Grupo Hospitalar Conceição - GHC
Serviço de Saúde Comunitária - SSC
Procedimento Operacional Padrão – POP
Enfermagem
POP SSC ENF Nº 10
Unidade: Serviço de Saúde Comunitária / GHC
Tarefa:
Número: SSC/ENF.10
Coleta de Escarro para Pesquisa de BAAR
Data de criação: 17/03/2011
( Bacilo Álcool - Ácido Resistente )
Revisão: 02/05/2011
Responsável:
Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem
Próxima revisão: 02/05/2012
Conceito:
A baciloscopia direta do escarro é método fundamental porque permite identificar as
fontes mais importantes de infecção - os casos bacilíferos - utilizada no diagnóstico
laboratorial da tuberculose.
Local:
Realizar a coleta do escarro em área externa a US (área de coleta de escarro) ou em
local especifico, arejado e com luz solar, longe de outros pacientes e outros profissionais
de saúde, além daquele que orienta e supervisiona a técnica adequada de obtenção da
amostra. A coleta de escarro não deve ser realizada em ambiente pequeno e fechado.
Na implementação de medidas ambientais de biossegurança foram adequados os espaço
de coleta de escarro nas US’s do SSC. Criou-se a “Área de Coleta de Escarro-ACE” em
um local na área externa das US’s, o que possibilita a não exposição do usuário perante
os demais usuários no momento da coleta do material, além da redução do risco de
contaminação do profissional de saúde e dos demais usuários.
Registro da Tarefa:
Lançar no Livro de Registro do Sintomático Respiratório no Serviço de Saúde, os dados
completos do usuário identificado: data de identificação do sintomático respiratório(SR),
nome, idade, sexo, endereço, nº do prontuário, registro do paciente. Este registro será
monitorado pelo programa da TB da US e após o exame ter sido realizado será registrado
a data do resultado da amostra (se 1ª ou 2ª) e observações.
Condições / Material Necessário:
- “Área de Coleta de Escarro-ACE”;
- Pote estéril, identificado com o nome, registro do paciente, tipo de exame, nº da
amostra (se 1ª ou 2ª) e data da coleta;
- EPI’s: avental, luvas, óculos de proteção e máscara N95 para o profissional de saúde
(o paciente estará sem máscara no momento da coleta);
- Papel toalha ou papel alumínio;
- Saco plástico.
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Descrição da Atividade:
São realizadas duas coletas, sendo que a primeira amostra deverá ser coletada na
primeira consulta na unidade de saúde ou no domicilio, com supervisão do profissional
de saúde.
Orientação para coleta da 1ª amostra de escarro:
- solicitar que o usuário vá ao banheiro e lave a boca para retirar resíduos de alimentos;
- reunir o material para realizar a coleta - 2 potes plásticos estéreis (preferencialmente
deve ter boca larga, tampa rosqueável e ser de plástico transparente), identificados
com o nome, registro do paciente, tipo de exame, nº da amostra (se 1ª ou 2ª) e data
da coleta;
- vestir avental, luvas, óculos de proteção e máscara N95 (o paciente estará sem
máscara no momento da coleta);
- o paciente, logo que identificado como sintomático respiratório, deverá receber
máscara cirúrgica para circular pela unidade de saúde. Na hora e local da coleta será
retirada a máscara cirúrgica.
- acompanhar o usuário até a área de coleta de escarro – ACE;
- orientar que o mesmo inspire profundamente e segure por um instante o ar nos
pulmões (pulmões cheios) e, a seguir, lançar o ar para fora com esforço da tosse;
- tossir e escarrar, cuspindo o catarro dentro do pote, repetir esta operação várias vezes
até obter uma boa quantidade de escarro (aproximadamente 5 ml);
- fechar o pote e proteger da luz, embalando-o com papel toalha ou alumínio;
- colocar o pote em um saco plástico.
Obs.: Nunca colocar a requisição de exame juntamente com o pote dentro do isopor que
servirá para transporte do material biológico ao LAC/GHC.
De acordo com a realidade e condições de trabalho da US, existem duas possibilidades
de finalizar esse atendimento:
-
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entregar o pote com material ao usuário, solicitar que o guarde na geladeira da sua
casa, separado dos alimentos, até que colete a segunda amostra na manhã seguinte,
e leve as duas amostras até o laboratório do HNSC/GHC ou que a traga de volta, até a
US, que se encarregará do transporte do material obedecendo as “Normas de
Transportes de Materiais Biológicos de LAC/GHC”.
entregar apenas o segundo pote ao usuário e orientá-lo para coletar a segunda
amostra pela manhã em jejum, em sua casa, seguindo a técnica de coleta e os
cuidados no manejo do material, orientados na coleta da 1ª amostra e que traga o pote
à US para que as amostras sejam encaminhadas ao laboratório do HNSC/GHC.
Segunda amostra: coletada na manhã do dia seguinte, assim que o paciente despertar.
Essa amostra, em geral, tem uma quantidade maior de bacilos porque é composta da
secreção acumulada na árvore brônquica por toda à noite.
As unidades de saúde devem ter funcionários capacitados para orientar o paciente, com
informações simples e claras em relação à coleta do escarro, devendo proceder da
seguinte forma:
- entregar o pote estéril, o papel toalha ou alumínio e o saco plático ao paciente,
verificando se a tampa do pote fecha bem e se já está devidamente identificado (nome
do paciente e a data da coleta no corpo do pote);
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orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ao despertar pela manhã, lavar
a boca, sem escovar os dentes, inspirar profundamente, prender a respiração por um
instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir essa operação até obter duas
eliminações de escarro, evitando que esse escorra pela parede externa do pote;
informar que o pote deve ser tampado mantendo a tampa para cima, enrolado com
papel toalha ou papel alumínio, deve permanecer nessa posição e após ser colocado
em um saco plástico;
orientar o paciente a lavar as mãos após esse procedimento.
Observações:
Quanto à conservação e transporte das amostras de escarro deve-se considerar duas
condições importantes:
- proteção do calor e da luz solar e acondicionamento adequado para que não haja o
risco de derramamento do material. Nessas condições elas poderão ficar protegidas
da temperatura ambiente em caixa de isopor com gelo (usar termômetro com fio
extensor para avaliar temperatura do isopor), por um período máximo de 24 horas.
- Se houver demora no envio ao laboratório, as amostras deverão ser conservadas em
refrigeração, entre 2ºC e 8ºC, em geladeira exclusiva para armazenar material
biológico, por no máximo 7 dias.
Os profissionais de saúde devem orientar os usuários com sintomas respiratórios e/ou
portadores de TB pulmonar ou laríngea, sobre a necessidade do uso de máscaras
cirúrgicas até que esteja descartada a possibilidade de diagnóstico de TB para os SR e
que para os pacientes com TB pulmonar/laríngea confirmada até, no mínimo 2
baciloscopias consecutivas negativas.
Resultado esperado:
Uma boa amostra de escarro é a que provém da arvore brônquica, obtida após esforço de
tosse, e não a que se obtém da faringe ou por aspiração de secreções nasais, nem
tampouco a que contém somente saliva. O volume ideal está compreendido entre 5 e 10
ml.
Ações Corretivas:
Revisão anual do POP, de acordo com a necessidade ou quando entrada de funcionário
novo.
Referências Bibliográficas:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição,Tuberculose na atenção
primária à saúde / organização de Sandra Rejane Soares Ferreira, Rosane Glasenapp
/e/ Rui Flores; ilustrações de Maria Lucia Lenz. -- 1. ed. ampl. -- Porto Alegre : Hospital
Nossa Senhora da Conceição, 2011.
2. http://www.plugbr.net/exame-do-escarro-diagnostico-de-tuberculose-pesquisandobacilos-de-koch-baar/ <acesso em 02.05.2011>
3. http://www.mass.gov/Eeohhs2/docs/dph/cdc/tb/sputum_collection_portuguese.pdf
<acesso em 02.05.2011>
4. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_controle_tuberculose.pdf <acesso em
02.05.2011>
ELABORADO POR:
REVISADO POR: APROVADO POR:
Enf. Eliete Mendonça Silveira
Enf. Lahir C. Dias
Enf. Lisiane Andréia Devinar Périco
Enf. Michele Metz
Enf. Rosmére Lasta
NORMATIZAÇÃO: Maria Isabel Viana e Nathália Crestani
POP SSC/ENF nº 10
Enf. Rosângela Pires
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