Nós Utilizados em Escalada em Rocha
Prof. Ms. Eurico P. César
Estão descritos a seguir alguns dos nós mais utilizados em escalada em rocha e técnicas
verticais em geral, além de suas figuras, utilidades, especificações e cuidados.
Figura 1: Nó Oito
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Nó utilizado para encordoamento do escalador. Apesar de existirem outros nós para o
mesmo fim, este é o único nó aprovado pela U.I.A.A. Também pode ser utilizado para
unir duas cordas, porém o grande volume desse nó facilita um entalamento acidental do
mesmo em fendas e bicos de pedra, sendo, portanto, desaconselhado para esse fim.
Figura 3: Nó Oito com alça
•
Figura 2: Nó Oito para encordoamento
Figura 4: Nó Azelha com alça
Nós com finalidades de fixar a corda em mecanismos abertos (mosquetões). Também
utilizados como “cabo guia” para transporte de equipamentos.
Figura 6: Volta do Fiel
Figura 5: Volta do Fiel
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Nó também utilizado para fixar a corda, porém com as opções de fazê-lo em
mecanismos abertos (mosquetões) ou em mecanismos fechados, como em grampos e
chapeletas por exemplo, onde não se tem um gatilho que permita a entrada das alças da
corda no mecanismo.
Figura 7: Nó de Fita
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Nó utilizado para se confeccionar um anel de fita (ou fita solteira). Também pode ser
utilizado para unir duas fitas. Deve ser utilizado exclusivamente em fitas, e nunca em
cordas ou cordeletes.
Figura 8: Nó Pescador Duplo
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Nó com diversas utilidades. Primordialmente utilizado para confecção de cordeletes.
Também pode ser utilizado para se unir duas cordas, apesar de não ser o nó mais
indicado para isso devido ao grande volume desse nó, facilitando assim o possível
entalamento do mesmo em fendas e bicos de pedra. Também é frequentemente
utilizado como arremate de outros nós, como segurança adicional. Tem variações de
pescador triplo, quádruplo, etc., dependendo do número de voltas que se dá na corda.
Figura 9: Nó Boca de Lobo
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Nó relativamente simples, que consiste em passar uma fita (anel fechado) ou cordelete
em torno de uma estrutura rígida, voltando por dentro de si mesmo. Frequentemente
utilizado para atar a fita solteira ao baudrier. Também tem inúmeras utilidades como
laçar peças móveis (Figura 9) para fixar proteção, fixar fitas em mecanismos abertos ou
fechados e unir fitas (anéis fechados) umas às outras, aumentando seu tamanho.
Figura 10: Nó Prusik
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Mecanismo utilizado como blocante dinâmico imediato em cordas. Confeccionados
primordialmente com cordeletes, seu mecanismo é bem semelhante ao nó boca de lobo,
porém, passa-se o cordelete ao redor da estrutura (corda) e por dentro de si mesmo no
mínimo duas vezes, dependendo da espessura e da forma que estiver utilizando a corda.
Em caso de corda dupla, duas voltas bastam. Em corda única, no mínimo três voltas.
Funciona como mecanismo de emergência no rapel, como blocante automático, mas
também é utilizado como ascensor em corda fixa, para facilitar a subida.
Figura 11: Nó UIAA ou Nó Dinâmico
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Nó muito útil em situações inusitadas como perda do mecanismo de frenagem. Funciona
como um nó dinâmico, podendo ser utilizado como freio improvisado no rapel ou freio de
segurança utilizado pelo participante ao prestar segurança a um escalador. Pode ser
conectado em mecanismos abertos ou fechados, sendo preferencialmente utilizado em
mosquetões para evitar o desgaste excessivo da corda. Seu uso deve ser apenas
emergencial, não sendo aconselhável substituí-lo de forma integral pelo freio comum
devido ao maior desgaste proporcionado à corda pela utilização desse mecanismo.
Figura 12: Nó Mule
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Nó utilizado como mecanismo blocante estático. Pode servir para travar-se
voluntariamente no meio do rapel na ausência de um prusik ou também utilizado pelo
participante que está dando segurança, no caso deste ter que liberar as duas mãos da
corda e não estar utilizando um freio automático. Neste caso, ele faz o nó Mule e em
seguida pode liberar as duas mãos, ficando assim o escalador travado por esse nó.
Figura 13: Nó de Forca
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Nó de fácil confecção, utilizado para laçar estruturas como peças móveis (Pítons),
mosquetões ou galhos. Este nó tem a característica de, quanto mais tencionado, mais se
apertar à estrutura na qual está envolvido.
Figura 14: Nó Borboleta
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Nó que tem a finalidade de conectar um escalador no meio da corda. Para isto, basta
fazer o nó e clipar um mosquetão na alça formada por esse nó. Também serve para
isolar uma parte danificada da corda, ficando esta na alça formada por este nó. A grande
vantagem desse nó é que, após atado, a força de tensão na corda não é transmitida
para a alça, ficando esta totalmente isolada.
Figura 15: Nó Azelha Simples
Figura 16: Vantagem do Azelha sobre outro nó
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Nó relativamente simples e com diversas utilidades. Uma das mais comuns é atar duas
cordas, procedimento muito utilizado em rapel, por exemplo. Uma das vantagens é seu
pequeno volume, o que dificulta o entalamento acidental desse nó em bicos de pedra ou
fendas (Fig. 16). Deve-se ter o cuidado em deixar as duas pontas bem longas (mais de
um palmo) e certificar-se que o nó está bem apertado.
Foram descritos acima alguns dos nós mais comumente utilizados na escalada em rocha e
técnicas verticais em geral. Deve-se frisar que as atividades verticais são inerentemente
perigosas, envolvendo risco de morte eminente. Portanto, é importante que cada um desses
nós sejam ensaiados e treinados exaustivamente antes de sua utilização em ambientes
verticais.
Outro fator relevante a ser destacado é a qualidade do equipamento utilizado, seu estado de
conservação, além da utilidade específica do nó. De nada adianta utilizar o nó mais
adequado e de forma correta, se o equipamento ou estrutura a qual ele está sendo
conectado são questionáveis ou se encontram em mal estado de conservação e uso.
Da mesma forma, pouco adianta saber fazer com perfeição os nós descritos acima, porém
utilizar o nó para uma finalidade que não é a mais indicada, ou até mesmo, às vezes,
inadequada ao seu uso.
Finalmente, esteja sempre atento à corda e seu estado de conservação, pois o bom
funcionamento do nó depende diretamente dela. Além disso, certifique-se sempre de ter
feito o nó de forma correta, com a utilidade que lhe cabe e se este está bem atado. Estes
procedimentos são cruciais para uma prática segura e bem sucedida.
Referências Bibliográficas
Releigh D. Knots and hopes for climbers. 1st. Ed. Stackpole Books, Mechanicsburg, PA; 1998.
Fasulo DJ. Self-Rescue in How to rock climb series. 1st. Ed. Chockstone Press, Inc.
Evergreen, Colorado; 1996.
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