Microeconomia
Atenção
Este trabalho não tem a pretensão de ser uma
apostila ou um resumo didático. Seu intuito é
somente servir como referência para orientar o
aluno no estudo da matéria.
Como referência bibliográfica, recomendamos a
consulta da bibliografia apresentada no final
deste trabalho.
Aula 01 -A Escassez e A Curva
de Possibilidade de Produção.
Mankiw, cap. 2
Pindyck, cap.16
ECONOMIA (oikos nomos)
Ciência da Escassez
Necessidades e desejos humanos são ilimitados
X
Recursos finitos
Ilimitadas necessidades + limitados recursos disponíveis + técnicas de
fabricação
A economia faz a opção entre os bens produzidos e os processos técnicos
capazes de transformar os recursos escassos em produção.
ECONOMIA
(oikos nomos)
“Economia é o estudo da forma pela qual a sociedade
administra seus recursos escassos.”
G. Mankiw
“Economia é o estudo de como as pessoas ganham a vida,
adquirem alimentos, casa, roupa e outros bens, sejam eles
necessários ou de luxo. Estuda, sobretudo, os problemas
enfrentados por estas pessoas e as maneiras pelas quais estes
problemas podem ser contornados.”
Wonnaccott
“Ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade
decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de
bens e serviços, de modo a distribuí-los entre várias pessoas e
grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às
necessidades humanas.”
Vasconcellos
FRONTEIRA OU CURVA DE
POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
12
11
5
É a fronteira máxima que a economia
pode produzir, dados os recursos
limitados. A CPP é o limite máximo
de produção, com os recursos de
que a sociedade dispõe, num dado
momento. Pontos além da fronteira
não poderão ser atingidos com os
recursos disponíveis. Pontos
internos à curva representam
situações nas quais a economia não
está empregando todos os recursos
que dispõe (há desemprego de
10
Manteiga recursos).
Canhões
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Para pontos internos à CPP, os
recursos não estão em pleno
emprego. O custo de
oportunidade é zero, dado que
não é necessário o sacrifício de
recursos produtivos p/
aumentar a produção de um
bem, ou mesmo dos dois bens
A
D
E
B
C
Manteiga
É o grau de sacrifício que se faz
ao optar pela produção de
um bem, em termos da
produção alternativa
sacrificada.
Custo de oportunidade = custo
alternativo = custo implícito
Dada a escassez de recursos,
tudo tem um custo em
economia, mesmo não
envolvendo dispêndio
financeiro
MUDANÇAS NA CURVA DE
POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
(1) Deslocamento da CPP: aumento dos recursos ou melhoria
tecnológica nos dois produtos.
(2) Deslocamento da CPP: aumento de recursos ou melhoria
tecnológica apenas na produção de um produto
Canhões
Canhões
manteiga
(1)
manteiga
(2)
Aula 02 -O Mercado :Demanda
Oferta e Elasticidade.
Vasconcellos, cap. 1
Pindyck, cap.2
Mankiw, cap. 4 e 5
A Curva de Demanda
A
demanda está associada ao
comportamento do consumidor. A
curva de demanda relaciona a
quantidade que poderia ser adquirida
a um determinado nível de preço do
bem.
A demanda é uma relação que mostra as
diferentes quantidades consumidas a
vários níveis de preços, ceteris
paribus.
Lei da Demanda
A quantidade que se deseja comprar é
menor para maiores níveis de preços e
maior para níveis de preços menos
elevados, ceteris paribus.
D
P1
P2
D
Q1
Q2
Quantidade
Preço
Quantidade
10
30
30
15
40
10
60
5
VARIÁVEIS QUE AFETAM A
DEMANDA
Onde:
Qid  f ( Pi , Ps , Pc , R, G)
d
Qi  =f quantidade
(Pi , Ps , Pc ,demandada
R, G)
do bem i no período t;
Pi
Ps
Pc
R
G
= preço do bem i no período t;
= preço dos bens substitutos no período t;
= preço dos bens complementares no período t;
= renda do consumidor no período t;
= gostos, hábitos e preferências do consumidor no período t.
Porém para simplificarmos o estudo:
Qd = f(Pi,Ps, Pc,R, G ) ou seja,
Qd = f(p) ceteris paribus
A Curva de Oferta
A
Oferta
está
associada
ao
comportamento do produtor. A curva
de oferta relaciona a quantidade que
poderia ser oferecida a um P2
determinado nível de preço do bem. A
oferta é uma relação que mostra as P1
diferentes quantidades produzidas a
vários níveis de preços, ceteris
paribus.
Lei da Oferta
O produtor ofertará quantidades maiores
para maiores níveis de preços e, para
níveis menores de preços ofertará
quantidades menores.
S
S
Q1
Q2
Quantidade
Preço
Quantidade
10
5
30
10
40
15
60
30
VARIÁVEIS QUE AFETAM A
OFERTA
Q  f ( Pi ,p m , Pn , T )
s
i
Onde:
Qis = quantidade ofertada do bem i/t;
Pi = preço do bem i/t;
p m = preço dos fatores e insumos de produção
(mão-de-obra, matérias-primas, impostos);
Pn = preço dos bens relacionados, substitutos
ou complementares
T = avanços tecnológicos.
Porém para simplificarmos o estudo:
Qs = f(Pi,pm, Pn,T), ou seja,
Qs = f(p) ceteris paribus
Deslocamentos
a. Ao longo da curva de oferta (motivo preço)
b. Da curva de oferta (outros motivos)
Equilíbrio
Ponto de equilíbrio
É aquele que relaciona preço de equilíbrio a
quantidade de equilíbrio. É o ponto em que “(...) a
quantidade do bem que os compradores desejam e
podem comprar é exatamente igual à quantidade
que os vendedores desejam e podem vender.”
(Mankiw, p.80)
MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO DEVIDO
A DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA
Existem vários fatores que podem provocar deslocamento
das curvas de oferta e demanda, que conseqüentemente
provocarão mudanças do ponto de equilíbrio.
Exemplos:
renda: P e Q
Px
Pmatéria-prima: P e Q
Px
S0
D1
D0
Qx
S0
S1
D0
Qx
TENDÊNCIA AO NÍVEL DE
EQUILÍBRIO
S
Px
Excesso de
P1
oferta
P0
E  (Q0 , P0 )
P2
D
d
1
s
2
Q Q
Q0
s
1
Q
d
2
Q
Qx
Excesso de
demanda
Q  Q 0
Excesso de oferta (excedente)
Q2d  Q2s  0
Excesso de demanda (escassez)
d
1
s
1
Em mercados concorrências “(...) o preço de qualquer bem
se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse
bem.”
(Mankiw, p.82)
Elasticidade
S
Mudanças nos preços dos bens, PX
ceteris paribus, provocam
P0
mudanças nas quantidades
P1
procuradas.
A elasticidade é uma medida de PX
sensibilidade que mede a
P0
variação percentual numa
P1
variável (A), em relação a uma
variação percentual em outra
variável (B), ceteris paribus.
S´
D
QX
Q0 Q1
S
S´
D
Q0
Q1
QX
Elasticidade-preço da demanda
(pd)
A elasticidade - preço da demanda mede a relação
entre a variação proporcional na quantidade
demandada e a variação proporcional no preço.
Q
(%Q )
Q P Q
P 

 
(%P ) P
Q P
P
pd é geralmente um n° negativo. Quando o
preço de uma mercadoria aumenta sua
quantidade demandada em geral cai e, dessa
forma, (Q/ P) é negativa.
PX   
 1
A elasticidade varia
conforme o ponto que se
tome.
 0
QX
CASOS EXTREMOS
A) Demanda totalmente Inelástica (pd= 0 )  significa que
qualquer variação nos preços não provocará variação na
quantidade procurada;
B) Demanda totalmente Elástica (pd= )  significa que a
quantidade procurada pode variar sem que haja modificação
no preço. P
PX
X
D
D
QX
QX
ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA
DEMANDA
Variação percentual da quantidade demandada do vem x, dada uma
variação percentual no preço do bem y, ceteris paribus.

Se:
 0
xy
PD
 0
xy
PD
xy
PD
Qx


Qx Py
Py
Os bens x e y são complementares
(quando Py   Qx )
Os bens x e y são substitutos
(quando Py   Qx )
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA (  R )
É a variação percentual da quantidade demandada, dada uma variação
percentual da renda do consumidor,ceteris paribus.
R Q
R  
Q R
Se:
 R 1
Bem superior (ou bem de luxo) – dada
uma da renda, o consumo varia mais que
proporcionalmente.
 R 0
Bem normal – o consumo aumenta
quando a renda aumenta.
 R 0
Bem inferior – a demanda cai quando a
renda aumenta
Bem de consumo saciado - Variações na
renda não alteram o consumo do bem
R  0
ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA
Mede a variação percentual da quantidade ofertada, dada uma
variação percentual no preço do bem, ceteris paribus.
P
S
P Q s
 s
Q
P
Se:
 P 1
Bem de oferta elástica
 P 1
Bem de oferta inelástica
S
PX
 P 1
P 1
S
S
 P 1
S
S
P 1
S
Elasticidade-preço da
oferta unitária
QX
FATORES QUE AFETAM A
ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA
• Disponibilidade de bens substitutos
Quanto mais substitutos  mais elástica a oferta
Se não existe substitutos  oferta inelástica
• Horizonte Temporal
Quanto mais tempo (L.P)  mais elástica a oferta
Quanto menos tempo (C.P)  mais inelástica a oferta
• Custos de Estocagem
O produtor é muito afetado pelos custos de estocagem
Alto custo de Estocagem mais elástica a oferta
Baixo custo de Estocagem  mais inelástica a oferta
Aumento dos Custos de Produção
Parte dos efeitos causados por um
aumento do custo de produção
podem ser repassado ao
consumidor.
A relação entre a elasticidade da
curva de demanda e da curva de
oferta, vai determinar quem
arcará com a maior parte dos
custos.
• Se a demanda for mais inelástica que a oferta o
consumidor paga mais.
• Se a oferta for mais inelástica que a demanda o
produtor paga mais.
S’
S
D
Questões para revisão:
As curvas de demanda e oferta de mercado de um bem são:
Qs = -500+500p
Qd = 4000-400p
Calcule:
a) O preço e a quantidade de equilíbrio;
b) Dada a alíquota de um imposto específico T= 0,9 centavos por
produto, determine o novo preço e a quantidade de equilíbrio;
c) Qual o preço pago pelo consumidor? Qual o preço recebido pelo
vendedor?
d) Qual o valor da arrecadação do governo nesse mercado?
e) Qual a parcela da arrecadação paga pelo comprador? E pelo
vendedor?
f) Calcule a elasticidade da curva de demanda e da nova curva de
oferta.
g) Ilustre graficamente
Aula 03 -Restrição
Orçamentária e Utilidade
Vasconcellos, cap. 2, 3, 4
Pindyck, cap.3
Mankiw, cap. 21
“Restrição
Orçamentária (ou
limitação
orçamentária) é a
limitação imposta ao
consumidor pelo
poder de compra do
consumidor”.
(Vasconcellos)
Alimentos (q2)
Restrição Orçamentária
Linha de restrição
orçamentária:
R
p2
R = p1q1 + p2q2
p1
R
p2
p1
Vestuário (q1)
Preço relativo
Mudanças da linha de Restrição
Orçamentária
• 1º caso: Aumento da Renda
(R; p1 e p2 constantes)
q1
• 2º caso: Diminuição do preço
de um bem (p1)
(p1; p2 e R constantes)
q1
Preferências do Consumidor
• Axiomas:
1) Preferência completa  duas cestas
quaisquer podem ser comparadas, ou seja, A
B ; A B ; A  B
2) Preferência reflexiva  qualquer cesta é
ao menos tão boa quanto ela própria, ou
seja, A  A
3) Preferência transitiva A B ; B  C,
logo A  C
4) Mais é melhor do que menos
“Uma Curva de
Indiferença representa
todas as combinações de
cestas de produtos que
fornecem o mesmo nível
de satisfação a uma
pessoa”.
(Pindyck)
Alimentos (q2)
Mapa de Curvas de Indiferença
C
D
A
U2
B
TMgS = q1/q2
Quantidade de um bem que um
consumidor deseja deixar de
consumir para obter uma
unidade adicional de um outro.
U1
Vestuário (q1)
Casos especiais de Curvas de Indiferença
Curva de indiferença q1
“bem comportada”
Curva de indiferença de q1
substitutos perfeitos
Curva de indiferença q1
com um bem neutro
(q2)
Curva de indiferença de q1
bem complementares
Curva de indiferença de q1
um mal (q1)
Aulas 04 e 05-Equilíbrio do
Consumidor. Curva de RendaConsumo e Curva de Engel. Curva
de Preço-Consumo e Curva de
Demanda do Consumidor.
Vasconcellos, cap. 5, 6 e 7
Pindyck, cap. 4
Mankiw, cap. 7
Escolhas do Consumidor
Alimentos (q2)
Os consumidores maximizam
sua satisfação escolhendo a
cesta de mercado, onde a
linha do orçamento e a
curva de indiferença são
q 2*
tangentes. Neste ponto:
UMg1 P1

UMg2 P 2
D
A
UMg 1 =
p1
UMg2
p2
U2
U1
B
U1
q1*
Vestuário (q1)
q2
q’2
q2
Curva renda
- consumo
B
q'2
B
A
q2
A
q1 q'1
renda
B
R1
A
q’1
q
q1
q2 - Bem normal
q1 - Bem inferior
R2
R2
q1
q’1 q1
q1
q1 e q2 - Bens normais
R1
q2
B
A
q'1 q1
q1
Curva de renda - consumo e
Curva de Engel
C
Curva de Renda - Consumo
“Descreve as cestas de bens que são
consumidas em diferentes níveis de
renda, mantidos os preços constantes”
(Vasconcellos)
A
CA - 1 é inferior
AB - 1 e 2 normais
BD - 2 é inferior
B
E
D
Curva de Engel
“Curva que relaciona a quantidade
consumida de um bem à renda”
renda
q1
(Pindyck)
Bem 1 é
inferior
Bem 1 é
normal
q1
Efeito Renda e Efeito Substituição
Efeito Renda (ER)
“Alteração do consumo que decorre do
Q2
deslocamento do consumidor do
consumidor para uma nova curva de
indiferença, quando o preço do bem
ER
varia”
(Mankiw)
ES
C
B
A
Efeito Substituição (ES)
“Alteração do consumo que ocorre
quando uma variação no preço do bem
desloca o consumidor ao longo de uma
curva de indiferença, até um novo
ponto, com uma nova TMgS”
(Mankiw)
ES
ER
Q1
Curva de Demanda Individual
Observando a variação do
preço de um, podemos
construir a curva de demanda
individual, que segue a lei da
demanda.
Lei da Demanda
q20
q21
q10
P
q11
q1
D
P0
A quantidade que se deseja comprar é
menor para maiores níveis de preços e
maior para níveis de preços menos
P1
elevados, ceteris paribus.
D
q10
q11
q1
Excedente do Consumidor
“A diferença entre o
montante que um
consumidor estaria
disposto a pagar por um
bem e o montante que
efetivamente paga”.
(Samuelson)
P
D
EC
p*
D
q*
Q
Aula 06 - Teoria da Produção. A
Função de Produção. O Curto
Prazo e O Longo Prazo. Estágios
de Produção. Isoquanta.
Rendimentos de Escala.
Vasconcellos, cap. 11
Pindyck, cap. 6
PRODUÇÃO
TEORIA DA
FIRMA
Teoria da Produção
Teoria dos Custos
Teoria da Produção  refere-se às relações tecnológicas,
físicas, entre a quantidade produzida e as quantidades de
insumos utilizados na produção.
Teoria dos Custos de Produção  refere-se aos preços
dos insumos.
Produção  Processo pelo qual uma firma
transforma os fatores de produção adquiridos em
produtos ou serviços para a venda no mercado.
Função de Produção  Relaciona as quantidades
empregadas de insumos (K, L, T) com o produto
máximo (Q), que pode ser obtido.
INSUMOS
Q = f (N,K, T, MP)
Mão-de-obra (N)
Capital Físico (K)
Área, Terra (T)
Matérias-primas (MP)
Processo
de
Produção
Produto
(q)
Fatores de Produção
Fixos
X
São aqueles que
permanecem inalterados,
quando a produção varia.
Curto Prazo
Pelo menos um fator fixo
Fatores de Produção
Variáveis
São aqueles que se
alteram, com a variação
da quantidade produzida
X
Longo Prazo
Todos os fatores variam
Análise de curto prazo 
q  f (N, K )
Análise de longo prazo 
q  f (N , K )
Produto Total (PT)  é a quantidade produzida em determinado
período de tempo.
PT  q
Produtividade Média (PMe)  é a relação entre o nível de
produto e a quantidade do fator de produção, em determinado
período de tempo.
PMeN  PT
N
PMeK  PT
K
Produtividade Marginal (PMg)  é a variação do produto,
dada uma variação de uma unidade na quantidade do fator de
produção, em determinado período de tempo.
PT q
dq
PMg N 

ou
N
N
dN
PT q
dq
PMg K 

ou
K
K
dK
Sendo dq/dN e dq/dK as derivadas do produto em relação
aos insumos, mão-de-obra e capital aplicável quando a
função de produção é contínua e diferenciável.
Exemplo: q  f ( N , K )
Fator Fator
Fixo variável
10
1
10
2
10
3
10
4
10
5
10
6
10
7
10
8
10
9
PT
PMe
PMg
6
14
24
32
38
42
44
44
42
6,0
7,0
8,0
8,0
7,6
7,0
6,2
5,4
4,6
6
8
10
8
6
4
2
0
-2
PT
q  f ( x1 , x2 )
Ponto de
maximização
(PTmáximo)
Ponto de
inflexão
N
PmgN
PMeN
PMeN
N
PmgN
No ponto máximo do produto total (PT), a produtividade
marginal da mão-de-obra é igual a zero. Antes deste ponto, a
produtividade marginal da mão-de-obra é positiva, ou seja
aumentos na absorção de mão-de-obra elevam o produto total.
 Após o ponto máximo do PT (PMgN = 0) a produtividade é
negativa: acréscimos de mão-de-obra diminuirão o produto. Isto
ocorre em virtude da lei dos rendimentos decrescentes.
Lei dos Rendimentos Decrescentes
O formato das curvas de PMgN e PMeN dá-se em virtude desta lei.
“Ao aumentar-se o fator variável sendo dada a quantidade de um
fator fixo, a produtividade marginal do fator variável passa a
diminuir a partir de determinado ponto”
(VASCONCELLOS)
Produção no Longo Prazo
q  f (N , K )
A análise da produção a longo prazo considera que todos
os fatores de produção (mão-de-obra, capital, instalações,
matérias-primas) variam.
A longo prazo, não existem fatores fixos de produção.
Isoquantas de Produção
Isoquanta = Linha de Igual Produção = Linha de Isoproduto
Isoquanta  linha na qual todos os pontos representam
combinações dos fatores que indicam a mesma quantidade
produzida.
Ela expressa os vários métodos ou processos alternativos de
produção, que proporcionam a mesma quantidade produzida.
Isoquanta de Produção
K
q  1000
N
Mapa de Produção -Conjunto de
Isoquantas
K
q  3000
q  2000
q  1000
N
A escolha de uma
particular
isoquanta, que
corresponde à
escolha da
quantidade que o
empresário deseja
produzir,
dependerá dos
custos de
produção e da
demanda pelo
produto da firma.
TMgST= PMgN
PMgK
Capital(K)
Taxa Marginal de Substituição Técnica
TMgST
A
q1
B
TMgST = N/K
Relação entre a redução no
emprego de um fator de produção
e o aumento do outro fator de
produção necessário para manter a
mesma isoquanta.
q0
Trabalho (N)
Casos especiais de Isoquantas
Proporções fixas na N
produção
Substituição perfeita na N
produção
Região Econômica de Produção
A
15
10
C
B
100
N
200
N
RENDIMENTOS DE ESCALA
Escala de Produção  é o ritmo da variação da produção,
respeitada certa proporção de combinação entre os fatores.
Descreve uma relação tecnológica.
f(aK,aN) = ag f(K,N)
 Rendimentos Crescentes de Escala (g>1)
Ocorrem quando a variação na quantidade do produto total é mais
do que proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores
de produção.
 Rendimentos Constantes de Escala (g=1)
Ocorrem quando a variação do produto total é proporcional à
variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.
 Rendimentos Decrescentes de Escala(g<1)
Ocorrem quando a variação do produto é menos do que
proporcional à variação na utilização dos fatores.
Rendimentos de Escala
K
K
(1)
( 2)
400
400
300
200
300
200
100
N
(1) Rendimentos decrescentes
de escala
(2) Rendimentos constantes de
escala
(3) Rendimentos crescentes de
escala
100
N
K
(3)
400
300
200
100
N
Aula 07 - Teoria dos Custos.
Vasconcellos, cap. 12
Pindyck, cap. 7
Teoria dos Custos de Produção
Refere-se aos preços dos insumos.
Economistas
X Contadores
(Custo de Oportunidade)
(Valor Pago)
• Custos Explícitos - quando ocorre um
desembolso monetário.(K,N,T)
• Custos Implícitos - não ocorre um desembolso
monetário (deixa de trabalhar).
Curto Prazo
• Economistas : Período no qual é impossível
ajustar complemente todos os fatores produtivos
• Contadores:Período de duração correspondente a
um ano contábil
Custos a Curto Prazo
(Pelo menos um fator fixo)
CT = CV+CF q  f ( N , K )
CT = wN +rK
PT
CT
N
PmgN
N
Cmg
Se: Pmg   Cmg
Se: Pmg (cte)  Cmg(cte)
Se:  Pmg   Cmg
N
PmgN
Cmg
N
CT=CF+CV
• Custo Fixo- É independente do nível de produção.
(Ex.:Aluguéis, pagamento de juros)
• Custo Variável- Varia com o nível de produção (Ex.: insumos,
consumo de energia)
• Custo Médio- Custo Total dividido pelo número de unidades
produzidas. CMe= (CT/Q)
• Custo Fixo Médio- Custo Fixo dividido pelo número de
unidades produzidas. CFMe= (CF/Q)
• Custo Variável Médio- Custo Variável dividido pelo número
de unidades produzidas. CVMe= (CV/Q)
• Custo Marginal-É o custo adicional necessário para produzir
uma unidade adicional de produto. CMg =(CT / Q)
CMe X CMg
• O custo (total) médio diz qual será o custo da
unidade padrão de produto se o custo total for
divido igualmente entre todas as unidades
produzidas.
• O custo Marginal mostra o aumento dos custos
totais decorrentes da produção de uma unidade
adicional.
A curva de custo marginal corta a curva de custo
médio no ponto de escala eficiente.
• Se CMe>CMg - CMe 
• Se CMe<CMg - CMe 
Exemplo
Q
0
CF
55
CV
0
CT
55
CMg
CMe
Infinito
CFMe
Infinito
CVMe
Indefinido
85,00
55,0
30,0
55,00
27,5
27,5
43,33
18,3
25,0
40,00
13,8
26,3
42,00
11,0
31,0
46,67
9,2
37,5
52,86
7,9
45,0
60,00
6,9
53,1
67,78
6,1
61,7
76,00
5,5
70,5
30
1
55
30
85
27
25
2
55
55
110
22
20
3
55
75
130
21
30
4
55
105
160
40
50
5
55
155
210
60
70
6
55
225
280
80
90
7
55
315
370
100
110
8
55
425
480
120
130
9
55
555
610
140
150
10
55
705
760
Fonte: Samuelson
Custos
160
140
120
100
80
60
40
20
0
0
2
4
6
8
10
Quant.
CMg
CMe
CFMe
CVMe
12
Custos a Longo Prazo
(Nenhum fator é fixo)
CT = wN +rK
Linha de Isocusto
“Todas as combinações
possíveis de trabalho e
capital que podem ser
adquiridas por um dado
custo.” (Pindynck)
Linha de Isocusto
K
CT
CT = wN + rK
r
w
r
CT
Preço relativo
w
N
Escolhas da Firma
As firmas maximizam sua
satisfação produzindo a um
custo mínimo, onde a linha
de isocusto e a curva de
isoquanta são tangentes.
Neste ponto:
UMg1 P1

UMg2 P 2
K
D
A
k*
PMg N =
w
PMgK
r
q2
q2
B
q1
n*
N
Aula 08 - Estruturas de
Mercado - Concorrência
Perfeita.
Vasconcellos, cap. 13
Pindyck, cap. 9
Mankiw, cap. 14
ESTRUTURAS DE MERCADO
As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos
inerentes de como os mercados estão organizados.
As diferentes estruturas de mercado, estão condicionadas por três
variáveis principais:
 número de firmas produtoras no mercado;
 diferenciação do produto;
 existência de barreiras à entrada de novas empresas.
No mercado de bens e serviços, as formas de mercado, segundo
essas três características são:
 concorrência perfeita
 monopólio
 concorrência monopolista (ou imperfeita)
 oligopólio
No mercado de fatores de produção, as formas de mercado,
segundo essas três características são:
 concorrência perfeita
 monopsônio
 oligopsônio
Caso especial  monopólio bilateral
ESTRUTURAS DE MERCADO DE BENS E
SERVIÇOS
1. Concorrência Perfeita
As hipóteses deste modelo são:

Existe um grande número de compradores e vendedores (o preço
é dado para as firmas e para os produtores)- Atomização;

Os produtos são homogêneos;

Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do
produto;

A entrada a saída de firmas no mercado são livres - Não existem
barreiras.
A empresa no regime de concorrência perfeita só fixa a
quantidade a ser vendida, pois o preço está fixado pelo
mercado.
A curva de demanda do mercado possui inclinação negativa, porque
descreve a procura total do produto, dado seus diferentes níveis de
preços.
A curva de demanda da firma é uma linha horizontal, porque ela
reflete a procura do seu produto. Como a firma é incapaz de alterar o
preço corrente do mercado, a demanda de seu produto é
perfeitamente elástica.
p
a de demanda do mercado
p
S
D
D
q
q
Curva de demanda da firma
A empresa para maximizar lucro, precisa satisfazer conjuntamente as
condições de que:
a) O preço do produto seja igual ou superior ao Custo Variável
Médio ( P >=CVMe ).
***Se os custos variáveis forem superiores aos preços, a firma se
torna inviável a longo prazo, mas mesmo a curto prazo ainda
pode incorrer em prejuízos para pagar parte dos custos fixos e
tentar manter-se no mercado.
b) O Custo Marginal seja igual à Receita Marginal (CMg = RMg),
sendo o custo marginal crescente.
Maximização em Concorrência Perfeita
p
CMg
D  RMg  P
q
O ramo ascendente da curva de Custo Marginal, acima da
curva de Custo Variável Médio, constitui-se na Curva de
Oferta da firma, operando no regime de concorrência
perfeita.
A curva de oferta do setor como um todo será a soma da curva
de oferta de todas as firmas no setor.
As firmas com custos variáveis médios acima do preço terão
de abandonar o setor a longo prazo, deforma que as mais
eficientes permanecem.
Oferta do Mercado em Concorrência Perfeita
A mobilidade e inexistência de barreiras garantem que novas
empresas entrem no setor, se há lucros maiores que em outros
setores. Com as novas empresas, há um deslocamento da curva
de oferta do setor para a direita, e, conseqüentemente, preços
menores.
O preço de equilíbrio diminui, e só as firmas que produzem com
custos médios abaixo do preço podem continuar produzindo a
longo prazo.
A longo prazo, em concorrência perfeita, as empresas auferem
apenas lucros normais.
p
p
d  RMg
p'
d '  RMg
Oferta da Firma
q
s
p
s'
p
Oferta de Mercado
p'
d
q
q'
q
Aula 09 - Estruturas de
Mercado (cont.) - Monopólio.
Vasconcellos, cap. 14
Pindyck, cap. 10 e 11
Mankiw, cap. 15
Monopólio
As hipóteses deste modelo são:

O setor é constituído de uma única firma;

A firma produz um produto para o qual não existe substituto
próximo;

Existe concorrência entre os consumidores;

A curva de receita média é a curva de demanda do mercado.
No monopólio, o setor é a própria firma, porque existe um único
produtor que realiza toda a produção.
 A oferta da firma é a oferta do setor;
 A demanda da firma é a demanda do setor.
Demanda do Monopólio
A curva de receita média (RMe)da firma monopolista é a curva
de demanda do mercado, e indica os diferentes preços por
unidade que serão recebidos quando o monopolista decidir
vender quantidades diferentes do produto.
p
RMe  d
RMg
q
Receita Total do Monopólio
RT
RMg
Pto. de Lucromáximo
Pto. de RTmáximo
Q
RMg  0
A receita total atinge o máximo no ponto em que a receita marginal
é zero.
A receita marginal representa os acréscimos à receita total: enquanto
a RMg é positiva, a cada diminuição do preço há um aumento na
quantidade superior proporcionalmente à queda de preços. Isso
implica em uma receita de vendas maiores.
A partir do ponto em que a RMg é zero, a perda de receita pela
diminuição de preço é maior que o ganho obtido pelo aumento da
quantidade vendida.
Equilíbrio do Monopólio
P
O poder de mercado ou o
“grau de monopólio” de
uma firma é definido
Pm.
como a capacidade da
mesma em fixar um custo
preço para o seu
produto que seja maior
do que o custo marginal
de produção; sendo
medido, portanto, pela
margem de lucro ou pela
relação preço/custo
marginal.
D
Cmg
CMe
p
D
Qm
Rmg
Q
Poder de Mercado
A taxa de mark-up da firma
 qp(q) 
q
  p(q)  monopolista será tão
 p(q)  q
maior quanto menor for
q
q
q
a elasticidade preço de
 p 
demanda .
RMg  p  q
q
Logo, quanto maior for a
 q  p  
elasticidade preço de

RMg  p1 
demanda menor será o
p q 

“poder de mercado” ou


1
ou
“poder
de
RMg  p1  
monopólio” da firma.
  
Poder de Mercado / Mark -up


1
RMg  p1  
  
• Se <1(inelástica)  RMg < 0
• Se  =1 (unitária) RMg = 0
• Se >1 (elástica) RMg > 0
O monopolista nunca opera na área inelástica.
Eficiência no Sentido de Pareto
Não é possível melhorar a
P
situação de nenhum
agente sem piorar a
situação de, pelo menos,
outro.
(Vasconcellos) Pm
P’
A concorrência perfeita é
Pc
ESP.
O monopólio é ineficiente
(peso-morto do
monopólio).
Cmg
1
2
3
P = Rme
Rmg
Qm Q’ Qc
Q
Combate à Ineficiência – Regulamentação e
Discriminador de preços
Regulamentação
Em função da ineficiência alocativa do monopólio, a
intervenção governamental pode aumentar a eficiência
da alocação de recursos. Suponhamos que o governo
introduza uma lei de regulação de preços em todos os
setores nos quais as firmas possuam poder de mercado.
Discriminação de Preços
1º grau: Limite do EC
2º grau: O Preço é determinado pela quantidade
3º grau: Preços especiais para grupos especiais
Aula 10 - Estruturas de
Mercado (cont.) Concorrência Monopolistica e
Oligopólio.
Vasconcellos, cap. 15
Pindyck, cap. 12
Mankiw, cap. 16 e 17
Concorrência Monopólistica
Principais características:
• Grande número de firmas
• Livre mobilidade de recursos
• As firmas produzem bens substitutos, mas
diferenciados
Exemplo:Companhias aéreas e Montadoras de
automóveis
Equilíbrio na Concorrência
Monopolistica
P
Curto Prazo
As empresas, apresentam
curvas de demanda
individuais para o seu
produto, a curto prazo o seu
ponto de equilíbrio é
semelhante ao do mercado
monopolista.
Longo Prazo
Como não há barreiras a
entrada a tendência que o
lucro do curto prazo, tenda a
zero. Assim temos:
p > 0 – novas entrantes
p< 0 – retiram-se
D
Cmg
CMe
P
D
Rmg
P
D
Q
Q
Cmg
CMe
P
D
Rmg
Q
Q
Oligopólio
Principais características:
• Poucas firmas
• Geralmente Grandes
• Produtos Idênticos
Exemplo: OPEP, Distribuidoras de Combustíveis,
Produtores de Aço e Alumínio
Tipos de mercados oligopolistas:
• Cartel- existe um acordo entre firmas
• Firma dominante - existe uma firma que domina o
mercado e as demais a seguem
Oligopólio
Taxa de Concentração : uma taxa de concentração
dá a porcentagem das vendas totais que são
obtidas pelas maiores firmas. Um exemplo de
taxa e concentração é a P4, que mostra a
participação das 4 maiores empresas nas vendas
totais da indústria. Se P4 > 40 % então esse setor é
um oligopólio.
Índice de Herfindalhl : é dado pela soma das
percentagens das participações de mercado
elevadas ao quadrado de todas as firmas da
indústria. Quanto maior for o valor desse índice
maior será o grau de concentração dentro de uma
mesma indústria.
P
Curvas de Reação
“Relação entre a quantidade
de produção que
maximiza os lucros de
uma empresa e a
quantidade que ela
imagina que seus
q1
concorrentes produzirão”
(Pindyck)
D1(0)
RMg1(0)
RMg1(50)
D1(50)
RMg1(75)
CMg
D1(75)
Curva q2*(q1)
de reação da
Empresa 2
q1
Curva q1*(q2)
de reação da
Empresa 1
q2
Modelo de Cournot (Nash)
Hipótese: As empresas produzem mercadorias
homogêneas, cada uma considerando fixo o nível de
produção de sua concorrente.
As firmas escolhem a quantidade produzida
simultaneamente baseadas nas expectativas em
relação à escolha da outra firma (jogo simultâneo),
q2
logo:
RT1= p(q1+q2) q1
CT1= f (q1)
RT2= p(q1+q2) q2
CT2= f (q2)
Equilíbrio
de Cournot
q2*
q1*
q1
Cartel - Conluio
As firmas formam uma coalizão de forma a
determinar conjuntamente o seu produto,
buscando maximizar os lucros totais da
indústria (jogo cooperativo).
q2
A coalizão fará com
que as n firmas
hajam como uma
única empresa
(maximizadora de
lucro)
Curva de
coalizão
q1
Modelo de Stackelberg
Hipótese: A empresa determina o nível de
produção, antes que outras empresas o façam.
Neste modelo existe uma firma líder e outra
seguidora (jogo não simultâneo), logo uma firma
faz uma escolha antes da outra.
Max p(q1 +q2) q1-CT1
s.a. q2= f (q1)
É vantajoso ser a primeira firma a fazer a escolha?
Teoria da demanda quebrada
(Sweezy)
P
A firma A se defronta com o
seguinte dilema : se aumenta o
seu preço, então as demais
firmas não irão acompanhar esse
movimento; se ela reduz o seu P*
preço então as demais firmas
irão acompanhar esse
movimento
D
Q*
Q
Sendo assim, a sua curva de demanda é altamente
elástica para aumentos de preço e altamente inelástica
para reduções de preço.
Modelo de Bertrand
Hipótese: Cada firma acredita que se diminuir o preço em 
ganhará todo o mercado.
Neste caso, as firmas vão abaixando o preço até o ponto de
equilíbrio, onde p= CMg (ocorre um equilíbrio igual ao de
uma concorrência perfeita) (guerra de preços)
P
P
-
.
.
.
c2
c1
Se c2 = c1
P > CMg  incentivo a baixar o preço
P = CMg  equilíbrio (CMg = c1 = c2 )
Se c2 > c1
P = c2  equilíbrio instável
Fatores que dificultam a carterização
• Restrições legais (CADE - Conselho
Administrativo de Defesa Econômica).
• Problemas de informação
• Incentivo a quebrar o acordo
Q
0
1
2
3
4
5
6
7
8
P
200
180
160
140
120
100
80
60
40
RT
0
180
320
420
480
500
480
420
320
CT
145
175
200
220
250
300
370
460
570
p
-145
5
120
200
230
200
110
-40
-250
RT(1)
0
180
160
280
240
300
240
240
160
RT(2)
0
0
160
140
240
200
240
180
160
Aula 11 - Teoria dos Jogos
Vasconcellos, cap. 16
Pindyck, cap.13
Mankiw, cap. 16
Teoria dos Jogos
Em concorrência imperfeita a firma tem consciência de
que pode afetar o preço de seu produto, como tambem
percebe que este é afetado pelas decisões de seus
concorrentes. Ocorre um comportamento estratégico.
Interação estratégica : situação na qual cada empresa ou
agente reconhece que as suas ações tem efeito sobre o
bem-estar das demais empresas e agentes, o que levará
estes a reagir as ações tomadas pelo primeiro.
Tipos de Jogos
Jogos cooperativos - situação na qual os jogadores podem
negociar contratos entre si, permitindo o planejamento
conjunto das estratégias.
Jogos não-cooperativo - situação na qual os jogadores não
podem negociar e implementar contratos, fazendo com
que as decisões tenham que ser tomadas de forma
independente pelos jogadores, os quais são obrigados a
fazer conjecturas sobre o provável comportamento dos
demais.
Jogos seqüenciais - jogos nos quais um jogador escolhe a
sua estratégia antes do outro
Jogos não seqüenciais - jogos nos quais um jogador escolhe
a sua estratégia simultaneamente
Exemplo 01 : Consideremos o mercado
de transporte aéreo entre Rio e São Paulo
T
V
Pa
Pb
Pa
(10, 10)
(3,12)
Pb
(12, 3)
(5, 5)
Matriz de pay-offs do jogo
Estratégia Dominante
“Uma estratégia dominante
é aquela que é a melhor
estratégia para um
jogador, independente da
estratégia adotada pelo
outro.” (Vasconcellos)
T
Pa
Pb
Pa
(10, 10)
(3,12)
Pb
(12, 3)
(5, 5)
V
Nesse caso, ocorreu uma falha de coordenação: cada
empresa buscando o que é melhor para si gerou uma
situação no qual o bem-estar coletivo é menor do
que o máximo.
Exemplo 02 : Consideremos o mercado
de transporte aéreo entre Rio e São Paulo
(Jogo sem estratégias dominantes)
T
V
Pa
Pb
Pa
(10, 10)
(3,12)
Pb
(9, 3)
(5, 5)
Matriz de pay-offs do jogo
Equilíbrio de Nash
A solução do jogo passa por se
determinar se existe algum
conjunto de estratégias tal que
cada jogador está fazendo o
melhor que pode em função
da estratégia adotada pelo
outro jogador.
T
Pa
Pb
Pa
(10, 10)
(3,12)
Pb
(9, 3)
(5, 5)
V
O conceito de equilíbrio de Nash se apoia na
racionalidade individual. A estratégia escolhida pelo
jogador depende não só da sua própria racionalidade
como também da racionalidade de seu oponente.
Jogos Seqüenciais
Até agora consideramos apenas os jogos nos quais
ambos os participantes fazemos seus movimentos
ao mesmo tempo.
Iremos agora analisar jogos seqüenciais, ou seja,
jogos nos quais um jogador escolhe a sua
estratégia antes do outro ( exemplo : investimento
em expansão de capacidade para desestimular a
entrada de novos competidores).
Jogos seqüenciais são melhor visualizados na
forma extensiva, também conhecida como
árvore de decisão.
Árvore de decisão
Pa
Pa
T
10, 10
Pb
3, 12
V
Pa
Pb
12, 3
T
Pb
5, 5
Bibliografia
• VASCONCELLOS, M.A .S. e OLIVEIRA, R. G. Manual
de Microeconomia. 2a ed. São Paulo: Atlas, 2000.
• PINDYCK, R. e RUBINFELD, D. Microeconomia. 5a Ed.
São Paulo: Makron, 2002.
• MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia:
princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
• SAMUELSON, P. A. e NORDHAUS, WILLIAM D.
Economia. 14a ed. Lisboa McGraw-Hill, 1997.
• VARIAN, M. H. Teoria microeconomica: principios
basicos. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
• VASCONCELLOS, M.A .S. Economia: Micro e Macro.
São Paulo: Atlas, 2000.
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