Fr. José António Correia Pereira-ofrn
S. F
CISCO DE ASSIS
NA DElRA
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•
~EGIONAL
EDITORIAL FRANCISCANA -
BRAGA
FICHA TÉCNICA:
Títu/o: S. Francisco de Assis na Madeira
Autor: Fr. José antónio Correia Pereira-ofm
Editor: Editorial Franciscana
Capa: Estátua de S. Francisco de Assis no jardim em Câmara de
Lobos. Foto de Frei José Morais-ofm
Gravuras: Cedidas pela Casa-Museu Frederico de Freitas e
Museu Vicentes-Funchal
Tiragem : 2000 exemplares
Fr. José António Correia Pereira-ofm
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S. FRANCISCO DE ASSIS
NA MADEIRA
mSTÓRIA - LENDAS - TRADIÇÓES
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EDITORIAL FRANCISCANA - BRAGA
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PRÓLOGO
As comemorações dos Cinco Séculos de Evangelização e
Encontro de Culturas convidam-nos a descobrir os dinamismos
que animaram os portugueses de quatrocentos e que marcaram não
só a nossa identidade como povo, mas também as culturas que
encontrámos e com as quais entrámos num intercâmbio mutua-
mente enriquecedor.
Este pequeno trabalho que oferecemos ao público pretende tão
só recordar a presença franciscana na Madeira durante estes cinco
séculos, desde a descoberta da Ilha até aos nossos dias. Embora na
descoberta da Ilha da Madeira não se desse um ençontro de
culturas, a verdade é que os contornos geográficos e o percurso
histórico marcaram culturalmente a sociedade madeirense.
Ao recordar a presença franciscana, queremos não só lembrar
os factos históricos documentalmente fundamentados e provados,
queremos também avivar as marcas culturais que esta presença
deixou. Traremos, assim, à memória viva os costumes religiosos,
as tradições e as lendas que de alguma maneira estão ligadas aos
franciscanos. A história completa também é feita destes dados,
cujas razões se esfumam, mas que a memória colectiva gravou e
que marcam a cultura e exprimem o sentir e a alma dum povo.
-5-
Também à história se pode aplicar a célebre frase que
Saint-Exupery pás na boca do Principezinho: "O essencial é
invisível aos olhos. Só se vê bem com o coração». Uma sociedade
que reduz a história ao que é racionalmente verificável e pruvado,
torna-se depressa um deserto seco de mistérios e enigmas, sem
alma e sem rumo.
Este trabalho aparece num momento em que a Família Franciscana se prepara para comemorar ooitavo centenário do nascimento
de Santa Clara e em que os Franciscanos Portugueses comemoram
o centenário da restauração da Província de Portugal. Queremos
desta forma homenagear os franciscanos das três ordens fundadas
por S. Francisco e Santa Clara, os quais ao longo destes séculos
mantiveram vivo em Portugal e sobretudo na Madeira o ideal que
lhes foi transmitido pelos fundadores.
O Autor
- 6-
INTRODUÇÃO
Quando Francisco de Assis juntou os primeiros irmãos e se
propôs com eles viver o Evangelho em menoridade e fraternidade,
estava longe de imaginar o papel que a sua fraternidade havia de
desempenhar na Igreja. Juntamente com a Ordem dos Pregadores,
fundada, na mesma altura, por S. Domingos, a Ordem dos Frades
Menores aparece como providencial num momento histórico de
grandes mutaçôes na Europa, que colocavam a Igreja perante
novas situações e desafios.
Colocada entre as ambições do Imperador e as pretensões de
um sem núm ero de novos estados nacionali stas, por um lado, e o
aparecimento das comunas a clamar por mais participação e
autonomia em relação aos senhores dos feudos, contestando assim
a ordem social centralizada e hierarquizada do feudalismo, por
outro, a Santa Sé precisava de homens descomprometidos com o
sistema estabelecido, para apoiar a sua acção espiritual, dentro e
fora da cristandade. Foram os papas Inocêncio III (1198- 1216) e
Gregório IX (1227-1241), este o célebre Cardeal Hugolino, ami go
de Francisco e o primeiro protector dos franciscanos, que fizeram
com que, desde o princípio, o hábito humilde dos frades menores
circulasse dentro das cortes da Europa, como capelães, sacristães,
pregadores e penitenciários pontifícios. Os Papas segui ntes, ignorando a vontade de S. Francisco, que não queria ver os seus frades
a exercer altos cargos eclesiásticos, começaram por nomear bispos
de entre os frades (250 no século XIII, 746 no século XVI e 791 no
século XV). Ainda no século XIII um dos frades menores havia de
ocupar a Cátedra de Pedro, Nicolau IV (1288- 1292).
Com o aparecimento das novas ordens religiosas, normalm ente
- 9-
chamadas de me ndicantes, deu-se um g rande increme nto na
evangeli zação, tanto dent ro como fora da Europa.
Foi graças aos franciscanos que se fund ou a prim eira missão,
precisame nte na terra de Jesus. Com efeito a mi ssão da Terra Santa,
fundada juridicamente em 1217, teve desde 1219 a presença dos
frades menores. Até 1847, os fran ciscanos e ram os únicos ocidentais a quem o regime turco concedia estatuto de residente. Só em
1850 este estatuto foi concedido ao Patri arca Latino de Jerusalém.
Paralelo com a fundação da missão da Terra Santa, está o início do
diálogo com o Islão. Fo i durante as cruzadas que S. Francisco
procuro u esse Ji álogo t:umu [urma
ue resolver a contenda entre
c ristãos e muçulma nos. A partir de 1219, vários grupos de
franciscanos tentaram o contacto com o Is lão, sendo alguns deles
delegados ponti fícios aos palácios dos Califas. A nomeação e m
1266 para primeiro bispo de Ceuta do fra nciscano D. Lo urenço de
Portugal mostra até que ponto os franciscanos portugueses esti veram impli cados nessas expedições. Mas foi na Terra Santa que os
franciscanos cedo se instalaram como representantes da Igreja
Católica, criando comunidades em Jerusalém, Belém , Nazaré
ainda na primeira metade do século XIII. Mesmo depois da derrota
dos exércitos cri stãos, el es mantiveram a sua presença, ainda que
à custa de mu itas perseguições, causadas ta nto pelos muçulmanos
como pel os cri stãos ortodoxos.
São també m os franciscanos os prime iros enviados às Igrejas
ort odoxas da G récia, Bulgári a, Sérvi a, Rússia, Geórgia, Arm énia
e Pé rsia, durante o século XIII. E fora m os franci scanos os
primeiros que e nt ra ram em contacto com a corte da Mongólia que
do minava quase toda a Ásia. Enviados em missões diplomáticas,
a primeira das quais em 1245, partiram depois como missionári os,
dispostos a dar a vida pelo Evangelho. Em 125 1, o francisca no
João Montecorvino é encarregado de fundar a mi ssão da China.
Seguindo o caminho da Pérsia e as costas da Índia, onde morreu
o dominicano que o acompanhava com destino à missão da Índia,
chegou a Pequim . Doze anos depois, perante os relatos de João de
Montecorvino, o Papa Clemente V sagrou sete bispos franciscanos
que enviou para a China, com o fim de estabelecer a hiera rqu ia
- 10 -
eclesiástica no Império Tártaro. Partiram com grande número de
frades. Muitos sucumbiram nas costas de Malabar durante a
viagem, entre eles três bispos. Chegados a Pequim, sagraram bispo
a Fr. João de Montecorvino, que fi cou com jurisdição sobre o
Im péri o. Quando morreu, em 1328, deixo u seis dioceses, que
abrangiam quase todo o Im pério Chinês atéao Mar Negro, Cáucaso
e Á sia Menor, onde os franciscanos marcaram presença com m ais
de cinquenta comunidades. Todas estas fundações desapareceram
em 137 1, com aqueda da dinastia mongólica na China. Ao mesmo
tempo, os frades dominicanos fundavam mi ssões e tinham j urisdição sobre a Índia e os reinos limítrofes.
Ta mbé m a Áfri ca começou a ser eva ngeli zada pe los
franciscanos, que em meados do século XIV in iciaram as missões
das Canárias. As primeiras ilhas a serem evangelizadas foram as
de Lançarote e Forteventura, sendo a primeira sede episcopa l
erigida em 135 1. Em 1404 fo i nomeado um franciscano para bispo
de Rubicon. Era o princípio da evange lização da África.(I)
Estas notas, necessariame nte resumidas, dão-nos uma ideia de
como as novas ordens fundadas no século XIII sobretudo os
franciscanos e domini canos, vi eram dar um novo impul so à
evangelização. Essa evangelização veio alargar os horizontes da
Europa e derrubar barrei ras, até então existentes, entre o velho
continente e o resto do mundo e tudo isto muito antes do descobrimento das v ias marítim as por onde mais tarde haviam de passar as
caravelas espanholas e portuguesas.U m dos as pectos mais im portantes das viagens dos missionári os franciscanos, durante o século
XII e XIII , foi o contri buto que deram para o aumento do conhecimento científico de então, sobretudo das ciências geográficas e
etnográficas. É Jaime Cortesão que afirma: « ••. 0 advento do
franciscanismo marca ... o início duma literatura geográfica de
carácter optimista e solicitante, em que a observação da Natureza
se mistura às exagerações entusiásticas da realidade e aos grandes
planos e proj ecções da ex pansão do cristi anismo» (2). Tirando o
relato das viagens de Marco Pa lo e de Marino Sanuto, todas as
outras grandes obras de literatura geográfica dos séculos XIII e
XIV se deve m aos franc iscanos. Lembramos as mais importantes:
-
ll -
Historia Mongolorum de Fr. João Piancarpino, relato da viagem
à corte dos mongóis entre 1245 e 1247; Relato das Viagens de
Fr. Guilherme de Rebruck, enviado também ao imperador Mongol
por S. Luís, Rei de França; Descriptio Oriel/lalium Partium de
Fr. Odorico de Pordenone, relato das suas viagens ao Golfo
Pérsico, Malabar, Ceilão, Malásia e China; Mirabilia Descripta de
Fr. Jordano de Severac, que em 1328 era bispo nas costas de
Malabar e que nos faz uma descrição da Índia daquele tempo;
Relato das Viagens, de Fr. Marignolle, que em meados do século
XIV viajou por terras do Mar Negro até Pequim e da China,
por mar, até à Índia e Golfo Pérsico; Libro dei Conoscimiento,
dum franciscano anónimo de meados do século XIV, que revela
grandes conhecimentos geográficos de todo o norte de África e de
suas estradas comerciais, tanto do Atlântico como do Índico.
A todas estas obras há que acrescentar os trabalhos de Raimundo
Lullo (1234-1314) «o tipo, porventura, mais representativo e
perfeito do e'pírito do proselitismo fran ciscano, estudioso e
mestre entre os seus confrades das línguas muçulmanas.. .foi o
primeiro a sugerir o plano de circum-navegar a África para
alca nçar o índico»(3).
A mística que animou as viagens dos missionários preparou as
mentalidades para a expansão marítima que se lhe seguiu. É com
razão que Jaime Cortesão procura provar o « .. . quanto o conjunto
de certas forças e elementos novos que o franciscanismo trouxe à
religião e ao e'pírito medieval, a dignificação religiosa do
homem e da natureza, O proselitismo ardente, dirigido
principalmente aos infiéis e a paixão das viagens, representam
como factor poderosíssimo de expansão da cristandade. A esse
conjunto de /lovas tendências espirituais chamamos II mEs/iea dos
D escobrimentos» (4) .
Quando os franciscanos portugueses, nos princípios do século
XV, entram nas naus do Infante e acompanham a aventura do
descobrimento dos caminhos marítimos, que há-de proporcionar o
encontro com culturas, até então desconhecidas e possibilitar a
difusão do Evangelho, eles continuam a expansão evangelizadora
que os franciscanos levaram a cabo nos dois séculos anteriores.
-
12 -
Escrever sobre os franciscanos na Ilha da Madeira, é remontar
a 1419, ano em que os portugueses, descobrindo a ilha dourada de
PortoSanto, começaram acolher os primeiros frutos do atrevimento que os lançou « por mares nunca dantes navegados» e veri ficar
que o burel dos humildes filh os de S. Francisco fazia parte da
equipagem dessas naus, desde o início dessa grande aventura.
-
13 -
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-
157-
PRÓLOGO .................................................... .....................................
5
PRIMEIRO CAPÍTULO
OS FRANCISCANOS NA MADEIRA
- RESUMO HISTÓRl CO INTRODUÇÃO ..................................................................................
9
] • Os Franciscanos na Madeira no século XV ................................
1 - Chegada dos Franciscanos........................................................
2 - Os Primeiros Anos ...................................................................
15
15
16
3
4
5
6
- Convento de S. João da Ribe ira ................................................
- Act ividades dos Primeiros Anos ..............................................
- Errnitério de Machico ...............................................................
- Regresso dos Franciscanos ao Funchal - Convento
de S. Francisco. .........................................................................
7 - Convento de S. Bernardi no ......................................................
8 - O Convento de San la Clara ......................................................
22
24
26
11 . Os Franciscanos na Madeira no Século XVI ...... .............. ........
1 - A Igreja Madei rense no século XVI.... .....................................
2 - Os Franciscanos no século XVI......................... ........... ...... .....
3 - O Convento de Santa Cruz .......................................................
4 - Conve nto da Ribeira Brava ......................................................
29
29
30
31
33
III - Os Franciscanos na Madeira no século XVII
e XVIII .................................... ........................................ ........
1 - Cons id erações Gerais ..............................................................
a - Domi nação E'ipanhola. .......................................................
b - Tremor de Terra de 1748 ...................................................
c - Expulsão dos Jesuítas .........................................................
2 - A Custódia de S. Ti ago Me no r .................................................
3 - Convento da Cal heta ................................................................
4 - Três Bispos Franciscanos .........................................................
a - D. Fr.Lou renço de Távora ........................ .. .. .. ....................
-
179 -
17
19
21
35
35
35
36
36
38
41
41
41
b - D. Fr. José de Santa Maria .................................................
c - D. Fr. J050 do Nascimento .................................................
5 - Conven to da Nossa Senhora da Encarnação ............................
6 - Conve nto da Nossa Senhora das Mercês ..................................
43
43
45
46
IV - Os Franciscanos na Madeira no século XIX ............................
I - Extinção das Ordens Religiosas ...............................................
2 - O destino dos Religiosos e dos Conventos
Franciscanos .............................................................................
a - O destino dos Religiosos ....................................................
b - Convento de S. Francisco ................................ ..................
c - Convento de S. Bernardino ............. .. .................................
d - Convento da Calheta ..........................................................
e - Convento da Ribei ra Brava ................... .............................
r - Convento de Santa Cruz .....................................................
3 - Destino dos conven tos das Irm ãs Clarissas ..............................
a - O Convento de Santa Clara ................................................
b - O Conven to da Encarnação ................................................
c - O Convento das Mercês .....................................................
4 - A Presença Franciscana depois da Ex tinção
das Ordens Religiosas .............................................................
a - A Ord em Terceira de S. Francisco .....................................
b - Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora
das Vltonas .........................................................................
c - Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria ........................
51
51
v - Os Franciscanos na Madeira no século XX ............. ..................
1 - O Regresso dos Franc iscanos à Madeira ...................................
2 - A Capela da Pen ha de França .............................................. .....
3 - D. Fr. David de Sousa, O quarto bispo franciscano
do Funchal ............. .......................... ....................... ..................
4 - Regresso das Irmãs C larissas ...................................................
53
53
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64
64
65
67
67
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70
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75
77
77
79
81
82
SEGUNDO CAPÍTULO
OS FRANCISCANOS E A RELIGIOSIDADE POPULAR
DA MADEIRA
INTROD UÇÃO ................ ..................................................................
87
I - Costumes e Devoções Religiosas ..................................................
89
1 - O Natal nos Conve ntos das Irm ãs Clarissas da
Madeira .................................................................................. ...
89
-180-
a - O Natal no Convento das Mercês ............ ,..........................
b - O Nata l no Co nvento de Santa C lara .................................
2 - Das Imagens da Igreja e do Convento de
S. Francisco c das devoções a e las ligadas ........................... ,..
a - O Crucifixo do Senhor do Mi lagrc.....................................
b - Im agem da Senhora da SoIedade .......................................
c - Imagem da Im aculada Conceição ............. ........ ............. ....
d - Imagem de Santo An tónio....... ...... .. ...................... .... .... .....
e - Imagem de Nossa Senhora da Piedad e .................. .............
f - Outras Im agens do Convento de S. Franc isco ....................
3 - De o utras Imagens veneradas na Ilha .......................................
a - Do Santo Antó nio que aparece na Serra,
disfarçado de Frad e ............................................................
b - A imagem de Santo An tónio que chorou pe la ................. ..
cid ade do Funchal.... .......... ........................ .........................
c - Da Irmã Terceira de S. Francisco que, sem
arte nem engenho, escul piu a imagem da
Senho ra do Socorro ..................................... .......................
90
93
94
94
96
97
97
98
98
99
99
100
101
II - A Festa d o Impé rio d o Espírito Santo
e os Fra ncisca nos .............. ........................ .. .................................
105
III - O Culto a Fr. Ped ro da Guarda ................................................
11 5
1 - Res umo da Vida de Fr. Pedro ...................................................
a - Origens ............................................................................ ...
b - Ent rada no Ord em Franciscana ..........................................
c - No Convento de S. Bernardino ..........................................
d - Morte de Fr. Pcdro da Guarda ............................................
2 - Fr. Pedro, exemplo de virtudes .................................................
a - A oração de Fr. Pedro da Guarda .. ............ .........................
b - A caridade de Fr. Pedro da Guarda ............ ........................
c - A penitênc ia de Fr. Pedro da Guarda .................................
3 - O Culto a Fr. Pedro da Guarda .............. .. ...... ...........................
4 - O Processo de Beatificação ............................................... .......
115
116
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TERCEIRO CAPÍTULO
OUTRAS HISTÓRJAS E L ENDAS FRANCISCANAS DA MADEIRA
I - Das pen itências exageradas que turvaram a mente
do primeiro Guardião de S. João da Ribeira ......................... ....
2 - Dos Profetas do Po rto Santo e do Frade
que os calou ................................... .. .. .... ...................................
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3 - Da assombração que sofreram as Madres
de Santa Clara ............................................................ .............. .
4 - Franc isca nos e Clarissas, vítimas de ataque dos
Corsanos .. ........ ...... ...... ........ ...... .................. .... .............. .... .......
5 - Dos frad es Franciscanos que vindos do Bras il
perto da Madei ra, cncontraramdcscoberta a
Ilha Encoberta e do mais que se seguiu ............................ ........
6 - Das coisas maravilhosas que aconteceram
aqua ndo da fu nd ação do Convento das Mercês ........................
7 - Das coisas maravilhosas que se dizem da Irmã
Virgíni a da Paixão ........ ............................................................
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CONCLUSÃO .................. ........... ......................................................
15 1
BIBLIOGRAFIA ............................................................................... .
153
NOTAS ....... .. ........ ...............................................................................
161
ÍNDICE ................................. ...................................... ........ .. ..............
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- 182-
BIBLIOTECJ
S. Francisco de Assis na Madeira
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