JB NEWS Informativo Nr. 566 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV (Associação Brasileira da Imprensa Maçônica) Editor: IrJeronimo Borges Florianópolis (SC), 16 de março de 2012 Índice desta sexta-feira (37 páginas em PDF) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Almanaque Opinião – O Futuro da Maçonaria O Discurso de Breno Trautwein( Ir. Francisco Paulo Trautwein) ) Por que os Maçons não leem? (Ir. Kurt Prober) Maçons Célebres –Luiz Gonzaga - (Ir. Paulo Roberto Pinto) Perguntas e Respostas do Ir. Pedro Juk (Transmissão da Palavra...) Destaques JB Pesquisas e artigos da edição de hoje: Arquivo próprio - Internet Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org Imagens: próprias e www.google.com.br Caso não queira receber mais este informativo, se estiver recebendo em duplicidade ou se preferir que seja enviado para outro endereçamento eletrônico, por favor, comunique-nos. Obrigado. Livros indicados O livro ideal para não iniciados e iniciados, para quem quer conhecer a filosofia maçônica, a mais justa e perfeita instituição criada pelos homens. Uma análise profunda dos mistérios dos rituais maçônicos em linguagem simples e de fácil entendimento. Para os maçons o melhor suporte para entendimento da ritualística e acompanhamento dos rituais maçônicos. O livro mostra que a maçonaria não sendo uma religião, mas uma instituição filosófica, que proclama a liberdade de consciência como sacratíssimo direito humano. Que ser maçom é levar à prática aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz, com infinita ternura aos seres humanos, indistintamente, do alto de uma Cruz e com os braços abertos ao mundo: “Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos!”. E que a maçonaria é parte integrante da História Pátria e Universal, os maçons sempre estiveram presentes nos grandes eventos, defendendo a trilogia sagrada LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE. Dados para aquisição do livro: Solicitação através do site maçônico: www.pedroneves.recantodasletras.com.br ou e-mail: [email protected] ou opção de compra através do site: www.mercadolivre.com.br em livros esotéricos. Não existe cobrança de taxa de remessa para Brasil. Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era) • Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas • Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento • Área Fiscal : Planejamento Tributário • Área Contábil: Empresas e Condomínios • Cálculos Periciais • Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica Rua dos Ilhéus, 46 Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560 [email protected] Fones: (48) 3266-0069 - (48) 3334-2500 Visite o Site: www.sarobecontabilidade.com.br Hoje, 16 de março de 2012, é o 76º.dia do calendário gregoriano. Faltam 290 para acabar o ano. Eventos Históricos Para se aprofundar na leitura, clique nas palavras sublinhadas em azul 597 a.C. – Os babilônios capturam Jerusalém e substituem Jeconias por Sedecias como rei; 1190 – Os cruzados iniciam o massacre dos judeus de York; 1244 – Os cátaros rendem-se às tropas católicas após vários meses de resistência no interior do Castelo de Montségur. 522 cátaros, que recusaram-se a aceitar a fé católica, são queimados publicamente; 1521 – Fernão de Magalhães alcança as Filipinas; 1792 – O rei Gustavo III da Suécia é baleado; ele morre em 29 de março; 1812 – Início da Batalha de Badajoz (16 de Março até 6 de Abril), as forças britânicas e portuguesas cercam e derrotam a guarnição francesa durante a Guerra Peninsular; 1815 – O Príncipe Guilherme da Casa de Orange-Nassau proclama-se Rei do Reino Unido dos Países Baixos, o primeiro monarca constitucional dos Países Baixos; 1843 – fundação de Petrópolis 1860 – É lançada a segunda edição do Livro dos Espíritos com ampla revisão de Allan Kardec mediante o contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas; 1900 – Sir Arthur Evans adquire as terras ao redor das ruínas de Cnossos, o maior sítio arqueológico da Idade do Bronze em Creta; 1924 – Fiume é formalmente anexada pelo regime facista de Mussolini; 1926 – Robert Hutchings Goddard lança com sucesso o primeiro foguete propelido a combustível líquido do mundo; 1935 – Adolf Hitler ordena o rearmamento da Alemanha violando o Tratado de Versalhes. A obrigação do serviço militar foi reintroduzida para a formação da Wehrmacht; 1939 – Hitler proclama a Boêmia e a Morávia um protetorado alemão; 1942 – É realizado o primeiro teste do Foguete V2 (explode no início do lançamento); 1945 o Segunda Guerra Mundial: Termina a Batalha de Iwo Jima, porém permanecem alguns focos de resistência japonesa; o 90% da cidade alemã de Würzburg é destruído, com 5 000 mortos, em apenas 20 minutos de bombardeio britânico; 1955 – A Força Aérea dos Estados Unidos iniciou oficialmente o desenvolvimento de um avançado satélite de reconhecimento para possibilitar uma vigilância contínua de "áreas pré-selecionadas da Terra", a fim de "determinar o status da capaciade bélica de um inimigo em potencial"; 1957 – Brasil: Criação da Rede Ferroviária Federal, reunindo 18 ferrovias regionais e tendo como intuito promover e gerir o desenvolvimento no setor de transportes ferroviários; 1958 – É inaugurado o Zoológico de São Paulo, no Brasil. 1966 – Lançamento da Gemini VIII, o 12º voo espacial tripulado dos Estados Unidos e o primeiro a realizar a acoplagem com o módulo Agena; 1968 – Guerra do Vietnã: No massacre de My Lai, cerca de 350 a 500 civis vietnamitas (homens, mulheres e crianças) são mortos por tropas estadounidenses; 1974- É frustrada uma tentativa de golpe de Estado, em Portugal, conhecido como Levantamento das Caldas. 1978 o Aldo Moro é seqüestrado pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas na Itália e mais tarde assassinado; o O Senado dos Estados Unidos da América ratifica o Tratado de Neutralidade. Nesse tratado, os Estados Unidos mantêm o direito permanente de defender o canal do Panamá de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países; 1988 – No Panamá, o General Manuel Antonio Noriega sobrevive a uma tentativa de golpe de estado que ele alegou ter sido incitado pelos Estados Unidos; 1990 – O recém-eleito presidente do Brasil Fernando Collor de Mello por meio de sua ministra da fazenda Zélia Cardoso de Mello declara o confisco de todas as cadernetas de poupança do país com mais de 50 mil cruzeiros 1998 – O Papa João Paulo II pede desculpas pela omissão e silêncio de alguns católicos romanos durante o Holocausto; 2001 – O único dia entre 1993 e 2002 que ninguém se mata no Reino Unido, de acordo com dados estatísticos da saúde; 2005 – Israel oficialmente entrega a cidade de Jericó para o controle da Autoridade Palestina. Feriados e Eventos cíclicos: Mitologia greco-romana: O primeiro dia do Bacanal – Festival de Dionísio (Baco, para os romanos), deus do vinho, dos grãos, da fertilidade e da alegria. fatos Históricos de santa catarina 1762 1882 1892 1894 Fatos Históricos de Santa Catarina: Concretizada a doação do terreno para a construção da capela ao Menino Deus, na Vila de Nossa Senhora de Desterro. Morre, em São José, o tenente-coronel Luiz Ferreira do Nascimento Melo, tendo exercido a presidência da Província de Santa Catarina de abril a agosto de 1875. Instalação, nesta data, da Comarca de Brusque. Telegrama, desta data, dava conta da precariedade e das condições insustentáveis dos revolucionários federalistas em Santa Catarina. O autor, desembargador Emígdio Wesphalen, integrante do governo provisório instalado na cidade de Desterro, informava ao comandante da Armada, almirante Custódio de Melo, nestes termos: “A situação piorou e nos pilha sem armas. Aqui pouco ou nada se fez”. Históricos maçõnicos do dia: (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1805 1819 1855 1957 Calendário Maçônico do Dia (16 de março) Fundado o Supremo Conselho do REAA emMilão. Nasce, na Bahia, José Maria da Silva Paranhos (o pai) Visconde de Rio Branco (). Reinstalação do Supremo Conselho do Brasil para o REAA que o Duque de Caxias mais tarde traria para o GOB. Fundação da Grande Loja do Japão. Fonte: [email protected]; em nome de Wanderley C. do Nascimento [[email protected]] "O Futuro da Maçonaria" O relatório é o primeiro estudo independente, realizado por um organismo não-maçônico, e foi encomendada como parte da preparação para a Grande Loja Unida da Inglaterra tricentenário em 2017. Produzido pelas questões altamente respeitados Sociais Research Centre (SIRC), uma organização independente, sem fins lucrativos com sede em Oxford, que realiza pesquisas sobre questões sociais e estilo de vida, tendências sócio-culturais e fornece insights sobre o comportamento humano e as relações sociais, o relatório sugere que, ao contrário alguns comentários enganosa, a Maçonaria realmente demonstra verdadeira abertura e transparência e conclui que ele é sem dúvida mais relevante hoje do que nunca. Em particular, o relatório destaca que a Maçonaria age como uma 'constante', oferecendo aos membros com uma combinação única de amizade, pertencimento e estrutura, com muitos maçons dizendo que eles fizeram valiosas amizades. O relatório também destaca a importância que os lugares da Maçonaria na caridade, a parte que muitos maçons jogar em suas comunidades locais eo papel central da família. Bem como incutir em seus membros uma abordagem moral e ética para a vida - incluindo a consideração pelos outros bondade, na comunidade, a honestidade nos negócios, a cortesia na sociedade e justiça em todas as coisas - os maçons são os maiores doadores de caridade depois da Loteria Nacional, e também fazer grandes contribuições para fundos de ajuda internacional de desastres. O papel do ritual é mostrado para ser uma parte importante da Maçonaria para muitos membros, com o relatório final que fornece estrutura e familiaridade, na mesma maneira como os rituais normais da vida diária fazer para muitas pessoas. Nigel Brown, que foi o Grande Secretário da Grande Loja Unida da Inglaterra desde 2007 e está liderando os planos para as comemorações tricentenário, diz: "Este é apenas um passo em nossos esforços contínuos para demonstrar a nossa abertura e transparência, e para informar as pessoas sobre o papel que desempenham na sociedade. "O tricentenário é um marco significativo para a Maçonaria e enquanto estamos ansiosos para comemorar nossos primeiros trezentos anos, é também crucial que estamos ansiosos para assegurar que continuam a ser relevantes e continuar a crescer nossa participação ao longo do próximo 300." Peter Marsh, co-diretor do SIRC, disse: "O" Futuro da Maçonaria "fornece um comentário perspicaz, não apenas sobre a organização, mas também na sociedade moderna. Apesar das muitas mudanças ocorrendo - ou talvez por causa deles - o nosso desejo de ser parte de algo e para ajudar outras pessoas é ofuscado. É aqui que a Maçonaria tem um papel importante a desempenhar. " Nigel Brown concluiu: "Este relatório vai formar uma parte importante das nossas discussões sobre a melhor maneira para garantir que a Maçonaria continua a evoluir e se adaptar para atender às necessidades dos seus membros e também da sociedade em geral, enquanto ao mesmo tempo mantendo o carácter distintivo e valores intrínsecos que atraíram membros ao longo dos séculos e continuam a apelar para as pessoas hoje em dia. " Grande Loja Unida da Inglaterra »O Futuro da Maçonaria DISCURSO DE BRENO TRAUTWEIN (in memoriam) AO SER PARANINFO DE UMA TURMA DE CIENTÍFICO EM ALGUM LUGAR DO PASSADO. Como bem disse o Ir. Hercule Spoladore ao filho Francisco Paulo Trautwein: “um discurso lindo, cheio de sabedoria, própria de seu Pai, que sabia usar as metáforas como ninguém. Que saudades do tempo de Breno Trautwein”. O velho chinês desentalou da órbita a lente de aumento que trabalhava a minúscula concha de marfim e pôs-se a olhar as crianças que o rodeavam com um sorriso bondoso. Um por um dos meninos apanhou de suas mãos a lupa, pondo-se a examinar curiosos a maravilhosa obra de arte: O trabalho, pequeno grão de marfim, representava as valvas abertas de um marisco, no interior do qual havia em relevo uma paisagem típica da velha China. - Há quanto tempo vem fazendo esta coisa bonita? Perguntou uma das crianças curiosamente. O velho acentuou seu sorriso e coçando com as unhas compridas a barba rala respondeu: O tempo não existe quando realizamos um trabalho que nos empolga. Por isso, devemos caminhar sempre na vida com moderação para que os passos tardos ou o extremismo da pressa não estrague a perfeição da eternidade. Que é a eternidade, Pai Geug? Perguntou outro garoto. A eternidade meu menino é a vida de Deus. Conte-nos uma história Pai Freug, que nos fale dessa eternidade. O velho risonho guardou num estojo o buril e a concha de marfim em que trabalhava e sentou-se no banquinho em que apoiava os pés. As crianças amontoaram-se açodadamente em sua volta de pernas cruzadas como se fossem pequeninos budas. A velha Catai dos nossos ancestrais, sempre foi cobiçada por todos nossos vizinhos e os mais acirrados dos nossos inimigos eram os mongóis. De tempos em tempos, faziam excursões de rapina causando mortes e prejuízos. como se tornassem cada vez mais ousados, o senhor e Imperador das terras resolveu fazer uma muralha que defende-se o país da raiva dos terríveis bandidos. Por muito tempo trabalharam na gigantesca obra, que concluída, se estendia por dois mil e quatrocentos quilômetros, serpenteando com suas cumeeiras e suas torres através de precipícios, montes, cordilheiras e vales. Há quanto tempo aconteceu isto pai Feug? O tempo...O tempo...Uma pequena parcela da eternidade. Cem anos? Sugeriu um pequenino de olhos como dois traços de nanquim no rosto rechonchudo. O velho chinês alisou o rabicho com a palma da mão e num sorriso acresntou reticente: Um pouco mais...meu menino...um pouco mais...Anda aí por uns dois mil ou três mil anos. As crianças se entreolharam, fazendo ouvir assombros de admiração. Um dia, um mensageiro coberto de pó apresentou-se na corte do grande Imperador, com a desagradável notícia de que uma horda de mongóis, brotada do deserto de Gobi, havia surpreendido a guarda de uma das portas da muralha e derramava-se pela fértil planície de Longchay. O Imperador numa crise de terror, matou com as próprias mãos o mensageiro e convocou a corte e seus generais para estudar o caso. E já haviam os militares assentado planos para o massacre geral dos invasores, quando um velho mandarim, arrojando-se ao solo propôs ao Imperador: Sol que nos ilumina. Se eu tivesse a grandeza do teu braço não guerrearia estes mongóis. É gente aguerrida e custar-te-á o rico sangue dos teus exércitos. Manda reguarnecer fortemente a porta que lhes deu vasão impedindo que lhes venham reforços. Eles se espalharão pelas férteis terras marginadas pelo rio Huang-Ho e para viverem terão de revolver o solo com o suor do rosto e enriquecer teus arrozais com a força dos seus braços. O tempo fará o resto. O Imperador sorriu iluminado e executou a risca o que lhe sugerirá o velho e sábio conselheiro. A areia não passa na ampulheta da eternidade e quando Gengis Khan, o Khan de todos os Khanes, veio de Samarcanda à frente se seu avassalador exército e transpondo a grande muralha invadiu Cataí, algumas décadas de anos depois, tudo fez para encontrar o mais leve traço daquele exército ancestral que se havia espraiado pelas planícies de LongChay. O tempo havia transformado todos aqueles ferozes mongóis, em puros, corteses, educados e pacientes chineses. Jovens que ora concluem o curso científico e que me distinguiram com a honra de paraninfar demais jovens q1ue hoje recebem seus certificados e diplomas, conto-lhe esta historieta cujas ilações levam a verdades eternas que lhes poderão ajudar a vencer os empecilhos antepostos a todos por um mundo caótico e uma sociedade doentia. Não desesperem ante as ciladas e as barreiras antepostas pelo mal direito de progredir de cada um, pois Deus nos olha de algum lugar no Universo e suas leis de inflexível a sóbria orientação nos convida à ascensão ajudando nossas conquistas espirituais, estimulando-nos para as mais altas escaladas e, quando por ventura nos determos no caminho envolto em trevas, êle nos espera pacientemente, estimulando-nos, certo de que venceremos, porquanto fomos amalgamados nos seus principais atributos – eternidade e perfeição. Procurem executar tudo no mundo com perfeição. A pressa e a sofreguidão, atributos da mocidade, devem ser pouco a pouco dominados para que o equilíbrio e a moderação sejam os apanágios de suas vidas. De perfeição, em perfeição chegaremos ao ideal perfeito que seria o supremo bem e o supremo belo, que seriam as conquistas obrigatórias dos homens do porvir. Cabem a vocês no curto tempo de uma vida auxiliar a moldar este futuro perfeito. Vocês são alguns elos de uma cadeia cujos limites extremos vão o menor infinito e o mais infinito. O menor infinito representa tudo que há de mau: a violência, a luxuria, a vingança, a destruição, o ódio, a corrupção em síntese é o pecado! È o crime! O mais infinito é a eternidade, e o amor, a fraternidade, o belo e o bom. Vivemos uma época mediana em que se torna mais brutal e violento o choque das vibrações antagônicas destes extremos, provocando o caos no mundo e uma inquietação anímica, cujo fruto é a sociedade doentia. A história através dos tempos mostra-nos que o mundo evolui para as qualidades positivas. Tirando as aulas de história ou alguma citação eventual, raramente se ouve os nomes de Alexandre Magno, Cesar, Pirro, Átila, Gengis Khan, Carlos V, Carlos Magno, Napoleão, Romel e Montegomery. Entretanto diariamente milhões de orientais seguem os ensinamentos de Krisma, Buda, Confúcio, Lao-Tao e outros milhões de ocidentais procuram seguir os ensinamentos do Rabi Galileu Jesus. O tempo lentamente lança no ouvido as obras malfazejas dos homens, realçando-as que tem sentido melhor para a criação . Por mais que os homens queiram estagnar nos velhos preconceitos e definições a lei do progresso obriga-os a caminhar e passo a passo o empirismo cede lugar ao racionalismo que demonstra insofismavelmente o sentido evolucionista de todo o universo cujo extremo supera e impera a nossa mente finita não pode perceber e nem idealizar. Entretanto no intervalo mediano destes limites, todos podem realizar. Há ainda muitos tabus muitas coisas a serem descobertas e explicadas e é a vocês jovens que cabem levantar o véu da mentira forjada pela prepotência dos ignorantes, para que a verdade lentamente impere na terra. Não temam o riso grosseiro e a crítica dos acomodados e dos ignorantes. Darwin, Hokel, Wallace, De Vries, Lamarck foram motivo de chacotas e contudo hoje em dia no atlas da ciência Adão recebe os nomes de Pleisantropos ou Parantropus Robustus. Galileu, Copérnico, Bruno Servet tiveram que negar a verdade ou morrer nas chamas das fogueiras, mas hoje qualquer guri dará risada se falarmos em terra fixa ou terra dentro do sistema solar. Sempre o tempo a caminhar destruindo o falso e fazendo palpitar o verdadeiro, por isso nada temam dos homens e das coisas. Munidos de sabedoria e de virtudes lancem-se a conquista do mundo. Com sabedoria e virtude, puderam conquistar tudo, menos as glórias mundanas feitas sobre falsos conceitos de nobreza de títulos ou dinheiro, que são efêmeros, e passageiros como um segundo do dia... Estas glórias vão como o falso ouro. Dentro em pouco o azinhavre as mancha e caem no esquecimento das coisas mortais, enquanto a verdadeira glória geradas pela pura retidão de caráter e desejo do bem são eternas e como os chineses da história no final assimilarão os selvagens mongóis transformando tudo num mundo perfeito, harmônico e pacífico. No fluir e refluir dos tempos somente a verdade permanece à tona e assim por exemplo o eterno visa a ser Heráclito encontra hoje o seu sucedâneo nos universos em expansão ao no universo estacionário. Compete-lhes procurar estas verdades com fé e trazê-las a luz. Ter fé num futuro melhor para o gênero humano fazendo minhas as palavras de um dos maiores benfeitores da humanidadeLouis Pasteur- ao completar 70 anos- numa homenagem em Sorbone, diante de todo o mundo oficial da França, apoiado no braço do próprio Presidente da República. No discurso pasteur se dirige principalmente à mocidade. E suas palavras ainda continuam a concitar os jovens a fé – a grande força capaz de anular todos os obstáculos que se nos antepõe ao caminho do progresso. Foi para os moços de todos os tempos que o notavelmente investigador científico dirigiu estas palavras: Não vos deixeis contaminar pelo depredador e carcomido cepticismo. Não vos deixeis desencorajar pela tristeza de certas horas que passam sôbre o mundo. Vivei na Paz serena dos laboratórios e bibliotecas. Interrogai-vos, diariamente, a vos mesmos que produzi eu para o meu país? Até que chegue o momento em que tenhais a imensa felicidade de pensar que contribuístes de alguma sorte para o progresso e o bem da humanidade . "Não é afirmação jocosa quando observo que VOCÊ, que está lendo estas linhas, é na verdade um dos poucos componentes deste grupo minoritário de leitores maçônicos". Kurt Prober O presente artigo, escrito em 19/01/79, foi publicado na Revista Maçônica "A Trolha" n.º 38 (Dez 1988). Colaboração do Ir.'. Edson Fernando da Silva Sobrinho, M.'.I.'. Loja Maçônica Acácia Sertaneja Nº 2690 GOB. Feira de Santana - Ba. A Comissão de Educação Maçônica da Grande Loja de Missouri (EUA) recentemente publicou um brilhante artigo a este respeito, de autoria do Irmão Earl K. Dille Jr., e usando de alguns trechos das conclusões a que ele chegou, irei tecer um breve comentário sobre o que acontece no nosso ambiente maçônico. A simples existência deste estudo prova que o mal não é somente nosso, mas sim Universal, embora entre nós muito agravado. Costumam afirmar que a Arte Real não precisa de divulgação escrita, por ser ela uma agremiação tradicional onde tudo é comunicado "oralmente". E todos aqueles que já se dedicaram jornalisticamente à feitura de um jornal maçônico, ou que, como escritores ou historiadores, já tentaram editar ou mesmo conseguiram fazê-lo, um livro maçônico, podem sumariamente provar o fato: "O MAÇOM NÃO GOSTA DE LER" seja por falta de interesse, entusiasmo, motivação íntima, ou seja por simples preguiça. Se recebe um jornal ou boletim, geralmente distribuído graciosamente por Lojas ou Potências, para início de conversa esquece a sua obrigação mais elementar de profano, "a de acusar o recebimento". Muito contrário, ainda reclama quando lh'o mandam. Mas, quando o recebe, mal passa os olhos pelo cabeçalho, se é que algo lhe merece atenção NÃO O GUARDA e nem dá a algum irmão eventualmente mais interessado. E quando alguém lhe fala de um determinado artigo, muitas vezes até sem tê-lo lido, "mete a lenha" ou faz uma alusão desairosa sobre o autor, especialmente quando não é do seu "partido fofoqueiro maçônico". Normalmente arquiva o boletim na "CESTA-seção..." E o famoso artigo "POR FAVOR, NO LIXO, NÃO...!" , publicado pelo esforçado "ADAUTO" no "O CINZEL" nº 104/106, em março de 1976 (protesto veemente do redator do O CINZEL - Órgão da Loja REALIDADE n.º 21, de Recife) é um documento mais do que convincente deste estado de coisas. Calcula o autor americano que menos de 10% dos maçons americanos "passam os olhos em tais publicações", dizendo os editores de livros maçônicos que menos de 5% COMPRAM UM LIVRO. Mas se isto acontece num país altamente alfabetizado, o que diremos nós do BRASIL? Ao ser iniciado, elevado ou exaltado no simbolismo e a seguir nos graus filosóficos, cada maçom recebe UM EXEMPLAR do rito de cada grau, uma Constituição e um Regimento Geral. Pois bem, sendo eu possuidor da maior Biblioteca Maçônica do Brasil, tenho me perguntado a milhares de Irmãos de tudo quanto é rito e potência, e RARO é aquele que, mesmo sendo Grau 33 me pode mostrar (ou emprestar para tirar um xerox) dos rituais de sua época, ou das Constituições que recebeu. Praticamente nenhum Irmão, de Lojas que durante anos imprimiram Boletim ou Jornais, me pôde mostrar algum e muito menos ALGUNS números dos mesmos, e a maioria das Lojas que os imprimiram não possuem uma coleção completa, única que seja. Não quero aqui citar os nomes de pelos menos 10 Lojas às quais escrevi perguntando, para não envergonhar ninguém. Basta só citar o BOLETIM DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL, editado continuamente de 1871 até 1976, com poucas interrupções, perfazendo um total de digamos 800 números. Creio que só existe UM ÚNICO CONJUNTO COMPLETO, que é o da minha biblioteca, e nem o GOB possui uma coleção completa, faltando-lhe, creio, quase 8 anos. Se eu afirmasse categoricamente que nem 5% dos nossos Irmãos Iniciados e que hoje possuem altos graus, jamais passaram os olhos nesses rituais e constituições, provavelmente seria taxado de exagerado. Entretanto, na verdade eu estaria, assim mesmo "mentindo descaradamente", pois raros são os que jamais abriram estes livrinhos... e raríssimos são os que os guardaram carinhosamente. Faça-se em qualquer Loja de mais de 15 anos de existência a experiência, mandem trazer os rituais de todos graus que possuem, pelos Irmãos antigos, e terão confirmado o que acabo de afirmar. Portanto, não é a firmação jocosa quando observo que VOCÊ, que está lendo estas linhas, é na verdade um dos poucos componentes deste grupo minoritário de leitores maçônicos. Existem no mundo muitas Lojas de Estudos; ARS QUATOR CORONATI da Inglaterra e da Alemanha, a Sociedade "PHILALETES" dos Estados Unidos, o Centro de Estudos Maçônicos de Jandaia do Sul, etc., que editam livros e boletins, mas os seus membros e assinantes, evidentemente "contribuintes", são em número tão reduzidos que seria ridículo aqui citar números, para a Maçonaria não morrer de vergonha. O iniciando, olhando respeitosamente os membros antigos das Lojas, especialmente os que fazem questão de "enfeitar o Oriente", ou os componentes da nossa honorável Fraternidade, de um modo geral os imagina bem ilustrados e informados, mas na realidade, em 99% dos casos, está redondamente enganado. Se mostra o desejo de estudar e aprender alguma coisa, especialmente quando possui um grau de cultura mais elevado, é sumariamente freado e até ridicularizado com o velho chavão: Ainda é muito cedo para você ficar sabendo isto, porque isto irá aprendendo com o tempo, quando for mestre..." Na hora, o novato ainda reverencia "tamanha cultura demonstrada", e quando o tempo passa e ninguém lhe ensina coisa alguma, então se desencanta, e quando exaltado a mestre, começa a se afastar e vai faltando ao convívio daqueles que tão vilmente o enganaram. Com vaidade quase pessoal, os mais vivos citam bombasticamente, e em tudo quanto é ocasião, os nomes de grandes maçons do passado: Cônego Barbosa, Lêdo, Nabuco, Rui, Macedo Soares, Saldanha Marinho, George Washington, Franklin, Goethe, Monroe, etc., mas esquecem que estes maçons se tornaram GRANDES, de fato, por que estudaram e leram tudo quanto aparecia de impresso, escreveram e publicaram livros, e assim foram ensinando os seus irmãos contemporâneos e atuais, o que a maioria de nós NÃO FAZ e não está disposta a fazer. Para que se tornaram maçons, então? Se não estão dispostos a "desbastar a pedra bruta", nem a sua própria e nem a dos aprendizes, ainda se dispõem a aprenderem alguma coisa? Será que nos tornamos maçons pelo simples desejo de pertencer ao "sindicato"? A verdade é que a grande maioria só quer mesmo é bater no peito e "apregoar", ou então "sussurrar" ao ouvido dos outros SOU MAÇOM!... Existem bibliotecas maçônicas em algumas Lojas ou Potências, e eu já fui e ainda sou bibliotecário de algumas, e posso comprovar que ENTRA ANO E SAI ANO sem sair UM ÚNICO LIVRO para ser lido em casa, já não se falando para ser "estudado", e quando alguém aparece furtivamente é quase sempre para OBTER UMA RESPOSTA a alguma pergunta eventual e, nesta hora, nem procura saber, nem está disposto a fazê-lo, "pois está com pressa" mas quer que alguém lhe dê a resposta certa e imediata. E quando não lhe agrada, pois pretendia que a coisa fosse outra, ainda fica duvidando da resposta que recebe. Mas muito pior é quando um livro sai emprestado por 15 dias, que deve ser o prazo máximo; o bibliotecário precisa exigir "recibo assinado", para no fim ficar atrás do livro A SER DEVOLVIDO, DURANTE 180 DIAS (seis meses). Deve dar-se por feliz quando consegue reaver a obra, geralmente em mau estado de conservação, e no fim fica mal visto pela sua insistência. Ou então, no fim de um ano, recebe a resposta lacônica: "Acho que perdi o livro, pois não o encontro" E quando lhe é exigida a compra de um livro igual ou de outro equivalente, recusa-se, então, peremptoriamente, preferindo nem mais aparecer na oficina. Isto, não falando dos "amigos do alheio", que fazem a sua biblioteca à custa dos irmãos, pedindo livros emprestados e esquecendo de os devolver. E poderia até citar o nome de um Grão-Mestre, cujos familiares venderam a sua biblioteca, depois que este faleceu, inclusive "várias centenas de livros com carimbo da Biblioteca Oficial da Casa" e nem tiveram a dignidade de restituir, pelo menos nesta hora, tais preciosidades, assim perdidas para sempre, pois o comprador paulista não as irá devolver. Habituaram-se os nossos Irmãos a NÃO ESTUDAR E A NÃO LER COISA ALGUMA, preferindo discutir com veemência sobre o "disse me disse" dos outros. Ou, então, preferem ficar em casa vendo e ouvindo novela na televisão. Mas chegando na Loja, isto bem entendido, quando vão, gostam de arrotar sapiência, fazendo discursinhos estéreis, sempre repetindo as mesmas baboseiras, e ficam muito zangadinhos e mesmo ofendidos quando um "explicadinho", destes poucos renitentes que tem freqüência, lhe fazem um pergunta incômoda, que não sabe responder, ou, então, lhe prova na hora a incongruência de alguns desses seus discursos tipo "comício", sem qualquer profundidade cultural e mesmo de valor maçônico (...) Agora, POR QUÊ NÃO LÊEM...? Bem, isto é outra página da história, e faço votos que cada um consiga responder esta pergunta indiscreta, pelo menos a si mesmo, e, depois disto, pode até ficar com "raiva" de mim, por ter dito a verdade... Bloco produzido pelo Ir. Paulo Roberto Pinto MI da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) Florianópolis Luiz Gonzaga do Nascimento Músico e compositor brasileiro Exu (PE), 13 de dezembro de 1912– Recife (PE), 2 de agosto de 1989 (Enquanto o Irmão lê sobre Luiz Gonzaga, clique no link abaixo e escute a Acácia Amarela na voz do próprio Luiz Gonzwga) http://www.youtube.com/watch?v=sTmyromGbMc&feature=related Luiz Gonzaga foi um compositor popular brasileiro, também conhecido, como o Rei do Baião. Uma das mais completas, importantes e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Jiló (1949) e Baião de Dois (1950). Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Sua mãe chamava-se Santana e seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio; e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras; de início, acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira. Antes dos dezoito anos Luiz Gonzaga teve sua primeira paixão Nazarena, uma moça da região. Sendo rejeitado pelo pai dela, coronel Raimundo Deolindo, que não o queria para genro e ameaçou-o inclusive de morte. Mesmo assim Luiz e Nazarena namoraram algum tempo escondidos e planejavam ser felizes juntos. Quando seus pais lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moça. Revoltado por não poder casar com ela, e por não querer morrer nas mãos do pai dela, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército, em Crato, no Ceará. A partir disso, durante nove anos ele ficou sem dar notícias à família e viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Não teve mais nenhuma namorada, entretanto, passando a ter algumas amantes ao longo de sua vida. Em Juiz de Fora-MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. A partir daí começou a se interessar pela área musical. Em 1939, deu baixa do Exército na Cidade do Rio de Janeiro decidindo a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar nas áreas de prostituição da cidade. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, foxtrotes e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata. Até que, em 1941, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe , um tema de sabor regional, de sua autoria. O sucesso lhe valeu um contrato com a gravadora RCAVictor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais. Vira e Mexe foi a primeira música que gravou em disco. Veio depois a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Foi lá que tomou contato com o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que usava os trajes típicos de sua região. Foi do contato com este artista que surgiu a ideia de Luiz Gonzaga apresentar-se vestido de vaqueiro - figurino que o consagrou como artista. Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: A mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira. Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes dos Santos deu à luz um menino, no Rio de Janeiro (RJ). Luiz Gonzaga mantinha um caso há meses com a moça - iniciado quando ela já estava grávida - Luiz, sabendo que sua amante ia ser mãe solteira, assumiu a paternidade da criança, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Odaléia, que além de cantora de coro era sambista, foi expulsa de casa por ter engravidado do namorado, que não assumiu a criança. Ela foi parar nas ruas, sofrendo muito, até que foi ajudada e descobriu-se seu talento para cantar e dançar, e ela passou a se apresentar em casas de samba no Rio de Janeiro, quando conheceu Luiz Gonzaga. A relação de Odaléia, conhecida por Léia, e Luiz, era bastate agitada, cheia de brigas e discussões, e ao mesmo tempo com muita atração física e paixão. Após o nascimento do menino, as brigas pioraram, já que havia muitos ciúmes entre os dois. Eles resolveram se separar com menos de 2 anos de convivência. Léia ficou então criando o filho, e Luiz Gonzaga,às vezes, ia visitá-los. Em 1946 voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e teve um emocionante reencontros com seus pais, que há anos não sabiam nada sobre ele e sofreram muito esse tempo todo. O reencontro com seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, em parceria com Humberto Teixeira. Em 1948, casou-se com sua noiva, a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular, por quem Luiz Gonzaga se apaixonou. O casal viveu junto até o fim da vida de Luiz. Eles não tiveram filhos biológicos, por Helena não poder engravidar, mas adotaram uma menina, a quem batizaram de Rosa. Nesse mesmo ano Léia morreu de tuberculose, para desespero de Luiz Gonzaga. O filho deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou órfão com 2 anos e meio. Luiz queria levar o menino para morar com ele e Helena, e pediu para a mulher criá-lo como se fosse dela, mas Helena não aceitou, juntamente com sua mãe, Marieta, que achava aquilo um absurdo, já que nem filho verdadeiro de Luiz ele era. Não havendo saída, entregou o filho para os padrinhhos da criança, Leopoldina e Henrique Xavier Pinheiro, criá-lo, no Morro do São Carlos no Rio de Janeiro. Luiz Gonzaga sempre visitava a criança e o menino era sustentado com a assistência financeira do artista. Luizinho foi criado como muito amor. Xavier o considerava como filho verdadeiro, e lhe ensinava viola, e o menino teve em Dina um amor verdadeiro de mãe. Luiz, no entanto, não se dava bem com o filho, apelidado de Gonzaguinha. Ele passou a não ver mais o filho na infância do menino e sempre que o via brigava muito com ele, apesar de amá-lo, achava que não teria um bom futuro, imaginando que ele se tornaria um malandro ao crescer, já que o menino era envolvido com amizades ruins no morro do São Carlos, além de viver com malandros tocando viola pelos becos da favela. Dina tentava unir pai e filho, mas Helena não gostava da proximidade deles, e passou a espalhar para todos que Luiz Gonzaga era estéril e que não era o pai de Luizinho, o que sempre era desmentido por ele, já que ele não queria que ninguém soubesse que o menino era seu filho somente no civil. Ele amava o menino de fato, independente de ser filho de sangue ou não. Na adolescência, o jovem se tornou rebelde, não aceitava ir morar com o pai, já que amava os padrinhos e odiava ser órfão de mãe, e dizia sempre que Luiz Gonzaga não era seu pai biológico, o que entristecia-o. Helena detestava o menino e viva implicando com ele, e humilhando-o e por isso Gonzaguinha também não gostava da madrasta Helena, o que afastou e causou mais brigas entre pai e filho, já que Luiz dava razão à esposa. Não vendo medidas, internou o jovem em um colégio interno para desespero de Dina e Xavier. Gonzaguinha contraiu tuberculose aos 14 anos e quase morreu. Aos 16, Luiz Gonzaga pegou-o para criar e o levou a força para a Ilha do Governador (RJ), onde morava, mas por ser muito autoritário e a esposa destratar o garoto, o que gerava brigas entre ele e Helena, mandou o filho de volta ao internato. Ao crescer, a relação ficou mais tumultuada, pois o filho se tornou um malandro, tornando-se viciado em bebidas alcoólicas. Com o passar do tempo, tudo foi melhorando quando Gonzaguinha resolveu se tratar e concluiu a universidade, e se tornou músico como o pai. Pai e filho ficaram mais unidos quando em 1980 viajaram o Brasil juntos, quando então, o Gonzaguinha compôs algumas músicas para o pai. Eles se tornaram muito amigos, e conseguiram em fim viver em paz. No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico a assumir a nordestinidade representada pela sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz. Nos seus vários anos de carreira nunca perdeu o prestígio, apesar de ter se distanciado do palco várias vezes. Os modismos e os novos ritmos desviaram a atenção do público, mas o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85. Seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia. Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nordestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou. Era a representação da alma de um povo... Era a alma do nordeste cantando sua história... E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música brasileira só tem que agradecer... Foi escolhido o “Pernambucano do Século XX”. Em 2012, Luiz Gonzaga foi tema do carnaval da GRES “Unidos da Tijuca”, com o enredo "O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão", fazendo com que a escola ganhasse o carnaval deste respectivo ano. Em 3 de abril de 1971, o irmão Luiz Gonzaga foi iniciado na Maçonaria, na A.: R.: L.: S.: "Paranapuan" nº 1477, do Grande Oriente do Brasil (GOB), Or.: da Ilha do Governador, do Rito Moderno" ou "Francês". Elevado ao Grau de Companheiro Maçom, em 14 de dezembro de 1971 e Exaltado ao Grau de Mestre Maçom, em 5 de dezembro de 1973. Tendo como seu "padrinho" o irmão Florentino Guimarães, membro do quadro da Loja "Paranapuan". Na Maçonaria dos Altos Graus ou Filosóficas, foi iniciado no Grau 4, em 10 de agosto de 1984. No Sub.: Cap.: "Paranapuan", jurisdicionado ao Supremo Conselho do Brasil para o R.: E.: A.: A.: . A música "Acácia Amarela" nasceu em 1981. O irmão Luiz Gonzaga, achando oportuna uma homenagem musical à Maçonaria, elaborou a letra e o tema musical. O irmão Orlando Silveira deu algumas sugestões e harmonizou a melodia. Concluído o trabalho, a gravação foi feita em 1981, e incluída no elenco do CD "Eterno Cantador", da etiqueta "BMGRCA", com arranjo de "Orlando Silveira e execução vocal de Luiz Gonzaga". O G.: A.: D.: U.: nos seus desígnios, requisitou o irmão Luiz Gonzaga para uma outra missão. Sofrendo de Neoplasia Maligna (Câncer de Próstata Metastático), passou 410 dias internado no "Hospital Santa Joana", na cidade de Recife (PE). Agravados seus males físicos, passou para o Oriente Eterno na madrugada de 1º de agosto de 1989, com 76 anos de idade, em consequência de parada cardíaca por pneumonia. Sob comovente manifestação popular, seu corpo foi velado na cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco, e transportado inicialmente para a cidade de Juazeiro do Norte, no vizinho estado do Ceará, onde recebeu as bênçãos do Padre Cícero de quem era muito devoto, e daí para sua cidade natal, em Exu, interior de Pernambuco, onde foi sepultado. Letra da música “Acácia Amarela” Ela é tão linda é tão bela Aquela acácia amarela Que a minha casa tem Aquela casa direita Que é tão justa e perfeita Onde eu me sinto tão bem Sou um feliz operário Onde aumento de salário Não tem luta nem discórdia Ali o mal é submerso E o Grande Arquiteto do Universo É harmonia, é concórdia É harmonia, é concórdia". TRANSMISSÀO DA PALAVRA E DA PALAVRA DE PASSE Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Antonio Raia, sem declinar o nome da Loja e do Oriente. [email protected] Na página 165/166 no Ritual de Aprendiz, as palavras são; Sagrada e Semestral. A Palavra Sagrada dá-se letra por letra e, depois sílaba por sílaba, visto que o Aprendiz só sabe soletrar - Quando vos disserem: Dai-me a Palavra Sagrada deveis responder: Não v p d s n sol, dai-me a p let que eu vos darei a seg. Quem pergunta dá a primeira letra e quem é interrogado dá a segunda e assim sucessivamente. Dada à última letra, dão-se, também alternadamente, as sílabas. No mesmo ritual na página 49, Venerável: Em pé meus Irmãos, (O 1º Diácono, sobe os degraus do Trono, pelo norte, com passos normais e coloca-se em frente ao Venerável Mestre). O Venerável Mestre dá-lhe, no ouvido direito a Palavra Sagrada, letra por letra. O fato ocorreu ontem em uma Loja, que não gostaria de identificar e um Respeitável Irmão Mestre Instalado, questionou presente e ouvindo as devidas explicações ao Irmão Aprendiz, questionou: Por que ao transmitir no momento da abertura dos trabalhos a transmissão da Palavra Sagrada, a forma não é igual à dada na instrução? Ao qual respondi que no momento de Instrução é dada ao Aprendiz, que não sabe ler nem escrever e, na transmissão da Palavra Sagrada é transmitida do Venerável Mestre para um Irmão Mestre que sabe ler e escrever. E o Respeitável Irmão Mestre Instalado, não se deu por satisfeito, continuando indignado por ninguém saber responder. Qual a resposta que poderei dar ao Respeitável Irmão que aproveitou o momento para também questionar? Por que o Irmão Aprendiz não tem a palavra de passe? CONSIDERAÇÕES. Como bem dito pelo Irmão, a transmissão da Palavra Sagrada no início e encerramento dos trabalhos do Rito Escocês Antigo e Aceito nos graus simbólicos é dada entre Mestres letra por letra apenas por aquele que a comunica. Essa transmissão é uma reminiscência dos antigos Canteiros Medievais quando no início da jornada de trabalho as primeiras providências tomadas eram as de marcar o local da obra de tal maneira que ela viesse ficar esquadrejada, nivelada e aprumada. Ao término da jornada de trabalho o seu produto era verificado e conferido na sua aprumada, nivelamento e esquadrejamento para bem pagar os obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos. Na Moderna Maçonaria que é dotada do aspecto especulativo, no canteiro (Loja), constrói-se um novo Homem ao invés de literalmente se elevar uma construção. Assim, no Rito em questão, transmite-se a palavra do Grau que se simbolicamente for transmitida de forma correta, o ato estará “justo e perfeito”, tanto para começar a jornada de trabalho quanto para encerrá-la. Em assim sendo, esse procedimento ritualístico não pode ser comparado com o telhamento maçônico que é outro fato e que tem por objetivo verificar a qualidade (grau) e regularidade do Obreiro. Nesse caso, as letras no Grau de Aprendiz, após o Toque, são dadas soletradas de tal maneira que cada um transmita uma letra por sua vez. Ainda em relação à palavra soletrada e silabada no final é, infelizmente, um equívoco que vem de há muito tempo enraizado nos nossos rituais. Esse procedimento de soletrar e silabar a palavra não são próprios da Maçonaria latina, porém da anglo-saxônica (inglesa) que a dá de forma diferente, inclusive usando o termo de “partida ao meio” quando cada coadjuvante dá soletradas duas letras e ao final dão-se intercaladas as sílabas. Excepcionalmente essa regra invadiu os procedimentos latinos e de maneira incoerente acabaram por dar ao final, a palavra silabada que, mal interpretada fora copiada do costume inglês - aquele de se partir ao meio que, diga-se de passagem, não é o mesmo que silabar. Agora, se está escrito no ritual em vigor, ter-se-á que cumprir a regra, embora seja um tanto quanto difícil de explica-la. Quanto à inexistência da palavra de passe para o Aprendiz é devido a sua fase de aprendizado que está relegada a infância simbólica. É óbvio que aquele que ainda não sabe pronunciar a palavra por inteiro e que depende de soletra-la para se fizer entender não poderia possuir uma senha dotada de uma palavra de passe. Se ao menos ele pudesse silabála..., talvez. Na alegoria da vida proposta na senda iniciática da Maçonaria, o Aprendiz ainda ofuscado pela Luz carece de um guia permanente na sua jornada, já que a intuição é ainda a sua ferramenta principal. É com base nesse costume que o Aprendiz no Rito em questão executa a sua Marcha em linha reta com a tônica que dela não deve se desviar, posto que pela sua etapa iniciática, simbolicamente ele ainda não detém esclarecimento necessário para se desviar do percurso retilíneo, pois se assim o fizesse, fatalmente não saberia voltar. Assim não haveria sentido algum de que o Obreiro ainda presente nessa etapa viesse a ter uma Palavra de Passe. O termo “passe” está diretamente ligado à passagem para o grau subsequente, quando na jornada cíclica da evolução o protagonista passa para a perpendicular ao nível 1, isto é atravessa o equador no sentido do Norte (lugar do Aprendiz) para o Sul (lugar do Companheiro). Essa passagem na Maçonaria latina (francesa) recebe o título de Elevação, enquanto que na inglesa é mesmo “Passagem”. Enfim, aquele que estiver apto para passar de um para o outro hemisfério (Norte para o Sul – mudança de Grau) só o fará se comprovar essa aptidão. Como não vivemos mais na Maçonaria Operativa, comprova-se essa habilidade por uma Palavra de Passe, dada a consideração de que essa é restrita apenas ao Obreiro que cumpriu devidamente a primeira etapa da escalada iniciática. Não obstante a essas considerações, embora até possa existir correlação, o assunto aqui tratado não visou abordar a circulação em Loja ou deslocamento de Obreiros no cumprimento formal da ritualística. T.F.A. - PEDRO JUK - MAR/2012 [email protected] 1 Passagem para a perpendicular ao nível – significa que uma linha perpendicular ao nível (horizontal) é o prumo que na sua interseção (entre corte) com uma linha horizontal determina o ângulo de 90º (se não possuir ângulo reto não é perpendicular, porém oblíqua). O Nível está no Norte com o Primeiro Vigilante, enquanto que o Prumo está no Sul de posse do Segundo Vigilante. Esse caráter assume o significado simbólico da passagem do Norte (Grau de Aprendiz) para o Sul (Grau de Companheiro). De maneira enganada, muitos tratadistas pronunciam e escrevem inadvertidamente o termo como “da perpendicular ao nível” ao invés da forma correta que seria, “para a perpendicular ao nível”. Isso acaba trazendo uma falsa interpretação de que as ferramentas estão invertidas, ou tratando absurdamente o nível como perpendicular e o prumo como horizonte. O símbolo correto está visível no avental do Venerável Mestre onde existem três conjuntos compostos por uma linha horizontal e outra vertical – o Nível (horizontal) e o Prumo (a perpendicular). Como muitos inventores não conhecem a exegese simbólica do símbolo, talvez pela lei no menor esforço, preferem chama-lo de “tau invertido”, letra grega que além de estar de cabeça para baixo, o que não faz sentido algum, também nunca fez parte da tradição, uso e costume da verdadeira Maçonaria. Chegando o Livro do mês... Chegou hoje a obra do Ir. Nicola Aslan, “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia”, Volume II da Editora Maçônica “A Trolha” com 722 páginas. O livro foi revisado de acordo com o Dicionário da ABL – Academia Brasileira de Letras. ...e a Revista também Chegou a revista A Trolha nr. 305 referente ao mês de março de 2012. O Ir. Pedro Juk está no «Consultório Maçônico José Castellani», além de diversas leituras interessantes : A Cisão Maçôniva Brasileira der 1927 (Ir. Joaquim da Silva Pires; Selos e Taxas Maçônicas (Ir. E. Figueiredo) ; Os Números e o Aprendiz (Ir. Antonio Rocha Fadista) ; Marduk – o Deus do Sol (Ir. Saulo Cardoso); A Culturea Maçônica (Ir. Charles Evaldo Boller); Moral e Caráter (Ir. Nelson Machado Filho) ; além de outros trabalhos, complementam a excelente série de informações culturais. Rádio Sintonia 33 & JB News Música, Cultura e Informação, o ano inteiro. Agora com novo site. Área restrita para os Irmãos www.radiosintonia33.com.br Filatelia Maçônica Acervo do Ir Rogério Pereira Rodrigues – Obreiro da ARLS Orvalho do Hermon nr. 306 - Contagem – MG Brasil, 1977 Selo comemorativo emitido em 18/ ju lho/1977: Cinquentenário de Fundação das Grandes Lojas Brasileiras: - Grande Loja da Bahia nº 1, fundada em 22.05.1927; - Grande Loja do Rio de Janeiro nº 2, fundada em 24.06.1927; - Grande Loja do Estado de São Paulo (GLESP) nº 3, fundada em 15.07.1927 O selo mostra símbolos do Esquadro, Compasso e a letra 'G', sobre o mapa do Brasil. Desenho feito por J.P.Guimarães Envelope de Primeiro Dia de Circulação: Beleza Meu!!!!!!!!!!!!! (Ir. Roberto Schukste, de Caxias do Sul) Little Fall Lodge Newport Lodge CURIOSIDADE MAÇÔNICA Maçonaria no velho Oeste americano "Projetar Brasília para os Políticos que vocês colocaram lá, foi como criar um lindo vaso de flores prá vocês usarem como pinico. Hoje eu vejo, tristemente, que Brasília nunca deveria ter sido projetada em forma de avião, mas sim de "Camburão" (Oscar Niemayer)