REGULAMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS
CREDITÓRIOS ABERTO CAIXA RPPS CONSIGNADO BMG
CNPJ 14.728.096/0001-13
O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Aberto CAIXA RPPS
Consignado BMG (“Fundo”), disciplinado pela Resolução CMN n° 2.907, de 29 de
novembro de 2001 e pela Instrução CVM n° 356, de 17 de dezembro de 2001, conforme
alterada, será regido pelo presente Regulamento e pelas disposições legais e
regulamentares que lhe forem aplicáveis, conforme o disposto abaixo.
Os termos definidos e expressões adotadas neste Regulamento em letras
maiúsculas terão o significado a eles atribuídos no Anexo I deste Regulamento, aplicável
tanto às formas no singular quanto no plural.
1.
OBJETO E PÚBLICO ALVO
1.1
O Fundo tem por objeto a captação de recursos para aquisição de Direitos
Creditórios, nos termos da política de investimento descrita neste Regulamento.
1.2
Somente os Regimes Próprios de Previdência Social - RPPS poderão
adquirir Cotas Seniores do Fundo. As Cotas Subordinadas são destinadas exclusivamente
ao Banco BMG.
2.
FORMA DE CONSTITUIÇÃO
2.1
O Fundo é constituído sob a forma de condomínio aberto. Portanto, suas
Cotas podem ser resgatadas a qualquer tempo, respeitado o prazo de resgate e a ordem de
preferência entre Cotistas de diferentes classes, nos termos da cláusula 17 abaixo.
3.
PRAZO DE DURAÇÃO
3.1
O Fundo tem prazo de duração indeterminado.
1
4.
INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA E GESTORA
4.1
O Fundo é administrado pela Caixa Econômica Federal, instituição
financeira sob a forma de empresa pública, regendo-se pelo Estatuto aprovado pelo
Decreto nº 6.473, de 05 de junho de 2008, autorizada pela CVM a administrar fundos de
investimento e carteiras de valores mobiliários, com sede em Brasília, Distrito Federal,
no Setor Bancário Sul, Quadra 4, Lotes 3 e 4, 21º andar, Asa Sul, por meio de sua VicePresidência de Gestão de Ativos de Terceiros, domiciliada na cidade de São Paulo,
Estado de São Paulo, na Avenida Paulista nº 2.300, 11º andar, inscrita no CNPJ/MF sob o
nº 00.360.305/0001-04 (“Instituição Administradora”).
4.2
A carteira do Fundo é gerida pela Integral Investimentos S.A., sociedade
devidamente autorizada pela CVM para o exercício profissional de administração de
carteira de títulos e valores mobiliários, por meio do Ato Declaratório nº 8662, de 21 de
fevereiro de 2006, com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida
Brigadeiro Faria Lima, nº 1.744, 1º andar, inscrita no CNPJ/MF sob nº 06.576.569/000186 (“Gestora”).
5.
OBRIGAÇÕES, VEDAÇÕES
INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA
5.1
E
RESPONSABILIDADES
DA
Observadas as limitações estabelecidas neste Regulamento e nas
disposições legais e regulamentares pertinentes, a Instituição Administradora tem amplos
e gerais poderes para praticar todos os atos necessários à administração do Fundo, bem
como para exercer os direitos inerentes aos bens e direitos de titularidade do Fundo,
observados os direitos e obrigações atribuídos à Gestora.
5.2
Sem prejuízo de outras obrigações legais e regulamentares a que está
sujeita, a Instituição Administradora obriga-se a:
i)
manter atualizados, às suas expensas, e em perfeita ordem pelo prazo
legal:
(a)
a documentação relativa às operações do Fundo;
(b)
(c)
o registro dos Cotistas;
o livro de atas de Assembleias Gerais;
2
ii)
(d)
(e)
o livro de presença de Cotistas;
o prospecto do Fundo;
(f)
(g)
os demonstrativos trimestrais do Fundo;
o registro dos fatos contábeis relativos ao Fundo; e
(h)
os relatórios da empresa de auditoria e da Agência Classificadora
de Risco;
receber quaisquer rendimentos ou valores do Fundo diretamente ou por
meio de instituição contratada, nos termos do artigo 8.1 abaixo;
iii)
entregar ao Cotista, gratuitamente, exemplar do Regulamento do Fundo,
bem como cientificá-lo do nome do Periódico utilizado para divulgação de
informações e da taxa de administração praticada;
iv)
custear as despesas de propaganda do Fundo;
v)
fornecer anualmente aos Cotistas documento contendo informações sobre
os rendimentos auferidos no ano civil e, com base nos dados relativos ao
último dia do mês de dezembro, sobre o número de Cotas de sua
propriedade e respectivo valor;
vi)
sem
prejuízo
da
observância
dos
procedimentos
relativos
às
demonstrações financeiras, manter, separadamente, registros analíticos
com informações completas sobre toda e qualquer modalidade de
negociação realizada entre a mesma e o Fundo;
vii)
providenciar trimestralmente, no mínimo, a atualização da classificação de
risco das Cotas Seniores do Fundo ou dos Direitos Creditórios e demais
ativos integrantes da carteira do Fundo;
viii)
divulgar, por meio de publicação no Periódico do Fundo, fato relevante
sobre eventual rebaixamento da classificação de risco das Cotas;
ix)
registrar, às expensas do Fundo, o documento de constituição do Fundo, o
presente Regulamento e seus anexos e aditamentos em Cartório de
Registro de Títulos e Documentos de Brasília, Distrito Federal;
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x)
no caso de pedido ou decretação de recuperação judicial ou extrajudicial,
falência, intervenção, liquidação judicial ou extrajudicial, ou ainda de
regimes similares, do Cedente, do Agente de Cobrança, do Banco
Depositário, do Custodiante ou de qualquer sociedade controlada,
controladora ou sob controle comum com as pessoas referidas
anteriormente, tomar as medidas cabíveis para o direcionamento do fluxo
de recursos provenientes do pagamento dos Direitos Creditórios Cedidos
para conta de titularidade do Fundo em outras instituições;
xi)
informar à CVM, no prazo de 10 (dez) dias, contados a partir da data da
ocorrência, a data da primeira integralização de Cotas do Fundo; e
xii)
protocolar no prazo máximo de 10 (dez) dias, contados de sua ocorrência,
documentos correspondentes aos seguintes atos relativos ao Fundo:
5.3
a)
b)
alteração do Regulamento;
substituição da Instituição Administradora;
c)
d)
incorporação;
fusão;
e)
f)
cisão; e
liquidação.
É vedado à Instituição Administradora e à Gestora:
i)
prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma nas
operações praticadas pelo Fundo, inclusive quando se tratar de garantias
prestadas às operações realizadas em mercados de derivativos;
ii)
utilizar ativos de sua própria emissão ou coobrigação como garantia das
operações praticadas pelo Fundo; e
iii)
efetuar aportes de recursos no Fundo, de forma direta ou indireta, a qualquer
título, ressalvada a hipótese de aquisição de Cotas deste.
4
5.3.1
As vedações a que fazem referência os itens “i” a “iii” acima abrangem os
recursos próprios das pessoas físicas e das pessoas jurídicas controladoras da Instituição
Administradora, das sociedades por elas direta ou indiretamente controladas e de
coligadas ou outras sociedades sob controle comum, bem como os ativos integrantes das
respectivas carteiras e os de emissão ou coobrigação dessas sociedades.
5.4
É permitida a utilização dos títulos de emissão do Tesouro Nacional,
integrantes da carteira do Fundo, para cobertura de margem de garantia de operações de
que tratam o item 9.6.1 deste Regulamento.
5.5
É vedado à Instituição Administradora e à Gestora, em nome do Fundo:
i)
prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma,
exceto quando se tratar de margens de garantia em operações realizadas
em mercados de derivativos
ii)
realizar operações e negociar com ativos financeiros ou modalidades de
investimento não previstos neste Regulamento;
iii)
aplicar recursos diretamente no exterior;
iv)
adquirir Cotas do próprio Fundo;
v)
pagar ou ressarcir-se de multas impostas em razão do descumprimento de
normas previstas neste Regulamento;
vi)
vender Cotas do Fundo a prestação;
vii)
vender Cotas do Fundo a instituições financeiras e sociedades de
arrendamento mercantil cedentes de direitos creditórios, exceto quando se
tratar de Cotas cuja classe se subordine às demais para efeito de resgate;
viii)
prometer rendimento predeterminado aos Cotistas;
ix)
fazer, em sua propaganda ou em outros documentos apresentados aos
investidores, promessas de retiradas ou de rendimentos, com base em seu
5
próprio desempenho, no desempenho alheio ou no de ativos financeiros ou
modalidades de investimento disponíveis no âmbito do mercado
financeiro;
x)
obter ou conceder empréstimos, admitindo-se a constituição de créditos e
a assunção de responsabilidade por débitos em decorrência de operações
realizadas em mercados de derivativos;
xi)
efetuar locação, empréstimo, penhor ou caução dos direitos e demais
ativos integrantes da carteira do Fundo, exceto quando se tratar de sua
utilização como margem de garantia nas operações realizadas em
mercados de derivativos;
xii)
criar qualquer ônus ou gravame, seja de que tipo ou natureza for, sobre os
Direitos Creditórios Cedidos e os Ativos Financeiros da carteira do Fundo;
e
xiii)
emitir qualquer classe de Cotas em desacordo com este Regulamento.
6.
REMUNERAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA
6.1
A Instituição Administradora terá direito a receber, pela prestação de
serviços de administração do Fundo, mensalmente, a título de Taxa de Administração, o
montante equivalente a 1,36% (um vírgula trinta e seis por cento) ao ano, incidente sobre
o Patrimônio Líquido do Fundo, respeitado o mínimo mensal de R$ 65.000,00 (sessenta e
cinco mil reais) acrescido de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por mês, referente à taxa de
verificação de lastro a ser paga pela Administradora a terceiro contratado. Os valores em
reais serão corrigidos pela variação positiva do IGP-M a cada 12 (doze) meses, contados
da data de inicio de atividades do Fundo.
6.1.1
A remuneração acima será paga à Instituição Administradora até o 5º
(quinto) Dia Útil do mês subsequente ao da prestação dos serviços, sendo calculada e
provisionada todo Dia Útil, conforme a seguinte fórmula:
Taxa Administração = 1,36% x Patrimônio Líquido D-1
252
6
6.1.2
Para fins do disposto na fórmula acima, “D-1” significa o Dia Útil
imediatamente anterior à data do provisionamento.
6.2
A remuneração acima inclui a remuneração devida ao Custodiante e à
Gestora e não inclui as despesas previstas na cláusula 20 abaixo, a serem debitadas do
Fundo pela Instituição Administradora.
6.3
A Instituição Administradora pode estabelecer que parcelas da Taxa de
Administração sejam pagas diretamente pelo Fundo aos prestadores de serviços
contratados, desde que o somatório dessas parcelas não exceda o montante total da Taxa
de Administração acima fixada.
6.4
Com exceção da Taxa de Administração, não poderão ser cobradas dos
Cotistas quaisquer outras taxas, tais como taxa de performance, taxa de ingresso e/ou taxa
de saída.
7.
SUBSTITUIÇÃO
ADMINISTRADORA
7.1
E
RENÚNCIA
DA
INSTITUIÇÃO
A Instituição Administradora poderá, mediante aviso publicado no
Periódico do Fundo, carta com aviso de recebimento endereçado a cada Cotista ou ainda
por meio eletrônico, renunciar à administração do Fundo, devendo como condição prévia
e suspensiva de eficácia convocar Assembleia Geral, a ser realizada no prazo máximo de
15 (quinze) dias contados da publicação do aviso ou do envio de carta ou do correio
eletrônico aos Cotistas, para decidir sobre sua substituição ou sobre a liquidação
antecipada do Fundo.
7.1.1
Na hipótese de deliberação pela liquidação do Fundo, a Instituição
Administradora obriga-se a permanecer no exercício de sua função até o término do
processo de liquidação.
7.2
Os Cotistas reunidos em Assembleia Geral também poderão deliberar pela
substituição da Instituição Administradora, observado o quorum específico, devendo
encaminhar a esta notificação contendo as razões e os motivos da solicitação de sua
substituição.
7
7.2.1
Na hipótese de deliberação da Assembleia Geral pela substituição da
Instituição Administradora, esta deverá permanecer no exercício regular de suas funções
até que seja efetivamente substituída, o que deverá ocorrer em prazo de, no máximo, 30
(trinta) dias, contados da data da realização da Assembleia Geral, sob pena de liquidação
antecipada do Fundo.
7.3
A Instituição Administradora deverá, sem qualquer custo adicional para o
Fundo, (i) colocar à disposição da instituição que vier a substituí-la, no prazo de até 10
(dez) Dias Úteis contado da realização da respectiva Assembleia Geral que deliberou sua
substituição, todos os registros, relatórios, extratos, bancos de dados e demais
informações sobre o Fundo de forma que a instituição substituta possa cumprir os deveres
e obrigações da Instituição Administradora, bem como (ii) prestar qualquer
esclarecimento sobre a administração do Fundo que razoavelmente lhe venha a ser
solicitado pela instituição que vier a substituí-la.
7.4
Nas hipóteses de substituição da Instituição Administradora e de
liquidação do Fundo, aplicam-se a ela e a seus prepostos, no que couber, as normas em
vigor sobre responsabilidade civil ou criminal de administradores, diretores e gerentes de
instituições financeiras, independentemente das que regem a responsabilidade civil da
própria Instituição Administradora.
7.5
No caso de regime de administração especial temporária, intervenção ou
liquidação extrajudicial da Instituição Administradora, do Agente de Cobrança ou do
Banco Depositário, deve automaticamente ser convocada Assembleia Geral, no prazo de
5 (cinco) dias contados de sua decretação, para: (i) nomeação de representante de Cotistas
na forma do item 21.2 deste Regulamento e (ii) deliberação acerca de: (a) substituição da
Instituição Administradora no exercício das funções de administração do Fundo, do
Agente de Cobrança ou do Banco Depositário, ou (b) liquidação antecipada do Fundo.
7.6
A Gestora poderá renunciar à gestão da carteira do Fundo, devendo como
condição prévia e suspensiva de eficácia comunicar referida renúncia à Instituição
Administradora com antecedência de 30 (trinta) dias.
7.6.1
A Gestora deverá permanecer no exercício regular de suas funções até que
seja efetivamente substituída, o que deverá ocorrer em prazo de, no máximo, 30 (trinta)
8
dias contados da data de realização da comunicação à Instituição Administradora
constante do item 7.6 acima.
7.7
Os Cotistas reunidos em Assembleia Geral também poderão deliberar pela
substituição da Gestora, observado o quorum específico, devendo encaminhar a esta
notificação contendo as razões e os motivos da solicitação de sua substituição.
7.7.1
Na hipótese de deliberação da Assembleia Geral pela substituição da
Gestora, esta deverá permanecer no exercício regular de suas funções até que seja
efetivamente substituída, o que deverá ocorrer em prazo de, no máximo, 60 (sessenta)
dias, contados da data da convocação da Assembleia Geral.
8.
CONTRATAÇÃO DE TERCEIROS
8.1
A Instituição Administradora pode, sem prejuízo de sua responsabilidade e
da do diretor ou administrador designado, contratar serviços de:
i)
consultoria especializada, objetivando a análise e seleção de Direitos
Creditórios e demais ativos que possam integrar a carteira do Fundo;
ii)
gestão da carteira do Fundo com terceiros devidamente identificados; e
iii)
custódia, contabilidade e controladoria de ativos e passivos do Fundo.
8.2
A Gestora foi contratada, nos termos do item 8.1 (ii) acima, para realizar
os serviços de gestão da carteira do Fundo, tendo amplos e gerais poderes para gerir os
Direitos Creditórios Cedidos e Ativos Financeiros constantes da carteira do Fundo. A
Gestora deverá receber remuneração, a ser deduzida da Taxa de Administração, conforme
previsto no Contrato de Gestão celebrado entre a Instituição Administradora e a Gestora.
8.2.1
Sem prejuízo de outras atribuições impostas pela regulamentação em vigor
e pelo presente Regulamento, a Gestora será responsável por:
i)
selecionar, escolher e adquirir, em nome do Fundo, Direitos Creditórios e
Ativos Financeiros para integrarem a carteira do Fundo, definindo os
respectivos preços e condições, podendo inclusive realizar operações nos
9
mercados de derivativos, obedecidos os limites previstos na política de
investimento do Fundo, bem como na regulamentação aplicável, dentro
dos parâmetros de mercado para os Ativos Financeiros;
ii)
observar e respeitar a política de investimentos do Fundo, conforme
estabelecida neste Regulamento;
iii)
observar as disposições da regulamentação aplicável com relação à sua
atividade de gestão de carteira de títulos e valores mobiliários, incluindo,
mas não se limitando às normas de conduta, vedações e obrigações
previstas na regulamentação vigente;
iv)
tomar suas decisões de gestão em consonância com as normas técnicas e
administrativas adequadas às operações no mercado de capitais e no
mercado financeiro, observando os princípios de boa técnica de
investimentos;
v)
fornecer à Instituição Administradora e às autoridades fiscalizadoras,
quando for o caso, na esfera de sua competência, informações relativas às
operações do Fundo e às demais atividades que vier a desenvolver durante
a gestão da carteira do Fundo;
vi)
às suas expensas, assumir a defesa dos interesses do Fundo diante de
eventuais notificações, avisos, autos de infração, multas ou quaisquer
outras penalidades aplicadas pelas autoridades fiscalizadoras em
decorrência das atividades desenvolvidas pela Gestora, ou, quando não for
possível, fornecer tempestivamente, no menor prazo possível, subsídios
para que a Instituição Administradora o faça;
vii)
cumprir os seguintes índices e critérios e disponibilizar tais informações
ao Cedente e à Agência Classificadora de Risco até o 10º (décimo) Dia
Útil do mês seguinte às Datas de Verificação:
a)
índices de performance previstos no item 24.1 “xiv” e “xv” deste
Regulamento;
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b)
Relação Mínima;
c)
demonstrativos de concentração relativos aos Consignantes,
elaborados com base nas informações fornecidas pelo Cedente e
disponibilizados na forma de relatório pelo Custodiante; e
d)
relatório com o valor e quantidade de Cotas Seniores e Cotas
Subordinadas e com a indicação dos Ativos Financeiros integrantes
da carteira do Fundo, conforme calculado e disponibilizado pelo
Custodiante na forma de relatório em sua página na rede mundial
de computadores.
viii)
atender a empresa de auditoria independente em suas dependências, bem
como prestar as informações solicitadas referentes à gestão do Fundo; e
ix)
prestar as informações solicitadas pela Agencia Classificadora de Risco.
8.2.2
As disposições relativas à substituição da Instituição Administradora
descritas na cláusula 7 deste Regulamento aplicam-se, no que couber, à substituição da
Gestora.
8.3
O Custodiante foi contratado, nos termos do Contrato de Custódia, para
realizar o serviço de custódia qualificada, controladoria e escrituração de ativos do Fundo
e será responsável pelas seguintes atividades, sem prejuízo de outras que sejam descritas
neste Regulamento, no Contrato de Custódia e na legislação aplicável:
i)
por amostragem, receber e analisar a documentação que evidencie o lastro
dos Direitos Creditórios Cedidos, representados por operações financeiras;
ii)
validar os Direitos Creditórios em relação aos Critérios de Elegibilidade
estabelecidos no presente Regulamento;
iii)
realizar a liquidação física e financeira dos Direitos Creditórios Cedidos e
Ativos Financeiros;
11
iv)
fazer a custódia, administração, cobrança e/ou guarda de documentação
relativos aos Direitos Creditórios Cedidos e Ativos Financeiros integrantes
da carteira do Fundo;
v)
diligenciar para que seja mantida, às suas expensas, atualizada e em
perfeita ordem, a documentação dos Direitos Creditórios Cedidos, com
metodologia preestabelecida e de livre acesso para auditoria independente,
Agência Classificadora de Risco contratada pelo Fundo e órgãos
reguladores;
vi)
cobrar e receber, por conta e ordem do Fundo, pagamentos, resgate de
títulos ou qualquer outra renda relativa aos títulos custodiados; e
vii)
observar
para
que
somente
ordens
emitidas
pela
Instituição
Administradora e Gestora, ou por seus representantes legais ou
mandatários, devidamente autorizados, sejam acatadas, sendo-lhe vedada a
execução de ordens que não estejam diretamente vinculadas às operações
do Fundo.
viii)
efetuar os registros dispostos na Resolução CMN 3.998, observado o
disposto nos itens 11.4., 11.4.1. e 11.4.2., deste Regulamento.
8.3.1
Em face da significativa quantidade de Direitos Creditórios Cedidos e da
expressiva diversificação de Devedores, o Custodiante ou terceiro especializado, por este
contratado, que não o Cedente, por sua conta e ordem e sob sua total responsabilidade,
efetuará por amostragem a verificação do lastro dos Direitos Creditórios Cedidos, na
forma e segundo os parâmetros especificados no item 8.3.6 deste Regulamento. Esta
verificação por amostragem será realizada no mínimo trimestralmente, ou, caso em
período inferior, na periodicidade exigida pela regulamentação pertinente. As
irregularidades apontadas nesta auditoria serão informadas à Instituição Administradora,
a qual repassará tais informações à Gestora, à Agência Classificadora de Risco e à
empresa de auditoria independente.
8.3.1.1
No âmbito dos serviços a serem prestados pelo Custodiante em relação ao
Fundo, o Custodiante não será responsável, sob qualquer hipótese, pela indicação de
Direitos Creditórios Cedidos inadimplidos a protesto ou pela inserção de nome de
12
Devedores em órgãos responsáveis pelo apontamento de descumprimento de obrigações
pecuniárias ou de proteção ao crédito, cabendo ao Agente de Cobrança de Direitos
Creditórios Cedidos inadimplidos exercer referidas atividades e assumir a integral
responsabilidade e os eventuais ônus de tais decisões.
8.3.1.2
Para atendimento ao disposto no § 3º, inciso IV, do artigo 8º da Instrução
CVM nº 356, a Administradora considerará os resultados da verificação dos Documentos
Comprobatórios que lastreiam os Direitos Creditórios Cedidos, por amostragem,
realizada no trimestre anterior pelo Custodiante, explicitando, dentre o universo
analisado, a quantidade e os apontamentos relacionados a tais Documentos
Comprobatórios apresentados ou não pela respectiva auditoria.
8.3.2
O Custodiante será o responsável pela guarda dos Documentos
Comprobatórios relativos aos Direitos Creditórios Cedidos, podendo contratar terceiros
para realizar o serviço de depósito e guarda dos Documentos Comprobatórios, mantendose sempre responsável por esse terceiro, nos termos dos Contratos de Depósito. Não
obstante as obrigações estabelecidas acima, o Cedente é o fiel depositário dos
Documentos Comprobatórios relativos aos Direitos Creditórios Cedidos ao Fundo a partir
de sua aquisição até sua guarda efetiva, conforme condições estabelecidas nos Contratos
de Depósito.
8.3.3
O depósito e a guarda dos Documentos Comprobatórios serão realizados
pelas empresas depositárias especializadas PRESTASERV PRESTADORA DE
SERVIÇOS LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 21.812.466/0001-61, com sede e foro
na cidade de Belo Horizonte/MG, Avenida Getúlio Vargas, 668 – Ed. José Tavares, 2º,
4º, 5º, 6º, 7º, 8º andares e conj. 302 e 901- Bairro Funcionários - CEP: 30.112-020 e
LOGGED LOGÍSTICA NO GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS
LTDA ME, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.416.480/0001-20, com sede e foro na
cidade do Rio de Janeiro/RJ, na Rua da Batata, 725, CEP: 21.011-020, contratadas pelo
Custodiante por meio dos Contratos de Depósito.
8.3.4
O Custodiante manterá sob sua guarda, diretamente ou por meio da
contratação de terceiros qualificados as vias dos Documentos Comprobatórios referentes
aos Direitos Creditórios Cedidos de acordo com a política de concessão de crédito do
Cedente e os documentos exigidos para concessão de tal crédito, nos termos e para os
efeitos dos artigos 627 e seguintes do Código Civil brasileiro, responsabilizando-se pela
13
sua guarda em seu próprio nome e em nome do Fundo durante o prazo de duração do
Fundo e pelo período de 5 (cinco) anos após o encerramento do Fundo, observado o
disposto no Contrato de Cessão, nos Contratos de Depósito e na legislação aplicável.
8.3.5
A contratação de terceiros pelo Custodiante, descrita nos itens acima, não
exclui as responsabilidades do Custodiante, nos termos do artigo 38 da Instrução CVM n°
356 e do artigo 16 da Instrução CVM n° 89, de 8 de novembro de 1988, conforme
alterada.
8.3.6
A verificação do lastro dos Direitos Creditórios Cedidos será realizada
trimestralmente por amostragem, de acordo com a fórmula abaixo, podendo variar de
acordo com o tamanho da carteira e o nível de concentração dos Direitos Creditórios
Cedidos:
no =
1
Eo
2
n=
N x no
N + no
Onde:
Eo = Erro Amostral Tolerável (o erro amostral tolerável será entre 5% e 10%,
considerando principalmente os seguintes aspectos: natureza dos Direitos
Creditórios Cedidos; qualidade do(s) Cedente(s); quantidade de verificações do
lastro dos Direitos Creditórios Cedidos já realizadas e os respectivos resultados
observados); e
N = tamanho da população (o universo de amostragem a ser utilizado
compreenderá exclusivamente os Direitos Creditórios Cedidos adquiridos pelo
Fundo desde a última verificação, exceto para a primeira verificação, que
compreenderá a totalidade dos Direitos Creditórios Cedidos).
8.3.6.1 A seleção da amostra de Direitos Creditórios Cedidos para verificação será obtida
da seguinte forma: (i) divide-se o tamanho da população (N) pelo tamanho da amostra
(n), obtendo um intervalo de retirada (k); (ii) sorteia-se o ponto de partida; e (iii) a cada k
elementos, retira-se um para a amostra.
8.3.6.2 A verificação será realizada uniformemente, ou seja, não sendo considerados os
parâmetros de diversificação de Devedores quando da verificação do lastro.
14
8.3.7 Desde que aprovado pela Assembleia Geral, a Instituição Administradora pode, a
qualquer tempo, contratar outra instituição credenciada pela CVM para prestação dos
serviços de custódia e controladoria de ativos do Fundo, agindo sempre no interesse dos
Cotistas do Fundo.
9.
POLÍTICA DE INVESTIMENTO
9.1
O Fundo tem como objetivo investir preponderantemente em Direitos
Creditórios do segmento financeiro oriundos de empréstimos concedidos pelo Cedente a
Devedores, representados por contratos.
9.1.1
O Fundo pode, na composição de sua carteira, ter a totalidade de seu
Patrimônio Líquido aplicado em Direitos Creditórios cedidos pelo Banco BMG.
9.1.2
O Fundo deverá, a partir do 91º (nonagésimo primeiro) dia após a primeira
integralização de Cotas do Fundo, observar a Alocação Mínima.
9.1.3
Caso o Fundo não disponha de ofertas de Direitos Creditórios elegíveis
suficientes para atingir a Alocação Mínima, a Instituição Administradora poderá,
conforme orientação da Gestora, solicitar à CVM prorrogação do prazo para
enquadramento da Alocação Mínima por novo período de 90 (noventa) dias, sem
necessidade de autorização da Assembleia Geral. Caso a CVM não conceda o prazo
adicional de 90 (noventa) dias, ou, mesmo concedendo tal prazo, a Alocação Mínima não
seja atingida, serão observados, ao final do prazo aplicável, conforme o caso, os
procedimentos previstos nas cláusulas 17 e 24 abaixo.
9.2
Na aquisição de Direitos Creditórios para o Fundo, a Gestora observará
limites mínimo e máximo de concentração dos Direitos Creditórios por Consignante,
conforme descritos no Anexo II deste Regulamento.
9.3
Os Direitos Creditórios a serem adquiridos pelo Fundo devem
necessariamente observar os Critérios de Elegibilidade. Ademais, a cessão dos Direitos
Creditórios deve ser realizada em observância às Condições de Cessão.
9.4
O remanescente do Patrimônio Líquido poderá ser mantido em moeda
corrente nacional e/ou aplicado em:
15
i)
títulos de emissão do Tesouro Nacional;
ii)
cotas de fundos de investimento de renda fixa e de fundos de investimento
classificados como referenciado DI longo prazo ou renda fixa, cujas
carteiras sejam compostas exclusivamente pelos títulos referidos no item
(i) acima, e cujos respectivos administradores sejam instituições que
pertençam ao grupo econômico das Instituições Autorizadas; e/ ou
iii)
operações compromissadas lastreadas em títulos públicos indicados no
item (i) acima.
9.5
Os Direitos Creditórios Cedidos e os Ativos Financeiros integrantes da
carteira do Fundo devem ser custodiados, bem como registrados e/ou mantidos em conta
de depósito diretamente em nome do Fundo, em contas específicas abertas no Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia – Selic, em sistemas de registro e de liquidação
financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil ou em instituições ou
entidades autorizadas à prestação desses serviços pela referida autarquia ou pela CVM.
9.6
O Fundo pode realizar operações em mercados de derivativos.
9.6.1
A Gestora somente poderá realizar operações com instrumentos
derivativos com o objetivo de proteger as posições detidas à vista, até o limite destas,
sendo que o Cedente não pode atuar como contraparte em tais operações. A atuação do
Fundo em mercados de derivativos não poderá gerar exposição superior a uma vez o
respectivo Patrimônio Líquido.
9.6.1.1
As operações contratadas pelo Fundo com instrumentos derivativos
somente poderão ser realizadas (a) em mercado de balcão tendo como contraparte,
necessariamente, uma ou mais Instituições Autorizadas, sendo que tais operações deverão
ser necessariamente registradas na BM&FBovespa sob a modalidade “com garantia” e/ou
(b) diretamente na BM&FBovespa, sob a modalidade “com garantia”, desde que
comunicada à Agência Classificadora de Risco. É expressamente vedada a realização de
operações de derivativos a descoberto, alavancadas ou que de qualquer forma não se
destinem à simples proteção de posições detidas à vista. A Gestora deverá disponibilizar
16
cópia dos contratos das operações de swap realizadas pelo Fundo à Agência
Classificadora de Risco.
9.6.2
Para efeito das operações referidas no item 9.6.1 acima, devem ser
considerados, para efeito de cálculo do Patrimônio Líquido, os dispêndios efetivamente
incorridos a título de prestação de margens de garantia em espécie, ajustes diários,
prêmios e custos operacionais, decorrentes da manutenção de posições em mercados
organizados de derivativos.
9.6.3
É vedado ao Fundo realizar operações de (i) day trade, assim consideradas
aquelas iniciadas e encerradas no mesmo dia, independentemente de o Fundo possuir
estoque ou posição anterior do mesmo Ativo Financeiro e (ii) renda variável.
9.7
O Fundo não poderá contratar operações nas quais a Instituição
Administradora e a Gestora atuem na condição de contraparte do Fundo, inclusive no que
se refere a operações com derivativos.
9.8
A composição da carteira do Fundo não apresentará requisitos de
diversificação além dos previstos nesta cláusula 9.
9.9
As aplicações no Fundo não contam com garantia da Instituição
Administradora, da Gestora, do Custodiante, de qualquer mecanismo de seguro ou do
Fundo Garantidor de Crédito – FGC. Ademais, o Fundo, a Instituição Administradora, a
Gestora e o Custodiante, bem como seus controladores, sociedades coligadas e
controladas ou sob controle comum, não são responsáveis pela certeza, liquidez,
exigibilidade, conteúdo, exatidão, veracidade, legitimidade, validade e correta
formalização dos Direitos Creditórios Cedidos, tampouco pela solvência dos Devedores
de tais créditos.
9.10.
A Gestora deste Fundo adota política de voto, a qual pode ser encontrada
em sua versão integral na página na rede mundial de computadores da Gestora
(http://www.integralinvest.com.br), por meio do link “Exercício de Voto”.
9.10.1
Tal política de voto disciplina os princípios gerais, as matérias relevantes
obrigatórias, o processo decisório e serve para orientar as decisões da Gestora nas
17
assembleias gerais dos emissores de títulos e valores mobiliários que confiram direito de
voto aos fundos de investimento sob gestão da Gestora.
10.
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
10.1
O Fundo somente poderá adquirir Direitos Creditórios que atendam,
cumulativamente, aos seguintes Critérios de Elegibilidade:
i)
os Direitos Creditórios devem ser devidos por Devedores que não
apresentem, no momento de aquisição pelo Fundo, outros Direitos
Creditórios vencidos e não pagos ao Fundo;
ii)
os Direitos Creditórios devem ter Devedor com idade entre 18 (dezoito) e
80 (oitenta) anos à época da cessão dos Direitos Creditórios ao Fundo; e
iii)
a aquisição dos Direitos Creditórios não deve fazer com que o Fundo se
desenquadre em relação aos Limites de Concentração máximos.
10.2
O enquadramento dos Direitos Creditórios que o Fundo pretenda adquirir
aos Critérios de Elegibilidade será verificado pelo Custodiante previamente a cada
cessão, com base nos arquivos eletrônicos fornecidos pelo Cedente em dia imediatamente
anterior ao da liquidação da cessão.
10.2.1
Todas as informações que venham a ser encaminhadas pelo Cedente ao
Custodiante, a fim de que o Custodiante possa verificar o atendimento aos Critérios de
Elegibilidade, o serão por meio de arquivo eletrônico, em formato previamente
estabelecido pelo Custodiante.
11.
CONDIÇÕES DE CESSÃO
11.1
Sem prejuízo dos Critérios de Elegibilidade descritos na cláusula 10
acima, o Cedente somente poderá ceder ao Fundo Direitos Creditórios que atendam às
seguintes Condições de Cessão:
i)
sejam oriundos de contratos de concessão de empréstimo, com taxas de
juros prefixadas, celebrados entre o Cedente e os Devedores;
18
ii)
representem 1 (uma) ou mais parcelas mensais e consecutivas do
respectivo contrato de concessão de empréstimo;
iii)
sejam oriundos de contratos de empréstimo cuja primeira parcela já tenha
sido descontada da folha de pagamento ou de remuneração do Devedor e
repassada ao Cedente;
iv)
sejam oriundos de contratos de empréstimo celebrados com Devedores
que estejam integralmente adimplentes em relação às suas obrigações com
o Cedente e o Fundo;
v)
não sejam devidos por Devedores que sejam credores de Consignantes
que, tendo efetuado retenção dos Devedores, estejam inadimplentes para
com o Fundo em relação a repasses de descontos em folha de pagamento
ou de remuneração relativos a pagamentos de parcelas de Direitos
Creditórios;
vi)
sejam oriundos de contratos de empréstimo com prazo de vigência entre 6
(seis) e 84 (oitenta e quatro) meses;
vii)
sejam oriundos de contratos de empréstimo cujo valor do empréstimo
concedido ao Devedor seja de, no máximo, R$50.000,00 (cinquenta mil
reais);
viii)
sejam oriundos de contratos de empréstimo cujo pagamento das parcelas
seja efetuado por meio de desconto em folha de pagamento ou de
remuneração; e
ix)
sejam oriundos de contratos de empréstimo cobertos por convênio entre o
Consignante e o Cedente para realização do desconto em folha de
pagamento ou de remuneração que esteja em vigor por prazo igual ou
superior a 6 (seis) meses.
11.2
Caso haja Condições de Cessão adicionais previstas no Contrato de
Cessão, essas também deverão ser observadas.
19
11.3
O enquadramento dos Direitos Creditórios que o Fundo pretenda adquirir
às Condições de Cessão será verificado pelo Cedente previamente a cada cessão.
11.4.
Os Direitos Creditórios Cedidos deverão ser cedidos em caráter
irrevogável e irretratável pelo Cedente ao Fundo através do respectivo Termo de Cessão,
a ser celebrado entre o Fundo e o Cedente nos termos do Contrato de Cessão.
11.4.1.
O Cedente e a Instituição Administradora, em nome do Fundo, serão
responsáveis pelo registro de cada cessão de Direitos Creditórios Cedidos perante a C3,
nos termos da Resolução CMN 3.998/11 e do regulamento de operação da C3, conforme
disponibilizado pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) de tempos em tempos.
11.4.2.
O preço de cessão para cada Direito Creditório Cedido será calculado
conforme disposto no Contrato de Cessão.
12.
DESCRIÇÃO DOS DIREITOS CREDITÓRIOS E POLÍTICA DE
COBRANÇA
12.1
O Cedente será contratado pela Instituição Administradora para atuar
como o Agente de Cobrança dos Direitos Creditórios Cedidos inadimplidos, podendo o
Cedente, às suas expensas, contratar escritórios de advocacia especializados, empresas de
cobrança e quaisquer outros terceiros para efetuar a cobrança judicial e extrajudicial, em
nome do Fundo, dos Direitos Creditórios inadimplidos de titularidade do Fundo, devendo
o Cedente comunicar o fato à Instituição Administradora no prazo de até 5 (cinco) Dias
Úteis contados da respectiva contratação, nos termos do Contrato de Cobrança.
12.2
Para fins de cumprimento do disposto no inciso (x) do artigo 24 da
Instrução CVM 356:
i)
o Anexo III a este Regulamento contém uma descrição dos processos de
originação dos Direitos Creditórios, da natureza dos Direitos Creditórios e
dos instrumentos jurídicos, contratos ou outros documentos
representativos do crédito, bem como da política de concessão de crédito
adotada pelo Cedente; e
20
ii)
o Anexo IV deste Regulamento contém uma descrição dos mecanismos e
procedimentos adotados para cobrança dos Direitos Creditórios Cedidos,
inclusive em relação a Devedores inadimplentes.
12.3
As características dos Direitos Creditórios e os procedimentos de cobrança
descritos nos Anexos III e IV deste Regulamento não consubstanciam Critérios de
Elegibilidade dos Direitos Creditórios, estando sujeitos a alterações, a qualquer tempo,
mediante deliberação adotada em Assembleia Geral.
12.4
Caso o Cedente altere a política de concessão de crédito descrita no item 2
do Anexo III, o Cedente comprometeu-se, por meio do Contrato de Cessão, a enviar
notificação, por escrito, à Instituição Administradora em até 5 (cinco) Dias Úteis
contados da alteração para que esta convoque uma Assembleia Geral com a finalidade de
alterar o Anexo III deste Regulamento para consolidar as alterações efetuadas na política
em referência. Nos termos do Contrato de Cessão, o Cedente não poderá ceder ao Fundo
Direitos Creditórios contemplando a nova política de concessão de crédito, sem que esta
tenha sido alterada no Regulamento, na forma prevista neste item.
13.
INADIMPLÊNCIA E APORTE ADICIONAL DE RECURSOS
PARA FAZER FRENTE A DESPESAS DE COBRANÇA
13.1
Os Direitos Creditórios Cedidos não pagos quando de seu vencimento
serão objeto de cobrança pelo Fundo, sendo que o Agente de Cobrança foi contratado
pelo Custodiante para prestar serviços relativos a tal cobrança.
13.2
Todos os custos e despesas incorridos pelo Fundo para salvaguarda de
seus direitos e prerrogativas e/ou com a cobrança judicial ou extrajudicial dos Direitos
Creditórios Cedidos e dos Ativos Financeiros de sua titularidade serão de inteira
responsabilidade do Fundo e, conseqüentemente, de seus Cotistas, não estando o Agente
de Cobrança, o Banco Depositário, a Gestora, a Instituição Administradora ou o
Custodiante, de qualquer forma, obrigados pelo adiantamento ou pagamento dessas
despesas.
13.2.1
O Agente de Cobrança, o Banco Depositário, a Gestora, a Instituição
Administradora e o Custodiante não serão responsáveis por quaisquer custos, taxas,
despesas, emolumentos, honorários advocatícios e periciais ou quaisquer outros encargos
21
relacionados com procedimentos de cobrança que o Fundo venha a iniciar em face de
terceiros ou do Cedente, os quais deverão ser custeados pelo próprio Fundo ou
diretamente pelos Cotistas.
13.3
As despesas relacionadas com as medidas judiciais e/ou extrajudiciais
necessárias à salvaguarda dos direitos e prerrogativas do Fundo e/ou a cobrança judicial
ou extrajudicial dos Direitos Creditórios Cedidos e Ativos Financeiros do Fundo serão
suportadas diretamente pelo Fundo até o limite de seu Patrimônio Líquido. A parcela que
exceder este limite deverá ser previamente aprovada pelos Cotistas em Assembleia Geral
convocada especialmente para este fim e, se for o caso, será aportada diretamente ao
Fundo por meio da subscrição e integralização de novas Cotas.
13.3.1
Na hipótese de necessidade de aporte adicional de recursos, fica desde já
estabelecido que nenhuma medida judicial ou extrajudicial será iniciada ou mantida pelo
Fundo antes (i) do recebimento integral do adiantamento a que se refere o item 13.3; e (ii)
da assunção, pelos Cotistas, do compromisso de prover os recursos necessários ao
pagamento de eventual verba de sucumbência a que o Fundo venha a ser condenado. A
Instituição Administradora, a Gestora, o Agente de Cobrança, o Banco Depositário e o
Custodiante não serão responsáveis por qualquer dano ou prejuízo sofrido pelo Fundo
e/ou por qualquer dos Cotistas em decorrência da não propositura (ou prosseguimento),
pelo Fundo, de medidas judiciais ou extrajudiciais necessárias à salvaguarda de seus
direitos e prerrogativas, inclusive caso os Cotistas não aportem os recursos suficientes
para tanto na forma desta cláusula.
13.4
Os aportes deverão ser feitos em dinheiro, em valor suficiente para que o
Fundo disponha dos recursos necessários para cobrir todos os custos e despesas
necessários à salvaguarda de seus direitos e prerrogativas e/ou à cobrança judicial ou
extrajudicial dos Direitos Creditórios Cedidos e Ativos Financeiros integrantes da carteira
do Fundo.
14.
FATORES DE RISCO
14.1
O Fundo poderá realizar aplicações que coloquem em risco parte ou a
totalidade de seu patrimônio. A carteira do Fundo e, por consequência, seu patrimônio,
estão submetidos a diversos riscos, dentre os quais, exemplificativamente, os analisados
abaixo. O investidor, antes de adquirir Cotas do Fundo, deve ler cuidadosamente os
22
fatores de risco abaixo descritos, responsabilizando-se integralmente pelo seu
investimento.
14.2
Risco de Mercado. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas no
preço ou no retorno dos ativos integrantes da carteira do Fundo, resultantes de diversos
fatores de mercado, como liquidez, crédito, alterações políticas, econômicas e fiscais. De
forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de
Mercado incluem-se as seguintes hipóteses:
14.2.1
Flutuação de Preços dos Ativos – Os preços e a rentabilidade dos ativos
do Fundo poderão flutuar em razão de diversos fatores de mercado, tais como variação da
liquidez e alterações na política de crédito, econômica e fiscal, bem como em razão de
alterações na precificação de ativos que componham a carteira do Fundo, inclusive
derivativos. Essa oscilação dos preços poderá fazer com que parte ou a totalidade
daqueles ativos que integram a carteira do Fundo seja avaliada por valores inferiores ao
da emissão e/ou contabilização inicial, levando à redução do patrimônio do Fundo e,
consequentemente, a prejuízos por parte dos Cotistas.
14.2.2
Descasamento de Taxas – Os Direitos Creditórios a serem adquiridos pelo
Fundo são contratados a taxas prefixadas. Considerando-se que o valor das Cotas
Seniores será atualizado de acordo com a fórmula de rentabilidade prevista no item
16.3.1 abaixo, poderá ocorrer o descasamento entre as taxas de retorno (i) dos Direitos
Creditórios Cedidos e dos Ativos Financeiros integrantes da carteira do Fundo e (ii) das
Cotas Seniores. Caso ocorram tais descasamentos, e não seja bem sucedida eventual
realização de operações em mercados de derivativos, com o objetivo de proteger posições
detidas à vista até o limite dessas, os recursos do Fundo podem ser insuficientes para
pagar parte ou a totalidade dos rendimentos aos detentores de Cotas Seniores, sendo que
nem o Fundo nem a Instituição Administradora prometem ou asseguram rentabilidade
aos Cotistas.
14.2.3
Inexistência de garantia de rentabilidade. O indicador de desempenho
adotado pelo Fundo para a rentabilidade das Cotas Seniores é apenas uma meta
estabelecida pelo Fundo, não constituindo garantia mínima de rentabilidade aos
investidores. Dependendo do desempenho dos Direitos Creditórios Cedidos e dos Ativos
Financeiros integrantes da carteira do Fundo, a rentabilidade dos Cotistas será inferior à
meta indicada no item 16.3.1 abaixo. Dados de rentabilidade verificados no passado com
23
relação a qualquer fundo de investimento em direitos creditórios no mercado, ou ao
próprio Fundo, não representam garantia de rentabilidade futura.
14.2.3.1
Deste modo, os Cotistas poderão não receber a rentabilidade que o Fundo
objetiva ou mesmo sofrer prejuízo no seu investimento, não conseguindo recuperar o
capital investido nas Cotas, e, ainda que recebam o capital investido, poderão não
conseguir reinvestir os recursos recebidos com a mesma remuneração proporcionada até
então pelo Fundo. Nesse caso, não será devida pelo Fundo ou por qualquer pessoa,
incluindo a Instituição Administradora, qualquer multa ou penalidade.
14.3
Risco de Crédito. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes de inadimplemento por parte do Fundo, do Cedente, dos Devedores e dos
emissores dos demais Ativos Financeiros que compõem a carteira do Fundo. De forma
específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Crédito
incluem-se as seguintes hipóteses:
14.3.1
Ausência de Garantias – As aplicações no Fundo não contam com
garantia da Instituição Administradora, da Gestora, do Custodiante, do Cedente ou de
quaisquer terceiros, de qualquer mecanismo de seguro, ou do FGC. Igualmente, nem o
Fundo nem a Instituição Administradora, a Gestora, o Cedente ou o Custodiante
prometem ou asseguram aos Cotistas qualquer rentabilidade ou remuneração decorrentes
da aplicação em Cotas. Desse modo, todos os eventuais rendimentos, bem como o
pagamento do principal, provirão exclusivamente da carteira de ativos do Fundo, a qual
está sujeita a riscos diversos, e cujo desempenho é incerto.
14.3.2
Inadimplência dos emissores dos ativos – A parcela do patrimônio do
Fundo não aplicada em Direitos Creditórios poderá ser aplicada em quaisquer dos Ativos
Financeiros especificados no item 9.4 deste Regulamento. Tais Ativos Financeiros
podem vir a não ser honrados pelos respectivos emissores, de modo que o Fundo teria
que suportar tais prejuízos, o que poderia afetar negativamente a rentabilidade das Cotas
Seniores.
14.3.3
Fatores macroeconômicos – Como o Fundo aplicará seus recursos
preponderantemente em Direitos Creditórios, dependerá da solvência dos respectivos
Devedores para distribuição de rendimentos aos Cotistas. A solvência dos Devedores
pode ser afetada por fatores macroeconômicos relacionados à economia brasileira, tais
24
como elevação das taxas de juros, aumento da inflação, baixos índices de crescimento
econômico, dentre outros. Assim, na hipótese de ocorrência de um ou mais desses
eventos, e não havendo recompra de tais Direitos Creditórios pelo Cedente, poderá haver
aumento da inadimplência dos Direitos Creditórios Cedidos, provocando perdas
patrimoniais ao Fundo, e podendo afetar a rentabilidade das Cotas Seniores.
14.3.4
Riscos decorrentes dos procedimentos adotados pelo Cedente – A
aprovação dos empréstimos concedidos pelo Cedente aos Devedores depende de análise
da adequação das condições pessoais dos Devedores à política interna de concessão de
crédito do Cedente, a qual se encontra descrita de forma resumida no item 2 do Anexo III
ao presente Regulamento. Contudo, ainda que o Cedente submeta todas as propostas
recebidas aos procedimentos constantes de sua política interna de concessão de crédito e
a referida proposta seja ao final aprovada por satisfazer critérios objetivos, não há
garantia que os Devedores honrarão seus compromissos assumidos para com o Cedente.
Caso os compromissos assumidos pelos Devedores não sejam devidamente cumpridos, a
rentabilidade das Cotas Seniores pode ser afetada adversamente. Ademais, é possível que
ocorra alguma falha operacional no momento de análise do risco de crédito do Devedor,
ou da formalização do contrato de empréstimo cujos Direitos Creditórios foram cedidos
ao Fundo. Essas falhas operacionais poderiam dificultar, ou mesmo impedir a efetiva
cobrança dos Direitos Creditórios, o que poderia afetar negativamente a rentabilidade das
Cotas.
14.3.5
Desligamento do Devedor – Os Direitos Creditórios a serem adquiridos
pelo Fundo são descontados pelo respectivo Consignante de pagamentos aos Devedores.
O desconto não será possível caso o Devedor se desligue de seu cargo, função ou
emprego. Nessas hipóteses, para a liquidação das obrigações decorrentes do empréstimo,
a Instituição Administradora deverá incorrer em procedimentos de cobrança, que são
mais onerosos e demorados se comparados aos da consignação em folha de pagamento
ou de remuneração. Essa dificuldade de cobrança dos Direitos Creditórios Cedidos
poderá afetar negativamente o patrimônio do Fundo.
14.3.6
Morte do Devedor – A morte do Devedor interrompe automaticamente a
consignação em folha das parcelas devidas do empréstimo, respondendo pelo saldo a
pagar do empréstimo apenas o patrimônio deixado pelo falecido, que pode se mostrar
insuficiente.
Nesse caso, pode haver inadimplência das obrigações decorrentes do
25
empréstimo contraído, o que ocasionaria redução da rentabilidade do Fundo ou até perda
patrimonial.
14.3.7
Decisão Judicial Desfavorável – A capacidade de pagamento do Devedor
poderá ser afetada se, por força de decisão judicial, este for obrigado a pagar pensão
alimentícia ou qualquer outro encargo que tenha preferência em relação ao empréstimo
para fins de consignação em folha de pagamento ou de remuneração. Nesses casos, é
possível que o Fundo não consiga receber o montante devido, ou receba somente com
atraso. Esse fato também pode afetar negativamente o patrimônio do Fundo.
14.3.8
Cobrança Judicial e Extrajudicial – No caso de os Devedores não
cumprirem suas obrigações dos pagamentos dos Direitos Creditórios Cedidos ao Fundo,
poderá haver cobrança judicial e/ou extrajudicial dos valores devidos. Nada garante,
contudo, que referidas cobranças atingirão os resultados almejados, recuperando para o
Fundo o total dos valores inadimplidos, o que poderá implicar perdas patrimoniais ao
Fundo.
14.3.9
Recompra de Direitos Creditórios – Segundo os termos do Contrato de
Cessão, o Cedente terá a faculdade de recomprar, no todo, os Direitos Creditórios
Cedidos ao Fundo. Se não ocorrer a recompra, o Fundo terá de suportar, na hipótese de
inadimplência dos Devedores, parte ou a totalidade dos eventuais prejuízos decorrentes
de tal inadimplência, o que pode comprometer a rentabilidade das Cotas Seniores ou
mesmo causar perdas ao Patrimônio Líquido.
14.3.10
Rebaixamento na Classificação de Risco das Cotas Seniores – A
classificação de risco atribuída às Cotas Seniores baseou-se, entre outros fatores, na atual
condição do Cedente. A classificação de risco é revista trimestralmente e não existe
garantia de que permanecerá inalterada durante o prazo de duração do Fundo ou durante a
permanência do Cotista no Fundo. O rebaixamento na classificação de risco das Cotas
Seniores é considerado Evento de Avaliação do Fundo, hipótese em que a Instituição
Administradora convocará imediatamente Assembleia Geral e serão aplicados os demais
procedimentos descritos na cláusula 24 do Regulamento.
14.4
Risco de Liquidez. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes das condições de liquidez dos mercados, em especial na hipótese de redução
ou inexistência de demanda pelos ativos integrantes da carteira do Fundo nos respectivos
26
mercados em que são negociados, devido a características específicas desses ativos ou
dos próprios mercados em que são negociados, afetando tanto os referidos ativos, quanto
as condições de solvência do Fundo. De forma específica, considerando a estrutura do
Fundo, dentro do conceito de Risco de Liquidez incluem-se as seguintes hipóteses:
14.4.1
Fundo Aberto e Insuficiência de Recursos para pagamento do resgate – O
Fundo é constituído sob a forma de condomínio aberto. Quando da eventual solicitação
de resgate de Cotas, resgate de Cotas decorrente da liquidação antecipada do Fundo ou
resgate antecipado das Cotas Seniores, o pagamento das Cotas resgatadas somente será
realizado de acordo com o procedimento descrito no Artigo 17.2 deste Regulamento.
Ainda assim, o Fundo pode não dispor de recursos para pagamento dentro desse prazo
aos Cotistas. Isso porque, por exemplo, o volume de Direitos Creditórios Cedidos pode
ser insuficiente e/ou o adimplemento dos Direitos Creditórios Cedidos pode ainda não ser
exigível dos Devedores. Neste caso, o pagamento aos Cotistas ficaria condicionado: (i)
ao vencimento e pagamento pelos Devedores dos Direitos Creditórios Cedidos do Fundo;
(ii) à venda dos Direitos Creditórios Cedidos a terceiros, com risco de deságio capaz de
comprometer a rentabilidade do Fundo; ou (iii) ao resgate de Cotas Seniores em Direitos
Creditórios. Nas três situações, os Cotistas podem ser obrigados a aguardar até que haja
recursos suficientes para que se efetive o pretendido resgate, bem como sofrer prejuízos
patrimoniais.
14.4.2
Inexistência de mercado secundário ativo para negociação de Direitos
Creditórios – O Fundo deve aplicar seus recursos preponderantemente em Direitos
Creditórios. No entanto, pela sua própria natureza, a aplicação em Direitos Creditórios
apresenta peculiaridades em relação às aplicações usuais da maioria dos fundos de
investimento de renda fixa. Não existe, no Brasil, por exemplo, mercado ativo para
compra e venda de Direitos Creditórios. Assim, caso seja necessária a venda dos Direitos
Creditórios da carteira do Fundo, como nas hipóteses de liquidação antecipada do Fundo
previstas neste Regulamento, poderá não haver compradores ou o preço de negociação
poderá causar perda de patrimônio ao Fundo.
14.5
Risco Proveniente do Uso de Derivativos. Consiste na possibilidade de
ocorrência de perdas resultantes de distorções de preço entre o derivativo e seu ativo
objeto e do aumento da volatilidade do Fundo, havendo inclusive a possibilidade de
verificação de patrimônio líquido negativo para o Fundo.
De forma específica,
27
considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco Proveniente do Uso de
Derivativos inclui-se a seguinte hipótese:
14.5.1
Oscilações no Patrimônio do Fundo – A Gestora poderá contratar
operações de swap de taxas prefixadas pelo IPCA ou ainda operações envolvendo
contratos futuros atrelados à referida taxa, para evitar o risco de descasamento de taxas.
No entanto, há a possibilidade da Gestora não conseguir contratar tais operações, ou,
ainda, de a outra parte não cumprir o contratado. Além disso, a realização de operações
pelo Fundo no mercado de derivativos pode ocasionar variações no Patrimônio Líquido
que levem a perdas patrimoniais ao Fundo e consequentemente aos seus Cotistas, bem
como a necessidade de aporte adicional de recursos por parte dos Cotistas na hipótese de
variação negativa do Patrimônio Líquido.
14.6
Riscos Operacionais: Consistem na possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes de falhas, deficiências ou inadequação dos processos de manutenção de
documentos comprobatórios dos Direitos Creditórios e dos processos operacionais de
cobrança e fluxo financeiro dos Direitos Creditórios. De forma específica, considerando
a estrutura do Fundo, dentro do conceito de riscos operacionais incluem-se as seguintes
hipóteses:
14.6.1
Repasse do Consignante – Os empréstimos são pagos por meio de
consignação em folha realizada pelo Consignante a que o Devedor é vinculado. Caso,
por qualquer razão, o Consignante não repasse os vencimentos dos Devedores, o Fundo
não receberá os recursos decorrentes dos Direitos Creditórios. Além disso, enquanto o
Consignante não voltar a repassar os vencimentos ou benefícios aos Devedores, sua
capacidade de saldar os débitos também ficará prejudicada, o que poderá impactar
negativamente o patrimônio e a rentabilidade do Fundo.
14.6.2
Interrupção da Prestação de Serviços de Banco Depositário – O Itaú
Unibanco S.A. foi contratado pelo Cedente para efetuar o recebimento dos recursos
decorrentes dos pagamentos dos Direitos Creditórios repassados pelos Consignantes. Em
cumprimento ao Contrato de Cessão, o Cedente notificou o Banco Depositário, de forma
irrevogável e irretratável, a realizar a transferência de todos os recursos decorrentes do
pagamento dos Direitos Creditórios repassados pelos Consignantes para cada uma das
contas escrow abertas junto ao Custodiante de titularidade do Cedente (“Contas
Vinculadas”), sendo certo que a movimentação dos recursos constantes das Contas
28
Vinculadas será realizada exclusivamente pelo Custodiante. O Custodiante realizará a
conciliação dos recursos transferidos às Contas Vinculadas e transferirá à conta do Fundo
os recursos decorrentes do pagamento dos Direitos Creditórios. Caso, por qualquer
motivo, o Banco Depositário deixe de prestar esses serviços, tanto o recebimento dos
recursos decorrentes dos Direitos Creditórios, como o repasse dos respectivos montantes
às Contas Vinculadas ficariam prejudicados enquanto não fosse contratado novo banco
depositário para o recebimento dos recursos decorrentes dos Direitos Creditórios. Não
obstante, mesmo com a contratação de um novo banco depositário, nada garante que a
sistemática de cobrança adotada seja tão eficiente quanto a consignação em folha. Além
disso, poderá haver aumento de custos do Fundo com contratação desse serviço.
Quaisquer desses fatos poderiam afetar negativamente a rentabilidade das Cotas.
14.6.3
Falhas do Agente de Cobrança – A cobrança dos Direitos Creditórios
vencidos e não liquidados depende da atuação diligente do Agente de Cobrança e de
eventuais agentes cobradores contratados. Cabe-lhes aferir o correto recebimento dos
recursos e verificar a inadimplência. Assim, qualquer falha de procedimento do Agente
de Cobrança e de agentes contratados poderá acarretar em menor recebimento dos
recursos devidos pelos Devedores. Isto levaria a queda da rentabilidade do Fundo, ou até
a perda patrimonial.
14.6.4
Falhas no Sistema do Consignante – O desconto em folha de pagamento
ou de remuneração das parcelas dos empréstimos e o repasse ao Banco Depositário são
processados por sistema interno de controle do Consignante, não tendo o Agente de
Cobrança, o Banco Depositário, a Instituição Administradora ou o Custodiante controle
sobre tal processamento. Assim, qualquer falha ou alteração no sistema do Consignante
poderia atrasar ou reduzir o desconto dos vencimentos dos Devedores, ou seu repasse ao
Fundo. Se isso ocorresse, a rentabilidade e o patrimônio do Fundo seriam afetados
negativamente enquanto persistisse o problema no sistema, ou até que todos os valores
fossem devidamente repassados.
14.6.5
Auditoria por Amostragem – O Custodiante realizará a verificação da
regularidade da documentação que evidencie o lastro dos Direitos Creditórios Cedidos
por meio de análise dos relatórios eletrônicos enviados pelo Cedente. Entretanto, a
verificação documental (física) da regularidade da documentação que evidencie o lastro
dos Direitos Creditórios Cedidos será realizada apenas por meio de auditoria trimestral e
por amostragem. Considerando que tal auditoria será realizada tão somente após a cessão
29
dos Direitos Creditórios ao Fundo, a carteira do Fundo poderá conter Direitos Creditórios
Cedidos cuja documentação apresente irregularidades, o que poderá obstar o pleno
exercício pelo Fundo das prerrogativas decorrentes da titularidade dos Direitos
Creditórios Cedidos.
14.6.6
Guarda da Documentação – O Custodiante é responsável pela guarda da
documentação física representativa dos Direitos Creditórios Cedidos. Além disso, o
Custodiante tem a faculdade de contratar terceiros para a prestação de serviços de
depósito, guarda e processamento dos documentos relacionados aos Direitos Creditórios,
desde que o Custodiante se mantenha responsável por esse terceiro. Ainda que o
Custodiante continue responsável pela guarda física dos Documentos Comprobatórios, a
contratação de terceiros para a prestação de tais serviços poderá representar dificuldade
adicional à verificação da documentação comprobatória dos Direitos Creditórios Cedidos
ao Fundo, podendo gerar perdas ao Fundo e, consequentemente, aos seus Cotistas.
14.6.7
A inexistência de verificação prévia pelo Custodiante e pela Instituição
Administradora dos Documentos Comprobatórios - Quando da oferta dos Direitos
Creditórios pelo Cedente ao Fundo, a Instituição Administradora e o Custodiante não
verificarão se os Direitos Creditórios (i) estão amparados por Documentos
Comprobatórios que evidenciam o lastro dos Direitos Creditórios, sendo certo que tal
verificação será realizada a posteriori, por meio de auditoria por amostragem; (ii)
apresentem qualquer vício ou defeito que prejudique a sua cobrança em face do Devedor;
ou (iii) sejam objeto de ônus, gravames ou encargos constituídos previamente a aquisição
do mesmo pelo Fundo. A inexistência de Documentos Comprobatórios que evidenciem o
lastro dos Direitos Creditórios e a ocorrência de qualquer dos eventos acima referidos
poderá resultar em redução no valor do Patrimônio Líquido e, consequentemente, em
perdas para os Cotistas.
14.7
Risco de Descontinuidade. Consiste na possibilidade de ocorrência de
perdas resultantes de eventual liquidação antecipada do Fundo, havendo, inclusive, a
possibilidade de entrega de Direitos Creditórios aos Cotistas. De forma específica,
considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de Descontinuidade
inclui-se a seguinte hipótese:
14.7.1
Possibilidade de Resgate Antecipado das Cotas Seniores – Observado o
disposto neste Regulamento, o Fundo poderá resgatar as Cotas Seniores antecipadamente
30
(i) caso ocorra qualquer Evento de Liquidação, (ii) se assim deliberado pela Assembleia
Geral ou (iii) compulsoriamente, com vistas a enquadrar o Patrimônio Líquido do Fundo
à Relação Mínima e/ou à Alocação Mínima. Por este motivo, os Cotistas poderão ter seu
horizonte original de investimento reduzido e poderão não conseguir reinvestir os
recursos recebidos com a mesma remuneração buscada pelo Fundo, não sendo devido
pelo Fundo, pela Instituição Administradora, pelo Custodiante, pelo Cedente, todavia,
qualquer multa ou penalidade, a qualquer título, em decorrência de tal antecipação de
pagamento.
14.7.1.1
Ocorrendo tal liquidação antecipada, o Fundo pode não dispor de recursos
para pagamento aos Cotistas (por exemplo, pelo fato de os Direitos Creditórios Cedidos
ainda não serem exigíveis dos respectivos Devedores). Neste caso, ou (i) os Cotistas
teriam suas Cotas resgatadas em Direitos Creditórios; ou (ii) o pagamento do resgate das
Cotas ficaria condicionado (a) ao vencimento e pagamento pelos Devedores dos Direitos
Creditórios Cedidos; ou (b) à venda dos Direitos Creditórios Cedidos a terceiros, sendo
que o preço praticado poderia causar perda aos Cotistas.
14.8
Riscos de Originação. Consistem na possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes de vícios na originação dos Direitos Creditórios. De forma específica,
considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Riscos de Originação incluemse as seguintes hipóteses:
14.8.1
Vícios Questionáveis – Os Direitos Creditórios Cedidos são originados de
contratos celebrados entre o Cedente e os Devedores. Esses contratos e demais
documentos relativos aos Direitos Creditórios podem apresentar vícios questionáveis
juridicamente, podendo ainda apresentar irregularidades de forma ou conteúdo. Entre
tais vícios ou irregularidades estaria a falta de lastro em verdadeiro empréstimo
desembolsado a favor dos Devedores, por erro ou fraude do Cedente. Assim, poderia ser
necessária decisão judicial para efetivação do pagamento relativo a tais Direitos
Creditórios pelos Devedores, ou ainda poderia ser proferida decisão judicial desfavorável.
Em qualquer caso, o Fundo poderia sofrer prejuízos, seja pela demora, seja pela ausência
de recebimento de recursos.
14.8.2
Fraude na Obtenção de Empréstimo – O Fundo adquirirá Direitos
Creditórios decorrentes de contratos de empréstimo pessoal com pagamento por meio de
desconto em folha de pagamento ou de remuneração. O Fundo poderá, eventual e
31
involuntariamente, adquirir Direitos Creditórios relacionados a empréstimos cujo
tomador do crédito tenha-se utilizado de meio fraudulento para a sua obtenção,
identificando-se falsamente para obter empréstimo em nome e sob a responsabilidade de
terceiros. Ocorrida essa hipótese, o Fundo não poderá exigir o pagamento dos
empréstimos por parte dos Devedores lesados, restando-lhe somente exigir do Cedente a
restituição do preço pago na aquisição dos Direitos Creditórios Cedidos fraudulentos. A
restituição devida pelo Cedente pode demorar ou simplesmente não ocorrer. Em ambos
os casos, haveria impacto negativo no patrimônio e na rentabilidade do Fundo.
14.9
Risco do Originador. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes de eventual rescisão do Contrato de Cessão pelo Cedente, da interrupção das
operações do Cedente e da concorrência do mercado de atuação do Cedente. De forma
específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco do Originador
incluem-se as seguintes hipóteses:
14.9.1
Rescisão do Contrato de Cessão e Originação de Direitos Creditórios – O
Cedente, sem prejuízo das penalidades previstas no Contrato de Cessão pode, a qualquer
momento, deixar de ceder Direitos Creditórios ao Fundo. Assim, a existência do Fundo
está condicionada à continuidade das operações do Cedente com Direitos Creditórios
elegíveis nos termos deste Regulamento, inclusive em volume suficiente para alcançar a
remuneração das Cotas Seniores, bem como à vontade unilateral do Cedente em ceder
Direitos Creditórios ao Fundo.
14.9.2
Risco de Concorrência – O mercado de empréstimo com consignação em
folha de pagamento ou de remuneração vem se expandindo de forma significativa nos
últimos anos, o que levou ao correspondente aumento de instituições que passaram a
atuar nesse segmento. É possível que os concorrentes do Cedente, por diversos motivos,
ofereçam condições e taxas mais vantajosas para esse produto. Se isso ocorrer, poderia
haver migração da clientela do Cedente para instituições concorrentes, o que poderia
levar à liquidação antecipada de parte dos contratos de empréstimo já existente e/ou à
redução do número de empréstimos com consignação em folha concedidos pelo Cedente.
A redução da clientela poderia resultar em quantidade insuficiente de Direitos Creditórios
elegíveis para a manutenção da Alocação Mínima do Fundo, podendo ocasionar sua
liquidação antecipada. Além disso, também em virtude da concorrência, seria possível
que o Fundo tivesse que reduzir as taxas cobradas nos empréstimos com consignação em
folha. Se essa redução for significativa, a rentabilidade do Fundo seria afetada
32
negativamente.
14.9.3
Riscos Operacionais do Originador – O Cedente, na qualidade de
originador dos Direitos Creditórios, sujeita o Fundo a incidir em perdas decorrentes de
falhas, deficiências ou inadequação dos processos internos do Cedente, pessoas e
sistemas, ou eventos externos, incluindo o risco legal associado à inadequação ou
deficiência nos contratos de empréstimo, bem como dos processos operacionais do
Cedente e fluxo financeiro de pagamento dos empréstimos.
14.9.4
Efeitos da Política Econômica do Governo – Medidas adotadas pelo
governo federal, relativamente a política monetária do Brasil, podem ocasionar escassez
de crédito e, consequentemente, diminuir a capacidade de concessão de crédito pelo
Cedente.
14.10
Risco de Questionamento da Validade e Eficácia da Cessão. Consiste na
possibilidade de ocorrência de perdas resultantes do fato da cessão de Direitos
Creditórios, nos casos expressamente previstos em lei, ser invalidada ou tornar-se
ineficaz por determinação judicial. De forma específica, considerando a estrutura do
Fundo, dentro do conceito de Risco de Questionamento da Validade e Eficácia da Cessão
incluem-se as seguintes hipóteses:
14.10.1
Invalidade ou ineficácia da cessão de Direitos Creditórios – Com relação
à Cedente, a cessão de Direitos Creditórios poderia ser invalidada ou tornada ineficaz,
impactando negativamente o patrimônio do Fundo, caso fosse realizada em:
i)
fraude contra credores, inclusive da massa, se no momento da cessão o Cedente
estivesse insolvente ou se com ela passasse ao estado de insolvência;
ii)
fraude de execução, caso (a) quando da cessão o Cedente fosse sujeito passivo de
demanda judicial capaz de reduzi-lo à insolvência; ou (b) sobre os Direitos
Creditórios Cedidos pendesse demanda judicial fundada em direito real; e
iii)
fraude à execução fiscal, se o Cedente, quando da celebração da cessão de
créditos, sendo sujeito passivo por débito para com a Fazenda Pública, por crédito
tributário regularmente inscrito como dívida ativa, não dispusesse de bens para
total pagamento da dívida fiscal.
33
14.10.2
Ausência de Notificação aos Devedores – De início, a cessão dos Direitos
Creditórios ao Fundo não será informada aos Devedores por meio de notificação. A
notificação dos Devedores será facultada ao Fundo, pois a notificação não é condição de
validade da cessão, mas apenas de eficácia da mesma em relação ao Devedor, nos termos
do artigo 290 do Código Civil, e o procedimento para cobrar os Direitos Creditórios não
sofrerá alteração após a cessão promovida pelo presente Contrato.
14.10.2.1
Nesse sentido, caso seja necessário alterar os mecanismos de cobrança, os
Devedores não estão obrigados a realizar qualquer pagamento com relação aos Direitos
Creditórios Cedidos diretamente ao Fundo até que sejam notificados da referida cessão.
Nessa hipótese, o patrimônio do Fundo e a rentabilidade das Cotas Seniores poderiam ser
afetados negativamente.
14.10.2.2
Caso haja necessidade de notificação, e o Fundo, por qualquer motivo, não
consiga efetuar a notificação de todos os Devedores, os Direitos Creditórios Cedidos
relativos aos Devedores não notificados poderão não ser recebidos, ou ser recebidos com
atraso, o que poderia afetar negativamente a rentabilidade das Cotas.
14.10.3
Ausência de notificação ao Consignante - A cessão de crédito estabelecida
no Contrato de Cessão não foi objeto de notificação prévia ao Consignante, contendo
instruções para que este efetue o pagamento dos valores da consignação diretamente ao
Fundo. Na hipótese de extinção ou rescisão do Contrato de Cessão ou descumprimento
pelo Consignante de suas obrigações relativas ao repasse dos valores consignados, o
Consignante não estará obrigado a realizar qualquer pagamento com relação aos Direitos
Creditórios Cedidos diretamente ao Fundo. Tal evento poderá resultar em perda, por parte
dos Cotistas, do valor principal de suas aplicações.
14.11
Risco de Fungibilidade. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes da ausência de segregação do fluxo de pagamento dos Direitos Creditórios
cedidos ao Fundo. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do
conceito de Risco de Fungibilidade inclui-se a seguinte hipótese:
14.11.1
Intervenção no ou Liquidação Extrajudicial do Banco Depositário -
Repasse dos recursos pelo Banco Depositário – A liberação e/ou recuperação pelo Banco
Depositário de recursos de titularidade do Fundo (i) que se encontra em nome do Banco
34
BMG quando ou após a decretação de sua intervenção, liquidação extrajudicial ou regime
especial de administração temporária e/ou (ii) que venham, a qualquer título, ser
bloqueados ou retidos pelo Banco Depositário, por ações judiciais ou extrajudiciais,
poderá depender da instauração de procedimentos administrativos ou judiciais pela
Instituição Administradora, por conta e ordem do Fundo. O tempo de duração e o
resultado de quaisquer dos procedimentos acima referidos não podem ser objetivamente
definidos, podendo gerar eventuais prejuízo ao Fundo e consequentemente aos Cotistas.
14.12
Riscos de Concentração. Consiste na possibilidade de ocorrência de
perdas resultantes de eventuais níveis elevados de concentração no Cedente e/ou nos
Devedores. De forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito
de Risco de Concentração incluem-se as seguintes hipóteses:
14.12.1
Risco de Concentração da Carteira – A totalidade dos Direitos
Creditórios será cedida pelo Cedente. O risco da aplicação no Fundo terá íntima relação
com a concentração da carteira, sendo que, quanto maior for a concentração, maior será a
chance de o Fundo sofrer perda patrimonial significativa que afete negativamente a
rentabilidade das Cotas.
14.12.2
Risco de Concentração em Títulos Públicos – É permitido ao Fundo
adquirir e manter em sua carteira, durante os primeiros 90 dias de funcionamento, até
100% de seu Patrimônio Líquido representado por Ativos Financeiros. Após esses 90
dias, o investimento em referidos ativos deverá representar percentual menor que 50% da
carteira do Fundo. Em qualquer dos casos se, por qualquer motivo, os emissores e/ou as
contrapartes dos Ativos Financeiros não honrarem seus compromissos, há chance de o
Fundo sofrer perda patrimonial significativa, o que afetaria negativamente a rentabilidade
das Cotas.
14.13
Risco de Pré-pagamento. Consiste na possibilidade de ocorrência de
perdas resultantes do pagamento antecipado pelos Devedores com taxa de desconto que
possam afetar a rentabilidade da carteira do Fundo. De forma específica, considerando a
estrutura do Fundo, dentro do conceito de risco de pré-pagamento inclui-se a seguinte
hipótese:
14.13.1
Risco de Pagamento Antecipado – Os Devedores têm a faculdade legal de
liquidar antecipadamente os empréstimos contraídos junto ao Cedente, sendo que na
35
ocorrência desse fato, o saldo devedor é trazido a valor presente, descontando-se a taxa
de juros que incidiria sobre as parcelas vincendas. O possível prejuízo que decorreria da
diferença positiva entre o valor a receber das parcelas liquidadas antecipadamente,
trazido a valor presente pela taxa de cessão dos Direitos Creditórios Cedidos, e a quantia
paga pelo Devedor na liquidação antecipada deverá ser absorvido pelo Cedente. Caso o
Cedente não honre sua obrigação, a rentabilidade do Fundo poderá ser afetada
negativamente.
14.14
Risco de Governança. Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas
resultantes da hipótese de integralização adicional e resgate de Cotas que possam
modificar a relação de poderes para alteração dos termos e condições da operação. De
forma específica, considerando a estrutura do Fundo, dentro do conceito de Risco de
Governança inclui-se a possibilidade de a qualquer tempo ser resgatadas ou emitidas
novas Cotas, o que pode modificar a relação de poderes para alteração dos termos e
condições do Regulamento. Tais alterações poderão afetar, dentre outras coisas, o modo
de operação do Fundo e acarretar perdas patrimoniais aos Cotistas.
14.15
Outros Riscos
14.15.1
Intervenção ou Liquidação do Custodiante – O Fundo terá conta corrente no
Custodiante. Na hipótese de intervenção ou liquidação extrajudicial deste, há possibilidade
de os recursos ali depositados serem bloqueados e somente por via judicial serem
recuperados para o Fundo, o que afetaria sua rentabilidade e poderia levá-lo a perder parte
do seu patrimônio.
14.15.2
Alteração do Regulamento – O presente Regulamento, em consequência
de normas legais ou regulamentares ou por determinação da CVM, pode ser alterado
independentemente da realização de Assembleia Geral. Tais alterações poderão afetar o
modo de operação do Fundo e acarretar perdas patrimoniais aos Cotistas.
14.15.3
Dação em pagamento de Direitos Creditórios – No caso de liquidação do
Fundo, ordinária ou antecipada, em que a Assembleia Geral deliberar o resgate das Cotas
do Fundo mediante dação em pagamento de Direitos Creditórios, os titulares de Cotas
poderão encontrar dificuldades para (i) negociar os Direitos Creditórios recebidos; e/ou
(ii) cobrar os Direitos Creditórios inadimplentes.
36
14.15.4
Propriedade das Cotas e não dos Direitos Creditórios - Apesar de a
carteira do Fundo ser constituída, predominantemente, pelos Direitos Creditórios, a
propriedade das Cotas não confere, a seus titulares, propriedade direta sobre os Direitos
Creditórios ou sobre fração ideal específica dos Direitos Creditórios. Os direitos dos
Cotistas não são exercidos sobre todos os ativos da carteira do Fundo de modo
individualizado, mas sim de maneira proporcional, de acordo com o número de Cotas
possuídas pelos Cotistas individualmente.
14.16
Gerenciamento de Riscos
14.16.1
Os riscos a que está exposto o Fundo, dentre os quais os descritos nesta
cláusula 14 deste Regulamento, e o cumprimento da política de investimento do Fundo,
descrita na cláusula 9 deste Regulamento, são monitorados por área de gerenciamento de
risco e de compliance separada da área de gestão. A área de gerenciamento de risco
utiliza modelo de controle de risco de mercado, visando a estabelecer o nível máximo de
exposição a risco. A utilização dos mecanismos de controle de riscos não elimina a
possibilidade de perdas pelos Cotistas.
15.
COTAS DO FUNDO
15.1
As Cotas correspondem a frações ideais do patrimônio do Fundo.
15.2.1
A Relação Mínima admitida entre o Patrimônio Liquido do Fundo e o
valor total das Cotas Seniores é de 128,20% (cento e vinte oito vírgula vinte por cento).
15.2.2
A Relação Mínima deve ser apurada pelo Custodiante todo Dia Útil.
15.2.3
Na hipótese de desenquadramento da Relação Mínima por 2 (dois) Dias
Úteis consecutivos, o Cedente será imediatamente informado de tal fato pela Instituição
Administradora, por meio do envio de um Aviso de Desenquadramento, na forma do
Anexo V deste Regulamento, com cópia à Instituição Administradora.
15.2.3.1
O Cedente deverá responder o Aviso de Desenquadramento, com cópia
para o Custodiante, impreterivelmente até o 1º (primeiro) Dia Útil subsequente à data do
seu recebimento, informando por escrito se deseja, a seu exclusivo critério, integralizar
ou não novas Cotas Subordinadas. Caso deseje integralizar novas Cotas Subordinadas, o
37
Cedente deverá se comprometer de modo irretratável e irrevogável a, em até 2 (dois) Dias
Úteis do recebimento do Aviso de Desenquadramento, subscrever Cotas Subordinadas
em valor equivalente a, no mínimo, o necessário para reenquadramento da Relação
Mínima.
15.3
As Cotas Seniores e as Cotas Subordinadas serão emitidas por seu valor
calculado na forma definida nos itens 19.3.1 e 19.3.2 deste Regulamento,
respectivamente, em vigor no Dia Útil da efetiva disponibilização dos recursos pelo
investidor à Instituição Administradora, e deverão ser integralizadas em moeda corrente
nacional, por meio de qualquer mecanismo de transferência de recursos autorizado pelo
Banco Central do Brasil.
15.3.1
Em se tratando de Cotas Subordinadas, admite-se que a aquisição e o
resgate sejam efetuados em Direitos Creditórios, na forma e proporção acordadas entre a
Instituição Administradora e o investidor. Neste caso, deverá ser observada a Relação
Mínima prevista no item 15.2.1 acima.
15.4
As Cotas serão escriturais, mantidas em conta de depósitos em nome de
seus respectivos titulares.
15.4.1
A qualidade de Cotista caracteriza-se pela abertura de conta de depósitos
em nome do Cotista. Por ocasião de seu ingresso no Fundo, cada Cotista deverá aderir
aos termos deste Regulamento, mediante a assinatura de Termo de Adesão.
15.5
As Cotas só podem ser colocadas por instituição integrante do sistema de
distribuição de valores mobiliários.
15.6
O valor mínimo de aplicação no Fundo será de R$ 25.000,00 (vinte e
cinco mil reais).
16.
CLASSES DE COTAS E REMUNERAÇÃO
16.1
As Cotas serão divididas em Cotas Seniores e Cotas Subordinadas, todas
intransferíveis após sua emissão.
16.2
Cada Cota dará direito a um voto nas Assembleias Gerais.
38
16.3
As Cotas Seniores são aquelas que não se subordinam entre si e têm
preferência em relação às Cotas Subordinadas para efeitos de resgate e distribuição dos
rendimentos da carteira do Fundo.
16.3.1
Observado o disposto nos itens 16.3.2, e 16.3.3 abaixo, as Cotas Seniores
serão valorizadas a partir da primeira data de emissão de Cotas Seniores, de acordo com a
seguinte fórmula:
sendo,
= Valor da Cota Sênior diária, calculado com 8 (oito) casas decimais, sem
arredondamento, na data t;
= Valor da Cota Sênior diária, calculado com 8 (oito) casas decimais, sem
arredondamento, na data t – 1;
IPCA = Variação percentual mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA,
calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, referente ao mês
imediatamente anterior ao vigente; ou no caso de indisponibilidade do IPCA para o mês
vigente, será utilizada a última projeção do IPCA divulgada pela ANBIMA, na respectiva
data de cálculo, não obstante a eventual necessidade de ajuste futuro em decorrência da
divulgação, pelo IBGE, do respectivo índice oficial;
dum = número de Dias Úteis do mês vigente;
TAXA = Será a maior taxa entre: (i) 6,00% (seis por cento) ao ano; e (ii) a taxa de
mercado da NTN-B de vencimento mais longo dentro do período de até 3 (três) anos de
vencimento, com base na taxa indicativa de fechamento divulgado pela ANBIMA, do
último Dia Útil do mês de junho, para o período de julho a dezembro, e taxa indicativa do
último Dia Útil do mês de dezembro, para o período de janeiro a junho, acrescido de um
spread de 2,00% (dois por cento), calculado da seguinte forma:
39
TAXA = [(1+ Taxa NTN-B) x (1+ 2,00/100)] – 1
16.3.2
Caso exista mais de uma série de NTN-B com o mesmo vencimento
atendendo a determinação do item acima, será adotada a média simples entre as taxas
indicativas das referidas séries.
16.3.3
Para início das atividades do Fundo, a “Taxa NTN-B” pertencente à
fórmula indicada no item 16.3.1 acima será considerada a taxa indicativa de fechamento
do último Dia Útil do mês anterior ao da data do primeiro aporte de recursos, divulgado
pela ANBIMA, até que esta seja alterada pela taxa indicativa divulgada no último Dia
Útil dos meses de junho e dezembro.
16.4
As Cotas Subordinadas são aquelas que se subordinam às Cotas Seniores
para efeitos de resgate e distribuição dos rendimentos da carteira do Fundo e que poderão
ter diferentes níveis de subordinação entre si.
16.4.1
Em todo Dia Útil, após o cálculo do valor das Cotas Seniores, acrescido
dos rendimentos no período, conforme a fórmula de rentabilidade estabelecida no item
16.3.1 acima, o eventual excedente decorrente da valorização da carteira do Fundo no
período será incorporado às Cotas Subordinadas.
16.5
As Cotas Seniores e as Cotas Subordinadas terão valor unitário de
R$1.000,00 (um mil reais) na data da primeira emissão de cotas.
17.
RESGATE DE COTAS
17.1
As solicitações de resgate de Cotas Seniores poderão ser efetuadas
diretamente à Instituição Administradora, entre os dias 01 e 15 dos meses de janeiro e
julho de cada exercício social (“Datas de Reserva de Resgate”), observado o item 17.6
abaixo.
17.1.2
Uma vez solicitado o Resgate, este não poderá ser cancelado ou adiado.
17.1.3
Mediante a solicitação de resgate pelo Cotista, a Gestora deverá, se
necessário, interromper imediatamente a aquisição de novos Direitos Creditórios e passar
40
a segregar Ativos Financeiros em montante, no mínimo, equivalente ao valor de resgate
solicitado para pagamento no prazo previsto neste Regulamento.
17.2
O resgate das Cotas Seniores solicitado nas Datas de Reserva de Resgate
somente será pago em 756 (setecentos e cinquenta e seis) Dias Úteis contados da Data de
Reserva de Resgate, sendo certo que para apuração do valor do resgate das Cotas
Seniores será considerado o valor da Cota Sênior do Dia Útil imediatamente anterior ao
do pagamento do resgate ao Cotista.
17.3
Exceto conforme o disposto nos itens 17.4 a 17.11 abaixo, todo e qualquer
resgate de Cotas Seniores do Fundo deverá observar as condições e o prazo estabelecidos
nos itens 17.1 e 17.2 acima.
17.4
Caso o montante de Cotas Subordinadas seja superior ao necessário para
que a Relação Mínima seja atendida, os Cotistas titulares das Cotas Subordinadas
poderão, a qualquer momento, solicitar o resgate de Cotas Subordinadas, até o limite do
necessário para que, considerado pro forma o resgate das Cotas Subordinadas objeto da
solicitação de resgate, a Relação Mínima seja mantida, desde que não esteja em curso um
Evento de Avaliação ou Evento de Liquidação no momento da solicitação de resgate das
Cotas Subordinadas. Nesse caso, não serão observados os procedimentos previstos no
item 17.5 abaixo.
17.4.1
Na hipótese do item 17.4 acima, após verificar o atendimento da Relação
Mínima, a Instituição Administradora providenciará o pagamento do resgate das Cotas
Subordinadas no prazo de 5 (cinco) Dias Úteis contados da data do recebimento da
solicitação de resgate, sendo certo que para apuração do valor do resgate das Cotas
Subordinadas será considerado o valor da Cota Subordinada do Dia Útil imediatamente
anterior ao do pagamento do resgate ao Cotista.
17.5
Caso, a qualquer momento, os titulares de Cotas Subordinadas solicitem o
resgate de Cotas Subordinadas em montante superior ao necessário para que a Relação
Mínima seja atendida, a Instituição Administradora providenciará o pagamento do
resgate das Cotas Subordinadas no prazo de 60 dias contados da data do recebimento da
solicitação de resgate e serão observados os procedimentos descritos nos itens 17.5.1 a
17.5.4 abaixo.
41
17.5.1
Em até 3 (três) Dias Úteis do recebimento da solicitação do resgate de
Cotas Subordinadas que, considerado pro forma, faça com que a Relação Mínima não
seja atendida, a Instituição Administradora deverá enviar aos Cotistas titulares de Cotas
Seniores correspondência eletrônica ou carta, direcionada ao endereço informado por
cada um deles, comunicando-os sobre o valor do resgate solicitado e a data em que ele
será efetivado.
17.5.2
Os Cotistas titulares de Cotas Seniores poderão requerer o resgate de suas
Cotas em até 20 (vinte) dias após o envio da comunicação referida no item 17.5.1 acima.
Nessa hipótese, a Instituição Administradora providenciará o pagamento do valor do
resgate das Cotas Seniores cujos titulares tenham se manifestado nesse sentido, no prazo
de 20 (vinte) dias contados da data do recebimento da solicitação de resgate formulada
pelos referidos Cotistas Seniores. Tal resgate deverá ser integralmente concluído antes do
início do resgate das Cotas Subordinadas.
17.5.3
Após o término do prazo estabelecido no item 17.5 e o resgate integral das
Cotas Seniores objeto de solicitação de resgate nos termos do item 17.5.2, a Instituição
Administradora providenciará o pagamento do resgate das Cotas Subordinadas que
tenham sido objeto de solicitação de resgate.
17.5.4
Na hipótese deste item 17.5, a Instituição Administradora deverá convocar
uma Assembleia Geral, no prazo de até 5 (cinco) Dias Úteis contados da data do
pagamento do resgate das Cotas Subordinadas, para deliberar sobre a alteração do item
15.2.1 deste Regulamento, de forma a estabelecer uma nova Relação Mínima. A
impossibilidade, por qualquer motivo, de aprovação da alteração do Regulamento
prevista neste item 17.5.4 será considerada um Evento de Liquidação do Fundo.
17.6
Na hipótese de a data de pagamento das Cotas resgatadas não coincidir
com um Dia Útil, os valores correspondentes a tal resgate serão pagos aos Cotistas no
primeiro Dia Útil subsequente, não havendo direito a qualquer acréscimo por parte dos
Cotistas.
17.7
Não será admitido o resgate de Cotas desde a data do envio da convocação
para a Assembleia Geral que tenha como assunto a liquidação do Fundo, até a ocorrência
da Assembleia Geral que delibere definitivamente sobre o tema.
42
17.8
Na hipótese de se decidir, em Assembleia Geral, pela não liquidação do
Fundo, os Cotistas Dissidentes terão a faculdade de solicitar o resgate de suas Cotas,
calculadas pelo valor apurado no dia do respectivo resgate. Nessa hipótese, o resgate será
pago no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de recebimento da
solicitação de resgate.
17.9
Mediante aprovação dos Cotistas reunidos em Assembleia Geral
especialmente convocada para esse fim, a Instituição Administradora poderá realizar o
resgate compulsório das Cotas Seniores e das Cotas Subordinadas, conforme o caso,
exclusivamente para fins de enquadramento do Patrimônio Líquido do Fundo (i) à
Relação Mínima e/ou (ii) à Alocação Mínima, calculadas pelo valor apurado no dia do
respectivo resgate, observadas as disposições dos itens 17.9.1 a 17.9.4 abaixo.
17.9.1
A Instituição Administradora deverá convocar uma Assembleia Geral no
prazo de até 10 (dez) Dias Úteis contados da data em que ficar constatado um dos
seguintes eventos, para deliberar sobre o resgate compulsório de Cotas: (a)
descumprimento da Relação Mínima por 2 (dois) Dias Úteis consecutivos, que não seja
sanado pelo Cotista titular de Cotas Subordinadas na forma e nos prazos previstos no
item 15.2.3.1; e (b) desenquadramento da Alocação Mínima por 30 (trinta) dias
consecutivos.
17.9.2
A Instituição Administradora fará constar da referida convocação as
informações sobre o desenquadramento em questão e a quantidade de Cotas Seniores e
Cotas Subordinadas, conforme o caso, que deverão ser resgatadas compulsoriamente para
viabilizar o reenquadramento.
17.9.3
Caso os Cotistas aprovem o resgate compulsório, a Instituição
Administradora providenciará o pagamento das Cotas objeto do resgate no prazo de 10
(dez) Dias Úteis contados da data da realização da Assembleia Geral referida no Item
17.9.2 acima, observadas as seguintes regras:
i)
no resgate compulsório decorrente de descumprimento da Relação Mínima, serão
resgatadas apenas Cotas Seniores; e
ii)
no resgate compulsório decorrente de desenquadramento da Alocação Mínima,
serão resgatadas primeiramente tantas Cotas Subordinadas quantas sejam
43
necessárias para que a carteira do Fundo seja reenquadrada, até o limite do
necessário para a manutenção da Relação Mínima, e, após atingido esse limite,
caso a Aplicação Mínima ainda não tenha sido satisfeita, serão resgatadas tantas
Cotas Seniores quantas sejam necessárias para o reenquadramento da carteira do
Fundo.
17.9.4
Caso, na Assembleia Geral mencionada no item 17.9.2 acima, os Cotistas
por qualquer motivo não aprovem a realização do resgate compulsório, tal fato será
considerado um Evento de Liquidação Antecipada, nos termos e para os fins da cláusula
24 abaixo.
17.10
Qualquer resgate compulsório afetará todos os Cotistas Seniores de forma
proporcional aos seus respectivos investimentos no Fundo, em iguais condições.
17.11
Na hipótese de o Fundo não ter liquidez para efetivar o resgate solicitado
nos prazos previstos nesta cláusula 17, o correspondente pagamento deverá ocorrer no
primeiro Dia Útil em que houver recursos disponíveis para tanto, sem prejuízo da
prioridade de contingenciamento ou pagamento de eventuais despesas e obrigações do
Fundo, sendo observado que a Instituição Administradora deverá sempre manter recursos
no caixa do Fundo que sejam suficientes para honrar as despesas/encargos dos próximos
3 (três) meses.
18.
FUNDO
DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS DA CARTEIRA DO
18.1
Independentemente da classe, as Cotas serão valorizadas todo Dia Útil,
conforme a distribuição dos rendimentos da carteira do Fundo descrita nesta cláusula. A
primeira distribuição ocorrerá no primeiro Dia Útil seguinte à primeira integralização de
Cotas.
18.2
Todo Dia Útil, desde que o Patrimônio Líquido assim permita e após o
pagamento ou provisionamento das despesas e encargos do Fundo, será incorporado ao
valor de cada Cota Sênior, a título de distribuição dos resultados da carteira do Fundo
relativos ao Dia Útil imediatamente anterior, a remuneração definida no item 16.3.1 deste
Regulamento, incidente sobre o valor da Cota Sênior no Dia Útil imediatamente anterior.
44
18.3
A presente cláusula não constitui promessa de rendimentos, estabelecendo
meramente critérios e preferências para distribuição de rendimentos entre os Cotistas das
diferentes classes existentes.
19.
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS ATIVOS DO FUNDO E
DAS COTAS DE CADA CLASSE
19.1
Os ativos do Fundo terão seu valor calculado todo Dia Útil, mediante a
utilização da metodologia abaixo referida de apuração do seu valor de mercado.
19.1.1
Os Ativos Financeiros terão seu valor de mercado apurado conforme a
metodologia de precificação constante no manual de apreçamento do Custodiante
disponibilizado na página do Custodiante na rede mundial de computadores.
19.1.2
Os Direitos Creditórios Cedidos terão seu valor calculado, todo Dia Útil,
de acordo com a taxa de juros respectiva, a qual contempla o percentual da perda
histórica da carteira do Cedente, observado o disposto na Instrução CVM n.º 489/11,
assim como as provisões e as perdas com Direitos Creditórios ou com os Outros Ativos
integrantes da carteira do Fundo serão, respectivamente, efetuadas ou reconhecidas nos
termos da Instrução CVM n.º 489/11. Decorrido o primeiro ano de vigência do Fundo,
será apurada nova perda histórica da carteira relativo aos Direitos Creditórios, adquiridos
pelo Fundo, após este período tal verificação ocorrerá semestralmente, visando o
acompanhamento de eventual alteração na qualidade dos Direitos Creditórios, a
Instituição Administradora promoverá a constituição de provisão complementar para
fazer face aos Direitos Creditórios de liquidação duvidosa, considerando a seguinte
fórmula:
> valor entre (B) ou (C) - (A)
Onde:
(B) = “nova perda histórica”, percentual apurado mensalmente a partir do sétimo mês,
inclusive, que será identificado pelos valores elencados na linha > de 180 (cento e
oitenta) dias na Tabela “a”, acrescido das recompras realizadas no período, dividido pela
carteira de Direitos Creditórios.
45
(C) = “critério de atraso”, percentual apurado, considerando a somatória dos valores
contidos na distribuição da Tabela “a”, contemplando todos os contratos de um mesmo
devedor e que apresentem parcelas vencidas e não pagas, acrescido das parcelas
vincendas, observando sempre a maior faixa de atraso do contrato, aplicando-se os
percentuais de perda em relação aos dias de atraso.
Tabela "a"
dias em atraso
%*
1 a 14
0,50%
15 a 30
1%
31 a 60
3%
61 a 90
10%
91 a 120
30%
121 a 150
50%
151 a 180
70%
> 180
100%
* % aplicável sobre total do contrato
(A) = “perda histórica”, significa o percentual de perda apurado, disposto no relatório
inicial de rating que será utilizado na composição da taxa de juros para aquisição dos
Direitos Creditórios.
Sendo (B) ou (C) superior a (A), será constituída provisão para Direitos Creditórios de
liquidação duvidosa.
19.2
Na hipótese de se verificar pela Instituição Administradora a existência de
mercado ativo dos Direitos Creditórios cujas características sejam semelhantes às dos
Direitos Creditórios Cedidos integrantes da carteira do Fundo, estes passarão a ser
avaliados conforme os preços praticados em mercados organizados nas operações
realizadas com os mesmo tipos de ativos, levando em consideração volume, coobrigação
e prazo. A forma de avaliação dos Direitos Creditórios deverá ser informada pela
Instituição Administradora.
19.3
As Cotas de cada classe do Fundo terão seu valor calculado todo Dia Útil.
46
19.3.1
O valor unitário das Cotas Seniores será o menor dos seguintes valores:
i)
o resultado da divisão do Patrimônio Líquido pelo número de Cotas
Seniores; ou
ii)
o valor apurado conforme o método de cálculo descrito na cláusula 18
deste Regulamento.
19.3.2
O valor unitário das Cotas Subordinadas será o resultado da divisão do
eventual saldo remanescente do Patrimônio Líquido, após a subtração do valor de todas
as Cotas Seniores, pelo número total de Cotas Subordinadas.
19.3.3
Para efeitos de resgate de Cotas, será utilizado o valor da Cota do Dia Útil
imediatamente anterior ao do pagamento do resgate ao Cotista.
20.
DESPESAS E ENCARGOS DO FUNDO
20.1
Constituem encargos do Fundo, além da Taxa de Administração:
i)
taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou
autárquicas, que recaiam ou venham a recair sobre os bens, direitos e
obrigações do Fundo;
ii)
despesas com o registro de documentos em cartório, impressão, expedição
e publicação de relatórios, formulários e informações periódicas, previstas
no presente Regulamento ou na regulamentação pertinente;
iii)
despesas com correspondências de interesse do Fundo, inclusive
comunicações aos Cotistas;
iv)
honorários e despesas do auditor encarregado da revisão das
demonstrações financeiras e das contas do Fundo e da análise de sua
situação e da atuação da Instituição Administradora;
v)
emolumentos e comissões pagas sobre as operações do Fundo;
47
vi)
honorários de advogados, custas e despesas correlatas feitas em defesa dos
interesses do Fundo, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da
condenação, caso o mesmo venha a ser vencido;
vii)
quaisquer despesas inerentes à constituição (incluindo o reembolso de
despesas pré-operacionais) ou à liquidação do Fundo ou à realização de
Assembleia Geral;
viii)
taxas de custódia de ativos do Fundo;
ix)
as taxas de registro e manutenção devida à ANBIMA e CETIP, por
ocasião do registro das Cotas nessas entidades;
x)
despesas com a contratação de Agência Classificadora de Risco; e
xi)
despesas com profissional especialmente contratado para zelar pelos
interesses dos Cotistas.
20.2
Qualquer despesa não prevista no item acima como encargos do Fundo
deve correr por conta da Instituição Administradora.
20.3
A Gestora deverá manter reserva para pagamentos de despesas e encargos
do Fundo pelo período de 3 (três) meses, por conta e ordem deste, desde a data da
primeira integralização de Cotas até a liquidação do Fundo. A Reserva para Despesas e
Encargos destinar-se-á exclusivamente ao pagamento dos montantes referentes às
despesas e encargos do Fundo, incluindo-se a Taxa de Administração.
21.
ASSEMBLEIA GERAL
21.1
É da competência privativa da Assembleia Geral:
i)
tomar anualmente, no prazo máximo de 4 (quatro) meses após o
encerramento do exercício social, as contas do Fundo e deliberar sobre as
demonstrações financeiras desse;
ii)
alterar o presente Regulamento;
48
iii)
deliberar sobre a substituição da Instituição Administradora;
iv)
deliberar sobre a substituição da Gestora;
v)
deliberar sobre a elevação da Taxa de Administração praticada pela
Instituição Administradora, inclusive na hipótese de restabelecimento de
taxa que tenha sido objeto de redução;
vi)
deliberar sobre incorporação, fusão, cisão ou liquidação do Fundo;
vii)
eleger e destituir o(s) representante(s) dos Cotistas, nos termos deste
Regulamento;
viii)
deliberar sobre a alteração dos termos e condições do Contrato de Cessão;
ix)
deliberar se, na ocorrência de quaisquer dos Eventos de Avaliação, tais
Eventos de Avaliação devem ser considerados como um Evento de
Liquidação Antecipada;
x)
deliberar acerca da substituição da taxa utilizada para definir a
remuneração das Cotas Seniores, no evento de sua indisponibilidade por
período superior a 30 (trinta) dias consecutivos ou por imposição legal;
xi)
aprovar os procedimentos a serem adotados no resgate das Cotas mediante
dação em pagamento de Direitos Creditórios Cedidos e Ativos Financeiros
integrantes da carteira do Fundo;
xii)
deliberar e homologar a substituição do Custodiante e do Agente de
Cobrança; e
xiii)
deliberar sobre o resgate compulsório das Cotas, nos termos do item 17.9
acima.
21.1.1
O presente Regulamento, em consequência de normas legais ou
regulamentares ou de determinação da CVM, pode ser alterado independentemente de
49
realização de Assembleia Geral, hipótese em que deve ser providenciada, no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, a divulgação do fato aos Cotistas.
21.2
A Assembleia Geral pode, a qualquer momento, nomear um ou mais
representantes para exercerem as funções de fiscalização e de controle gerencial das
aplicações do Fundo, em defesa dos direitos e dos interesses dos Cotistas.
21.2.1
Somente pode exercer as funções de representante dos interesses de
Cotistas na forma do item anterior pessoa física ou jurídica que atenda aos seguintes
requisitos:
i)
ser Cotista ou profissional especialmente contratado para zelar pelos
interesses dos Cotistas;
ii)
não ser titular de Cotas Subordinadas; e
iii)
não exercer cargo ou função na Instituição Administradora, no Cedente, na
Gestora, no Custodiante ou em seus controladores, em sociedades por eles
direta ou indiretamente controladas e em coligadas ou outras sociedades
sob controle comum.
21.2.2
Os representantes dos Cotistas eventualmente nomeados pela Assembleia
Geral não farão jus, em hipótese alguma, ao recebimento de qualquer remuneração do
Fundo, da Instituição Administradora, da Gestora, do Custodiante ou do Cedente para
exercer tal função.
21.3
Além da reunião anual de prestação de contas, a Assembleia Geral pode
reunir-se por convocação da Instituição Administradora ou de Cotistas titulares de Cotas
que representem, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total das Cotas emitidas.
21.4
A convocação da Assembleia Geral deve ser feita mediante anúncio
publicado no Periódico do Fundo, do qual deve constar dia, hora e local de realização da
Assembleia Geral e os assuntos a serem tratados, ou por meio de carta com aviso de
recebimento endereçada a cada Cotista.
21.4.1
A convocação da Assembleia Geral deve ser feita com 10 (dez) dias de
50
antecedência da realização da Assembleia Geral, no mínimo, contado o prazo da data de
publicação do primeiro anúncio ou do envio de carta com aviso de recebimento aos
Cotistas.
21.4.2
Não se realizando a Assembleia Geral, deve ser publicado anúncio de
segunda convocação ou deve ser novamente providenciado o envio de carta com aviso de
recebimento aos Cotistas, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias da realização da
Assembleia Geral.
21.4.3
Para efeito do disposto no item anterior, admite-se que a segunda
convocação da Assembleia Geral seja providenciada juntamente com a publicação do
anúncio ou o envio de carta referente à primeira convocação.
21.4.4
Salvo motivo de força maior, a Assembleia Geral deve realizar-se na sede
da Instituição Administradora, em São Paulo/SP. No entanto, quando se efetuar em outro
local, os anúncios ou as cartas endereçadas aos Cotistas devem indicar, com clareza, o
lugar da reunião, que em nenhum caso pode realizar-se fora da localidade da sede da
Instituição Administradora.
21.4.5
Independentemente das formalidades previstas acima, será considerada
regular a Assembleia Geral a que comparecerem todos os Cotistas.
21.4.6
As Assembleias Gerais serão instaladas com a presença de pelo menos 1
(um) Cotista.
21.5
Na Assembleia Geral, a ser instalada com a presença de pelo menos 1
(um) Cotista, as deliberações devem ser tomadas pelo critério da maioria de Cotas dos
Cotistas presentes, observado o disposto nos itens abaixo.
21.5.1
A cada Cota corresponde 1 (um) voto na Assembleia Geral ou, conforme
seja o caso, em votação em separado dos titulares de Cotas de determinada classe.
21.5.2
As deliberações relativas às matérias previstas nos itens 21.1, incisos (iii),
(v) e (vi) acima serão tomadas em primeira convocação pela maioria das Cotas emitidas
e, em segunda convocação, pela maioria das Cotas dos presentes.
51
21.5.3
Estão subordinadas também à aprovação prévia de titulares de mais da
metade das Cotas Seniores e das Cotas Subordinadas presentes à Assembleia Geral,
sendo os votos de cada uma das classes contabilizados em separado, de forma
independente e sem relação de subordinação, as deliberações referentes às alterações de
disposições do Regulamento sobre:
i)
Critérios de Elegibilidade e Condições de Cessão dos Direitos Creditórios;
ii)
distribuição dos rendimentos da carteira do Fundo;
iii)
resgate das Cotas;
iv)
direito de voto de cada classe;
v)
inclusão ou exclusão de Evento de Avaliação e Evento de Liquidação
Antecipada do Fundo;
vi)
cobrança de taxas;
vii)
valorização das Cotas, inclusive alteração do parâmetro de rentabilidade
das Cotas Seniores e das Cotas Subordinadas;
viii)
alteração da Relação Mínima; e
ix)
substituição do Custodiante.
21.5.4
Somente podem votar na Assembleia Geral os Cotistas, seus
representantes legais ou procuradores legalmente constituídos há menos de 1 (um) ano.
21.5.5
Não têm direito a voto na Assembleia Geral a Instituição Administradora,
a Gestora e seus empregados, ainda que sejam Cotistas do Fundo.
21.6
As decisões da Assembleia Geral devem ser divulgadas aos Cotistas no
prazo máximo de 30 (trinta) dias de sua realização.
21.6.1
A divulgação referida no item 21.6 acima deve ser providenciada
52
mediante anúncio publicado no Periódico do Fundo ou por meio de carta com aviso de
recebimento endereçada a cada Cotista.
21.7
As modificações aprovadas pela Assembleia Geral passam a vigorar a
partir da data do protocolo na CVM dos seguintes documentos:
i)
lista de Cotistas presentes na Assembleia Geral;
ii)
cópia da ata da Assembleia Geral;
iii)
exemplar do Regulamento, consolidando as alterações efetuadas,
devidamente registrado em cartório de títulos e documentos, se houver; e
iv)
alterações no prospecto do Fundo.
22.
INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS E PERIÓDICAS
22.1
A Instituição Administradora deverá prestar, na forma e dentro dos prazos
estabelecidos, todas as informações obrigatórias e periódicas constantes da Instrução
CVM 356, sem prejuízo do disposto em demais normas aplicáveis e neste Regulamento,
notadamente no presente item.
22.2
indicado,
A Instituição Administradora, por meio de seu diretor ou administrador
sem prejuízo do atendimento das determinações estabelecidas na
regulamentação em vigor, deve elaborar demonstrativos trimestrais evidenciando ou
indicando:
i)
que as operações praticadas pelo Fundo estão em consonância com a
política de investimento prevista neste Regulamento e com os limites de
composição e de diversificação a ele aplicáveis;
ii)
que as negociações foram realizadas a taxas de mercado;
iii)
os procedimentos de verificação de lastro por amostragem adotados pelo
Custodiante, incluindo a metodologia para seleção da amostra verificada
no período;
53
iv)
os resultados da verificação do lastro por amostragem, realizada pelo
Custodiante, explicitando, dentro do universo analisado, a quantidade e a
relevância dos Direitos Creditórios Cedidos inexistentes porventura
encontrados;
v)
as informações solicitadas no artigo 24, inciso X, alíneas “a”, e “c” da
Instrução CVM 356, caso tais informações: (a) não sejam conhecidas pela
Instituição Administradora no momento de registro do Fundo; ou (b)
tenham sofrido alterações ou aditamentos;
vi)
possíveis efeitos das alterações apontadas no item “(v)” acima sobre a
rentabilidade da carteira;
vii)
em relação aos originadores que representem individualmente 10% (dez
por cento) ou mais da carteira do Fundo no trimestre: (a) eventuais
alterações nos critérios para a concessão de crédito adotados por tais
originadores, caso os critérios adotados já tenham sido descritos no
Regulamento ou em outros demonstrativos trimestrais; e (b) critérios para
a concessão de crédito adotados pelos originadores, caso tais critérios não
tenham sido descritos no Regulamento ou em outros demonstrativos
trimestrais;
viii)
eventuais alterações nas garantias existentes para o conjunto de ativos;
ix)
forma como se operou a cessão dos Direitos Creditórios Cedidos ao
Fundo, incluindo: (a) descrição de contratos relevantes firmados com esse
propósito, se houver; e (b) indicação do caráter definitivo, ou não, da
cessão;
x)
impacto no valor do Patrimônio Líquido do Fundo e na rentabilidade da
carteira dos eventos de pré-pagamento;
xi)
análise do impacto dos eventos de pré-pagamento descrito no item “(x)”
acima;
54
xii)
condições de alienação, a qualquer título, inclusive por venda ou permuta,
de Direitos Creditórios Cedidos, incluindo: (a) momento da alienação
(antes ou depois do vencimento); e (b) motivação da alienação;
xiii)
impacto no valor do Patrimônio Líquido do Fundo e na rentabilidade da
carteira de uma possível descontinuidade nas operações de alienação de
Direitos Creditórios realizadas: (a) pelo Cedente; (b) por instituições que,
direta ou indiretamente, prestam serviços para o Fundo; ou (c) por pessoas
a eles ligadas;
xiv)
análise do impacto da descontinuidade das alienações descrito no item
“(xiii)” acima;
xv)
quaisquer eventos previstos nos contratos firmados para estruturar a
operação que acarretaram a amortização antecipada dos Direitos
Creditórios Cedidos ao Fundo; e
xvi)
informações sobre fatos ocorridos que afetaram a regularidade dos fluxos
de pagamento previstos.
22.2.1
Os demonstrativos referidos acima devem ser enviados à CVM, através do
Sistema de Envio de Documentos disponível na página da Comissão na rede mundial de
computadores, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias após o encerramento do período, e
permanecer à disposição dos Cotistas do Fundo, bem como ser examinados por ocasião
da realização de auditoria independente.
22.3
A Instituição Administradora deve divulgar, anualmente, no periódico
utilizado pelo Fundo, além de manter disponíveis em sua sede e agências e na sede das
instituições que coloquem Cotas desse, o Patrimônio Líquido, o valor das Cotas de cada
classe, as rentabilidades acumuladas no mês e no ano civil a que se referirem, a Relação
Mínima e os relatórios da Agência Classificadora de Risco.
22.4
A Instituição Administradora deve enviar informe mensal à CVM, através
do Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de
computadores, conforme modelo e conteúdo disponíveis na referida página, observando o
55
prazo de 15 (quinze) dias após o encerramento de cada mês do calendário civil, com base
no último Dia Útil daquele mês.
22.4.1
Eventuais retificações nas informações previstas no item 22.4 acima
devem ser comunicadas à CVM até o primeiro Dia Útil subsequente à data da respectiva
ocorrência.
22.5
A Instituição Administradora é obrigada
a divulgar, ampla e
imediatamente, no periódico do Fundo, qualquer ato ou fato relevante relativo ao Fundo,
de modo a garantir a todos os Cotistas acesso às informações que possam, direta ou
indiretamente, influir em suas decisões quanto à manutenção do investimento.
22.5.1
Sem prejuízo de outras ocorrências relativas ao Fundo, considera-se fato
relevante: (i) a alteração da classificação de risco das Cotas ou, quando houver, dos ativos
integrantes da carteira do Fundo; (ii) a mudança ou a substituição da Gestora ou do
Custodiante; (iii) a ocorrência de eventos que afetem ou possam afetar os critérios de
composição e os limites de diversificação da carteira do Fundo, bem como o
comportamento da carteira de Direitos Creditórios Cedidos, no que se refere ao histórico
de pagamentos; e (iv) a ocorrência de atrasos na distribuição de rendimentos aos Cotistas.
22.6
A Instituição Administradora deve, no prazo máximo de 10 (dez) dias
após o encerramento de cada mês, colocar à disposição dos Cotistas, em sua sede e
dependências, informações sobre:
i)
o número de Cotas de propriedade de cada um e o respectivo valor;
ii)
a rentabilidade do Fundo, com base nos dados relativos ao último dia do
mês; e
iii)
o comportamento da carteira de Direitos Creditórios Cedidos e demais
ativos do Fundo, abrangendo, inclusive, dados sobre o desempenho
esperado e o realizado.
22.7
A Instituição Administradora deve enviar à CVM, através do Sistema de
Envio de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de computadores,
56
em até 90 (noventa) dias após o encerramento do exercício social ao qual se refiram, as
demonstrações financeiras anuais do Fundo.
22.8
A Instituição Administradora deve divulgar, em sua página eletrônica na
rede mundial de computadores, quaisquer informações relativas ao Fundo divulgadas
para Cotistas ou terceiros.
22.8.1
O disposto no item 22.8 acima não se aplica às informações divulgadas a:
i)
prestadores de serviços do Fundo, desde que tais informações sejam
necessárias à execução de suas atividades; e
ii)
órgãos reguladores e autorreguladores, quando tais informações visem
atender solicitações legais, regulamentares ou estatutárias.
23.
PUBLICAÇÕES
23.1
Todas as publicações mencionadas neste Regulamento serão feitas no
Periódico do Fundo, inicialmente no jornal “Valor Econômico”.
23.2
A Instituição Administradora poderá, a seu exclusivo critério, sem a
necessidade de convocação de Assembleia Geral e alteração do presente Regulamento,
alterar o Periódico do Fundo utilizado para efetuar as publicações relativas ao Fundo,
devendo, nesse caso, comunicar previamente os Cotistas sobre essa alteração.
24.
EVENTOS DE AVALIAÇÃO E DE LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA
24.1
São considerados Eventos de Avaliação do Fundo quaisquer das seguintes
ocorrências:
i)
renúncia da Instituição Administradora e/ou da Gestora;
ii)
inobservância pela Instituição Administradora e/ou pela Gestora de seus
deveres e obrigações previstos neste Regulamento, verificada pelo
Custodiante ou pelo representante dos Cotistas, desde que, notificada por
qualquer deles para sanar ou justificar o descumprimento, a Instituição
57
Administradora não o faça no prazo de 5 (cinco) Dias Úteis contado do
recebimento da referida notificação;
iii)
inobservância, pelo Custodiante, dos deveres e das obrigações previstos
neste Regulamento e no Contrato de Custódia, desde que, se notificado
pela Instituição Administradora para sanar ou justificar o descumprimento,
o Custodiante não o faça no prazo de 2 (dois) Dias Úteis contado do
recebimento da referida notificação;
iv)
inobservância, pelo Agente de Cobrança ou pelo Banco Depositário, dos
deveres e das obrigações relacionados à cobrança dos Direitos Creditórios
inadimplidos ou do recebimento e transferência dos recursos decorrentes
dos pagamentos dos Direitos Creditórios repassados pelos Consignantes,
respectivamente, desde que, se notificado pela Instituição Administradora
ou pelo Custodiante para sanar ou justificar o descumprimento, o Agente
de Cobrança ou o Banco Depositário não o faça no prazo de 5 (cinco) Dias
Úteis contado do recebimento da referida notificação;
v)
aquisição, pelo Fundo, de Direitos Creditórios em desacordo com os
Critérios de Elegibilidade ou com as Condições de Cessão;
vi)
inobservância dos Limites de Concentração por período superior a 10
(dez) Dias Úteis consecutivos;
vii)
inobservância, por 5 (cinco) Dias Úteis consecutivos, da Relação Mínima,
sem que os Cotistas aprovem o resgate compulsório de Cotas, na forma do
item 17.9 acima;
viii)
inobservância, por 30 (trinta) dias consecutivos, da Alocação Mínima, sem
que os Cotistas aprovem o resgate compulsório de Cotas, na forma do item
17.9 acima;
ix)
resilição do Contrato de Custódia;
58
x)
caso a Agência Classificadora de Risco não divulgue a atualização
trimestral da classificação de risco referente às Cotas Seniores que estejam
em circulação por prazo igual ou superior a 60 (sessenta) dias;
xi)
rebaixamento da classificação de risco das Cotas Seniores em mais de 1
(um) sub-nível, considerando-se o relatório da Agência Classificadora de
Risco;
xii)
renúncia do Custodiante;
xiii)
inobservância dos limites previstos para a Reserva para Despesas e
Encargos por mais de 5 (cinco) Dias Úteis consecutivos;
xiv)
caso, em 3 (três) Datas de Verificação consecutivas ou 4 (quatro)
alternadas, dentro de um período de 12 (doze) meses, o percentual do
volume de Direitos Creditórios Cedidos cujos contratos tenham sido prépagos ou pagos antecipadamente seja superior, no mês, a 20% (vinte por
cento) do saldo da carteira de Direitos Creditórios Cedidos calculado em
relação ao mês anterior;
xv)
ocorrência de quaisquer das seguintes hipóteses relacionadas à
inadimplência da carteira de Direitos Creditórios Cedidos, em 3 (três)
Datas de Verificação consecutivas ou 4 (quatro) alternadas, dentro de um
período de 12 (doze) meses:
a)
caso o índice de inadimplência da carteira de Direitos Creditórios
Cedidos, calculado com base no total de Direitos Creditórios
Cedidos em atraso entre 6 (seis) dias e 60 (sessenta) dias após os
seus respectivos vencimentos em relação a todos os Direitos
Creditórios Cedidos vencidos nesse mesmo período, supere o
percentual de 15% (quinze por cento);
b)
caso o índice de inadimplência da carteira de Direitos Creditórios
Cedidos, calculado com base no total de Direitos Creditórios
Cedidos em atraso entre 61 (sessenta e um) dias e 90 (noventa)
dias após os seus respectivos vencimentos em relação a todos os
59
Direitos Creditórios Cedidos vencidos nesse mesmo período,
supere o percentual de 10% (dez por cento);
c)
caso o índice de inadimplência da carteira de Direitos Creditórios
Cedidos, calculado com base no total de Direitos Creditórios
Cedidos em atraso entre 91 (noventa e um) e 180 (cento e oitenta)
dias após os seus respectivos vencimentos em relação a todos os
Direitos Creditórios Cedidos vencidos nesse mesmo período,
supere o percentual de 6% (seis por cento); e
d)
caso o índice de inadimplência da carteira de Direitos Creditórios
Cedidos, calculado com base no total de Direitos Creditórios
Cedidos em atraso superior a 181 (cento e oitenta e um) dias após
os seus respectivos vencimentos em relação a todos os Direitos
Créditos Cedidos vencidos nesse mesmo período, supere o
percentual de 4% (quatro por cento).
xvi)
modificação do controle acionário do Cedente;
xvii)
inobservância da ordem de pagamentos ou aplicação dos recursos do
Fundo, conforme estabelecido neste Regulamento;
xviii) realização de qualquer cessão ao Fundo em desacordo com o estabelecido
no Contrato de Cessão; e
xix)
quaisquer outros eventos que possam, na opinião da Instituição
Administradora, impactar negativamente no desempenho do Fundo e de
suas Cotas que tenham sido objeto de distribuição pública.
24.1.1
Na ocorrência de qualquer Evento de Avaliação, o Fundo interromperá os
procedimentos de aquisição de Direitos Creditórios e a Instituição Administradora
convocará imediatamente Assembleia Geral, a qual decidirá se tal Evento de Avaliação
deve ser considerado como um Evento de Liquidação Antecipada do Fundo.
24.1.2
Caso a Assembleia Geral de que trata o item acima delibere que dado
Evento de Avaliação constitui um Evento de Liquidação Antecipada do Fundo, a
60
Instituição Administradora deverá implementar os procedimentos definidos no item 24.4
abaixo, incluindo a convocação de nova Assembleia Geral para deliberar sobre os
procedimentos de liquidação antecipada do Fundo.
24.1.3
Caso o Evento de Avaliação no entender da Assembleia Geral não dê
causa à liquidação antecipada do Fundo, o Fundo reiniciará o processo de aquisição de
Direitos Creditórios, sem prejuízo da implementação de eventuais ajustes aprovados
pelos Cotistas na Assembleia Geral.
24.2
São considerados Eventos de Liquidação Antecipada independentemente
da configuração prévia de Evento de Avaliação e de deliberação da Assembleia Geral:
i)
impossibilidade de aquisição de Direitos Creditórios que preencham os
Critérios de Elegibilidade especificados neste Regulamento por período
superior a 120 (cento e vinte) dias;
ii)
se no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data do protocolo na CVM
dos documentos referidos no artigo 8º da Instrução CVM 356, o Fundo
não atingir valor médio de Patrimônio Líquido calculado a partir dos
valores de Patrimônio Líquido em cada Dia Útil no período de
R$500.000,00 (quinhentos mil reais);
iii)
se durante 3 (três) meses consecutivos a média dos Patrimônios Líquidos
diariamente calculados do Fundo para cada Dia Útil for inferior a
R$500.000,00 (quinhentos mil reais);
iv)
pedido ou decretação de falência, intervenção, liquidação judicial ou
extrajudicial, regime especial de administração temporária ou regimes
semelhantes com relação (a) ao Cedente; e/ou (b) ao Agente de Cobrança;
e/ou (c) à Instituição Administradora; e/ou (d) ao Custodiante; e/ou (e) ao
Banco Depositário; e/ou (f) a quaisquer sociedades controladoras diretas
das pessoas referidas anteriormente;
v)
na hipótese de a Assembleia Geral não deliberar sobre substituição da taxa
utilizada para calcular a rentabilidade de qualquer Cota, na ausência de sua
61
apuração e/ou divulgação por prazo superior a 30 (trinta) dias ou, ainda,
no caso de sua extinção por imposição legal; e
vi)
24.3
resilição ou rescisão do Contrato de Cessão.
Na
ocorrência
de
qualquer
Evento
de
Liquidação
Antecipada,
independentemente de qualquer procedimento adicional, a Instituição Administradora
deverá (i) notificar os Cotistas, (ii) suspender os procedimentos de aquisição de Direitos
Creditórios; e (iii) dar início aos procedimentos de liquidação antecipada de Cotas
definidos nos itens 24.3.1 e 24.4 abaixo.
24.3.1
A Instituição Administradora, presente qualquer Evento de Liquidação
Antecipada, seja decorrente de conversão de Evento de Avaliação, seja diretamente pela
verificação da casuística do item 24.2 acima, deverá convocar imediatamente uma
Assembleia Geral, a fim de que os titulares das Cotas Seniores deliberem sobre os
procedimentos de liquidação do Fundo.
24.4
Caso seja verificado qualquer Evento de Liquidação Antecipada do Fundo,
as Cotas serão resgatadas observados os seguintes procedimentos:
i)
a Instituição Administradora não adquirirá mais Direitos Creditórios e
outros ativos para o Fundo; todos os recursos em moeda corrente serão
utilizados para o resgate das Cotas;
ii)
as Cotas Seniores terão prioridade no resgate sobre as Cotas Subordinadas;
portanto, todos os recursos disponíveis no patrimônio do Fundo serão
prioritariamente alocados para o resgate das Cotas Seniores, de forma pro
rata e mediante a observância de igualdade de condições entre todas as
Cotas Seniores; e
iii)
24.4.1
as Cotas Subordinadas serão resgatas após o resgate integral das Cotas
Seniores.
Com o intuito de racionalização do procedimento de resgate de Cotas
descrito no item anterior, a Instituição Administradora poderá postergar pagamentos aos
Cotistas até que o total de recursos disponíveis seja equivalente ao mínimo de
62
R$300.000,00 (trezentos mil reais), exceto na hipótese de o valor dos recursos
disponíveis já ser suficiente para o integral resgate das Cotas Seniores.
24.5
Caso em até 120 (cento e vinte) dias contados do início da liquidação
antecipada do Fundo a totalidade das Cotas Seniores ainda não tenha sido resgatada
mediante pagamento em moeda corrente nacional, as Cotas Seniores e as Cotas
Subordinadas em circulação poderão ser resgatadas mediante a dação em pagamento da
totalidade dos Direitos Creditórios Cedidos integrantes da carteira do Fundo.
24.5.1
Qualquer entrega de Direitos Creditórios Cedidos para fins de pagamento
de resgate aos titulares de Cotas será realizada mediante a utilização de procedimento de
rateio dentre Cotistas de uma mesma classe, bem como a prioridade entre as classes de
Cotas.
24.5.2
Antes da entrega de Direitos Creditórios Cedidos aos Cotistas, o Cedente
terá a faculdade de, a seu exclusivo critério, adquirir, em moeda corrente nacional, a
totalidade dos Direitos Creditórios Cedidos integrantes da carteira do Fundo.
24.5.3
Na hipótese de o Cedente decidir não exercer a faculdade de que trata o
item anterior, a Assembleia Geral, a ser convocada no 121º (centésimo vigésimo
primeiro) dia contado do início da liquidação do Fundo, deverá deliberar sobre os
procedimentos de dação em pagamento dos Direitos Creditórios Cedidos para fins de
pagamento de resgate das Cotas ainda em circulação, sempre se respeitando a prioridade
de recebimento entre as Cotas de diferentes classes.
24.5.4
Na hipótese de a Assembleia Geral referida no item anterior não chegar a
acordo referente aos procedimentos de dação em pagamento dos Direitos Creditórios
Cedidos para fins de pagamento de resgate das Cotas, fica facultado à Instituição
Administradora dar os Direitos Creditórios Cedidos em pagamento aos titulares das Cotas
Seniores até o limite do valor destas, mediante a constituição de um condomínio, sendo a
fração ideal de cada titular de Cotas Seniores calculada em função do valor total das
Cotas Seniores em circulação, tendo-se como referência para definição do valor das
Cotas Seniores a data em que foi decidida a liquidação do Fundo.
24.5.4.1
Eventuais Direitos Creditórios Cedidos remanescentes não entregues ao
condomínio dos titulares de Cotas Seniores deverão ser entregues aos titulares de Cotas
63
Subordinadas, mediante a constituição de um condomínio, proporcionalmente à sua
participação no remanescente do patrimônio do Fundo.
24.5.4.2
Observados tais procedimentos, a Instituição Administradora estará
desobrigada em relação às responsabilidades estabelecidas neste Regulamento, ficando
autorizada a liquidar o Fundo perante as autoridades competentes.
24.5.5
A Instituição Administradora deverá notificar os titulares das Cotas, se for
o caso: (i) para que elejam um administrador para referidos condomínios de Direitos
Creditórios Cedidos, na forma do artigo 1.323 do Código Civil Brasileiro, (ii) informando
a proporção de Direitos Creditórios Cedidos a que cada titular de Cotas fará jus, sem que
isso represente qualquer responsabilidade da Instituição Administradora perante os
Cotistas após a constituição do condomínio de que trata o item anterior.
24.5.6
Caso os titulares das Cotas não procedam à eleição do administrador do
condomínio referido no item 24.5.5 acima, essa função será exercida pelo titular de Cotas
que detenha a maioria das Cotas da respectiva classe em circulação.
24.5.7
O Custodiante e/ou empresa por ele contratada fará a guarda dos Direitos
Creditórios Cedidos e dos respectivos documentos comprobatórios pelo prazo
improrrogável de 10 (dez) dias a partir da constituição dos condomínios referidos acima,
dentro do qual os administradores dos condomínios indicarão à Instituição
Administradora e ao Custodiante, hora e local para que seja feita a entrega dos Direitos
Creditórios Cedidos e respectivos documentos comprobatórios. Expirado este prazo, a
Instituição Administradora poderá promover a consignação da documentação relativa aos
Direitos Creditórios Cedidos, na forma do artigo 334 do Código Civil Brasileiro.
24.6
A liquidação antecipada do Fundo será gerida pela Instituição
Administradora, observado o que dispõe este Regulamento ou o que for deliberado na
Assembleia Geral.
25.
ORDEM E APLICAÇÃO DOS RECURSOS
25.1
A partir da data da primeira integralização de Cotas e até a liquidação do
Fundo, sempre preservada a manutenção de sua boa ordem legal, administrativa e
operacional, a Instituição Administradora obriga-se, por meio dos competentes débitos e
64
créditos realizados nas contas correntes de titularidade do Fundo, a alocar os recursos
decorrentes da integralização das Cotas e do recebimento dos Ativos Financeiros
integrantes da carteira do Fundo, na seguinte ordem:
i)
pagamento dos encargos de responsabilidade do Fundo, devidos nos
termos deste Regulamento e da legislação aplicável;
ii)
reenquadramento da conta de Reserva para Despesas e Encargos;
iii)
pagamento de resgates de Cotas Seniores, observados os termos e as
condições deste Regulamento;
iv)
pagamento do preço de aquisição dos Direitos Creditórios e dos Ativos
Financeiros eventualmente integrantes da carteira do Fundo, em moeda
corrente nacional; e
v)
25.2
pagamento de resgates de Cotas Subordinadas, observados os limites, os
termos e as condições deste Regulamento.
Exclusivamente na hipótese de liquidação antecipada, os recursos
decorrentes da integralização das Cotas e do recebimento dos Ativos Financeiros
integrantes da carteira do Fundo, serão alocados na seguinte ordem:
i)
pagamento dos encargos de responsabilidade do Fundo, devidos nos
termos deste Regulamento e da legislação aplicável;
ii)
pagamento de resgates das Cotas Seniores, observados os termos e as
condições deste Regulamento; e
iii)
pagamento de resgates de Cotas Subordinadas, observados os limites, os
termos e as condições deste Regulamento.
26.
DISPOSIÇÕES FINAIS
26.1
As demonstrações financeiras anuais do Fundo serão auditadas por auditor
contratado pela Instituição Administradora para tal fim, e estarão sujeitas às normas de
65
escrituração, elaboração, remessa e publicação previstas na Instrução CVM 489 e na
legislação aplicável.
26.1.1
O Fundo terá escrituração contábil própria.
26.1.2
O exercício social do Fundo encerra-se em 31 de dezembro de cada ano.
26.2
Considera-se o correio eletrônico como uma forma de correspondência
válida nas comunicações entre a Instituição Administradora, a Gestora, o Custodiante e
os Cotistas.
27.
FORO
27.1
Fica eleito o foro da Justiça Federal, Seção Judiciária de São Paulo, para
dirimir quaisquer questões oriundas do presente Regulamento.
São Paulo/SP, 26 de novembro de 2012.
___________________________________
Caixa Econômica Federal
Instituição Administradora do Fundo
_________________________________________
Atendimento ao Cotista: 0800 726 0101
Ouvidoria Caixa: 0800 725 7474
Atendimento a pessoas com deficiência auditiva: 0800 726 2492
www.caixa.gov.br
66
ANEXO I
Este Anexo é parte integrante do Regulamento do Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios Aberto CAIXA RPPS Consignado BMG, constituído em 01 de novembro de
2011 pela Caixa Econômica Federal
GLOSSÁRIO DOS PRINCIPAIS TERMOS E EXPRESSÕES UTILIZADOS NO REGULAMENTO
DO FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS ABERTO CAIXA RPPS
CONSIGNADO BMG
Agência Classificadora de Risco
Standard
&
Poor’s
Rating Services,
sociedade com sede na cidade de São
Paulo, Estado de São Paulo, na Av.
Brigadeiro Faria Lima, nº 201, 18º andar,
Pinheiros, inscrita no CNPJ/MF sob o nº
02.295.585/0001-40,
classificadora de risco
agência
especializada
contratada pelo Fundo, responsável pela
avaliação de risco das Cotas Seniores
Agente de Cobrança
Agente
de
cobrança
dos
Direitos
Creditórios vencidos e não liquidados,
função que será inicialmente exercida pelo
Cedente, nos termos do Contrato de
Cobrança e do presente Regulamento
Alocação Mínima
Percentual mínimo de 50% (cinquenta por
cento) do Patrimônio Líquido a ser
mantido em Direitos Creditórios Cedidos
ANBIMA
Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiros e de Capitais
Assembleia Geral
Assembleia Geral de Cotistas do Fundo
Ativos Financeiros
(i) Os títulos de emissão do Tesouro
67
Nacional; e/ou (ii) Cotas de fundos de
investimento de renda fixa e de fundos de
investimento
classificados
como
referenciado DI longo prazo ou renda fixa,
cujas
carteiras
sejam
compostas
exclusivamente pelos títulos referidos nos
item (i) acima, e cujos respectivos
administradores sejam instituições que
pertençam ao grupo econômico das
Instituições Autorizadas; e/ou (iii)
operações compromissadas lastreadas em
títulos públicos indicados no item (i)
acima
Aviso de Desenquadramento
Correspondência a ser enviada pela
Instituição Administradora ao Cedente na
hipótese de desenquadramento da Relação
Mínima por 2 (dois) Dias Úteis
consecutivos, na forma do Anexo V do
Regulamento
Banco Depositário
Itaú Unibanco S.A., instituição financeira
com sede na cidade de São Paulo, Estado
de São Paulo, na Praça Alfredo Egydio de
Souza Aranha, 100 – Torre Itaúsa, inscrito
no CNPJ sob nº 60.701.190/0001-04,
responsável pelo recebimento dos recursos
decorrentes dos pagamentos dos Direitos
Creditórios
repassados
pelos
Consignantes, em contas classificadas
como “correspondentes no país” abertas
no Banco Depositário e de titularidade do
Banco BMG, nos termos da Resolução do
Conselho Monetário Nacional nº 3.954, de
24 de fevereiro de 2011, e transferência
desses recursos para as Contas Vinculadas
68
mantidas no Custodiante de titularidade do
Banco BMG, sendo certo que a
movimentação dos recursos constantes das
Contas
Vinculadas
será
realizada
exclusivamente pelo Custodiante
C3
Significa a Central de Cessão de Créditos,
operada pela Câmara Interbancária de
Pagamentos (CIP), na qual deverão ser
registradas (e, eventualmente, liquidadas)
todas as operações de cessão de Direitos
Creditórios entre o Cedente e o Fundo, nos
termos da Resolução CMN 3.998/11 e da
Circular BACEN 3.553/11
Cedente ou Banco BMG
Banco BMG S.A., instituição financeira
com sede na cidade de Belo Horizonte,
Estado de Minas Gerais, na Avenida
Álvares Cabral, nº 1707, inscrito no CNPJ
sob nº 61.186.680/0001-74
CMN
Conselho Monetário Nacional
Código Civil Brasileiro
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
Condições de Cessão
Condições
Creditórios
estabelecido
para
ao
na
cessão
de
Fundo,
cláusula
Direitos
conforme
11
do
Regulamento
Consignantes
(i) Prefeituras municipais de (a) São
Paulo, (b) Rio de Janeiro, (c) Belo
Horizonte, (d) Fortaleza, (e) Belém, (f)
Porto Alegre e (g) São Luís;
ii) Governos dos Estados de (a) Santa
69
Catarina, (b) Paraná, (c) Minas Gerais, (d)
Rio de Janeiro, (e) Goiás, (f) Mato Grosso,
(g) Tocantins, (h) Amazonas, (i) Amapá,
(j) Rondônia, (l) Maranhão, (m) Paraíba,
(n) Pernambuco e (o) Bahia;
iii) SIAPE;
iv) Forças Armadas;
v) Polícia Militar do Estado de Minas
Gerais; e
vi) Rioprevidência – Fundo Único de
Previdência Social do Estado do Rio de
Janeiro
Contas Vinculadas
As contas escrow de titularidade do Banco
BMG abertas junto ao Custodiante para o
recebimento de todos os recursos
decorrentes do pagamento dos Direitos
Creditórios,
sendo
certo
que
a
movimentação dos recursos constantes das
Contas
Vinculadas
será
realizada
exclusivamente pelo Custodiante
Contrato de Cessão
Contrato de Promessa de Cessão de
Créditos celebrado entre o Fundo e o
Cedente no qual estão estabelecidas as
condições de cessão dos Direitos
Creditórios originários de empréstimos
Contrato de Cobrança
Contrato de Cobrança e Outras Avenças
celebrado
entre
a
Instituição
Administradora e o Cedente, com a
interveniência e anuência do Custodiante,
70
por meio do qual o Cedente é contratado
para realizar a cobrança judicial e
extrajudicial dos Direitos Creditórios em
relação aos quais os Devedores estejam
inadimplentes
Contrato de Custódia
Contrato de Prestação de Serviços de
Custódia Qualificada e Controladoria de
Ativos de Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios, firmado entre o
Custodiante
e
a
Instituição
Administradora, que contém descrição dos
serviços de custódia e controladoria a
serem prestados pelo Custodiante
Contrato de Gestão
Contrato de Prestação de Serviços de
Gestão de Carteira do Fundo de
Investimento em Direitos Creditórios,
celebrado entre a Gestora e a Instituição
Administradora
Contratos de Depósito
Contratos de Depósito e Outras Avenças
celebrados entre o Custodiante, o Banco
BMG e os depositários dos Documentos
Comprobatórios indicados no item 8.3.3
deste Regulamento, com a interveniência e
anuência do Fundo, por meio do qual os
depositários
são
contratados
pelo
Custodiante para atuar como depositários
dos Documentos Comprobatórios dos
Direitos Creditórios Cedidos ao Fundo
Cotas
Em conjunto, as Cotas Seniores e as Cotas
Subordinadas emitidas pelo Fundo
Cotas Seniores
As Cotas que não se subordinam às demais
71
Cotas para efeito de resgate e distribuição
dos rendimentos da carteira do Fundo, nos
termos do Regulamento
Cotas Subordinadas
As Cotas que se subordinam às Cotas
Seniores para efeito resgate e distribuição
dos rendimentos da carteira do Fundo, nos
termos do Regulamento
Cotistas
Tanto o titular de Cotas Seniores como o
titular de
distinção
Cotistas Dissidentes
Cotas
Subordinadas,
sem
Os Cotistas titulares de Cotas Seniores que
não concordarem com a decisão da
Assembleia Geral de deliberar pela não
liquidação antecipada do Fundo
Critérios de Elegibilidade
Critérios para seleção dos Direitos
Creditórios a serem adquiridos pelo
Fundo, que deverão ser verificados pelo
Custodiante, estabelecidos na cláusula 10
do Regulamento
Custodiante
Banco
Bradesco
S.A.,
instituição
financeira com sede na Cidade de Deus,
s/nº, Vila Yara, Cidade de Osasco, Estado
de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o
nº 60.746.948/0001-12, contratada para
prestar os serviços de custódia qualificada
e controladoria dos Direitos Creditórios
Cedidos demais Ativos do Fundo, nos
termos do Contrato de Custódia
CVM
Comissão de Valores Mobiliários
72
Datas de Reserva de Resgate
As datas previstas no item 17.1 deste
Regulamento
Data de Verificação
Data de apuração obrigatória dos Limites
de Concentração e demais índices do
Fundo, que sempre será o último Dia Útil
de cada mês
Devedor
Qualquer pessoa, servidor público ou
pensionista, que recebe pagamentos da
Administração Pública direta, autárquica e
fundacional, que passe a ser devedor do
Fundo em decorrência de contratos de
empréstimo celebrados com o Cedente e
parcialmente ou integralmente cedidos ao
Fundo
Dia Útil
Qualquer dia que não seja sábado,
domingo ou feriado nacional ou que não
seja dia em que, por qualquer motivo, não
haja expediente bancário ou não funcionar
o mercado financeiro em âmbito nacional,
inclusive na sede do Custodiante
Direitos Creditórios
Direitos de crédito oriundos dos contratos
de empréstimo, com consignação em folha
de pagamento ou de remuneração,
celebrados entre o Cedente e os Devedores
Direitos Creditórios Cedidos
Os Direitos Creditórios cedidos ao Fundo
pelo Cedente
Documentos Comprobatórios
As cédulas de crédito bancário que
formalizam os empréstimos concedidos
aos Devedores ou os contratos de
concessão de empréstimos celebrados
73
entre o Cedente e os Devedores, e cópia
dos documentos pessoais dos Devedores
Eventos de Avaliação
Eventos definidos no Regulamento cuja
ocorrência enseja a interrupção de
aquisição de Direitos Creditórios bem
como convocação imediata de Assembleia
Geral, a fim de deliberar se tal Evento de
Avaliação deve ser considerado como um
Evento de Liquidação Antecipada
Eventos de Liquidação Antecipada
Eventos,
cuja
ocorrência
enseja
a
liquidação antecipada do Fundo sem a
necessidade de convocação de Assembleia
Geral para decidir sobre a conveniência da
liquidação
FGC
Fundo Garantidor de Crédito
Fundo
Fundo
de
Investimento
Creditórios
Aberto
Consignado BMG
Gestora
em
Direitos
CAIXA
RPPS
Integral Investimentos S.A., sociedade
devidamente autorizada pela CVM para o
exercício profissional de administração de
carteira de títulos e valores mobiliários,
por meio do Ato Declaratório n.º 8662, de
21 de fevereiro de 2006, com sede na
cidade de São Paulo, Estado de São Paulo,
na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº
1.744, 1º andar, inscrita no CNPJ/MF sob
nº 06.576.569/0001-86, responsável pela
gestão da carteira do Fundo
Instituição Administradora
Caixa
Econômica
Federal,
instituição
74
financeira sob a forma de empresa pública,
regendo-se pelo Estatuto aprovado pelo
Decreto nº 6.473, de 05 de junho de 2008,
autorizada pela CVM a administrar fundos
de investimento e carteiras de valores
mobiliários, com sede em Brasília, Distrito
Federal, no Setor Bancário Sul, Quadra 4,
Lotes 3 e 4, 21º andar, Asa Sul, por meio
de sua Vice-Presidência de Gestão de
Ativos de Terceiros, domiciliada na cidade
de São Paulo, Estado de São Paulo, na
Avenida Paulista nº 2.300, 11º andar,
inscrita no CNPJ/MF
00.360.305/0001-04
Instituições Autorizadas
sob
o
nº
(i) Banco do Brasil S.A., (ii) Banco
Bradesco S.A., (iii) Itaú Unibanco S.A.,
(iv) Banco Santander (Brasil) S.A.; (v)
Banco Safra S.A.; (vi) Banco Citibank
S.A.; (vii) HSBC Bank Brasil S.A. –
Banco Múltiplo; ou (viii) outras
instituições que venham a ser aprovadas
pela Agência Classificadora de Risco
Instrução CVM 356
Instrução CVM n° 356, de 17 de dezembro
de 2001, conforme alterada
Instrução CVM 489
Instrução CVM nº 489, de 14 de janeiro de
2011, conforme alterada
Instrução CVM 504
Instrução CVM nº 504, de 21 de setembro
de 2011
IPCA
Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo – IPCA, calculado e divulgado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
75
Estatística – IBGE
Limites de Concentração
Limites mínimos e máximos de
concentração por Consignante que devem
ser observados pelo Fundo para aquisição
de Direitos Creditórios, definidos no
Anexo II do Regulamento
NTN-B
Nota do Tesouro Nacional da Série B.
Patrimônio Líquido
Patrimônio
líquido
do
Fundo,
correspondente ao somatório do valor dos
Direitos Creditórios Cedidos e dos Ativos
Financeiros integrantes da carteira do
Fundo, subtraídas as exigibilidades
referentes a despesas, encargos e provisões
referidas no Regulamento
Relação Mínima
Relação mínima admitida entre o
Patrimônio Líquido do Fundo e o valor das
Cotas Seniores, que será equivalente a
128,20% (cento e vinte oito vírgula vinte
por cento)
Regulamento
Regulamento do Fundo
Resolução CMN 3.998
Resolução
do
Conselho
Monetário
Nacional n° 3.998, de 28 de julho de 2011
Reserva para Despesas e Encargos
Reserva para pagamento de despesas e
encargos do Fundo prevista no item 20.3
do Regulamento
SIAPE
Sistema Integrado de Administração de
Recursos Humanos
Taxa de Administração
Taxa devida à Instituição Administradora
76
nos termos previstos na Cláusula 6 acima
Termo de Adesão
É o documento pelo qual os Cotistas (i)
declaram estar cientes dos riscos
envolvidos no investimento nas Cotas do
Fundo; e (ii) aderem ao Regulamento
Termo de Cessão
Com relação a qualquer Direito Creditório
Cedido, significa um Termo de Cessão, na
forma substancialmente estabelecida no
Contrato de Cessão, a ser celebrado entre
o Fundo e o Cedente em cada data de
aquisição dos Direitos Creditórios, para a
formalização da cessão dos Direitos
Creditórios Cedidos ao Fundo
77
ANEXO II
Este Anexo é parte integrante do Regulamento do Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios Aberto CAIXA RPPS Consignado BMG, constituído em 01 de novembro de
2011 pela Caixa Econômica Federal
LIMITES DE CONCENTRAÇÃO POR CONSIGNANTE
A concentração de Direitos Creditórios por Consignante observará o quadro abaixo. O
percentual mínimo deverá ser observado em relação à carteira de Direitos Creditórios
Cedidos.
Líquido.
Já o percentual máximo deverá ser observado em relação ao Patrimônio
Consignante
SIAPE
Forças Armadas
Governo do Estado
Santa Catarina
Governo do Estado
Paraná
Governo do Estado
Minas Gerais
Governo do Estado do
de Janeiro
Governo do Estado
Goiás
Governo do Estado
Mato Grosso
Governo do Estado
Tocantins
Governo do Estado
Amazonas
Governo do Estado
Amapá
Governo do Estado
Rondônia
Governo do Estado
Maranhão
de
Percentual mínimo
25%
0%
0%
Percentual máximo
50%
10%
5%
do
0%
5%
de
0%
10%
Rio
0%
10%*
de
0%
5%
de
0%
5%
de
0%
5%
do
0%
5%
do
0%
5%
de
0%
5%
do
0%
5%
78
Governo do Estado da
Paraíba
Governo do Estado de
Pernambuco
Governo do Estado da
Bahia
Polícia Militar do Estado
de Minas Gerais
Fundo Único de
Previdência Social do
Estado do Rio de Janeiro Rioprevidência
Prefeitura de São Paulo
Prefeitura do Rio de
Janeiro
Prefeitura de Belo
Horizonte
Prefeitura de Fortaleza
Prefeitura de Belém
Prefeitura de Porto Alegre
Prefeitura de São Luís
0%
5%
0%
5%
0%
5%
0%
5%
0%
5%*
0%
0%
10%
5%*
0%
5%
0%
0%
0%
0%
5%
5%
5%
5%
* Os Direitos Creditórios cujos Consignantes sejam o Estado do Rio de Janeiro, a
Prefeitura do Rio de Janeiro e o Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de
Janeiro – Rioprevidência, conjuntamente considerados, não poderão ser superiores a 15%
(quinze por cento) do Patrimônio Líquido.
79
ANEXO III
Este Anexo é parte integrante do Regulamento do Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios Aberto CAIXA RPPS Consignado BMG, constituído em 01 de novembro de
2011 pela Caixa Econômica Federal
SERVIDORES PÚBLICOS
DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE ORIGEM DOS DIREITOS CREDITÓRIOS, DA NATUREZA DOS
DIREITOS CREDITÓRIOS E DOS INSTRUMENTOS JURÍDICOS, CONTRATOS OU OUTROS
DOCUMENTOS REPRESENTATIVOS DO CRÉDITO, BEM COMO DA POLÍTICA DE CONCESSÃO
DE CRÉDITO ADOTADA PELO BANCO BMG
1.
Natureza - Os Direitos Creditórios a serem adquiridos pelo Fundo são
formalizados por meio de contratos de concessão de empréstimo, acompanhados, se
assim previr o respectivo contrato, de notas promissórias representativas da dívida e de
instrumentos constitutivos de garantias.
2.
Política de Concessão de Crédito - Os Direitos Creditórios a serem
adquiridos pelo Fundo são oriundos de contratos de empréstimo. Os servidores públicos
são necessariamente vinculados a entes federativos (que podem ser a União, os Estados, o
Distrito Federal ou os Municípios) ou às Forças Armadas, que permitem que as parcelas
dos empréstimos concedidos aos Devedores sejam descontadas em folha de pagamento
ou de remuneração. Na concessão dos empréstimos, são observados requisitos que
consubstanciam uma política de concessão de créditos, dentre os quais se destacam os
seguintes:
i)
os empréstimos somente podem ser concedidos para determinado servidor público
se as parcelas de pagamento do empréstimo pretendido forem compatíveis com
seus vencimentos; isto porque há limite para o percentual dos vencimentos de
cada servidor público que pode ser comprometido por desconto em folha,
considerando-se para a aferição de tal limite todos os valores que já são
normalmente descontados; assim, o servidor público deve apresentar documentos
que comprovem sua condição de servidor público e a existência de margem
suficiente para desconto em folha de pagamento ou de remuneração;
80
ii)
cada mútuo deve ter valor mínimo de R$300,00 (trezentos reais) e valor máximo
de R$50.000,00 (cinquenta mil reais); e
iii)
o prazo de duração dos empréstimos é de no mínimo 6 (seis) meses, e de no
máximo 84 (oitenta e quatro) meses.
81
ANEXO IV
Este Anexo é parte integrante do Regulamento do Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios Aberto CAIXA RPPS Consignado BMG, constituído em 01 de novembro de
2011 pela Caixa Econômica Federal
DESCRIÇÃO
DOS MECANISMOS E PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA COBRANÇA DOS
DIREITOS CREDITÓRIOS ORIUNDOS DE CONTRATOS DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
CONCEDIDOS A SERVIDORES PÚBLICOS
1.
Os Direitos Creditórios são decorrentes de contratos de empréstimo
pessoal com pagamento por meio de desconto em folha de pagamento ou de
remuneração. O Banco Depositário foi contratado para efetuar o recebimento dos
recursos decorrentes do pagamento dos Direitos Creditórios repassados pelos
Consignantes , em contas classificadas como “correspondentes no país” abertas no Banco
Depositário e de titularidade do Banco BMG, nos termos da Resolução do Conselho
Monetário Nacional nº 3.954, de 24 de fevereiro de 2011, e a transferência desses
recursos para as Contas Vinculadas mantidas no Custodiante de titularidade do Cedente,
sendo certo que a movimentação dos recursos constantes das Contas Vinculadas será
realizada exclusivamente pelo Custodiante. As etapas da cobrança são a seguir descritas:
i)
os Consignantes descontam dos vencimentos dos Devedores, no respectivo mês,
os valores referentes à(s) parcela(s) do(s) empréstimo(s) vencida(s) no período;
ii)
os valores descontados são repassados, pelos Consignantes, ao Banco Depositário
por meio do banco oficial do Consignante, ou de banco conveniado com este; o
repasse mensal para o Banco Depositário pode ser, conforme o Consignante,
realizado por uma única ou por várias transferências bancárias;
iii)
em cumprimento ao Contrato de Cessão, o Cedente notificou o Banco
Depositário, de forma irrevogável e irretratável, a realizar a transferência de todos
os recursos decorrente do pagamento dos Direitos Creditórios repassados pelos
Consignantes para as Contas Vinculadas mantidas no Custodiante;
iv)
o Banco Depositário, após o recebimento dos recursos dos Consignantes, segrega
dos valores recebidos aqueles montantes a que o Banco Depositário tem direito
82
por força de operações mantidas entre o Cedente e o Banco Depositário e, até as
17:30h da respectiva data do recebimento dos recursos dos Consignantes pelo
Banco Depositário, desde que tais recursos cheguem até as 15:30h desta data,
transferirá a totalidade dos recursos remanescentes para as Contas Vinculadas
mantidas no Custodiante;
v)
o Custodiante, ao receber os valores, realiza a conciliação dos recursos
transferidos às Contas Vinculadas, confronta-os com (a) o arquivo eletrônico
previamente elaborado e enviado pelo Cedente ao Custodiante com a
individualização de todos os Direitos Creditórios Cedidos e (b) as planilhas
previamente elaboradas pelos Consignantes, informando quais Devedores (i) terão
as parcelas dos empréstimos descontadas de seus vencimentos e (ii) ficarão
inadimplentes, geralmente nas hipóteses de sua exoneração, morte ou ordem
judicial para pagamento de pensão alimentícia que impossibilite o desconto em
folha de pagamento ou de remuneração, no todo ou em parte, das parcelas do
empréstimo;
vi)
havendo diferenças entre os valores previstos e os recebidos, o Custodiante
questiona o Cedente e/ou o Consignante e/ou o próprio órgão que determinou o
repasse do valor diverso do previsto; e
vii)
apurada a razão da diferença, é procedido, conforme o caso, o depósito da quantia
faltante ou a restituição da quantia excedente.
2.
O procedimento adotado pelo Agente de Cobrança/Cedente para cobrança
dos Devedores inadimplentes é o descrito a seguir, sendo as eventuais despesas de
cobrança suportadas pelo Fundo:
i)
caso o servidor público tomador do empréstimo tenha se desligado do
Consignante, o Cedente busca obter de modo amigável a quantia devida, fazendo
uso, para tanto, de telefonemas, cartas e notificações; se a cobrança amigável é
frustrada, a conduta adotada é a de informar o fato ao Serviço de Proteção ao
Crédito - SPC, para inscrição do inadimplente; eventualmente, procede-se à
cobrança judicial da quantia devida, se o valor compensar as despesas judiciais;
83
ii)
se a causa da inadimplência é a morte do servidor público, busca-se cobrar do
espólio; e
iii)
se a causa da inadimplência é a falta de margem para desconto em folha de
pagamento ou de remuneração, que pode ocorrer nas hipóteses de ordem judicial
para pagamento de pensão alimentícia, ou na superveniência de outros descontos
privilegiados, busca-se renegociar o empréstimo, de modo que as parcelas sejam
condizentes com a nova margem do servidor público.
84
ANEXO V
Este Anexo é parte integrante do Regulamento do Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios Aberto CAIXA RPPS Consignado BMG, constituído em 01 de novembro de
2011 pela Caixa Econômica Federal
MODELO DE AVISO DE DESENQUADRAMENTO
Aviso de Desenquadramento
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (“Instituição Administradora”) na
qualidade de instituição administradora do “Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios Aberto CAIXA RPPS Consignado BMG” (“Fundo”), vem notificar o Banco
BMG S.A. (“Banco BMG”) a respeito do desenquadramento, por 2 (dois) Dias Úteis
consecutivos, da Relação Mínima (conforme definida no regulamento do Fundo),
verificado em [datas de desenquadramento].
O Banco BMG deverá responder este Aviso de Desenquadramento, com
cópia para o Custodiante e Gestora, impreterivelmente até o 1º (primeiro) Dia Útil
subsequente à data do seu recebimento, informando por escrito se deseja, a seu exclusivo
critério, integralizar ou não novas Cotas Subordinadas. Caso deseje integralizar novas
Cotas Subordinadas, deverá se comprometer de modo irretratável e irrevogável a
prontamente subscrever Cotas Subordinadas em valor equivalente a, no mínimo, o
necessário para reenquadramento da Relação Mínima, integralizando-as à vista, em
moeda corrente nacional, por meio de depósito em conta corrente de titularidade do
Fundo.
[LOCAL], [DATA]
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Instituição Administradora
85
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