RELATÓRIO
DE SUSTENTABILIDADE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 1
ÍNDICE
PÁG. 02 SOBRE ESTE RELATÓRIO
PÁG. 03 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PÁG. 05 APRESENTAÇÃO DA ALTRI
PÁG. 09
A FLORESTA DA ALTRI
PÁG. 16
AS FÁBRICAS DA ALTRI
PÁG. 21
O PRODUTO DA ALTRI
PÁG. 23 GOVERNAÇÃO E GESTÃO
PÁG. 27 COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS
PÁG. 28 PARTES INTERESSADAS
PÁG. 35 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
PÁG. 51 RESPONSABILIDADE SOCIAL
PÁG. 54 GLOSSÁRIO
PÁG. 2
SOBRE
ESTE RELATÓRIO
Este é o segundo Relatório
de Sustentabilidade da Altri SGPS, S.A.
A quem se dirige
Este Relatório tem como alvo todas as partes interessadas,
nomeadamente clientes, acionistas, fornecedores, colaboradores,
entidades oficiais, agentes do poder local, organizações da
comunidade civil, comunidade académica e outro público
interessado.
Âmbito
Este Relatório descreve, de uma forma integrada, as atividades
e os resultados relevantes da Altri em 2012 e 2013, associadas à
produção de madeira, de pasta de papel branqueada e de energia
elétrica para uso interno e externo.
Próximo Relatório
O próximo Relatório será publicado em 2016 e será relativo ao
desempenho da Organização em 2014 e 2015.
Contactos
Para informações adicionais, comentários ou sugestões contactar:
Sofia Reis Jorge
+351 233 955 600
[email protected]
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 3
MENSAGEM
DO PRESIDENTE DO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente
470 milhões de Euros, essencialmente, nas unidades industriais
da Celbi e da Celtejo.
A Altri é um produtor europeu de referência de pasta de celulose,
sendo um dos mais eficientes produtores da Europa de pasta de
eucalipto branqueada de mercado.
A visão da Altri é ser uma das melhores empresas do mundo no
setor e ser o fornecedor preferido dos clientes. Operar de forma
sustentável é um requisito essencial para a sua concretização.
A Altri gere cerca de 84 mil hectares de floresta em Portugal,
integralmente certificada por dois dos mais reconhecidos
esquemas de certificação a nível mundial. A prossecução da
estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada
em Portugal, garantindo um aproveitamento integral de todos os
seus componentes. As suas plantações de eucalipto são fontes
de matéria-prima renovável, contribuindo para o crescimento
económico e para o desenvolvimento das comunidades locais.
A Altri detém três fábricas de pasta de papel em Portugal com uma
capacidade instalada de produção de 970 mil toneladas/ano de
pasta de papel branqueada de eucalipto em 2013. Operam com
as melhores técnicas disponíveis e em linha com o estado da arte
praticado no setor, acrescentando valor às comunidades onde se
inserem e ao País em geral, contribuindo de forma relevante para
Estão ainda em curso um conjunto de investimentos que visam
aumentar a eficiência produtiva da Celbi e da Caima, cuja conclusão
se prevê para entre o final de 2014 e o início de 2015. Assim, a
Caima, após a conclusão do projeto de conversão para pastas de
setor de especialidades, produzirá cerca de 105 mil toneladas de
pasta solúvel. A Celbi passará a deter uma capacidade instalada
de produção superior a 700 mil toneladas de pasta branqueada.
Complementarmente, o eucalipto processado nas fábricas da
Altri é utilizado para produzir pasta de papel e energia elétrica
(cogeração), sendo que a casca e a restante biomassa florestal,
são também aproveitados para a produção de energia elétrica.
Recentemente, o setor atravessou grandes turbulências devido
ao cenário macroeconómico mundial, que se refletiu na lenta
recuperação dos preços da pasta e do papel e que levou a que
a empresa estivesse focada essencialmente na manutenção da
estabilidade operacional e na redução de custos.
Apesar das perspetivas otimistas do Conselho de Administração,
para se subir a um patamar ainda mais elevado, é necessário
trabalhar com criatividade, criar parcerias e apostar no
desenvolvimento e na inovação do próprio negócio, dos produtos,
dos processos e nas competências dos recursos humanos.
Requer igualmente, que se trabalhem os pilares em que assenta
o desenvolvimento sustentável, por forma a satisfazer todas as
partes interessadas.
o produto interno bruto e, especialmente, para as exportações.
Paulo Fernandes
Presidente do Conselho de Administração da Altri
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APRESENTAÇÃO
DA ALTRI
A Altri
A Altri foi constituída em março de 2005, sendo o resultado do
processo de cisão da Cofina. A Empresa é um produtor europeu
de referência de pasta de papel de eucalipto e está cotada na
NYSE Euronext Lisboa, integrando o seu índice de referência, o
PSI-20.
Até junho de 2008, a Altri possuía uma outra atividade industrial,
através da F. Ramada, que se dedicava ao retalho de aços e
ao desenvolvimento de soluções industriais de sistemas de
armazenagem. Em junho de 2008, efetivou-se a cisão da F.
Ramada, que deixou de integrar a Altri. O racional estratégico
desta operação prendeu-se com a focalização exclusiva da Altri
no seu core business, a gestão florestal e a produção de pasta
celulósica.
Desde a sua génese, o Grupo tem adquirido diversas unidades
operacionais (Celtejo em 2005 e Celbi em 2006), que permitiram
à Altri reforçar a sua posição nos mercados onde opera pelo
desenvolvimento de um conjunto de projetos de expansão da
atividade.
Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente
470 milhões de Euros, essencialmente, nas unidades industriais
da Celbi e da Celtejo. A empresa detém atualmente 3 fábricas
em Portugal – Celbi, Caima e Celtejo – com uma capacidade
instalada de produção de 970 mil toneladas/ano de pasta de papel
branqueada de eucalipto.
APRESENTAÇÃO DA ALTRI
Estão em curso um conjunto de pequenos investimentos que visam
aumentar a capacidade produtiva da Celbi, cuja conclusão se
prevê para entre o final de 2014 e o início de 2015.
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O investimento da Caima insere-se na estratégia de transformar
a unidade num produtor de pasta solúvel. Assim, a Caima, após
a conclusão do projeto de conversão para pastas de setor de
especialidades, produzirá cerca de 105 mil toneladas. Por seu
turno, a Celbi passará a deter uma capacidade instalada de
produção superior a 700 mil toneladas de pasta branqueada de
eucalipto.
A Altri, em dezembro de 2013, geria cerca de 83 760 hectares
de floresta em Portugal, integralmente certificada pelos dois
sistemas internacionais, o Forest Stewardship Council® (FSC®-FSCC004615) e o Programme of Endorsement of Forest Certification
(PEFCTM).
A concretização da estratégia industrial da Altri assenta na gestão
florestal integrada e sustentada, visando a otimização da utilização
dos recursos florestais e garantindo um aproveitamento integral
de todos os seus componentes. Assim, o eucalipto é processado
nas fábricas da Altri, produzindo pasta celulósica, especialidades
químicas de base florestal e energia elétrica em cogeração, sendo
a casca, os ramos e os desperdícios florestais utilizados para
produzir energia elétrica.
Para uma melhor valorização dos recursos florestais, a Altri
adquiriu em 2005 50% da EDP Produção-Bioelétrica para, em
parceria com a Energias de Portugal, produzir energia elétrica a
partir de biomassa florestal. Esta empresa é líder no seu segmento
de mercado, com uma quota de licenças de produção de energia
elétrica através de biomassa florestal de 50%. Atualmente, a
estrutura orgânica funcional do Grupo Altri pode ser representada
como segue:
Pasta celulósica
Pasta celulósica
Pasta celulósica
EDP Biolétrica
Biomassa
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Estratégia e Visão
A Altri está a desenvolver um conjunto de projetos de reforço da
eficiência operativa na Celbi, que passam por reduções de custos
variáveis, nomeadamente em termos de consumos específicos de
madeira, água, químicos e eletricidade. A empresa tem também em
curso um projeto de conversão da unidade industrial Caima, que
visa transformar esta fábrica num produtor de pastas especiais. A
conclusão de ambos os projetos está prevista para o ano de 2015.
A estratégia de desenvolvimento da Altri está claramente
assente no reforço da eficiência operativa e, simultaneamente,
na diversificação das fontes de receita para segmentos de maior
valor acrescentado e que possibilitem uma evolução na cadeia
de valor. Assim, para competir confortavelmente no mercado
das commodities, e num contexto adverso de taxa de câmbio, a
empresa tem que reduzir os custos de operação e por outro lado
investir na produção de produtos de maior valor acrescentado
que permitam o crescimento do Grupo, apesar do aumento da
capacidade de produção de pasta de papel que têm ocorrido nos
últimos anos e os que já se encontram anunciados para um futuro
próximo em vários pontos do Mundo.
Eficiência operativa
Para além de planear o aumento da capacidade instalada, a Altri
pretende ser o produtor mais eficiente na colocação da pasta
de papel à porta dos seus clientes. Com esse objetivo, a Altri
desenvolveu uma estratégia assente em três pilares:
Redução do cash-cost por tonelada. Os projetos em curso não
implicam aumento dos custos fixos, conduzindo a uma diluição do
cash-cost por tonelada.
Localização estratégica da base de clientes. A localização
privilegiada dos clientes da Altri é a Europa Ocidental e Central,
o que permite otimizar a relação entre a qualidade de serviço aos
clientes e o custo de transporte mínimo.
Auto suficiência de madeira. A Altri gere cerca de 83 760 hectares
de floresta em Portugal, o que lhe assegura um nível potencial de
autossuficiência de madeira na ordem dos 25%.
Indicadores principais da atividade da Altri em 2013
APRESENTAÇÃO DA ALTRI
O ano de 2013 foi, uma vez mais, um ano record em termos de
produção e de vendas de pasta. Assim, durante o período em
causa as três unidades industriais da Altri produziram cerca de
973 mil toneladas de pasta de papel.
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A Floresta
da Altri
florestal sustentável e representa uma garantia para a prossecução
dos objetivos da empresa, hoje e no futuro.
A FLORESTA DA ALTRI
A floresta é um ativo estratégico da Altri. Embora sob diversas formas
jurídicas, em finais de 2013, a Altri mantinha sob sua intervenção
83,760 hectares de terrenos florestais. Nestes, o eucalipto destacase como a principal cultura da floresta da Altri, ocupando mais
de 66,800 hectares e garantindo um autoabastecimento em
madeira e biomassa complementar ao abastecimento proveniente
do mercado. A gestão praticada pela Altri Florestal encontra-se
certificada pelos principais sistemas de certificação de gestão
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A principal ocupação da área gerida pela Altri Florestal é a
floresta de eucalipto.
Ocupação
Eucalipto
Área (ha)
66,830
Pinho
2,908
Sobro
3,446
Azinho
640
Carvalho
217
Choupo
145
Ripícolas
377
Outras formações florestais
423
Matos e herbáceas
5,835
Afloramentos rochosos
154
Formações agrícolas
132
Infraestruturas
Os recursos florestais da Altri, embora se encontrem dispersos em todo o País, na sua grande maioria, estão concentrados no Vale do Tejo, conferindo-lhes uma importância acrescida face à sua proximidade aos centros fabris
da Altri.
2,650
Esta proximidade tem uma grande importância estratégica
pois permite uma otimização dos custos de transporte, assim como, uma grande eficácia na mobilização de madeira
quando comparada com a produção de madeira localizada
a maiores distâncias.
O conceito de otimização é transversal a toda a atividade
florestal. A Organização está centrada no abastecimento
das unidades industriais e na competitividade da produção
própria de madeira. Desta forma, a estratégia florestal da
Altri, assenta na aplicação de um modelo silvícola de longo
prazo, capaz de garantir um nível de rentabilidade adequado, assente na aplicação das melhores práticas florestais
e segundo os padrões mais evoluídos de sustentabilidade.
A empresa dispõe também de recursos próprios para o desenvolvimento, experimentação e produção de novas plantas e variedades mais produtivas para a renovação cíclica
da sua floresta. A disponibilidade de plantas produzidas
em viveiros próprios com uma elevada eficiência produtiva, permitem a substituição gradual de povoamentos com
baixa produtividade por outros mais produtivos.
CELBI RELATÓRIO
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11
RELATÓRIO DE
DE SUSTENTABILIDADE
SUSTENTABILIDADE 2012/13
2012/13 PÁG.
Ainda nesta área, a empresa mantém uma ligação interessante
com outros viveiristas e produtores florestais produzindo e
disponibilizando sementes e plantas de eucalipto de qualidade
reconhecida, contribuindo assim para a melhoria da produtividade
da floresta nacional.
No âmbito do seu sistema de gestão, a Altri também tem
claramente identificado o seu compromisso com a conservação do ambiente e a promoção da biodiversidade.
Para tal, no âmbito de uma estratégia para as áreas de
conservação, a empresa levou a cabo um levantamento
extensivo dos valores naturais e considerados de ‘alto valor
de conservação’. A identificação destes valores e a sua
avaliação permitiu, sempre que considerado necessário, o
estabelecimento de projetos especiais de recuperação ou
reconversão com vista a melhorar o equilíbrio dos ecossistemas e aumentar o seu valor enquanto espaço de conservação.
A Altri Florestal orienta a sua atuação pelos princípios preconizados na sua Declaração da Política Florestal.
A FLORESTA DA ALTRI
As atividades desenvolvidas pela empresa são, na sua
quase exclusividade, realizadas por empresas e colaboradores locais ou de base regional. Existe assim uma forte
contribuição positiva para a geração de riqueza e desenvolvimento económico e social em regiões onde por vezes
são escassas as oportunidades.
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Certificação
Aspirando a elevados padrões de qualidade e de
sustentabilidade, a Altri Florestal foi pioneira na adoção
voluntária e cumpre em simultâneo os requisitos para a
Gestão da Qualidade e para a Gestão Florestal Sustentável.
Uma das consequências naturais da aposta na qualidade
é a certificação da Altri Florestal pela ISO 9001,
nomeadamente na produção de rolaria de eucalipto para
a produção de pasta de papel. O Sistema de Gestão da
Qualidade assenta na satisfação das necessidades dos
seus clientes, na melhoria contínua dos seus produtos e
serviços e na eficiência da sua Organização.
Adicionalmente, a empresa tem em vigor um Sistema
Integrado de Gestão Florestal em conformidade com os
Princípios e Critérios para a Gestão Florestal Sustentável
do Programme for the Endorsement of Forest Certification
(PEFCTM) e de acordo com os 10 princípios e critérios
do Forest Stweardship Council® (FSC®). Este sistema,
abrange igualmente a cadeia de responsabilidade para a
comercialização da madeira certificada de acordo com os
referenciais normativos FSC® e PEFCTM.
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Biodiversidade
A Altri considera que a produção florestal e a proteção
da natureza são dois aspetos complementares da gestão
florestal ativa, sendo esta uma das características mais
determinantes da floresta como ocupação do território.
Enquanto grande proprietário e grande transformador de
madeira, a empresa considera que tem uma responsabilidade acrescida na boa gestão e na demonstração das
boas práticas culturais. Desta forma, o reconhecimento dos
valores naturais, a proteção da diversidade biológica, a manutenção da integridade dos ecossistemas e a repartição
justa dos benefícios extraídos dessa utilização são valores
preconizados pela Altri. Para a empresa, na sua qualidade
de agente ativo na investigação e na gestão de florestas,
a defesa da biodiversidade é também a sua própria defesa, pois a manutenção dos recursos, a sua utilização e
reposição são elementos fundamentais para a sua própria
salvaguarda.
Ao abastecer as suas unidades fabris com matéria-prima
proveniente de florestas plantadas e geridas especificamente para este fim, a Altri contribui para a racionalidade
da gestão e exploração florestais e para a redução da
pressão sobre florestas e outros ecossistemas naturais, essenciais para a manutenção da biodiversidade a empresa
definiu um conjunto de critérios e procedimentos para minimizar estes impactos, nomeadamente:
A FLORESTA DA ALTRI
A Altri Florestal está também empenhada em apoiar ativamente os seus parceiros na adoção de sistemas de
certificação da gestão florestal sustentável. Para tal junto
de associações de proprietários florestais, de prestadores de serviço e fornecedores de madeira, divulga e promove a adoção de boas práticas, apoia a realização de
auditorias e colabora na adoção dos sistemas documentais necessários. Para além do apoio técnico, constituição
e funcionamento dos agrupamentos de produtores, a Altri
premeia o fornecimento de madeira certificada às suas unidades fabris, através da atribuição de uma bonificação aos
fornecedores de madeira certificada. Também no âmbito
do seu Sistema de Gestão e de acordo com a política de
partilha de experiências e do desenvolvimento dos seus
prestadores de serviço, a Altri Florestal, teve uma atividade
intensa na formação em higiene e segurança na frente de
trabalho, sendo reconhecido o seu trabalho através de uma
apresentação do seu exemplo como estudo de caso no
último seminário internacional de segurança e higiene do
trabalho organizado pela Ordem dos Engenheiros (Porto).
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Política de abastecimento de madeira: agindo em plena
conformidade e de forma empenhada na divulgação dos
princípios e normas de gestão florestal sustentada dos
sistemas FSC® e PEFCTM, a empresa avalia criteriosamente
as fontes de madeira, atenuando desta forma o risco de
fornecimentos provenientes de fontes que violem as
regras estabelecidas. Assim, no âmbito dos sistemas de
rastreabilidade, são avaliados os riscos de fornecimento
de madeira provenientes de florestas de alto valor de
conservação, desflorestações, ou de madeira explorada
de forma ilegal ou proveniente de regiões onde os direitos
civis são violados. De acordo com o referencial existente
no âmbito do sistema PEFCTM, a Altri realiza avaliações
de risco a todas as origens de abastecimento, de forma
a garantir o funcionamento adequado da sua atividade
de abastecimento, de proteção dos recursos florestais e
cumprimento das boas práticas comerciais.
- Envolver de forma direta a comunidade e as autoridades
locais;
Áreas de conservação e biodiversidade: foram identificadas no património florestal da Altri áreas de alto valor
de conservação e outras áreas com elevados valores de
biodiversidade, tal como, áreas significativas com um
elevado potencial para o restauro ecológico. A gestão
adequada dessas áreas tem um contributo relevante para
a conservação e melhoria dos valores naturais existentes,
contribuindo deste modo para o objetivo europeu de travar
a perda de biodiversidade até 2020.
A atividade de gestão florestal corrente e este compromisso
materializou-se na assinatura do protocolo Business and
Biodiversity entre a Altri e o Instituto para a Conservação da
Natureza e da Biodiversidade (ICNB), no desenvolvimento
de uma estratégia de comunicação e envolvimento com as
Partes Interessadas e na revisão em curso da sua Estratégia para as áreas de Conservação em vigor desde 2008.
Neste sentido, a Altri mantém e tem vindo a reforçar a sua
atividade de forma a:
- Promover o restauro e a conservação da biodiversidade;
- Praticar um modelo de gestão assente em princípios de
valor acrescentado;
- Promover a consciencialização junto de todos os seus
stakeholders, incluindo os seus colaboradores de modo a
que todos possam aderir aos princípios da defesa da biodiversidade;
- Promover campanhas de divulgação e sensibilização dos
valores da biodiversidade;
- Manter uma política de abastecimento que elimine ou
evite a aquisição de madeiras a partir de fontes que violem
as regras do FSC® e do PEFCTM, nomeadamente no que diz
respeito à exploração ilegal de madeiras sem atentar ao
valor da biodiversidade, ou proveniente de regiões onde os
direitos civis são violados.
A Altri colabora ativamente com um conjunto alargado de
entidades nacionais ligadas à gestão e promoção da biodiversidade. Assim, permite uma troca de experiências entre
a investigação e a gestão florestal que, tem levado à implementação nos projetos de arborização de medidas de
gestão inovadoras para a proteção e restauro dos valores
naturais e à sua divulgação junto de terceiros dos resultados da sua experiência.
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Proteção florestal
A floresta é um conjunto biológico sobre o qual impendem
várias ameaças, das quais os incêndios florestais são uma
das principais ameaças abióticas e pragas e doenças enquanto ameaças bióticas.
Para reduzir a dimensão desta ameaça resultante dos incêndios florestais, os principais proprietários florestais portugueses (Grupo PortucelSoporcel e Altri) estão unidos em
torno da Afocelca, empresa comum que pretende minimizar
os prejuízos resultantes dos incêndios florestais, através da
criação de uma estrutura mais eficiente e dotada de maior
flexibilidade na vigilância, alerta e apoio no combate aos
incêndios florestais.
Já no campo das pragas e doenças, a empresa tem em
funcionamento um sistema de monitorização do estado dos
povoamentos florestais e colabora com outras entidades,
empresas, autoridades e instituições de investigação em
medidas de prevenção e controlo da sanidade da floresta.
Merece particular destaque, o trabalho desenvolvido no
combate à praga Gonipterus platensis, cujas ações estão
integradas num programa de luta nacional e que tem envolvido o desenvolvimento de métodos de luta biológica
e ações de comunicação e formação de inúmeros proprietários florestais e suas organizações.
A estratégia de combate aos incêndios florestais assenta
em quatro critérios técnicos:
1. Tempos de chegada: com o objetivo de controlar os incêndios na etapa nascente, deve-se atuar de forma que as
unidades cheguem ao foco do incêndio no menor tempo
possível independentemente da dimensão da brigada e/ou
meio de mobilização.
2. Ataque inicial em massa (golpe único): consiste em
fazer atuar todos os meios necessários para assegurar o
controlo e total extinção dos fogos no primeiro ataque e
quando estes ainda se encontram no início.
4. Perigo potencial: no mesmo sentido são determinantes
as probabilidades de propagação do incêndio, para a
avaliação das quais se consideram, entre outros fatores, a
topografia, o declive do terreno, o vento, os combustíveis e
a vegetação em perigo.
A FLORESTA DA ALTRI
3. Dano material: com o objetivo de dar prioridade às propriedades de maior valor e perante a simultaneidade dos
factos dos fogos, é determinante o valor comercial das
plantações, madeiras e outros bens ameaçados.
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AS
FÁBRICAS
DA ALTRI
A Altri detém três fábricas de pasta branqueada de
eucalipto e de pasta branqueada de pinho localizadas
em Portugal, sendo a sua produção reconhecida pela sua
qualidade e eficiência produtiva.
Celbi
Os primeiros acionistas da Celbi foram a Billerud, com 71%
do total do capital social, a CUF que participou com 23% e
um grupo de produtores florestais, que subscreveram 6%.
A empresa viria a localizar-se junto à costa, na Leirosa, uma
pequena aldeia piscatória, 15 km a sul da Figueira da Foz.
A empresa arrancou em 1967, com a produção de pasta
solúvel, destinada à fabricação de fibras têxteis, com 80
000 t como capacidade máxima.
A decisão de produzir pasta solúvel viria a ser revista nos
primeiros anos de produção, por se concluir que este
tipo de pasta defrontava sérios problemas de mercado.
A unidade fabril viria a ser ajustada para produzir pasta
papeleira com uma capacidade que, naquela data, atingia
as 120 000 t anuais.
Em 1970, a empresa alterou a sua designação social,
passando a designar-se por Celulose Beira Industrial
(Celbi), SARL.
Em 1975, as nacionalizações transferiram as ações da CUF
e dos pequenos acionistas para o Estado Português, que
assumiria a sua titularidade através do IPE – Investimentos
e Participações Empresariais, SA.
Entretanto, na Suécia, diversas operações de concentração
da indústria florestal fizeram com que o capital da Celbi
passasse a ser detido pelo grupo sueco STORA, integrado
na área de negócios liderada pela STORA CELL AB.
Em 1995, o Governo Português viria a alienar integralmente
a sua participação na empresa, vendendo a sua parte à
STORA CELL AB que, assim, passou a deter 100% do seu
capital, com o valor atual de 77,5 milhões de euros. A Celbi
passou, então, a designar-se por Stora Celbi Celulose Beira
Industrial, SA.
No final de 1998, após o processo de fusão do grupo sueco
STORA com o grupo finlandês ENSO, de onde resultou o
Grupo Stora Enso, a Celbi retomou a sua denominação
anterior: Celulose Beira Industrial (Celbi), SA.
Desde 2006 que é detida na sua totalidade pelo Grupo Altri.
A Celbi é uma referência mundial na produção de pasta de
eucalipto do tipo Bleached Eucalyptus Kraft Pulp (BEKP),
sendo um dos produtores mais eficientes da Europa. A
Celbi tem uma capacidade de produção anual de cerca de
745 000 t. Toda a sua produção é de mercado.
Caima
A Caima-Indústria de Celulose SA é uma empresa centenária
que em 2013 comemorou125 anos de existência.
Em 1888 foi fundada a empresa “The Timber Estate and
Wood Pulp Company Ltd”, com o objetivo da produção
de pasta para papel. Para tal foi adquirida, em 1889, a
Quinta do Carvalhal a William Cruickshank, situada entre
as freguesias das Fráguas e da Branca, no concelho de
Albergaria a Velha, distrito de Aveiro. A fábrica da Caima foi
uma das primeiras unidades industriais de fabrico de pasta
fora da Suécia.
A produção iniciou-se com o fabrico de pasta crua de
pinho pelo processo ao sulfito. A produção cresceu
gradualmente até 1928 quando, após sete anos de estudos
e de experiências no domínio do cozimento do eucalipto
pelo processo de sulfito, decidiu-se substituir o pinho pelo
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 17
eucalipto como matéria-prima, muito embora alguma pasta
de pinho tenha sido produzida até 1945.
Albergaria foi então a primeira unidade industrial no Mundo
a produzir fibra de eucalipto. A produção em 1948 era de
6 000 t por ano.
Em 1960 iniciou-se a construção da fábrica de Constância.
Foi escolhida esta localização por se considerar o local
privilegiado em termos de fornecimento de madeira e de
água. A produção arrancou em 1962.
Atualmente a Caima é uma das poucas fábricas na Europa
que produz pasta de eucalipto branqueada através do
processo de sulfito. Tem uma capacidade de 125 000 t de
pasta branqueada de eucalipto do tipo Total Chlorine Free
(TCF) e ainda de cerca de 40 000 t de lenhosulfonato de
magnésio. Toda a sua produção é de mercado.
Atendendo à especificidade do processo e à dimensão da
unidade industrial, a Caima procura nichos de mercado
dedicando-se à produção de pastas especiais para a
produção de papel e para aplicação noutras indústrias,
entre as quais, de base química e têxtil. Neste contexto está
em curso um projeto de conversão desta unidade para a
produção de pasta para especialidades.
Celtejo
Pertencente numa primeira fase a um grupo privado
português, foi nacionalizada e integrada em 1976 na
Portucel. Mais tarde, já em 1993, viria a converter-se em
sociedade anónima, sob a designação de Portucel Tejo,
SA, no âmbito de um processo de reestruturação que
visava a sua futura reprivatização.
Mais recentemente, em 2005, a Celtejo passou a incluir o
universo do Grupo Altri.
Durante o ano de 2008 foi implementada uma transformação
do processo produtivo da Celtejo, com vista à produção de
pasta branqueada, que permitiu aumentar a capacidade
produtiva desta fábrica. Como resultado deste projeto,
atualmente esta unidade produz pastas branqueadas
de eucalipto (fibra curta) ou de pinho (fibra longa), pelo
processo Kraft.
A capacidade teórica de produção atual da Celtejo ascende
a cerca de 210 000 t de pasta de eucalipto branqueada ou
a 140 000 t de pasta branqueada de pinho.
Em 2011 a empresa iniciou uma série de investimentos
com vista a melhorar o impacte ambiental e a fiabilidade
da produção e como tal a sua sustentabilidade. Destes
salientam-se a ampliação da instalação de Evaporação
e Stripping e a melhoria de fiabilidade da sua rede de
distribuição de energia elétrica.
A partir de 1968, a empresa instalou-se num novo parque
industrial, com uma área de cerca de 80 hectares, e
arrancou em 1971 com a produção de pasta kraft crua de
pinho.
AS FÁBRICAS DA ALTRI
Inicialmente com o nome de Companhia de Celulose do
Tejo, SARL, a Celtejo foi fundada, há cerca de 45 anos, em
Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo Branco.
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DA MADEIRA
À PASTA
Madeira
As fábricas da Altri produzem pasta de papel usando
madeira de eucalipto e no caso da Celtejo também madeira
de pinho. A madeira chega às fábricas sob a forma de
rolaria com casca, rolaria sem casca ou em aparas. A
madeira sem casca é descascada e junto com a madeira
sem casca é destroçada em aparas que são armazenadas
em pilhas.
No caso da Celbi e da Celtejo, após um processo de
crivagem, as aparas são alimentadas em conjunto
com licor branco (químicos para cozimento compostos
essencialmente por soda cáustica e sulfureto de sódio) a
um digestor contínuo. Os químicos dissolvem a lenhina, a
substância responsável pela agregação das fibras, com
libertação destas, resultando a chamada pasta crua.
A base de qualquer processo químico de produção de
pasta é a separação da lenhina da celulose. Para a Celbi
e Celtejo usa-se o processo kraft alcalino, no caso da
Caima o processo usado é o sulfito de base magnésio.
Neste caso o agente que promove a separação da lenhina
e celulose é o bissulfito de magnésio, o qual dissolve a
lenhina separando esta das fibras de celulose. No caso
da Caima a estilha de madeira é alimentada a um conjunto
de digestores descontínuos, os quais após descarga no
tanque de descarga de pasta alimentam o processo que
passa a ser contínuo.
A pasta crua resultante do cozimento é lavada, para remover
produtos residuais, orgânicos e inorgânicos, resultantes
Descasque
Destroçamento
Cozimento
da Madeira
do processo de cozimento e submetida a operações de
crivagem, para remoção de partículas incozidas e outras
impurezas.
Na Celbi e na Celtejo depois destas operações, a pasta
crua é submetida a uma deslinhificação adicional com
oxigénio, do qual resulta uma pasta semi-branqueada,
de tonalidade amarela que é enviada para a instalação
de branqueamento. Na Caima a pasta é alimentada de
imediato ao branqueamento.
À entrada da instalação de branqueamento, a pasta contém
ainda compostos residuais, resultantes da decomposição
da lenhina, que são gradualmente removidos na sua quase
totalidade através de reações químicas, com agentes
branqueadores como o oxigénio, o ozono (no caso da
Celtejo), o peróxido de hidrogénio e o dióxido de cloro. No
final desta fase, a pasta apresenta-se sob a forma de uma
suspensão espessa, de cor branca.
Na Caima, a pasta contendo celulose e alguma lenhina
residual é branqueada recorrendo unicamente a agentes
isentos de cloro – oxigénio, peróxido de hidrogénio e
hidróxido de sódio.
A suspensão de pasta branqueada é submetida a uma
crivagem e depuração finais, sendo depois lançada sobre
um sistema de tela dupla em movimento para formação da
folha, onde lhe é retirada grande parte da água, primeiro
por prensagem e posteriormente por ação de vácuo.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 19
Lavagem da pasta
Branqueamento da pasta
Secagem da pasta
Fardos de pasta
Recuperação de químicos e
produção de energia
No armazém da pasta, os fardos são agrupados com
arames em unidades de 8 fardos. São depois empilhados
e posteriormente carregados para camiões que os
transportam para o Porto Comercial ou diretamente para
o cliente.
No caso da Celbi e da Celtejo que utilizam o processo
kraft, o licor negro descarregado do digestor, resultante do
cozimento das aparas de madeira e sob a forma diluída,
é concentrado até se obter um espesso biocombustível, o
licor negro concentrado, que é queimado na caldeira de
recuperação. Os produtos químicos inorgânicos do licor
negro formam uma substância que depois de dissolvida em
água dá origem ao licor verde, constituído por uma grande
fração de carbonato de sódio e por sulfureto de sódio.
Ao licor verde é adicionada cal viva, no chamado processo
de caustificação, dando origem ao licor branco (hidróxido
de sódio e sulfureto de sódio) e a carbonato de cálcio. Este,
em suspensão, é retirado e seco, sendo depois novamente
transformado em cal viva no forno da cal. Fechando um
ciclo, o licor branco regenerado na caustificação vai ser de
novo utilizado no processo de cozimento.
No caso da Caima que utiliza o processo sulfito, o licor negro
que resulta da lavagem é concentrado numa instalação de
evaporação e uma parte é utilizada para a produção de
lenhosulfonato e a quantidade remanescente é queimada
na caldeira de recuperação produzindo vapor e energia
elétrica. Os produtos químicos inorgânicos resultantes
da queima do licor são recuperados para a produção do
agente de cozimento (bissulfito de magnésio), o magnésio
é recuperado num eletrofiltro e o enxofre é recuperado num
lavador de gases com 5 estágios.
Abastecimento de água
Dependendo da fábrica, a água bruta tem duas
proveniências distintas: água subterrânea de poços e água
superficial do Rio Mondego ou do Rio Tejo. O tratamento
consiste essencialmente numa floculação seguida de
sedimentação e filtração em filtros de areia.
Abastecimento de energia
A energia utilizada no processo de fabrico de pasta
resulta da queima do licor negro concentrado na caldeira
de recuperação. O vapor de alta pressão produzido na
caldeira é expandido numa turbina, sendo posteriormente
utilizado no processo a média pressão ou a baixa pressão. A
energia libertada através da expansão de vapor na turbina
é convertida em energia elétrica, a qual, em termos médios
e em regime normal de operação, satisfaz as necessidades
da fábrica. O sistema interno de distribuição de energia
elétrica em média tensão da fábrica está interligado em
paralelo de forma permanente com a rede elétrica nacional,
DA MADEIRA À PASTA
A seguir é prensada e seca através de um sistema
compacto de secagem com ar quente ou com vapor.
Após a secagem, a folha final é cortada em folhas mais
pequenas que são empilhadas em fardos que seguem para
o armazém da pasta.
PÁG. 20
permitindo trocas de energia (compra e venda) com a
mesma.
A central termoelétrica da Celbi, que integra a caldeira
de recuperação e o turbogerador, está licenciada com
o estatuto de co-gerador e utiliza fundamentalmente
biomassa como combustível.
Na Celtejo, o vapor turbinado satisfaz em termos médios as
necessidades do processo.
Dado que a empresa não possui caldeira de biomassa
própria que permita fazer co-geração a partir desta fonte
de energia primária, torna-se assim necessário recorrer à
instalação de co-geração a gás natural, instalada em 2013,
no sentido de aumentar a autonomia da fábrica em energia
(vapor e eletricidade).
A central termoelétrica da Caima integra uma caldeira
de recuperação, uma caldeira de biomassa e duas
turbinas, utiliza portanto, fundamentalmente, biomassa
para a produção de energia. A produção de energia é
excedentária relativamente às necessidades de toda a
instalação sendo injetada na rede o excedente de energia
elétrica contribuindo para a redução de emissão de CO2
fóssil da rede elétrica nacional.
Tratamento de águas residuais
No que diz respeito às águas residuais, todos os efluentes
líquidos das unidades industriais da Altri, são submetidos a
processos de tratamento primário para remoção de sólidos
suspensos, sendo posteriormente tratados em unidades
de tratamento biológico, nos quais a matéria orgânica é
decomposta por ação de microorganismos.
As lamas resultantes destes processos são posteriormente
valorizadas energeticamente ou em operações de
compostagem.
Tratamento de emissões gasosas
Nas fábricas, os gases resultantes da queima de licor
negro na caldeira de recuperação, são depurados em
precipitadores eletrostáticos para remoção de partículas
e do enxofre antes de serem lançados na chaminé. As
emissões gasosas (partículas, SO2, TRS, CO e NOx) são
medidas em contínuo por instrumentos em linha.
Os gases resultantes do forno da cal passam por
precipitadores electrostáticos para remoção de partículas
antes de serem lançados na chaminé. As emissões gasosas
(partículas, CO, NOx, SO2 e TRS) são medidas em contínuo
por instrumentos em linha.
Os condensados que resultam da evaporação do licor negro
passam por um processo de purificação num “stripper”, do
qual resulta metanol e gases não condensáveis, que são
posteriormente valorizados energeticamente.
Gestão de resíduos e biomassa
Parte dos resíduos industriais não perigosos de origem
processual são depositados nos aterros controlados de
resíduos.
Os resíduos orgânicos resultantes da preparação de
madeiras, em conjunto com as lamas provenientes dos
tratamentos de efluentes, são enviados para compostagem.
Os resíduos resultantes das atividades não processuais
(papel, plástico, vidro, óleos usados, resíduos contaminados
com óleos, resíduos metálicos, etc) são recolhidos através
de uma extensa rede de contentores de recolha seletiva
e encaminhados para operadores externos de gestão de
resíduos devidamente licenciados para o efeito, visando o
seu tratamento, eliminação ou valorização.
A casca e a biomassa residual resultantes do descasque
da madeira para o processo, são enviados para valorização
energética.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 21
O PRODUTO
DA ALTRI
A Celbi e a Celtejo produzem pasta de papel de eucalipto,
pelo processo ao sulfato, branqueada sem utilização de
cloro elementar (pasta ECF, elemental chlorine free).
de cerca de 7% face ao ano anterior. A Europa Ocidental
é o principal mercado de destino das vendas da empresa,
representando 80% das vendas, ou seja, cerca de 735 mil
toneladas.
A Celtejo produz também pasta de eucalipto branqueada
TCF (totally chlorine free), através de uma sequência de
branqueamento utilizando ozono “e sem utilização de
aditivos difíceis de depurar como o EDTA”.
Outros
Ásia
Portugal
As propriedades da fibra desta espécie conferem à
pasta produzida características especiais que a tornam
especialmente adequada para a produção de determinados
tipos de papel e cartão.
1%
8%
6%
Estas características recomendam a sua utilização para
a produção de papéis finos para impressão, papéis para
laminados decorativos e papéis ou cartões destinados a
servirem de suporte a impressões de elevada qualidade.
Europa
85%
A Caima produz pasta celulósica de eucalipto, pelo
processo ao sulfito, com branqueamento sem utilização de
cloro nem seus derivados (pasta TCF Totally Chlorine Free).
Estas características específicas conferem à pasta
celulósica
propriedades
especiais
e
tornam-na
particularmente adequada para certas aplicações
papeleiras, nomeadamente em segmentos altos de papéis
do tipo tissue bem como em papéis de impressão e escrita,
com especial incidência em papéis com marcas de água
e papéis de cor, bem como propriedades que a tornam
apta para aplicações especiais noutras indústrias doutros
setores como por exemplo de base química e têxtil.
Em termos de utilização da pasta, os produtores de papel
de tissue são os maiores clientes da Altri, com uma quota
de 46% (40% no ano anterior).
Solúvel
10%
Outros
4%
Especialidades
13%
O Mercado
As vendas de pasta de papel ascenderam em 2013 a cerca
de 473 milhões de Euros, correspondendo a cerca de 83%
das receitas totais da Altri.
Embalagem
Tissue
3%
46%
Impressão e escrita
Em 2013 a Altri exportou aproximadamente 907 000
toneladas de pasta o que correspondeu a um crescimento
24%
O PRODUTO DA ALTRI
A Caima produz ainda lenhosulfonatos os quais têm como
principal aplicação a indústria da construção.
PÁG. 22
A distribuição
Depois de em 2012 termos assistido a uma profunda
alteração na geografia das vendas do Caima, em 2013
consolidamos a nossa cadeia de transporte para o mercado
asiático da Caima e fluxos de transportes europeus da
Celtejo.
A distância média percorrida para servir os nossos clientes
baixou ligeiramente para os 2090 kms. Essa distância foi
vencida sobretudo através da utilização de transporte
marítimo, cujo peso se manteve praticamente inalterado
face a 2013 representando 94% das toneladas/km movimentadas (83% em 2010). Em termos modais há ainda um
ligeiro acréscimo na utilização do transporte rodoviário que
se cifrou em cerca de 5% de utilização (10% em 2010).
O transporte ferroviário resume-se agora ao fluxo intensivo
Rodão – Porto da Figueira da Foz já que os restantes fluxos,
nomeadamente para a Catalunha, estiveram suspensos pelos operadores ferroviários sendo provável que se reativem
a partir de 2015. Com este desenho mantivemos praticamente inalteradas as externalidades provocadas pelo
nosso mix de transportes.
A consolidação do transporte marítimo potenciou ainda o
crescimento do porto da Figueira da Foz que se cifrou em
21% (2,13 milhões de toneladas). A Altri manteve-se como
o maior utilizador do porto crescendo para uma quota de
43% do total da carga movimentada.
Responsabilidade pelo produto
As pastas de papel produzidas estão aprovadas pelo Nordic Ecolabelling of Paper Products (Celbi e Celtejo) e pelo
European Ecolabel (Celbi), para poderem ser utilizadas
em produtos que pretendam utilizar este rótulo ambiental.
Estes são ambos programas de rotulagem ambiental baseados na análise do ciclo de vida do produto.
No âmbito do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde
no Trabalho, certificado em conformidade com a Norma
OHSAS 18001, foi feita a identificação dos perigos e a
avaliação dos riscos para todas as etapas do processo
de produção de pasta. Para as operações que envolvem
riscos, foram estabelecidos procedimentos para diminuir
ou mesmo mitigar o seu efeito.
Não foram identificadas não conformidades com regulamentos e códigos voluntários, relacionados com os impactes causados por produtos e serviços na saúde e segurança ao longo do ciclo de vida do produto. Não foram
também levantados processos judiciais, nem multas ou
sanções por não cumprimento de leis ou regulamentos
relativos à utilização do produto.
As fábricas da Altri têm também os seus processos de cadeia de responsabilidade certificados por dois dos mais
reconhecidos sistemas de certificação de produtos florestais, nomeadamente pelo “Forest Stewardship Council®”
(FSC®) e pelo “Programme for the Endorsement of Forest
Certification” (PEFCTM).
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 23
GOVERNAÇÃO
E GESTÃO
Conselho de Administração (Final 2013)
Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente
João Manuel Matos Borges de Oliveira – Vogal
Domingos José Vieira de Matos – Vogal
Laurentina da Silva Martins – Vogal (Membro não Executivo)
Pedro Macedo Pinto de Mendonça – Vogal (Membro não Executivo)
Para além deste, a Empresa é composta por mais três
órgãos sociais:
- Assembleia Geral, composta por todos os acionistas com
direito de voto, a quem compete deliberar sobre alterações
estatutárias, proceder à apreciação geral da administração
e fiscalização da Sociedade, deliberar sobre o relatório de
gestão e contas do exercício, proceder à eleição dos corpos sociais de sua competência e, de uma forma geral,
deliberar sobre todos os termos que lhe forem submetidos
pelo Conselho de Administração.
- Conselho Fiscal, designado pela Assembleia Geral, é
composto por 3 membros e 1 substituto, competindo-lhe
a fiscalização da sociedade, bem como a designação de
um Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas.
- Revisor Oficial de Contas (ou Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas), a quem compete proceder ao exame
das contas da sociedade.
O modelo de governação do Grupo Altri está disponível no
Relatório do Conselho de Administração em www.altri.pt .
O modelo de gestão praticado na Altri, assegura a integração da responsabilidade ambiental e da responsabilidade social nas atividades diárias. São várias as ferramentas utilizadas para o fazer, nomeadamente:
t$ØEJHPEF$POEVUB
t1PMÓUJDBTEBTFNQSFTBTEB"MUSJ
t4JTUFNBTEF(FTUÍP
t0CKFUJWPTEFTVTUFOUBCJMJEBEFEBTFNQSFTBTEB"MUSJ
t(FTUÍPEBDBEFJBEFGPSOFDFEPSFT
t3FMBUØSJPEF4VTUFOUBCJMJEBEF
Código de Conduta
O Código de Conduta estabelece o conjunto de princípios e de valores em matéria de ética profissional que deve
ser reconhecido e adotado por todos os trabalhadores do
Grupo Altri, incluindo os órgãos de gestão.
GOVERNAÇÃO E GESTÃO
A Administração da Altri é confiada a um Conselho de Administração composto por 5 membros, eleitos pela Assembleia Geral, pelo período de três anos, conforme definido
no Regulamento do Conselho de Administração da Altri,
SGPS, S.A. Compete a este órgão social praticar todos os
atos de gestão na concretização de operações inerentes
ao seu objeto social, tendo por fim o interesse da Sociedade, acionistas e trabalhadores.
PÁG. 24
O Código de Conduta constitui ainda uma referência para o
público, no que respeita aos padrões de conduta da Altri no
seu relacionamento com terceiros, por forma a incentivar a
criação de um clima de confiança entre a empresa e todas
as partes interessadas.
Políticas
As Políticas das empresas da Altri definem a sua estratégia nas vertentes económica, social, ambiental, saúde e
segurança no trabalho e qualidade do produto. São suportadas também pela Política de abastecimento de madeira
do Grupo Altri, na qual se definem as orientações a seguir
no processo de aquisição desta matéria-prima para as unidades fabris do Grupo.
Sistemas de Gestão
As Políticas são colocadas em prática através das ferramentas fornecidas pelos Sistemas de Gestão. Os Sistemas
de Gestão são utilizados para estabelecer objetivos e metas, atribuir responsabilidades e fazer o seguimento do desempenho das empresas do universo do Grupo Altri no que
diz respeito aos seus impactes ambientais, sociais, saúde e
segurança no trabalho e qualidade do seu produto.
Historial dos Sistemas de Gestão
Caima
Celbi
Celtejo
Altriflorestal
1995
1995
1996
1998
2003
1999
2008
---
2009
2001
---
---
2006
2005
2010
---
2009
2005
2008
2010
2006
2005
2008
2011
2005
1996
1989
Gestão Florestal - FSC®
n.a.
n.a.
n.a.
2005
Gestão Florestal - PEFCTM
n.a.
n.a.
n.a.
2005
-
2012
2012
-
-
-
2013
-
Sistema de Gestão
da Qualidade - ISO 9001
Sistema de Gestão
Ambiental - ISO 14001
Sistema de Gestão
Ambiental - Registo EMAS
SIstema de Gestão da
Segurança e Saúde no
Trabalho - OHSAS 18001
Cadeia de responsabilidade
de produtos florestais PEFCTM
Cadeia de Responsabilidade,
FSC®
Acreditação do Laboratório
NP EN/IEC ISO 17025
Sistema de Gestão de
Energia - ISO 50001
Sistema de Gestão
da Investigação,
Desenvolvimento
e Inovação (IDI)
Gestão da cadeia de fornecedores
Todos os fornecedores de madeira, produtos químicos e
serviços, são sujeitos a um processo de qualificação e
avaliação. Deste processo fazem parte requisitos de desempenho de qualidade, ambiente e segurança.
A bolsa de fornecedores qualificados tem vindo a crescer
significativamente nos últimos anos.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 25
Objetivos de sustentabilidade
Anualmente são definidos pela gestão de topo, os objetivos de sustentabilidade para as empresas do Grupo Altri.
Estes objetivos são continuamente seguidos e são revistos
sempre que necessário. Permitem gerir de forma eficiente
o desempenho de sustentabilidade das unidades da Altri.
Relatório de Sustentabilidade
O Relatório de Sustentabilidade é uma ferramenta importante para gerir questões relacionadas com a responsabilidade ambiental e a responsabilidade social. É uma ferramenta de comunicação muito importante para a Altri.
Identificação e gestão dos fatores de risco
A gestão de risco é um pilar da governação da Altri, estando presente em todos os processos de gestão, sendo uma
responsabilidade de todos os colaboradores do Grupo, nos
diferentes níveis da organização.
A gestão de risco é desenvolvida tendo como objetivo a
criação de valor, através da gestão e controlo das oportunidades e ameaças que podem afetar os objetivos de negócio e as empresas do Grupo, numa perspetiva de continuidade das suas atividades.
A gestão de riscos é assegurada pelas diversas empresas
da Altri com base numa identificação e prioritização prévia
de riscos críticos, desenvolvendo estratégias de gestão de
risco, com vista a pôr em prática os procedimentos de controlo considerados adequados à redução do risco para um
nível aceitável.
Os principais fatores de risco identificados pela Altri são os
seguintes:
Este relatório dá ênfase à gestão dos riscos ambientais, sociais, aos associados à gestão florestal a ao abastecimento
de madeira sendo os outros mencionados no “Relatório do
Conselho de Administração da Altri” (disponível em www.
altri.pt).
GOVERNAÇÃO E GESTÃO
t3JTDPEF$SÏEJUP
t3JTDPEF.FSDBEP
t3JTDPEF5BYBEF+VSP
t3JTDPEF5BYBEF$ÉNCJP
t3JTDPEFWBSJBCJMJEBEFOPTQSFÎPTEFcommodities
com impacto no preço da pasta de papel;
t3JTDPEF-JRVJEF[
t3JTDPEF3FHVMBÎÍP
t3JTDP'MPSFTUBM
t3JTDPTBNCJFOUBJT
t3JTDPTTPDJBJT
t3JTDPTBTTPDJBEPTBPBCBTUFDJNFOUPEFNBEFJSB
PÁG. 26
Princípio da Precaução
Para que o ambiente seja protegido, serão aplicadas pelos
Estados, de acordo com as suas capacidades, medidas
preventivas. Onde existam ameaças de riscos sérios ou
irreversíveis não será utilizada a falta de certeza científica
total como razão para o adiamento de medidas eficazes em
termos de custo para evitar a degradação ambiental.
O princípio da precaução está presente em todas as
atividades das empresas do Grupo Altri. Mediante uma
adequada identificação, avaliação e planeamento de
todos os aspetos de gestão, é possível prevenir eficazmente
os riscos, acidentes e impactes que afetem pessoas, bens e
o meio ambiente.
O princípio da precaução para as atividades de qualidade,
ambiente e segurança é assegurado pelos requisitos das
normas que regem os respetivos sistemas de gestão. Os
aspetos ambientais e de saúde e segurança estão devidamente identificados e, para cada um deles, estão definidas
as medidas de prevenção, mitigação e controlo.
A aplicação do princípio da precaução é evidente nos capítulos relativos à responsabilidade ambiental e à responsabilidade social.
Principais afiliações e participações em outras organizações
t .FNCSP EP World Business Council for Sustainable
Development (WBCSD). Participa no grupo de trabalho
“Forest Solution”, subscrevendo neste âmbito as suas
regras e princípios.
t .FNCSP EP $POTFMIP &NQSFTBSJBM QBSB P %FTFOWPMWJmento Sustentável (BCSD Portugal)
t .FNCSP GVOEBEPS EB "TTPDJBÎÍP QBSB B $PNQFUJUJWJdade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF)
t .FNCSP EB "TTPDJBÎÍP &NQSFTBSJBM QBSB B *OPWBÎÍP
(COTEC Portugal)
t.FNCSPEB"TTPDJBÎÍPEF*OEÞTUSJB1BQFMFJSB$&-1"
t.FNCSPEB5FDOJDFMQBQBSUJDJQBÎÍPFNØSHÍPTEJSJHFOtes
t.FNCSPEP'4$® Portugal
t$POGFEFSBÎÍP&VSPQFJBEBT*OEÞTUSJBTEF1BQFM$&1*
participação em grupos de trabalho
t1BSUJDJQBÎÍPOP*OJDJBUJWBBusiness and Biodiversity
t.FNCSPEB*OJDJBUJWBBusiness & Biodiversity
t .FNCSP EB "'0$&-$" BHSVQBNFOUP EF FNQSFTBT
para vigilância e combate a fogos florestais)
t .FNCSP EB *6'30 o International Union of Forest Research Organizations
t.FNCSPEP*&'$*OTUJUVUP&VSPQFVEB'MPSFTUB$VMUJWBEB
t.FNCSPEP$FOUSP1JOVT
t.FNCSPEB"/&'"WJB7JWFJSPTEP'VSBEPVSP
t .FNCSP EP /ÞDMFP &NQSFTBSJBM EF 4BOUBSÏN /&3SANT), participação em órgãos dirigentes
t .FNCSP EP /ÞDMFP &NQSFTBSJBM EF $BTUFMP #SBODP
(NERCAB), participação em órgãos dirigentes.
Princípios subscritos pela Altri
A Altri subscreve, através do seu Código de Conduta, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações
Unidas.
Através da sua Política de Abastecimento de Madeira, a
Altri compromete-se com o código de conduta para a indústria do papel da CEPI, relativo ao corte legal de madeiras.
COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS
O Princípio da precaução é o princípio 15 da Declaração
do Rio que consta do relatório da Conferência da Nações
Unidas sobre ambiente e desenvolvimento, realizada em
1992 no Rio de Janeiro.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 27
COMPROMISSOS
COM INICIATIVAS
EXTERNAS
PÁG. 28
PARTES
INTERESSADAS
PARTES INTERESSADAS
Acionistas
Clientes
PARTES INTERESSADAS
CANAIS DE COMUNICAÇÃO
Acionistas
Reuniões periódicas do Conselho de Administração.
Relatório de Contas (anual).
Relatório de Sustentabilidade (anual).
Informações relevantes à Comissão do Mercado e Valores Imobiliários (CMVM).
Informação no site da Altri.
Existe um responsável por comunicação com os acionistas da Altri.
Clientes
Visitas a clientes.
Auditorias de clientes.
Inquéritos dos clientes.
Inquéritos de avaliação da perceção externa aos clientes.
Relatório de Sustentabilidade (anual).
Participação na International Pulp Week.
Participação na London Pulp Week.
Fornecedores
Qualificação e avaliação de fornecedores de serviços e de matérias-primas.
Ações de formação a prestadores de serviço, contemplando matérias ambientais e de segurança.
Ações da Altri Florestal são realizadas nas frentes de trabalho.
Dinamização, ao nível da CELPA, do projeto “Cartão de Segurança da Indústria de pasta e
papel”, destinado a trabalhadores de empresas externas que prestam serviço nas fábricas de
pasta e papel.
Sessões de informação sobre ambiente e segurança, destinadas a responsáveis de empresas
de prestação de serviços.
Participação dos técnicos de segurança de empresas externas nas ações organizadas pela
empresa.
Relatório de Sustentabilidade.
Visitas regulares para informação sobre o negócio.
Auditorias a fornecedores.
Comunidade
Doações financeiras, e em espécie, às várias instituições.
Colaboração no apoio a instituições de Solidariedade Social.
Organização conjunta com corporações de bombeiros em diversos simulacros de atuação.
Cedência dos campos de treinos para corporações de bombeiros.
Apoio a diversas iniciativas das Escolas.
Relatório de Sustentabilidade.
Blog da Altri Florestal.
Visitas de Associações de Produtores Florestais e de proprietários às áreas florestais, a atividades
de I&D e aos viveiros florestais.
Autorização de utilização de áreas sob gestão florestal para a realização de eventos desportivos.
Utilização de áreas florestais sob sua gestão para atividades cinegéticas, pastorícia e apícolas.
Promoção de certificação de gestão florestal junto de outros produtores e suas associações.
Entidades oficiais
Envio regular de estatísticas e relatórios de diversa natureza (fiscal, laboral, ambiental, saúde e
segurança no trabalho, formação profissional, etc).
Inspeções e auditorias oficiais
Relatório de Sustentabilidade.
Comunidade académica
Protocolos de colaboração com Universidades.
Concessão de estágios curriculares e pós-curriculares em colaboração com os Centros de
Formação, Escolas e Universidades.
Estágios Profissionais em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Autorização de acesso e utilização de instalações em mestrados e doutoramentos.
Visitas às fábricas e às atividades florestais.
Relatório de Sustentabilidade.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 29
Reuniões diárias e mensais com apresentação dos principais indicadores de desempenho.
Intranet.
Fibra Nova (revista interna de publicação quadrimestral).
Floresta Altri (revista interna sobre temas da floresta).
Sistema de Gestão de Desempenho.
Ações de formação.
Acordo Empresa.
Reuniões com Comissões Sindicais.
Comissão de Ambiente, Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho.
Relatório de Sustentabilidade.
Programas de Participação.
Documentação e informação do Sistema de Gestão.
Visitas periódicas ao campo para acompanhar e discutir soluções florestais e partilha de
experiências.
PARTES INTERESSADAS
Colaboradores
PÁG. 30
Impactes nas partes interessadas
A atividade da Altri tem impacte nas várias partes interessadas, essencialmente locais e nacionais.
Clientes
As receitas totais da Altri em 2013 representaram cerca de 573 M¤.
A distribuição da pasta da Altri por mercados e utilizações encontra-se no capítulo “Produto”
Fornecedores
A Altri representa uma fonte de rendimento credível para muitos
fornecedores de matérias-primas e prestadores de serviços. Em
2013 os custos com fornecimentos e serviços externos ascenderam
a 151 M¤, valor superior em 7 M¤ ao registado em 2012.
Em 2013, as compras de matérias-primas, subsidiárias e materiais
de consumo, atingiram 240 M¤, mais 31 M ¤ do que em 2012.
Em virtude do estatuto de cogerador das suas fábricas, a Altri registou
como receitas o valor de 52 M¤, provenientes da venda de
energia verde à Rede Elétrica Nacional, O acréscimo de produção
registado em 2011, teve um efeito multiplicador na atividade de
todos os parceiros que se relacionam com a Celbi quer se situem a
montante ou a jusante do ciclo de vida do produto.
O acréscimo de 4,5 % no volume de vendas relativamente a 2012,
implicou a necessidade de recurso a um maior número de meios
logísticos, nomeadamente a comboios e camiões.
Consequentemente, os transportadores, os operadores portuários
e todos os outros agentes envolvidos no transporte rodoviário e
marítimo tiveram um aumento na procura diretamente proporcional
ao incremento das vendas.
Colaboradores
Os Custos com o pessoal da Altri totalizaram 27 M¤.
Os fundos de pensões do Grupo Altri, registavam em 31 de dezembro de 2013 ativos no valor de 23,2 milhões euros para responsabilidades por serviços passados de 23,1 milhões de euros.
O Grupo privilegia a remuneração variável, tendo concedido nos
últimos anos um bónus em função dos resultados obtidos, por
comparação com objetivos definidos anualmente.
Celbi e Celtejo - Apoiam iniciativas
Apoiam as iniciativas organizadas pelos seus Clubes de trabalhadores,
que visem proporcionar a satisfação do seu bem-estar e a prática do
desporto ou atividades de lazer.
Celbi e Celtejo - Festa de Natal
A Celbi e a Celtejo têm organizado todos os anos Festas de Natal
para os seus trabalhadores e familiares.
No ano de 2013, esta festa na Celbi juntou perto de 400 pessoas.
São seguramente dias com muita animação e convívio entre todos
os participantes com a sempre muito esperada distribuição das
prendas de Natal aos mais pequenos.
Celbi - Colónia de Férias
A Colónia de Férias, tem lugar durante o mês de agosto de cada
ano e é destinada aos filhos dos trabalhadores da Celbi com idades
compreendidas entre os 7 e os 12 anos. No passado esta atividade
ocorria nas quintas da própria empresa mas desde 1998 a iniciativa
decorre nas instalações do Campo Aventura, em Óbidos, perto da
Quinta do Furadouro. Com a escolha deste espaço, que tem instalações ímpares a nível nacional e que recebe mais de 50.000 crianças por ano, a Celbi procura proporcionar umas férias diferentes
aos filhos dos seus trabalhadores.
Acionistas
A Altri é uma empresa aberta, cotada na Euronext Lisbon.
A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 20%
dos direitos de voto.
- acionistas com uma participação superior a 15 % do capital
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 31
CADERNO AZUL – SGPS, S.A 14,14%
Paulo Jorge dos Santos Fernandes 11,72%
Domingos José Vieira de Matos 11,02%
Acionistas com uma participação superior a 5% dos direitos de
voto:
Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 5,33%.
Bestinver Gestión S.A., SGIIC 5,01%.
Em 2013 foram propostos dividendos no montante de 8.615.530 ¤
correspondendo a 0.04¤ por acção.
A dívida líquida remunerada a 31 de dezembro de 2013 era de 563
M¤, registando uma diminuição de 57 M¤, relativamente a igual
período do ano transato.
Entidades oficiais
Os impostos são uma das fontes mais importantes de financiamento do Estado. O imposto sobre o rendimento estimado pela
Altri foi de 8,7 M¤.
Comunidade
A Altri reconhece a sua responsabilidade de envolvimento com a
Comunidade e, nesse âmbito, desenvolve e apoia um conjunto
de iniciativas e atividades, das mais diversas instituições, que são
essenciais no seu compromisso em criar relacionamentos duradouros e relevantes com as comunidades locais.
Através de donativos e apoio logístico, o Grupo procura identificar
projetos e atividades com mérito e com impacto significativo na
sociedade e na qualidade de vida das populações. As empresas
do Grupo desenvolvem ainda outras ações de proximidade com as
comunidades vizinhas.
Caima - Apoio à comunidade
Os efluentes domésticos do Município de Constância são tratados
da Estação de tratamento de efluentes da Caima, assumindo os
custos de tratamento e a taxa de recursos hídricos destes efluentes.
É o principal apoiante da Festas de Nossa Senhora da Boa viagem
do concelho de Constância.
Celtejo - Projeto RIOS
Projeto RIOS - Colaboração com a Liga para a Proteção da Natureza, no âmbito da formação e da vigilância das espécies da
fauna e flora presentes no habitat do Tejo Internacional e seus efluentes.
Alimentador de Grifos – Colaboração com a QUERCUS e com
a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão na instalação e manutenção do alimentador da colónia de aves necrófagas existente
na zona do Tejo Internacional.
Comunidade escolar e académica
As empresas da Altri têm uma longa tradição de cooperação com
escolas e universidades. A política de concessão de estágios, quer
de profissionais quer de complemento de curriculum escolar, está
definitivamente adquirida, sendo frequente a presença de jovens
nas empresas, o que lhes permite um contacto com a realidade
empresarial e que deixa um vasto grupo de contacto para futuros
recrutamentos. Em 2013 foram gastos 66 mil euros com 54
estagiários e 38 jovens num programa ocupação de tempos livres.
Celbi - Programa de Ocupação de Tempos Livres
Este programa é uma iniciativa que ocorre, sem interrupção, há
mais de 25 anos e que decorre normalmente nos meses de julho
a setembro, em diversas áreas da empresa. No ano de 2012 e
2013 a Celbi, foi “invadida” pela irreverência de 90 jovens com
idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos, provenientes de 5
escolas secundárias e perto de uma dezena de estabelecimentos
de ensino superior.
Os jovens são filhos dos trabalhadores e alunos com mérito escolar.
PARTES INTERESSADAS
PROMENDO – SGPS,S.A. 15.03%
- acionistas com uma participação superior a 10% do capital
PÁG. 32
Um dos objetivos da CELBI ao organizar este programa, é
possibilitar aos jovens um primeiro contacto com o mundo do
trabalho, melhorar os seus conhecimentos sobre o setor florestal
e as atividades que a empresa desenvolve no âmbito da sua
responsabilidade social e ambiental e contribuir para o seu
desenvolvimento pessoal.
Celtejo
Concessão regular de estágios de curta e média duração a recém
licenciados, contribuindo para a sua rápida adaptação e inserção
no mercado de trabalho.
contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal, Dr.
João Ataíde, do Diretor Geral da EPIS, Eng.º Diogo Simões Pereira
e o Eng.º Carlos Van Zeller, membro do Conselho de Administração
da Celbi.
Este projeto ambicioso insere-se no âmbito da responsabilidade
social da nossa empresa, que há largos anos tem participado e
colaborado com as escolas do concelho no sentido de apoiar a
integração profissional dos jovens que frequentam os diferentes
níveis de ensino escolar e profissional.
Celbi
Celbi assina protocolo de colaboração com Hospital Distrital da
Figueira da Foz.
A Liga dos Amigos do Hospital Distrital da Figueira da Foz,
assinalou o primeiro aniversário no passado dia 14 de janeiro de
2013, com a assinatura de um protocolo de colaboração entre o
Hospital Distrital da Figueira da Foz e a Celbi, que formaliza uma
parceria baseada em critérios de responsabilidade social.
Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social foi criada em 2006,
com o compromisso cívico para a inclusão social, no sentido de se romper
com o conformismo e o comodismo de relegar para o Estado a solução
do problema No seu ato fundacional, como missão prioritária, os dez
empresários fundadores estabeleceram que a atividade da EPIS se deveria
O protocolo visa garantir o auxílio na área dos cuidados médicos à
população que recorre aos serviços do Hospital e materializou-se
na doação pela Celbi à Liga dos Amigos do Hospital, de vinte e
um computadores e oito monitores, equipamentos necessários ao
funcionamento da Unidade de Internamento de Curta Duração
do Serviço de Urgência e ao projeto tendente à implementação do
Processo Clínico Único Eletrónico.
Celbi - Inclusão social
A Celbi assinou no ano de 2012, um protocolo com a Câmara
Municipal da Figueira da Foz e a EPIS – Empresários pela Inclusão
Social. Este protocolo tem por objetivo a implementação de uma
rede de mediadores profissionais de capacitação para o sucesso
escolar no concelho da Figueira da Foz, durante 3 anos, junto dos
alunos do 3º ciclo do ensino básico. A assinatura do protocolo
centrar na Educação e, especificamente, no combate ao insucesso escolar
e ao abandono escolar. Esta opção fundamentou-se na forte convicção de
que este é o ponto de partida para o desenvolvimento individual dos jovens
portugueses e não portugueses, residentes em Portugal, com vista à sua
inclusão social e tendo por aspiração a construção de um modelo coletivo
de cidadania moderna.
Celbi - Apoia Cáritas de Coimbra
A Cáritas de Coimbra afirma-se como uma referência nacional pela
qualidade e capacidade nos serviços que presta à comunidade.
Dando continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver
junto da população da Praia da Leirosa, particularmente junto dos
idosos, a Cáritas abriu uma creche para crianças dos 3 aos 36
meses.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 33
Celbi - Team Buiding
Na continuidade de projetos desenvolvidos anteriormente, a
CEGOC realizou a convite da Celbi, uma ação de formação
de “Team Building”, em formato de outdoor. Em 2013, esta
iniciativa decorreu em Arganil durante 2 dias e representou um
investimento significativo no desenvolvimento de competências
comportamentais a mais de 70 colaboradores.
Os participantes, de diferentes níveis hierárquicos, diversas áreas
funcionais e de vários níveis de qualificação, foram colocados
perante desafios relativos ao planeamento, à comunicação, à
confiança nos outros e à obrigatoriedade de trabalharem em
equipa e cooperarem perante situações adversas.
Altri Florestal
A Altri Florestal em 2013 envolveu a totalidade dos seus
Fornecedores de Serviços Florestais num projeto de promoção das
principais medidas de saúde e segurança no trabalho e a forma de
organização dos mesmos para que, em todas as frentes de trabalho
o Fornecedor evidencie perante a sociedade os seus compromissos
legais e de boas práticas com os seus colaboradores.
Foi distribuído a cada empresa, um Dossier de Segurança que
cada fornecedor evidencia nas frentes de trabalho. Após as ações
de divulgação do projeto realizaram-se um conjunto alargado de
auditorias internas, especialmente focadas nos aspetos de saúde
e segurança.
Programa de Formação para Quadros do grupo ALTRI
O Breakthrough Program for Altri Future Leaders foi construído pela
Porto Business School em parceria com a Altri. O Programa foi
estruturado de acordo com o seguinte enquadramento:
1) Estar alinhado com a estratégia de negócio do Grupo Altri para
os próximos anos;
2) Estar integrado com os valores e a cultura organizacional do
Grupo Altri;
3) Estar orientado para novas competências que os futuros líderes
do Grupo têm que desenvolver, de forma a garantir o crescimento
sustentado e sustentável do Grupo, num mercado cada vez
mais global e crescentemente competitivo;
4) Assumir-se como um programa inovador e diferenciador, que
integre, de forma coerente e adaptada à especificidade do Grupo
Altri, as últimas tendências nas áreas da gestão e liderança,
desenvolvidas e praticadas nas melhores escolas de negócios a
nível internacional.
O Programa envolverá três turmas, com um total de 85 participantes
e tem uma carga horária de 180 horas/turma. Com o objetivo de
assegurar uma equilibrada distribuição temporal do esforço dos
participantes optou-se por uma duração mais alargada e menos
intensiva do Programa que teve início em novembro de 2013 e
ficará concluído no primeiro semestre de 2015. De forma a atingir os
objetivos pretendidos pelo Grupo, o Programa foi estruturado em 4
grandes áreas : A) Conhecimento do negócio; B) Visão Estratégica
e Criação de Valor; c) Gestão e d) Liderança de equipas.
PARTES INTERESSADAS
Em 2012, a Celbi apoiou, financeira e logisticamente, a aquisição
de material pedagógico para atividades de atelier das crianças
da creche. Em 2013, pela altura do Natal, a Celbi promoveu a
recolha de bens, junto dos seus trabalhadores, para entrega a
famílias carenciadas, conseguindo garantir a entrega de mais
de uma dezena de cabazes na Praia da Leirosa. Por outro lado,
a administração da Celbi reforçou este gesto solidário, com a
entrega à instituição de um cheque no valor de mercado de uma
tonelada de pasta.
PÁG. 34
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 35
RESPONSABILIDADE
AMBIENTAL
A Altri tem mantido e pretende continuar a manter uma atitude de
abertura e diálogo com as entidades interessadas e responsáveis
pela proteção do ambiente. As questões ambientais são temas
presentes na gestão corrente das empresas do Grupo e são tidas
em conta durante o estudo e execução de novos projetos.
Todas as unidades industriais da Altri dispõem de Sistemas de
Gestão Ambiental implementados e certificados em conformidade
com normas internacionais. Neste âmbito, estão identificados todos os aspetos ambientais e avaliados os respetivos impactes para
todas as atividades realizadas, bem como definidas as medidas de
controlo e mitigação associadas.
Todas as reclamações ambientais são devidamente tratadas e,
se relevantes, incorporadas nos processos de melhoria contínua
existentes.
Considera-se que a eliminação dos agentes poluentes no seu local
de origem é a forma mais adequada para minimizar o impacte das
atividades industriais sobre o meio envolvente. Esta estratégia de
prevenção baseia-se fundamentalmente, na aplicação de tecnologias relacionadas com as características intrínsecas do processo,
que são as chamadas medidas internas. A sua aplicação está
associada à introdução das melhores técnicas disponíveis, tornando dispensáveis, quando possível, os sistemas de tratamento
externo, que são, muitas vezes, fontes de agressão ambiental.
Tem sido feito um esforço, ao longo dos anos, para minimizar os
consumos de matérias-primas, de combustíveis fósseis e de água.
Pretende-se continuar neste caminho, por forma a otimizar o desempenho ambiental, reduzindo custos e aumentando a competitividade.
Por outro lado, tem-se trabalhado na redução do impacte ambiental provocado pelas atividades das fábricas da Altri, com o desenvolvimento de ações conducentes à diminuição dos poluentes
líquidos das emissões atmosféricas e dos resíduos produzidos.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
A Altri reconhece ser esta a forma mais adequada de harmonizar a
qualidade do ambiente com a qualidade do produto final.
PÁG. 36
Em 2012 e 2013 foram ministradas 13 122 horas de formação em
ambiente e saúde e segurança, o que ilustra a preocupação da Altri
relativamente a estes temas.
Esforço de formação em matérias de proteção ambiental e saúde
e segurança no trabalho
Total de horas em 2012 e 2013
A trabalhadores da Altri
A prestadores de serviços
Total
6021
7101
13122
A Altri e o Ambiente - Resultados e evoluções
• Aspetos gerais
• Foram cumpridos os limites de emissão de poluentes
estabelecidos nas Licenças Ambientais da Caima, Celbi e
Celtejo e aplicadas as medidas obrigatórias de gestão ambiental,
designadamente quanto a efluentes, emissões, resíduos, energia,
reclamações e emergências.
• Não se verificaram cenários de emergência ambiental nem
derrames significativos.
• Em 2012 e 2013 não foram aplicadas quaisquer coimas
ambientais.
Produção anual
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 37
Materiais
A base para a produção de pasta de papel da Altri é a madeira,
matéria-prima renovável proveniente de florestas geridas de forma
sustentável. São também utilizados vários produtos químicos, sendo
os mais relevantes o clorato de sódio, a soda cáustica, o peróxido de
hidrogénio, o oxigénio líquido, o ozono e o ácido sulfúrico.
Energia
O processo de produção de pasta de papel é energeticamente intensivo, mas, nas fábricas da Altri, as necessidades energéticas
são satisfeitas maioritariamente recorrendo à biomassa resultante
de subprodutos e resíduos do processo, nomeadamente licor negro, serradura e casca, cujo teor em carbono é considerado ambientalmente neutro.
A Altri é autossuficiente em energia elétrica, utilizando sistemas
de cogeração otimizados, baseados na produção combinada de
energia térmica e energia elétrica para uso industrial. O excedente
de eletricidade é colocado na rede elétrica nacional. O investimento em novas tecnologias assim como a aposta nas melhores práticas de eficiência energética, permitiram que praticamente toda a
energia fosse produzida a partir da queima de biocombustíveis.
A dependência dos combustíveis fósseis nas unidades fabris tem
vindo a baixar desde 2009.
Na sequência do Projeto de expansão e modernização da Celbi, em
2009, entraram em operação uma nova Caldeira de Recuperação e
um novo Forno da Cal, saindo de serviço as instalações antigas,
o que permitiu deixar de se utilizar fuelóleo nesta unidade fabril,
passando-se a utilizar o gás natural.
O aumento do consumo de madeira e de produtos químicos está
diretamente relacionado com o aumento da produção de pasta que
se tem vindo a verificar desde 2009, fruto de vários projetos de
modernização e expansão das unidades fabris.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Na Caima, apenas 2,6% dos combustíveis consumidos são de
origem fóssil. Para além disso, esta unidade fabril tem um excedente de cerca de 20% na produção de energia elétrica, que injeta na
Rede Elétrica Nacional com um fator de emissão de CO2 bastante
baixo (36,15 g CO2/kWh), contribuindo assim para a redução do
fator de emissão desta.
PÁG. 38
Tendo como principal objetivo o aumento da eficiência energética,
a Celbi e a Celtejo implementaram e certificaram em 2012 Sistemas de Gestão da Energia em conformidade com os requisitos da
Norma ISO 50001.
Com a implementação destes Sistemas de Gestão, já foi possível
verificar variações positivas no balanço energético das fábricas.
Foram entretanto abertos vários programas específicos de melhoria,
que vão permitir identificar mais medidas adicionais de racionalização do consumo de energia.
Consumo específico de energia elétrica, kwh/tpsa
Água
A Altri está consciente da importância da gestão eficiente do consumo de água.
Ao longo dos anos têm sido realizadas diversas ações de melhoria
no sentido de diminuir o consumo deste recurso natural, reciclando
e reutilizando o mais possível. Entre 2009 e 2013 verificou-se uma
redução de cerca de 37% no consumo específico de água.
Consumo específico de água (m3/tpsa)
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 39
Aproximadamente 70% da água captada em 2013 foi de origem
superficial, tendo sido a restante água subterrânea.
Emissões gasosas
Em 2013 verificou-se um acréscimo nas emissões diretas de CO2
fóssil devido essencialmente ao acréscimo de produção verificado
em 2013 na Celtejo, coincidindo com o ano de arranque e otimização da instalação de cogeração a gás natural, que levou a uma
maior utilização de fuelóleo na Caldeira de Recuperação, durante
os períodos de inatividade e testes da nova cogeração a GN.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Emissões específicas de CO2 fóssil, kg CO2/tpsa
PÁG. 40
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 41
Relativamente aos outros indicadores de desempenho ambiental
no domínio do ar, os mesmos têm-se mantido estáveis e em consonância com as Melhores Técnicas Disponíveis definidas para o
Setor da Pasta e do Papel refletidas nas Licenças Ambientais das
três unidades fabris da Altri.
Emissões específicas de NOx
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Emissões específicas de SO2, kg S/tpsa
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Emissões líquidas
No que diz respeito às emissões liquidas, todos os efluentes líquidos das unidades industriais da Altri, são submetidos a processos
de tratamento primário para remoção de sólidos suspensos, sendo
posteriormente tratados em unidades de tratamento biológico, nos
quais a matéria orgânica é decomposta por ação de microorganismos.
Verificou-se, ao longo do ano, o cumprimento dos limites de emissão em todas as fábricas.
Caudal de efluente produzido (m3/tpsa
Entre 2009 e 2013, verificou-se uma diminuição de cerca de 36%
na quantidade de efluente proveniente das fábricas da Altri.
Os restantes indicadores no domínio das emissões líquidas têm
vindo na generalidade a decrescer.
Emissões específicas de CQO, kg O2/tpsa
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 43
Resíduos
Parte dos resíduos industriais não perigosos de origem processual
são depositados em aterros controlados de resíduos, no caso da
Celbi e da Celtejo aterros integrados nas unidades fabris.
Na Celbi, os resíduos orgânicos resultantes da preparação de madeiras, em conjunto com as lamas provenientes do tratamento de
efluentes, são processados na Estação de Compostagem de Resíduos.
Os resíduos resultantes das atividades não processuais (papel,
plástico, vidro, óleos usados, resíduos contaminados com óleos,
resíduos metálicos, etc) são recolhidos através de uma extensa
rede de contentores de recolha seletiva e encaminhados para
operadores externos de gestão de resíduos devidamente licenciados para o efeito, visando o seu tratamento, eliminação ou valorização.
A casca e a biomassa residual das áreas do Parque e Preparação
de Madeiras, resultante do descasque da madeira para o processo,
são utilizadas pelas Centrais Termoelétricas a Biomassa, através
de processos de valorização energética.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Os fardos de pasta são embalados utilizando folhas de pasta ou
papel kraft e arame. As folhas de pasta e o papel são incorporadas
no processo de produção dos clientes e o arame é retirado. No
caso da pasta de papel colocada no mercado nacional, é paga uma
taxa à Sociedade Ponto Verde que é uma entidade privada sem fins
lucrativos, com a missão de promover a recolha seletiva, a retoma
e a reciclagem de resíduos de embalagens a nível nacional.
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Gestão da biodiversidade
As áreas florestais sob gestão da Altri são geridas com base em
avaliações do seu estado de conservação. No caso particular das
áreas cuja gestão visa proteger os valores naturais, as áreas de
conservação, é decidido quais as intervenções necessárias para
conservar e melhorar os valores ecológicos.
A Altri implementou, após caracterização das áreas de conservação,
um programa de gestão e monitorização das mesmas. Com base
em visitas de campo é avaliado o estado das propriedades visitadas e são identificadas medidas de gestão que visam proteger ou
restaurar os valores de conservação. Estas medidas são integradas
num plano plurianual de intervenções nas áreas de conservação e
executadas conforme o seu planeamento.
As medidas de gestão das áreas de conservação são definidas
com base nos valores neles presentes (prováveis ou comprovados)
e nas orientações provenientes de fontes como Plano Setorial Rede
Natura 2000, Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, entre
outros.
Na elaboração de projetos de florestação de maior dimensão ou
com condicionantes (por exemplo nas áreas integradas no Sistema
Nacional das Áreas Classificadas), é avaliada a oportunidade de
estabelecer novas áreas de conservação, nomeadamente através
de zonas de descontinuidade ou corredores ecológicos.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 45
Fases
Tarefas
Resultados
Recolha de informação
Consulta de:
Plano Setorial Rede Natura 2000,
Planos de ordenamento de Áreas
Classificadas, Planos Regionais de
Ordenamento Florestal, Informação
fornecida por especialistas.
O sistema nacional de Áreas Classificadas inclui amostras
representativas de ecossistemas existentes na paisagem. Assim, e
dada a dispersão do património da empresa pelo País, considera-se
que o património da empresa situado dentro das Áreas Classificadas
pode assegurar a conservação destas amostras.
Identificação de estratos
de vegetação
Compartimentação da propriedade
através dos diferentes estratos de
vegetação.
Os estratos potencialmente interessantes para a função de
conservação são identificados e mapeados.
Visita de campo às
propriedades com
potenciais áreas de
conservação
Avaliação do valor ecológico global
da propriedade, com base na
comprovação da presença dos
valores de conservação.
Critérios para a avaliação:
- Potencial para conservar as espécies ameaçadas (e/ou seus
habitats);
- Potencial para conservar a diversidade de habitats a uma escala
pequena/ média;
- Potencial de restauro (exemplo: áreas plantadas com eucalipto mas
ainda com abundantes elementos de vegetação semi-natural);
- Conectividade, dimensão da área de conservação;
- Grau de naturalidade da comunidade;
- Raridade ou importância regional do habitat;
- Importância para a proteção de recursos hídricos e/ou solo.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
A identificação das áreas de conservação é efetuada para cada
propriedade presente no património da Altri Florestal, através das
seguintes fases:
PÁG. 46
A Altri gere as seguintes áreas integradas no Sistema Nacional das
Áreas Classificadas:
Sítios de Importância Comunitária
(Rede Natura 2000)
Zonas de Proteção Especial (Aves)
Alvão / Marão
11
101
Cabeção
59
27
Cabrela
340
Caldeirão
101
Carregal do Sal
100
Caldeirão
Estuário do Tejo
Monchique
Paul de Madriz
Área (ha)
579
2
Área (ha)
Tejo Internacional, Erges e Pônsul
2.271
Estuário do Sado
8
Total
2.980
Estuário do Tejo
27
Parques Naturais
Serra da Estrela
Serra de Montejunto
Serra de São Mamede
Serras de Aire e Candeeiros
Área (ha)
7
342
1.133
109
Gardunha
223
Malcata
268
Monchique
579
Nisa / Lage da Prata
783
Rio Paiva
218
São Mamede
1.828
Tejo Internacional
2.264
Serra da Estrela
7
Total
3.855
Serra da Lousã
239
Serra de Montejunto
344
Serra de Montemuro
87
Serras da Freita e Arada
207
Serras de Aire e Candeeiros
136
Sicó / Alvaiázere
125
Valongo
Total
78
5.768
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 47
Para cada área sob gestão da Altri presente em Áreas Classificadas, foram elaborados Planos de Gestão da Biodiversidade.
Para todo o seu património, a Altri tem vindo a recolher informação
sobre a presença provável ou comprovada de espécies ameaçadas. Para tal recorre à ajuda de diversos especialistas e partes interessadas, devido ao elevado grau de conhecimento específico
necessário para a identificação destas espécies. Também tem
vindo a compilar a informação disponível em diversos organismos
e instituições, tanto públicos como privados, disponibilizando a informação a todas as áreas da empresa.
Habitats identificados e protegidos
Habitats de água doce
Área 2013 (ha)
51
Coruja-do-nabal - Asio flammeus
EN
Noitibó da Europa - Caprimulgus europaeus
VU
Tartaranhão-caçador - Circus pygargus
EN
Falcão-peregrino - Falco peregrinus
VU
Ógea - Falco subbuteo
VU
Colhereiro - Platalea leucorodia
VU
ANFÍBIOS
Salamandra-lusitânica - Chioglossa lusitânica
VU
VU
Charnecas e matos das zonas temperadas
599
Tritão-palmado - Triturus helveticus
Matos esclerofilos
905
RÉPTEIS
Formações herbáceas naturais
e seminaturais
2.349
Cágado-de-carapaça-estriada - Emys orbicularis
EN
MAMÍFEROS
Habitats rochosos e grutas
24
Morcego-de-franja - Myotis nattereri
Florestas
Total
VU
453
4.381
Espécies de fauna vulneráveis e ameaçadas observadas na
floresta e com medidas de proteção definidas e implementadas
CR - Criticamente em Perigo
EN – Em Perigo
VU - Vulnerável
Categoria
Noitibó-de-nuca-vermelha - Caprimulgus ruficollis
VU
Chasco-ruivo - Oenanthe hispânica
VU
Abutre-preto - Aegypius monachus
CR
Aguia-real - Aquila chrysaetos
EN
Cegonha-preta - Ciconia nigra
VU
Abutre do Egipto - Neophron percnopterus
EN
Açor - Accipiter gentilis
VU
Alcaravão - Burhinus oedicnemus
VU
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
AVES
PÁG. 48
Adicionalmente criou uma ferramenta informática de registo da
biodiversidade, acessível a todos
os colaboradores da Altri para a
recolha dos avistamentos de fauna. Posteriormente a informação
é colocada na plataforma pública
– BioDiversity4All - www.biodiversity4all.org, disponibilizando os
seus dados a toda a comunidade.
Os principais projetos de identificação e monitorização dos valores
de conservação que decorrem no
período deste relatório foram:
PROJETOS
PARCERIAS
Monitorização da avifauna
(2008 –2013)
Mãe d’Água
Avaliação dos impactes das
plantações florestais na fauna
(2009-2013)
CIBIO (Univ. Porto)
University of York
Business and Biodiversity
(desde 2007)
ICNB
Projeto Cabeço Santo
(desde 2005)
Quercus – Núcleo
Regional de Aveiro
Parceiro do projeto Charcos
com Vida
CIBIO (univ. Porto)
Projeto FISHTREE –
Identificação e monitorização
da ictiofauna
ISA
Prospeção de ninhos
de rapinas florestais em
povoamentos de eucalipto
Ornitólogos Voluntariado
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 49
RESULTADOS
-Identificação e monitorização da presença de espécies ameaçadas em todo o
património sob gestão;
-Implementação de medidas de proteção dos ninhos e aplicação de
restrições temporais às atividades florestais nos períodos de nidificação;
-Colocação de plataformas para ninhos de grandes rapinas.
A Altri estabeleceu um procedimento que identifica e avalia os
aspetos e impactes ambientais
associados às atividades da empresa com vista a garantir que
os aspetos ambientais negativos
considerados significativos são
controlados.
-Monitorização das populações de anfíbios, morcegos e mamíferos;
-Colocação de câmaras noturnas para monitorização dos mamíferos que
utilizam o eucaliptal (javali, raposa, texugo, etc).
-Compromisso do Grupo Altri perante a sociedade na conservação dos valores
naturais nas áreas sob gestão e na divulgação das suas práticas de gestão;
-Participação em ações de divulgação e promoção do valor da biodiversidade.
Esta avaliação identificou como
principais impactes potenciais a
menor diversidade de espécies
de flora e fauna, a degradação
ou perturbação de habitats e espécies de fauna ameaçadas, a
compactação e erosão do solo e
a contaminação de aquíferos ou
águas superficiais.
-Cedência da gestão de áreas de conservação ao Núcleo de Aveiro da Quercus;
-Ações de restauro do habitat ribeirinho da Ribeira de Belazaima;
-Erradicação e controlo de invasoras lenhosas;
-Envolvimento de voluntários nos trabalhos de restauro (plantação de espécies
autóctones).
-Inventário e publicação no site www.charcoscomvida.org de todos os charcos
presentes no património da Altri;
-Ações de restauro dos habitats ribeirinhos;
-Aplicação do manual de construção de charcos temporários nos projetos de
florestação da Altri.
-Prospeção das populações de fauna piscícola nas principais sub-bacias
hidrográficas sob gestão da Altri;
-Recomendações para manutenção/restauro do habitat ribeirinho;
Para o controlo dos riscos negativos
significativos são estabelecidas
medidas de gestão, de modo a
prevenir ou minimizar o risco. Estas
medidas de gestão podem incluir
formação específica, alteração das
práticas da empresa ou em alguns
casos, a definição de práticas
reparadoras ou compensadoras
do impacte. São exemplo destes
casos, a definição de práticas
reparadoras para os impactes dos
incêndios florestais, derrames de
derivados de petróleo ou situações
de erosão.
-Elaboração de ferramenta de apoio à decisão sobre a gestão florestal, de
acordo com a sua relevância na bacia hidrográfica.
-Colaboração entre a Altri e dois ornitólogos da região Oeste e Médio Tejo na
identificação de ninhos de rapinas florestais em florestas da Altri;
-Adequação das atividades de exploração e manutenção florestal aos períodos
de reprodução das rapinas;
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
-Deteção de novos locais de reprodução.
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Recursos Humanos
A gestão de recursos humanos na Altri tem-se orientado com a
finalidade de dotar a organização de uma estrutura adequada e
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 51
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Índice de gravidade de acidentes com incapacidade*
eficiente para vencer os desafios futuros. Para o conseguir procura:
• criar uma cultura de desempenho capaz de mobilizar os seus
colaboradores para comportamentos excelentes e orientá-los para
a prossecução de objetivos desafiantes;
• desenvolver as competências dos seus colaboradores;
• atrair e reter os melhores profissionais para assegurar a excelência da sua prestação e consolidar a imagem de qualidade do Grupo.
Durante 2013, a Altri contou com a colaboração de 643 trabalhadores.
Em 2013 foram ministradas 19 140 horas de formação o que
representa 1,7% do potencial de horas de trabalho, ilustrando a
sua aposta na valorização profissional contínua das pessoas.
No que diz respeito aos indicadores de sinistralidade, a evolução
dos mesmos não tem sido como seria desejável. No decorrer de
2012 e 2013, devido aos projetos em curso nas unidades industriais, verificou-se um aumento dos índices de frequência e de gravi-
*número de dias perdidos causados por acidente por mil horas trabalhadas.
dade de acidentes.
Índice de frequência de acidentes com incapacidade*
*número de acidentes ocorridos com dias perdidos por 1milhão de horas de
trabalho.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Absentismo
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Segurança e Saúde Ocupacional
As três unidades industriais da Altri estão certificadas em conformidade com a OHSAS 18001.
Os Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho implementados, assentam nos seguintes pilares:
• Certificação em conformidade com a Norma OHSAS 18001;
• Existência de um Posto Médico, com um Médico do Trabalho e
um serviço de enfermagem a funcionar adequadamente e equipado
com moderno equipamento de diagnóstico e tratamento;
• Instalações próprias de segurança, com disponibilidade de materiais e equipamentos para proteção individual e coletiva e para o
acompanhamento da execução de trabalhos;
• Disponibilidade de meios técnicos e humanos de atuação em
emergências, designadamente em caso de acidentes individuais,
incêndios e outras incidências de carácter industrial.
Relações laborais
A Altri mantém um diálogo institucional com as organizações representativas dos trabalhadores baseado na transparência e respeito
mútuo.
Este diálogo manifesta-se em reuniões periódicas de informação
com a Direção da empresa sobre os seus aspetos mais relevantes
e nas negociações no âmbito do Acordo de Empresa aplicável à
generalidade dos colaboradores.
Diversidade e igualdade de oportunidades
Não há práticas de diferenciação salarial entre homens e mulheres
no exercício das mesmas funções.
Código de Conduta
A Altri tem em vigor um Código de Conduta onde se estabelece o
conjunto de princípios e de valores em matéria de ética profissional
que deve ser reconhecido e adotado por todos os trabalhadores do
Grupo, incluindo os órgãos de gestão.
O Código de Conduta constitui ainda uma referência para o público. Ele estabelece os padrões de conduta da Altri no seu relacionamento com terceiros, promovendo o estabelecimento de um clima
de confiança entre a empresa e todas as partes interessadas.
Anualmente, realizam-se um conjunto de iniciativas por forma a
promover a divulgação do Código de Conduta da Altri, nomeadamente a inclusão deste tema em todas as sessões de Acolhimento
e Integração, destinadas a novos colaboradores e estagiários, bem
como, nas sessões dedicadas aos visitantes.
Direitos Humanos
A Altri cumpre rigorosamente a lei e orienta-se de acordo com o
seu Código de Conduta, no que se refere ao respeito pelos direitos
de personalidade dos seus colaboradores e à igualdade de oportunidades e não discriminação em razão do sexo, origens étnicas, religiosas, convições políticas, ideológicas ou sindicais, não havendo
quaisquer processos judiciais sobre estas matérias nem conhecimento de quaisquer factos que indiciem problemas nesta matéria.
Sociedade
Na sua relação com a sociedade, a Altri dinamiza a economia das
zonas em que opera, nomeadamente através da geração de emprego direto e indireto.
O programa de formação na frente de trabalho que, decorre em
todas as atividades na floresta da Altri, permite a transmissão de
conhecimentos e a qualificação dos fornecedores de serviços florestais. Estas ações de curta duração, mas de elevada frequência
pretendem transmitir as boas práticas florestais e promover uma
relação de proximidade entre a Altri e as empresas que trabalham
na floresta.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 53
A Altri relaciona-se com as comunidades envolventes às suas
áreas florestais, através do diálogo com os vizinhos e com os
representantes do poder local (juntas de freguesia, municípios)
que, recebem informação sobre as atividades florestais que estão
planeadas nos respetivos territórios.
Este diálogo permite identificar e discutir os potenciais impactos
decorrentes das operações e promover as medidas para os prevenir. Permite também estabelecer uma rede de comunicação e
alerta sobre qualquer ocorrência ou emergência (ex. fogo florestal).
Tem também uma política de concessão de estágios, quer profissionais
quer de complemento de curriculum escolar, que permitem aos jovens
a possibilidade de terem um contacto com a realidade empresarial.
Em parceria com diversas instituições locais, são desenvolvidas e
apoiadas iniciativas e atividades essenciais para a criação de relacionamentos relevantes com a comunidade envolvente. Através
de donativos e de apoio logístico, a empresa procura identificar e
apoiar projetos com mérito e com impacto significativo na qualidade de vida das populações.
A Altri não assume posições quanto a políticas públicas nem participa em lobbies. É membro de várias associações empresariais
que têm como objetivo assegurar, junto de diversas entidades e
organismos, nacionais e internacionais, públicos ou privados, a
representação dos interesses coletivos da sua atividade.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Não existem quaisquer processos judiciais por concorrência desleal, antitrust, ou práticas de monopólio. Não foram identificadas
práticas de corrupção.
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GLOSSÁRIO
AOX – Sigla correspondente à designação inglesa de “adsorbable
organic halogens”. Parâmetro que serve para avaliar o conteúdo
em organo-clorados de um efluente líquido.
BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento
Sustentável (www.bcsdportugal.org)
BEKP - Sigla correspondente à designação inglesa “Bleached
Eucalyptus Kraft Pulp” cuja tradução em português é pasta branqueada de eucalipto pelo processo kraft.
Cash-cost - É a despesa corrente que forma o custo industrial,
identificada pelas rubricas custos variáveis e custos fixos totais.
Na sua relação inversa são os custos totais deduzidos das amortizações, do custo das vendas, dos custos financeiros e do imposto
sobre o rendimento.
rine free” e que significa pasta branqueada sem utilização de cloro
elementar.
EMAS – Sigla correspondente à designação inglesa “Environmental Management and Audit Scheme”, cuja tradução em português é
Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria. (www.iambiente.pt)
FSC® – O Forest Stewardship Council® (FSC®) é uma organização
não governamental, internacional e independente, constituída
por três câmaras – económica, ambiental e social - que define os
Princípios e Critérios FSC® para uma gestão florestal responsável.
(www.fsc.org)
GRI – O GRI (www.globalreporting.org) é uma organização com o
objetivo de desenvolver um conjunto de critérios para a divulgação
de resultados económicos, ambientais e sociais que possam ser
aceites e usados globalmente.
CELPA – Associação da Indústria Papeleira (www.celpa.pt).
ha - hectares
CEPI – Confederação Europeia da Indústria Papeleira (www.cepi.
org)
CO2 – Dióxido de Carbono
H2S – Sulfureto de hidrogénio.
Índice de Frequência – Número de acidentes ocorridos com dias
perdidos por um milhão de horas trabalháveis (potenciais).
COTEC – Associação Empresarial para a Inovação (www.cotec.pt)
CQO - Carência química de oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos.
EBITDA - Sigla correspondente à designação inglesa “earnings before interest, taxes, depreciation and amortization”, cuja tradução
em português é resultados antes de juros, impostos, depreciação
e amortização, ou seja, é o Resultado Operacional adicionado das
amortizações.
ECF - Sigla correspondente à designação inglesa “elemental chlo-
Índice de Gravidade – Número de dias perdidos causados por acidente por mil horas trabalhadas.
ISO 9001 – Norma Internacional que especifica requisitos para um
sistema de gestão da qualidade.
ISO 14001 – Norma Internacional que especifica requisitos para um
sistema de gestão ambiental.
ISO 17025 - Norma Internacional que especifica os requisitos
gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012/13 PÁG. 55
Nordic Ecolabelling – Rótulo Ecológico. Considera o impacte do
produto no ambiente ao longo do seu ciclo de vida. Os produtos
têm que obedecer a padrões mínimos de qualidade e desempenho,
obrigando a que sejam pelo menos tão bons como produtos similares no mercado. Os critérios são continuamente elevados, assegurando que o rótulo se mantém sempre na linha da frente da qualidade ambiental. As decisões são tomadas pelo Comité Nórdico para
a Rotulagem Ecológica, que inclui um representante de cada país
e inclui também representantes da indústria. (www.svanen.nu/Eng)
Resultados líquidos – Resultados da empresa após impostos.
SO2 – Dióxido de enxofre. Gás formado na combustão de combustíveis contendo enxofre. Por oxidação e reação com a humidade da
atmosfera, pode dar origem a chuvas ácidas.
SST – Sólidos suspensos totais. Parâmetro que mede a quantidade
de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido.
t – tonelada
NOx – Designação geral dos óxidos de azoto formados durante a
queima de um combustível. Pode dar origem a chuvas ácidas e ser
responsável pela acidificação dos solos e reservas de água doce.
Taxa de absentismo – percentagem das horas de absentismo relativamente ao potencial de horas de trabalho no ano.
OHSAS 18001 – Norma que especifica requisitos para um sistema
de gestão da segurança e saúde do trabalho.
TCF - Sigla correspondente à designação inglesa “total chlorine
free” e que significa pasta branqueada sem utilização de cloro.
Parte interessada – (“Stakeholder” em inglês) – Indivíduo ou grupo
interessado ou afetado pelo desempenho de uma organização.
TRS – Sigla correspondente à designação inglesa “total reduced
sulphur”. Parâmetro que mede a quantidade de gases de enxofre,
na forma reduzida (isto é, suscetíveis de serem oxidados/queimados), nas emissões gasosas de uma instalação ou de uma chaminé.
Processo Kraft – Também designado “processo ao sulfato”. As
aparas de madeira são cozidas num recipiente pressurizado (digestor), na presença de hidróxido de sódio e de sulfureto de sódio.
PSI-20 - índice de referência do mercado de bolsa nacional, refletindo a evolução dos preços das 20 emissões de ações de maior
dimensão e liquidez selecionadas do universo das empresas admitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais
tpsa – Tonelada de pasta seca ao ar.
Valor acrescentado – Valor de produção deduzido das compras de bens e serviços (excluindo as mercadorias) mais ou
menos, consoante a variação positiva ou negativa dos stocks
de matérias-primas subsidiárias e de consumo, e deduzidos de
outros impostos sobre a produção ligados ao volume de negócios
mas não dedutíveis. Representa a fração que fica para distribuição
do VAB, após o pagamento de todos os impostos sobre a produção
e o recebimento de todos os subsídios sobre a produção.
Vendas líquidas – Vendas deduzidas de descontos e abatimentos.
WBCSD – Sigla correspondente à designação inglesa “World Business Council for Sustainable Development” cuja tradução em português é Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento
Sustentável.
GLOSSÁRIO GERAL
PEFCTM - “Programme for the Endorsement of Forest Certification
schemes” é um esquema de certificação que pretende assegurar
aos compradores de madeira e papel que estão a comprar produtos de gestão florestal sustentável, assente nos pilares social, ambiental e económico.
Rua do General Norton de Matos, 68 – r/c
4050-424 Porto
PORTUGAL
Tel. +351 22 8346502
Fax. +351 22 8346503
www.altri.pt
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