PÁGINA 8
JULHO / 2013
A RAZÃO
Artigo
As intrincadas dimensões ocultas
no limiar do infinitamente pequeno
CARUSO SAMEL
Escritor, militante da Filial Butantã,
São Paulo (SP)
N
o nosso último
artigo (edição de
junho) ficamos
aquém de esgotar o assunto
das dimensões do Universo,
e depois de descrever as
quatro dimensões clássicas,
três espaciais (comprimento,
largura e altura) e introduzir
uma noção da dimensão
temporal (tempo), deixamos
a promessa de descrever as
dimensões escondidas ou encurvadas da Teoria das Cordas, uma teoria que começou
a ser desenvolvida no final
da década de 60 do século
passado e ainda continua
inacabada.
No nosso livro A harmonia universal e a evolução espiritual , no capítulo 2 –
Força e Matéria (pág. 35-49),
no item 3, apresentamos breve descrição da Teoria das
Supercordas, depois de descrever as quatro forças fundamentais do universo: a
gravidade, o eletromagne tismo, a força nuclear fraca
e a força nuclear forte. Ali
fizemos, também, no item 2
(pág. 37-39), uma apresentação sucinta da Teoria da
Relatividade e da Mecânica
Quântica, esta consolidada
em 1973 com o nome de
Modelo Padrão da Mecânica
Quântica. Esta teoria foi consolidando-se pouco a pouco
desde o final da década de
20 do século passado, com a
colaboração de mais de uma
dezena de físicos teóricos,
muitos deles laureados com
o prêmio Nobel de Física.
Depois de decorridos
quase 100 anos em que
os físicos buscam ela borar a Teoria Final ou
Teoria do Tudo, na qual
Einstein trabalhou durante 30 anos, continuamos com duas grandes
teorias para explicar a
Matéria e as Forças do
Universo: a Teoria da
Relatividade Geral, de
Einstein, que explica a
força gravitacional (gravidade) e os fenômenos
na escala macroscópica e
o Modelo Padrão, cujas
leis regem o comportamento das partículas ao
nível do micro universo
atômico e subatômico. O
grande sonho dos físicos
é unificar estas duas teorias na Teoria Final ou
Teoria do Tudo, já que
no início do Big-Bang as quatro forças estariam unificadas.
Todas as tentativas de
incluir a Relatividade Geral
no Modelo Padrão e viceversa até agora falharam.
Isso porque essas duas teorias são incompatíveis para
explicar, ao mesmo tempo,
os fenômenos do micro e do
macrocosmo, tendo sido infrutíferos, até hoje, os esforços para sua unificação
numa só teoria.
A impossibilidade de
uni ficação dessas duas teorias numa única teoria deu
lugar ao aparecimento de
outras teorias desvinculadas
das duas de que vimos tra tando, objetivando a unificação de todas as forças da
natureza, entre elas, a Teoria
das Cordas, posteriormente
modificada para Teoria das
Supercordas e Teoria M, ou
teoria das branas, esta mais
complexa ainda, que inclusive contempla a existência
de multiversos.
Uma des crição dessas
teorias exposta para leigos
pode ser vista no livro de
Brian Greene O Universo
Elegante, lançado pela Companhia das Letras, em 2001.
Na Teoria das Cordas, a
ideia fundamental no mundo do muito pequeno (microcosmo, subatômico) é que
O Modelo Padrão da
Mecânica Quântica
consolidou-se pouco
a pouco desde
o século passado.
A Teoria das
Supercordas sugere
a existência de nove
dimensões espaciais
e uma temporal.
os objetos fundamentais não
são as partículas, mas objetos unidimensionais deno minados cordas. Sua dimensão é tão pequena que parecem partículas, diferindo
destas, que têm dimensão zero ou “quase zero”, por
serem linhas, de dimensão
um. Elas se assemelhariam a
cordas de violino, numa
comparação grosseira, mas
útil nesta exposição, as quais
podem oscilar de diferentes
maneiras, produzindo notas
musicais. Da mesma ma neira, as cordas ao oscilarem
pela ação de energia, produziriam as diversas partículas da Mecânica Quântica,
que hoje já ultrapassam 300.
Então, a cada um desses modos de oscilação os físicos
associariam uma determinada partícula, ou seja, uma
partícula diferente, dando-se
ao conjunto das partículas o
nome de “espectro de corda”. Entenda-se, ainda, que
as cordas podem ser fe chadas ou abertas, sem entrar aqui em detalhes desse
aspecto. Para dar consistência à Teoria da Gravidade
Geral no âmbito da Teoria
das Supercordas, os físicos
tiveram que considerar o
gráviton (a suposta partícula responsável pela força
gravitacional) como sendo
uma corda fechada,
tomada no seu limite
zero (pontual). Mas,
restaria ainda uma inconsistência, pois a
Teoria das Supercordas
prevê uma partícula
que se move com velocidade superior à velocidade da luz, o que é
impossível pela Teoria
Relatividade Geral.
Em continuação, a
partir dos anos 90 do
século passado surgiram
outras teorias complementares à Teoria das
Cordas, como é o caso
da Teoria das Super cordas (sugerindo a
exis tência de dez dimensões, nove espaciais
e uma temporal), relacionada ao conceito de
supersimetria (desigualdade
entre a quantidade de ma téria e antimatéria no Uni verso). Mas há ainda muitas
dúvidas que tiram o sono de
muitos físicos teóricos da
atualidade. Uma delas é que
a Teoria das Supercordas se
desdobra em cinco tipos de
teorias ou subteorias que englobam o Modelo Padrão e a
gravitação, situação essa bastante esdrúxula e embara çosa quando se procura uma
única Teoria Unificada do
Tudo.
Finalmente, a Teoria M
(das branas) incorporou essas cinco subteorias numa
só, voltando a considerar 11
dimensões em vez das 10 da
Teoria das Supercordas.
Recentemente, foi lançada a
Teoria F (Teoria Final?) com
12 dimensões. E viva-se com
um barulho desses! (Estas
notas foram tiradas de
Ciência hoje: supercordas –
em busca da teoria final, por
Vitor O. Rivelles, do Insti tuto de Física da USP).
Afinal, quantas dimensões existem no Universo,
dez, onze ou doze? No momento, ainda não existe consenso entre os físicos teóricos para responderem a esta
pergunta. Vemos assim que,
apesar do enorme sucesso
teórico para as Teorias das
O grande sonho
dos físicos é
unificar as teorias
na Teoria Final ou
Teoria do Tudo.
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A Teoria F aponta 12
dimensões. Afinal,
quantas dimensões
existem no Universo,
dez, onze ou doze?
Cordas/Supercordas/M, for necendo uma teoria quântica para o Modelo Padrão e
unificando as partículas e
forças fundamentais da natureza, bem como explicando a supersimetria do Uni verso, parece não haver dúvidas de que essa teoria venha um dia a ser testada experimentalmente nos moldes
de qualquer teoria física,
porque isso implicaria fazer
experiências e medições tão
pequenas quanto a constante
dimensional de Planck, isto
é, 10-³³cm!, isto é, um decimal seguido de 33 zeros! O
maior acelerador de partículas já construído, o do Eu ropean Organization for Nuclear Research (CERN), na
Suíça-França, colocado num
um túnel com 37 km de
comprimento e que custou
quase US$ 10 bilhões, consegue detectar partículas
com dimensões de até 10-¹8cm
(um decimal seguido de 18
zeros), muito distante ainda
da ordem de grandeza das
cordas. Resta saber se ficaremos contentes apenas
com as demons trações ma temáticas, de impossível
compreensão dos humanos
em geral.
Diante de todas essas
dificuldades, as dimensões
ocultas nunca foram nome adas e explicadas pelos físicos com palavras e lingua gem comum, mas, sim, pela
alta matemática aplicável a
tais teorias. Daí porque,
caros leitores, peço desculpas por decepcioná-los e
não poder cumprir a minha promessa feita no artigo de junho de 2013.
Fiquemos, então, por aqui.
Até quando?
Atendimento
personalizado
A Casa-Chefe do Racionalismo Cristão mantém
um serviço de atendimento pessoal ao público, às
quartas e sextas-feiras, das
16h30min. às 17h30 min.,
e aos sábados, das 9 às 10
horas, com a finalidade de
prestar esclarecimentos
sobre a Doutrina e orientações para problemas
existenciais.
Casa-Chefe: Rua
Jorge Rudge, 119,
Vila Isa bel, Rio de
Janeiro, Brasil. CEP:
20.550-220 - Telefone
(21) 2117-2100
Racionalismo
Cristão
trata da
evolução
do espírito
Obituário
Alice da Silva Coutinho
Militante
falece aos
89 anos
Faleceu em 7 de maio de
2013, com 89 anos de idade e
55 anos de militância na Filial
Vicente de Carvalho (RJ) do
Racionalismo Cristão, Alice da
Silva Coutinho, mãe da secretária da Filial, Vanda Coutinho
Pandolpho.
Alice frequentava a Doutrina desde a idade de 11
anos, ainda cidade de Cachoeiro do Itapemirim (Estado
do Espírito Santo), onde residia com seus pais. Aos 19
anos, quando passou a residir
no Rio de Janeiro, frequentava
a Casa-Chefe e, posteriormente, ao casar-se com Sebastião
Coutinho, que também foi militante por 32 anos, passou a
frequentar o Correspondente
de Vicente de Carvalho e depois a Filial, onde se inscreveu-se como militante em dezembro de 1957.
Conforme relatou em manifestação em 8 de maio de
2013, na Filial Vicente de
Carvalho, reconheceu que o
sofrimento físico pelo qual
passou foi necessário, e está
feliz. Além de Vanda, deixou
mais um filho, Vanderlei, cinco netos e quatro bisnetos.
Rosane Quinta e Silva
Câncer mata
colaboradora
da Filial BH
Vítima de câncer no
pâncreas e no fígado, faleceu, em 10 de junho de
2013, Rosane Quinta e Silva, companheira dedicada
aos trabalhos da Doutrina
na Filial Belo Hori zon te
(Minas Ge rais) do Ra cio nalismo Cristão.
Reservada, jamais levou
problemas à Filial. Muito ligada à família, lutava intensamente pela união dos
parentes, sempre utilizando
os ensinamentos da Dou trina, pois sua mãe e irmãos frequentavam o Ra cionalismo Cristão. Já nos
últimos tempos, sua mãe,
que é bem idosa, já não tinha condições de frequentar o Racionalismo Cristão.
No dia do falecimento,
Rosane se manifestou em
reunião pública e agradeceu
a todos que irradiaram por
ela. Brasileira, natural de
Belo Horizonte, Rosane ingressou na Doutrina em 7
de janeiro de 2000. Era solteira e tinha 49 anos.
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