanto-custauniversalizar-o-direito-a-educacao
Tecnologia e Segurança
IMAS participa de Seminário sobre o Uso de Internet Segura
Aconteceu no dia 17 de abril de 2012, em Salvador/BA, o Seminário “Promovendo a Proteção aos Direitos das
Crianças e dos Adolescentes no Ciberespaço”, que tem como objetivo combater os crimes na internet, complementadas com atividades educativas e campanhas de orientação. A proposta da oficina é fortalecer o entendimento dos Agentes do Sistema de Garantia de Direitos de população infanto-juvenil sobre os potenciais e benefícios que a internet pode proporcionar às crianças e adolescentes brasileiros quando usada com orientação, respeito e cidadania. A oficina apresentou ainda procedimentos que podem ser adotados em casos de violações de
Direitos on-line e subsídios para elaboração de campanhas locais de promoção do uso ético e seguro das tecnologias. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), ao financiar este projeto, com
recursos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA), tem como objetivo fortalecer as ações para construção de
políticas públicas, relacionadas ao Eixo II da Política Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescente,
cujo tema: Proteção e Defesa tem como foco o enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes e o
fortalecimento dos Conselhos Tutelares.
“Estamos discutindo os 5 eixos que compõem a Política Nacional nos Municípios, Estados/DF e em julho – 11 a 14
– na 9º Conferência Nacional. Os eixos estão interligados e falar em tecnologias é falar em educação, profissionalização, lazer, etc., ou seja, o uso consciente da internet em todos os espaços”, disse Fábio Feitosa, analista social do IMAS e conselheiro do CONANDA.
Segundo ele, as crianças e adolescentes dominam muito mais essas novas tecnologias pois estão conectados e
tem centenas de amigos virtuais, por isso a necessidade de discussão sobre o tema promovendo a Proteção aos
Direitos das Crianças e dos Adolescentes no Ciberespaço.
As oficinas acontecerão em 12 cidades e Salvador abre
esse círculo de discussão.
“E aqui, quero chamar a atenção de todos nós, conselheiros (as) de Direitos e, em especial, do Conselho Estadual – BA, a aproveitarmos a presença da Safernet e fazermos uma grande campanha para o uso seguro da internet, na Conferência Estadual que acontecerá nos dias 4 –
7 de junho. Aproveito também o momento de grande
participação de adolescentes nas Conferências e solicitar
que os envolva como protagonistas nesta campanha”,
pediu Feitosa.
Fábio destacou ainda a presença do adolescente Douglas
Reis, representante Do Estado da Bahia, na Comissão Organizadora da 9ª conferência Nacional.
Fábio Feitosa
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Interatividade Política
IMAS participa do Seminário de interfaces entre CREAS e Conselho Tutelar
Aconteceu nos dias 19 e 20 de abril de 2012, o Seminário “Conhecendo a Interface dos Serviços do CREAS e Conselho Tutelar”, promovido pelo Estado do Ceará, com os seguintes temas e palestrantes: Serviço de Proteção e
Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos - PAEFI e Serviço Especializado em Abordagem Social, conduzido por Kelvia Barros, assessora técnica DPSE/SNAS/MDS; O Papel do Conselho Tutelar no Atendimento às Crianças
e Adolescentes com seus Direitos Violados explanado por Fábio Feitosa, analista social do Instituto Marista de
Assistência Social (IMAS) e Conselheiro do CONANDA e a Interface do SUAS com o Sistema de Garantia de Direitos
de Crianças e Adolescentes/ECA, com Ênfase nos Serviços de Média Complexidade - PAEFI e Conselho Tutelar ministrado por Célia Maria de Souza Melo Lima, representante da Área de Gestão do SUAS – CE.
Educação Social
Professor Carlos Brandão discute papel do Educador Social na contemporaneidade
A espiritualidade é o que nos faz ver o outro de uma forma
sagrada. Com essa afirmação, o professor Carlos Brandão
abriu sua palestra, por meio de videoconferência, sobre o
tema “O Educador Social na Contemporaneidade”, evento
realizado no dia 25 de abril diretamente do Escritório Central, em Taguatinga/DF, para as Unidades Sociais, Educacionais e Pastorais da Província Marista Brasil Centro-Norte
(PMBCN).
Em seu discurso, o professor utilizou as sábias palavras de
Paulo Freire para revelar algumas vivencias no espaço socioeducacional: “nem todo professor é um educador, mas
todo professor deveria ser também um educador”. Segundo
Brandão, o educador social transcende a função de professor que exerce o seu ofício restritamente à esfera do conhecimento técnico, mas que extrapola os muros escolares
para focar o seu trabalho no campo da informação ampliada no promover de um conhecimento consistente aos
seus alunos(as). “O educador social convoca a aprender conhecendo, a conhecer refletindo e a refletir compreendendo”. O professor disse ainda que o educador social é aquele que valoriza as relações humanas e se compromete com seus alunos a partilhar valores, promover debates consistentes para a integração social, disseminar conhecimentos culturais e artísticos e despertar a conscientização dos Direitos Humanos. O palestrante acrescentou
que essa gama de ensinamentos, norteadas pelo educador social, parte da informação, abarca o conhecimento
para chegar ao saber. “Ele (educador social) não apenas instrui tecnicamente, mas lida com o despertar da consciência humana e a integridade do cidadão. Não podemos nos contentar apenas com a compreensão de assuntos
relacionados às disciplinas escolares, mas que as pessoas sejam capazes de pensar com a sua própria cabeça”,
disse o professor referindo-se a responsabilidade dos educadores sociais no que tange a formação cidadã dos(as)
seus alunos(as).
Carlos Brandão explicou também que educador social não é apenas um profissional da área de educação. De acordo com ele, um médico que não apenas verifica exames, mas que também dialoga com os seus pacientes sobre os
malefícios do cigarro, do álcool e outras práticas que desencadeiam doenças graves é, por vocação, um educador
social, pois visualiza no próximo um ser humano e não apenas mais um paciente. “O educador social objetiva
transformar positivamente as pessoas”, destacou.
Para quê fazer Educação Social?
O professor Brandão afirmou que a Educação Social conecta uma rede de pessoas com o objetivo de transformar o
mundo seguindo uma direção humanizadora canalizada no desenvolvimento humano para assim construir uma
sociedade mais justa e feliz para todos(as).
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Ajude a fazer a diferença
IMAS lança Fascículo alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e
Adolescentes
Maio é o mês para se fazer a diferença. Por isso o Instituto
Marista de Assistência Social (IMAS) lançou a II Edição do
Fascículo “18 de maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso
Sexual de Crianças e Adolescentes”. O objetivo da publicação é disseminar informação consistente sobre a data e proporcionar uma mobilização social no combate a esse mal que
atinge milhares de crianças e a adolescentes em todo o Brasil.
Acesse na íntegra o fascículo e divulgue para sua rede.
Ajude-nos a promover a conscientização social para combater o Abuso e a Exploração Sexual de nossas crianças e
adolescentes: Fascículo 18 de maio Dia Nacional de Combate
ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes 2ª Edição
Entenda o 18 de
maio
A ideia de se celebrar o Dia Nacional
de Combate ao
Abuso e Exploração
Sexual de Crianças
e Adolescentes surgiu em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e
privadas reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro do ECPAT no Brasil. O
ECPAT é uma organização internacional que luta pelo fim da exploração
sexual e comercial de crianças surgida na Tailândia. Assim sendo, a então deputada federal Rita Camata, atuando como presidente da Frente
Parlamentar pela Criança e Adolescente da Câmara dos Deputados, propôs um projeto de lei que estabelecia o dia da morte de Aracelli como
Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes.
Aracelli Cabrera Sanches Crespo (Vitória—ES) foi uma criança brasileira assassinada violentamente em 18 de maio de 1973. Seu corpo foi encontrado somente seis dias depois, desfigurado e com marcas de abuso sexual. Após tantos anos, a data de sua morte foi transformada no Dia Nacional de
Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes pelo Congresso Nacional.
www.marista.edu.br/social/
19 de abril – Dia do Índio
O
Mural IMAS desta edição presta uma homenagem aos povos indígenas em especial às crianças e adolescentes, motivadores das nossas ações em prol a garantia de Direitos Humanos. A violência contra os índios é
absurda. O número de crianças indígenas assassinadas em 2011 ainda não foi fechado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mas, em 2010, relatório do órgão informa quatro assassinados, entre eles, uma menina de 8 anos. Ela foi estuprada, agredida e morta a pauladas depois de passar a tarde nadando em um
açude. O fato ocorreu na aldeia Tey Cuê, em Mato Grosso do Sul, e segundo as investigações, uma tia da
menina ofereceu a garota em troca de drogas
Segundo reportagem da Agência Brasil de janeiro de 2012, em 2009, o Cimi registrou 11 assassinatos de crianças e adolescentes indígenas, entre eles, o de um garoto de 9 anos do grupo Guarani Kaiowá. Ele foi estuprado e morto por um adolescente da própria aldeia. Em 2008, uma menina da Etnia Guajajara foi morta a
tiros no Maranhão quando assistia TV em sua casa, que ficava à beira de uma rodovia. Os disparos contra a
casa foram feitos por motoqueiros. As terras dos guajajara foram demarcadas entre fazendas e rodovias, e
frequentemente há conflitos com madeireiros e moradores das cidades no entorno das áreas indígenas.
Além dos episódios de violência a que estão submetidas, dezenas de crianças indígenas morrem todos os
anos por falta de condições próprias de higiene, desnutrição e falta de atendimento médico. Em janeiro do
ano passado, oito pequenos xavantes morreram em apenas 15 dias após um surto de pneumonia.
Façamos uma reflexão para fortalecer nossa atuação global para a garantia de Direitos Humanos de nossas
crianças e adolescentes.
“A essência dos Direitos Humanos é o Direito de ter Direitos”
Hannah Arendt
Dezenas
de educadores populares do
dos dias 9 a 11 de março, no Paranoá,
Distrito Federal e entorno reuniram-se
em Brasília, para conhecer mais de per-
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Boletim IMAS INFORMA Notícias Institucionais 11ª Edição