ACABAMENTO
Paul Dirienzo
T
Oportunidades no
segmento de cartões impressos
alvez você já tenha pensado em expandir seus produ­
tos através da impressão de cartões plásticos, porém
se deparou com os custos elevados dos equipamentos.
Mas, existem razões para se repensar essa estratégia.
Uma delas é a demanda crescente nessa área em todo o mun­
do, especial mente no que diz respeito a cartões de pequenas
tiragens produzidos por pequenas lojas de impressão comer­
cial. Outro fator significativo é que, atualmente, o custo para
se entrar nesse mercado é consideravelmente menor.
Que tipos de cartões impressos são esses? A vantagem des­
ta oportunidade de mercado está, na verdade, no número de
diferentes tipos de aplicações de cartões plásticos que exis­
tem em dimensão padrão CR80 (tipo cartão de crédito). Um
exemplo é o cartão de associado. Organizações como bibliote­
cas, escolas e clubes possuem clientes que necessitarão de al­
gum tipo de cartão de associado. Enquanto alguns cartões de
identidade freqüentemente envolvem sistemas de segurança
adicionais e não podem ser feitos por gráficas comerciais não
especia lizadas em impressos de segurança, um bom número
de cartões de associado não requerem processos de segurança
e nem equipamento extra.
Hoje, os cartões telefônicos estão presentes em todos os lu­
gares, mas, há pouco tempo, eram uma raridade. Na verdade,
muitos dos líderes mundiais em cartões telefônicos começa­
ram com pequenas lojas de impressão comercial. Ainda é in­
teressante entrar nesse mercado, mas desenvolver um nicho
em cartões telefônicos, poderá exigir mais do que investir em
equipamentos e divulgar seu trabalho. Você precisará entrar
em contato com empresas já estabelecidas no ramo de cartões
telefônicos pré­pagos para verificar se a fabricação de cartões
terceirizados é compatível com o modelo de negócio delas.
Cartões de presente é outro segmento bastante popular nos
Estados Unidos e que está se espalhando por outras partes do
mundo. Aqueles fa mi liarizados com o rápido crescimento do
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mercado de cartões de presente nos Estados Unidos estão cien­
tes de como os processadores de transações terceirizados aju­
daram a conduzir esse mercado. Recentemente, um dos pro­
cessadores de transações de cartões de presente mais notável, a
ComData, abriu fi liais na Europa, um sinal claro de que a mes­
ma dinâmica do mercado dos cartões de presente como um ni­
cho lucrativo nos Estados Unidos está se espalhando. Você pode
considerar isso um fenômeno exclusivamente americano, mas
a história do mercado de cartões de presente dos Estados Uni­
dos sugere outra maneira. Considere que, há mais ou menos 10
anos, os cartões de presente nos Estados Unidos eram raros e,
normalmente, uma segunda escolha para um presente. Dados
de 2005 refletem o quão rapidamente esta dinâmica mudou.
Relata­se que 76% dos adultos adquiriram um ou mais cartões
de presente. A média foi de 4,7 cartões de presente por pessoa.
O valor médio por cartão foi de aproximadamente US$ 38. Na
verdade, não foram tanto os fabricantes de cartões de presen­
te que conduziram o mercado, mas o lucro significativo que es­
ses cartões deram aos varejistas. (Para mais informações, leia
“Technology Guide for Capturing Gift Card Market Opportu­
nity” em http://www.spartanics.com/display/white_papers/
white_papers_detail.cgi?id_num=9&styleid=2).
Da mesma forma, os cartões de fidelidade são cada vez mais
comuns, propiciam um retorno financeiro significativo aos va­
rejistas e estão movimentando o mercado. Os clientes gostam
dos mimos que tais cartões costumam oferecer. Os varejistas
apreciam a montanha de informações que conseguem recolher
nos modelos de compra, permitindo obter uma melhor estru­
tura de preços e assim um maior índice de retorno.
Os cartões­chaves de hotéis também são mais um exemplo
de produto pouco imaginado há anos atrás e que, hoje, são muito
comuns. Aqui também a validade para esses tipos de cartões é
relativamente curta e se enquadra bem no escopo das pequenas
lojas de impressão equipadas para a fabricação de cartões.
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O que é necessário para produzir esses cartões? As despesas
com equipamentos são ra­zoá­veis. Mui­tos cartões podem ser
impressos em máquinas offset já presentes em mui­tas gráficas
co­mer­ciais. Alguns cartões também são impressos através de
ou­tros processos como serigrafia, impressão digital etc. Outros
exigirão laminadores térmicos alimentados via rede. Um filme
de laminação pode ser adquirido com listras magnéticas já in­
clusas ou listras que podem ser aplicadas de­pois de cortadas,
utilizando uma unidade de estampagem a quente.
O ­maior custo na fabricação de cartões impressos é o equi­
pamento de perfuração do cartão. Os melhores sistemas, que
oferecem a mais alta produtividade ope­ra­cio­nal para grandes
execuções e para registro cut-​to-print extremamente compac­
to, registrando cada corte em três dimensões (X, Y e Ro­ta­cio­
nal), tem custo igualmente alto. Os sistemas topo de linha po­
dem produzir até 70.000 cartões por hora e pos­suem mui­tas
características au­to­ma­t i­za­d as que permitem a perfuração ae­
ro­d i­nâ­mi­ca dos cartões em grandes volumes. Entretanto, para
solicitações de bai­xo volume, na ordem de 72.000 cartões por
dia ou menos, há sistemas de perfuração de cartões bem mais
aces­sí­veis. São sistemas compactos, do tamanho de uma fo­
to­co­pia­do­ra, que não requerem o espaço dos sistemas de per­
furação mais avançados, voltados para as grandes tiragens.
Não se assuste com o número de fabricantes de cartões que
você pode encontrar na Internet. Mui­tos deles pos­suem ni­
chos bem desenvolvidos em cartões fi­nan­cei­ros de alto valor
ou cartões de segurança de múltiplas camadas que requerem
investimento considerável em facilidades e processos de fa­
bricação seguros. Essas empresas, principalmente se forem gi­
gantescas, pos­suem despesas con­si­de­rá­veis e mui­tas não con­
seguem ser competitivas em pequenas tiragens de cartões sem
a utilização de recursos de segurança dis­pen­d io­sos.
Felizmente, ninguém está sozinho ao pensar em a­ tuar no
segmento de cartões impressos. Fabricantes bem con­cei­tua­dos
de equipamentos de perfuração de cartões oferecem consul­
tas gra­t ui­tas sobre como ajustar as operações de perfuração e
ou­tras dicas sobre as oportunidades desse mercado.
Paul Dirienzo é diretor de Engenharia da Spartanics
(www.spartanics.com), fabricante de sistemas óticos de corte
e perfuração de cartões, sistemas de corte a laser, equipamento
de impressão por tela e outras tecnologias para finalização
de material usado em conversão e indústrias similares.
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