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I – INTRODUÇÃO
Cada vez mais são maiores as preocupações com o meio ambiente.
Durante décadas o ser humano o utilizou de maneira indevida e as conseqüências
são alarmantes, como rios poluídos, aquecimento global, extinção de espécies entre
outros fatores.
A
preservação
ambiental
está
sendo
adotada
em
ações
administrativas das organizações, interferindo nas tomadas de decisões. Isso ocorre
pela percepção de que a prática de ações socialmente responsáveis é positiva para
o crescimento das empresas e pelo fato de ser uma exigência para muitos
consumidores, fornecedores, investidores e da população em geral em relacionar-se
com empresas com atitudes éticas, com boa imagem no mercado e que hajam de
forma ecologicamente responsável.
Desse modo, pode-se perceber que o marketing ambiental é uma
maneira atual de orientar as ações das empresas, aumentar o volume de vendas e a
lealdade dos consumidores, favorecendo para que haja um maior destaque no
mercado globalizado, favorecendo inclusive a fidelização do consumidor.
Com base nisso optou-se por um estudo para saber se o aspecto
ecológico é fator de decisão de compra dos consumidores da cidade de Londrina
das classes A e B.
1.1 PROBLEMA
O aspecto ecológico é fator de decisão de compra dos consumidores
de Londrina das classes A e B?
II – OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
•
Identificar se o aspecto ecológico é fator de decisão de
compra dos consumidores, no varejo de Londrina das classes
A e B.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Identificar
os
fatores
de
decisão
de
compra
dos
consumidores;
•
Analisar como o fator ecológico atua na opinião dos
consumidores;
•
Identificar os produtos “verdes” mais lembrados/procurados
pelos consumidores.
III – Metodologia
Optou-se por fazer esse estudo com pessoas das classes A e B,
pois em muitos casos o preço do produto comercial ecológico pode constituir o maior
obstáculo à sua compra, muito embora haja alguns segmentos de consumidores
conscientizados pela causa ecológica que estão dispostos a pagar algo a mais, em
determinados produtos, se com isso considerarem que realizam uma contribuição
social. Essas pessoas são consumidores conscientes que tem um elevado grau de
informação e de poder de compra.
Foram entrevistadas 394 pessoas pertencentes às classes A e B,
onde a amostra foi classificada como sendo não-probabilística por tráfego.
1.0.1 Limitação da Pesquisa
Há limitações na pesquisa, porque nem sempre é possível confiar na
veracidade das informações, e pelo questionário ter sido elaborado especificamente
para um segmento específico da população, que são pessoas das classes A e B que
consomem produtos ambientalmente corretos, os questionários que não faziam
parte do universo de pesquisa tiveram que ser descartados.
IV – RESULTADOS
Os questionários desta pesquisa foram elaborados contendo 16
questões fechadas e 1 aberta. Foi aplicado aos consumidores dos supermercados:
Musamar Jardins; Carrefour e Viscardi.
As amostras somam num total de 394,
sendo cada questionário aplicado individualmente, escolhendo as pessoas de
acordo com o tráfego do dia de cada supermercado. Dos entrevistados 80% tem
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uma renda familiar compreendida entre R$ 5001,00 a R$ 10000,00 e 20% tem renda
familiar acima de R$ 10000,00. Em relação à profissão 25% são da área de exatas,
21% da área da saúde, 23% da área empresarial, 26% da área de humanas e 4%
são aposentados. A maioria dos entrevistados foram do sexo feminino com 70% e
masculino 30%. Em relação a moradia 82% tem moradia própria e somente 18%
tem moradia alugada. A maioria dos entrevistados tem superior completo cerca de
74%, 24% tem colegial completo ou superior incompleto e apenas 2% tem ginasial
completo ou colegial incompleto. Com 22%, encontra-se na faixa etária de 18 à 30
anos, de 31 à 40 anos 49%, 41 à 50 anos com 21%, 51 à 60 anos com 5% acima
de 60 anos 3%. Em relação ao local de residência 12% dos consumidores moram na
região oeste, 3% na zona leste, 48% no centro e 38% na região sul. Dentro dos
entrevistados 38% têm maior preocupação com o meio ambiente no consumo, 43%
tem maior preocupação com a saúde e 19% têm maior preocupação com a
qualidade destes produtos. Entre os entrevistados 83% consideram o marketing
ambiental como competitividade e apenas 17% não o consideram como ferramenta
de competitividade. A maioria dos entrevistados cerca de 78% conhecem empresas
que praticam o marketing ambiental e apenas 22% não conhecem. Dos
entrevistados 100% consideram importante a questão ambiental nas empresas. A
maioria dos entrevistados cerca de 78% conhecem as estratégias ambientais
praticadas pelas empresas e apenas 22% não conhecem. Entre os entrevistados
60% consideram os produtos ambientais mais caros que os convencionais e 40%
não consideram esses produtos mais caros. A maioria dos entrevistados cerca de
76% pagaria mais caro por um produto ambientalmente correto e apenas 24% não
pagariam. Em relação a quanto por cento a mais poderiam pagar por um produto
ambientalmente correto 43% pagariam 5% a mais, 45% pagariam 10% a mais, 10%
pagariam 15% a mais, 3% pagariam até 20% a mais. Em relação a diversidade de
produtos ambientalmente corretos 53% consideraram bom, 30% consideraram
razoável, 10% consideraram excelente e apenas 6% consideraram ruim. Em relação
ao tipo de produtos que os entrevistados mais consomem 36% consomem os
produtos alimentícios, 27% produtos de limpeza, 24% de higiene e 13% cosméticos.
V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo central desse trabalho foi identificar se o aspecto
ecológico é fator de decisão de compra dos consumidores das classes A e B, no
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varejo
de
Londrina,
com
esse
propósito
buscou
identificar
os
produtos
ambientalmente corretos mais lembrados, analisar como o fator ecológico atua na
percepção dos consumidores e quais são os fatores de decisão de compra.
Os dados nos permitem apontar que o perfil do público-alvo é em
grande maioria formado de pessoas do sexo feminino, com ensino superior completo
e renda familiar de R$ 5001,00 a 10000,00. Levando isso em consideração o
marketing por ser um ambiente de trabalho de maior responsabilidade pelas
relações empresariais precisa zelar pelo marketing ambiental.
Entre os entrevistados a maior prioridade no consumo de produtos
ambientalmente corretos está relacionado em 43% com a preocupação com a
saúde. Como é um tema bastante conhecido, devido o crescente desmatamento de
matas, risco de acabar com a água potável, poluição, fim dos recursos naturais,
100% dos entrevistados consideram importante à inserção ambiental nas empresas.
Os resultados obtidos revelam que grande parte dos entrevistados
tem a percepção de que os produtos ambientalmente corretos são mais caros que
os produtos convencionais, mas mesmo assim a maioria está disposta a pagar um
pouco mais caro por esses produtos, já que eles não agridem tanto ao meio
ambiente.
Esse estudo pode nos mostrar que o marketing ambiental é muito
mais amplo do que se imagina, e que as pessoas como consumidores também têm
que fazer a sua parte, exigindo das empresas mais responsabilidade social
sustentável, procurando consumir produtos que sejam ambientalmente corretos. O
marketing ambiental tem papel importante, sua aplicação pode contribuir com o
desenvolvimento de estratégias e ações ambientalmente corretas, sendo que para a
maioria dos consumidores entrevistados os negócios desenvolvidos dentro de uma
gestão ambientalmente correta podem gerar satisfação de seus clientes, bem como
boa reputação da empresa, qualidade dos produtos e bem ao meio ambiente.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DIAS, Reinaldo. Marketing Ambiental: ética, responsabilidade social e
competitividade nos negócios. São Paulo: Atlas, 2007.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa.
4ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MATTAR; Fauze Najib. Pesquisa de Marketing: metodologia, planejamento. 5ed.
São Paulo: Atlas, 1999.
PORTILHO, Fátima. CONSUMO "VERDE", DEMOCRACIA ECOLÓGICA E
CIDADANIA: POSSIBILIDADES DE DIÁLOGO? Rubedo, Rio de Janeiro, v. 3, n.,
p.s/p-s/p, out. 1999. Trimestral. Disponível em:
<http://www.rubedo.psc.br/Artigos/consumo.htm>. Acesso em: 15 maio 2009.
ZENONE, Luiz Cláudio. Marketing social. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
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