Relatório da oficina sobre o melhoramento das avaliações de stocks
Lisboa, a 10 de Julho de 2012 no IPIMAR.
O Presidente do CCR Sul, Victor Badiola, inicia esta jornada de trabalho, realçando a importância em trabalhar sobre este tópico, de modo a melhor conhecer o estado dos recursos que exploramos e evitar a aplicação de um princípio de precaução demasiado rígido relativamente a stocks dos quais os pescadores têm uma boa percepção. Insiste na função pedagógica da jornada, que deverá resultar numa melhor compreensão dos membros no respeitante aos métodos científicos utilizados para realizar uma avaliação de stock.
Apresentação dos métodos de avaliação dos stocks de peixes e melhoramentos metodológicos Poul Degnbol (ICES) apresenta o método clássico de avaliação de um stock de peixe e os dados necessários para essa avaliação. Inicia a apresentação, explicando a necessidade de possuir avaliações do tamanho dos stocks: não reduzir o capital do mesmo e permitir a sua reprodução. Explica que, para avaliar a produção de um stock, é preciso avaliar o recrutamento, o crescimento biológico, a mortalidade natural e a mortalidade por pesca. Para avaliar o estado de um stock, é preciso avaliar o tamanho do mesmo, utilizando as relações de Stock-­‐recrutamento (daí a necessidade de stocks cuja biomassa de reprodutores seja superior à Bpa). Apresenta, em seguida, as estimativas da pressão de pesca em relação ao stock, de modo a determinar se esta permite manter a produtividade do stock de modo sustentável e se está a um nível de maximização da produtividade.
Explica em seguida como são avaliados os quatro parâmetros que presidem o estado do stock. O recrutamento a partir das campanhas científicas e das capturas de peixes jovens pelos pescadores (número de peixes pequenos/hora de pesca de arrasto). O crescimento biológico é directamente medido através de amostras de peixes (idade ou comprimento e peso). O tamanho do stock é muitas vezes avaliado a partir de índices (capturas, campanhas científicas). A mortalidade é avaliada através do número de peixes por grupo etário. Torna-­‐se, por conseguinte, difícil separar as causas de mortalidade natural de mortalidade por pesca. No que respeita à mortalidade natural, é avaliada através do estudo dos regimes dos predadores e a estimativa do seu número (mas o desenvolvimento desses conhecimentos é muito dispendioso). No que respeita à mortalidade por pesca, é avaliada através das capturas realizadas por classe etária (ou de comprimento). Deste modo, com um modelo, reconstitui-­‐se a população global para cada faixa etária (ou de comprimento). Por conseguinte, para realizar uma avaliação quantitativa exaustiva, são precisos dados sobre:
 As capturas (rejeições+desembarques em peso, comprimento, idade)
 O tamanho do stock (índice de abundância ou tamanho absoluto através das campanhas científicas ou das frotas de referência de profissionais)
 A biologia da espécie (tamanho ou idade de maturidade sexual, peso/idade)
O CIEM, com base na sua avaliação do tamanho do stock e da pressão de pesca, emite então um parecer para manter ou contemplar uma taxa de exploração correspondente ao Rendimento Máximo Sustentável (RMD ou MSY). Com base na avaliação, o CIEM pode fazer projecções sobre o estado do stock em função das capturas para os anos seguintes.
Luc Corbisier nota que dispor de dados sobre as rejeições é muito importante para as avaliações de stocks serem precisas, apesar de isso não ser requerido anteriormente. Pergunta-­‐se se, em caso de indisponibilidade de dados, o CIEM não poderia utilizar os dados comerciais de venda (explica que, no caso do linguado, a sua base de dados inclui os tamanhos de cada peixe vendido). P. Degnbol confirma a importância de possuir dados precisos sobre as quantidades rejeitadas (ainda mais se uma parte significativa for rejeitada). Existe, aliás, um risco de a interdição de rejeitar levar à ausência de informações sobre o assunto, o que seria extremamente prejudicial para levar a cabo uma avaliação fiável do estado do stock.
Liberato Fernandez coloca a questão da fiabilidade da avaliação da mortalidade natural, estudando os regimes alimentares dos predadores e a população respectiva. Também se pergunta se os efeitos da poluição sobre os stocks são tomados em consideração. P. Degnbol responde que a mortalidade natural é um parâmetro difícil de avaliar e que deve ser reavaliada regularmente em função das alterações nas populações de predadores (exemplo do arenque do mar do Norte onde houve um aumento da população de focas). No que respeita à poluição, Benoît Guerin pergunta se não existem espécies cuja dependência a determinados habitats ou factores ambientais se conhece um pouco melhor. P. Degnbol explica que existem, de facto, projectos destinados a avaliar os impactos do ambiente sobre as populações haliêuticas à escala das regiões marítimas mas ainda não ao nível de stocks inteiros (exemplo da enguia).
L. Corbisier lamenta o tempo necessário à integração de uma série de dados (é muitas vezes preciso um período superior a 5 anos para a recolha de dados que possam ser integrados ao modelo de avaliação). Pergunta se não é possível uma avaliação para stocks para os quais todos os dados não estejam disponíveis em qualidade suficiente. P. Degnbol explica que é precisamente para este tipo de casos que o CIEM desenvolveu abordagens diferentes este ano, levando em consideração os diferentes dados disponíveis para cada stock.
António Cabral interroga-­‐se relativamente ao impacto da crise nas avaliações de stock: o CIEM baseia-­‐se nos institutos científicos dos estados membros para proceder às avaliações e recolher as informações necessárias. Pergunta-­‐se porque é que os orçamentos da CE de tipo FP7 não poderiam ser atribuídos a institutos nacionais. P. Degnbol responde que isso já está a acontecer, pois são os institutos nacionais os parceiros dos projectos financiados por este programa. No CIEM, já vêem as consequências da crise nos trabalhos que efectuam, não podendo, infelizmente fazer outra coisa senão explorar da melhor forma os dados disponíveis.
B. Guerin pergunta se o CIEM não pode, ainda assim, orientar os financiamentos, dando prioridade a tal ou tal fonte de dados. P. Degnbol considera que haveria, de facto, prioridades a instaurar relativamente às campanhas científicas, mas que esta questão não é da sua competência.
Carlos Macedo aborda novamente a questão das rejeições, considerando que existe um consenso geral quanto à redução das rejeições, mas um TAC 0 não permite limitá-­‐las. Qual é o impacto das zero rejeições sobre as avaliações? L. Corbisier pergunta se o CIEM utiliza os dados recolhidos através dos logbook electrónicos e se não poderiam utilizar esses dados para refinar os cálculos de CPUE por exemplo. L. Fernandez coloca a questão da tomada em consideração das capturas realizadas pela pesca recreativa. P. Degnbol responde sobre a utilização dos dados de logbook: todos concordam em afirmar que esses dados deveriam ser colocados ao dispor dos cientistas mas há lobbies que o impossibilitam. No que respeita à pesca recreativa, existe, efectivamente, uma verdadeira necessidade de dados mas convém dar prioridade à recolha de dados DCF relativamente às pescas recreativas.
P. Degnbol apresenta então os melhoramentos metodológicos proporcionados na sequência dos trabalhos empreendidos este ano nos grupos WKFRAME e WKLIFE. Explica que, dos 200 stocks acompanhados pelo CIEM, 120 não são avaliados de modo quantitativo exaustivo. No entanto, não existe qualquer dado disponível sobre esses stocks. Existe uma grande variedade de situações. Os stocks foram, deste modo, distribuídos em 6 categorias, recorrendo a três princípios:
 É preciso utilizar qualquer dado disponível,
 É preciso uma abordagem idêntica em termos de objectivo de gestão  Quanto menos informação possuímos, mais precisamos de um princípio de precaução de aplicação ampla.
O parecer para os stocks sem avaliação quantitativa exaustiva é realizado com base na média dos desembarques dos três últimos anos, alterado da seguinte forma:  Se existir um índice de abundância do stock, a alteração é efectuada em função da evolução dos últimos anos.
 Se for conhecido o nível de mortalidade por pesca (F) actual relativamente a um Fmsy proxy, são então aplicadas as alterações requeridas para que o F alcance esse nível.
 Se apenas estiverem disponíveis dados de desembarque, não são aplicadas alterações. A essas regras, acresce-­‐se uma limitação das variações dos desembarques de 20% e uma margem de precaução: aplica-­‐se uma redução de 20% em caso de valor superior ao do Fmsy proxy ou se o F não tiver sido avaliado. O parecer quantitativo emitido será o mesmo para os dois anos seguintes.
L. Corbisier agradece o desenvolvimento desta nova abordagem e pergunta-­‐se se a CE seguirá estes novos pareceres quantitativos. Jean Marie Robert agradece também e pergunta se esta é, de facto, a função do CIEM: decidir o aspecto quantitativo da margem de 20% relacionada com o princípio de precaução. P. Degnbol explica que é necessário aplicar um princípio de precaução em caso de incerteza. Concorda com o facto de que não compete aos cientistas estabelecer a margem de precaução mas que, na ausência de guia metodológico político nessa fase, tiveram de fazer uma escolha. Monica Verbeek pergunta se esta metodologia foi desenvolvida paralelamente a iniciativas do mesmo tipo na Austrália, Nova Zelândia, USA e se existem semelhanças entre este sistema e os outros? P. Degnbol explica que existe uma semelhança no que respeita ao aumento das margens de precaução quando a incerteza aumenta mas recorda que nos outros países referidos, existe um guia metodológico político no qual os cientistas se podem basear. V. Badiola coloca a questão da posição da Comissão Europeia (CE) relativamente a essa metodologia de realização de parecer. Rodrigo Ataide explica que a CE começou a preparar a sua proposta de regulamento sobre as possibilidades de pesca, seguindo os pareceres (e, logo, a nova metodologia) do CIEM. Lembra que este ano existe um problema com os dados espanhóis transmitidos e explica que para um número significativo de stocks tiveram de utilizar a avaliação do ano passado. A redacção nos serviços segue, por conseguinte esses novos pareceres quantitativos desenvolvidos pelo CIEM mas isto não prognostica a influência da Comissária, que pode pedir a alteração de determinadas propostas.
P. Degnbol explica porque é que se precisa actualmente de especificações acerca do nível de exploração correspondente ao RMD. Quando o compromisso político foi assumido em 2006, não era necessário conhecer precisamente o nível do objectivo, pois sabia-­‐se que era preciso reduzir em dois ou três a pressão de pesca. Tendo esses esforços sido concretizados, torna-­‐se importante conhecer precisamente o alvo. Realça o problema das pescarias mistas em que é preciso alargar a visão e recalcular as mortalidades naturais. Será também necessário um debate com a indústria para definir níveis de exploração coerentes entre as diferentes espécies alvo das diferentes frotas explorando um mesmo ecossistema. Mário Rui Pinho realça o problema dos dados oficiais de Espanha, que não correspondem às capturas reais e os problemas relacionados com a crise: os dados não serão mais recolhidos nem analisados. P. Degnbol considera que os institutos científicos devem continuar a evidenciar as capturas reais. R. Ataide recorda que as possibilidades de pesca decididas em conselho dos ministros são muitas vezes bem diferentes das recomendações emitidas, com variações superiores em 40% para levar em consideração os impactos socioeconómicos.
Cristina Morgado apresenta em seguida os dados em falta para os stocks significativos seleccionados pelo CCR Sul.
Salmonete vermelho
Zonas VI, VII, VIII & Ixa. Stock da categoria 5 do CIEM. Série histórica dos dados disponíveis demasiada curta para ser realizada uma avaliação, campanhas científicas que não cobrem a totalidade da zona de distribuição. Parecer em Setembro.
Robalo
Mesmo stock para toda a zona CIEM. Benchmark previsto em Outubro de 2012. Necessidade de dados sobre a pesca recreativa. Stock da categoria 5 do CIEM. Dados de desembarque conhecidos (mas lacunas significativas para Espanha e Portugal e sobre as rejeições). Problema de disposição espacial deste stock. Todos os dados disponíveis serão considerados aquando do Benchmark. Necessidade de criar CPUEs neste stock.
Juliana e Pescada Zonas VIII & Ixa. Problemas de identificação nos desembarques (diferenciação pescada/juliana). Ausência de índice de abundância disponível, necessidade de avaliar as capturas realizadas pela pesca recreativa. Stocks da categoria 5 do CIEM (+20% nos desembarques observados e, em seguida, -­‐20% para o princípio de precaução). Necessidade de dados independentes à pescaria sobre o stock.
Linguado VIIIc & Ixa
Problema relacionado com a diferenciação entre as diferentes espécies nos desembarques. Stock da categoria 5 do CIEM. Necessidade de dados independentes à pescaria sobre o stock. Ausência de índice de abundância disponível.
Anchova IXa
Possuímos actualmente dados de desembarque por idade, 3 campanhas científicas acústicas. Existem dinâmicas diferentes entre as populações do Norte e do Sul da zona Ixa que convém examinar. Necessidade de campanhas científicas para avaliar o recrutamento (maior parte das capturas realizadas sobre idades 1). Ausência de parecer sobre este stock devido à ausência de campanha acústica este ano.
Sardinha VIIIc&IXa
Stock considerado como avaliado de modo quantitativo exaustivo (com pontos de referência biológicos, etc.). B bastante baixo (próximo de Blim) devido a baixos recrutamentos mas F<Fmsy.
Peixe-­‐espada Preto VIII&IX
Stock da categoria 3 do CIEM (índices de abundância utilizados: CPUE de palangreiros portugueses). CPUEs mostram um aumento de 5% nos três últimos anos, estando-­‐se acima dos pontos de referência biológicos. Por conseguinte, proposta de TAC de 3700t para este stock. O CIEM considera um único stock para a totalidade do Atlântico Nordeste apesar de existirem 3 zonas diferentes para o estabelecimento das possibilidades de pesca.
Areeiro VII &VIII
Para este stock, faltam dados sobre as rejeições (que representam 25% das capturas). É preciso refinar os dados das frotas de tunning e rever os parâmetros biológicos. Stock da categoria 3 do CIEM. Parecer baseado na evolução da biomassa (+25% nestes últimos anos limitada a 20%) e, em seguida, -­‐20% por abordagem de precaução, o que resulta em 12.000t para as possibilidades de pesca de 2013 e 2014.
Tamboris VII e VIII
Existem problemas de diferenciação destas duas espécies nos desembarques, os parâmetros biológicos de maturidade e crescimento devem ser revistos bem como o diagrama de capturas, integrando as rejeições progressivas das lotas com menos de 500gr. Stock da categoria 3 do CIEM. Parecer baseado na evolução do índice de abundância da campanha EVHOE (-­‐14% e -­‐20% segundo a espécie). Ausência de aplicação do princípio de precaução (-­‐20% adicionais) devido a uma redução estável do esforço de pesca sobre estes stocks nos últimos anos.
Resultados das discussões dos Grupos de Trabalho Grupo 1 (Areeiro e Tamboris VIIb-­‐k& VIIIab)
1. Relativamente à falta de dados de rejeições, os dados são recolhidos e existem, pelo que é preciso colocá-­‐los ao dispor dos cientistas (falta de pessoal para os formatar e confrontar com a realidade das práticas). É preciso facilitar a amostragem a bordo, facilitando os embarques.
2. No que respeita às frotas de tunning, é preciso construir uma frota de tunning francesa e refinar os dados das frotas de tunning já existentes através de trocas cientistas/indústria. 3. No que respeita aos dados biológicos de maturidade, seria interessante os pescadores poderem, com uma ficha simplificada, recolher as informações. Em caso de evisceração, poder guardar amostras (Tamboris).
De modo mais geral, seria interessante os institutos científicos terem um acesso directo aos dados dos logbooks electrónicos e VMS que as administrações não partilham de modo sistemático.
Este ano, existe um problema com os dados oficiais espanhóis, que não correspondem às observações efectuadas pelo IEO. Grupo 2: Espécies do WGNEW (Salmonete vermelho, Robalo, Juliana, Pescada, Linguado VIIIc IXa) Stocks numerosos mas que têm problemas em comum:
1. Problemas relacionados com a dimensão espacial da distribuição dos stocks, existe uma falta de certezas relativamente às unidades de gestão para os referidos stocks. 2. Todos os dados recolhidos devem ser transmitidos aos cientistas responsáveis pela avaliação dos stocks (nomeadamente respeitantes ao esforço de pesca fornecido e às capturas realizadas: rejeições eventuais e desembarques) 3. É preciso sensibilizar os pescadores à declaração dos desembarques que efectuam/diferenciação das espécies (baseando-­‐se na necessidade de, em seguida, fazer valer os seus direitos).
4. São necessárias trocas entre pescadores (profissionais e pescadores de recreio dado o caso) e cientistas a nível regional e a transmissão das informações ao nível nacional e à escala do stock (e, logo, ao nível do CCR).
5. É preciso diversificar as fontes de dados sobre os stocks (e, nomeadamente, ter dados independentes da pescaria).
Grupo 3: Sardinha e Anchova ibéricos 1. É necessário assegurar o financiamento de campanhas científicas não financiadas pela DCF
2. É necessário implementar uma campanha (científica ou profissional) de avaliação do recrutamento (em Outubro) pois maior parte das capturas são indivíduos com idade 1.
3. Apresentar as capturas realizadas no primeiro semestre no ano da avaliação.
4. Devem ser fornecidos dados sobre as práticas de slipping/rejeições através de mais observações a bordo e trocas pescadores/cientistas.
5. Deve ser empreendido um trabalho de reflexão, de modo a avaliar o esforço de pesca das frotas de cercadores (diferenciar o tempo de busca, do tempo de pesca), disponibilização dos dados VMS e Logbook junto dos cientistas? Isto permitiria construir CPUEs e melhorar os conhecimentos relativos à distribuição espacial dos stocks.
No caso da anchova IXa maioritariamente capturada no Golfo de Cadiz, o CCR Sul não conta com membros nessa zona, o que limita consideravelmente as acções que se poderiam implementar.
Grupo 4: Peixe-­‐espada preto VIII &IX
1. É necessário diferenciar as duas espécies Apanhopus carbo e Aphanopus intermedius. Possibilidade de o realizar, facilitando o acesso a bordo e a recolha de amostras com locais e datas de pesca.
2. É necessário compilar os dados existentes não transmitidos ao WGDEEP (trabalhos de projectos como SeaExpert e dados da zona CECAF) e financiar a participação de um cientista da DSIP no WGDEEP.
3. É necessária uma maior precisão, padronização e acesso (transmissão antes de os grupos de avaliação) das informações dos logbooks, de modo a construir CPUEs fiáveis:
 Palangreiros: localização geográfica, capturas por espécies, tempo de imersão e número de anzóis da arte;  Arrastões: localização geográfica, peso por espécie capturada, tempo de arrasto, malhagem utilizada por lanço de arrasto) 4. No que respeita aos dados biológicos da espécie, é necessária uma maior observação a bordo ou, na falta disso, mais recolhas de amostras (otólitos e gónadas) por parte dos pescadores para transmitir aos institutos científicos.
5. Seria preciso aumentar o número de estudos sobre a idade e a maturidade sexual nas diferentes regiões do Stock.
Conclusões As conclusões das acções (tabela em Anexo) a empreender para cada stock serão transmitidas ao CIEM e aos cientistas responsáveis pela avaliação dos stocks com vista à sua validação.
Em cada grupo, os mesmos intervenientes organizar-­‐se-­‐ão, de modo a levar a cabo essas acções. A composição dos grupos permanece aberta aos membros interessados. Um cientista e um membro referente por espécie são designados para levarem a cabo as acções.
Anexo I: Lista das acções a implementar Stock
O quê
Quem
Quando
Areeiro VII &VIII
1. Transmissão dos dados de Os institutos científicos e o Novembro de rejeições (necessidade de CCR Sul mandam uma carta 2012
Cientista recurso humano)
co-­‐assinada às administrações referente: nacionais para requerer o Marina Santurtun financiamento do trabalho.
(AZTI)
2. Construção de uma frota de O CCR põe em contacto os Novembro de referência francesa (revisão da Membro respectivos membros 2012
referente: Jean frota FU 04), integração dos interessados e o cientista Marie Robert dados de esforço desde 2008
francês responsável (Jean (CNPMEM)
Claude Mahé)
3. Refinamento dos dados das outras frotas de referência (ES e Diálogos profissionais-­‐
IRL)
cientistas trocados em cada um dos países respectivamente, organização através do CCR?
Tamboris VII&VIII
1. Transmissão dos dados de Os institutos científicos e o Novembro de rejeições (necessidade de CCR Sul mandam uma carta 2012
Cientistas recurso humano) e refinamento co-­‐assinada às administrações histórico das práticas. referentes: nacionais para requerer o financiamento do trabalho. Marina Santurtun (AZTI)/Iñaki Um grupo de trabalho Quinçoes
cientistas-­‐profissionais pode Membro reunir-­‐se para trocarem referente: Julien informações sobre a evolução Lamothe das práticas de rejeições a (Pêcheur de 2. Construção de uma frota de bordo.
Bretagne)
referência francesa (revisão da O CCR põe em contacto os frota FU 04), integração dos respectivos membros dados de esforço desde 2008
interessados e o cientista francês responsável (Jean Claude Mahé)
3. Refinamento dos dados das outras frotas de referência (ES e IRL)
Diálogos profissionais-­‐
cientistas trocados em cada um dos países 4. Melhoramento dos dados respectivamente, organização biológicos: diferenciação das através do CCR?
espécies antes do desembarque, dados de crescimento e reprodução Um grupo de trabalho de (recolha de gónadas). cientistas e representantes Realização de fichas sintéticas profissionais redige a ficha destinadas aos marinheiros para com vista à sua transmissão a execução das acções aos marinheiros Robalo
As acções a implementar são as mesmas para todas as espécies:
Cientista 1. Distribuição espacial dos referente: Mike stocks: dinâmicas espaciais pouco conhecidas para criar Armstrong O CCR lançará um apelo a favor da recolha de dados junto dos membros com vista à transmissão dos mesmos aos A implementar a partir do Outono de 2012
Novembro de 2012
cientistas referentes.
(CEFAS), Mickaël unidades de gestão 2. Necessidade de transmissão Drogou aos cientistas das informações (IFREMER)
disponíveis (esforço, distribuição espacial das capturas, rejeições) 3. Necessidade de sensibilizar os Membro referente: Jean pescadores à declaração dos desembarques que Marie Robert efectuam/diferenciação das (CNPMEM)
espécies (baseando-­‐se, em seguida, na necessidade de fazer valer os seus direitos).
Salmonete 4. Necessidade de criar fóruns vermelho
de trocas entre pescadores (profissionais e pescadores de Juliana recreio dado o caso) e cientistas a nível regional e de transmitir Pescada
em seguida as informações ao nível nacional e à escala do Linguado stock (e, logo, ao nível do CCR).
VIIIc&Ixa
5. Necessidade de diversificar as fontes de dados sobre os stocks (e, nomeadamente, ter dados independentes da pescaria).
Anchova Ixa
1. Assegurar o financiamento de Os institutos científicos e o Nov. de 2012
campanhas científicas não CCR Sul mandam uma carta Cientista financiadas pela DCF
co-­‐assinada às administrações referente: nacionais para requerer o Fernando Ramos financiamento do trabalho.
(IEO)
Nov. de 2012
2. Lançamento de uma O IEO e o CCR redigem uma campanha de avaliação do carta co-­‐assinada, requerendo recrutamento
o financiamento de uma Membro campanha desse tipo junto da referente: CE e das administrações regionais e nacionais.
O CCR e o IEO redigem uma Nov. de 2012
3. Aprofundar o conhecimento carta de pedido co-­‐assinada da dinâmica espacial do stock para as administrações ES e PT
(transmissão dos dados logbook e vms ao IEO)
4. Construçao de CPUEs comerciais: Necessidade de estimativa do esforço Sardinha VIIIc&Ixa
Cientista referente: Alexandra (IPIMAR)
Organização de uma oficina de Benchmark de trabalho sobre a avaliação do Fevereiro de esforço para os cercadores 2013?
1. Assegurar o financiamento de Os institutos científicos e o Nov. de 2012
campanhas científicas – CCR Sul mandam uma carta ausência de campanha este ano co-­‐assinada às administrações nacionais e à CE para requerer a manutenção do Silva financiamento.
Membro referente: Humberto Jorge (Anopcerco)
Peixe-­‐espada Preto VIII&IX
2. Lançamento de uma campanha de avaliação do recrutamento
O IEO e o IPIMAR, juntamente Outono-­‐
de com Humberto Jorge avaliam Inverno 2012-­‐2013
o custo da campanha, efectuada pelos profissionais.
3. Aprofundar o conhecimento da dinâmica espacial do stock (transmissão dos dados logbook e vms ao IEO)
O CCR, o IPIMAR e o IEO Nov. de 2012
redigem uma carta de pedido co-­‐assinada para as administrações ES e PT com vista à transmissão dos dados.
4. Construção de CPUEs comerciais: necessidade de estimativa do esforço
Benchmark de Organização de uma oficina de Fevereiro de trabalho sobre a avaliação do 2013?
esforço para os cercadores 1. Diferenciação das duas espécies nos desembarques: sensibilizar os patrões pescadores.
As organizações profissionais Inverno de transmitem aos respectivos 2012-­‐2013
patrões uma ficha de Cientista identificação das duas referente: Ivone espécies de modo a Figuereido diferenciá-­‐las nos dados de (IPIMAR)
Nov. de 2012
2. Participação dos cientistas capturas.
das zonas CECAF no WGDEEP O CCR e o responsável pela Peixe-­‐espada Preto VIII&IX
1. Diferenciação das duas espécies nos desembarques: sensibilizar os patrões pescadores.
As organizações profissionais Inverno de transmitem aos respectivos 2012-­‐2013
patrões uma ficha de Cientista identificação das duas referente: Ivone espécies de modo a Figuereido diferenciá-­‐las nos dados de (IPIMAR)
Nov. de 2012
2. Participação dos cientistas capturas.
das zonas CECAF no WGDEEP O CCR e o responsável pela com vista à respectiva inclusão avaliação do stock (Ivone Membro dos dados correspondentes. Figuereido) redigem uma carta referente: Carlos Pedido de financiamento das à CE para requerer o Macedo deslocações por parte da DCF.
financiamento.
(Artesanal Pesca)
Outono de 3. Padronização e transmissão 2012
As organizações profissionais dos dados dos logbooks aos recordam aos patrões a lista cientistas antes da avaliação: das informações a fornecer e sensibilização dos patrões aos transmitem-­‐nas aos cientistas dados a constar do logbook, com antecedência suficiente.
transmissão segundo uma agenda estabelecida por um cientista Os cientistas responsáveis Nov. de 2012
4. Colocação ao dispor do grupo pela avaliação estabelecem WGDEEP dos resultados de uma lista dos projectos em diferentes projectos e dados questão e o CCR transmite o disponíveis pedido aos líderes de projecto e/ou proprietários dos dados
5. Melhorar os dados biológicos de crescimento e maturidade sexual, facilitando o acesso de observadores a bordo e a recolha de amostras de otólitos ou gónadas por parte dos pescadores
Totalidade stocks
Os cientistas responsáveis Outono pela avaliação deste stock 2012
redigem uma ficha explicativa destinada às organizações profissionais, de modo a examinar a exequibilidade da amostragem de dos 1. Necessidade de favorecer o O CCR Sul redige uma nota de Novembro de embarque de observadores a vulgarização destinada aos 2012
bordo e sensibilizar membros para respectiva Anexo II: Listas dos participantes de cada grupo de trabalho.
relativamente à necessidade de difusão junto dos pescadores.
dados dos cientistas junto dos pescadores Grupo
Pessoas presentes EDUARDO MIGUEZ (Puerto de Celeiro)
VICTOR BADIOLA (OPPAO) Grupo 1: Areeiro e Tamboris VII b-­‐k& VIIIab
MARINA SANTURTUN (AZTI) OLIVIER LENEZET (CRPMEM Bretagne) SYLVIE ROUX (ETF) JEAN-­‐JACQUES TANGUY (CDPMEM 29) ELISE PETRE (WWF)
LUC CORBISIER (SDVO) MARIA JOSE RICO (FECOPA) YANNICK MOREANDEAU (ADRHMF) Grupo 2: Espécies NEW (Salmonete vermelho, Robalo, Juliana, Pescada e Linguado VIIIc&Ixa)
JOHN CRUDDEN (EAA) ANTONIO BEIRO (CEPMR) JEAN MARIE ROBERT (CNPMEM) YVES FOEZON (Pêcheurs de Bretagne) TERESA MOURA (IPIMAR) BENOÎT GUERIN (CCR SUD) JAVIER LOPEZ (OCEANA)
Grupo 3: Sardinha VIIc&Ixa e Anchova Ixa
LEANDRO AZCUE (OPEGUI) HUMBERTO JORGE (ANOPCERCO) EDUARDO SOAREZ (IPIMAR) XOAN LOPEZ (FECOPEGA) BENITO GONZALEZ (OPAGA) ANDRES OLASCOAGA (OPEGUI) RODRIGO ATAIDE (CE) MANICA AZEVEDO (IPIMAR) VICTOR MARQUES (IPIMAR) IGNACIO FONTANEDA (MARM) YOHAN WEILLER (CCR SUD) CLARISSE CANHA (UMAR Açores)
MARIA FEREIRA (Ass Mulheres da pesca Aç) LURDES BATISTA LIBERATO FERNANDEZ (OP Porto de Abrigo) LUIS RODRIGUEZ (AAPAP) Grupo 4: Peixe-­‐espada preto zonas VIII &IX
JOSE ANTONIO FERNANDEZ (Fed da Pesca dos Açores) CARLOS MACEDO (Artesanal Pesca) VICTOR MONTEIRO (APEDA) MONICA VERBEEK (Seas at Risk) MARIO RUI PINHO (DOP) IVONE FIGUEREIDO (IPIMAR) 
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