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Cascavel, 30 de agosto de 2015
LUCIANA GENRO PARA ELA, A SAÍDA DA PRESIDENTE NÃO INTERESSE AO MERCADO FINANCEIRO
Líder do Psol diz que
classe dominante não quer
impeachment de Dilma
A
do o que eu e outros dirigentes do
Psol temos afirmado. A classe dominante quer um governo fraco para
garantir os seus direitos e seus
lucros”, ressaltou.
Em sua fala, Luciana se refere, sobretudo, aos banqueiros que agora
se manifestam que “não há motivos
para tirar Dilma do cargo”. “Não é
de causar surpresa, visto que os
bancos, apesar da crise, têm aumentado seus lucros e, como
sempre, ficado de fora de qualquer medida de ajuste. A burguesia está bem servida e quer que o
governo leve adiante o ajuste nas
costas do povo”.
Diante da insistência
dos governistas em tentar atrair o Psol para
uma frente contra um
suposto golpe, Luciana afirmou que o único caminho para
conter o crescimento da direita e
do PSDB é construindo um terceiro campo,
nas lutas por
emprego, salário,
moradia e contra
o ajuste da política
econômica do governo federal,
A dirigente nacional
do Psol defendeu uma
mudança radical na
política econômica nacional para superar a
atual crise. Nesse
caso, o partido quer a convocação
de uma Assembleia Constituinte, a
qual seja capaz de refundar as instituições da República e aproximálas dos anseios populares.
A excandidata a
presidente
pelo Psol,
Luciana
Genro,
durante
entrevista
em
Cascavel
LORENA MANARIN
cusada de ser populista e radical, a ex-candidata a presidente
pelo Psol, Luciana Genro, não se
incomoda com os rótulos dos adversários. Ao contrário, sente-se bastante confortável quando questionada
sobre a atual conjuntura da política e
da economia brasileira. Para ela, a
classe dominante não quer o impeachment da presidente Dilma, a qual,
segundo Luciana, governa o País sem
credibilidade e força.
Luciana Genro, que é dirigente
nacional do Psol, esteve em Cascavel, onde participou de uma palestra
na Unioeste na sexta-feira à noite e
ontem abriu a 3ª Parada em favor da
Diversidade, no centro da cidade.
Em entrevista concedida na sexta-feira no Hotel Querência, Luciana
Genro defendeu uma mudança radical no modelo econômico do País e
disse que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não é a
solução para superar a atual crise.
O pedido de afastamento da presidente está sendo articulado, sobretudo, pela oposição ao governo
petista. “Eu não vejo o impeachment como uma solução para resolver os problemas. Eu também
não vejo que o Michel Temer (vicepresidente) possa melhorar e muito menos o Aécio Neves”, disse.
Para ela, a classe dominante, representada pela burguesia, não
quer o impeachment de Dilma. “Nos
últimos dias alguns dos principais
representantes da burguesia vieram a público declarar-se contra o
impeachment de Dilma, confirman-
CRÍTICA
Dirigente culpa
Lula pela crise
A dirigente nacional do Psol, Luciana Genro, não poupou nem o expresidente Lula em sua entrevista
em Cascavel. Em sua análise, boa
parte da crise política e econômica
enfrentada pelos brasileiros se deve
ao ex-presidente petista.
“Esse governo Dilma é um governo que perdeu a luta contra a
corrupção e abandonou as lutas
sociais. A presidente Dilma preferiu se aliar com ao bancada ruralista e aos fundamentalistas do Congresso. Aliás, esse processo começou com o ex-presidente Lula. Foi
ele o grande responsável pela mudança de direção do PT. Eu espero
Estelionato eleitoral
Para Luciana Genro, a presidente Dilma ganhou as eleições com
um falso discurso de polarização com Aécio Neves (PSDB) para,
em seguida, implementar o programa de governo tucano e se unir
a Joaquim Levy (ministro da Fazenda), Kátia Abreu (ministra da
Agricultura) e Gilberto Kassab (ministro das Cidades). A dirigente
também disse que parte da classe trabalhadora percebeu o
estelionato eleitoral e já começa a resistir à retirada de direitos.
Trânsito
VANDRÉ DUBIELA
Três projetos de lei estão na
pauta na sessão desta
segunda-feira, às 9h30, da
Câmara Municipal de Cascavel.
Dentre eles, o de nº 65/2015,
de autoria do vereador Jorge
Menegatti (foto), que trata da criação do
Programa Pedestre Seguro. Na verdade, a
proposta já foi apresentada em 2013 e
aprovada pela maioria dos vereadores. Porém,
o prefeito Edgar Bueno (PDT) a vetou,
alegando inconstitucionalidade.
Giro Político
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Projeto
De acordo com Menegatti, a ideia da proposição
é implantar faixas de pedestres elevadas, que
são áreas mais altas em relação à via, com faixa
de pedestre sinalizada e rampa de transposição
para veículos. Em sua construção, as faixas
seguem as determinações do Código
de Trânsito Brasileiro.
Recursos
Transporte escolar
Para a implantação do
projeto no município,
serão utilizados
recursos já
orçamentários já
inclusos no PPA
(Plano Plurianual),
2014-2017 com
Emenda de Menegatti
ao Programa de
Aumento da
Infraestrutura
Urbana. A Emenda
indica a construção
de faixas de
pedestres elevadas
próximo a escolas,
hospitais e demais
locais que contam
com grande
circulação de
veículos.
O inquérito civil público
aberto pela Promotoria
de Justiça para
investigar o suposto
conluio no transporte
escolar rural deve ser
concluído nos próximos
dias. Pelo menos é essa
a intenção do promotor
Sérgio Machado,
responsável pelas
investigações envolver
as empresas da família
ligada à secretária de
Ação Social, Inês de
Paula.
Estacionamento
Outro projeto em
votação é o de nº 71/
2015, de autoria do
vereador Pedro
Martendal (PSDB). O
tucano quer a
obrigatoriedade de
estacionamento
gratuito nas agências
bancárias no
Município.
Análise
De acordo com a
Promotoria, os
documentos e
computadores
apreendidos durante a
operação realizada na
semana passada estão
sendo analisados. Só
depois de concluído
esse trabalho, o
promotor vai decidir
sobre a necessidade
ou não de se ouvir
mais alguém ou de
proceder a novas
diligências antes de
entrar com a ação.
zA vinda a Cascavel da ex-candidata a
que o Lula não volte a ser candidato em 2018, dizendo ser o salvador da Pátria”, frisou.
Na semana passada em entrevista, Lula admitiu voltar a ser candidato a presidente para derrotar
a oposição. Luciana vê o enfraquecimento petista como “indutor” ao
descrédito em relação à política e
também ao crescimento da onda
“conservadora”.
Apesar de todo o ceticismo em
diversas camadas da sociedade
brasileira, Luciana disse que o País
ainda tem solução. “É preciso romper a velha política e estabelecer
as mudanças estruturais que o Brasil realmente necessita”.
presidente Luciana Genro deixou os dirigentes
do Psol animados, em especial o presidente do
partido, Laerson Matias. zPara o dirigente, a
visita de Luciana Genro serviu para dar
ânimo aos militantes, que se firmam como
principais opositores ao atual modelo
político e econômicos do País.zNesta
segunda-feira será mais um dia decisivo para o
futuro do Consamu, que está ameaçado de
fechar.zO Amop volta a reuniu os prefeitos
para tratar do assunto amanhã.
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