Geral
Saúde mental
Ministério libera mais
um lote de remédio
Novos medicamentos vão ajudar no combate a transtornos bipolares
Nilton Pereira - com agências
A
partir de agora, os
brasileiros que sofrem Transtorno
Afetivo Bipolar contarão
com a linha completa de
tratamento para a doença
após a incorporação dos
medicamentos Clozapina; Lamotrigina; Olanzapina, Quetiapina e Risperidona. Isto representa
um investimento do Ministério da Saúde na ordem de R$ 755 milhões
em cinco anos. Outra
novidade importante é a
publicação do primeiro
Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas, que
servirá como guia para a
orientação do diagnostico, tratamento e acompanhamento desses doentes. Segundo estimativas
de associações de pacientes, o transtorno pode
afetar até dois milhões de
brasileiros.
Os medicamentos incorporados servem para
o tratamento dos sintomas associados à doença,
caracterizada por alterações de humor - fases
de depressão e euforia
(mania). Além disso, auxiliam na prevenção dos
diferentes estágios dos
episódios de mania e depressão, sintomas clássicos da doença. A estimativa é de que, já em 2015,
cerca de 270 mil pessoas
sejam atendidas com esse
novo tratamento, e a previsão é de que o número chegue a 330 mil em
2019.
Estima-se que os pacientes diagnosticados
com transtorno bipolar podem desenvolver
mais de 10 episódios de
mania e de depressão
durante toda a vida. A
duração das crises e dos
intervalos entre elas, em
geral, se estabiliza após a
quarta ou quinta crises.
Frequentemente, o intervalo entre os primeiro e
segundo episódios pode
durar cinco anos ou
mais, embora 50% dos
pacientes possam apresentar outra crise maníaca dois anos após sua
crise inicial.
O transtorno bipolar
pode se apresentar em
diferentes graus, do mais
leve ao mais grave, por
isso é importante promover o diagnóstico correto
e o acesso ao melhor tratamento existente. Com
essa incorporação a expectativa do Ministério
da Saúde é que até o final
deste primeiro semestre
os medicamentos já estejam à disposição da população.
Protocolo
Além disso, o Ministério da Saúde acaba de
publicar o primeiro Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT),
destinado à orientação
sobre diagnostico, tratamento e acompanhamento dos doentes que
é fundamental para a
ampliação do acesso aos
tratamentos. Por acometerem adultos jovens e
por se tratar de doença
crônica de longa evolução que prejudica os
aspectos familiar, social
e profissional dos doentes, o tratamento é muito
importante para garantir
a qualidade de vida das
pessoas das famílias e da
sociedade.
Para a inclusão de
qualquer
medicamento no SUS, é necessário
que sejam obedecidas
às regras da Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias, que
garantem a proteção do
cidadão quanto ao uso e
eficácia do medicamento,
por meio da comprovação da evidência clínica
consolidada e o custo-efetividade dos produtos. Após a incorporação,
o medicamento ou tecnologia pode levar até 180
dias para estar disponível
ao paciente.
Medicamentos
incorporados
Clozapina - Medicamento indicado para
o tratamento de esquizofrenia resistente ao
tratamento de risco de
comportamento suicida
recorrente em pacientes
com esquizofrenia, ou
distúrbio esquizoafetivo
e psicose durante a doença de Parkinson.
Lamotrigina - Indicado para prevenir episódios de alteração de
humor, especificamente,
episódios depressivos.
Olanzapina - Indicado para o trata mento de
episódios de mania aguda, ou, mistos de TAB
(com, ou sem sintomas
psicóticos e com, ou
sem, ciclagem rápida) e
para prolongar o tempo
entre os episódios e reduzir as taxas de recorrência dos episódios de
mania, mistos ou depressivos no TAB.
Quetiapina - Indicado
como adjuvante no tratamento de episódios de
mania, depressão, manutenção do transtorno
afetivo bipolar I (episódio maníaco misto, ou,
depressivo) em combinação com os estabilizadores de humor lítico, ou
valproato e como monoterapia no tratamento de
manutenção do transtorno afetivo bipolar (episódio de mania, mistos e
depressivos).
Risperidona – Indicado para o tratamento de
curto prazo para a mania
aguda ou sódios mistos
associados com transtorno bipolar I
Dengue
Goiânia registra metade dos casos
notificados no Estado
Sete óbitos por dengue já foram confirmados em Goiás este ano. Embora,
numericamente a incidência seja menor do que em 2014 a doença ainda preocupa
Da Redação
O
boletim relativo
à nona semana
epidemiológica
de 2015, divulgado nesta
quinta-feira,12, pela Secretaria Estadual de Saúde, informa que chegou
15.062 o número de casos
de dengue notificados em
Goiânia neste ano. A Capital representa quase a
metade do total de notificações registradas em
todo o Estado: 36.535.
O estudo também
mostra que o número de
novos casos registrados
por semana, antes em
crescimento, agora se estabilizou – em que pese
a expectativa e a tendência histórica de a epidemia atingir o momento
mais crítico por volta da
12ª semana epidemiológica do ano. Foram 5.268
notificações na quinta
semana; 4.886 na sexta;
4.335 na sétima; 5.148
na oitava; e 3.081 na
nona. A Secretaria de
Saúde lembra que os números relativos às duas
últimas semanas ainda
podem ser atualizados,
por conta de notificações
enviadas com atraso pelos municípios.
A Secretaria confirma
que chegou a 11 o número de óbitos suspeitos,
que podem ter sido causados pela doença. O número de óbitos confirmados chegam a sete, dois
deles em Goiânia. Houve
morte relacionada à epidemia em Brazabrantes,
Crixás, Morro Agudo, Rio
Verde e Trindade.
O ranking da dengue
em Goiás, liderado por
Goiânia, tem ainda Aparecida, com 3.251 notificações, Anápolis (1.048),
Jataí (986), Ceres (846),
Pirenópolis (765), Crixás
(654), Rubiataba (561) e
Goianira (506). Todos os
municípios do Estado informaram a sua situação
epidemiológica à Secretaria, diferentemente do
que vinha ocorrendo nas
semanas anteriores.
Aná­po­lis, de 13 a 19 de março de 2015
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Goiânia registra metade dos casos notificados no Estado