XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
ECOTOXICIDADE DOS COMPOSTOS DE DEGRADAÇÃO ESTROGENICA POR
PROCESSOS OXIDATIVOS, UTILIZANDO Euglenas gracillis COMO BIOTESTE
COMPARATIVO DE TOXICIDADE CRÔNICA
Rafaela Sierth1; Luciano H.1; Luana Schulter1; Amanda C. Vieira1; Heloísa Steinbach1;
Vitória M. Krüger1; Lineu F. Del Ciampo2; Jair P. M. Junior2; Gilmar S. Enziger1
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[email protected] (Universidade da Região de Joinville, Joinville, Santa Catarina)
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[email protected] (Universidade da Região de Joinville, Joinville, Santa Catarina)
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[email protected] (Universidade da Região de Joinville, Joinville, Santa Catarina)
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[email protected] (Universidade da Região de Joinville, Joinville, Santa Catarina)
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[email protected] (Inovaparq - Parque de Inovação Tecnológica de Joinville e Região, Santa
Catarina)
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[email protected] (Inovaparq - Parque de Inovação Tecnológica de Joinville e Região, Santa Catarina)
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[email protected] (Universidade da Região de Joinville, Joinville, Santa Catarina)
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Atualmente existe uma preocupação crescente com relação à contaminação dos rios e estações de tratamento
de águas e de efluentes pelos chamados “poluentes emergentes” (PE). Merece destaque especial à
contaminação originada de produtos farmacêuticos e seus derivados. Um PE que se enquadra nesta categoria
são os estrógenos e seus derivados. Dentro deste contexto, a existência de métodos de eliminação baseado
em técnicas oxidativas (TO) vem conseguindo reduzir a níveis aceitáveis a atividade hormonal presente na
água coletada. As TO empregadas devem ter como premissa básica o fato de serem o menos agressivo
possível ao. A problemática reside na questão da possível ecotoxicidade gerada pelos compostos formados a
partir deste processo em longo prazo, sendo esta toxicidade relevante ou não. Apesar da eficiência no
processo de remoção da atividade estrogênica, pouco se sabe a respeito das características dos produtos
originados após degradação. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo vem objetivando comparar a
ecotoxicidade dos compostos de degradação obtidos após dois processos oxidativos distintos: combinação de
cloro com ozônio e o foto fenton. Para analise foi utilizado o equipamento New Generation Ecotox 5.0 (NGTox), aparelho que utiliza para biotestes os flagelos unicelulares Euglenas gracialis. Trata-se de um sistema
de teste biológico automático que analisa os parâmetros de mobilidade, velocidade, orientação gravitacional
das algas. Medição da atividade fotossintética foi feita através do PAM. Amostras contendo águas tratadas
foram submetidas ao teste, por período crônico de 30, 45 e 60 dias. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No
presente momento a avaliação do comportamento das algas frente aos hormônios vem demonstrando que o
17 β estradiol influenciou a atividade nos cloroplastos em 205 vezes o rendimento da fotossíntese quando
comparado com o controle. Por outro lado o 17 α etinil estradiol apresentou um estimulo menor sobre o
rendimento (167 vezes) quando comparado com o controle. O 17 β estradiol apresentou uma interação mais
significativa (p > 0,001; DP 17 β = 0,054; DP 17 α = 0,043) com o cloroplasto quando comparado com o
hormônio o 17 α estradiol. A concentração utilizada nos experimentos não se mostrou como fator
determinante para um maior rendimento de fotossíntese. As Euglenas sofrem influência dos hormônios e os
mesmos interferem no seu metabolismo energético aumento a produção de oxigênio, o que em presença de
luz pode levar a morte das mesmas. Resta avaliar a atividade das algas com os resíduos pós POA e comparar
os efeitos e verificar a existência de ecotoxicidade.
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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ECOTOXICIDADE DOS COMPOSTOS DE DEGRADAÇÃO