Teste de avaliação dos gases do sangue
A avaliação dos gases do sangue efectua-se na clínica através da análise dos gases do
sangue arterial, que mede as pressões parciais do oxigénio e do CO2 no sangue (PaO2 e
PaCO2 respectivamente). A determinação da pH arterial está estreitamente relacionada com a
avaliação do equilíbrio ácido-base relacionado com a PaCO2.
Oxigénio- Em condições normais a pressão de O2 no gás alveolar é de aproximadamente 100
mmHg. Devido à espessura da membrana alvéolo-capilar ser mínima em condições normais, o
O2 alveolar difunde-se praticamente sem impedimento para o sangue capilar e pulmonar,
motivo pela qual a PaO2 normal é só uns poucos mmHg menor que a pressão de O2 no gás
alveolar. Esta pequena diminuição deve-se à existência de sangue venoso que não se oxigena
no pulmão, mas que passa directamente para o lado arterial (circuito-fisiológico). Este sangue
provem das veias bronquiolares e do coração.
O valor normal da PaO2 respirando ao nível do mar é de aproximadamente 90 mmHg. À
diminuição da PaO2 se denomina Hipoxémia. Se bem que a medição da PaO2 é
extremanente importante, é sempre conveniente ter presente que o índice efectivamente
relacionado com o transporte do O2 através dos tecidos contendo o sangue arterial, representa
o número de moléculas de O2 contidas no sangue. É importante assinalar que pode haver
hipoxémia com o conteúdo de O2 normal, o que é de grande importância para compreender as
compensações que se observam em enfermidades com hipoxémia crónica.
As células produzem continuamente CO2 como resultado do metabolismo dos hidratos de
carbono e gorduras. Este gás difunde-se pelo interstício e pelo sangue capilar, de onde é
transportado para o pulmão.
No sangue venoso a PCO2 é aproximadamente de 45 mmHg, enquanto no gás alveolar é de
40 mmHg. As pressões a este nível equilibram-se mais rapidamente, de forma que a PCO2 na
prática é igual à pressão alveolar de CO2 (PaCO2).
A PaCO2 varia amplamente de acordo com as trocas da ventilação alveolar. Se existe uma
maior ventilação alveolar, elimina-se mais CO2 e portanto a PaCO2 cai abaixo do seu limite
normal de 35 mmHg, o que se denomina Hipocapnia. A diminuição da ventilação por outro
lado, produz o efeito inverso, o aumento da PaCO2 acima dos 45 mmHg condiciona a
chamada
Hipercapnia.
Estes intercâmbios da PaCO2 produzem alterações na concentração de hidrogeniões que se
traduzem por alterações no equilíbrio ácido-base.
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