Dizem que os cachorros são os melhores amigos do homem, mas no caso de Edward
será um gato muito travesso que o ajudara a ganhar o coração de uma Bella morena...
Classificação 18 +
Bella& Edward
Romance/Humor
- Boa noite, papai. – Danny murmurou sonolento.
- Boa noite, filho. – eu disse beijando sua testa e cobrindo seu corpo com o cobertor.
Antes de deixar o quarto do meu filho eu liguei o abajur que fica ao lado da cama e
deixei a porta entre aberta, para o caso dele me chamar. Sentindo-me cansado do dia
estressante no trabalho, resolvi tomar um banho e logo depois preparei uma xícara de
chá e comi alguns biscoitos. Enquanto esperava a água ferver lembrei que precisava
ligar para Rosálie a agradecê-la por ter pegado Danny hoje na escola.
Minha irmã tem sido meu braço direito depois que Danny e eu ficamos sozinhos. No
começo foi mais difícil porque meu filho sentia muita falta da mãe, mas com o tempo
ele entendeu que seriamos somente nós dois agora. A única coisa que me deixou
frustrado nesse processo foi o fato de Tânia sequer ter dado um telefone para falar com
ele. Vaca! Se ela não queria mais ficar casada para continuar sua carreira como modelo,
poderia pelo menos ter algum pingo de consideração pelo filho.
Mas nós estamos bem agora e temos muitas pessoas boas ao nosso redor que nos
ajudam e nos querem bem. Como Bella, por exemplo, minha vizinha do lado. Não...
Espera. Deixe-me reformular isso. Minha vizinha gostosa e sexy do lado. Bella também
tem uma filha, Suzanne, que por coincidência estuda na mesma escola que meu filho e
inclusive na mesma classe.
Bella já quebrou muitos galhos para mim também. Por diversas vezes precisei ficar até
tarde no trabalho e ela sempre se prontificou a trazer Danny para casa e cuidar dele até
minha volta. Danny adora Suzanne e eu adoro a mãe dela. Bella já me ajudou não
somente com meu filho. Por diversas vezes ela já me socorreu com uma xícara de
açúcar, café, ovos e leite.
Tudo bem eu confesso. Eu nunca precisava realmente de todas essas coisas. Era só um
pretexto para vê-la e escutar sua voz. Bella tem o sorriso mais simpático e lindo que eu
já vi. Ela é um doce de pessoa e muito carinhosa com a filha, sem contar que ela
também é muito carinhosa com o Danny, então ela me ganhou somente por isso. Meu
filho é minha vida e eu vejo como ele fica contente quando está com Suzanne e Bella.
A questão aqui é que só essa semana eu já bati em sua porta duas vezes com a desculpa
de estar precisando de algo. Então se hoje eu for pedir por algo mais ou ela vai achar
que eu estou abusando de sua boa vontade ou chamar o conselho tutelar achando que eu
não vou ao mercado para alimentar meu filho.
“Você podia criar coragem e convidá-la para sair”. – Rosálie me disse diversas vezes
durante esses quase seis meses depois que Bella se mudou para cá, mas é complicado.
Eu sei que Bella é solteira. Uma vez eu tive essa confirmação quando Danny perguntou
a Suzanne, enquanto eles brincavam aqui em casa, sobre seu pai e ela disse que não
tinha um. Eu fiquei triste por ela por saber como Danny lidou com a falta da mãe, mas
por outro lado, minha animação com relação à mãe dela só aumentou. A outra vez que
eu constatei que Bella não tem ninguém foi quando ouvi uma conversa entre ela e uma
amiga, em que ela dizia que os homens são todos iguais e ela não precisa de mais idiota
em sua vida. Eu não estava escutando através da porta, não me entenda mal, mas eu
acredito que Bella tenha bebido um pouco demais naquele dia e por isso gritou sobre
esse assunto no corredor.
Depois de escutar isso eu fiquei com receio de convidá-la para sair e levar um não como
resposta. Eu sei que minha irmã poderia olhar as crianças enquanto saíssemos, no
entanto só a possibilidade de uma rejeição já me deixa com medo. E se depois ficar uma
situação chata entre nós e ela se afastar? Como meu filho vai ficar longe da amiga que
ele tanto adora?
Como eu vou ficar longe dela?
Bufando igual ao meu filho quando peço para ele fazer sua lição de casa, eu resolvi
pegar um livro e me esparramar no sofá da sala. Já faz um tempão que eu venho
tentando terminar o livro que estou lendo, mas é difícil me concentrar em algo que não
seja Bella.
O que será que ela está fazendo agora? Será que ela esta acordada? O que eu não daria
só pra escutar sua voz ou ver seu sorriso...
E foi com esse desejo em mente que eu escutei um miado vindo da janela da sala.
Olhando para o lado eu avistei um gorducho gato laranja me olhando com brilhantes
olhos acinzentados. Era Bolota, o gato de Suzanne. Ele tinha o costume de aparecer de
vez em quando. Danny gosta de brincar com ele às vezes então eu nunca comentei com
Bella sobre suas escapadas. Eu nunca dei muita bola pra ele porque, na verdade, eu não
sou muito fã de gatos. Tive uma experiência muito ruim com um quando criança e
lembro até hoje do arranhão que ganhei.
Mas espera um pouco...
De repente uma idéia surgiu em minha cabeça e com um sorriso idiota no rosto, eu
larguei meu livro no sofá e me aproximei do gato, que se lambia e ronronava. Tomando
todo o cuidado possível, eu peguei Bolota dali e o aninhei em meus braços, rezando
para que ele não se enfezasse comigo e arranhasse todo meu rosto. Ele ronronou
suavemente e com um gesto temeroso, eu passei a mão em seus pelos macios. Bolota
pareceu apreciar meu carinho e mais do que depressa eu resolvi colocar meu plano em
ação.
Primeiro eu fui verificar Danny e vi que ele ressonava pesadamente. Depois fui até o
banheiro para ter certeza que eu estava apresentável e aproveitei para trocar Bolota de
braço, pois o direito já estava amortecido. O nome dele realmente não é à toa.
Seguro de que tudo estava certo, fiz meu caminho até o apartamento 206. Bolota agora
estava todo esticado em meus braços e parecia estar tirando um cochilo. Eu toquei a
campainha do apartamento de Bella e esperei ansioso que ela me atendesse.
- Oi Edward! – Bella disse com seu sorriso lindo e me encarando com seus lindos
olhos cor de chocolate. Caramba como ela é linda!
- Oi Bella. – eu respondi sorrindo também e nós ficamos nos encarando por alguns
segundos, até que senti Bolota se virar em meus braços e me lembrar porque eu estava
aqui – Bolota foi nos fazer uma visita. Achei que Suzanne pudesse sentir falta dele.
- Puxa obrigado. – ela disse pegando-o do meu colo – Seu fujão! – Bella brincou
acariciando seus pelos – Suzanne está dormindo. O passeio de hoje a deixou exausta. –
ela comentou voltando sua atenção para mim.
- Danny também desmaiou hoje. – falei incerto do que fazer com minhas mãos agora
que Bolota estava no colo da dona. Eu não sabia mais o que falar e isso normalmente
acontece quando eu estou perto dela. A presença de Bella me deixa estúpido. Isso é fato.
Bella voltou a brincar com o gato e eu fiquei admirando-a por um minuto. Ela estava
vestindo uma camiseta larga, um short jeans curto e seus cabelos estavam amarrados em
um rabo de cavalo. Ver suas lindas pernas expostas me deixou louco e eu fiquei
imaginando em tocá-las e poder sentir sua maciez. Na verdade eu queria poder senti-la
por inteiro. Poder descobrir o gosto de seus lábios e de sua pele.
Caramba eu queria poder fodê-la aqui mesmo nesse corredor.
Bella olhou para mim novamente e deu um sorriso tímido, talvez pensando no grande
idiota que eu sou por não conseguir levar uma boa conversa. Vamos lá Edward fale
alguma coisa!
- Ele é muito calmo. – eu soltei estupidamente e levei minhas mãos para acariciar o
gato, mas aparentemente não foi uma boa ideia, pois Bolota do nada ficou
temperamental e me atacou com suas enormes unhas afiadas.
- Ah meu Deus! – Bella disse fazendo Bolota voar de seus braços e logo suas mãos
estavam tocando meu braço ferido. – Por favor, me desculpe! Eu não sei o que deu nele.
- Está tudo bem. Não foi nada. – eu falei acalmando-a, mas sentindo uma baita dor
pelo aranhão. Na verdade só de sentir o toque suave dela já compensava qualquer dor.
- Miau! – Bolota resmungou e nós dois nos viramos em direção ao som e vimos o
gato gorducho entrar no deposito do condomínio.
- Gato malvado! Agora só me falta ele quebrar alguma coisa ali. – Bella resmungou
acariciando meu braço, como se assim fizesse a dor passar. A dor não passou, mas agora
eu queria sentir suas mãos pelo meu corpo todo.
- Eu posso te ajudar no resgate. Tenho uma lanterna em casa. – eu ofereci doido para
passar mais tempo com ela.
- Mas temos que cuidar do seu braço antes. Eu tenho anti-séptico e band-aid. – disse
preocupada.
Eu quase fiz uma careta porque esses anti-sépticos ardem pra burro e aparentemente
somente as crianças podem fazer caretas para isso, desse modo eu me controlei
bravamente para que ela não pensasse que eu sou um bebe chorão.
- Não foi nada. Só um arranhãzinho. Nós podemos fazer isso depois. – falei estufando
o peito e sentindo meu braço latejar. Bella acariciou a região com cuidado novamente e
minha pele se eriçou inteira pelo contato.
- Tudo bem. Vamos atrás desse gato estúpido. – ela disse fechando a porta atrás de si
e infelizmente largou meu braço no processo.
Antes de sairmos ao resgate do gato, eu passei em meu apartamento e peguei a lanterna
que tinha ali. O depósito do condomínio fica no primeiro andar, perto de nossos
apartamentos, e o lugar era cheio de lixo e quinquilharias. Se Bolota estragasse algo ali
com certeza não faria falta, mas nem por um decreto eu falaria isso a Bella.
- Bolota! Vem! – Bella chamou fazendo um barulho como Pispispispis com a boca
enquanto entravamos no depósito.
- Bolota! – eu chamei também, mas sem fazer muito esforço para encontrá-lo.
Quantas mais tempo ele se escondesse, significava mais tempo ao lado dessa morena
maravilhosa que não sai da minha cabeça.
Já fazia algum tempo que o deposito estava sem iluminação, e eu sabia disso porque
uma vez pedi ao Sr. Waltz, o sindico do condomínio, para guardar algumas coisas
minhas ali, e quando o questionei sobre isso ele me respondeu com um curto:
“Contenção de despesas.”
É claro que a busca ficou mais complicada por causa da iluminação parcial da lanterna,
mas eu não podia reclamar, pois tinha uma visão e tanto a minha frente.
- Edward você podia iluminar aqui em cima pra mim? – Droga! Eu acho que me
concentrei demais em iluminar o lindo traseiro dela e esqueci porque estávamos aqui.
- Claro. Você viu alguma coisa? – perguntei iluminando algumas prateleiras no alto.
- Eu acho que sim. – ela murmurou e logo em seguida eu escutei um baque, e percebi
que Bella tinha tropeçado em algo.
Num rápido reflexo eu envolvi meus braços por sua cintura e a puxei de encontro ao
meu corpo, para que não caísse e se machucasse. A partir daí o tempo pareceu correr em
câmera lenta.
Morangos...
Era esse o cheiro que exalava de seus cabelos.
Quente...
Era a temperatura que eu senti do seu corpo prensado ao meu.
Coração batendo loucamente...
Era o meu que batia por ela. Por estarmos tão próximos, tão colados e porque eu senti
suas mãos tocarem meus braços que envolviam sua cintura.
Respiração ofegante...
Eu podia sentir o peito de Bella subir e descer rapidamente buscando por ar, e eu me
perguntei se respirava da mesma maneira, porque sinceramente eu havia perdido
completamente o fôlego depois que senti seu corpo junto ao meu.
Será que ela consegue sentir o que eu estou sentindo?
Uma energia estranha nos envolveu de repente e meu corpo inteiro se acendeu ao
simples toque dela. Foi tão forte que eu acabei deixando a lanterna cair no chão e nós
ficamos envolvidos por uma penumbra suave. Eu pensei em movimentar meu corpo
para longe dela e tentar encontrar a lanterna, mas eu não tive tempo nem de raciocinar.
Na verdade, depois que eu senti Bella tocar meu rosto – e eu sequer tinha percebido que
ela havia se virado de frente para mim – eu parei de pensar e comecei a agir por instinto
através dos meus sentidos.
Sua mão era macia e seu toque tão suave quanto uma pena. Seus dedos viajaram por
minhas bochechas, olhos, queixo e lábios. Cada centímetro que ela tocava eu sentia
minha pele se aquecer, e subitamente uma imagem dela e eu compartilhando uma cama
em uma noite fria de inverno passou em minha mente.
Tão quente...
Bella parecia querer me reconhecer atrás da penumbra e sem me conter, por estar louco
de vontade de tocá-la, eu busquei seu rosto também, e um suspiro de satisfação escapou
dos meus lábios ao sentir sua pele daquela maneira. Era melhor ainda do que meus
sonhos. Eu parei meus dedos em seus lábios, testando a maciez e desejando poder beijálos.
Deus como eu quero te beijar...
Eu senti sua língua tocar meu polegar e umedecer seus lábios.
Molhado e quente...
- Então me beije. – Bella sussurrou e eu percebi que havia desejado seu beijo alto
demais.
Em um segundo meus lábios estavam pressionados aos dela. Em dois segundos seus
braços envolveram meu pescoço e em três eu envolvi sua cintura contra a minha e a
trouxe para mais perto. Em quatro segundos nós dois suspiramos quando nossas línguas
se encontraram, e cinco segundos depois eu estava pressionando seu corpo de encontro
à parede.
Eu não acredito que estamos fazendo isso...
Minhas mãos vagaram pelo seu corpo, sentindo, apertando e mandando mensagens para
o meu cérebro de que aquilo estava mesmo acontecendo.
- Eu te quero tanto. – eu murmurei deixando seus lábios e beijando a curva de seu
pescoço.
- Eu quero você também. – ela disse puxando meus cabelos e buscando meus lábios
novamente.
Meus dedos tocaram a pele de suas pernas e coxas e subiram em direção ao seu traseiro
empinado. Eu o apertei contra meus dedos e Bella riu contra meus lábios.
- Você estava olhando minha bunda agora a pouco. – ela acusou estralando a língua.
Eu posso me envergonhar por isso? Não...
- O que eu posso dizer? Você tem a bunda mais linda que eu já vi. – eu falei sorrindo
enquanto dava leves beijos em seu rosto – Você é a mulher mais linda que eu já conheci
Bella. – eu confessei buscando seus olhos. – E eu desejei você desde a primeira vez que
te vi.
Eu estou tão apaixonado por você...
E era a mais pura verdade. Eu não conseguia ver seu rosto com muita clareza, mas eu
podia jurar que ela estava sorrindo agora. Eu sabia que o que estávamos prestes a fazer
podia mudar tudo, porem eu queria que as coisas mudassem. Eu a queria de verdade na
minha vida. Eu nunca me senti dessa maneira com outra mulher, e tinha quase certeza
de que nunca sentiria com outra pessoa que não fosse ela.
Bella buscou meus lábios com um beijo suave, demorado, provando, degustando, e de
repente toda a euforia tinha passado. Agora eu queria que cada toque durasse
eternamente. Delicadamente eu puxei sua camiseta para cima e Bella fez o mesmo com
a minha. Eu abri seu sutiã e deslizei pelos seus ombros, sentindo sua pele se arrepiar.
Plantei beijos suaves pelo seu colo enquanto acariciava seus seios e escutava seus
gemidos ecoarem pelo lugar e se misturarem com os meus.
Tão sexy...
Eu suguei um dos seus seios com mais vigor e Bella pressionou seu quadril contra o
meu. Eu grunhi com o contato, sentindo meu membro se contorcer e protestar por
liberdade. Suas mãos vagaram pelo meu corpo me enlouquecendo e cada gemido que
ela soltava, era mais uma peça de roupa que era largada ao chão. Eu parei de beijá-la
por alguns segundos apreciando sua beleza, e o único som que ecoava agora, era de
nossas respirações ofegantes.
- Por favor, me toca. – Bella pediu mordendo meus lábios e eu atendi seu pedido.
Tudo que você me pedir...
Ela estava tão pronta. Tão receptiva e quente. Eu não ia conseguir aguentar muito
tempo.
Eu quero estar dentro de você...
- E eu quero você dentro de mim. – ela sussurrou rebolando seu quadril no meu pau e
eu grunhi em sua boca, buscando seus lábios com ferocidade e perdendo a noção de
tudo. Agora éramos somente nós dois que existíamos.
Eu levantei seu quadril me posicionando e comecei a penetrá-la devagar, sentindo seu
calor e suas paredes me apertando.
- Merda, Bella. Você é tão gostosa.
- Você é grande. – ela respondeu ofegante e eu parei com meus movimentos.
- Eu estou te machucando? – perguntei buscando seus olhos.
- Não. Não para. E só que já faz algum tempo. – ela murmurou e rebolou o quadril
novamente, permitindo que eu continuasse. Eu a penetrei por completo e esperei que se
acostumasse comigo dentro dela, enquanto acariciava seu rosto.
- Já faz algum tempo pra mim também, baby. É tão bom te sentir assim. – eu voltei a
me movimentar dentro dela e em poucos minutos eu estocava com mais vigor.
- Ah... Bem aí. Bem aí. – ela gemeu mais alto e eu sorri presunçoso por achar seu
ponto com facilidade.
Eu continuei estocando, sentindo meu pau deslizar para dentro e fora dela e eu desejei
poder ver essa imagem com mais clareza na próxima vez. Sim eu queria uma próxima e
mais uma e mais uma... Eu a queria pro resto da vida.
- Edward... – Merda! Escutar ela chamar meu nome quase me fez gozar.
- Vem pra mim, Bella. Vem... – e como previsto logo Bella estava se contorcendo em
meus braços e eu gozei logo em seguida, sentindo minhas pernas moles pelo esforço.
É você ainda leva jeito para a coisa, mas não tem mais dezoito anos...
Bella estava mole em meus braços e eu sustentei seu peso até que ela se recuperasse. Eu
envolvi seu quadril com meus braços e apertei-a contra meu peito. Eu queria prolongar
esse momento o quanto pudesse. Eu não queria deixá-la ir, mas em contra partida eu
sabia que tínhamos obrigações. Nossos filhos nos esperavam em casa.
- Miau! – Nós escutamos Bolota miar no meio da penumbra e um sorriso escapou dos
meus lábios.
- Que bom que ele só apareceu agora. – eu falei escovando meus lábios nos dela.
- Definitivamente muito bom. – Bella disse e nós caímos numa risada gostosa.
Depois disso, infelizmente nós precisamos nos vestir e com Bolota seguro nos braços da
dona, voltamos para casa. Nós paramos em frente ao apartamento dela e eu fiquei
brincando com a lanterna em minhas mãos sem saber, mais uma vez, como agir. Eu
sabia que precisamos conversar sobre o que aconteceu, mas e se ela não quiser? O que
será que ela está pensando? Que foi só sexo casual? Eu estava inseguro pra caramba.
- Bom... Eh... Eu... – eu comecei sem conseguir raciocinar com clareza. Bella abriu a
porta do apartamento e soltou Bolota para dentro. Ela buscou meus olhos e suas mãos
seguraram meu braço esquerdo.
- Você não vai entrar? Eu quero cuidar do seu braço. – ela disse olhando para o
machucado que eu já tinha até esquecido. Eu sorri pelo seu cuidado comigo e quase fiz
uma dança estúpida por saber que ficaria mais um tempo perto dela.
- Eu preciso dar uma olhada no Danny. – falei querendo beijá-la de novo e de novo e
de novo.
- Traga ele pra cá. Eu vou preparar um chá para nós enquanto isso. – ela disse com
seu sorriso lindo e beijou meus lábios de leve.
Graças a Deus ela me quer...
Eu fiz o que ela mandou porque sinceramente, depois do que aconteceu entre nós dois,
agora era ela quem mandava no meu coração. Eu peguei Danny em meus braços, fechei
meu apartamento e o deitei na cama extra ao lado de Suzanne, suspirando com a visão
dos dois dormindo juntos.
Em seguida eu me sentei no sofá e fiquei observando Bella na cozinha enquanto
preparava nosso chá. Tão linda! Tão sexy! Ela nem parecia mãe de uma linda garotinha
de seis anos. Eu a queria de novo. Aquele short curto era um crime contra meu
autocontrole. Minha vontade era de ir até lá, colocá-la em cima daquele balcão e...
Bolota me distraiu por um instante pulando no sofá e se aconchegou em meu colo. Ele
não parecia disposto a me arranhar de novo, então eu tomei coragem para acariciar seus
pelos.
- Então era isso que você queria rapaz? – eu perguntei enquanto ele fechava os olhos,
contente pelo carinho. – Você é um gato muito esperto, Bolota. – eu murmurei vendo
Bella sorrir para mim da cozinha e pensei no quanto a vida pode ser boa daqui pra
frente.
Eu já disse o quanto sou fã de gatos?
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