REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
SECRETARIA REGIONAL
DA EDUCAÇÃO
DIREÇÃO REGIONAL DA EDUCAÇÃO CIÊNCIA E CULTURA
ESCOLA BÁSICA INTEGRADA DE CAPELAS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
E
SERVIÇO DE PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
2013/2016
1
ÍNDICE
I-
Introdução
II – Critérios de elegibilidade para selecionar os alunos com NEE.
III – Recursos Humanos
IV - Identificação das Turmas e grupos com Currículo Adaptado e/ou Unidades
Especializadas de Currículo Adaptado
2
I-Introdução
O presente programa foi redigido com base na Portaria nº 60 /2012 de 29 de
maio de 2012, e diz respeito às metas e estratégias delineadas e orientações globais e
recursos humanos e materiais a utilizar no triénio, 2013/2016.
1 – “Metas e Estratégias que a escola se propõe realizar, com vista a apoiar os alunos
com necessidades educativas especiais devidas a deficiência física ou mental.”
1.1. - “Contribuir para o despiste, apoio e encaminhamento das crianças e jovens
com necessidades educativas especiais, desenvolvendo a sua ação nos domínios
do apoio psicopedagógico a alunos e professores, tendo em vista o sucesso
escolar e a promoção de uma efetiva igualdade de oportunidades para os alunos
com necessidades educativas especiais.”
Estratégias:
•
Proceder à elaboração do Projeto Educativo Individual, em equipa
multidisciplinar, adequando-o às necessidades específicas de cada aluno, e
através do qual se pretende, por um lado, sinalizar e incrementar os
facilitadores e, por outro, identificar e reduzir as barreiras, que poderão estar a
condicionar a aprendizagem e a integração do aluno na comunidade envolvente.
•
Promover o trabalho de uma equipa multidisciplinar desde o momento de
sinalização do aluno até ao seu encaminhamento para os serviços adequados.
Nesta equipa são parceiros indispensáveis, os professores titulares de turma, os
Diretores de turma, os pais dos alunos, o Núcleo de Educação Especial, o
Serviço de Psicologia e Orientação, os Técnicos de Saúde e os Serviços de
Segurança Social.
1.2. – “Cooperar com os serviços locais, designadamente da Saúde, Segurança
Social, Emprego, Autarquias e Instituições Particulares de Solidariedade
Social.”
3
Estratégias:
•
Discutir e resolver os casos de alunos mais problemáticos com os docentes e
outros técnicos, de forma a intervir eficazmente.
•
Fomentar um maior envolvimento entre a escola e a comunidade, de forma a
rentabilizar recursos mútuos para o benefício dos alunos (empréstimo de
transportes; cedência de espaços; sessões de esclarecimento dirigidas a toda a
comunidade; atividades lúdico-pedagógicas; etc.).
•
Divulgar a utilização da CIF com o intuito de facilitar, no futuro, o intercâmbio,
a cooperação e parceria entre os vários serviços da comunidade, estabelecendo a
utilização de uma linguagem comum na descrição das necessidades relacionadas
com a saúde dos alunos.
1.3. – “Participar nos Conselhos de Núcleo, Conselhos de Turma e outras reuniões
escolares, no sentido de contribuir para o esclarecimento e solução de
problemas relativos a alunos com Necessidades Educativas Especiais.”
Estratégias:
a) Incentivar a um maior envolvimento dos vários docentes na partilha de
conhecimentos, de estratégias e de metodologias.
b) Divulgar a CIF e promover o seu preenchimento em Núcleo Escolar ou
Conselhos de Turma, favorecendo o trabalho multidisciplinar.
1.4. – “Promover o desenvolvimento da auto-estima.”
Estratégias:
a) Reforçar positivamente os sucessos dos alunos.
b) No processo de aprendizagem utilizar as competências adquiridas como
estratégias para alcançar as competências não adquiridas.
c) Através de eventos onde os alunos, com limitação de atividade ou
restrição de participação, possam ser reconhecidos mais pelas suas
capacidades do que pelas incapacidades.
d) Na sensibilização dos docentes, dos vários níveis de ensino, para
adotarem outras metodologias e aplicarem a flexibilização curricular.
4
1.5. – “Promover as aprendizagens escolares”
Estratégias:
a) Utilizando metodologias e métodos diferenciados e adaptados às necessidades e
capacidades dos alunos.
b) Aplicação de facilitadores de aprendizagem (Novas Tecnologias, Jogos
Didáticos; Terapias complementares), adequados às necessidades de cada aluno.
c) Fomentar o envolvimento parental no acompanhamento das atividades escolares.
d) Promover a aprendizagem cooperativa e tutorias.
e) Adequar as formas e instrumentos de avaliação, como por exemplo: avaliação
oral; mais tempo para realização de testes; utilização de Ajudas técnicas;
gravadores para gravação de aulas; guiões de estudo; etc.…
1.6. – “Promover ações de sensibilização dirigidas a docentes e auxiliares de ação
educativa.”
Estratégias:
a) Comemoração do Dia Nacional da Deficiência com a participação de toda a
comunidade escolar (consultar o Plano Anual de Atividades da EBI);
b) Propor Ações de Formação no âmbito das Necessidades Educativas Especiais
por intermédio de algumas Unidades Orgânicas.
c) Criar um Centro de Recursos online com acesso a bibliografia e a materiais
utilizados e desenvolvidos pelos professores do Núcleo de Educação Especial,
que estarão ao dispor de todos os docentes, na plataforma MOODLE
(http://ebicapelas-m.ccems.pt/), da Escola Básica de Capelas.
II - O Núcleo de Educação Especial, por consenso, elaborou um documento onde
foram estabelecidos os critérios de elegibilidade, para selecionar os alunos com NEE
que necessitem de apoio especializado.
A seleção dos critérios baseou-se na classificação utilizada pela CIF. Que
passamos a descrever:
5
Primeiro critério:
• Os alunos têm de apresentar necessidades educativas especiais de carácter
prolongado no Domínio Sensorial (Visão e Audição) e/ou problemas nas
Funções Intelectuais.
• Nas Funções Intelectuais devem apresentar magnitudes entre o 2 e o 4.
• A prioridade de apoio vai ser determinada por ordem decrescente, isto é da
magnitude 4 para a magnitude 2.
Segundo Critério:
• Dentro de cada nível de magnitude daremos prioridade aos alunos que tenham
outras funções mentais comprometidas.
• Quantas mais estiverem comprometidas as funções mentais maior será a
necessidade do aluno ser apoiado pelo Núcleo de Educação Especial.
• No caso de vários alunos apresentarem as mesmas funções comprometidas então
será selecionado aquele que apresenta magnitudes mais elevadas ao nível da
Atividade e Participação.
Terceiro Critério:
• Os alunos que têm prioridade no apoio são os alunos mais novos ou aqueles
que possam estar em perigo de terem um retrocesso se o apoio especializado
for retirado.
Pela Portaria nº 60 de 29 de maio de 2012, os alunos com dificuldades de
aprendizagem graves deverão ser encaminhados para apoio educativo. No entanto o
Núcleo considera que os alunos com dislexia, que tenham magnitudes 3 e 4, ao nível
da Atividade e Participação, devem ser selecionados para apoio especializado. Para
apoiar os alunos com dislexia dá-se prioridade aos que frequentam o 2º,3º e 4º ano
de escolaridade. Aqueles que estão no 2º e 3º ciclo irão preferencialmente para apoio
educativo.
Em relação aos docentes que pertencem ao Núcleo de Educação Especial,
consideramos que, no início do ano letivo, deverão:
1. Dar continuidade ao apoio prestado aos alunos que vêm acompanhando;
2. Os alunos que irão apoiar são atribuídos ao docente tendo em conta o seu Grau
académico (formação específica), experiência profissional e competências
psicossociais, de forma a salvaguardar as necessidades e características dos
alunos.
III - Os recursos humanos do Núcleo
6
O Núcleo de Educação Especial é constituído por treze docentes e duas psicólogas:
•
Sete docentes do 1º Ciclo Especializados.
- Anett Maria Bettencourt da Rosa Carvalheiro Moreco,
- António José de Mesquita Paiva (coordenador),
- Carina Lemos Pereira Peixoto Rodrigues Raposo,
- Germano Manuel Santana Almeida,
- Maria Cristina Ferreira Borges Barbosa,
- Ricardina Rodrigues Cabral de Oliveira,
- Teresa Margarida de Jesus Duarte Azevedo Neves Nunes
•
Três Educadoras de Infância especializadas (uma destas educadoras encontra-se
a exercer funções na Intervenção Precoce);
- Ana Maria de Almeida Duarte Caldeira,
- Catarina Fátima Medeiros Alves,
- Teresa Paula Pereira Mota Luís
•
Uma professora colocada pelo grupo 700 (2º/3º ciclos);
- Catarina Pimentel Rego
•
Duas psicólogas que pertencem ao Serviço de Psicologia e Orientação.
- Maria Cristina Dias Fernandes,
- Maria João Pereira de Medeiros Drumond e Silva (Encontra-se em licença de
maternidade),
- Ana Carina Flora Benevides (Encontra-se a substituir a psicóloga Maria João
Silva)
Ainda participam nas reuniões deste Núcleo três professores em exercício de funções
docentes com turmas de Oportunidades e uma terapeuta da fala.
•
Três professores em funções com turmas de Oportunidade.
- Liliana de Fátima Duarte Oliveira Raposo (Aposentada a partir do 2º período),
- Susana Margarida de Jesus Duarte Azevedo Neves Nunes (Encontra-se a
substituir a docente Liliana Raposo),
- Vitor Manuel Ferreira Sousa Pedro,
•
Uma terapeuta da fala.
- Joana da Paz Mota.
7
Quadro nº 1 - Recursos Humanos
Anos de Serviço
Completos
31/08/2012
Início de
Funções no Núcleo
29
01/09/1999
25
01/09/2002
46
20
01/09/2008
53
27
01/09/2009
45
13
01/09/2003
38
16
01/09/2007
30
7
01/09/2006
Q.N.D- licenciada em Psicologia
37
11
05/11/2003
Maria João Pereira de Medeiros
Drumond e Silva
Q.N.D- licenciada em Psicologia
32
10
02/11/2003
Ana Carina Flora Benevides
licenciada em Psicologia
29
---------
---------
Nome
Teresa Margarida de Jesus
Duarte Azevedo Neves Nunes
Anett Maria Bettencourt da Rosa
Carvalheiro
Germano Manuel Santana
Almeida
António José de Mesquita Paiva
Maria Cristina Ferreira Borges
Barbosa
Catarina Fátima Medeiros Alves
Carina Lemos Pereira Peixoto
Rodrigues Raposo
Maria Cristina Dias Fernandes
Ana Maria de A. Duarte Caldeira
Teresa Paula P. Mota Luís
Susana Margarida de C. Ribeiro
Ricardina Rodrigues Cabral de
Oliveira
Catarina Pimentel Rego
Categoria/ Grau
Académico
Idade
Q.N.D- licenciada em Educação
Especial e Mestrado em
Supervisão Pedagógica
Q.N.D-licenciada
Curso de Qualificação em
Educação Especial para
Professores do 1.º Ciclo
Curso de Mestrado em Educação
Especializada em Conceção e
Desenvolvimento de Projetos
Educativos
Q.N.D- licenciado
Curso de Qualificação em
Educação Especial para
Professores do 1.º Ciclo
Q.E-licenciado em 1º Ciclo do Ensino
Básico e especializado em Educação
Especial
Q.N.D- licenciada em 1º Ciclo do
Ensino Básico
Pós Gaduação em Educação
Especial
Educadora de Infância
Pós Graduação em Educação
Especial em Intervenção Precoce
na Infância
Q.N.D - licenciada em
1º Ciclo do Ensino Básico e
especializada em Educação Especial
51
48
Q.N.D- licenciada
Curso de Qualificação em
Educação Especial para
Educadores de Infância
Contratada – licenciada
Pós Graduação em Educação
Especial em Intervenção Precoce
na Infância
Q.N.D- licenciada em Matemática
e Ciências da Natureza
Pós Graduação em Educação
Especial
54
22
01/09/2010
42
8
01/09/2012
34
6
01/09/2005
Q.N.D- licenciada em
37
12
03/01/2013
Contratada – licenciada
Pós Graduação em Educação
Especial- Domínio Cognitivo e
Motor
29
4
01/09/2012
8
Os Apoios prestados aos alunos com NEE dividem-se em Apoios Diretos e Indiretos, os
diretos prestam-se através de:
1.
Uma Educadora que desenvolve um Programa de Intervenção Precoce no
domicílio das crianças, ou no Centro de Saúde das freguesias abrangidas pela
Básica Integrada;
2. Professores e Educadores que prestam apoio, em regime de Itinerância, na sala
de aula ou em sala de apoio, em pequenos grupos ou individualmente;
3. Professores e Educadores que desenvolvem o seu trabalho, em apoio fixo, nas
turmas ou grupos com currículos adaptados (UNECA - PCA).
Os indiretos:
1.
São utilizados quando um aluno já não necessita de apoio direto do professor
da Educação Especial;
2.
São prestados em situações pontuais que não exigem o apoio direto de um
professor especializado (orientações aos professores da turma, a colegas do
apoio educativo);
3.
São prestados ao nível dos Conselhos de Turma e Núcleos Escolares;
Os colegas que se encontram em Itinerância apoiam as escolas que fazem parte da
Básica Integrada, desde a Ajuda do Pilar até aos Fenais da Luz Os colegas têm apoiado, em
média, 12 a 15 alunos, por ano letivo. Este número é considerado por nós elevado, uma vez
que há alunos que não chegam a ter duas horas de apoio, por semana, o que se revela
insuficiente para atingirem os objetivos delineados nas Adequações Curriculares Individuais.
Avaliações Especializadas
O tempo destinado para as avaliações especializadas consta no horário dos
docentes especializados como tempo não letivo, de acordo com o Estatuto da Carreira
Docente.
Procedeu-se neste Núcleo à distribuição de escolas pelos docentes, a fim de
realizar avaliações especializadas. Estas compreendem as escolas mais próximas do
local de trabalho onde o docente passa mais tempo (em situação de itinerância) ou
9
permanece fixo (salas UNECA-PCA). Este propósito teve em consideração a
rentabilização do serviço docente.
Critério utilizado na Avaliação dos Alunos
Processo: Os alunos são referenciados pelos professores titulares de turma para
Avaliação psicológica e / ou Avaliação Psicológica e Especializada (SPO e Núcleo de
Educação Especial); O professor titular deverá entregar a referenciação do(a) aluno(a)
devidamente preenchida e com a anuência parental ao Coordenador de Escola; O
Coordenador de Escola deverá entregar o documento ao Conselho Executivo; O
Conselho Executivo encaminhará o documento para SPO (Serviço de Psicologia e
Orientação). A partir deste serviço proceder-se-á à Avaliação do(a) Aluno(a), pelo SPO/
NEE.
Prioridades para a entrada de alunos na terapia da fala
Aluno que:
•
Tenha maior grau de gravidade (elevado)
o Compreensão e Expressão da Linguagem e fala afetadas;
o Compreensão e Expressão da Linguagem afetadas, fala preservada;
o Compreensão da Linguagem e Fala afetadas, Expressão da Linguagem
preservada;
o Compreensão da Linguagem afetada, Expressão da Linguagem e Fala
preservadas;
o Expressão da Linguagem e Fala afetadas, Compreensão da Linguagem
preservada;
o Expressão da Linguagem afetada, Compreensão da Linguagem e Fala
preservadas;
o Fala afetada, Compreensão e Expressão da Linguagem preservadas.
• Não tenha Terapia da Fala noutra Instituição.
• Na eventual alta de um aluno, poderá não ingressar uma criança da mesma
escola, mas sim aquela que tiver maior grau de gravidade, consoante os itens
supracitados.
10
IV - Identificação das Turmas e grupos com Currículo Adaptado e/ou
Unidades Especializadas de Currículo Adaptado.
A UNECA (Unidades Especializadas de Currículo Adaptado) surgiu para dar
uma resposta educativa mais ajustada às necessidades de grupos de alunos que não a
encontram, quando integrados em turmas do ensino regular.
O seu principal objetivo é a aplicação de metodologias e estratégias de
intervenção interdisciplinares ou multidisciplinares que se adequam às problemáticas
específicas de cada aluno.
Na Escola Básica Integrada de Capelas até 2012/2013 existiam três Programas:
o Programa – Despiste e Orientação Vocacional, que funcionou na escola EB 2, 3 de
Capelas; o Programa – UNECA Ocupacional, que funcionou na Escola EB1/JI João
Francisco Cabral, na Ajuda da Bretanha e o Programa – UNECA Sócio-Educativa, que
funcionou, também, na Escola EB1/JI João Francisco Cabral, na Ajuda da Bretanha.
Destes programas e para o próximo ano letivo de 2013/2014 irá funcionar a UNECA
Ocupacional, na Escola EB1/JI João Francisco Cabral, na Ajuda da Bretanha e uma
Turma com Projeto Curricular Adaptado, na Escola EB1/JI de Fenais da Luz.
Programa Cidadania: UNECA Ocupacional
Projeto de Constituição de uma turma, no âmbito do Programa de Integração escolar de
crianças e jovens com necessidades educativas especiais.
Identificação do estabelecimento de ensino
Entidade Promotora: Escola Básica Integrada de Capelas
Morada: Rua do Rosário
Localidade: Capelas Código Postal: 9545-142
Telefones: 296298642 – 296298450
Fax: 296298641
Estabelecimento de ensino responsável pela execução: Escola EB1/JI João
Francisco Cabral – Ajuda da Bretanha
11
Identificação da UNECA
UNECA: Ocupacional
Total de alunos: 6
Ano letivo: Início a 16 de setembro de 2013
Conclusão a 13 de junho de 2014
Identificação dos responsáveis:
Responsável pelo Programa:
Jorge Eduardo Narciso da Rosa Figueira Pinheiro
Coordenador da UNECA:
A designar pelo Conselho Executivo
Introdução
Só no século XX e fundamentalmente na segunda metade, se começou a falar de
uma forma sistemática dos direitos das pessoas com deficiência.
A UNESCO (1975) chama-lhe o “estádio dos direitos fundamentais”, o “estádio
do direito à igualdade de oportunidades” e o “estádio do direito a integração”.
A história demonstra que a lenta promoção social das pessoas com deficiência
está muito ligada e tem aspetos muito semelhantes às lutas sociais que levaram ao
reconhecimento dos direitos de outras minorias, sendo ainda hoje a defesa do direito à
educação e a uma vida plena e socialmente integrada um ato gerador de mudança social.
Por isso, e para que a nossa resposta educativa seja mais adequada às
necessidades de cada Núcleo Escolar, apresentamos uma proposta de implementação de
uma UNECA (unidade especializada de currículo adaptado), tendo como principal
objetivo aplicar metodologias e estratégias de intervenção interdisciplinares ou
multidisciplinares adequadas a problemáticas específicas de cada aluno.
12
Objetivos
Propiciar condições dignas de vida às crianças e jovens portadoras de
deficiência;
Promover o relacionamento sócio-afectivo da criança ou jovem com o meio
envolvente;
Promover o desenvolvimento global e a autonomia física, pessoal e social;
Estimular a autossuficiência e a autoconfiança;
Promover competências inerentes às atividades de vida diária;
Promover o desenvolvimento sensorial e cognitivo atendendo às
capacidades de cada criança;
Estimular a comunicação verbal, não verbal e linguagem;
Apoiar psicológica e tecnicamente a família da criança visando
proporcionar a esta condições adequadas de desenvolvimento e
reabilitação;
Conceber, promover e executar a aplicação de medidas de reabilitação
adequadas às situações detetadas;
Apoiar tecnicamente a aquisição de equipamentos específicos necessários
aos cuidados a prestar à criança ou jovem, em função da sua deficiência;
Quando a família não disponha de recursos financeiros, providenciar junto
do Instituto da Ação Social a inclusão da família em programa adequado à
sua situação.
(fundamentado no art.º 76 da Portaria nº 60/2012 de 29 de maio)
Estratégias a adotar
Uma pedagogia adequada apontará no sentido de uma boa organização do
trabalho, dentro e fora da sala de aula, de forma que os alunos entendam onde ficar, o
que fazer e como fazer, do modo mais independentemente possível, seguindo os
seguintes parâmetros:
Oferecer rotinas diárias consistentes para aumentar o poder de concentração;
Afastar o medo do desconhecido;
13
Explorar a área da cognição através do ensino individualizado atendendo às
capacidades de cada criança;
Ajudar a criança a aprender meios de comunicar e formas de estruturar o seu
meio, de modo a que este seja consistente e previsível;
Ter em linha de conta que o processo de aprendizagem destas crianças tem
uma base visual. Por tal facto, é essencial o recurso a material de apoio visual concreto e
tangível, tal como imagens, desenhos e tabelas;
Preparar, adequadamente, a sala de aula no que respeita aos espaços,
mobiliário e material de apoio;
Reunir com os pais a fim de tomar conhecimento de tudo aquilo que diga
respeito aos respetivos filhos;
Envolver os pais na elaboração, implementação e avaliação do Projeto
Educativo Individual e da sua reformulação quando necessário;
Manter organizados e atualizados os Processos Individuais de todos os
alunos;
Desenvolver uma prática pedagógica adequada às características dos alunos;
Proporcionar aos alunos todas as condições para o seu desenvolvimento e
aproveitamento das suas capacidades;
Desenvolver os meios necessários a uma boa integração dos alunos na
sociedade;
Garantir condições de aprendizagem através de estratégias diversificadas
dando resposta às suas necessidades, desenvolvendo ao máximo as suas potencialidades
e a sua inclusão;
Incentivar a utilização das novas tecnologias dentro da sala e no meio
familiar;
Valorizar a socialização entre todos os alunos e restante comunidade escolar,
proporcionando oportunidades de participação ativa e alargamento das relações afetivas.
14
Público-alvo
Alunos
Data de
Nascimento
Chasity Bettencourt
05/09/1996
Catarina da Conceição Rocha
Matos
Diogo Alexandre Medeiros
Botelho
Problemática
Mitocôndria- Complexo 1
25/02/1996
Síndrome de Down
06/01/1998
Paralisia Cerebral
Paralisia Cerebral
Romeu Costa Cabral
02/03/2005
Tatiana Reis Ponte
14/03/1999
Lesão Cerebral Grave
Rogério Soares Travassos
17/11/2004
Paralisia Cerebral com Tetraparésia
Espástica
Recursos
Humanos
-
1 Professora;
1 Psicóloga;
-
1 Professor de Educação Física;
-
1 Professor de Educação Visual e Tecnológica;
-
1 Professor de Educação Musical.
Docentes
Os docentes serão designados pela EBI de Capelas, no início do ano
letivo.
Materiais
A sala possui alguns equipamentos adaptados às necessidades específicas
dos alunos e outros materiais relacionados com as aulas de Educação Física,
Educação Musical e Informática1.
1
A sala encontra-se muito bem equipada ao nível dos materiais informáticos e audiovisuais.
15
Espaço Físico
Esta sala de apoio está implementada numa das salas da Escola EB1/JI João
Francisco Cabral.
Horário2
9.00
Segunda
Terça
Música
E.V.T
10.30
10.30
Quarta
Sala do
ocupacional
Quinta
E.V.T
Sexta
Sala do
ocupacional
Intervalo
11.00
11.00
Sala do
Sala do
Educação
Sala do
Sala do
12.00
Ocupacional
Ocupacional
Física
Ocupacional
Ocupacional
12.00
Almoço
13.00
13.00
Sala do
Sala do
Sala do
Sala do
Sala do
15.00
Ocupacional
Ocupacional
Ocupacional
Ocupacional
Ocupacional
2
Este horário é provisório e poderá sofrer alterações que estão dependentes da designação dos
professores.
16
Avaliação
A avaliação será feita em dois momentos, no final do primeiro e do terceiro
período.
Responsável pela Execução do Projeto
Responsável do Órgão de Gestão
Capelas, 24 de junho de 2013
17
Turma com Projeto Curricular Adaptado 2013/2014
1 - Introdução/Fundamentação
A problemática da diversidade social e cultural dos alunos nas sociedades actuais
constitui o eixo central da mudança que estamos a viver nas relações entre a instituição
escolar e a sociedade. Por isso, aprender não acontece espontaneamente nem
isoladamente, mas implica apropriar-se dos sentidos daquilo que se aprende e atribuir
um significado a cada nova aquisição, num processo interactivo que se constrói a partir
do quadro prévio em que o sujeito se situa.
É neste contexto que é premente gerar aprendizagens de níveis mais próximos entre
alunos, diferenciar actividades e estratégias e perceber o modo como lêem o mundo para
que possam ter acesso a novas leituras. Isto significa “procurar respostas mais
adequadas e mais bem sucedidas à finalidade e justificação essencial do currículo
escolar: a aprendizagem daquilo que se considera necessário que a escola proporcione a
todos”. (Roldão, 1999, p. 29)
Neste sentido, surgiu a Turma de Projeto Curricular Adaptado (PCA), ao
abrigo da Portaria 60/2012 de 29 de maio de 2012, artigo 40º, ponto 4 e 5, que irá
funcionar na Escola EB1/ JI de Fenais da Luz, da Escola Básica Integrada de
Capelas.
Entenda-se por PCA, no âmbito do Regime Educativo Especial, aquele que,
mediante o parecer do Conselho de Núcleo no 1º ciclo do Ensino Básico, ou conselho
de turma nos restantes ciclos do Ensino Básico, possibilite desenvolver competências e
aprendizagens destes ciclos de ensino conforme as características pessoais da criança ou
jovem o permita.
Esta turma permite corresponder às necessidades específicas dos alunos com
dificuldades, e não impede a transição para uma turma do Regime Educativo Comum,
no ano ou ciclo subsequentes.
Segundo o artigo 40º da portaria em apreço o Projeto Curricular da Turma
articula-se obrigatoriamente com o estabelecido no projecto curricular da escola.
Os alunos abrangidos pelo Projeto Curricular Adaptado, não estão sujeitos ao
regime de transição de ano escolar nem ao processo de avaliação característico do
regime educativo comum, ficando sujeitos aos critérios específicos de avaliação
definidos no respectivo Projectivo Educativo Individual.
18
Esta Turma tem como objetivos:
•
Assegurar a formação integral e o desenvolvimento individual dos alunos
enquanto pessoas;
•
Promover a consolidação de competências sociais e culturais para o exercício
da cidadania numa sociedade democrática;
•
Consolidar o relacionamento sócio-afetivo dos alunos, com os seus pares da
mesma faixa etária, e do meio envolvente;
•
Desenvolver competências do currículo do 1º ano de escolaridade.
Atendendo às características dos alunos, o Conselho de Turma planifica os
conteúdos e situações de aprendizagem de cada área disciplinar, tendo em conta as
especificidades individuais e colectivas, e articula-as através dos conteúdos comuns,
competências/ metas gerais, calendarização e formas de avaliação.
Para que haja maior sucesso no desenvolvimento do ensino-aprendizagem dos
alunos é necessária a colaboração dos encarregados de educação e comunidade escolar.
Assim sendo, este projeto curricular objetiva fazer uma ponte entre a realidade
da turma e do meio, considerando as competências/ metas que os alunos irão
desenvolver e as experiências de aprendizagem mais adequadas para que tal suceda com
sucesso.
2- Caraterização da Turma
A turma é constituída por onze alunos, sendo cinco do sexo feminino e seis do
sexo masculino. Destes alunos, a maioria apresenta o diagnóstico de Dificuldades de
Aprendizagem e Perturbação Emocional.
Os alunos que compõem a turma, no presente ano letivo são provenientes do
núcleo escolar da EB1/ JI de Fenais da Luz, que integra a EBI de Capelas.
De acordo com a avaliação do Serviço de Psicologia e Orientação (SPO), Núcleo
de Educação Especial (NEE), e em reunião formalizada com os professores titulares da
19
escola, coordenadora do núcleo e encarregada de estabelecimento, o nível de
competências destes alunos situa-se no 1º ano escolaridade do 1º ciclo.
As fichas e todo o material de apoio serão o mais significativo e diversificado
possível, havendo sempre articulação entre as diferentes disciplinas.
2.1- Horário da Turma
A definir no início do ano letivo.
2.2 - Relação de alunos
Nº
Nome do Aluno
Idade
1
Alexandre Miguel Lima Viveiros
8
Data de
Nascimento
09/01/2005
2
Daniel Filipe Sousa Pereira
8
20/06/2005
3
Gonçalo Filipe Medeiros Pascoal
7
31/08/2005
4
Gonçalo Miguel Sousa Paz
8
16/06/2005
5
José Marco Medeiros Pascoal
9
06/11/2003
6
Letícia Ferreira Pereira
7
12/11/2005
7
8
9
10
11
Liliana Ferreira Pereira
Mariana Medeiros Amorim
Ana Rita Câmara Travassos
Helena Jesus Ferreira Aguiar
Leandro Miguel Sousa Freitas
7
8
7
9
11
23/02/2006
28/04/2005
01/09/2005
20/11/2003
23/05/2002
2.3 – Caracterização dos alunos
Relacionado com as competências/ metas e dificuldades dos alunos, no quadro
acima referido, podemos consultar o Projeto Educativo Individual e o Relatório Técnico
Pedagógico, os quais constam em anexo.
20
3 – Identificação da Equipa Educativa
Convirá esclarecer que o currículo do ensino básico não se identifica com uma
adição de disciplinas mas, deve sublinhar-se que faz parte integrante do currículo a
“abordagem de temas transversais às diversas áreas disciplinares.” (Currículo Nacional do
Ensino Básico)
Como tal, a problemática da diversidade social e cultural dos alunos nas
sociedades atuais constitui o eixo central da mudança que estamos a viver nas relações
entre a escola e a sociedade.
Assim, a escola tenta incluir hoje, um leque diferente de conteúdos de
aprendizagem que compreendem:
“domínio de saberes de referência;
activação e consolidação de processos autónomos de construção de saber;
domínio de instrumentos de acesso ao conhecimento;
desenvolvimento de atitudes e competências sociais;
desenvolvimento de mecanismos de desenvolvimento individual e melhoria da
qualidade de vida.” (Roldão, 1999, p.34)
Por isso, repensar o currículo de forma diferenciado, para a turma com Projeto
Curricular Adaptado é levar os alunos que a vão frequentar, a assimilar os conteúdos
numa perspetiva de formação e inserção na vida social construída sob múltiplas
diversidades.
Neste sentido, propomos, também, que estes alunos possam beneficiar de
Expressão e Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica.
A Expressão e Educação Musical desenvolve a criatividade na criança/ jovem,
ao mesmo tempo que promove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e
estética. A música também desenvolve o raciocínio, a imaginação, a memória e é um
elemento importante de outros olhares e sentidos em relação ao saber.
A Educação Visual e Tecnológica influencia o modo como se aprende, como se
comunica e como se interpretam os significados do quotidiano. Desta forma, contribui
para o desenvolvimento de diferentes competências e reflecte-se no modo como se
pensa, no que se pensa e no que se produz com o pensamento. As artes permitem
participar em desafios coletivos e pessoais que contribuem para a construção da
identidade pessoal e social.
21
ÁREA CURRICULAR
DOCENTE
Português
Matemática
Carla Isabel Taveira Gomes Paiva
Estudo do Meio
Educação Física
A designar
Inglês
A designar
Educação Visual e Tecnológica
A designar
Expressão e Educação Musical
A designar
4- Definição de critérios comuns de atuação
Ficou decidido em Conselho de Turma que os critérios comuns de atuação seriam:
•
Respeitar os intervalos;
•
Não utilizar os telemóveis dentro da sala de aula;
•
Não mastigar pastilha elástica;
•
Deixar as salas/outras instalações limpas e arrumadas;
•
Não usar boné nas salas de aula;
•
Apresentar uma justificação sempre que o aluno entre atrasado e/ou falte;
•
Utilizar o reforço positivo;
•
Estabelecer regras para os comportamentos inadequados, as quais são definidas no
grupo-turma.
•
Não mastigar pastilha elástica;
•
Deixar as salas/outras instalações limpas e arrumadas;
•
Não usar boné nas salas de aula;
•
Apresentar uma justificação sempre que o aluno entre atrasado e/ou falte;
•
Utilizar o reforço positivo;
22
•
Estabelecer regras para os comportamentos inadequados, as quais são definidas no
grupo-turma.
A intervenção pedagógica deverá privilegiar:
•
Adaptação do aluno ao contexto escolar;
•
Inclusão, relacionamento e socialização com todos os agentes educativos;
•
Facilitar a autonomia;
•
Realizar visitas de estudo de carácter sócio-cultural que permitam o contacto com
outras realidades do meio envolvente;
•
Adequar actividades e definir estratégias que facilitem a aquisição das competências
delineadas no Projeto Curricular de Turma;
•
Identificar saberes de referência, quer disciplinares, quer integradores, que habilitem
os alunos com o enquadramento conceptual e a cultura básica nos diferentes
domínios do saber de modo a permitir-lhes mover-se a progressão e aplicação dos
conhecimentos ao longo das suas vidas pessoais e profissionais.
Atribuição de responsabilidades:
Promoção de:
A motivação
Organização pessoal
A importância do estudo
Transmissão de técnicas/ métodos de estudo
Incentivo à leitura
Promoção da escrita
Trabalhos de grupo
Promoção de estratégias cognitivas
Consulta de recursos
Quadro de tarefas
E outros a considerar.
5 – Definição das necessidades
Tendo em vista as dificuldades dos alunos a frequentar a turma, será necessária uma
intervenção diversificada, com vista a colmatar as dificuldades sentidas por cada um, na
sua diversidade e no que concerne ao sucesso do processo de ensino/aprendizagem.
23
Esta turma apresenta diversas dificuldades, não só a nível curricular, como a nível
da comunicação, cognitivo e de foro emocional, pelo que foi necessário agrupar as
necessidades pelos diferentes domínios.
Na página seguinte, apresenta-se um Quadro síntese das necessidades nos
diferentes domínios.
Síntese das necessidades nos diferentes domínios
Domínio das aprendizagens
Competências e ritmos de
aprendizagem
Comportamento / relação
inter-pessoal
-Compreensão de discursos orais:
- Dificuldades na interpretação e
descodificação de mensagens;
Diferentes
ritmos
trabalho/aprendizagem;
de
- Vocabulário desadequado à faixa
etária;
Pouca
autonomia
responsabilidade;
e
- Dificuldades na leitura (palavras e
frases, com incidência nos casos de
leitura);
- Organização do Tempo;
- Falta de hábitos e métodos de
trabalho;
- Expressão Escrita:
- Conflitos entre os colegas;
- Não cumprimento de regras
dentro e fora da sala de aula;
- Falta de atenção e concentração
nas actividades que realizam;
- Atitudes incorrectas;
- Falta de respeito com os colegas;
Dificuldades
Ortografia
/
vocabulário / morfologia e sintaxe;
- Pouco empenho na realização das
actividades propostas;
- Persistência;
- Compreensão/interpretação;
- Falta de interesse e empenho;
- Baixa auto-estima e baixo auto
conceito;
- Falta de expectativas.
- Assimilação
conhecimentos;
e
aplicação
de
- Desmotivação.
- Generalização e transferência de
conhecimentos.
24
6- Metodologia a utilizar
• Privilegiar as áreas que reúnem factores de êxito, de forma a colmatar, pelo
reforço positivo, as áreas deficitárias;
• Promover uma diversidade interactiva, pela edificação de um envolvimento
educacional estruturante do desenvolvimento;
• Promover atividades/estratégias diversificadas de forma a mobilizar a motivação
no tratamento dos conteúdos escolares;
• Utilizar o reforço positivo de forma a despoletar mecanismos de facilitação e
generalização a tarefas mais complexas;
• Facultar a inibição de comportamentos desajustados pela valorização e reforço
das condutas adequadas (auto-avaliação e hetero-avaliação);
• Articular atividades e estratégias com os professores intervenientes, para que se
potencie uma maior participação nas actividades escolares;
• Promover a participação de todos os intervenientes (professores e encarregados
de educação) no processo educativo dos alunos na avaliação e reformulação de
respostas educativas;
• Contratos por negociação.
7 – Metas de aprendizagem
- O aluno retém o essencial das narrativas e exposições que ouve e identifica o que
aprendeu;
- O aluno contribui na discussão a pares ou em pequeno grupo para consecução de um
objetivo comum (e.g.: planeamento de tarefas; distribuição de papéis);
- O aluno formula pedidos, dá ordens e informações, tendo em conta a situação e o
interlocutor;
- O aluno usa formas de tratamento adequadas ao contexto escolar;
- O aluno interage verbalmente de uma forma confiante e participa na discussão a pares
ou em pequeno grupo;
- O aluno narra com pormenores descritivos situações vividas e imaginadas;
- O aluno descreve cenas (e.g.: paisagens, imagens) e objetos observados;
- O aluno toma a palavra com confiança para narrar e descrever;
- O aluno reconstrói palavras pró combinação de sons da fala (fonemas);
- O aluno segmenta foneticamente qualquer palavra;
- O aluno conta os sons (fonemas) de cada sílaba das palavras;
25
- O aluno identifica mudanças nas sílabas ou nas palavras por substituição, supressão ou
adição de um som da fala (fonema);
- O aluno identifica e escreve todas as letras maiúsculas e minúsculas do alfabeto;
- O aluno faz a correspondência som/ grafema para todas as letras do alfabeto e todos os
dígrafos;
- O aluno soletra (as letras de) palavras dissilábicas;
- O aluno reconhece globalmente palavras frequentes;
- O aluno reconhece os grupos consonânticos mais frequentes do português;
- O aluno usa a correspondência letra/ som para ler palavras desconhecidas;
- O aluno usa o conhecimento das sílabas para decifrar palavras desconhecidas;
- O aluno escreve palavras e frases;
- O aluno produz uma caligrafia legível com diferentes instrumentos de escrita (e.g.
lápis, caneta);
- O aluno copia palavras e frases em letra manuscrita;
- O aluno transcreve de letra impressa para letra manuscrita;
- O aluno escreve corretamente palavras frequentes;
- O aluno escreve espontaneamente palavras polissilábicas;
- O aluno distingue palavras com grafia próxima, através da identificação dos sons das
respetivas letras (e.g.: sal/ mal; gola/cola);
- O aluno lê em voz alta frases e pequenos textos e localiza neles informação específica;
- O aluno informação gráfica (e.g.: mapas, fotografias) como auxiliar da compreensão
do texto;
- O aluno prediz o conteúdo do texto através da leitura do título ou das imagens;
- O aluno compara versões da mesma história (e.g.: caracterização das personagens;
desenvolvimento da ação);
- O aluno lê autonomamente frases e pequenos textos.
7.1 - Competências transversais a todas as disciplinas
Competências
Transversais
Situações de
aprendizagem
Participar em atividades e aprendizagens
individuais e coletivas, de acordo com
regras estabelecidas.
26
Identificar, selecionar e aplicar e métodos
de trabalho e de estudo.
Métodos de Trabalho
e de Estudo
Tratamento de
informação
Comunicação
Estratégias cognitivas
Exprimir dúvidas ou dificuldades.
Analisar a adequação dos métodos de
trabalho e de estudo formulando opiniões,
sugestões e propondo alterações.
Pesquisar, organizar, tratar e produzir
informação em função das necessidades,
problemas a resolver e dos contextos e
situações.
Utilizar diferentes formas de comunicação
verbal, adequando a utilização do código
linguístico aos contextos e às
necessidades.
Resolver dificuldades ou enriquecer a
comunicação através da comunicação não
verbal com aplicação das técnicas e dos
códigos apropriados.
Identificar elementos constitutivos das
situações problemáticas
Escolher e aplicar estratégias de
resolução.
Explicitar, debater e relacionar a
pertinência das soluções encontradas em
relação aos problemas e às estratégias
adotadas.
Relacionamento
Interpessoal e de
Grupo
Conhecer e actuar de acordo com as
normas, regras e critérios de atuação
pertinente, de convivência, trabalho, de
responsabilização e sentido ético das
ações definidas pela comunidade escolar
nos seus vários, contextos, e começar pela
sala de aula.
A leitura
Ordenamento de frases principais,
apresentadas em desordem; palavras
cruzadas sobre elementos essenciais do
texto; frases para assinalar: Verdadeiro ou
Falso; frases de escolha múltipla.
Inventar frases/ pequenos textos;
Proceder à organização lógica, dado um
conjunto de imagens, organizando-as
27
A escrita
sequencialmente;
Elaborar textos com a máxima correcção
ortográfica e morfo-sintática;
Preencher correctamente documentos
diversos;
Aperfeiçoar a ortografia e caligrafia.
Procedimentos a adoptar durante o
trabalho de grupo;
As etapas do trabalho de grupo:
Constituição do grupo;
Distribuição de tarefas;
Apresentação do trabalho;
Avaliação do trabalho;
Enviar correspondência electrónica (para
alguns alunos);
Trabalhos de pesquisa, incluindo a
Internet.
7.2 -Planificação das competências e articulação dos
conteúdos das áreas Curriculares
Para a concretização da transversalidade das áreas disciplinares e respectivos
conteúdos, serão privilegiados centros de interesse a partir dos quais serão
desenvolvidas as competências/ metas específicas.
As actividades/estratégias a serem desenvolvidas ao longo do ano letivo serão
planificadas recorrendo a: estratégias de relacionamento inter-pessoal, prémios de
incentivo, entre outros.
7.3- Avaliação
De cada atividade desenvolvida ocorrerá uma avaliação que terá um caráter
descritivo e qualitativo, sendo esta contínua e formativa.
Os alunos abrangidos pelo Projeto Curricular Adaptado, não estão sujeitos ao
regime de transição de ano escolar nem ao processo de avaliação característico do
regime educativo comum. Os critérios específicos de avaliação encontram-se definidos
no respetivo Projeto Educativo Individual de cada aluno, mantendo-se os três momentos
de avaliação.
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7.3.1- Instrumentos de Avaliação
• Grelhas de hetero-avaliação;
• Observação direta das actividades desenvolvidas;
• Utilização de grelhas de frequência dos trabalhos escolares;
• Realização de trabalhos de pares, de grupo e individuais;
• Portfólio.
Capelas, 11 de julho de 2013
O Coordenador do Núcleo de Educação Especial
António José de Mesquita Paiva
29
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Programa Educação Especial 2013-2016