15 perspetivas de 15 empresas para
2015: O diretor geral da Sociedade
Ponto Verde, Luís Veiga Martins
08/01/2015 | 14:38 | Dinheiro Vivo
Como foi 2014? O que será 2015? O Dinheiro Vivo convida 15 gestores de
empresas a atuar em Portugal, de áreas tão diferentes como a saúde, a
segurança, combustíveis ou os seguros para escreverem sobre o que foi
2014 mas sobretudo para perspetivarem 2015. Hoje a crónica é de Luís
Veiga Martins, Diretor Geral da Sociedade Ponto Verde
O ano de 2014, em que a Sociedade Ponto Verde (SPV) comemorou 18 anos
de atividade, foi repleto de momentos marcantes no setor dos resíduos, como a
privatização da EGF e a entrada em vigor do Plano Estratégico para os
Resíduos Sólidos Urbanos para 2014-2020 (PERSU 2020), que norteará o
setor nos próximos anos.
Se as metas deste plano forem cumpridas haverá um aumento significativo do
impacte económico - da ordem dos 26% -direto global das atividades de gestão
de resíduos urbanos - que é já de 357 milhões de euros -, permitindo,
simultaneamente, um aumento de 22% dos postos de trabalho e a diminuição
dos gases com efeito de estufa.
Na área dos resíduos de embalagens, as quantidades encaminhadas para
reciclagem mantiveram a tendência de aumento registada nos anos anteriores,
com um crescimento de 6% em relação a 2013. Foram encaminhadas para
reciclagem mais de 400 mil toneladas de resíduos de embalagens (fluxo
urbano), o que será um novo máximo na história da reciclagem em Portugal.
Estes são números muito encorajadores, na medida em que, apesar da
redução de consumo resultante da atual conjuntura económica, os portugueses
mantêm o seu compromisso com a separação e reciclagem das suas
embalagens usadas, um motivo que deve ser de orgulho para o País. Este bom
resultado é fruto do envolvimento dos diversos parceiros do Sistema Integrado
de Gestão de Resíduos de Embalagens, mas também das muitas campanhas
de sensibilização desenvolvidas nos últimos anos a nível local e nacional e que
contribuíram para aumentar a consciência ambiental dos portugueses. A
Missão Reciclar, implementada pela Sociedade Ponto Verde ao longo de 2014,
é um dos exemplos desse tipo de iniciativas, esperando-se que, quando
terminar, tenham sido visitados mais de 2 milhões de lares e entregues mais de
340 mil ecopontos domésticos no âmbito desta ação.
Com o novo ano que agora se inicia, os portugueses vão deparar-se com uma
importante mudança na aquisição dos sacos de plástico leves que, a partir de
15 de fevereiro, passarão a estar sujeitos a uma contribuição de 10 cêntimos.
Esta taxa, decorrente da reforma para a Fiscalidade Verde, não deverá ser um
obstáculo para que as pessoas separem os seus resíduos e para que o esforço
feito até à data seja posto em causa. Existem diversas formas de separar e de
transportar as embalagens usadas até ao ecoponto mais próximo, utilizando,
por exemplo, sacos de lixo coloridos ou sacos reutilizáveis.
Além de desejar a continuação da história de sucesso da gestão de resíduos
em Portugal onde, ao nível da gestão dos resíduos de embalagem a SPV, em
conjunto com os seus parceiros, teve e tem um papel extremamente
importante, para 2015 é também nosso objetivo garantir que o processo de
licenciamento não seja desajustado da realidade e do caminho percorrido ao
longo das últimas duas décadas, assegurando a sua eficiência ambiental e
económica.
A SPV continuará a defender que a existência de um quadro concorrencial no
âmbito da gestão de resíduos de embalagens não poderá deixar de considerar
que as principais preocupações deverão centrar-se no respeito integral do
enquadramento jurídico vigente, permitindo assim ter-se um sistema de gestão
de resíduos de embalagem o mais eficiente e económico possível para as
empresas
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