Entrevista
Nós-Norte
“A QUALIDADE E A DIFERENCIAÇÃO
SUCESSO DA NÓS-NORTE”
É A CHAVE DO
Luís Gomes, administrador da Nós-Norte, empresa de comercialização de materiais de construção com sede em Famalicão.
A internacionalização da Nós-Norte iniciou-se há menos de um
ano, com a abertura de uma loja no Huambo, Angola, em parceria com a MonteAdriano. Em 2010 este passo representará já
1/4 do volume total de vendas da empresa nortenha, que se tem
vindo a destacar na comercialização de materiais de construção.
O mercado interno continua no entanto, a ser a principal aposta
da Nós-Norte. A estratégia continua a passar pela qualidade,
diferenciação, design, inovação e funcionalidade do produto, de
fabrico nacional, o mais possível.
PRESENTE EM PORTUGAL HÁ MAIS DE VINTE ANOS, COMO DEFINE, ACTUALMENTE, A NÓS-NORTE E O MERCADO ONDE SE INSERE?
A Nós Norte tem como determinação estar sempre o mais actualizada possível no ramo em que é especialista, na comercialização
de materiais de construção civil, de forma a poder apostar na diferenciação como elemento chave para o sucesso. Só assim é que
conseguimos adquirir cada vez mais competências para podermos
apresentar soluções diferentes das que actualmente existem no
sector, em termos de qualidade, design e funcionalidade do produto.
O mercado está cada vez mais competitivo e global mas ao mesmo
tempo “perigoso”. De facto, o nosso sector foi um dos mais afectados pela crise, não só no nosso país, mas sobretudo no mundo. E
sempre foi filosofia da Nós-Norte nunca deixar de investir, de modo
a saber aproveitar as oportunidades. Mesmo em momentos de
crise existem novas oportunidades de negócio, pelo que devemos
estar atentos para as agarrar. É o que temos feito, pelo que devemos avançar sempre, com grande segurança e sustentabilidade.
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SENDO DAS EMPRESAS MAIS COMPETITIVAS DA
REGIÃO NORTE NO SECTOR DO COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS QUE ENFRENTA ACTUALMENTE?
Atendendo à incerteza actual dos mercados, o
maior desafio é definir uma estratégia de médio
e longo prazo que permita continuar a evoluir de
forma positiva, resultando num incremento contínuo das vendas. A crise fez-nos perceber que
o desenvolvimento e, sobretudo, o crescimento
esperado da empresa teriam que passar definitivamente pela internacionalização. Claro que
neste processo de internacionalização nunca
descurámos o mercado interno, pelo que continuamos a investir internamente de forma a
poder garantir qualidade e conforto a quem nos
visita.
TENDO EM VISTA UMA MAIOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, A
NÓS-NORTE INSTALOU PAINÉIS SOLARES FOTOVOLTAICOS. QUAIS OS SEUS REFLEXOS NA EMPRESA? FORAM
PRATICADAS OUTRAS MEDIDAS NESTE SENTIDO?
A instalação dos painéis fotovoltaicos na NósNorte é a prova de que estamos sempre atentos
às novas oportunidades, neste caso na área da
sustentabilidade económico-ambiental. As energias renováveis são fontes inesgotáveis de
energia, obtida a partir da natureza que nos
rodeia e claramente podemos aproveitá-la com
claros benefícios económicos e ambientais.
Antes da instalação dos painéis fotovoltaicos, já
tínhamos feito uma revisão a todo o sistema
eléctrico das nossas instalações, com o objectivo de uma utilização racional da energia com
uma clara redução nos custos da factura da
electricidade.
INTERNACIONALIZAÇÃO
EM 2009 A NÓS-NORTE AVANÇOU
TO ACTUAL DESSA ESTRATÉGIA?
PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO.
QUAL
O IMPAC-
A nossa empresa encara Angola como uma das maiores prioridades estratégicas e de consolidação do negócio. Apesar de termos iniciado a internacionalização em 2009, Angola já representa uma quota de 14% do volume
total das vendas, sendo o principal destino das exportações da Nós-Norte.
Com o crescimento esperado da economia angolana, em 2010 estimamos
atingir 1/4 de quota do total de vendas da nossa empresa. Isto revela bem
a importância que a internacionalização tem para a Nós-Norte, sendo fundamental continuar a apostar nesta estratégia.
NO
SEU ENTENDER QUAIS AS PRINCIPAIS BARREIRAS ENCONTRADAS NA CONCRETI-
ZAÇÃO DESTE DESAFIO?
Uma das maiores dificuldades com que as empresas normalmente se
deparam, num processo de internacionalização, é encontrar parceiros certos para o investimento externo. Dado que o nosso parceiro de negócio, a
MonteAdriano, já estava há diversos anos presente nesse país, conseguimos ultrapassar com alguma facilidade barreiras que normalmente surgem
pelo desconhecimento do mercado local.
O
FUTURO DA
NOS?
E
NÓS-NORTE
PASSA PELA PROCURA DE NOVOS MERCADOS EXTER-
O MERCADO NACIONAL SERÁ REFORÇADO?
A aposta da Nós-Norte é continuar a evoluir nos resultados, conforme tem
conseguido até ao momento. Acredito que vamos alcançar esses objectivos
seguindo esta estratégia. Ao nível internacional, vamos continuar a estar
atentos às novas oportunidades de negócio que surgirão não só em Angola
como noutros países, de preferência países da lusofonia, tais como
Moçambique e Cabo Verde. No mercado nacional, conforme anteriormente
referido, o nosso esforço continuará a passar pela diferenciação, apostando na qualidade, design e inovação. E continuaremos a apostar também, o
mais possível, em produto de fabrico nacional.
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