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O ESTADO DO MARANHAO · SAO LUÍS, 12 de fevereiro de 2012 - domingo
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Maranhão vive interiorização
dos investimentos industriais
Mapa industrial do Maranhão começa a se modificar com a implantação de 38 grandes projetos, totalizando cerca de
R$ 90 bilhões em municípios como Bacabeira, Chapadinha, Godofredo Viana, Centro Novo do Maranhão e Porto Franco
Fotos/Biaman Prado
Ribamar Cunha
Subeditor de Economia
O
mapa industrial maranhense está mudando
com a desconcentração
dos empreendimentos de São
Luís para o interior do estado.
Dos mais de R$ 100 bilhões em
investimentos públicos e privados anunciados ou em instalação desde 2009, cerca de R$ 90
bilhões correspondem a projetos em outros municípios, que
não a capital.
De acordo com levantamento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc), dos 65 projetos
anunciados desde 2009, um total de 38 desses investimentos
(85%) está localizado no interior do estado.
Estão inseridos nos novos polos de desenvolvimento do estado os municípios de Bacabeira,
Chapadinha, Godofredo Viana,
Centro Novo do Maranhão, Centro do Guilherme, Aldeias Altas,
Santo Antonio dos Lopes, Capinzal do Norte, Grajaú, Imperatriz,
Açailândia, Balsas, Paulino Neves,
Porto Franco, entre outros.
Essas regiões estão recebendo investimentos diversos nas
áreas de petróleo e gás, agronegócio, siderurgia, energia, bioenergia, siderurgia, porto, produção de álcool e exploração de
ouro. Um portfólio de projetos
Instalações da fábrica de cimentos Votorantim, no Distrito Inudstrial de São Luís, na BR-135; investimento é da ordem de R$ 80 milhões
tocado por grandes grupos nacionais e internacionais, como
a Petrobras, OGX, Suzano Papel
e Celulose, Notaro Alimentos,
Bioenergy, Itapecuru Bioenergia, Gusa Nordeste, Aurizona e
Jaguar Mining.
Contando com os investimentos em São Luís, esses projetos
devem impactar na geração de
200 mil novos empregos diretos,
com perspectiva que o Produto
Interno Bruto (PIB) maranhense
salte dos atuais R$ 39,8 bilhões
(2009) para R$ 60 bilhões (2012).
O secretário de Indústria e Comércio, Maurício Macedo, disse
que essa mudança no mapa de
investimentos do estado terá um
grande impacto na economia
dos outros municípios, gerando
crescimento, novas oportunidades de negócios e emprego e renda para a população.
"Temos vários projetos se instalando no interior do estado,
modificando o eixo dos investi-
Números
R$ 90 R$ 17 65
Bilhões é o valor de investimentos no interior
do estado
Bilhões correspondem aos É o total de empreendiinvestimentos públicos e mentos correspondentes
privados em São Luís
aos mais de R$ 100 bilhões em investimentos
38
27
Desses empreendimen- Projetos correspondem a
tos serão realizados no investimentos em São
interior do estado
Luís
Investimentos em São Luís chegam a
R$ 17 bi, com 27 empreendimentos
Capital concentra 15% dos projetos previstos
para o Maranhão nos próximos cinco anos,
segundo a Secretaria de Indústria e Comércio
Em São Luís, que concentra 15%
dos projetos previstos para o estado nos próximos cinco anos,
num total de 27 empreendimentos, os investimentos chegam a
R$ 17 bilhões, conforme o levantamento realizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc).
Além de projetos já consolidados como a expansão da refinaria de alumina do Consórcio de Alumínio do Maranhão
(Alumar), a carteira de investimentos contabiliza inauguração de shopping pelo grupo Sá
Cavalcante, supermercados da
rede Mateus e duplicação da linha de produção da cervejaria
Ambev.
A carteira de investimentos na
capital tem como um dos destaques fábricas de cimento. Projetos das empresas Votorantim, Indústria Ítalobrasileira e Queiroz
Galvão, que juntamente com a
Itapecuru Agroindustrial, em Codó, mudará o cenário do Mara-
Mais
Na área de energia, há o investimento de R$ 1,8 bilhão da
MPX na Usina Termelétrica Itaqui, a carvão mineral, com capacidade para 360 MW. O empreendimento, localizado no
Distrito Industrial de São Luís,
deve ser inaugurado ainda este semestre.
nhão de estado importador para
grande produtor de cimento.
Dos três, o mais avançado é o
da Votorantim, investimento de
R$ 80 milhões na construção de
uma fábrica de cimento no Distrito Industrial de São Luís. Somente essa unidade, com capacidade
para produzir 750 mil toneladas,
atenderá metade da demanda de
consumo do produto no estado.
Segundo o secretário de Estado de Indústria e Comércio,
Maurício Macedo, há ainda os
projetos, também no Distrito Industrial, da Indústria Ítalo Brasileira de Cimentos, de R$ 20 milhões e capacidade para produzir 350 mil toneladas, que está
em fase de licenciamento ambiental; e do grupo Queiroz Galvão, que pretende investir R$ 70
milhões em uma fábrica de cimento em São Luís com capacidade para 500 mil toneladas.
"Esse empreendimento está em
fase de elaboração de projeto",
informou.
Galpão em construção da fábrica de açõs planos da Dimensão, em SL
Verticalização - Como parte da
verticalização das cadeias de metalurgia e siderurgia, São Luís está
recebendo fábricas de fios e cabos
de alumínio, da empresa Brascopper, e uma indústria de aços planos, projeto do grupo Dimensão.
Na instalação da fábrica de
alumínio, a Brascopper está investindo R$ 80 milhões. Já a Dimensão, está aplicando o dobro,
ou seja, R$ 160 milhões, na construção de uma indústria de aços
planos na capital. A unidade vai
produzir derivados de aço: perfis, chapas, tubos e outros, alcançando uma produção total de
240 mil toneladas por ano.
O setor portuário do Itaqui,
para onde convergirá essa nova era na economia maranhense, estão sendo realizados investimentos em sua ampliação
e modernização, que contemplam construção de berços e do
Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).
"Estamos negociando a instalação da primeira fábrica de
fertilizantes no Maranhão, orçada em R$ 40 milhões, que deve
ser construída no Distrito Industrial de São Luís", disse Maurício Macedo.
mentos, promovendo a interiorização dos empreendimentos e
criando novas perspectivas de
crescimento socioeconômico
para essas regiões", ressaltou
Maurício Macedo.
Transformação - A aposta de
uma grande transformação na
economia maranhense está centrada especialmente, sem desmerecer a importância dos demais empreendimentos, em
dois projetos na área de petróleo
e gás: a Refinaria Premium I que
está sendo instalada pela Petrobras em Bacabeira e a exploração de gás natural pela OGX nos
municípios de Capinzal do Norte e Santo Antonio dos Lopes.
Somente a Refinaria Premium I, em Bacabeira, orçada
em R$ 40 bilhões, responde por
quase metade do investimento
total de R$ 90 bilhões em projetos públicos e privados levantados pela Sedinc para o interior
do estado.
O projeto já está mudando a
economia de Bacabeira e municípios vizinhos, como Rosário e
Santa Rita, que estão recebendo
investimentos em hotéis e pousadas, restaurantes, entre outros
estabelecimentos de comércio e
serviços. Sem falar que o empreendimento está gerando emprego e renda para a população
do entorno da refinaria.
A mesma perspectiva de
crescimento e desenvolvimento vive a região de Capinzal do
Norte e Santo Antonio dos Lopes, onde as empresas OGX e
MPX - do grupo EBX - estão investindo na exploração de gás
natural e na instalação de um
parque termelétrico com capacidade para gerar 3.722 MW.
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Maranhão vive interiorização dos investimentos